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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAMPUS DE IMPERATRIZ
DEPARTAMENTO DE ENSINO TÉCNICO
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO –
MADEIRAS
1. INTRODUÇÃO
As madeiras constituem um material complexo com diferentes características dos outros materiais de
construção. Características essas que residem principalmente na sua estrutura fibrosa, heterogênea e
anisotrópica. A madeira é um material heterogêneo, variando não apenas com a espécie produtora, mas
também com o meio em que a árvore se desenvolve. Com o aparecimento de novos materiais como o Aço e
o concreto armado reduziram, ao longo do tempo, a utilização da madeira como elemento estrutural.
2. CONSTITUIÇÃO QUÍMICA
As substâncias básicas na composição química das madeiras são a holocelulose (celulose ,  e ) e a
lignina. Os outros constituintes são óleos, resinas, açúcares, amidos, taninos, substâncias nitrogenadas, sais
inorgânicos e ácidos orgânicos. A celulose (C6H10O5)n são carboidratos polissacarídeos e a lignina é uma resina
natural que reveste externamente as células, aglomerando-as em conjunto.
3. PRODUÇÃO DAS MADEIRAS
A produção das madeiras de obra, peças de madeira natural serradas, inicia-se com o corte das árvores
e desenvolve-se na toragem, falquejamento, desdobro e aparelhamento das peças. A nomenclatura e as
dimensões da madeira serrada estão fixadas ABNT.
4. UMIDADE
A impregnação de umidade determina profundas alterações nas propriedades do material. Assim,
apresentará o máximo de resistência mecânica quando completamente seca e mínima quando
completamente saturada e valores intermediários para diferentes teores de umidade entre esses dois
extremos.
A madeira seca ao ar terá um teor de umidade entre 13 a 18%, mas é convencionalmente fixado em
15% e recebe a denominação de teor de umidade normal ou teor de umidade normalizado.
No que diz respeito ao teor de umidade, são comuns as seguintes expressões:
• Madeira verde – acima do ponto de saturação ao ar, normalmente 30%;
• Madeira Semi-seca – inferior ao ponto de saturação de, acima de 23%
• Madeira comercialmente seca - entre 18% e 23%
• Madeira seca ao ar – 13 e 18%
• Madeira dessecada – entre 0 a 13%
• Madeira completamente seca – 0%
OBS: O teor de umidade é expresso percentualmente pela relação: h = (Ph – Po) x 100 (%)
Po
MASSA ESPECÍFICA (“DENSIDADE”)- ME (KG/M3)
ESPÉCIE ME (verde)
(kg/m3
)
ME (12%U)
(kg/m3
)
Balsa 830 120
Kiri 860 220
Guapurúvu 880 260
Pinus 1000 450
Pinho 1050 500
Imbúia 1050 650
Ipê 1150 850
Ângico 1200 900
Massaranduba 1250 1050
5. SECAGEM DAS MADEIRAS
Podem ser subtraídas, por secagem, a água que existe livre nos vazios capilares e a água de
impregnação das paredes celulósicas das células.
Um procedimento de secagem está bem conduzido quando se atinge uma perfeita sincronização entre
a evaporação superficial e a transfusão interna da umidade. Portanto, a condição de êxito de uma secagem
resume-se no perfeito controle da velocidade de evaporação superficial, ajustada à espécie lenhosa da
madeira e às dimensões das peças. A secagem pode ser natural ou artificial.
TEORES DE UMIDADE FINAIS RECOMENDADOS PARA ALGUNS PRODUTOS DE MADEIRA
PRODUTOS v UMIDADE (%)
Madeira serrada comercial 16 – 20
Madeira para construção externa 12 – 18
Madeira para construção interna 8 – 11
Painéis (compensado, aglomerado, chapas de fibras, etc.) 6 – 8
Pisos e lambris 6 – 11
Móveis para interiores 6 – 10
Móveis para exteriores 12 – 16
Equipamentos esportivos 8 – 12
Barcos 12 – 16
Fonte: Ponce e Watai 1985
6. TIPOS DE MADEIRAS NA CONSTRUÇÃO
As madeiras utilizadas na construção são obtidas dos troncos de árvores. Distinguem-se duas categorias
principais de madeiras:
• Madeiras duras – provenientes de árvores frondosas (folhas achatas e largas), de crescimentos lento
como o carvalho; as madeiras duras de melhor qualidade são também chamadas madeiras de lei.
• Madeiras macias – provenientes em geral das árvores coníferas (com folhas em forma agulhas ou
escamas, e sementes agrupadas em forma de cones); de crescimento rápido, como o pinheiro do
Paraná, pinheiro bravo ou pinheirinho, pinheiros europeu ou norte-americano. As categorias acima
distinguem-se pela estrutura celular dos troncos, e não propriamente pela resistência.
7. ESTRUTURA E CRESCIMENTO DAS MADEIRAS
As árvores produtoras de madeiras de construção são do tipo exógeno, que crescem pela adição de
camadas externas, sob a casca. A secção transversal de um tronco de árvore revela as seguintes camadas, de
fora para dentro:
• Casca – proteção externa da árvore, formada por uma camada externa morta, de espessura variável
com idade e espécies, e uma fina camada interna, de tecido vivo e macio, que conduz o alimento
preparado nas folhas para as partes em crescimento.
• Alburno ou branco – camada formada por células vivas que conduzem a seiva das raízes para as folhas.
• Cerne ou durâmen– camada formada por células vivas que conduzem a seiva das inativas e
constituem o cerne, de coloração mais escura, passando a ter apenas função de sustentar o tronco.
• Medula – tecido macio, em torno do qual se verifica o primeiro crescimento da madeira nos ramos
novos.
As madeiras de construção devem ser tiradas de preferência do cerne, mais durável. O alburno produz madeira
imatura, não endurecida, mais sujeita a decomposição. Os troncos das árvores crescem pela adição de anéis
em volta da medula; os anéis são gerados por divisão de células em uma camada microscópica situada sobre
a casca denominada câmbio ou liber que também produz células da casca. A figura abaixo mostra o corte
transversal do tronco de uma árvore:
Fonte: Google
8. DEFEITOS DAS MADEIRAS
As peças de madeira utilizada nas construções apresentam uma série de defeitos que prejudicam a
resistência, o aspecto ou a durabilidade. Os defeitos podem vir da constituição do tronco ou do processo de
preparação das peças. A seguir, descrevem-se os principais defeitos da madeira:
• Nós – imperfeição da madeira nos pontos dos troncos onde existiam galhos. Os galhos ainda vivos na
época do abate da árvore produzem nós firmes, enquanto os galhos mortos originam nós soltos. Os
1 – Casca
2 – Alburno
3 – Cerne
4 – Medula
1
3
2
4
nós soltos podem cair durante o corte com a serra produzindo orifícios na madeira. Nos nós, as fibras
longitudinais sofrem desvio de direção, provocando redução na resistência à tração.
• Fendas – aberturas nas extremidades das peças produzidas pela secagem mais rápida da superfície; e
são situadas em planos longitudinais radiais, atravessando os anéis de crescimento. O aparecimento
de fendas pode ser evitado mediante a secagem lenta e uniforme da madeira.
• Gretas ou ventas – separação entre os anéis anuis provocada por tensões internas devido ao
crescimento lateral das árvores ou por ações externas, com flexão devido ao vento.
• Abaulamento – encurvamento na direção da largura da peça.
• Arqueadura – encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da peça.
• Fibras reversas– fibras não paralelas ao eixo da peça. As fibras reversas podem ser provocadas por
causas naturais ou por serragem. As causas naturais devem-se a proximidade de nós ou o crescimento
das fibras em forma de espiral. A serragem da peça em plano inadequado pode produzir peças com
fibras inclinadas em relação ao eixo, as fibras reversas reduzem a resistência das madeiras.
• Furos de larva – furos provocados por larvas ou insetos.
• Bolor – descoloração de madeira provocada por cogumelos indica início de deterioração.
9. PROCESSOS DE ABATE
Sempre que possível convém cortar o tronco junto ao pé da árvore, isto é, junto ao solo, uma vez que a
melhor parte do tronco é a que está junto da raiz. O abate da árvore pode ser realizado mecanicamente ou
manualmente:
• Abate mecânico – A serragem é mais rápida e econômica. Faz-se com a ajuda de um motosserra
portátil, de pequenas dimensões, que trabalha a combustível, é de grande utilidade em explorações
florestais.
• Abate manual – neste caso utiliza-se o machado, a serra de arco ou o traçador, consoante o diâmetro
do troco.
10. CUIDADOS A TER COM AS ÁRVORES CORTADAS
Após o abate das árvores e durante a desrama, deve-se cortar imediatamente os ramos que
apresentem indícios de putrefação. Os troncos das árvores abatidas não devem permanecer por muito tempo
sobre o terreno para evitar que sejam atacados por fungos. Sempre que as circunstâncias o permitam (quando
os toros tenham de permanecer no local do abate) estes, deverão ser descascados e embebidos em água, por
uns dias, para que a seiva se dissolva e saia.
10.1 Preservação da Madeira
A durabilidade das madeiras é a resistência que apresentam aos agentes de alteração e destruição de
seu tecido lenhoso: fungos, insetos etc.
Os processos de preservação podem ser classificados, conforme a profundidade da impregnação
alcançada: processo de impregnação superficial, impregnação sob pressão reduzida e sob pressão elevada.
Os preservativos podem ser classificados em:
1. Óleos preservativos: creosoto de destilação da hulha de alcatrão, de óleos ou de madeiras.
2. Soluções de salinas hidrossolúveis: à base de cobre, cromo e boro (CCB); à base de cobre e arsênio, em
solução amoniacal (ACA); à base de cobre, cromo e arsênio (CCA), e outros.
3. Soluções salinas solúveis em óleo: pentaclorofenol diluído em óleos de baixa viscosidade, por exemplo.
11. MADEIRAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO
As madeiras utilizadas nas construções podem caracterizar-se em duas categorias:
11.1 Madeiras naturais:
• Madeira bruta ou roliça
• Madeira falquejada
• Madeira serrada
A madeira bruta ou roliça é empregada em forma de tronco, servindo para estacas, escoramentos, postes,
colunas etc. A madeira falquejada tem as faces laterais aparadas a machado, formando secções macias,
quadradas ou retangulares; é utilizada em estacas, cortinas cravadas, pontes, etc. A madeira serrada é o
produto estrutural de madeira mais comum entre nós. O tronco é cortado nas serrarias, em dimensões
padronizadas para o comércio, passando depois por um período de secagem. A tabela a seguir mostra as
principais dimensões dos produtos de madeira serrada (fonte: Madeira uso sustentável na construção civil,
2009, IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S. A.):
PRINCIPAIS DIMENSÕES DOS PRODUTOS DE MADEIRA SERRADA
PRODUTOS Espessura (mm) Largura (mm) Comprimento (m)
P r a n c h ã o maior que70 maior que200 variável
P r a n cha 40–70 maior que200 variável
V i ga maior que40 110–200 variável
V i g o t a 40–80 80–110 variável
C a i b r o 40–80 50–80 variável
Tábua 10–40 maior que100 variável
Sarrafo 20–40 20–100 variável
Ripa menor que20 Menor que100 variável
Dormente 160 220 2,00–5,60
170
240 2,80–5,60
Pontalete 75 75 variável
Bloco variável variável variável
Fonte: NBR 7203 (1982).
11.2 Madeiras industrializadas
• Madeira laminada e colada (MLC)
• Madeira compensada
• Madeira aglomerada
A madeira laminada e colada é o produto estrutural de madeira mais importante nos países
industrializados. A madeira selecionada é cortada em lâminas que são coladas sobre pressão, formando
grandes vigas, em geral de seção retangular. A madeira laminada e colada é um produto estrutural, formado
por associações de lâminas de madeira selecionada, coladas com adesivos.
Os produtos estruturais são fabricados sobre rígidos padrões de controlo de qualidade que lhes garantem
as características resistência e durabilidade. Este material, sendo composto por lamelas de madeira coladas
por sobreposição, permite que se proceda a uma escolha criteriosa das peças de madeira e à eliminação das
deficiências maiores antes da colagem. Esse processo torna as vigas mais homogêneas e evita a tendência
para a fendilhação. Possível com a técnica dos laminados colados se obter elementos de grandes dimensões
e harmonia de formas.
A madeira compensada é composta de várias lâminas desenroladas, unidas cada uma,
perpendicularmente à outra, através de adesivo ou cola, sempre em número ímpar, de forma que uma
compense a outra, fornecendo maior estabilidade e possibilitando que algumas propriedades físicas e
mecânicas sejam superiores às da madeira original. A espessura do compensado pode variar de 4 a 35 mm,
com dimensões planas mais comum de 2,10 m x 1,60 m. São encontrados no mercado três tipos: laminados,
sarrafeados e multissarrafeados. Os primeiros são produzidos com finas lâminas de madeira prensada. No
compensado sarrafeado, o miolo é formado por vários sarrafos de madeira, colados lado a lado. O
multissarrafeado é considerado o mais estável. Seu miolo compõe-se de lâminas prensadas e coladas na
vertical, fazendo um “sanduíche”.
Madeiras aglomeradas são assim denominadas as chapas e artefatos obtidos pela aglomeração de
pequenos fragmentos de madeira: cavacos, aparas, maravalhas e virutas. O aglomerante, geralmente
utilizados, são resinas sintéticas. Dependendo de sua densidade, apresentam, além de características físicas
de reduzida retratilidade, isolamento térmico e absorção acústica, uma relativa resistência mecânica.
As chapas de aglomerados à base de resinas fenólicas têm, como as anteriores, emprego preferencial na
fabricação de móveis, esquadrias e revestimentos. Existem outros tipos de painéis/chapas de madeiras
aglomeradas como OSB, MDF e HDF apresentam qualidades superiores a madeira aglomerada comum.
12. NORMAS TÉCNICAS
NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada
NBR 9480 - Classificação de madeira folhosas
NBR 12498 - Coníferas: dimensões e lotes
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
1- VANTAGENS
• Apresenta resistência mecânica tanto a esforços de compressão como aos esforços de tração na flexão;
• Tem resistência mecânica elevada, superior ao concreto, com vantagem do peso próprio reduzido;
• Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: sua resiliência permite absorver impactos que
romperiam ou estilhaçariam outros materiais;
• Apresenta boa característica de isolamento térmico e absorção acústica; seco é satisfatoriamente
dielétrico;
• Tem facilidade de aperfeiçoamento e simplicidade de ligações: pede ser trabalhado com ferramentas
simples;
• Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e decorativos.
2 – DESVANTAGENS
• Degradação de suas propriedades e o surgimento de tensões internas, decorrentes de alteração em sua
umidade, anulados pelos processos de secagem artificial controlada;
• A deterioração, quando em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de seus principais predadores,
contornada com os tratamentos de preservação;
• A marcante heterogeneidade e anisotropia próprias de sua constituição fibrosa orientada, assim como a
limitação de suas dimensões, resolvidas pelos processos de transformação nos laminados, contraplacados
e aglomerados de madeira.
ALGUMAS MADEIRAS BRASILEIRA – Características e aplicações
( Fonte: Instituto de Pesquisa Tecnológicas de São Paulo – IPT-SP)
I – MAÇARANDUBA
(malnikara longifolia)
• Nomes vulgares: maçaranduba e Piraju.
• Características: madeira de cerne vermelha, uniforme, escurecendo para vermelho chocolate, mais ou
menos intensa, tomando, às vezes, nuanças levemente arroxeadas; alburno diferenciado de cor bege-
acastanhado; textura média uniforme; fio direito; superfície pouco lustrosa e pouco lisa ao tato; cheiro
indistintos e gosto indistinto e ligeiramente adstringente.
• Durabilidade: em laboratório, demonstrou resistência moderada ao apodrecimento.
• Tratamento: quando submetida a impregnação sob pressão, em laboratório, revelou ser de
permeabilidade muito baixa às soluções preservativas.
• Aplicação na construção: estruturas externas, dormentes, postes, estacas, moirões, vigas, caibros, tábuas
e tacos para assoalhos, etc.
II – SUCUPIRA AMARELA (Ferreira spectabilis )
• Nomes vulgares: Guaiçara, macanaiba-amarela.
• Características: madeira pesada a muito pesada; cerne recém-abatido amarelo-dourado, passando a
castanha –claro, escurecendo até castanho, com numerosas estrias mais claras, às vezes , apresentando
vivos reflexos alaranjados; superfície irregularmente lustrosa, mediamente lisa ao tato, de aspecto fibroso;
textura media; Grã irregular; cheiro indistinto; gosto ligeiramente amargo.
• Durabilidade: em laboratório, demonstrou Ter boa resistência ao apodrecimento causado por fungos
xilófagos.
• Aplicação na construção: Esquadrias, peças estruturais dormentes, moirões etc.
III – PINHO-DO-PARANA ( araucaria angustifolia)
• Características: madeira leve; cerne e alburno pouco diferenciado; cor branco-amarelada, uniforme;
frequentemente apresenta núcleos largos, róseo-avermelhados, provavelmente de origem traumática;
superfície lisa ao tato, textura fina e uniforme.
• Durabilidade: em laboratório, demonstrou ter baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de cupim
de madeira seca. Sofre ataque de fungos e insetos, devendo ser preservados quando expostos a condições
que favoreçam este tipo de deteorização.
• Tratamento: quando submetida a impregnação sob pressão, em laboratório, revelou ser de alta
permeabilidade às soluções preservativas.
• Aplicação na construção: tábuas de forro, tábuas para formas para concreto, molduras, ripas, vigas,
caibros, etc.
IV – IPÊ-PEROBA (Paratecoma peroba)
• Nomes vulgares: Ipê-claro, Ipê-rajado peroba-amarala, peroba-de-campos, peroba-branca, peroba-
tremida, perobinha.
• Características: madeira moderadamente pesada; cerne variável, bege-rosado ou mais frequentemente
bege-amarelado, ou ainda pardo-acastanhado, às vezes apresentando finos veios paralelos, mais escuros;
superfície irregularmente lustrosa, mediamente lisa ao tato, cheiro e gosto indistintos; textura média,
uniforme; Grã direita ou ondulada;
• Durabilidade: em condições favoráveis ao apodrecimento é considerada de resistência satisfatória.
• Tratamento: considerada de baixa permeabilidade a soluções preservativas, mesmo sob tratamento sob
pressão;
• Aplicação na construção: vigas, ripas, caibros, tábuas e tacos para assoalhos, etc.
REFERENCIAS
1. Apostila: Tecnologia de Materiais de Construção, Prof. Carlos Frederico Hermeto Bueno.
Universidade Federal de Viçosa, 2000.
2. MADEIRA: USO SUSTENTÁVEL NA CONSTRUÇÃO CIVIL, Instituto de Pesquisa Tecnológicas-IPT. São
Paulo, 2009(2ª edição).
3. CURSO DE SECAGEM DA MADEIRA – Módulos 01, 02, 03 e 04, Prof. Dr. Ricardo J. Klitzke - DETF/UFPR.
4. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO_AULA 10_MADEIRAS, Prof. Luís Alcides Mesquita Lara – IFMG – Ouro
Preto-MG, 2013.
5. BAUER, L. ª F. “Materiais de Construção” volumes 2, 2000 Editora Livros Técnicos e Científicos, São
Paulo – SP.
6. PETRUCCI, E. G. R. “Materiais de Construção”, 1998, editora globo, Rio de Janeiro – RJ
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
MADEIRAS
USO
EXTERNO
USO
INTERNO
BATENTES DIVISÓRIAS DECKS
ESQUADRIAS
(PORTAS E
JANELAS)
ESTRUTURAS FORROS
LAMBRIS,
MOLDURAS E
RODAPÉS
MÓVEIS PISOS
Acapu S S N S S S S S N S S
Amendoim N S N S N N S N S S S
Andiroba N S S S N S S N S S S
Angelim-Pedra N S S S N S S N N S S
Angelim-
Vermelho
S S S S S S S S S N S
Angico-Preto S S S N N S S N N S S
Angico-
Vermelho
S S S S S S S N N S S
Aroeira-do-
Sertão
S S N N N N S N N N S
Bicuíba-Rosa N S N S N N N S S N N
Braúna-Preta S S S S N S S N N N S
Cabreúva-
Parda
S S S S S S S N N N S
Cabreúva-
Vermelha
(Bálsamo)
S S S S S S S S S S S
Canafístula S S S S N S S N N N S
Canela-
Sassafrás
N S S S N S S S S S S
Carvalho-
Brasileiro
N S N N N N N N N S -
Caviúna N S S S N S S S S S S
Cedrinho N S N N N N N S N S N
Cedro N S S S N S N S S S N
Cerejeira N S N N N S N S S S N
Cumaru S S S S S S S S S S S
Cumbaru S S S S N N S S S - S
Cupiúba S S S S S S S S S S S
Faveiro S S S S N S S N N N S
Freijó N S S N N S N S S S N
Garapa S S N N N N S N N N S
Imbuia N S S S N S S S S S S
Ipê S S S S S S S S S N S
Itaúba-Preta S S S S S S S S S S S
Jacarandá N S N N N N N N N S N
Jarana S N N N N N S N N N N
Jatobá (Jataí) S S S S S S S S S S S
Louro-Pardo N S S S N S S S S S N
Maçaranduba S S N N N N S N N N S
Mogno N S S S N S N S S S N
Muiracatiara N S S S N S S S S S N
Oiti S N N N N N S N N N N
Pau-Amarelo N S N N N N N S S S S
Pau-Marfim
(Marfim)
N S N N N N S S S S S
Pau-Roxo S S S S S S S S S N S
Pequiá (Pitiá) N S N N N S N S S N S
Peroba-de-
Campos
S S S S S S S S S S S
Pinho-de-Riga S S N N N S N N N S N
Pinho-do-
Paraná
N S S S N S S S S S N
Pinus Elioti N S N N N N N S S S N
Sucupira N S N N N N S S S S S
Sucupira-
Amarela
(Guaiçara)
S S N N N S N S S S N
Taiúva S S S S S S S S S S S
Tatajuba N S S S N S S S S S S
Tauari N S N N N N N S S S N
Questionamentos:
1) Fale sobre cada uma das camadas distintas observadas no corte transversal do caule da árvore.
2) Quais as propriedades apresentadas pela madeira que a tornam útil como material de construção?
3) Quais as desvantagens por ela apresentadas, como material de construção?
4) Quais os principais defeitos de crescimento das madeiras?
5) Cite pelo menos 08 tipos de peças obtidas nas serrarias, bem como as dimensões das mesmas.
6) O que é madeira laminada colada (MLC)? Qual sua importância na Construção Civil?
7) Diferencie a madeira aglomerada da compensada?
8) O que é um “madeirite”? Para que sevem? Quais os tipos?
9) Defina e comente as SIGLAS: OSB, MDP, MDF. Qual desses produtos é bastante utilizado na
construção civil.

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Apostila sobre madeiras

  • 1. INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS DE IMPERATRIZ DEPARTAMENTO DE ENSINO TÉCNICO DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO – MADEIRAS 1. INTRODUÇÃO As madeiras constituem um material complexo com diferentes características dos outros materiais de construção. Características essas que residem principalmente na sua estrutura fibrosa, heterogênea e anisotrópica. A madeira é um material heterogêneo, variando não apenas com a espécie produtora, mas também com o meio em que a árvore se desenvolve. Com o aparecimento de novos materiais como o Aço e o concreto armado reduziram, ao longo do tempo, a utilização da madeira como elemento estrutural. 2. CONSTITUIÇÃO QUÍMICA As substâncias básicas na composição química das madeiras são a holocelulose (celulose ,  e ) e a lignina. Os outros constituintes são óleos, resinas, açúcares, amidos, taninos, substâncias nitrogenadas, sais inorgânicos e ácidos orgânicos. A celulose (C6H10O5)n são carboidratos polissacarídeos e a lignina é uma resina natural que reveste externamente as células, aglomerando-as em conjunto. 3. PRODUÇÃO DAS MADEIRAS A produção das madeiras de obra, peças de madeira natural serradas, inicia-se com o corte das árvores e desenvolve-se na toragem, falquejamento, desdobro e aparelhamento das peças. A nomenclatura e as dimensões da madeira serrada estão fixadas ABNT. 4. UMIDADE A impregnação de umidade determina profundas alterações nas propriedades do material. Assim, apresentará o máximo de resistência mecânica quando completamente seca e mínima quando completamente saturada e valores intermediários para diferentes teores de umidade entre esses dois extremos. A madeira seca ao ar terá um teor de umidade entre 13 a 18%, mas é convencionalmente fixado em 15% e recebe a denominação de teor de umidade normal ou teor de umidade normalizado. No que diz respeito ao teor de umidade, são comuns as seguintes expressões: • Madeira verde – acima do ponto de saturação ao ar, normalmente 30%; • Madeira Semi-seca – inferior ao ponto de saturação de, acima de 23% • Madeira comercialmente seca - entre 18% e 23% • Madeira seca ao ar – 13 e 18% • Madeira dessecada – entre 0 a 13% • Madeira completamente seca – 0% OBS: O teor de umidade é expresso percentualmente pela relação: h = (Ph – Po) x 100 (%) Po
  • 2. MASSA ESPECÍFICA (“DENSIDADE”)- ME (KG/M3) ESPÉCIE ME (verde) (kg/m3 ) ME (12%U) (kg/m3 ) Balsa 830 120 Kiri 860 220 Guapurúvu 880 260 Pinus 1000 450 Pinho 1050 500 Imbúia 1050 650 Ipê 1150 850 Ângico 1200 900 Massaranduba 1250 1050 5. SECAGEM DAS MADEIRAS Podem ser subtraídas, por secagem, a água que existe livre nos vazios capilares e a água de impregnação das paredes celulósicas das células. Um procedimento de secagem está bem conduzido quando se atinge uma perfeita sincronização entre a evaporação superficial e a transfusão interna da umidade. Portanto, a condição de êxito de uma secagem resume-se no perfeito controle da velocidade de evaporação superficial, ajustada à espécie lenhosa da madeira e às dimensões das peças. A secagem pode ser natural ou artificial. TEORES DE UMIDADE FINAIS RECOMENDADOS PARA ALGUNS PRODUTOS DE MADEIRA PRODUTOS v UMIDADE (%) Madeira serrada comercial 16 – 20 Madeira para construção externa 12 – 18 Madeira para construção interna 8 – 11 Painéis (compensado, aglomerado, chapas de fibras, etc.) 6 – 8 Pisos e lambris 6 – 11 Móveis para interiores 6 – 10 Móveis para exteriores 12 – 16 Equipamentos esportivos 8 – 12 Barcos 12 – 16 Fonte: Ponce e Watai 1985 6. TIPOS DE MADEIRAS NA CONSTRUÇÃO As madeiras utilizadas na construção são obtidas dos troncos de árvores. Distinguem-se duas categorias principais de madeiras:
  • 3. • Madeiras duras – provenientes de árvores frondosas (folhas achatas e largas), de crescimentos lento como o carvalho; as madeiras duras de melhor qualidade são também chamadas madeiras de lei. • Madeiras macias – provenientes em geral das árvores coníferas (com folhas em forma agulhas ou escamas, e sementes agrupadas em forma de cones); de crescimento rápido, como o pinheiro do Paraná, pinheiro bravo ou pinheirinho, pinheiros europeu ou norte-americano. As categorias acima distinguem-se pela estrutura celular dos troncos, e não propriamente pela resistência. 7. ESTRUTURA E CRESCIMENTO DAS MADEIRAS As árvores produtoras de madeiras de construção são do tipo exógeno, que crescem pela adição de camadas externas, sob a casca. A secção transversal de um tronco de árvore revela as seguintes camadas, de fora para dentro: • Casca – proteção externa da árvore, formada por uma camada externa morta, de espessura variável com idade e espécies, e uma fina camada interna, de tecido vivo e macio, que conduz o alimento preparado nas folhas para as partes em crescimento. • Alburno ou branco – camada formada por células vivas que conduzem a seiva das raízes para as folhas. • Cerne ou durâmen– camada formada por células vivas que conduzem a seiva das inativas e constituem o cerne, de coloração mais escura, passando a ter apenas função de sustentar o tronco. • Medula – tecido macio, em torno do qual se verifica o primeiro crescimento da madeira nos ramos novos. As madeiras de construção devem ser tiradas de preferência do cerne, mais durável. O alburno produz madeira imatura, não endurecida, mais sujeita a decomposição. Os troncos das árvores crescem pela adição de anéis em volta da medula; os anéis são gerados por divisão de células em uma camada microscópica situada sobre a casca denominada câmbio ou liber que também produz células da casca. A figura abaixo mostra o corte transversal do tronco de uma árvore: Fonte: Google 8. DEFEITOS DAS MADEIRAS As peças de madeira utilizada nas construções apresentam uma série de defeitos que prejudicam a resistência, o aspecto ou a durabilidade. Os defeitos podem vir da constituição do tronco ou do processo de preparação das peças. A seguir, descrevem-se os principais defeitos da madeira: • Nós – imperfeição da madeira nos pontos dos troncos onde existiam galhos. Os galhos ainda vivos na época do abate da árvore produzem nós firmes, enquanto os galhos mortos originam nós soltos. Os 1 – Casca 2 – Alburno 3 – Cerne 4 – Medula 1 3 2 4
  • 4. nós soltos podem cair durante o corte com a serra produzindo orifícios na madeira. Nos nós, as fibras longitudinais sofrem desvio de direção, provocando redução na resistência à tração. • Fendas – aberturas nas extremidades das peças produzidas pela secagem mais rápida da superfície; e são situadas em planos longitudinais radiais, atravessando os anéis de crescimento. O aparecimento de fendas pode ser evitado mediante a secagem lenta e uniforme da madeira. • Gretas ou ventas – separação entre os anéis anuis provocada por tensões internas devido ao crescimento lateral das árvores ou por ações externas, com flexão devido ao vento. • Abaulamento – encurvamento na direção da largura da peça. • Arqueadura – encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da peça. • Fibras reversas– fibras não paralelas ao eixo da peça. As fibras reversas podem ser provocadas por causas naturais ou por serragem. As causas naturais devem-se a proximidade de nós ou o crescimento das fibras em forma de espiral. A serragem da peça em plano inadequado pode produzir peças com fibras inclinadas em relação ao eixo, as fibras reversas reduzem a resistência das madeiras. • Furos de larva – furos provocados por larvas ou insetos. • Bolor – descoloração de madeira provocada por cogumelos indica início de deterioração. 9. PROCESSOS DE ABATE Sempre que possível convém cortar o tronco junto ao pé da árvore, isto é, junto ao solo, uma vez que a melhor parte do tronco é a que está junto da raiz. O abate da árvore pode ser realizado mecanicamente ou manualmente: • Abate mecânico – A serragem é mais rápida e econômica. Faz-se com a ajuda de um motosserra portátil, de pequenas dimensões, que trabalha a combustível, é de grande utilidade em explorações florestais. • Abate manual – neste caso utiliza-se o machado, a serra de arco ou o traçador, consoante o diâmetro do troco. 10. CUIDADOS A TER COM AS ÁRVORES CORTADAS Após o abate das árvores e durante a desrama, deve-se cortar imediatamente os ramos que apresentem indícios de putrefação. Os troncos das árvores abatidas não devem permanecer por muito tempo sobre o terreno para evitar que sejam atacados por fungos. Sempre que as circunstâncias o permitam (quando os toros tenham de permanecer no local do abate) estes, deverão ser descascados e embebidos em água, por uns dias, para que a seiva se dissolva e saia. 10.1 Preservação da Madeira A durabilidade das madeiras é a resistência que apresentam aos agentes de alteração e destruição de seu tecido lenhoso: fungos, insetos etc. Os processos de preservação podem ser classificados, conforme a profundidade da impregnação alcançada: processo de impregnação superficial, impregnação sob pressão reduzida e sob pressão elevada. Os preservativos podem ser classificados em: 1. Óleos preservativos: creosoto de destilação da hulha de alcatrão, de óleos ou de madeiras. 2. Soluções de salinas hidrossolúveis: à base de cobre, cromo e boro (CCB); à base de cobre e arsênio, em solução amoniacal (ACA); à base de cobre, cromo e arsênio (CCA), e outros. 3. Soluções salinas solúveis em óleo: pentaclorofenol diluído em óleos de baixa viscosidade, por exemplo.
  • 5. 11. MADEIRAS UTILIZADAS NA CONSTRUÇÃO As madeiras utilizadas nas construções podem caracterizar-se em duas categorias: 11.1 Madeiras naturais: • Madeira bruta ou roliça • Madeira falquejada • Madeira serrada A madeira bruta ou roliça é empregada em forma de tronco, servindo para estacas, escoramentos, postes, colunas etc. A madeira falquejada tem as faces laterais aparadas a machado, formando secções macias, quadradas ou retangulares; é utilizada em estacas, cortinas cravadas, pontes, etc. A madeira serrada é o produto estrutural de madeira mais comum entre nós. O tronco é cortado nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio, passando depois por um período de secagem. A tabela a seguir mostra as principais dimensões dos produtos de madeira serrada (fonte: Madeira uso sustentável na construção civil, 2009, IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S. A.): PRINCIPAIS DIMENSÕES DOS PRODUTOS DE MADEIRA SERRADA PRODUTOS Espessura (mm) Largura (mm) Comprimento (m) P r a n c h ã o maior que70 maior que200 variável P r a n cha 40–70 maior que200 variável V i ga maior que40 110–200 variável V i g o t a 40–80 80–110 variável C a i b r o 40–80 50–80 variável Tábua 10–40 maior que100 variável Sarrafo 20–40 20–100 variável Ripa menor que20 Menor que100 variável Dormente 160 220 2,00–5,60 170 240 2,80–5,60 Pontalete 75 75 variável Bloco variável variável variável Fonte: NBR 7203 (1982).
  • 6. 11.2 Madeiras industrializadas • Madeira laminada e colada (MLC) • Madeira compensada • Madeira aglomerada A madeira laminada e colada é o produto estrutural de madeira mais importante nos países industrializados. A madeira selecionada é cortada em lâminas que são coladas sobre pressão, formando grandes vigas, em geral de seção retangular. A madeira laminada e colada é um produto estrutural, formado por associações de lâminas de madeira selecionada, coladas com adesivos. Os produtos estruturais são fabricados sobre rígidos padrões de controlo de qualidade que lhes garantem as características resistência e durabilidade. Este material, sendo composto por lamelas de madeira coladas por sobreposição, permite que se proceda a uma escolha criteriosa das peças de madeira e à eliminação das deficiências maiores antes da colagem. Esse processo torna as vigas mais homogêneas e evita a tendência para a fendilhação. Possível com a técnica dos laminados colados se obter elementos de grandes dimensões e harmonia de formas. A madeira compensada é composta de várias lâminas desenroladas, unidas cada uma, perpendicularmente à outra, através de adesivo ou cola, sempre em número ímpar, de forma que uma compense a outra, fornecendo maior estabilidade e possibilitando que algumas propriedades físicas e mecânicas sejam superiores às da madeira original. A espessura do compensado pode variar de 4 a 35 mm, com dimensões planas mais comum de 2,10 m x 1,60 m. São encontrados no mercado três tipos: laminados, sarrafeados e multissarrafeados. Os primeiros são produzidos com finas lâminas de madeira prensada. No compensado sarrafeado, o miolo é formado por vários sarrafos de madeira, colados lado a lado. O multissarrafeado é considerado o mais estável. Seu miolo compõe-se de lâminas prensadas e coladas na vertical, fazendo um “sanduíche”. Madeiras aglomeradas são assim denominadas as chapas e artefatos obtidos pela aglomeração de pequenos fragmentos de madeira: cavacos, aparas, maravalhas e virutas. O aglomerante, geralmente utilizados, são resinas sintéticas. Dependendo de sua densidade, apresentam, além de características físicas de reduzida retratilidade, isolamento térmico e absorção acústica, uma relativa resistência mecânica.
  • 7. As chapas de aglomerados à base de resinas fenólicas têm, como as anteriores, emprego preferencial na fabricação de móveis, esquadrias e revestimentos. Existem outros tipos de painéis/chapas de madeiras aglomeradas como OSB, MDF e HDF apresentam qualidades superiores a madeira aglomerada comum. 12. NORMAS TÉCNICAS NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada NBR 9480 - Classificação de madeira folhosas NBR 12498 - Coníferas: dimensões e lotes A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 1- VANTAGENS • Apresenta resistência mecânica tanto a esforços de compressão como aos esforços de tração na flexão; • Tem resistência mecânica elevada, superior ao concreto, com vantagem do peso próprio reduzido; • Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: sua resiliência permite absorver impactos que romperiam ou estilhaçariam outros materiais; • Apresenta boa característica de isolamento térmico e absorção acústica; seco é satisfatoriamente dielétrico; • Tem facilidade de aperfeiçoamento e simplicidade de ligações: pede ser trabalhado com ferramentas simples; • Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e decorativos. 2 – DESVANTAGENS • Degradação de suas propriedades e o surgimento de tensões internas, decorrentes de alteração em sua umidade, anulados pelos processos de secagem artificial controlada; • A deterioração, quando em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de seus principais predadores, contornada com os tratamentos de preservação; • A marcante heterogeneidade e anisotropia próprias de sua constituição fibrosa orientada, assim como a limitação de suas dimensões, resolvidas pelos processos de transformação nos laminados, contraplacados e aglomerados de madeira. ALGUMAS MADEIRAS BRASILEIRA – Características e aplicações ( Fonte: Instituto de Pesquisa Tecnológicas de São Paulo – IPT-SP) I – MAÇARANDUBA (malnikara longifolia) • Nomes vulgares: maçaranduba e Piraju. • Características: madeira de cerne vermelha, uniforme, escurecendo para vermelho chocolate, mais ou menos intensa, tomando, às vezes, nuanças levemente arroxeadas; alburno diferenciado de cor bege- acastanhado; textura média uniforme; fio direito; superfície pouco lustrosa e pouco lisa ao tato; cheiro indistintos e gosto indistinto e ligeiramente adstringente. • Durabilidade: em laboratório, demonstrou resistência moderada ao apodrecimento. • Tratamento: quando submetida a impregnação sob pressão, em laboratório, revelou ser de permeabilidade muito baixa às soluções preservativas. • Aplicação na construção: estruturas externas, dormentes, postes, estacas, moirões, vigas, caibros, tábuas e tacos para assoalhos, etc.
  • 8. II – SUCUPIRA AMARELA (Ferreira spectabilis ) • Nomes vulgares: Guaiçara, macanaiba-amarela. • Características: madeira pesada a muito pesada; cerne recém-abatido amarelo-dourado, passando a castanha –claro, escurecendo até castanho, com numerosas estrias mais claras, às vezes , apresentando vivos reflexos alaranjados; superfície irregularmente lustrosa, mediamente lisa ao tato, de aspecto fibroso; textura media; Grã irregular; cheiro indistinto; gosto ligeiramente amargo. • Durabilidade: em laboratório, demonstrou Ter boa resistência ao apodrecimento causado por fungos xilófagos. • Aplicação na construção: Esquadrias, peças estruturais dormentes, moirões etc. III – PINHO-DO-PARANA ( araucaria angustifolia) • Características: madeira leve; cerne e alburno pouco diferenciado; cor branco-amarelada, uniforme; frequentemente apresenta núcleos largos, róseo-avermelhados, provavelmente de origem traumática; superfície lisa ao tato, textura fina e uniforme. • Durabilidade: em laboratório, demonstrou ter baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de cupim de madeira seca. Sofre ataque de fungos e insetos, devendo ser preservados quando expostos a condições que favoreçam este tipo de deteorização. • Tratamento: quando submetida a impregnação sob pressão, em laboratório, revelou ser de alta permeabilidade às soluções preservativas. • Aplicação na construção: tábuas de forro, tábuas para formas para concreto, molduras, ripas, vigas, caibros, etc. IV – IPÊ-PEROBA (Paratecoma peroba) • Nomes vulgares: Ipê-claro, Ipê-rajado peroba-amarala, peroba-de-campos, peroba-branca, peroba- tremida, perobinha. • Características: madeira moderadamente pesada; cerne variável, bege-rosado ou mais frequentemente bege-amarelado, ou ainda pardo-acastanhado, às vezes apresentando finos veios paralelos, mais escuros; superfície irregularmente lustrosa, mediamente lisa ao tato, cheiro e gosto indistintos; textura média, uniforme; Grã direita ou ondulada; • Durabilidade: em condições favoráveis ao apodrecimento é considerada de resistência satisfatória. • Tratamento: considerada de baixa permeabilidade a soluções preservativas, mesmo sob tratamento sob pressão; • Aplicação na construção: vigas, ripas, caibros, tábuas e tacos para assoalhos, etc. REFERENCIAS 1. Apostila: Tecnologia de Materiais de Construção, Prof. Carlos Frederico Hermeto Bueno. Universidade Federal de Viçosa, 2000. 2. MADEIRA: USO SUSTENTÁVEL NA CONSTRUÇÃO CIVIL, Instituto de Pesquisa Tecnológicas-IPT. São Paulo, 2009(2ª edição). 3. CURSO DE SECAGEM DA MADEIRA – Módulos 01, 02, 03 e 04, Prof. Dr. Ricardo J. Klitzke - DETF/UFPR. 4. MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO_AULA 10_MADEIRAS, Prof. Luís Alcides Mesquita Lara – IFMG – Ouro Preto-MG, 2013. 5. BAUER, L. ª F. “Materiais de Construção” volumes 2, 2000 Editora Livros Técnicos e Científicos, São Paulo – SP. 6. PETRUCCI, E. G. R. “Materiais de Construção”, 1998, editora globo, Rio de Janeiro – RJ
  • 9. EXEMPLO DE APLICAÇÃO MADEIRAS USO EXTERNO USO INTERNO BATENTES DIVISÓRIAS DECKS ESQUADRIAS (PORTAS E JANELAS) ESTRUTURAS FORROS LAMBRIS, MOLDURAS E RODAPÉS MÓVEIS PISOS Acapu S S N S S S S S N S S Amendoim N S N S N N S N S S S Andiroba N S S S N S S N S S S Angelim-Pedra N S S S N S S N N S S Angelim- Vermelho S S S S S S S S S N S Angico-Preto S S S N N S S N N S S Angico- Vermelho S S S S S S S N N S S Aroeira-do- Sertão S S N N N N S N N N S Bicuíba-Rosa N S N S N N N S S N N Braúna-Preta S S S S N S S N N N S Cabreúva- Parda S S S S S S S N N N S Cabreúva- Vermelha (Bálsamo) S S S S S S S S S S S Canafístula S S S S N S S N N N S Canela- Sassafrás N S S S N S S S S S S Carvalho- Brasileiro N S N N N N N N N S - Caviúna N S S S N S S S S S S Cedrinho N S N N N N N S N S N Cedro N S S S N S N S S S N Cerejeira N S N N N S N S S S N Cumaru S S S S S S S S S S S Cumbaru S S S S N N S S S - S Cupiúba S S S S S S S S S S S Faveiro S S S S N S S N N N S Freijó N S S N N S N S S S N Garapa S S N N N N S N N N S Imbuia N S S S N S S S S S S Ipê S S S S S S S S S N S Itaúba-Preta S S S S S S S S S S S Jacarandá N S N N N N N N N S N Jarana S N N N N N S N N N N Jatobá (Jataí) S S S S S S S S S S S Louro-Pardo N S S S N S S S S S N Maçaranduba S S N N N N S N N N S Mogno N S S S N S N S S S N Muiracatiara N S S S N S S S S S N Oiti S N N N N N S N N N N Pau-Amarelo N S N N N N N S S S S Pau-Marfim (Marfim) N S N N N N S S S S S Pau-Roxo S S S S S S S S S N S Pequiá (Pitiá) N S N N N S N S S N S Peroba-de- Campos S S S S S S S S S S S Pinho-de-Riga S S N N N S N N N S N Pinho-do- Paraná N S S S N S S S S S N Pinus Elioti N S N N N N N S S S N Sucupira N S N N N N S S S S S Sucupira- Amarela (Guaiçara) S S N N N S N S S S N Taiúva S S S S S S S S S S S Tatajuba N S S S N S S S S S S Tauari N S N N N N N S S S N
  • 10. Questionamentos: 1) Fale sobre cada uma das camadas distintas observadas no corte transversal do caule da árvore. 2) Quais as propriedades apresentadas pela madeira que a tornam útil como material de construção? 3) Quais as desvantagens por ela apresentadas, como material de construção? 4) Quais os principais defeitos de crescimento das madeiras? 5) Cite pelo menos 08 tipos de peças obtidas nas serrarias, bem como as dimensões das mesmas. 6) O que é madeira laminada colada (MLC)? Qual sua importância na Construção Civil? 7) Diferencie a madeira aglomerada da compensada? 8) O que é um “madeirite”? Para que sevem? Quais os tipos? 9) Defina e comente as SIGLAS: OSB, MDP, MDF. Qual desses produtos é bastante utilizado na construção civil.