SLIDE DE MCC - MATERIAL MISTURADO - MADEIRA, ESTATISTICA E FILOSOFIA.pptx
1.
2. INTEGRANTES DO GRUPO:
• ALICE MARIA MARTINS
• GOMÉSIO DE OLIVEIRA QUIPACA
• MIGUEL SIMÃO FRANCISCO
• RUTH DA CRUZ
• SOARES INOCÊNCIO S. DOS SANTOS
3. Nos primórdios da humanidade, as árvores
eram utilizadas para construir as moradias que
abrigavam os primeiros primatas. No caso do
continente africano, os primeiros habitantes foram
os povos Bantu, que utilizavam a madeira para
construir as suas cubatas, produzir armas de
caças, utensílios domésticos e de trabalho, entre
outros materiais.
4. • Fazer um estudo minucioso a respeito das
características principais da madeira.
5. • Abordar sobre as principais propriedades
da madeira e sua aplicação na Engenharia
civil.
• Fazer uma análise sobre as vantagens e
desvantagens do uso da madeira na
construção.
6. A madeira é um material orgânico, sólido e de
composição complexa, obtido do corte de árvores
cuja extração deve ser feita em florestas
controladas, onde apenas uma pequena fração das
árvores é cortada para evitar o desmatamento em
larga escala.
De maneira geral, é um material elástico, de
pouco peso, isolante e fácil de trabalhar, e é o
principal produto comercial florestal.
7. A secção resultante do corte transversal do
tronco de uma árvore permite distinguir as
diferentes camadas ou zonas que a
compõem, no caso:
21. Como material de construção, a madeira oferece
diversos benefícios devido às suas propriedades
diferenciadas, destacando-se a sua elevada
resistência, durabilidade, e o conforto que esta
permite.
22. • Dedicatória
• É de coração pleno que dedicamos este trabalho
de pesquisa aos nossos pais, parentes e amigos,
que muito têm feito para nos ajudar a trilhar este
caminho de formação académica. Dedicamos
também este trabalho aos nossos professores
que com muito zelo e amor têm nos incentivado
e nos inspirado a dar o nosso melhor como
estudantes de engenharia civil. E a todos os
engenheiros civis pela sua competência e
trabalho árduo.
23. • Agradecimentos
• Expressamos as nossas cordiais palavras de
agradecimento ao nosso Criador Deus, por
nos ter concedido o privilégio de estarmos
vivos, porque sem isso não seria possível
realizarmos tudo o que temos vindo a fazer
até ao momento, agradecemos também aos
nossos pais que têm sido a nossa força motora
para continuarmos aqui até agora.
24. • RESUMO
• A madeira é um dos materiais de construção mais
antigos utilizados pelo homem, e a razão para tal é
claramente percetível quando se analisam todas as
vantagens que esta apresenta em relação a alguns dos
materiais mais utilizados atualmente. Porém, para que
se tire o maior proveito deste material, é necessário
que se conheçam as suas principais propriedades
físicas e mecânicas, além de como obtê-la e conservá-
la do modo correto.
• Palavras-chave: madeira; materiais de construção.
25. • ABSTRACT
• Wood is one of the oldest construction materials
used by mankind, and the reason for this is
clearly visible when analyzing all the advantages
that it presents in comparison to some of the
most used materials today. However, in order to
take the most advantage of this material, it is
necessary to know its main physical and
mechanical properties, as well as how to obtain
and preserve them in the correct way.
• Keywords: wood; construction materials.
26. • 1. INTRODUÇÃO
•
• A madeira é um material produzido a partir do tecido formado pelas
plantas lenhosas com funções de sustentação mecânica. Constitui um
material resistente, durável e leve, motivo pelo qual é frequentemente
utilizada para fins estruturais e de sustentação em construções. É dos
materiais de construção mais versáteis e mais utilizados pelo homem ao
longo da sua história, podendo ser aplicado em quase todas as etapas
de uma obra, como em pisos, coberturas, revestimentos, estruturas, até
mesmo na decoração e mobiliário, também fornece isolamento térmico
e acústico, e permite a diminuição de custos da obra.
• Nos primórdios da humanidade, as árvores eram utilizadas para
construir as moradias que abrigavam os primeiros primatas. No caso do
continente africano, os primeiros habitantes foram os povos Bantu, que
utilizavam a madeira para construir as suas cubatas, produzir armas de
caças, utensílios domésticos e de trabalho, entre outros materiais.
27. • No início, a madeira era comumente utilizada de forma pura ou combinada com
outros elementos, como o barro, a palha, a pedra e o ferro. Estudos dizem que a
madeira foi descoberta antes do fogo.
• Quando começou o processo de colonização, os portugueses usavam a madeira,
não só para a construção de moradias, mas também para produzir as primeiras
embarcações, pelo fato deste material flutuar em rios e mares, e com o passar do
tempo foi-se aprimorando a técnica de construção naval.
• Civilizações de diversas partes do mundo empregavam a madeira em suas
construções mais antigas, como casas, igrejas e na arquitetura em geral. Portanto,
seu uso sempre foi muito comum em todos os continentes, principalmente em
países como a Noruega, que possui muitas florestas e a madeira era o principal
elemento de construção devido ao seu caráter de isolante térmico.
• Atualmente, a utilização da madeira na construção tem sido cada vez mais
reduzida devido à crescente implementação de técnicas de construção
sustentáveis que sejam menos prejudiciais ao ambiente. Regiões que enfrentam
estações com temperaturas muito baixas, porém, são aquelas em que a utilização
deste material se mostra ainda muito presente, como é o caso dos Estados Unidos
e da Rússia.
28. • 1.1. OBJECTIVO GERAL
• Fazer um estudo minucioso a respeito das
características principais da madeira.
• 1.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
• Abordar sobre as principais propriedades da
madeira e sua aplicação na Engenharia civil.
• Fazer uma análise sobre as vantagens e
desvantagens do uso da madeira na construção.
Perceber qual a interação existente entre a
madeira e o meio ambiente.
29. • 2. MADEIRA
•
• A madeira é um material orgânico, sólido e de composição complexa, obtido do
corte de árvores cuja extração deve ser feita em florestas controladas, onde
apenas uma pequena fração das árvores é cortada para evitar o desmatamento
em larga escala.
• Chama-se madeira à parte sólida dos troncos das árvores, que se encontra
debaixo da casca. De maneira geral, é um material elástico, de pouco peso,
isolante e fácil de trabalhar, e é o principal produto comercial florestal.
• A madeira dá origem à matéria-prima da indústria do papel, a chamada polpa de
celulose, que é o principal ingrediente do papel. A celulose é extraída da polpa da
madeira, e praticamente qualquer árvore pode ser utilizada para produzi-la. Além
do papel, a celulose é também usada na obtenção de produtos químicos, como
rayon, alcatrão, tanino e acetato de celulose, produtos usados para fabricar tintas
e no curtimento de couro.
• Quando a celulose é tratada com ácido nítrico e sulfúrico, produz vários nitratos
como, por exemplo, o trinitrato de celulose, também conhecido como algodão
pólvora, utilizado na fabricação de explosivos.
30. • 2.1. FORMAÇÃO
• A secção resultante do corte transversal do tronco de uma árvore permite distinguir as diferentes
camadas ou zonas que a compõem, no caso:
• Medula: situada no centro do tronco. Tem uma forma mais ou menos cilíndrica e costuma ser
mais macia do que o resto da madeira que a circula. Dela partem os chamados raios medulados até
à casca.
• Durame: também chamado lenho, é composto principalmente por tecido lenhoso. É de cor mais
escura do que o resto. Os anéis anuais de crescimento formam no durame círculos concêntricos. É,
na realidade, a parte empregada na construção, como madeira.
• Alburno: camada de cor clara, compondo a parte viva da árvore, por onde circula a seiva bruta.
Trata-se de madeira mais jovem que com o tempo se converte em durame.
• Câmbio: a camada que forma a madeira.
• Casca: também conhecida como córtex, consiste na camada protetora dos tecidos da árvore.
• Anéis de crescimento: também chamados raios lenhosos, são lâminas radiais mortas no lenho e
vivas no alburno. Estes raios favorecem a propriedade que a madeira tem de rachar.
31. • 3. PROPRIEDADES DA MADEIRA
• A madeira apresenta dois tipos distintos de propriedades:
• 3.1. PROPRIEDADES FÍSICAS
• Entre as propriedades físicas, destacam-se:
• 3.1.1. Anisotropia
• Tendo em conta a descrição macroscópica da madeira, ela
pode ser definida como um material de natureza
anisotrópica, ou seja, que apresenta reações diferentes
tendo em conta a direção da força a ela aplicada. As suas
três direções principais são perpendiculares entre si e
coincidem com o comprimento da árvore (longitudinal), em
direção ao centro da árvore (radial) e tangente aos seus
anéis de crescimento (tangencial).
32. • 3.1.2. Teor de humidade ou higroscopicidade
• A madeira é considerada um material semi-poroso, ou seja, que absorve humidade quando o ambiente está húmido e perde humidade quando o
ambiente está seco.
• O comportamento higroscópico é das características mais importantes no estudo do comportamento deste material, influenciando nas propriedades
físicas e mecânicas, na secagem e preservação, na durabilidade natural, trabalhabilidade, acabamentos e produtos derivados.
• 3.1.3. Densidade
• A densidade consiste na relação entre peso e volume de uma amostra. No caso da madeira para construção, e para indústrias de chapas e móveis,
esta é uma das mais importantes propriedades físicas, visto que define um parâmetro referencial da qualidade da madeira para determinados usos,
estando diretamente ligado a outras propriedades, como a resistência e o teor de humidade.
• 3.1.4. Comportamento térmico
• As principais propriedades que determinam o comportamento térmico da madeira são a condutibilidade térmica (velocidade com que a energia
térmica ou calor flui através de um material submetido a um gradiente de temperatura, sendo influenciada por fatores como o teor de humidade, a
densidade e a estrutura molecular, tal que madeiras de baixa densidade e teor de humidade sejam melhores isolantes térmicos uma vez que os
vazios intercelulares estão preenchidos com água e ar, que possuem menor condutibilidade térmica que o material lenhoso), o coeficiente de
dilatação térmica (variação nas dimensões da madeira em função da variação de temperatura) e o calor específico (capacidade que determinado
material possui de reter calor, dependendo, no caso da madeira, da temperatura e do teor de humidade).
• 3.1.5. Comportamento acústico
• Isolamento acústico refere-se à redução da intensidade do som quando este passa através de uma barreira. Por outro lado, absorção acústica refere-
se à quantidade de som absorvida pela superfície desta barreira.
• Por natureza, a madeira não constitui um bom isolante acústico mas, na indústria, é bastante utilizada para a absorção e dissipação do som. Ou seja,
a madeira apresenta-se pouco eficiente no quesito de bloquear a transmissão do som, mas, quando combinada com outros materiais, resulta numa
barreira acústica bastante eficiente. Isto acontece porque o determinante de uma barreira acústica é o peso do material. No entanto, sendo a
madeira mais leve do que outros materiais estruturais, as medidas tomadas para impermeabilizá-la, geralmente, já são suficientes para garantir um
bom isolamento acústico.
• Quanto à absorção do som, ocorre o oposto. Para que haja boa absorção de som, é necessário que o material seja leve e poroso, o que explica o
emprego da madeira no interior de auditórios e salas de concerto.
33. • 3.1.6. Condutibilidade elétrica
• A madeira constitui um excelente isolante de corrente
elétrica quando totalmente seca, sendo a sua
resistência elétrica bastante sensível a alterações no
seu teor de humidade. Quando em estado húmido,
torna-se um condutor de energia elétrica.
• Esta relação entre a resistência elétrica e o teor de
humidade possibilita estimar a humidade da madeira
por meio de aparelhos elétricos.
• 3.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS
• As principais propriedades mecânicas da madeira são:
34. • 3.2.1. Comportamento à compressão
• Quando submetida à compressão, a madeira apresenta consideráveis
variações que ocorrem na direção da força aplicada em relação à direção
das fibras, podendo ser perpendicular, paralela ou inclinada em relação às
fibras.
• Caso a compressão seja paralela às fibras, visto que as forças agem na
mesma direção do comportamento das fibras da madeira, esta apresenta
grande resistência, propriedade determinante no dimensionamento de
pilares.
• Caso a compressão seja perpendicular às fibras, ocorre a compactação das
mesmas e a eliminação de vazios, resultando no aumento da capacidade
de carga da peça. Esta propriedade é usada para dimensionar treliças,
vigas, entre outros.
• Quando ocorre a compressão de forma inclinada, esta atua tanto paralela
como perpendicularmente às fibras, sendo considerada uma propriedade
para dimensionamento de diversos elementos.
35. • 3.2.2. Comportamento à tração
• Este fenómeno pode ocorrer de forma paralela ou
perpendicular às fibras. Quando o esforço é paralelo às
fibras, observa-se a máxima resistência ao mesmo, porém,
os testes são de difícil execução e pouco confiáveis devidos
à possibilidade de esmagamento das fibras do corpo de
prova pelas garras do equipamento. Esta propriedade
determina o dimensionamento de treliças.
• Quando o esforço é perpendicular às fibras, a madeira
apresenta baixa resistência e, visto que os esforços tendem
a separar as fibras, afetando a integridade estrutural da
peça, os resultados podem apresentar grandes variações.
Esta propriedade é utilizada em estruturas em arco.
36. • . Comportamento à flexão
• Quando a madeira é sujeita à flexão simples,
podem ocorrer quatro tipos de esforços:
compressão paralela às fibras, tração paralela
às fibras, cisalhamento paralelo ou
compressão perpendicular às fibras (ocorrente
nos apoios).
37. • 3.2.4. Comportamento ao cisalhamento
• Três tipos de cisalhamento ou esforço cortante podem ocorrer em
peças de madeira: perpendicular ou paralelamente às fibras, e o
cisalhamento rolling.
• O cisalhamento perpendicular não é considerado pois, devido à
falta de resistência ao corte das fibras, outras falhas ocorrerão
antes.
• O cisalhamento rolling causa que as células tendam a rolar umas
sobre as outras.
• O cisalhamento paralelo é o mais crítico pois a separação e o
escorregamento entre as células da madeira podem levar à rotura
da peça. Este comportamento é importante no dimensionamento
de vigas, ligações e comparação entre espécies.
38. • 4. A MADEIRA E O FOGO
• A relação entre a madeira usada na indústria de construção
e o homem já data milhares de anos, mas ainda hoje existe
um grande preconceito no que diz respeito à
implementação da madeira como elemento estrutural de
uma construção, derivando principalmente do facto de que
a madeira é um material combustível, e como qualquer
outro material combustível sólido, quando aquecido,
produz gases que, expostos ao calor, queimam e produzem
chamas. Estes gases, combinados com as chamas, unem-
se, aquecendo a porção de madeira ainda não perturbada,
produzindo mais chamas, dando assim origem a um
processo em cadeia que alimenta a combustão, até que
não haja mais madeira que o alimente.
39. fda
• Analisando a madeira com mais precisão, consegue-se
notar que, antes da sua total carbonização, uma
porção irá queimar, porém, tanto a madeira quanto o
carvão oriundo da sua primeira combustão são
isolantes térmicos e retardam o fluxo de calor para o
interior da secção, abrandando a velocidade da
degradação térmica e retardando o avanço da frente
de carbonização. Ou seja, quando submetida ao fogo,
os elementos estruturais de madeira exibem no seu
interior, após a camada carbonizada, uma estreita
camada aquecida, cujas propriedades mecânicas são
afetadas pelo calor, e, por fim, um núcleo inalterado,
ainda conservador das suas propriedades mecânicas.
40. • 4.1. DEGRADAÇÃO TÉRMICA DA MADEIRA
• A madeira, quando submetida a variações de temperatura,
também fica sujeita a variações físico-químicas, sendo que,
em temperaturas elevadas, ocorrerá a sua
despolimerização e libertação de gases voláteis, inflamáveis
ou não, a combustão do material lenhoso, a carbonização e
a combustão incandescente do carbono fixo.
• A combustão é a transformação térmica em presença de
oxigénio ou ar em quantidades suficientes para promover
a decomposição completa por uma fonte externa de calor.
Quando, aquando desta transformação, não haja oxigénio
suficiente para a sustentar ou as suas quantidades são
controladas, ocorre a carbonização, cujo resido sólido é o
carvão.
41. • 4.2. PROCESSAMENTO DA MADEIRA
• O processamento da madeira começa com a
sua extração, ou seja, a colheita da árvore
após esta atingir o estado de maturidade. De
seguida, é feito o corte da mesma em
tamanhos padronizados, removendo-se os
galhos, e, por fim, é feito o transporte até à
fábrica.
42. • O processo de produção propriamente dito
começa com colocar-se as toras em um tambor
descascador, onde elas se chocam até que se
soltem as suas cascas. A próxima etapa é a de
picagem e produção dos cavacos, que são
pequenos pedaços de madeira que podem ter
tamanhos variáveis entre 5 a 50mm. Por meio de
uma grande peneira, é feita a seleção dos cavacos
que serão utilizados na produção, cuja dimensão
é determinante, visto que cada tipo de produto
requer tamanhos diferentes.
43. • 5. CONSERVAÇÃO DA MADEIRA
• Entre os principais cuidados a se ter com a
madeira, destaca-se a manutenção da sua
pintura. A pintura cria uma camada resistente e
impermeável sobre a madeira, evitando os
efeitos da humidade e a incidência de pragas no
interior das peças. Porém, visto que a camada de
tinta acaba, em algum momento, perdendo a sua
capacidade de aderência, reduzindo o tempo de
vida útil da madeira, torna-se necessário passar
uma nova camada.
44. • 5. CONSERVAÇÃO DA MADEIRA
• Entre os principais cuidados a se ter com a
madeira, destaca-se a manutenção da sua
pintura. A pintura cria uma camada resistente e
impermeável sobre a madeira, evitando os
efeitos da humidade e a incidência de pragas no
interior das peças. Porém, visto que a camada de
tinta acaba, em algum momento, perdendo a sua
capacidade de aderência, reduzindo o tempo de
vida útil da madeira, torna-se necessário passar
uma nova camada.
45. • 6. MADEIRA EM ANGOLA
• Angola é um país tropical com diversas riquezas
naturais, sendo uma delas a sua flora, que
apresenta cinco tipos de zonas naturais,
designadamente florestas húmidas e densas,
como a Floresta do Maiombe, as savanas secas
com árvores ou arbustos na baixa de Kassanje e
em certas áreas das Lundas. Por ser rico em
flora, o país torna-se um árduo fornecedor e
produtor de madeira para si mesmo e para o
mundo.
46. • 6.2. TRANSFORMAÇÃO DA MADEIRA
• Em Angola existem várias indústrias de
transformação de madeira, sendo que
algumas estam sitiadas no Uíge, Cabinda,
Bengo, Huambo, etc.
• Assim sendo, eis duas das várias indústrias de
transformação de madeira em Angola:
47. • MADEIFIL LDA.
• Esta é uma unidade industrial de
transformação de madeira, com uma área
coberta de 3300 m2
48. • ÁLAMO
• Unidade industrial que opera no mercado
angolano desde 2006, a Álamo tem a sua
atividade concentrada na província do Huambo.
Explora localmente madeira de pinho e
eucalipto, transformando-a em produtos como
madeira para cofragens e postes para diversos
sectores, desde construção, eletricidade e
telecomunicações, entre outros.
49. • 7. TIPOS DE MADEIRA UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
• A madeira utilizada na construção civil pode ser de diversos
tipos, dependendo da categoria a que pertencem. Ou seja,
ela pode ser classificada:
• 7.1. QUANTO À APLICAÇÃO
• Esta categoria depende da área específica no qual será
inserido o material, podendo ser:
• 7.1.1. Para exteriores
• Deve ser resistente à ação de fatores externos, como
variações de temperatura, humidade, ataque de fungos e
cupins, e consideráveis esforços mecânicos. Em geral, são
utilizadas madeiras que apresentem alta densidade,
garantindo maior resistência mecânica e durabilidade.
50. A madeira é um material produzido a partir do
tecido formado pelas plantas lenhosas com funções
de sustentação mecânica. Constitui um material
resistente, durável e leve, motivo pelo qual é
frequentemente utilizada para fins estruturais e de
sustentação em construções. É dos materiais de
construção mais versáteis e mais utilizados pelo
homem ao longo da sua história, etc.
51. • classificação depende das características
apresentadas pela madeira, incluindo as suas
propriedades, processo mecânico e secagem;
em resumo, depende do grau de
processamento pelo qual passa, podendo
assim ser:
52. • 7.2.1. Roliça
• Possui o menor grau de processamento, visto que, em
boa parte dos casos, nem é retirada a sua casca.
Consiste na madeira no seu estado de processamento
mais bruto, depois de abatida a árvore e, caso
necessário, descascada e empilhada. É empregada, de
forma temporária, em escoramentos de lajes e na
construção de andaimes. Em construções rurais, é
frequentemente utilizada em estruturas de telhado e
postes de distribuição de energia elétrica.
53. • 7.2.1.1. Serrada
• Produzida em unidades industriais denominadas
serrarias, nas quais as toras são mecanicamente
processadas. O tronco bruto é inicialmente cortado em
placas longitudinais, e depois cortado sucessivamente
em dimensões diferentes para se obter uma placa de
madeira bruta pronta para o pré tratamento. Este tipo
de madeira é utilizado para a fabricação de pranchas,
pranchões, blocos, tábuas, caibros, vigas, vigotas,
sarrafos, pontalete, ripas, entre outros.
54. • 7.2.2. Beneficiada
• Obtida a partir do processo de tratamento e
alisamento da superfície de peças serradas,
removendo todo o tipo de imperfeições e deixando-a
preparada para receber acabamentos posteriores. A
madeira passa por uma estufa industrial durante um
período de aproximadamente três semanas, onde
passa por uma secagem adequada, evitando qualquer
envergamento posterior, sendo depois cortada e lixada
na medida em que será implementada. É empregada
na construção de deques, pergolados, portas e janelas,
além de na fabricação de móveis.
55. • 7.2.3. Em lâmina
• Obtida por um processo de fabricação que se inicia com o
cozimento de toras de madeira e seu posterior corte em
lâminas que, geralmente, são aplicadas em painéis MDF ou
MDP. Existem dois métodos para a produção de lâminas:
• Torneamento: a tora já descascada e cozida é colocada
em um torno rotativo, sendo as lâminas obtidas destinadas
à produção de compensados.
• Faqueamento: obtida a partir de uma tora inteira, da
metade ou de um quarto da mesma, presa pelas laterais,
para que uma faca do mesmo comprimento seja aplicada
sob pressão, produzindo fatias únicas.
56. • 7.2.3. Em lâmina
• Obtida por um processo de fabricação que se inicia com o
cozimento de toras de madeira e seu posterior corte em
lâminas que, geralmente, são aplicadas em painéis MDF ou
MDP. Existem dois métodos para a produção de lâminas:
• Torneamento: a tora já descascada e cozida é colocada
em um torno rotativo, sendo as lâminas obtidas destinadas
à produção de compensados.
• Faqueamento: obtida a partir de uma tora inteira, da
metade ou de um quarto da mesma, presa pelas laterais,
para que uma faca do mesmo comprimento seja aplicada
sob pressão, produzindo fatias únicas.
57. • 7.2.5. Chapas de fibras
• Obtidas por meio de processos de compactação de partículas
fibrosas de madeira, podendo estes ser de diferentes formas e
originando placas de madeira com diferentes características:
• ∙ Medium density fiberboard (MDF): as partículas de madeira são
unidas com resina sintética, e compactadas em condições de
temperatura e pressão específicas, obtendo-se uma placa de
madeira densa, rígida e uniforme.
• ∙ Medium density particleboard (MDP): tem um processamento
semelhante ao da chapa de aglomerado, porém, as partículas não
são dispostas aleatoriamente pela superfície da placa; no caso, as
partículas mais grossas se acomodam no centro da placa e as mais
finas na superfície, formando assim uma espécie de “sandes”,
permitindo ter a superfície com menor rugosidade, o que
possibilita a aplicação de acabamentos.
58. • ∙ Aglomerado: possui um baixo custo de produção, tendo
como matéria-prima resíduos da madeira serrada, sendo
usadas partículas de diferentes tamanhos (finas, médias e
grossas). Estão são depois unidas com uma camada de
resina e cola, fazendo com que apresentem rugosidade
elevada, tornando o material não-apto para a aplicação de
lâminas superficiais para acabamento.
• ∙ Oriented strand board (OSB): composta por lascas de
madeira orientadas em uma direção, prensadas em
camadas perpendiculares entre si em formato retangular e
coladas com resina sob alta temperatura e pressão.
Permite alto aproveitamento da tora de madeira, sendo
que cerca de 90% do tronco da árvore é aproveitado.
59. • 7.2.6. Tratada
• Obtida de um conjunto de processos que
conferem à madeira maior resistência aos
agentes de deterioração (humidade, fungos,
etc.), geralmente englobando uma secagem
adequada em estufas, seguida de um banho
em químicos apropriados para a conferir a
resistência desejada.
60. • 7.2.7. De engenharia
• Preparada especificamente para apresentar maior resistência
mecânica e a outros fatores fundamentais para a construção de um
edifício, como a resistência ao fogo. Pode ser:
• ∙ Cross-laminated timber (CLT): neste processo, placas de secções
longitudinais grossas de madeira são cortadas e coladas em secções
longitudinais unificadas. Posteriormente, junta-se um número
determinado de secções longitudinais, colando-as para formar
placas, formando uma única peça de comprimento, largura e altura
desejada, o principal fator deste processo é que as placas são
coladas em números ímpares com as fibras a 90º em relação à
placa anterior.
• ∙ Glue-laminated timber (GLT): resulta do mesmo processo que o
CLT, porém, as placas não são dispostas a 90º entre si, resultando
em membros maiores e mais compridos.
61. • 7.3. QUANTO À ESPÉCIE
• Carvalho: de cor acastanhada, é uma madeira dura e
moderadamente pesada. É de fácil trabalho e bastante
durável. Utilizada maioritariamente na marcenaria e
tanoaria. É uma madeira muito resistente e como tal
durável mesmo no exterior.
• Castanho: com coloração castanho-clara, é dura e
mais leve que o carvalho. É muito durável e fácil de
trabalhar. É uma das madeiras mais utilizadas no
fabrico de mobiliário, soalho, portas e revestimentos.
Aplica-se maioritariamente na marcenaria, carpintaria,
tanoaria e construção civil.
62. • Cerejeira: de tons castanhos, a madeira de cerejeira é muito
resistente e amplamente utilizada no fabrico de mobiliário.
• Choupo: utilizada normalmente em aplicações de interiores. É
resistente e flexível. Possui tonalidade clara.
• Eucalipto: de cor acastanhada, é uma madeira dura e
moderadamente pesada. É de fácil trabalho e bastante durável.
Utilizada maioritariamente na marcenaria e tanoaria. É uma
madeira muito resistente e como tal durável mesmo no exterior.
• Faia: madeira dura, forte e ligeiramente rosada. É moderadamente
pesada. Tem uma alta resistência ao choque. É popular para o
fabrico de mobiliário, mas utiliza-se também em revestimentos
interiores e em pavimentos.
63. • Cerejeira: de tons castanhos, a madeira de cerejeira é muito
resistente e amplamente utilizada no fabrico de mobiliário.
• Choupo: utilizada normalmente em aplicações de interiores. É
resistente e flexível. Possui tonalidade clara.
• Eucalipto: de cor acastanhada, é uma madeira dura e
moderadamente pesada. É de fácil trabalho e bastante durável.
Utilizada maioritariamente na marcenaria e tanoaria. É uma
madeira muito resistente e como tal durável mesmo no exterior.
• Faia: madeira dura, forte e ligeiramente rosada. É moderadamente
pesada. Tem uma alta resistência ao choque. É popular para o
fabrico de mobiliário, mas utiliza-se também em revestimentos
interiores e em pavimentos.
64. • 8. APLICAÇÃO DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
•
• Como já abordado, a madeira pode ser aplicada em diversas áreas de uma
construção, tanto de forma temporária (fôrmas para betão, andaimes,
escoramentos) como de forma definitiva (estruturas de cobertura, esquadrias,
forros, pisos).
• Entre os principais de madeira utilizados na construção, destacam-se:
• OSB: conhecido pelo seu baixo custo e boa resistência, estabilidade e
durabilidade, é empregado em tapumes, andaimes, fôrmas de concreto, paredes
e instalações provisórias em geral.
• É comum vê-lo sendo utilizado como tapume em canteiros de obra, no caso tendo
passado por um tratamento para aguentar a acção do sol e da chuva, motivo pelo
qual apresenta uma tonalidade verde. Além disso, quando o assunto é construção
a seco, como steel frames, os painéis de OSB são fixados na estrutura metálica da
construção. Desta forma, o OSB é o material principal para o fechamento da
construção e o metal, o responsável pela estrutura. Porém, em alguns projetos, o
OSB também pode ser utilizado na estrutura e como material de fechamento,
substituindo o drywall ou alvenaria.
65. • 9. VANTAGENS E DESVANTAGENS
• A utilização da madeira na construção incorre em
inúmeros benefícios, em especial, acabar com
transtornos relacionados a prazos, equipas,
custos extra, materiais, entre outros. Porém,
muitos profissionais ainda desconhecem as
vantagens do uso da madeira na construção e,
por isso, boa parte da população ainda acredita
que é um material com mais limitações do que
pontos fortes
66. • 9.1. VANTAGENS
• Redução da quantidade de resíduos:
comparados aos demais insumos utilizados nas
construções, os resíduos sólidos de madeira são
em quantidades muito menores, reduzindo,
portanto, o desperdício de material. As peças de
madeira utilizadas como estruturas temporárias
devem ser bem armazenadas e devidamente
separadas de outros materiais para que sejam
reutilizadas, o que, novamente, impacta
directamente na não geração de resíduos.
67. • Maior economia: visto que a estrutura já vai pré-
fabricada para o canteiro, o uso de madeira optimiza o
cronograma de obras, gerando economia de tempo
para quem executa o projecto. Construções de
madeira, de forma geral, dispensam a utilização de
diversos materiais, como tijoles e cimentos, o que pode
também proporcionar uma economia de cerca de 60%
no orçamento total, sem mencionar que a ausência
destes materiais não causa qualquer prejuízo, visto que
a madeira apresenta maior resistência mecânica que o
betão e é bastante estável.
68. • Maior economia: visto que a estrutura já vai pré-
fabricada para o canteiro, o uso de madeira optimiza o
cronograma de obras, gerando economia de tempo
para quem executa o projecto. Construções de
madeira, de forma geral, dispensam a utilização de
diversos materiais, como tijoles e cimentos, o que pode
também proporcionar uma economia de cerca de 60%
no orçamento total, sem mencionar que a ausência
destes materiais não causa qualquer prejuízo, visto que
a madeira apresenta maior resistência mecânica que o
betão e é bastante estável.
69. • Versatilidade arquitetónica: visto que a madeira
é um bom isolante térmico, esta é capaz de
contribuir de forma positiva para a melhoria da
estética do local onde for aplicado, ao mesmo
tempo mantendo-o com uma temperatura
interna neutra. Além do mais, cada vez mais
tecnologias estão a ser desenvolvidas em relação
ao tratamento dado à madeira; podem ser
realizados cortes das peças de madeira para a
construção de fachadas e estruturas únicas com
efeito visual aconchegante, marcante e
diferenciado.
70. • Sustentabilidade: quando empregada de forma
responsável, a madeira garante uma gestão mais
equilibrada e eficiente das obras e das florestas.
O seu ciclo de vida apresenta um melhor
desempenho em comparação ao aço ou
alumínio, por exemplo. Além disso, a utilização
da madeira permite que uma quantidade muito
inferior de gases e poluentes sejam libertados
para a água e para o ar. Por fim, a madeira é
segura e durável, visto que não oxida com o
passar do tempo nem deforma com o calor.
71. • 9.2. DESVANTAGENS
• Manutenção: a madeira exige uma manutenção bastante específica, o
que muitos consideram como um ponto desvantajoso.
• É recomendado que, pelo menos a cada quatro anos, se realize a
aplicação de verniz de base aquosa em toda a área externa. A cada 20
anos, o mesmo deve ocorrer na parte interna.
• Insetos: por ser suscetível ao ataque de insetos, como cupins, o
material pode ser comprometido, exigindo a aplicação de proteções.
• Desastres naturais: em casos de desastres naturais, como fortes
enchentes e deslizamentos, a estrutura pode não ser capaz de resisti- los.
• Ruídos: sendo um material vivo, com o tempo, a madeira pode deixar
espaços que causam ruídos, como pequenos estalos. Entretanto, a
qualidade da madeira adquirida é o que determina a proporção destas
alterações e, além disto, os barulhos são baixos e pouco frequentes,
dificilmente causando real incómodo aos utentes de construções nas
quais foi empregado este material.
72. • 10. A MADEIRA E O AMBIENTE
• A madeira é dos materiais mais utilizados no mundo, e como qualquer material altamente
industrializado, os danos ambientais decorrentes da sua utilização são consideráveis.
• Um dos principais problemas associados à utilização da madeira é a sua extração ilegal. Várias
iniciativas já foram tomadas a nível mundial para retardar o avanço do desmatamento ilegal.
• Nesse sentido, podemos classificar a madeira em dois tipos:
• Madeira legalizada: é licenciada ambientalmente, mas tais certificações regulam somente
a extração, desconsiderando as questões sociais, económicas e trabalhistas do local. Por não ser
rigidamente fiscalizado, esse tipo de exploração abre portas à práticas ilegais.
• Madeira certificada: além de ter licenças, tem sólida verificação e considera aspetos de
manutenção da sustentabilidade das florestas, das comunidades e da economia regional,
respeitando o fluxo da natureza.
• É imprescindível que a madeira utilizada na construção provenha de processos regularizados e
certificados. A certificação florestal garante, não apenas que o produto em si seja de qualidade,
mas que todo o processo que o envolve não tenha causado danos ao meio ambiente nem
prejudicado comunidades locais. Empresas que têm tal certificação estão comprometidas com o
crescimento socioeconómico das comunidades florestais e assumem a responsabilidade de
efetuar a manutenção das florestas.
73. PROBLEMA
Em uma biblioteca convencional existe um conjunto
de contratempos que dificultam o desempenho da
mesma:
• Enchentes;
• Transtorno de locomoção;
• Falta de silêncio em determinados períodos;
• Escassez de livros para suprir a demanda de alunos;
• Limite de usuários.
Sem falar na falta de instituições que ofereçam este
serviço.
74. •Medidas de dispersão ou de
Variabilidade
( Mais Usuais).
•Amplitude Total
•Desvio Médio Absoluto
•Variância
•Desvio Padrão
•Coeficiente de Variação
75. Para preparar uma festa anual são necessários
alguns dias. O Sr. António, que faz parte da
comissão de festas há já alguns anos, anotou,
em dez anos consecutivos, os dias necessários
para os preparativos.
Os dados são os seguintes:
Indique os valores extremos, isto é, os valores máximo e
mínimo.
Chama-se amplitude de um conjunto de dados à diferença
entre o maior e o menor desses valores.
Calcule a amplitude do conjunto de dados.
76. O que é
amplitude?
Amplitude de um conjunto de dados
Duas das medidas da variabilidade de um conjunto de dados
são a amplitude e a amplitude interquartil.
Chama-se amplitude e representa-
se por R (Range) de um conjunto
de dados, x1 , x´2, … , xi, … , xn , à
diferença entre o máximo e o
mínimo do conjunto de dados.
Se os dados estão agrupados em
classes, faz-se uma estimativa
para a amplitude calculando a
diferença entre o limite superior da
última classe e o limite inferior da
primeira.
77. Vejamos: A amplitude interquartil é outra medida de
variabilidade que vamos estudar para
além da amplitude (R) .
Ao contrário da amplitude, a amplitude
interquartil (IQR) é uma medida
resistente.
Já que é definida à custa de medidas
resistentes que são os quartis e é
representada pela diferença entre o 3.° e
o 1.° quartil.
Amplitude interquartil
80. Existem duas expressões para
representar a variância. Ambas são
obtidas a partir da soma dos
quadrados dos desvios
relativamente à média. São elas:
A variância não é geralmente utilizada
como medida de dispersão mas é o
suporte para o cálculo do desvio-padrão.
Variância amostral e populacional
ou
81. Quando se utiliza
s2 ?
Quando se utiliza
δ2?
Quando x1 , x2 , … , xn
representam uma amostra.
Quando x1 , x2 , … , xn
representam uma
população.
82. A interpretação do significado da variância, em
situações concretas, levanta problemas. Por
exemplo, se estivermos a estudar a altura de
um grupo de pessoas em centímetros, a média
das alturas ainda se exprime em centímetros,
mas a variância exprime-se em centímetros
quadrados.
83. O desvio-padrão representa-se por s
ou s conforme a variância seja s2 ou
δ2 e é igual à raiz quadrada positiva
da variância.
Desvio padrão amostral
Desvio padrão populacional
84. Propriedades do desvio-padrão
1. O desvio-padrão é sempre não negativo.
3. Se o desvio-padrão é igual a zero é
porque não existe variabilidade, isto é, os
dados são todos iguais.
2. Quanto maior for o desvio-padrão maior
será a dispersão dos dados em relação
à média.
85. O processo de cálculo do desvio-padrão
para dados agrupados em classes ou em
tabelas de frequência é o mesmo que
para os dados simples.
86. Coeficiente de Variação (CV)
É uma medida de dispersão relativa;
Elimina o efeito da magnitude dos dados;
Exprime a variabilidade em relação a média
%
100
X
S
CV
Útil Comparar duas ou mais variáveis
88. O ESSENCIAL
Define-se amplitude e representa-se
por R (Range) como sendo a diferença
entre os valores maior e menor das
observações. Por exemplo:
89. O ESSENCIAL
A amplitude interquartis = Q3 - Q1 .
Por exemplo:
amplitude interquartis = 184 - 163 = 21
90. O ESSENCIAL
Sendo x1 , x2 , … , xn os n valores observados
de uma variável quantitativa a sua média,
chama-se desvio médio, e representa-se por d
, ao valor assim obtido:
x
Para dados simples:
Para dados agrupados
em tabelas de frequências:
Se os dados estão agrupados em classes, xi e fi são, respectivamente, o
ponto médio e a frequência absoluta da classe i ; k é o número de classes.
91. O ESSENCIAL
Define-se variância, e representa-se por s2 ,
como sendo a medida que se obtém
adicionando os quadrados dos desvios das
observações da amostra, relativamente à
sua média, e dividindo pelo número de
observações da amostra menos 1 .
92. O ESSENCIAL
A variância envolve a soma de quadrados.
Assim, para obter uma medida da
variabilidade ou dispersão com as mesmas
unidades que os dados da amostra, calcula-
se a raiz quadrada positiva da variância e
obtém-se o desvio-padrão.
95. (n - 1) é usado como um fator de correção, onde devemos considerar a variância
amostral como uma estimativa da variância populacional.
96. A Universidade e a Produção do
Conhecimento
Estudante
Universitário e
Ciência
Ser estudante
universitário
Ética do
estudante
universitário
Sujeito
Autónomo
Sujeito Crítico
O Acto de
Estudar
O Acto de Ler
e Escrever
97. Objectivos da disciplina de MIC
• Esta disciplina tem como finalidade consolidar e desenvolver as capacidades realizar e
desenvolver um trabalho cientifico no domínio da ciência.
• Objectivos Gerais e específicos :
• Desenvolver e aperfeiçoar as competências técnicas necessárias para prática da investigação
cientifica através de estudos sistemáticos, estratégias, analise e interpretação dos resultados;
• Elaborar projectos de investigação com indicação clara dos objectivos e hipóteses
• Construir e executar um plano de investigação respeitando as normas, validade incluindo a
operacionalização das variáveis;
• Recolher, organizar e tratar estatisticamente os dados da investigação;
• Apresentar correctamente o relatório final da investigação.
98. Metodologia de Investigação Científica
• Introdução
Metodologia: é o conjunto de métodos, técnicas e procedimentos para
uma investigação para os nossos propósitos
É um sistema de principio e meios de organização e criação da actividade
teórica e prática assim como o estudo sobre este sistema
Investigação: é o meio que os cientistas têm para verificar as suas
hipóteses, testar as suas ideias, suas teorias, observar os factos, fazer
uma investigação é submeter hipóteses e inventar teorias.
99. Metodologia de Investigação Científica
• Introdução
Ciência: é um empreendimento complexo
É todo o conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigidas ao
sistemático conhecimento com objecto limitado capaz de ser submetido
a verificação (Martins,2009).
Segundo Trujjillo(1974) citado por lakatos(2003) entende-se por ciência
uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições
logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos
fenómenos que se deseja estudar: "A ciência é todo um conjunto de
atitudes e actividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento
com objecto limitado, capaz de ser submetido à verificação“
100. Metodologia de Investigação Científica
Ciência é a forma de produzir conhecimento, no sentido de dar lugar as novas
descobertas.
A ciência tem ligação com os métodos e investigação, pois é a partir delas será
empreendida a metodologia a ser implementada, no sentido de dar lugar as
novas descobertas.
Métodos: a palavra métodos (methos) é de origem grega, que significa caminho
ou via. Logo, é o caminho ou via que usamos para o alcance de um objectivo.
Kaplan, define métodos como técnicas suficientemente gerais para se tornarem
comuns a todas as ciências ou a uma significativa parte dela.
102. Tipos de Conhecimento- segundo Lakatos(1991)
“A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade”.
O conhecimento vulgar/empírico/senso
comum/popular: é o conhecimento adquirido pelas
pessoas na vida quotidiana, baseado na experiência
vivida ou transmitida por outras pessoas.
O conhecimento Filosófico: tem origem na capacidade
de reflexão do homem por meio do raciocínio.
Conhecimento Teológico/Religioso: é o produto da fé
humana, baseada na existência de uma entidade divina.
Conhecimento científico: resulta da investigação
metódica e sistemática da realidade. Analisa-os para
descobrir causas e concluir sobre leis gerais, faz analise
e os interpreta.
103. Características de Conhecimento-
segundo Fabio Aapolinário(2011)
•
Características Formas de Conhecimento
Empírico Filosófico Teológico Cientifico
Vinculação com a
realidade
Valorativo Valorativo Valorativo Factual
Origem Reflexão e observação razão Inspirado na fé Observação e sistematização
Ocorrência Assistemático sistemático sistemático sistemático
Comprovação Verificável(diz respeito a experiência de
c/pessoa)
n/verificável(as
hipóteses Filosóficas
têm representação
c/base na realidade
estudada)
n/verificável(está implícita
uma atitude de fé perante o
conhecimento apresentado)
verificável
Eficiência Falível(não é absoluto ou final) Infalível Infalível Falível
Precisão Inexacto Exacto Exacto Aproxima/ exacto
104. Metodologia de Investigação Científica
II. Métodos e Técnicas
• 3.1. Métodos de Abordagem
• 3.2. Métodos de Procedimento
• 3.3 Técnicas de colecta de dados
• IV. A Construção de um Projecto de Pesquisa
4.1. A pesquisa Cientifica: Definições da Pesquisa e Finalidade
4.2. Tipos de Pesquisa: Bibliográfica, Descritiva e Experimental
4.3.1. Projecto de Pesquisa: Problema, Objectivo, Justificativa, Revisão de Literatura, resumo,
fichamento, Variáveis, Hipóteses, População e Amostra, Instrumentos, Orçamentos, Cronograma,
norma e Referências Bibliográfica, normas técnicas de informação e documentação (ABNT).
105. Métodos e Técnicas
• Toda ciência apega-se a um método para alcançar os seus objectivos,
ou seja, o método leva o pesquisador a formular o problema da
pesquisa até obter uma resposta.
• Existem diferentes métodos e o seu uso depende de cada ciência e ao
tema de pesquisa;
• Os mais destacados classificam-se em: métodos de
abordagem(considerados mais gerais) e os de procedimento(que
dizem respeito a investigação).
106. Métodos e Técnicas
• Métodos de Abordagem: também chamados de métodos de raciocínio,
são os procedimentos ou etapas que o pesquisador utiliza no
desenvolvimento de uma pesquisa científica( Concepção teórica).
• Os métodos de procedimentos: são chamados métodos de investigação,
são as etapas mais concretas da pesquisa. Tem a ver especificamente
com as fases da pesquisa(objecto de trabalho).
108. Métodos de Abordagem-
Lakatos(2003)
Método Indutivo
É um processo mental em que partimos dos dados particulares, partindo das premissas das partes examinadas
para se chegar a conclusões, trata-se de criar leis baseadas na observação sistemática dos factos. Formula leis
gerais de acordo aos casos particulares
Ex:
• Kalunga é inteligente.
• Henda é inteligente.
• Lukenda é inteligente.
• Então, Kalunga, Henda, Lukenda são Angolanos.
• Logo, são inteligentes.
109. Regras do método indutivo
Existem três elementos fundamentais para análise do método indutivo:
a) Observação dos Fenómenos - nessa etapa observam-se os factos ou fenómenos e os analisamos, com a
finalidade de descobrir as causas de sua manifestação;
b) Descoberta da relação entre eles - na segunda etapa procura-se por intermédio da comparação,
aproximar os factos ou fenómenos, com a finalidade de descobrir a relação constante existente entre eles;
c) Generalização da relação - nessa última etapa generalizamos a relação encontrada na precedente, entre
os fenómenos e factos semelhantes, dos quais ainda não observamos.
110. Métodos de Abordagem-
Lakatos(2003)
Método Dedutivo
• Parte-se da teoria geral para explicar o particular.
• Todo Angolano é inteligente,
• Henda é angolano
• Logo, é inteligente.
111. Método Hipotético-Dedutivo (Popper)
CONHECIMENTO PROBLEMA Teorias FALSEAMENTO
1. problema, que
surge, em geral,
de conflitos,
expectativas e
teorias
existentes;
2. solução
proposta
consistindo numa
nova teoria com
base na dedução
de na forma de
proposições
passíveis de
teste;
3. testes de
falseamento:
tentativas de
refutação, entre
outros meios,
pela observação e
experimentação.
112. Método Hipotético-Dedutivo ( Bunge)
a) Colocação do Problema:
Descoberta do problema - encontro de lacunas ou incoerências no que já
existe;
Formulação do problema - colocação de uma questão que tenha alguma
probabilidade de ser correcta;
b) Construção de um modelo Teórico:
seleção dos factores pertinentes - suposições plausíveis que se
relacionem a variáveis supostamente pertinentes( construção de
hipoteses);
113. Método Hipotético-Dedutivo ( Bunge)
C) Dedução de conseqüências particulares: procura de suportes empíricos - tendo em
vista as verificações disponíveis ou concebíveis.
d) Teste das hipóteses: observações, medições, experimentos; realização das operações
planificadas e nova coleta de dados; elaboração dos dados - procedimentos de
classificação, análise, redução inferência da conclusão - à luz do modelo teórico,
interpretação dos dados já elaborados.
e) Adição ou introdução das conclusões na teoria:
reajuste do modelo - caso necessário, eventual correcção ou sugestões para trabalhos
posteriores - caso o modelo não tenha sido confirmado, procura dos erros ou na teoria
ou nos procedimentos empíricos; caso contrário poderá servir de para inclusão nas
outras areas do saber.
114. Método Dialético
Método
Dialético:
arte de
dialogar
argumentar e
contra
argumentar
em relação a
determinado
s assuntos.
Esse
método
leva à
necessidad
e de avaliar
uma
situação,
um
acontecime
nto, uma
tarefa, uma
coisa, do
ponto de
vista das
condições
que os
determina
m e, assim,
os
explicam.
Segundo
Hegel
citado por
Lakatos, a
dialética
obedece
três fases:
Tese –
pretensã
o da
verdade
Anti-
tese-
negação
da tese Síntese-
nova
teoria
116. Métodos de Procedimento
• Método Histórico: coloca os dados numa perspectiva
histórica e pode ocorrer da seguinte forma:
• Comparar um conjunto de elementos de acordo a
evolução ou origem histórica;
• Acompanhar a evolução de um objecto pesquisado;
117. Métodos de Procedimento
• Método Comparativo: consiste no confronto de
elementos a partir dos seus atributos, de modo a
verificar as diferenças ou semelhanças e a relação
existente entre os fenómenos.
• o método comparativo permite analisar o dado
concreto, deduzindo do mesmo os elementos
constantes, abstratos e gerais.
118. Métodos de Procedimento
• Método monográfico: consiste no estudo de determinados
indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou
comunidades, com a finalidade de obter generalizações. A
investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os
factores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus
aspectos.
• Método Estatístico: fornece uma descrição quantitativa, a partir do
empregue da matemática, estabelecendo uma correlação entre os
fenómenos estudados.
119. Métodos de Procedimento
Método Tipológico: o pesquisador cria tipos ou
modelos, construídos a partir da análise de
aspectos essenciais do fenómeno de estudo.
Método Funcionalista: estuda a sociedade do
ponto de vista da função de suas unidades, isto
é, como um sistema organizado de actividades.
Método Estruturalista: caminha do concreto
para o abstrato e vice-versa
Método Experimental: usa os fundamentos da
experiência, pode se feito no laboratório ou
não, a partir de verificação de hipóteses.
120. Técnicas de colecta de dados
Técnica é um conjunto
de princípios ou
processos de que se
serve uma ciência ou
arte; é a habilidade para
usar esses preceitos ou
normas, momento da
colecta de dados.
São vários os
procedimentos
para a
realização da
colecta de
dados, que
variam de
acordo com as
circunstâncias
ou com o tipo
de
investigação;
Toda ciência
utiliza
inúmeras
técnicas na
obtenção de
seus
propósitos.
121. Técnicas de colecta de dados
As técnicas dividem-se em dois grupos: documentação indirecta e directa.
Documentação indirecta .
• Pesquisa Documental: a fonte de colecta de dados está restrita a documentos,
escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias.
Ex: Arquivos públicos, particulares, fontes estatísticas….
• A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia
publicada em relação ao tema de estudo, desde publicações, jornais, revistas,
livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico…
• Ex: imprensa escrita, meios audiovisuais, material cartográfico…..
122. Documentos directos
• Constituem os documentos efectuados pelo pesquisador, com
base no levantamento de dados feitos no local ou onde
ocorrem os fenómenos.
• Podem ser feitos em duas formas: pesquisa de campo e de
laboratório.
• A pesquisa de campo: é a pesquisa utilizada com objectivo de
responder a um problema, comprovar hipóteses, ou ainda ver
a correlação existente entre diversos fenómenos.
123. Pesquisa de Campo
• As fases da pesquisa de campo requerem, necessariamente, a
realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em
questão;
• Ela servirá para saber em que estado se encontra actualmente
o problema a ser estudado, que trabalhos já foram realizados a
respeito e quais são as opiniões sobre o assunto;
• Permitirá que se estabeleça um modelo teórico inicial de
referência, da mesma forma que auxiliará na determinação das
variáveis e elaboração do plano geral da pesquisa.
124. Pesquisa de campo
• De acordo com a natureza da pesquisa, deve-se determinar as técnicas que serão
empregadas na colecta de dados e na determinação da amostra, que deverá ser
representativa e suficiente para apoiar as conclusões.
• Antes que se realize a colecta de dados é preciso estabelecer tanto as técnicas de registo
desses dados como as técnicas que serão utilizadas em sua análise posterior.
Se a pesquisa de campo envolver um experimento, após a pesquisa bibliográfica deve-se:
• a) seleccionar e enunciar um problema, levando em consideração a metodologia
apropriada;
• b) Apresentar os objectivos da pesquisa, sem perder de vista as metas práticas;
• c) Estabelecer a amostra correlacionada com a área de pesquisa e o universo dos seus
componentes;
125. Pesquisa de campo
• d) estabelecer os grupos experimentais e de controle;
• e) introduzir os estímulos;
• f) controlar e medir os efeitos.
Para Tripodi et al. (1975:42-71), citado por Lakatos(2003) as pesquisas de campo dividem-
se em três grandes grupos:
• A) Quantitativo-descritivos,
• B) Exploratórios
• C) Experimentais
126. Pesquisa de Campo
• Quantitativa -Descritivo: consiste na investigação
empírica com finalidade de delinear ou analisar
características de factos ou fenómenos.
• Caracterizados pela precisão e controle
estatísticos, com a finalidade de fornecer dados
para a verificação de hipóteses.
• A)estudos de verificação de hipótese;
• b)estudos de avaliação de programa;
• C)estudos de descrição de população
• d) estudos de relações de variáveis
127. Pesquisa de campo- exploratória
• Exploratórios - são investigações de pesquisa empírica cujo objectivo é a
formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver
hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou
fenómeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e
clarificar conceitos.
• Obtém-se frequentemente descrições tanto quantitativas quanto qualitativas do
objecto de estudo, e o investigador deve conceituar as inter-relações entre as
propriedades do fenómeno, facto ou ambiente observado.
• Muitas vezes ocorre a manipulação de uma variável independente com a
finalidade de descobrir seus efeito potenciais.
128. Pesquisa de campo- exploratória
a) Estudos exploratório-descritivos combinados - são estudos exploratórios que têm por objectivo descrever
determinado fenómeno para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas tanto
descrições quantitativas e/ou qualitativas.
• b) Estudos usando procedimentos específicos para colecta de dados –são estudos exploratórios que utilizam
exclusivamente um dado procedimento, como, por exemplo, análise de conteúdo, para extrair generalizações com o
propósito de produzir categorias conceituais que possam vir a ser operacionalizadas em um estudo subsequente.
• c) Estudos de manipulação experimental- consistem naqueles estudos exploratórios que têm por finalidade
manipular uma variável independente, a fim de localizar variáveis dependentes que potencialmente estejam
associadas a ela, estudando-se o fenómeno em seu meio natural.
129. Pesquisa de campo experimental
• Experimentais - consistem em investigações de pesquisa empírica cujo
objectivo principal é o teste de hipóteses que dizem respeito a relações de tipo
causa-efeito.
• Todos os estudos desse tipo utilizam projectos experimentais que incluem os
seguintes factores: grupos de controle (além do experimental),selecção da
amostra por técnica probabilística e manipulação das variáveis independentes
com a finalidade de controlar ao máximo os factores pertinentes.
• Os diversos tipos de estudos experimentais podem ser desenvolvidos tanto
"em campo", ou seja, no ambiente natural, quanto em laboratório, onde o
ambiente é rigorosamente controlado.
130. Pesquisa de Laboratório
• A pesquisa de laboratório é um procedimento de investigação considerada pelos autores mais difícil, porém mais
exacto. Ela descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental específico,
preciso, e ambientes adequados.
• O objectivo da pesquisa de laboratório depende do que se pretende alcançar; deve ser previamente estabelecido e
relacionado com determinada ciência ou ramo de estudo. As técnicas utilizadas também variam de acordo com o
estudo a ser feito.
• Na pesquisa de laboratório, as experiências são efectuadas em recintos fechados (casas, laboratórios, salas) ou ao
ar livre; em ambientes artificiais ou reais, de acordo com o campo da ciência que está realizando-as, e se
restringem a determinadas manipulações.
131. Pesquisa de Laboratório
• Quatro aspectos devem ser levados em consideração:
• Objecto,
• Objectivo,
• Instrumentos
• Técnicas.
• Na pesquisa de laboratório, com pessoas, estas são colocadas em ambiente controlado pelo
pesquisador, que efectua a observação sem participação.
• No laboratório, o cientista observa, mede e pode chegar a certos resultados, esperados ou
inesperados.
“Muitos aspectos importantes da conduta humana não podem ser observados em condições
idealizadas em laboratório." (Best, 1972:114). Às vezes, tem-se de observar o comportamento de
indivíduos ou grupos em circunstâncias mais naturais e sob controles menos rígidos.
• A pesquisa de laboratório, na observação de indivíduos ou grupos, está mais relacionada ao
campo da Psicologia Social e ao da Sociologia.
132. Observação
Segundo os meios
utilizados:
Observação não
estruturada
(Assistemática).
consiste em recolher e registar os factos da realidade
sem que o pesquisador utilize meios técnicos especiais
ou precise fazer perguntas directas.
É mais empregada em estudos exploratórios e não tem
planeamento e controlo previamente elaborados.
• Observação estruturada
(Sistemática
A observação sistemática também recebe várias
designações: estruturada, planeada,
controlada. Utiliza instrumentos para a colecta dos
dados ou fenómenos observados.
Segundo a participação do
observador
Observador não
participante
O pesquisador tem contacto com a comunidade,
grupo ou realidade estudada, mas sem integrar-se a ela:
permanece de fora.
Observador Participante Consiste na participação real do pesquisador com a
comunidade ou grupo. Ele/a se incorpora ao grupo.
133. observação
Segundo o número de
observações
Observação individual é técnica de observação realizada por um
pesquisador.
Observação em equipe observação em equipe é mais aconselhável do
que a individual, pois o grupo pode
observar a ocorrência por vários ângulos
Segundo o lugar onde se
realiza:
Observação efectuada na vida
real (trabalho de campo)
as observações são feitas no ambiente real,
registando-se os dados à
medida que forem ocorrendo,
espontaneamente, sem a devida preparação
Observação efectuada em
laboratório
A observação em laboratório é aquela que
tenta descobrir a acção e a conduta, que
teve lugar em condições cuidadosamente
dispostas e controladas.
134. Entrevista
• é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a
respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza
profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a coleta de
dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social
135. Entrevista
Padronizada ou Estruturada É aquela em que o entrevistador segue um
roteiro previamente estabelecido; as perguntas feitas ao indivíduo são
predeterminadas.
Não estruturada
perguntas são abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação
Informal.
focalizada Há um roteiro de tópicos relativos ao problema
que se vai estudar e o entrevistador tem liberdade de fazer as perguntas
que quiser: sonda razões e motivos, dá esclarecimentos, não obedecendo,
a rigor, a uma estrutura formal.
clínica Trata-se de estudar os motivos, os sentimentos, a
conduta das pessoas.
Painel Consiste na repetição de perguntas, de tempo em tempo, às mesmas
pessoas, a fim de estudar a evolução das opiniões em períodos curtos
136. Técnicas de colecta de dados
Questionário. é um
instrumento de
colecta de dados,
constituído por uma
série ordenada de
perguntas, que
devem ser
respondidas por
escrito e sem a
presença do
entrevistador.
O processo de
elaboração é longo e
complexo: exige
cuidado na selecção
das questões,
levando em
consideração a sua
importância, isto é,
se oferece condições
para a obtenção de
informações válidas.
Os temas escolhidos
devem estar de
acordo com os
objectivos geral e
específico.
137. Processo de elaboração -Questionário
O questionário deve
ser limitado em
extensão e em
finalidade. Se for
muito longo, causa
fadiga e desinteresse;
se curto demais, corre
o risco de não
oferecer suficientes
informações.
O número de
perguntas não é fixo
todavia varia em
função do tipo de
pesquisa;
Após a identificação
das perguntas, as
mesmas devem ser
codificadas para
posterior tabulação;
Depois de redigido, o
questionário precisa
ser testado antes de
sua utilização
definitiva, aplicando-
se alguns exemplares
em uma pequena
população escolhida (
pré- teste).
138. Pré- teste
a) Fidedignidade.
Qualquer pessoa
que o aplique
obterá sempre
os mesmos
resultados.
b) Validade. Os
dados recolhidos
são necessários à
pesquisa.
c) Operatividade.
Vocabulário
acessível e
significado claro.
o pré-teste
permite também
a obtenção de
uma estimativa
sobre os futuros
resultados.
139. Questionário-CLASSIFICAÇÃO DAS
PERGUNTAS
Quanto à forma, as perguntas, em geral, são classificadas em três categorias:
• Perguntas abertas. Também chamadas livres ou não limitadas, são as que permitem ao inquiridor
responder livremente, usando linguagem própria, e emitir opiniões abertas.
• Ex: Qual é sua opinião sobre as taxas de natalidade em Angola?
_______________________________________________________
• Fechadas : são aquelas que o inquirido escolhe sua resposta entre duas opções: sim e não.
• Exemplos: Os homens devem ou não fazer trabalho doméstico?
• 1. Sim ( )
• 2. Não ( )
Múltipla escolha.
140. Técnicas de colecta de dados
• Formulário
Nogueira (1968:129) define formulário como sendo
"uma lista formal, catálogo ou inventário destinado
à colecta de dados resultantes quer da observação,
quer de interrogatório, cujo preenchimento é feito
pelo próprio investigador, à medida que faz as
observações ou recebe as respostas, ou pelo
pesquisado, sob sua orientação.
141. Técnicas
Medidas de opinião e de atitudes -
instrumento de "padronização", por meio
do qual se pode assegurar a equivalência
de diferentes opiniões e atitudes, com a
finalidade de compará-las;
Testes - instrumentos utilizados com a
finalidade de obter dados que permitam
medir o rendimento, a frequência, a
capacidade ou a conduta de indivíduos, de
forma quantitativa.
142. Técnicas
• Sociometria - técnica quantitativa que procura explicar as relações pessoais
entre indivíduos de um grupo;
• Análise de conteúdo - permite a descrição sistemática, objectiva e
quantitativa do conteúdo da comunicação;
• História de vida - tenta obter dados relativos à "experiência Última" de alguém
que tenha significado importante para o conhecimento do objecto em estudo;
• Pesquisa de mercado - é a obtenção de informações sobre o mercado, de
maneira organizada e sistemática, tendo em vista ajudar o processo decisivo
nas empresas, minimizando a margem de erros.
143. A Construção de um projecto de
pesquisa
• A pesquisa Cientifica
• Definições da Pesquisa
• Finalidade da pesquisa
• Tipos de Pesquisa
• Projecto de Pesquisa: Problema, Objectivo,
Justificativa, Revisão de Literatura, Variantes
hipotéticas (Hipóteses, Ideia científica e pergunta
científica), Tarefas, População e Amostra,
Instrumentos, Orçamentos, Cronograma, norma e
Referências Bibliográficas.
144. Pesquisa científica
Pode-se definir pesquisa como o procedimento racional e sistemático que
tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são
propostos. A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação
suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação
disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser
adequadamente relacionada ao problema ( Gil, 1991)
A pesquisa, é um procedimento formal,com método de pensamento
reflexivo, sistemático, controlado, crítico que requer um tratamento
científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para
descobrir verdades parciais, novos factos ou dados, relações ou leis em
qualquer campo do conhecimento.
KERLINGER, 1973, p. 11). a pesquisa científica é o instrumento de
investigação usado pela ciência para gerar novos conhecimentos.
145. Razões para realizar a pesquisa
Gil( 1991) aponta que
existem muitas razões que
determinam a realização de
uma pesquisa, classificadas
em dois grandes grupos:
Razões de ordem
intelectual e razões de
ordem prática. As
primeiras decorrem do
desejo de conhecer
pela pró- pria
satisfação de conhecer.
As últimas decorrem
do desejo de conhecer
com vistas a fazer algo
de maneira mais
eficiente ou eficaz.
146. Qualidades pessoais do pesquisador
• O êxito de uma pesquisa depende fundamentalmente de certas
qualidades intelectuais e sociais do pesquisador, entre as quais são:
• a) conhecimento do assunto a ser pesquisado;
• b) curiosidade;
• c) criatividade;
• d) integridade intelectual;
• e) atitude autocorrectiva;
• f) sensibilidade social;
• g) imaginação disciplinada;
• h) perseverança e paciência;
• i) confiança na experiência.
147. Projecto de pesquisa
• Os elementos habitualmente requeridos num projecto são os seguintes:
• a) formulação do problema;
• b) construção de hipóteses ou especificação dos objectivos;
• c) identificação do tipo de pesquisa;
• d) operacionalização das variáveis;
• e) seleção da amostra;
• f) elaboração dos instrumentos e determinação da estratégia de coleta de dados;
• g) determinação do plano de análise dos dados;
• h) previsão da forma de apresentação dos resultados;
• i) cronograma da execução da pesquisa;
• j) definição dos recursos humanos, materiais e financeiros
149. Tipos de pesquisa
- Caracterização segundo as fontes de dados:
a) campo
b) laboratório
c) bibliografia
150. Tipos de pesquisa
Caracterização segundo os procedimentos de coleta de dados:
• a) pesquisa experimental
• b) ex-post-facto
• c) levantamento
• d) estudo de caso
• e) pesquisa ação
• f) história oral
• g) história de vida
• h) documento
• i) bibliografia
151. problema
• Nem todo problema é passível de tratamento científico. Isso significa que para se
realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar verificar se o problema cogitado
se enquadra na categoria de científico( GIL, 1991).
• O tema escolhido e o título de uma pesquisa não esclarecem, muitas vezes, o problema
de pesquisa.
• O problema de pesquisa deve ser claramente formulado. Uma das formas de
apresentação do problema de pesquisa é no formato de pergunta ou conjunto de
perguntas.
• A formulação do problema de pesquisa deve delimitar (recortar) o trabalho de pesquisa
e facilitar os demais passos necessários ao trabalho de investigação, por exemplo,
selecionar a literatura a ser revisada visando embasar o trabalho e analisar os
resultados.
152. problema
• O problema deve ser formulado como pergunta
• Deve ser claro e preciso
• O problema deve ser suscetível de solução
• O problema deve ser delimitado a uma dimensão
viável
153. Problema
• A pertinência de uma pesquisa deve trazer contribuição ao
campo de conhecimento.
• A mesma deve ser julgada por dois aspectos: teórica e
social.
• O pesquisador deve ter em mente que a Ciência é uma
construção colectiva e não uma acção individual. Logo,
situar o problema onde outros já estudaram é
fundamental.
• Revisar a literatura referente ao problema é a chave que
abre os passos seguintes da pesquisa.
154. Hipótese
• A hipótese surge após a formulação do problema. o
investigador prevê prováveis soluções.
• A hipótese envolve uma possível verdade, um resultado
provável.
• Normalmente a hipótese é uma frase afirmativa.
• É uma verdade pré-estabelecida, intuída, com o apoio de uma
teoria. Os factos poderão verificar ou não a hipótese.
155. Condições para formulação de
hipóteses
• 1. As hipóteses devem ser expressas numa linguagem clara, simples. Não é
aconselhável o uso de vocábulos técnicos;
• 2. Os termos devem possuir a qualidade de ser verificáveis.
• 3. As hipóteses devem ser especificas.
• 4. As hipóteses devem ter apoio de uma teória, surgir do âmbito de um campo
teórico;
• 5. As hipóteses devem ser, se possível, uma dimensão geral. Elas não podem
referir-se a um só facto. Sua abrangência deve ser muito mais ampla.
• 6. A hipótese deve ser uma proposta favorável à interrogativa colocada pelo
investigador. Isto é, toda hipótese que parte de uma teoria ou de um conjunto de
conceitos orientadores deve ter a possibilidade de ser comprovada.
156. Projecto de pesquisa
• O PROJETO DE PESQUISA
• Cada caso exige uma solução particular em se
tratando de pesquisa científica.
• Entretanto, a Ciência como sistema organizado
exige que um mínimo de planejamento se dê
antes da realização de uma pesquisa. Este
planejamento denomina-se – Projeto de
Pesquisa. Projetar é planear, antecipar passos a
serem dados.
157. Bibliografia
• BUNGE, Mario. Epistemologia. São Paulo: Edusp, 1980.
• DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. São Paulo: Atlas,
1981.
• GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3 ed. São Paulo:
Atlas, 1991.
• KERLINGER, Fred N. Foundations of behavioral research. New York: Holt,
Rinehart &Winston, 1973.
• LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: uma introdução.
São Paulo: EDUC, 1999.
• MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
Metodologia Cientifica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
• VIEIRA PINTO, Álvaro. Ciência e existência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
158. PROBLEMA
Em uma biblioteca convencional existe um conjunto de
contratempos que dificultam o desempenho da mesma:
• Enchentes;
• Transtorno de locomoção;
• Falta de silêncio em determinados períodos;
• Escassez de livros para suprir a demanda de alunos;
• Limite de usuários.
Sem falar na falta de instituições que ofereçam este
serviço.
159. SOLUÇÃO
Uma biblioteca virtual traria melhorias como:
• Acesso 24h ao acervo da biblioteca;
• Aceder a biblioteca sem necessidade de locomoção;
• Diminuição das enchentes na biblioteca;
• Garantia de encontrar qualquer livro da biblioteca
disponível para consulta;
• Não terá limitação no número de usuários.
A ARKAIVE será capaz de albergar milhares de usuarios e
todos serão capazes de escolher o ambiente em que
haveriam que estudar/ler.
160. Oportunidade
A ARKAIVE disponibilizará um acervo a milhares
de usuários em diferentes locais que antes não
tinham acesso a uma biblioteca ou evitavam o
uso da mesma devido as dificuldades já citadas.
Este acesso será por meio de cadastramento e
taxas de pagamento.
161. Market Pull
• Dada a existencia das bibliotecas
convencionais a implementação de uma
biblioteca virtual dependerá da necessidade
deste produto por parte do consumidor. Com
ajuda de questionários e agrupamentos dos
dados rescolhidos, serão tidas em conta as
necessidades dos usuarios para uma melhor
execução do produto.
162. Corrente de Empreendedorismo
• Este projecto enquadra-se na corrente
sociologica, pois visa resolver uma questão
que abrange a sociedade. Este terá um
impacto no que diz respeito a utlização da
biblioteca convencional, pois o usuario podera
fazer uso da mesma no conforto da sua casa e
aceder a milhares de exemplares.
163. Tipos de empreendedorismo
• Uma biblioteca virtual é um modelo de
empreendedorismo digital, pois, a sua
utilização só será possivel por meio de um
aparelho digital.
164. Matriz preliminar de concorrência (MPC)
Principal
actividade
Quota de
Mercado
Localização Preço do
produto/servi
ço
Qualidade do
produto/servi
ço
Nº de
funcionários
UÓR Educação N/A Talatona/Luan
da
N/A Normal N/A
AQDAFA Educação N/A St.Étiene-
França
N/A Boa 4
Instituto -
Camões
Cooperação e
Língua e
Cultura
N/A Lisboa-
Portugal
N/A Boa N/A
165. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
A palavra filosofia tem origem do grego: philo ( amigo, amor, ) + sophia
(sabedoria, conhecimento) = a amor ao conhecimento ou amor à
sabedoria.
A literatura refere que o termo Filosofia é de autoria de Pitágoras, que
preferiu ser chamado de amigo da sabedoria em detrimento de sábio
(Mondi,1981).
Todavia considera-se Tales de Mileto, como primeiro filósofo (atribue-
se ao autor muitas descobertas e um dos sábios). Foi o primeiro a
colocar a seguinte questão:
“ Qual é a causa última, o príncipio supremo de todas as
coisas?”
166. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
• Os filósofos procuravam estudar as causas últimas das coisas e compreende-lo por meio da razão e na busca
da verdade:
• As causas da morte;
• As causas da doença;
• As causas das catástrofes naturais;
• As causas das mudanças sociais;
• As causas da desigualdade social
167. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
• Será que os filósofos estudaram tudo? ( ver resposta em Mondin V.1
pag,8).
• R1 Porque todas as coisas podem ser examinadas a nível científico e
também filosófico.
• R2 Porque algumas ciências estudam pequenas dimensões da realidade e
a filosofia estuda o todo, o universo.
• A diferença entre a filosofia e outras ciências, assenta no facto da mesma
estudar a realidade oferecendo explicações complexas;
• O método da filosofia não se limita a verificação nem em descrever os
factos, nem na experimentação… assenta na justificação lógica
racional(oferece explicação conclusiva por meio da razão).
168. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
• O que estuda a filosofia?
• Segundo a perspectiva de vários autores, existem várias definições sobre o
campo de estudo da filosofia, sendo assim apresentamos um resumo de
alguns filósofos sobre a definição de filosofia:
• Para Aristóteles, a filosofia deveria estudar: as causas últimas de todas as
coisas.
• Para Cícero: a Filosofia é estudo das causas humanas e divinas das coisas.
• Descartes: a filosofia ensina como raciocinar bem;
• Hegel: a filosofia estuda o saber absoluto.
169. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
• Quanto aos objectivos( Mondin,1981) :
• A filosofia não busca os fins práticos;
• A filosofia tem como único objectivo o conhecimento;
• Procura a verdade, prescindindo eventuais práticas;
• A filosofia tem finalidade teórica, não procura a
verdade, por motivo que não seja a própria verdade.
170. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
O mito e a Filosofia
• A filosofia surge do esforço da humanidade de explicar a coisas
e as causas dos fenómenos da natureza;
• A humanidade contentava-se em explicar a realidade social com
base no mito;
• Mito segundo Mondin (1981), é uma representação fantasiosa,
espontaneamente delineada pelo mecanismo mental do
homem a fim de dar interpretação e explicação aos fenómenos
da natureza e da vida.
• A sua função consiste em fornecer explicações para os
acontecimentos da natureza e da existência humana: para
guerra. Paz, tempestade, saúde, doença…
• Entre todas as mitologias, a grega é que mais de destaca pela
riqueza, ordem e humanidade. Por essa razão, a filosofia é
conhecida como sendo desenvolvida a partir da mitologia grega.
171. A filosofia e sua abordagem
Filosofia Sec Alguns Filósofos Discussões
Antiga V e VI a.C Os Pré socráticos Estudo do universo
Medieval I e XVI
São Tomás de Aquino, Santo
Agostinho
Deus no centro do
mundo
o que deu lugar ao
pensamento
antropocêntrico (homem
no centro do mundo).
Moderna XV e XVIII Rene Descartes
(considerado pai da Filosofia
moderna)
Thomas Hobbes, Maquiavel, Jean
Jacques Rousseau….
Baseada na
experimentação, a
relacionação dos seres
humanos com a
natureza.
Contemporânea XVIII e XX Escola de Frankfurt: Theodor
Adorno, Jurgen hebermes,
Hegel, Auguste Comte, Karl
Marx….
Marco histórico da
revolução Francesa e
Industrial
172. Aula nº2
Contexto Histórico do surgimento da Filosofia
O mito e a Filosofia
“Primum vivere, deinde Philosophare” Thomas Hobbes
• Para o autor o mito tem significado religioso, filosófico e
social bem como pessoal.
• Diferente do Mito a Filosofia procura atingir os seus
objectivos com base na explicação exaustiva das coisas,
com rigor lógico, com espirito crítico, com motivações
racionais, com argumentação rigorosa e em princípios
• diferença entre o mito e a filosofia reside no seguinte:
• O mito nos diz como se estrutura o universo, com base no
mundo dos deuses, dos homens e das coisas, a filosofia
quer apresentar o porquê do mundo, do homem e de Deus.
173. Aula 3
Escola Eleática
jamais poderá existir força de constrangimento que faça ser aquilo que não é…
Faz parte dos filósofos pré socráticos. Nome atribuído pelo facto de grande parte dos Filósofos nascerem em Eleia. As questões principais desta
escola pautava-se na compreensão dos valores sensíveis e do conhecimento racional.
•
Escola
Denominação
Principais
Filósofos
Nascimento
Estudo da Razão
Eleática
Xenófanes 570-475 a.C Fundador da escola opondo-se
conta o misticismo e o
antropomorfismo
Parmênides 530-460 a.C Poeta a sua obra sobre a
natureza, dividido em duas
partes: verdade e opinião. Foi o
primeiro filosofo a explicar a
noção do ser.
Zenão 490-430 a.C Reforço a ideia de Parmênides
sobre a dialética e o paradoxo
Demócrito 460-370 a.C O ser constitui-se de átomos
que são partículas visíveis ou
invisíveis
174. o homem é a medida de todas coisas; das que são, enquanto são, e das que não são, enquanto não são.
Surge apos o término do movimento pré socrático, dominavam a retórica e discurso.
Ela desperta interesse, como o maior centro da política e cultura da Grécia.
Interesse em estudar a capacidade cognitiva do homem, essencialmente nas questões
humanísticas e gnosiológicas( conhecimento e valor humano).
Os ensinamentos dos sofistas alargou-se a aristocracia com encargo de instruir os seus
filhos nas matérias de gramatica, literatura, filosofia, religião e principalmente na
retórica. Principais filósofos:
Protágoras – 481 a.C “ não existe verdade absoluta”. Os homens interpretam os dados
de acordo o seu interesse.
Górgias 484 a.C- o ser não existe, seja não gerado ou gerado… uma coisa é o pensar,
outra o ser… destacou-se como orador e retorico..
Hípias 430 a.C foi orador e um dos sofistas mais importantes, tendo se destacado em
várias área do saber…
Aula 3
175. Sócrates
``sei que nada sei``
-conheça a ti mesmo-
Nasceu em 469 a.C em Atenas.
Não deixou nenhum escrito, o seu pensamento foi por meio de outras fontes,
nomeadamente Platão, Xenofonte, Platão e Aristóteles;
Diferente dos Sofistas, Socrátes preocupava-se em alcançar uma verdade absoluta
que servisse de fundamento a ética e a organização política da sociedade;
orientando as pessoas em busca do bem e da verdade
Sócrates preocupava-se com a formação de bons cidadãos, destacando deste
modo a moralidade:
Sócrates exaltava aos seus discípulos a virtude, porque na sua perspectiva
constitui o bem supremo sem a qual não podemos ser felizes…
Relacionava a virtude com o conhecimento: _ Justiça e conhecimento.
Aristóteles atribui a Sócrates a figura de grande filósofo que ensina doutrinas
interessantes;
Platão refere que o mesmo era metafísico
O seu método preferido era a ironia (uma espécie de simulação com finalidade de
descobrir a verdade)- Maiêutica(arte de dar a luz buscando a verdade).