Este documento fornece informações sobre operação e manutenção de estações de tratamento de água (ETAs). Discute a problemática da água, processos de tratamento, parâmetros de qualidade e padrões de potabilidade. Seu objetivo é elevar o conhecimento sobre o tratamento de água para fins de abastecimento público de forma eficiente e segura.
Este documento discute vários processos e técnicas de tratamento de água e efluentes, incluindo coagulação, floculação, sedimentação e clarificação. Ele também aborda princípios químicos, físicos e biológicos envolvidos no tratamento de água, parâmetros de controle de qualidade da água e legislação aplicada.
O documento discute o tratamento de água para abastecimento, focando na desinfecção e uso de produtos químicos. Explica que a desinfecção é feita principalmente com cloro e que outros métodos como ozonização e raios UV também podem ser usados. Também aborda a fluoretação da água e a correção do pH como parte do tratamento final.
O documento descreve o processo de tratamento de água para abastecimento público, incluindo as etapas de filtração, coagulação, floculação, sedimentação e decantação. Ele também fornece detalhes sobre a Estação de Tratamento de Água Guandu, no Rio de Janeiro, que é a maior do mundo e trata 43 mil litros de água por segundo para abastecer 9 milhões de pessoas.
O documento discute a operação e manutenção de estações de tratamento de água (ETAs). Ele aborda tópicos como a problemática da água, doenças relacionadas à água, processos de tratamento, parâmetros de qualidade da água e padrões de potabilidade. O objetivo é fornecer informações sobre o tratamento de água para consulta e elevar o conhecimento de técnicos, visando a operação correta e eficiente das ETAs.
O documento descreve o processo de decantação no tratamento de água, definindo-o como a sedimentação de partículas floculentas em tanques de decantação. Explica que existem dois tipos principais de decantadores - decantadores clássicos e decantadores tubulares - e detalha seus componentes e funcionamento, como a distribuição uniforme da água, a sedimentação dos flocos e a coleta da água decantada. Também aborda fatores importantes como a taxa de escoamento superficial e a velocidade de sedimentação.
O documento discute a qualidade da água e seus parâmetros. Apresenta as classes de qualidade da água de acordo com a resolução CONAMA 357/2005, variando de acordo com o uso pretendido. Também aborda conceitos como concentração, carga poluidora, parâmetros conservativos e não conservativos, e autodepuração dos corpos hídricos.
A água é essencial para muitas indústrias, sendo usada como matéria-prima, fluido auxiliar, para geração de energia, resfriamento e transporte de contaminantes. Vários setores industriais consomem e geram grandes quantidades de água, como a têxtil, alimentícia, de curtumes, celulose e cervejeira. O tratamento da água é necessário para atender aos padrões de qualidade exigidos por cada uso industrial.
O documento discute as características físicas, químicas e biológicas da água e efluentes. Apresenta os principais parâmetros de qualidade da água, incluindo cor, turbidez, temperatura, sabor e odor, sólidos totais e suas frações. Explica a importância de cada parâmetro e métodos de análise.
Este documento discute vários processos e técnicas de tratamento de água e efluentes, incluindo coagulação, floculação, sedimentação e clarificação. Ele também aborda princípios químicos, físicos e biológicos envolvidos no tratamento de água, parâmetros de controle de qualidade da água e legislação aplicada.
O documento discute o tratamento de água para abastecimento, focando na desinfecção e uso de produtos químicos. Explica que a desinfecção é feita principalmente com cloro e que outros métodos como ozonização e raios UV também podem ser usados. Também aborda a fluoretação da água e a correção do pH como parte do tratamento final.
O documento descreve o processo de tratamento de água para abastecimento público, incluindo as etapas de filtração, coagulação, floculação, sedimentação e decantação. Ele também fornece detalhes sobre a Estação de Tratamento de Água Guandu, no Rio de Janeiro, que é a maior do mundo e trata 43 mil litros de água por segundo para abastecer 9 milhões de pessoas.
O documento discute a operação e manutenção de estações de tratamento de água (ETAs). Ele aborda tópicos como a problemática da água, doenças relacionadas à água, processos de tratamento, parâmetros de qualidade da água e padrões de potabilidade. O objetivo é fornecer informações sobre o tratamento de água para consulta e elevar o conhecimento de técnicos, visando a operação correta e eficiente das ETAs.
O documento descreve o processo de decantação no tratamento de água, definindo-o como a sedimentação de partículas floculentas em tanques de decantação. Explica que existem dois tipos principais de decantadores - decantadores clássicos e decantadores tubulares - e detalha seus componentes e funcionamento, como a distribuição uniforme da água, a sedimentação dos flocos e a coleta da água decantada. Também aborda fatores importantes como a taxa de escoamento superficial e a velocidade de sedimentação.
O documento discute a qualidade da água e seus parâmetros. Apresenta as classes de qualidade da água de acordo com a resolução CONAMA 357/2005, variando de acordo com o uso pretendido. Também aborda conceitos como concentração, carga poluidora, parâmetros conservativos e não conservativos, e autodepuração dos corpos hídricos.
A água é essencial para muitas indústrias, sendo usada como matéria-prima, fluido auxiliar, para geração de energia, resfriamento e transporte de contaminantes. Vários setores industriais consomem e geram grandes quantidades de água, como a têxtil, alimentícia, de curtumes, celulose e cervejeira. O tratamento da água é necessário para atender aos padrões de qualidade exigidos por cada uso industrial.
O documento discute as características físicas, químicas e biológicas da água e efluentes. Apresenta os principais parâmetros de qualidade da água, incluindo cor, turbidez, temperatura, sabor e odor, sólidos totais e suas frações. Explica a importância de cada parâmetro e métodos de análise.
O documento descreve o tratamento primário quimicamente assistido (CEPT) de esgoto. O CEPT envolve a adição de produtos químicos para coagulação, floculação e sedimentação dos poluentes no esgoto. Isso permite a remoção de até 95% dos sólidos suspensos, 75% da DQO e 66% da DBO em uma única etapa de tratamento com baixo custo. O documento também discute a aplicação bem-sucedida do CEPT na cidade de Riviera de São Lourenço no Brasil.
Este documento discute parâmetros, requisitos e padrões de qualidade para águas e esgotos. Apresenta diversos parâmetros físicos, químicos e biológicos que podem ser usados para caracterizar a qualidade da água e dos esgotos, como pH, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes fecais e nitrogênio. Também discute a classificação de corpos d'água e padrões de qualidade definidos pela legislação brasileira.
1) Descreve métodos para limpeza de vidraria usada em laboratório, incluindo uso de detergente, mistura de detergente e carbonato de sódio, mistura sulfocrômica e potassa alcoólica.
2) Recomenda enxaguar bem com água da torneira e depois com água destilada após limpeza.
3) Destaca a necessidade de garantir perfeito desengorduramento de vidraria volumétrica para exatidão de volumes.
O documento discute as opções e desafios para o tratamento de esgoto na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Três pontos principais são:
1) Atualmente o esgoto de Montenegro não recebe tratamento adequado antes de ser despejado no rio Caí, colocando em risco a qualidade da água.
2) Há diversas tecnologias para tratamento de esgoto, sendo proposto para Montenegro o uso de reatores anaeróbios e filtros biológicos.
3) Permanece o desafio de convencer a pop
O documento discute parâmetros físico-químicos e biológicos para avaliar a qualidade da água, incluindo padrões legais brasileiros. Ele explica vários parâmetros como turbidez, cor, pH, alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês e alumínio. O documento também descreve o ciclo hidrológico e como as atividades humanas podem afetar a qualidade da água.
O documento descreve diferentes tipos de medidores de vazão, incluindo medidores piezométricos, de deslocamento, por velocidade e ultrassônicos. É explicado como cada medidor funciona e quais suas principais características e aplicações.
O documento discute técnicas de tratamento de água e efluentes, incluindo desinfecção, fluoretação e controle de pH. Ele descreve os agentes usados na desinfecção como cloro, dióxido de cloro e ozônio e como eles inativam microrganismos patogênicos. O documento também discute os padrões de qualidade da água para consumo humano.
Este documento discute o tratamento de água e efluentes. Apresenta conceitos sobre caracterização de água e esgotos, princípios químicos, físicos e biológicos de tratamento de água, parâmetros de controle de qualidade de água e legislação aplicada. Também aborda estudos de caso sobre a qualidade da água de rios da Bahia e noções sobre qualidade da água, impurezas encontradas, usos e parâmetros de qualidade.
O documento descreve as principais etapas do tratamento de efluentes, incluindo tratamento preliminar, primário, secundário e terciário. É detalhado o funcionamento de cada etapa através de processos físicos, químicos e biológicos.
O documento fornece as etapas para dimensionar um sistema composto por lagoa anaeróbia e lagoa facultativa para tratar esgoto de uma população de 20.000 habitantes. O dimensionamento inclui cálculo da carga poluidora, volume, área e dimensões das lagoas, eficiência de remoção de DBO e área total requerida. O sistema proposto consiste em uma lagoa anaeróbia com volume de 7.000 m3 e lagoa facultativa com dimensões de 154m x 62m, proporcionando uma eficiência combin
O relatório descreve uma visita técnica à Estação de Tratamento de Esgoto de Ibirité, atualmente em fase final de construção pela Camargo Corrêa para a COPASA. A visita observou o processo de tratamento de esgoto em todas as suas etapas, incluindo tratamento preliminar, primário, secundário e terciário, além da fase sólida com secagem térmica e cogeração de energia. Programas de sustentabilidade e valorização dos funcionários também foram apresentados.
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativasGiovanna Ortiz
O documento discute os processos de tratamento de águas residuárias por meio de lagoas de estabilização, especificamente lagoas facultativas. Apresenta os principais tipos de lagoas, critérios de projeto como taxa de aplicação superficial, profundidade e tempo de detenção. Também descreve os processos que ocorrem nas lagoas, como a importância das algas e das condições ambientais no tratamento da matéria orgânica.
O documento discute os impactos dos efluentes domésticos e industriais nos recursos hídricos e formas de tratamento. Apresenta a caracterização dos efluentes, os principais impactos ambientais como a eutrofização e contaminação, e aborda processos de tratamento físico, biológico e químico para reduzir a poluição da água.
El documento presenta información sobre el parámetro fisicoquímico pH. Explica que el pH mide los iones de hidrógeno en el agua y determina si es ácida, neutra o básica. Detalla las fuentes y características del pH, así como los métodos de análisis y las concentraciones establecidas por guías internacionales. Las normativas recomiendan que el pH del agua se encuentre generalmente entre 6.5 y 8.5 para su tratamiento y uso.
The document discusses various water purification techniques, including desalination methods like reverse osmosis, electrodialysis, and distillation. It describes how reverse osmosis works using a semipermeable membrane to filter out solutes under pressure. Historical water purification methods are also discussed, such as techniques described in ancient Sanskrit documents like boiling, heating, or filtering water through sand and gravel. The benefits of reverse osmosis purification are provided, which completely removes contaminants and requires no energy. Additional water treatment methods covered include distillation, heating/boiling, filtration, chlorination, and ozonation.
Aproveitamento de água da chuva - PET Ambiental (Apresentação)petambiental
O documento discute o aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis como forma de economizar água potável. Ele explica que a água da chuva não é potável, mas pode ser usada para irrigação, limpeza e outros usos não diretos. O documento também descreve o processo de captação da água da chuva e seus benefícios para reduzir custos e pressão sobre os mananciais de água.
1. O documento discute conceitos básicos de hidráulica e hidrologia, incluindo classificações de escoamento, equações fundamentais e posicionamento de encanamentos.
2. É apresentada uma classificação geral do escoamento em condutos forçados e livres, e discutem-se conceitos como linha de corrente, equação da continuidade e equação de Bernoulli.
3. Aborda-se também a posição dos encanamentos em relação à linha de carga, importante para o bom funcionamento dos sistemas de escoamento por grav
Estudo de concepção de sistema de abastecimento de águaluancaio_aguas
Este documento apresenta o projeto de um sistema de abastecimento de água para a cidade de Madre de Deus de Minas, MG. Inclui o estudo populacional, cálculo de vazões, escolha do manancial, concepção do sistema e projeto de seus elementos. O sistema inclui captação, gradeamento, desarenadores, duas estações elevatórias e uma estação de tratamento de água com coagulação, floculação, decantação e filtração. O objetivo é fornecer água tratada para a população estimada em 20
Madeira (Propriedades, Processos de Fabricação e Aplicações)Sílvio Júnior
O documento discute as propriedades físicas e processos de fabricação da madeira. Aborda tópicos como a anatomia da madeira, propriedades mecânicas e químicas, densidade, defeitos, processos de fabricação como abate, descascarmento, desdobramento, serragem, produção de partículas, tipos de madeiras, painéis de madeira e suas aplicações.
O documento discute a água na natureza, incluindo sua abundância no planeta, o ciclo hidrológico e propriedades físicas e químicas da água. Aborda também a qualidade da água natural, padrões de potabilidade e componentes regulados por portaria do Ministério da Saúde.
O documento classifica e descreve diferentes tipos de misturas e soluções. Apresenta a classificação das misturas em dispersões heterogêneas e soluções homogêneas, e descreve várias expressões para quantificar a concentração de soluções, incluindo títulos, concentrações em massa e quantidade de matéria, partes por milhão, e densidade.
O documento descreve o tratamento primário quimicamente assistido (CEPT) de esgoto. O CEPT envolve a adição de produtos químicos para coagulação, floculação e sedimentação dos poluentes no esgoto. Isso permite a remoção de até 95% dos sólidos suspensos, 75% da DQO e 66% da DBO em uma única etapa de tratamento com baixo custo. O documento também discute a aplicação bem-sucedida do CEPT na cidade de Riviera de São Lourenço no Brasil.
Este documento discute parâmetros, requisitos e padrões de qualidade para águas e esgotos. Apresenta diversos parâmetros físicos, químicos e biológicos que podem ser usados para caracterizar a qualidade da água e dos esgotos, como pH, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes fecais e nitrogênio. Também discute a classificação de corpos d'água e padrões de qualidade definidos pela legislação brasileira.
1) Descreve métodos para limpeza de vidraria usada em laboratório, incluindo uso de detergente, mistura de detergente e carbonato de sódio, mistura sulfocrômica e potassa alcoólica.
2) Recomenda enxaguar bem com água da torneira e depois com água destilada após limpeza.
3) Destaca a necessidade de garantir perfeito desengorduramento de vidraria volumétrica para exatidão de volumes.
O documento discute as opções e desafios para o tratamento de esgoto na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Três pontos principais são:
1) Atualmente o esgoto de Montenegro não recebe tratamento adequado antes de ser despejado no rio Caí, colocando em risco a qualidade da água.
2) Há diversas tecnologias para tratamento de esgoto, sendo proposto para Montenegro o uso de reatores anaeróbios e filtros biológicos.
3) Permanece o desafio de convencer a pop
O documento discute parâmetros físico-químicos e biológicos para avaliar a qualidade da água, incluindo padrões legais brasileiros. Ele explica vários parâmetros como turbidez, cor, pH, alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês e alumínio. O documento também descreve o ciclo hidrológico e como as atividades humanas podem afetar a qualidade da água.
O documento descreve diferentes tipos de medidores de vazão, incluindo medidores piezométricos, de deslocamento, por velocidade e ultrassônicos. É explicado como cada medidor funciona e quais suas principais características e aplicações.
O documento discute técnicas de tratamento de água e efluentes, incluindo desinfecção, fluoretação e controle de pH. Ele descreve os agentes usados na desinfecção como cloro, dióxido de cloro e ozônio e como eles inativam microrganismos patogênicos. O documento também discute os padrões de qualidade da água para consumo humano.
Este documento discute o tratamento de água e efluentes. Apresenta conceitos sobre caracterização de água e esgotos, princípios químicos, físicos e biológicos de tratamento de água, parâmetros de controle de qualidade de água e legislação aplicada. Também aborda estudos de caso sobre a qualidade da água de rios da Bahia e noções sobre qualidade da água, impurezas encontradas, usos e parâmetros de qualidade.
O documento descreve as principais etapas do tratamento de efluentes, incluindo tratamento preliminar, primário, secundário e terciário. É detalhado o funcionamento de cada etapa através de processos físicos, químicos e biológicos.
O documento fornece as etapas para dimensionar um sistema composto por lagoa anaeróbia e lagoa facultativa para tratar esgoto de uma população de 20.000 habitantes. O dimensionamento inclui cálculo da carga poluidora, volume, área e dimensões das lagoas, eficiência de remoção de DBO e área total requerida. O sistema proposto consiste em uma lagoa anaeróbia com volume de 7.000 m3 e lagoa facultativa com dimensões de 154m x 62m, proporcionando uma eficiência combin
O relatório descreve uma visita técnica à Estação de Tratamento de Esgoto de Ibirité, atualmente em fase final de construção pela Camargo Corrêa para a COPASA. A visita observou o processo de tratamento de esgoto em todas as suas etapas, incluindo tratamento preliminar, primário, secundário e terciário, além da fase sólida com secagem térmica e cogeração de energia. Programas de sustentabilidade e valorização dos funcionários também foram apresentados.
Aula 6 lagoas de estabilização e lagoas facultativasGiovanna Ortiz
O documento discute os processos de tratamento de águas residuárias por meio de lagoas de estabilização, especificamente lagoas facultativas. Apresenta os principais tipos de lagoas, critérios de projeto como taxa de aplicação superficial, profundidade e tempo de detenção. Também descreve os processos que ocorrem nas lagoas, como a importância das algas e das condições ambientais no tratamento da matéria orgânica.
O documento discute os impactos dos efluentes domésticos e industriais nos recursos hídricos e formas de tratamento. Apresenta a caracterização dos efluentes, os principais impactos ambientais como a eutrofização e contaminação, e aborda processos de tratamento físico, biológico e químico para reduzir a poluição da água.
El documento presenta información sobre el parámetro fisicoquímico pH. Explica que el pH mide los iones de hidrógeno en el agua y determina si es ácida, neutra o básica. Detalla las fuentes y características del pH, así como los métodos de análisis y las concentraciones establecidas por guías internacionales. Las normativas recomiendan que el pH del agua se encuentre generalmente entre 6.5 y 8.5 para su tratamiento y uso.
The document discusses various water purification techniques, including desalination methods like reverse osmosis, electrodialysis, and distillation. It describes how reverse osmosis works using a semipermeable membrane to filter out solutes under pressure. Historical water purification methods are also discussed, such as techniques described in ancient Sanskrit documents like boiling, heating, or filtering water through sand and gravel. The benefits of reverse osmosis purification are provided, which completely removes contaminants and requires no energy. Additional water treatment methods covered include distillation, heating/boiling, filtration, chlorination, and ozonation.
Aproveitamento de água da chuva - PET Ambiental (Apresentação)petambiental
O documento discute o aproveitamento da água da chuva para fins não potáveis como forma de economizar água potável. Ele explica que a água da chuva não é potável, mas pode ser usada para irrigação, limpeza e outros usos não diretos. O documento também descreve o processo de captação da água da chuva e seus benefícios para reduzir custos e pressão sobre os mananciais de água.
1. O documento discute conceitos básicos de hidráulica e hidrologia, incluindo classificações de escoamento, equações fundamentais e posicionamento de encanamentos.
2. É apresentada uma classificação geral do escoamento em condutos forçados e livres, e discutem-se conceitos como linha de corrente, equação da continuidade e equação de Bernoulli.
3. Aborda-se também a posição dos encanamentos em relação à linha de carga, importante para o bom funcionamento dos sistemas de escoamento por grav
Estudo de concepção de sistema de abastecimento de águaluancaio_aguas
Este documento apresenta o projeto de um sistema de abastecimento de água para a cidade de Madre de Deus de Minas, MG. Inclui o estudo populacional, cálculo de vazões, escolha do manancial, concepção do sistema e projeto de seus elementos. O sistema inclui captação, gradeamento, desarenadores, duas estações elevatórias e uma estação de tratamento de água com coagulação, floculação, decantação e filtração. O objetivo é fornecer água tratada para a população estimada em 20
Madeira (Propriedades, Processos de Fabricação e Aplicações)Sílvio Júnior
O documento discute as propriedades físicas e processos de fabricação da madeira. Aborda tópicos como a anatomia da madeira, propriedades mecânicas e químicas, densidade, defeitos, processos de fabricação como abate, descascarmento, desdobramento, serragem, produção de partículas, tipos de madeiras, painéis de madeira e suas aplicações.
O documento discute a água na natureza, incluindo sua abundância no planeta, o ciclo hidrológico e propriedades físicas e químicas da água. Aborda também a qualidade da água natural, padrões de potabilidade e componentes regulados por portaria do Ministério da Saúde.
O documento classifica e descreve diferentes tipos de misturas e soluções. Apresenta a classificação das misturas em dispersões heterogêneas e soluções homogêneas, e descreve várias expressões para quantificar a concentração de soluções, incluindo títulos, concentrações em massa e quantidade de matéria, partes por milhão, e densidade.
O documento descreve dispersões, que são sistemas onde uma substância é disseminada em outra na forma de pequenas partículas. As dispersões são classificadas em soluções verdadeiras, soluções coloidais e suspensões, dependendo de sua homogeneidade a nível macroscópico e microscópico. O texto também discute conceitos como coeficiente de solubilidade, unidades de concentração e processos que alteram a concentração de soluções, como diluição e evaporação.
O documento descreve os principais componentes e unidades de um sistema de abastecimento de água, incluindo a captação, adução, tratamento, reservação, distribuição e estações elevatórias. Ele fornece detalhes sobre os tipos de captação de água superficial e subterrânea, materiais usados em adutoras, componentes de estações elevatórias e redes de distribuição.
O documento apresenta um resumo sobre processos químicos inorgânicos industriais, incluindo: 1) Introdução aos processos contínuos e descontínuos e fluxogramas para representação dos processos; 2) Exemplos de indústrias como nitrogênio, fertilizantes, cloro e vidro; 3) Abordagem sobre reações químicas, rendimentos, conversões e custos de produção.
Este documento discute as técnicas de tratamento de água e efluentes. Apresenta as principais etapas do tratamento de água, como aeração, coagulação, floculação, sedimentação, filtração e desinfecção. Também aborda os efeitos destes processos nos parâmetros de qualidade da água e as normas aplicadas em projetos de estações de tratamento de água.
Este documento fornece informações sobre operação e manutenção de estações de tratamento de água. Ele discute a importância do abastecimento de água para a saúde e economia, os processos de tratamento de água e os padrões de potabilidade. O objetivo é elevar o conhecimento dos técnicos para melhor operar as estações de tratamento e fornecer água de melhor qualidade aos usuários.
1) A água é essencial para a vida e possui muitos usos, como manter a estabilidade do clima, produzir energia, permitir a navegação e o transporte de sedimentos. 2) A água doce disponível para os seres humanos é limitada, representando apenas 0,8% da água total na Terra. 3) O tratamento de água é necessário para remover impurezas e microorganismos prejudiciais antes do consumo humano e do retorno da água aos mananciais.
O documento discute o controle da qualidade da água em Angola, fornecendo informações sobre os parâmetros físicos, químicos e biológicos usados para avaliar a potabilidade da água. Detalha os padrões de qualidade da água para diferentes usos como consumo humano, recreação e irrigação.
O documento discute a importância da água, os desafios globais relacionados à disponibilidade e qualidade da água, e as características químicas que afetam a qualidade da água. Ele explica que a água é essencial para a vida humana e ecossistemas, mas que em 20 anos pode haver uma crise global de água potável devido ao aumento da poluição e consumo. Também descreve onde há escassez de água no mundo e os padrões de qualidade da água para consumo humano.
O documento discute vários aspectos relacionados à poluição da água, incluindo: 1) conceitos de poluição da água e tipos de poluentes como orgânicos, não-orgânicos, tóxicos e patogênicos; 2) propriedades da água como turbidez, oxigênio dissolvido e demanda bioquímica de oxigênio; e 3) problemas causados pela poluição como eutrofização e impactos na saúde humana.
O documento fornece instruções sobre operação e manutenção de estações de tratamento de água, incluindo informações sobre doenças transmitidas pela água, padrões de potabilidade, tipos de estações de tratamento, e processos como floculação, decantação, filtração e cloração.
O documento fornece instruções sobre operação e manutenção de estações de tratamento de água, incluindo informações sobre doenças transmitidas pela água, padrões de potabilidade, tipos de estações de tratamento, e processos como floculação, decantação, filtração e cloração.
Este documento discute a qualidade da água e os desafios relacionados à sua disponibilidade e poluição. Aborda os principais problemas causados pela ocupação desordenada como erosão e assoreamento, descarte de lixo urbano e falta de saneamento básico. Também explica conceitos como composição de efluentes, distribuição da água na Terra, características da água no Brasil e parâmetros para avaliação da qualidade da água, como oxigênio dissolvido, temperatura, turbidez e sólidos em suspensão.
O documento descreve uma visita à captação de água do Ribeirão das Cruzes e à Estação de Tratamento de Água (ETA) em Araraquara. Inclui informações sobre o processo de captação e tratamento da água para torná-la potável de acordo com os padrões de qualidade.
O documento discute sistemas de tratamento de esgoto, incluindo conceitos, aproveitamentos de águas residuais, aspectos legais e normas de controle da poluição. Aborda também o ciclo da água no saneamento, formas de poluição que afetam reservas de água, e o lodo gerado no tratamento de esgoto.
O documento discute os benefícios do saneamento e abastecimento de água para a saúde e desenvolvimento humano. Explica que o tratamento de água envolve processos como coagulação, floculação, decantação e filtragem para remover impurezas, seguido de desinfecção e fluoretação antes do armazenamento e distribuição. Também destaca a importância da limpeza periódica de caixas d'água para manter a qualidade da água consumida.
O documento discute esgotamento sanitário e destino adequado de dejetos humanos. Ele explica que os dejetos podem transmitir doenças e devem ser afastados de pessoas, água e alimentos. Também aborda a importância sanitária e econômica do tratamento adequado de esgotos, as características físicas, químicas e biológicas dos esgotos domésticos, e a sobrevivência de bactérias no solo e em águas subterrâneas.
Este manual fornece instruções sobre limpeza, tratamento químico e físico de piscinas para promover a saúde dos banhistas e a conservação da piscina. Ele explica conceitos técnicos sobre qualidade da água, equipamentos de filtragem e descontaminação, além de fornecer tabelas de dosagem de produtos químicos e dicas sobre procedimentos de limpeza.
O documento discute a importância da água e sua escassez crescente no mundo. Ele descreve como a água é essencial para a vida humana e ecossistemas, mas que em 20 anos pode haver uma crise global de água potável semelhante à crise do petróleo atual. Também analisa a distribuição desigual da água no planeta e no Brasil, bem como os principais tipos de poluição que afetam a qualidade da água.
O documento discute a importância da água para a vida e a situação da água no mundo e no Brasil. Apresenta os principais problemas relacionados à qualidade da água como a poluição por matéria orgânica, resíduos industriais e despejos industriais. Também aborda doenças relacionadas à água contaminada e as etapas do tratamento de água.
Este documento discute a poluição da água, incluindo os principais contaminantes, seus efeitos nos meios aquáticos e métodos para controlar a poluição da água. Ele fornece exemplos de como a poluição da água afeta tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento e descreve processos como filtragem, desinfecção e coagulação usados para tratar águas poluídas.
Este documento discute a poluição da água, incluindo os principais contaminantes, seus efeitos nos meios aquáticos e métodos para controlar a poluição da água. Ele fornece exemplos de como a poluição da água afeta tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento e descreve processos como filtragem, desinfecção e coagulação usados para tratar águas poluídas.
O documento discute a importância da água para a vida humana e o planeta. Apresenta estatísticas sobre a distribuição global da água doce e regiões com deficiência hídrica. Também aborda a poluição da água, doenças relacionadas, tratamento de água potável e curiosidades sobre a água no corpo humano e no planeta.
O documento discute a importância da água para a vida humana e o planeta. Apresenta estatísticas sobre a distribuição global da água doce e regiões com deficiência hídrica. Também aborda a poluição da água, doenças relacionadas, tratamento de água potável e curiosidades sobre a água no corpo humano e no planeta.
O documento discute a importância da água para a vida humana e o planeta. Apresenta estatísticas sobre a distribuição global da água doce e regiões com deficiência hídrica. Também aborda a poluição da água, doenças relacionadas, tratamento de água potável e curiosidades sobre a água no corpo humano e no planeta.
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...Consultoria Acadêmica
“O processo de inovação envolve a geração de ideias para desenvolver projetos que podem ser testados e implementados na empresa, nesse sentido, uma empresa pode escolher entre inovação aberta ou inovação fechada” (Carvalho, 2024, p.17).
CARVALHO, Maria Fernanda Francelin. Estudo contemporâneo e transversal: indústria e transformação digital. Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
Com base no exposto e nos conteúdos estudados na disciplina, analise as afirmativas a seguir:
I - A inovação aberta envolve a colaboração com outras empresas ou parceiros externos para impulsionar ainovação.
II – A inovação aberta é o modelo tradicional, em que a empresa conduz todo o processo internamente,desde pesquisa e desenvolvimento até a comercialização do produto.
III – A inovação fechada é realizada inteiramente com recursos internos da empresa, garantindo o sigilo dasinformações e conhecimento exclusivo para uso interno.
IV – O processo que envolve a colaboração com profissionais de outras empresas, reunindo diversasperspectivas e conhecimentos, trata-se de inovação fechada.
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
I e II, apenas.
I e III, apenas.
I, III e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
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AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...Consultoria Acadêmica
Os termos "sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" só ganharam repercussão mundial com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida como Rio 92. O encontro reuniu 179 representantes de países e estabeleceu de vez a pauta ambiental no cenário mundial. Outra mudança de paradigma foi a responsabilidade que os países desenvolvidos têm para um planeta mais sustentável, como planos de redução da emissão de poluentes e investimento de recursos para que os países pobres degradem menos. Atualmente, os termos
"sustentabilidade" e "desenvolvimento sustentável" fazem parte da agenda e do compromisso de todos os países e organizações que pensam no futuro e estão preocupados com a preservação da vida dos seres vivos.
Elaborado pelo professor, 2023.
Diante do contexto apresentado, assinale a alternativa correta sobre a definição de desenvolvimento sustentável:
ALTERNATIVAS
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Desenvolvimento sustantável é o desenvolvimento que supre as necessidades momentâneas das pessoas.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento incapaz de garantir o atendimento das necessidades da geração futura.
Desenvolvimento sustentável é um modelo de desenvolvimento econômico, social e político que esteja contraposto ao meio ambiente.
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração anterior, comprometendo a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações.
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Proteco Q60A
Placa de controlo Proteco Q60A para motor de Braços / Batente
A Proteco Q60A é uma avançada placa de controlo projetada para portões com 1 ou 2 folhas de batente. Com uma programação intuitiva via display, esta central oferece uma gama abrangente de funcionalidades para garantir o desempenho ideal do seu portão.
Compatível com vários motores
Se você possui smartphone há mais de 10 anos, talvez não tenha percebido que, no início da onda da
instalação de aplicativos para celulares, quando era instalado um novo aplicativo, ele não perguntava se
podia ter acesso às suas fotos, e-mails, lista de contatos, localização, informações de outros aplicativos
instalados, etc. Isso não significa que agora todos pedem autorização de tudo, mas percebe-se que os
próprios sistemas operacionais (atualmente conhecidos como Android da Google ou IOS da Apple) têm
aumentado a camada de segurança quando algum aplicativo tenta acessar os seus dados, abrindo uma
janela e solicitando sua autorização.
CASTRO, Sílvio. Tecnologia. Formação Sociocultural e Ética II. Unicesumar: Maringá, 2024.
Considerando o exposto, analise as asserções a seguir e assinale a que descreve corretamente.
ALTERNATIVAS
I, apenas.
I e III, apenas.
II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
Entre em contato conosco
54 99956-3050
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
Apostila geral eta
1. CAGEPACAGEPA
DIRETORIA DE OPERAÇÃODIRETORIA DE OPERAÇÃO
ASSESSORIA TÉCNICA DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOSASSESSORIA TÉCNICA DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS
OPERAÇÃO EOPERAÇÃO E
MANUTENÇÃOMANUTENÇÃO
DE ETAsDE ETAs
ANTONIO BATISTA GUEDESANTONIO BATISTA GUEDES
JOSE MARIA TEIXEIRA DEJOSE MARIA TEIXEIRA DE
CARVALHOCARVALHO
MARÇO/1997MARÇO/1997
2. A presente apostila, versando sobre “OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ETAs”, sintetiza os
principais assuntos concernentes a área de tratamento de água para fins de potabilidade.
Dentre os assuntos abordados destacamos: problemática da água, principais doenças de
veiculação hídrica, unidades constituintes de um sistema de abastecimento de água, tipos de
mananciais, classificação das águas segundo o uso preponderante, processos de tratamento,
características dos produtos químicos usados no tratamento, equipamentos empregados no tratamento,
conceitos dos principais parâmetros físico-químicos empregados no controle de qualidade, bem como o
padrão de potabilidade de acordo com a Portaria nº 36/90 do Ministério da Saúde.
Essas instruções tem o objetivo, além de servir como fonte de consulta, elevar o nível de
conhecimento de nossos alunos e técnicos da área para que possam desempenhar suas atividades
funcionais com mais desenvoltura e eficiência, tendo como resultado a operação correta e consciente
das unidades integrantes das Estações.
Com isto beneficia-se os usuários, através da produção de água de melhor qualidade, bem como
a Empresa , com acentuado aumento da vida útil dos equipamentos, tendo em vista que a operação dos
mesmos passará a ser efetuada dentro das normas recomendadas pela técnica.
São esses os objetivos que esperamos alcançar com as informações contidas na presente
apostila.
As falhas que porventura existirem, corrigiremos oportunamente e as sugestões e criticas que
venham contribuir para seu aprimoramento serão bem vindas e aceitas.
João Pessoa, 25 de março de 1997.
2
3. 1. ABASTECIMENTO D’ÁGUA, IMPORTÂNCIA SANITÁRIA E ECONÔMICA
Á água é necessária para beber, cozinhar e muitos outros usos, dentro das várias atividades
humanas.
Seu uso para abastecimento passa previamente pôr tratamento objetivando atender as seguintes
finalidades :
a) De ordem sanitária, através de :
- controle e prevenção de doenças;
- Implantação de hábitos higiênicos ( banho, limpeza de utensílios, etc. )
- Facilitar limpeza pública;
- Facilitar práticas desportivas;
- Proporcionar conforto e bem estar
b) De ordem estética, através de :
- Correção de cor, turbidez, odor e sabor
c) De ordem econômica, através de :
- Aumenta a vida média pela diminuição da mortalidade;
- Aumenta a vida produtiva do indivíduo, quer pelo aumento da vida média, quer pela diminuição de
tempo perdido com doenças;
- Facilitar a instalação de indústrias, inclusive turismo;
- Facilitar o combate a incêndios
3
4. 2. PROBLEMÁTICA DA ÁGUA
2.1 - OCORRÊNCIA DE ÁGUA NA NATUREZA
A água que se encontra hoje na terra é a mesma que existia há milhões de anos quando se
formou a primeira nuvem e ocorreu a primeira chuva. A quantidade existente nos mares representa,
cerca de 97%, de toda a água existente na terra e cobre 71% da superfície do planeta. Os 3% restante
são constituídos de água doce, aproximadamente 40 quatrilhões de metros cúbicos. Desse total, 75%
estão nas calotas polares e os 25% restantes estão assim distribuídos : 24,5% constituem as águas
subterrâneas e os 0,5% estão nos rios, lagos e na atmosfera.
A precipitação média anual é em torno de 860 mm. Cerca de 70% dessa precipitação retornam a
atmosfera através da evapotranspiração e os 30% restantes correm na superfície onde 65% voltam aos
rios e o restante é consumido e volta a atmosfera.
2.2 - CICLO HIDROLÓGICO
É o caminho percorrido pela água desde a atmosfera(estado de vapor), passando pôr várias
fases, até retornar novamente a atmosfera. Veja apresentação gráfica a seguir:
fig. 2.1
LEGENDA
P Precipitação
ES Escoamento Superficial
I Infiltração
ESB Escoamento Subterrâneo
E Evaporação
4
5. 2.3 - QUALIDADE DA ÁGUA
A água de precipitação é praticamente pura. Quando escoa no terreno dissolve os sais minerais
existentes que alteram sua qualidade. Dentre os materiais dissolvidos incluem-se substâncias calcárias
e magnesianas que tornam a água dura; e outras ferruginosas que dão cor e sabor diferentes, bem como
produtos industriais que a tornam imprópria ao consumo. A água também pode carrear substâncias em
suspensão que lhe confere turbidez.
Os tipos e teores dessas substâncias dão as características próprias de cada água.
2.4 - ÁGUA POTÁVEL
Denomina-se água potável aquela que se apresenta em condições próprias para consumo
humano. Isto considerando sob os aspectos organolépticos (odor e sabor ), físicos, químicos e
biológicos.
2.5 - ÁGUA POLUÍDA
É aquela que contém substâncias que alteram suas características, tornando-a imprópria para
consumo.
2.6 - ÁGUA CONTAMINADA
Diz-se que a água é contaminada quando contém germes patogênicos.
2.7 - PADRÕES DE POTABILIDADE
Representam a fixação dos limites máximos aceitáveis de impurezas contidas nas águas
destinadas ao abastecimento público.
Os motivos que levaram os órgãos competentes a estabelecerem os limites máximo aceitáveis,
decorreram da não existência na natureza de água absolutamente pura.
As exigências quanto a qualidade da água crescem de acordo com o progresso humano e o da
técnica.
Á água destinada ao consumo humano deve obedecer a certos requisitos de ordem :
- organoléptica : não ter odor e sabor objetáveis;
- física : ter aspecto agradável, não apresentar teores de cor e turbidez acima do padrão de potabilidade;
- química : não possuir substâncias nocivas ou tóxicas com concentrações superiores aos limites
estabelecidos pelo padrão;
- biológica : não possuir germes patogênicos.
5
6. 2.8 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS
- A água deve apresentar-se com aspecto agradável. A medida é pessoal;
- Deve apresentar ausência de sabor objetável. A medida do odor também é pessoal;
- A cor da água é causada pela presença de substâncias em dissolução na água. Determina-se em
aparelho chamado colorímetro e é expressa em mg/L, comparada com platino-cobalto. Atualmente é
expressa em unidade Hazen (UH) que eqüivale a mg/L;
- A turbidez é causada por matéria em suspensão na água (argila, silte, matéria orgânica, etc. ) que
perturba sua transparência É expressa em mg/L, através de aparelhos denominados turbidímetros,
sendo o mais comum o de Jackson. As unidades que também expressam turbidez são: unidade de
turbidez (UT), unidade de turbidez Nefelométrica (UTN), Unidade Jackson (UJ), onde todas eqüivalem
a mg/L.
2.9 - CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
Os limites de concentração de certas impurezas na água são obedecidos por questões de ordem
sanitárias e econômicas. Por exemplo :
- Chumbo no máximo - 0,10 mg/L;
- Arsênio no máximo - 0,10 mg/L;
- Selênio no máximo - 0,01 mg/L;
- pH inferior a 10,6 a 25 ºC;
- A alcalinidade deve ser inferior a 120 mg/L;
- As águas mais duras consomem mais sabão e são inconvenientes para a industria, pois
incrustam-se nas caldeiras e podem causar danos e explosão.
2.10 - PRODUTOS QUÍMICOS INDICADORES DE POLUIÇÃO ORGÂNICA
2.10.1 - SUBSTÂNCIAS NITROGENADAS - amônia, nitritos e nitratos onde a
presença da amônia indica poluição recente e de nitrato poluição remota, uma vez que já sofreu maior
processo de oxidação.
2.10.2 - OXIGÊNIO CONSUMIDO - a água sempre dispõe de oxigênio dissolvido,
tendo maior ou menor concentração, dependendo da temperatura e pressão existentes no meio. A
matéria orgânica em decomposição consome o oxigênio para sua estabilização; por conta disto quanto
maior o consumo de oxigênio, mais próxima e maior terá sido a poluição.
2.10.3 - CLORETOS - os cloretos normalmente presentes nos dejetos animais, podem
causar poluição orgânica dos mananciais.
2.11 - CARACTERÍSTICAS BACTERIOLÓGICAS
Água potável deve ser isenta de bactérias patogênicas. A água quando contaminada, pôr
indivíduos doentes ou portadores, não é facilmente percebida, uma vez que o número é relativamente
pequeno em relação a massa de água.
Na água normalmente existem microrganismos de vida livre e não parasitária que dela extraem
os nutrientes indispensáveis a sua subsistência. Eventualmente pode acontecer a introdução de
6
7. organismos parasitários e/ ou patogênicos que, usando a água como veículo, podem causar doenças
tornando assim perigo sanitário em potencial.
Os seres patogênicos, na sua quase totalidade, são incapazes de viver na sua forma adulta ou
reproduzir-se fora do organismo que lhe serve de hospedeiro. Portanto tem vida limitada quando se
encontram na água.
Os agentes destruidores na água de organismos patogênicos são : temperatura, luz,
sedimentação, parasitas ou predadores de bactérias, substâncias tóxicas ou antibióticas produzidas pôr
outros microrganismos como algas e fungos, etc.
Em razão da dificuldade de identificação na água de organismos patogênicos, utiliza-se a
identificação de bactérias do “ GRUPO COLIFORME ”, pôr existirem normalmente no organismo
humano e serem obrigatoriamente encontradas em águas poluídas pôr material fecal. Sua eliminação
através do material fecal é da ordem de 300 milhões pôr grama de fezes.
De acordo com o padrão de potabilidade ,a água só pode ter no máximo 1 coli/100 mL.
Ocasionalmente uma amostra pode apresentar até 3 COLI/100 mL, desde que isso não ocorra em
amostras consecutivas ou em mais de que 10% das amostras examinadas.
2.12 - FORMA DE COLETA DE AMOSTRA
Devido a impraticabilidade de análise de toda massa de água, destinada ao consumo humano,
colhem-se amostras representativas e , através de sua análise, conclui-se a qualidade da água.
A análise da água de um manancial ou de ponto da rede pública, dada a variação que é sujeita a
ocorrer, revela suas características apenas no momento em que foi colhida.
As amostras para exames físico-químicos comuns devem ser de 2 litros e colhidas em garrafas
limpas, preferencialmente de plástico e convenientemente arrolhadas. Após a coleta devem ser
imediatamente encaminhadas ao laboratório.
Veja a seguir o esquema de colheita de amostra para o exame bacteriológico.
fig. 2.2
7
8. Caso a coleta seja feita em torneira ou proveniente de bomba, recomenda-se deixar escoar,
cerca de 2 a 3 minutos para que a amostra seja representativa da água a ser analisada.
Quando o manancial for poço raso , recomenda-se retirar a amostra mergulhando o frasco com
a boca para baixo e não simplesmente retirar da superfície.
Para água de rio, retirar também abaixo da superfície com o gargalo em sentido contrário ao da
corrente.
Os frascos para exames bacteriológicos devem vir do laboratório já limpos, esterilizados e
convenientemente tampados.
Quando a amostra a ser colhida tratar-se de água clorada, além da esterilização, o frasco deve
conter em seu interior 2 mL de hiposulfito de sódio.
As amostras colhidas devem ser conservadas à temperatura de 6 a 10 ºC, para evitar a
proliferação de germes. O tempo entre a coleta e o exame, para água pouco poluída, recomenda-se em
torno de 6(seis) horas.
2.13 - NOMENCLATURA DA QUALIDADE DA ÁGUA
Usam-se vários termos para definir a qualidade da água :
2.13.1 - ÁGUA POTÁVEL - é a que atende aos padrões de potabilidade.
2.13.2 - ÁGUA SEGURA - é a que atende aos padrões de segurança.
2.13.3 - ÁGUA POLUÍDA - é a que apresenta alteração nas suas características.
2.13.4 - ÁGUA CONTAMINADA - é a que contém microrganismos patogênicos ou
contaminantes tóxicos.
2.13.5 - ÁGUA DESINFETADA - é a que pôr técnica apropriada foi tornada isenta de
organismos patogênicos.
2.13.6 - ÁGUA ESTERILIZADA - é a que pôr técnica apropriada foi tornada isenta de
organismos vivos.
2.13.7 - ÁGUA SUSPEITA - é a que pode estar poluída ou contaminada.
2.13.8 - ÁGUA TURVA - é a que possui partículas em suspensão.
2.13.9 - ÁGUA ÁCIDA - é a que possui teor acentuado de CO2, ácidos e certos sais
como sulfato de alumínio ou de ferro.
2.13.10 - ÁGUA ALCALINA - é a que possui quantidade elevada de bicarbonatos de
cálcio e magnésio, carbonatos ou hidróxidos de sódio, potássio, cálcio e magnésio.
2.13.11 - ÁGUA MINERAL - é a água subterrânea contendo quantidade acentuada de
substâncias em solução que lhe dão valor terapêutico, tais como: gás carbônico, bicarbonato de sódio,
gás sulfidrico, sulfatos solúveis, sais de ferro e sais neutros de magnésio, potássio e sódio, este
geralmente sob a forma de brometos, iodetos e sulfatos.
8
9. 2.13.12 - ÁGUA TERMAL - é a mineral que atinge a superfície com temperatura
elevada.
2.13.13 - ÁGUA RADIATIVA - é a água mineral ou termal possuidora de
radiatividade.
2.13.14 - ÁGUA SALGADA - é a água dos oceanos e mares com elevado teor de
cloreto de sódio.
2.13.15 - ÁGUA SALOBRA - é a água que possui dureza; Costuma-se dar essa
denominação também para as águas que contém teor elevado de cloreto de Sódio.
9
10. 3 - PRINCIPAIS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HIDRICA
A água pode afetar a saúde do homem através da ingestão direta, na preparação de alimento, no
uso da higiene pessoal, na agricultura, industria ou lazer.
As principais doenças que a água pode veicular são:
3.1 - DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUAS CONTAMINADAS POR
MICRORGANISMOS.
3.1.1 - FEBRE TIFÓIDE
Sintomas - infecção bacteriana generalizada ,caracterizando-se pôr febre contínua,
aparecimento de manchas róseas no abdômem, dor de cabeça, língua seca, constipação intestinal(prisão
de ventre), diarréia, etc. Obs : É uma doença intestinal.
Transmissão - o homem infectado elimina pelas fezes e urina as bactérias ,constituindo as
fontes de infecção. Os veículos usuais são: água contaminada, moscas, leite, alimentos, etc.
Profilaxia - tratamento da água de abastecimento. Disposição adequada dos dejetos humanos.
Fervura ou pasteurização do leite. Saneamento dos alimentos, especialmente os que se consomem crus.
Controle de moscas. Vacinação. Educação sanitária do público, etc.
3.1.2 - FEBRE PARATIFÓIDE
Sintomas - infecção bacteriana, que com freqüência começa subitamente com febre contínua,
manchas róseas no tronco e comumente diarréia.
Transmissão - análoga a febre tifóide.
Profilaxia - são as mesmas recomendadas para a Febre Tifóide.
Obs.: é uma moléstia do sangue e dos tecidos.
3.1.3 - HEPATITE INFECCIOSA
Sintomas - infecção aguda que se caracteriza pôr febre , náusea, mal estar, dores abdominais,
seguida de icterícia, perda de apetite, possibilidade de vômitos, fadiga, dor de cabeça, etc. É uma
moléstia do sangue e dos tecidos.
Transmissão - o homem que é o reservatório pode eliminar o vírus da hepatite através das fezes
e sangue. A transmissão ocorrerá ingerindo água, leite, alimentos, etc., contaminados. Também se
transmite pôr sangue, soro ou plasma proveniente de pessoas infectadas que no caso de haver tomado
injeção e a seringa não tendo sido bem lavada poderá contaminar uma outra pessoa sadia que pôr
ventura venha usar tal seringa com resíduo de sangue do indivíduo infectado.
Profilaxia - saneamento dos alimentos, disposição adequada dos dejetos humanos, higiene
pessoal, uso da água tratada, controle de mosca, etc. Prevenção quanto ao uso de seringas e agulhas não
convenientemente esterilizadas. No caso de transfusão de sangue tomar cuidado se o doador está
infectado.
3.1.4 - POLIOMIELITE ( PARALISIA INFANTIL)
10
11. Sintomas - doença que se caracteriza pelo aparecimento de febre, mal estar, dor de cabeça, etc.
e nos casos mais graves, verifica-se paralisia dos músculos voluntários, predominantemente dos
membros inferiores.
Transmissão - a pessoa infectada(reservatório) elimina o vírus pelas fezes(fonte de poluição). A
veiculação hídrica não é muito comum. A transmissão mais comum é pelo contágio direto e pelas
gotículas do muco e saliva expelidas pelas pessoas infectadas.
Profilaxia - saneamento do meio ambiente. Imunização. Precaução no controle de pacientes,
comunicantes e do meio ambiente imediato, etc.
3.1.5 - CÓLERA
Sintomas - infecção bacteriana intestinal aguda que se caracteriza pôr inicio súbito de vômito,
diarréia aquosa com aspecto de água de arroz, desidratação rápida, cianose(coloração azul da pele ),
colapso, coma e morte.
Transmissão - o indivíduo infectado(reservatório) elimina pelas fezes ou vômitos as bactérias”
VIBRIÃO COLÉRICO”, são transportados para o elemento sadio através dos veículos comuns : água
contaminada, alimentos crus, moscas, etc.
Profilaxia - educação sanitária do público. Vacinação, Disposição adequada dos dejetos
humanos. Proteção e tratamento da água de abastecimento. Saneamento dos alimentos. Fervura ou
pasteurização do leite, etc.
3.1.6 - ESQUISTOSSOMOSE ( via cutâneo - mucosa)
Sintomas - doença causada pôr verme(helmintos) que na sua fase adulta, vivem no sistema
venoso do hospedeiro. Ocasiona manifestação intestinal ou do aparelho urinário. Diarréia. Dermatose.
Cirrose do fígado. Distúrbios no baço, etc.
Transmissão - o homem é o principal reservatório, podendo ser também o macaco, o cavalo, os
ratos silvestres, etc. A fonte de infecção é a água contaminada com larvas(cercarias), procedentes de
certos gêneros de caramujos que são hospedeiros intermediários. Os ovos eliminados nas fezes e urina,
chegando a água incorporam-se ao caramujo que após vários dias liberam em forma de cercarias as
quais penetram através da pele do indivíduo que entrar em contato com a água.
Profilaxia - tratamento da água de abastecimento. Disposição adequada dos dejetos humanos.
Controle de animais infectados. Fornecimento de vestuário protetor: botas e luvas para os
trabalhadores. Educação sanitária das populações das zonas endêmicas.
3.1.7 - LEPTOSPIROSE
Agente - Leptospira, bactéria contida na urina de ratos infectados que pode ser transportada
pela água contaminada e pelo lixo. É uma doença que ataca o fígado, baço e causa hemorragia.
3.2 - DOENÇAS CAUSADAS POR TEORES INADEQUADOS DE CERTAS
SUBSTÂNCIAS
3.2.1 - CÁRIE DENTÁRIA
Agente - teor inadequado de flúor na água (teor abaixo de 0,6 mg/L );
Profilaxia - adicionar flúor em dosagem da ordem de 1,0 mg/L.
3.2.2 - FLUOROSE DENTÁRIA
Agente - teor inadequado de flúor acima de 1,5 mg/L que causa escurecimento dos dentes;
11
12. Profilaxia - eliminar o flúor em excesso ou trocar de manancial.
3.2.3 - BÓCIO
Agente - carência de iodo nas águas e nos alimentos;
Profilaxia - adição de iodo a água ou a algum alimento ( pôr ingestão do sal).Trocar de
manancial. As quotas diárias exigidas pelo organismo humano, para conferir imunidade ao bócio
variam de 10 a 300 mg/dia.
3.2.4 - SATURNISMO
Agente - teor inadequado de chumbo ( deve ser inferior a 0,1 mg/L ). É causado pelo ataque de
água agressiva ( com CO2 ) as canalizações de chumbo;
Sintomas Gerais - envenenamento ( efeito cumulativo );
Profilaxia - controlar a agressividade da água. Evitar o uso de tubulação de chumbo ou de
plásticos a base de chumbo.
3.3- TABELA CONTENDO AS PRINCIPAIS DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
DOENÇA AGENTE CAUSADOR FORMA DE TRANSMISSÃO
Cólera Vibrião Colérico Via Oral
Disenteria bacilar Bactéria Shigella Via Oral
Febre Tifóide Bactéria Salmonella Typhi Via Oral
Febre Paratifóide Bactéria Salmonella Paratyphoide Via Oral
Diarréia Infantil Bactérias Intestinais Via Oral
Poliomielite Vírus Via Oral
Hepatite Infecciosa Vírus Via Oral
Ancilostomiase Ancylostoma(helmintos) Via Cutânea
Leptospirose Leptospira icterohaemorrahagiae
através de pequenas feridas
na pele ou nas membranas,
mucosas, nariz e boca
Esquistossomose Schistosoma Mansoni(verme) Via Cutânea
12
13. 4 - UNIDADES CONSTITUTIVAS DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA
4.1 - MANANCIAL - É a fonte de onde a água é retirada para o abastecimento.
4.1.1 - MANANCIAIS DISPONÍVEIS PARA ABASTECIMENTO
-Água de chuva - geralmente armazenada em cisterna
-Água do subsolo - lençol freático, artesiano e fontes
-Água de superfície - rios, lagos, represas, etc.
4.2 - CAPTAÇÃO - É a parte do sistema de abastecimento, pôr meio da qual a água é recolhida
do manancial. Existem dois tipos de captação, superficial e subterrânea, utilizada de acordo com o
manancial explorado.
4.3 - ADUÇÃO - É a canalização que transporta a água da fonte de abastecimento ao sistema
de distribuição.
4.3.1 - CLASSIFICAÇÃO - Existem duas classes de adutoras : condutos forçados, nos
quais corre sob pressão e condutos pôr gravidade, ou canais abertos, onde a água escoa pela ação da
gravidade.
4.4 - ELEVAÇÃO - A elevação torna-se necessária quando :
- a altura da fonte de suprimentos de água é tal que ela não poderá escoar pôr gravidade para os
encanamentos;
- a pressão nas linhas distribuidoras deve ser aumentada;
- a água precisa ser elevada de um nível a outro.
4.5 - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO - É a unidade onde se processa o tratamento da água
objetivando torná-la própria para consumo humano. Os tipos de estação de tratamento adotados são em
função das características da água.
4.6 - RESERVAÇÃO - É a unidade que permite armazenar a água para atender as variações de
consumo e as demandas de emergência da cidade.
4.7 - TIPOS DE RESERVATÓRIOS
- Elevado
- Apoiado
- Semi - enterrado
- Enterrado
13
14. 4.8 - DISTRIBUIÇÃO - Rede de distribuição representa o conjunto de tubulações e peças
especiais, destinadas a conduzir a água até os pontos de tomada das instalações prediais.
As tubulações distribuem água em marcha e se dispõem formando uma rede.
A rede é construída para distribuir água potável; Para isto são exigidos certos requisitos:
- Pressão : a rede dever ser operada em condições de pressão adequada;
- Disponibilidade de água : deve-se supor uma continuidade no abastecimento.
ESQUEMA GERAL DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO
Fig.4.1
LEGENDA
a - manancial ( represa )
b - Captação
c - Adução
d - Elevação
e - Estação de Tratamento
f - Reservatório
g - Rede de Distribuição
14
15. 5 - TIPOS DE MANANCIAIS
5.1 - SUPERFICIAIS - Constituídos essencialmente pôr rios, lagos naturais ou artificiais,
reservatórios de acumulação, etc.
5.2 - SUBTERRÂNEOS - Na camada subterrânea existem dois aqüíferos : o freático e o
artesiano.
- No lençol freático a água se encontra sobre a primeira camada impermeável e fica sob a
pressão atmosférica.
- Com relação ao lençol artesiano a água situa-se entre duas camadas impermeáveis submetidas
a uma pressão maior que a atmosférica. Então os poços que atingem o lençol freático são chamados
poços rasos e os que atingem o lençol artesiano são denominados de poços profundos ou artesianos.
Veja a seguir esquema ilustrando os dois tipos de aquífero.
Fig. 5.1
15
16. 6 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS SEGUNDO O USO PREPONDERANTE
Na classificação a seguir foi baseada apenas no aspecto bacteriológico.
6.1 - CLASSE ESPECIAL - Águas destinadas ao abastecimento doméstico, sem tratamento
prévio, ou com simples desinfecção.
6.2 - CLASSE I - Águas destinadas ao abastecimento doméstico após filtração e desinfecção, à
irrigação de hortaliças e a natação.
6.3 - CLASSE II - Águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento
convencional, dessedentação de animais, à preservação da flora e fauna:
- Limite para 80% das amostras mensais;
- N.M.P. coliformes totais/100 mL = 5.000;
- N.M.P. coliformes fecais/100 mL = 1.000.
6.4 - CLASSE III - Águas destinadas ao abastecimento doméstico após tratamento especifico,
à irrigação e à harmonia paisagística e à navegação:
- Limite para 80% das amostras mensais;
- N.M.P. coliformes totais/100 mL = 10.000;
- N.M.P. coliformes fecais/100 mL = 2.000.
6.5 - CLASSE IV - Águas destinadas ao afastamento de despejos:
- Limite para 80% das amostras mensais;
- N.M.P. coliformes totais/100 mL = 20.000;
- N.M.P. coliformes fecais/100 mL = 5.000.
7 - PROCESSOS DE TRATAMENTO EMPREGADOS NA ÁGUA PARA FINS DE
ABASTECIMENTO
7.1 - AERAÇÃO
16
17. 7.1.1 - CONCEITO : É um processo de tratamento que consiste em provocar a troca de
gases e substâncias voláteis, dissolvidas na água, pelo ar, de modo que haja um equilíbrio dessas
impurezas.
7.1.2 - APLICAÇÃO : A aeração recomenda-se para águas que apresentam carência ou
excesso de gases intercambiáveis, bem como para as que contém CO2 em excesso, ferro dissolvido
(facilmente oxidável), manganês e substâncias voláteis aromáticas de origem vegetal, acumuladas em
represas e em processo de fermentação.
7.1.3 - TIPOS DE AERADORES
- Cascata
Fig. 7.1
- Bandeja
Fig. 7.2
- Ar Difuso
Fig. 7.3
- Aspersão
17
18. Fig. 7.4
7.2 - COAGULAÇÃO - Tem pôr finalidade transformar as impurezas finais que se encontram
em suspensão, em estado coloidal, e algumas que se encontram dissolvidas, em partículas que possam
ser removidas pela decantação e filtração. Para isto adiciona-se a água bruta uma substância química
especial, denominada coagulante que reagindo com a alcalinidade da água, forma, dentre outros ,
produto insolúvel destinado a remover as impurezas responsáveis pela Côr, Turbidez, bem como
bactérias, vírus e outros elementos considerados indesejáveis.
Esses aglomerados gelatinosos pôr sua vez se reúnem formando flocos.
A coagulação pode ser considerada como uma neutralização entre partículas de cargas negativas.
Seu objetivo é promover a clarificação da água que se completa através da câmara de mistura
rápida, da câmara de floculação e do decantador, conforme figura a seguir.
Planta de unidades de coagulação, floculação, decantação e mistura rápida
Fig. 7.5
A unidade de mistura rápida é destinada a criar condições para que, em poucos segundos, o
coagulante seja uniformemente distribuído pôr toda a massa de água.
18
19. 7.2.1 - PRINCIPAIS TIPOS DE UNIDADE UTILIZADAS COMO CÂMARAS DE
MISTURA RÁPIDA
- Não Mecanizadas
- Calha Parshall;
Fig. 7.6
- Vertedouro Retangular;
Fig. 7.7
- Vertedouro Triangular.
Fig. 7.8
- Mecanizadas
Fig. 7.9
Na câmara de mistura rápida a dispersão do coagulante na água é em função do seu grau de
turbulência. O parâmetro usado é o gradiente de velocidade com valor na faixa de 700 a 2.000 s-1
,
geralmente em torno de 1.500 s-1
e é representado pela letra G ( Gê ).
7.2.1.1 - GRADIENTE DE VELOCIDADE - O gradiente de velocidade G é
dado pelo quociente entre a diferença de velocidade de duas partículas P1 e P2, pela distância entre si (
dy ), segundo uma perpendicular à direção do escoamento do liquido, veja figura a seguir:
19
20. Fig. 7.10
G
dV
dy
V V
y y
=
−
−
=1 2
1 2
(Equação 7.1)
O gradiente pode ser expresso em (m/s)/m ou s-1
A diferença de velocidade de duas partículas na água pode ser causada pela introdução no meio
de um dispositivo mecânico. Caso isto ocorra o valor do gradiente é definido pela fórmula :
G
P
=
μ
( 6. 2. 2 ) (Equação 7.2)
onde :
P = Potência introduzida no liquido pôr unidade de volume;
μ = Viscosidade absoluta do liquido ( Kgfs/m2
).
Entretanto, P pode ser determinado pela fórmula :
P
N t
V
=
⋅ ⋅ ⋅
⋅
2
60
π
(Equação 7.3)
Onde :
N = a velocidade do rotor em r.p.m. ( medida pelo instrumento tâcometro);
t = torque ( medida pôr torcômetro);
V = volume do líquido.
fazendo a substituição na equação 7.2 de P expresso na equação 7.3. temos :
G
N t
V
=
⋅ ⋅ ⋅
⋅ ⋅
2
60
π
μ
(Equação 7.4)
20
21. 7.2.2 - QUANTIDADE DE COAGULANTE A SER APLICADO NO
TRATAMENTO
A dosagem ideal do coagulante e dos auxiliares eventuais da coagulação deve ser definida em
laboratório, objetivando melhor eficiência e economia.
Para isto faz-se uso do JAR-TEST ( Teste do Jarro ) como mostra a seguir:
Fig. 7.11
O aparelho em questão dispõe geralmente de 05 ou 06 jarros iguais, construídos em vidro ou
acrílico, com capacidade cada de 1 ou 2 litros. Quando se faz o teste, coloca-se em cada um a mesma
quantidade de água a ser tratada, submetendo a mesma velocidade de rotação, através de motor
elétrico.
No teste, cada copo simula a estação de tratamento, utilizando dosagens diferentes que são
aplicadas simultaneamente. Após a conclusão do teste, ou seja coagulação(mistura rápida), floculação e
decantação, o jarro que apresentar melhor resultado, a custa de menor quantidade de reagentes, é o que
deve ser tomado como parâmetro para projeto e operação mais eficiente da estação.
7.2.3- TIPOS DE COAGULANTES EMPREGADOS
Em certos casos há necessidade de se adicionar substâncias à água para que se consiga uma
purificação conveniente. Os produtos mais empregados com esta finalidade são :
- Sais de Alumínio e Ferro: sulfato de alumínio, sulfato ferroso, sulfato clorado, sulfato férrico,
etc.
- Álcalis Para Promover e Manter a Alacalinidade: -Cal virgem (CaO);
- Cal hidratada {(Ca (OH)2 ) };
- Barrilha ( Na2CO3), etc.
Para um produto ser empregado como coagulante é necessário que reaja com álcalis produzindo
precipitados floculentos. O motivo do largo emprego de sulfato de alumínio, prende-se ao fato de ter
custo baixo e ser produzido em várias regiões do Brasil e também ser fácil de transportar e de manejar.
21
22. Abaixo apresentamos uma TABELA que mostra diversos coagulantes e as faixas de pH em que
geralmente se obtém as condições ótimas de tratamento.
C O A G U L A N T E S F A I X A DE pH
Sulfato de alumínio 5,0 À 8,0
Sulfato Ferroso 8,5 À 11,0
Sulfato Férrico 5,0 À 11,0
Cloreto Férrico 5,0 À 11,0
Sulfato Ferroso Clorado ACIMA DE 4,0
Aluminato de Sódio e Sulfato de Alumínio 6,0 À 8,5
A L C A L I N I Z A N T E S FÓRMULA QUIMICA
Cal Virgem CaO
Cal Hidratada Ca(OH)2
Carbonato de Sódio (Barrilha) Na2CO3
Normalmente são empregados para conferir alcalinidade a água para promover uma boa
floculação ou para correção de pH.
7.2.4 - PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DE COAGULANTES E
ALCALINIZANTES
A preparação da solução do coagulante na tina faz-se da seguinte maneira: dissolve-se a
quantidade que fôr recomendada do coagulante, sob constante agitação, e determina-se a sua
concentração.
Exemplo : suponhamos que :
V = 5m3
( volume da tina )
100 Kg = coagulante dissolvido ( sulfato de alumínio )
para expressar a concentração em g/m3
c
coagulante g
m
g
m
g m
g
L
= = =
( )
( )
.
. /
volumedatina 3 3
3
100 000
5
20 000
20
=
Se determinarmos, mediante ensaio de coagulação, a quantidade de coagulante necessário para
uma boa floculação na água a ser tratada, devemos calcular a vazão da solução de coagulante preparada
na tina para adicionarmos a água.
Admitamos que no ensaio de coagulação a dosagem ótima foi de 30 mg/L e a vazão da água
bruta é de 60 m3
/hora.
22
23. CÁLCULO DA VAZÃO DA SOLUÇÃO DE SULFATO A SER APLICADA
DADOS:
C
g
m L
= =
20 000
3
. 20g
- concentração de sulfato na tina
d
mg
m m
= =
30
3
30g
3 - dosagem ótima encontrada
Q
h
=
3
60m
- vazão da água a ser tratada
q =? - Vazão da solução do coagulante a ser adicionada na água
q
d Q
C
g
m
m
h
g
L
q
h
=
×
=
×
∴ =
30 60
20
3
3
90L
OBS : Para determinar a concentração do alcalinizante o processo é análogo.
7.2.5 - EFEITOS QUE CAUSAM NA ÁGUA
O sulfato de alumínio em virtude de ser um sal derivado de um ácido forte é corrosivo e de
caráter ácido. Torna a água mais ácida ( baixa o pH ) e pôr isso a Tina de preparação da solução deve
ser revestida de material resistente a corrosão. A cal como é basica eleva o pH da água tornando-a mais
alcalina.
7.2.6 - FATORES QUE INFLUEM NA COAGULAÇÃO
- Espécie de coagulante, quantidade de coagulante : a quantidade de coagulante está relacionada
com a turbidez e cor a serem removidas e ao teor bacteriológico.
Teor e tipo de cor e turbidez
- Outras características químicas da água: alcalinidade natural, teor de ferro, matéria orgânica,
etc;
- Concentração hidrogeniônica da água ( pH ): sempre há um pH ótimo de floculação que se
determina experimentalmente.
Tempo de misturas rápida e lenta
Temperatura : a coagulação é melhor em temperaturas mais elevadas. Em temperaturas mais
baixas espera-se maior consumo de coagulante.
Agitação : se a velocidade de agitação for pequena, a formação de flocos diminui, o que
dificulta a decantação.
23
24. Presença de núcleos : os coadjuvantes ( aditivos de floculação ) são substâncias capazes de
promover núcleos mais densos para flocos mais pesados.
Dosagem ótima de coagulante : é a menor dosagem de coagulante para se obter o melhor
resultado, quanto à qualidade da água a ser tratada. A dosagem requerida para o tratamento de uma
água é feita experimentalmente em laboratório. Esta experiência será rapidamente concluída se antes
tivermos conhecimento da :
. Temperatura da água a se ensaiar;
. pH;
. cor;
. O2 consumido.
Existe uma tabela que relaciona a dosagem de sulfato de alumínio com a turbidez da água bruta,
dando já uma idéia.
Sabemos que cada 1 mg de sulfato de alumínio requer 0,45 mg de alcalinidade de água. Para
sabermos se a água tem alcalinidade suficiente, efetuamos as seguintes determinações: turbidez da
água bruta e, mediante a tabela turbidez X dosagem, tomamos o valor máximo da dosagem de sulfato
de alumínio correspondente. A dosagem máxima de sulfato multiplicada pôr 0,45 mg/L, dá a
alcalinidade requerida para a completa reação do coagulante.
7.2.7 - PRODUTOS AUXILIARES DA COAGULAÇÃO
Em caso de necessidade, além da cal e do carbonato de sódio, pode-se utilizar outros auxiliares
dependendo das características da água a tratar e do coagulante utilizado.
Os principais são:
a) Carvão ativado - Apresentando-se na forma de pó, tem grande poder de adsorção. Em vista disto, é
utilizado no tratamento da água para remover gosto e odor produzidos por matéria orgânica;
b) Betonita - Pode ser aplicada misturada com o sulfato de alumínio para melhorar a coagulação, em
águas com teores baixos de cor e turbidez (principalmente). Em razão do seu poder absorvente, tem
eficácia na remoção do gosto e odor resultantes de matéria orgânica;
c) Ácido Sulfúrico - O ácido Sulfúrico que tem múltiplas aplicações pode ser empregado como auxiliar
da coagulação de águas de cor e pH acentuadamente elevados;
d) Sílica Ativada - Quando adicionada ao sulfato de alumínio ou sulfato ferroso, devido sua elevada
carga negativa, promove a formação de flocos maiores, mais densos e resistentes, o que aumenta a
eficiência da coagulação, principalmente para a remoção de dureza, desde que utilize o sulfato de
alumínio;
24
25. e) Polieletrólitos - São polímeros de cadeia molecular grande que uma vez lançados na água,
apresentam cargas distribuídas ao longo desta cadeia. Quando as cargas são positivas o polieletrólito é
denominado de catiônico, quando negativas aniônico e quando não iônico é neutro. O polieletrólito
usado com coagulantes metálicos comuns permite a redução da dosagem desses coagulantes, com o
aumento da densidade e do tamanho dos flocos, o que implica em economia.
7.3 - FLOCULAÇÃO (MISTURA LENTA)
É um tipo de processo que permite que partículas instáveis sob o ponto de vista eletrostático, no
meio da massa líquida, sejam forçadas a se movimentar, para que possam ser atraídas entre si formando
flocos que, com a manutenção da agitação, tendem a aglutinar-se uns aos outros, tornando-se grandes e
pesados, para em seguida serem sedimentados nas unidades de decantação.
As câmaras de floculação são dimensionadas em função do gradiente de velocidade G e do
período de detenção T , isto através de ensaios de floculação (jar-test), efetuados em laboratório. O
tempo de detenção varia em torno de 20 a 40 minutos e os gradientes de 90 a 20 s -1
.
7.3.1 - TIPOS DE FLOCULADORES
a) Hidráulico em câmaras com chicanas de fluxo vertical e horizontal, conforme ilustram as figuras
a seguir:
Fig. 7.12
chicanas de fluxo vertical
25
26. Fig. 7.13
chicanas de fluxo horizontal
b) Mecânico - são construídos em câmaras nos tipo com eixos vertical e horizontal, com paletas, e do
tipo turbina com fluxo axial.
Veja ilustração das figuras a seguir:
EIXO VERTICAL EIXO HORIZONTAL
fig. 7.13 Fig. 7.14
26
27. TURBINA DE FLUXO AXIAL
Fig. 7.15
As câmaras mecanizadas dispõem de dispositivos que permitem ajustar a velocidade de acordo
com o gradiente desejado. A velocidade das pás ou palhetas gira em torno de 1 a 8 rotações por minuto.
7.4 - DECANTAÇÃO OU SEDIMENTAÇÃO - a decantação é uma operação onde ocorre a
deposição de matérias em suspensão pela ação da gravidade. É uma preparação da água para filtração.
Quanto melhor a decantação, melhor será a filtração.
- Tempo de Detenção: o tempo que a água permanece no decantador é denominado tempo de
detenção.
temos: T
C
Q
=
Onde: T = tempo de detenção (h)
C = capacidade do decantador (m3
)
Q = vazão (m3
/h)
De acordo com a expansão acima, o tempo detenção corresponde ao necessário para encher o
decantador com a vazão Q.
Na seção de montante, a distribuição de partículas é uniforme e de diversos tamanhos.
As partículas suspensas descem com velocidade constante, sem interferência mútuas, mantendo
inalteradas sua forma, peso e tamanho, numa água que apresenta temperatura uniforme e invariável.
Cada partícula que atinge o fundo é automaticamente eliminada, ou seja, fica em repouso.
27
28. Veja ilustração em seção longitudinal de decantação, abaixo,
Fig. 7.16
temos:
L = comprimento do decantador
H = altura
V = velocidade horizontal da água
V1 = velocidade de decantação da menor partícula que se deseja remover.
A partícula na posição a está na condição mais desfavorável para decantação. Para que isto ocorra é
necessário que sua trajetória seja af. Caso isto aconteça, estando definidos L e H, o período de detenção
deve igualar a
L
V
H
V
=
1
Para as partículas com velocidade de decantação igual ou maior tem chance de ser eliminada,
atingido o fundo antes da extremidade f.
Os pontos a e b, com partículas com velocidade V1 menor que V, são desfavoráveis para
eliminação. Para o ponto a, por exemplo, sua trajetória seria ae, o que não atingiria o fundo, que para
isso teria que percorrer a trajetória af.
As partículas elimináveis com velocidade V1 e V atendem à proporção:
bc
ac V
V= 1
- devido à semelhança de triângulos.
7.4.1 -TIPOS DE DECANTADORES: retangulares (os mais comuns), circulares,
trapezoidais, de placas paralelas; estes dois últimos são mais modernos e de menores
dimensões.
28
29. Fig. 7.17
Corte longitudinal de um decantador convencional
7.4.2 - MECANISMO DA DECANTAÇÃO - uma partícula está submetida a duas
forças:
horizontal - devido ao movimento da água no decantador;
vertical - devido à ação da gravidade.
Como existem espaços mortos, curto - circuitos, etc; o período de escoamento é sempre inferior
ao teórico.
7.4.3 - ZONAS DO DECANTADOR
- Zona de turbilhonamento - é a parte de entrada da água onde as partículas estão em
turbilhonamento.
- Zona de decantação - é a zona onde não há agitação e as partículas avançam e descem
lentamente, caminhando para a zona de repouso.
- Zona de ascenção - é a zona onde os flocos que não alcançaram a zona de repouso seguem o
movimento ascensional da água e aumentam a velocidade tornando - se máxima na passagem pelo
vertedor.
- Zona de repouso - é onde se acumula o lodo. Nesta zona não há influência da corrente de água
do decantador, a não ser que haja inversão das camadas de água pela brusca mudança de temperatura;
fermentação do lodo, etc.
7.4.4 - LAVAGEM DO DECANTADOR - o lodo que se acumula na zona de repouso,
quando atinge outras zonas, começa a corrente de água ascendente arrastar os flocos indicando com
isso que o decantador deve ser lavado. Pode acontecer que antes de atingir tal situação o lodo no
interior comece a fermentar ocasionando desprendimento de gases que provocam cheiro e gosto
desagradáveis no efluente da estação. Portanto deve-se lavar um decantador quando: a camada de lodo
se torna espessa ou quando se inicia a fermentação.
29
30. O primeiro caso só se verifica quando há grande produção de lodo. O segundo caso ocorre
quando há pouco lodo e a fermentação se inicia antes do lodo atingir a altura que impede a decantação
normal dos flocos. O inicio da fermentação é notado através do aparecimento de pequenas bolhas de
gás na zona de turbilhonamento.
Além da produção de gosto e odor desagradáveis na água efluente, haverá levantamento de
grandes placas de lodo na zona de decantação (jacaré).
7.4.5 - DECANTADORES CONVENCIONAIS
Condições para funcionamento normal:
- Tempo de detenção = 2 à 4 horas;
- Velocidade da água = em torno de 0,5 cm/s;
- Taxa de escoamento = 5 à 80 m3
/m2
dia em função do tipo de partícula a remover;
- Profundidade = 3,6 à 6,0 m para decantadores de escoamento horizontal;
- Relação comprimento(L) Largura(B) = L=2,5 B (para melhor funcionamento o comprimento
deve ser longo para evitar correntes transversais);
- Dispositivo de entrada = normalmente utiliza-se cortina para que o fluxo horizontal seja
o mais uniforme possível. Veja figura 7.18 a seguir,
Fig. 7.18
- Dispositivo de saída = é comum usar canaletas ou vertedores no extremo de jusante dos
decantadores, principalmente nos retangulares. Veja um exemplo na figura 7.19 a seguir,
Fig. 7.19
30
31. - A vazão por metro linear no vertedor da canaleta recomenda-se na faixa de 2 à 7 l/s.
7.4.6 - DECANTADORES DE MÓDULOS TUBULARES OU DE PLACAS
PARALELAS
São decantadores de taxa acelerada, consequentemente de tempo de detenção reduzido.
As taxas em função da área coberta pelos módulos estão compreendidas entre 180 e 240 m3
/m2
dia. Isto
corresponde a cerca de 5 vezes as taxas adotadas em decantadores convencionais.
7.4.7 - MÓDULOS TUBULARES BRASILEIROS
O módulo formado por duto de PVC de 4,9 x 8,8 cm, com paredes em torno de 1mm de
espessura, pesa cerca de 28 kg por m2
.
A cor preta adotada foi pelo fato de ser mais desfavorável ao desenvolvimento de
microorganismos.
O ângulo de inclinação dos tubos deve ser mantido entre 55 e 600
.
Os comprimentos dos tubos adotados, devem ser na faixa de 0,60 a 1,20m, em módulos com
alturas de 0,53 a 1,06m.
Tratando-se de placas a inclinação adotada é a mesma (600
) e o espaçamento entre elas varia de
5 a 6 cm, com comprimento obedecendo o mesmo critério adotado para os módulos.
Veja figura:
Fig. 7.20
7.5 - FILTRAÇÃO
A filtração da água consiste em fazê-la passar através de substâncias porosas capazes de reter
ou remover algumas de suas impurezas. Como meio poroso, emprega-se em geral a areia sustentada
por camadas de seixos, sob as quais existe um sistema de drenos.
31
32. 7.5.1 - CLASSIFICAÇÃO DOS FILTROS
7.5.1.1 - DE ACORDO COM A TAXA DE VELOCIDADE DE
FILTRAÇÃO:
- filtros lentos: funcionam com taxa média de 0,4 m3
/m2
/dia;
- filtros rápidos: funcionam com taxa média de 120 m3
/m2
/dia.
7.5.1.2 - QUANTO A PRESSÃO, OS FILTROS RÁPIDOS PODEM SER
DE DOIS TIPOS:
- De pressão: fechados, metálicos, nos quais a água a ser filtrada é aplicada sobre pressão
(usados em piscinas, indústrias e companhias de saneamento).
- De gravidade: os mais comuns.
7.5.1.3 - QUANTO AO SENTIDO DO FLUXO:
- Descendentes: os mais comuns;
- Ascendentes: os clarificadores de contato.
7.5.2 - DEFINIÇÕES
Areia: Grãos constituídos essencialmente de quartzo resultantes da desagregação ou da
decomposição das rochas em torno de 99% de sílica.
Tamanho Efetivo: Abertura da malha, em mm, da peneira que deixa passar 10% em peso de
uma amostra, representativa de areia. Este valor é obtido graficamente.
Coeficiente de Uniformidade: Relação entre abertura da malha da peneira, em mm, através da
qual passa 60% em peso, de uma amostra representativa de areia, e o tamanho efetivo da mesma
amostra. A abertura da malha que deixa passar 60% da amostra, é obtida graficamente.
C U
A
A
. =
60%
10%
32
33. 7.5.3 - ESPECIFICAÇÕES DOS MATERIAIS FILTRANTES
7.5.3.1 - FILTRO LENTO:
- camada suporte (seixo rolado - quartzo);
- composição granulométrica de baixo para cima.
DIÂMETRO (mm) ESPESSURA DAS CAMADAS
63,50 à 31,70 15 cm
31,70 à 19,10 10 cm
19,10 à 12,70 9 cm
12,70 à 6,35 8 cm
6,35 à 2,00 8 cm
Total 50 cm
CAMADA DE AREIA
DIÂMETRO (mm) ESPESSURA DAS CAMADAS
Espessura da camada 1,00 m
Diâmetro Efetivo, Def 0,30 mm
Coeficiente de Desuniformidade, Ddu 2,50
Diâmetro de maior grão 1,41 mm
Diâmetro de menor grão 0,149 mm
D10 0,30 mm
D60 0,75 mm
7.5.3.2 - FILTRO RÁPIDO DE GRAVIDADE
AREIA SELECIONADA
Diâmetro Efetivo, Def 0,50 mm
Coeficiente de Desuniformidade, Ddu 1,45
Diâmetro de maior grão 1,68 mm
Diâmetro de menor grão 0,42 mm
CAMADAS DE PEDREGULHO(SUB-CAMADAS)
33
34. DIÂMETRO (mm) ESPESSURA
1” - 2” 23 cm
1/2” - 1” 10 cm
1/4” - 1/2” 10 cm
1/8” - 1/4” 10 cm
Total 53 cm
7.5.3.3 - FILTRO DE FLUXO ASCENDENTE
CAMADA DE AREIA
DIÂMETRO (mm) ESPESSURA DAS CAMADAS
Espessura da camada 1,80 m
Diâmetro Efetivo, Def 0,75 mm
Coeficiente de Desuniformidade, Ddu 1,60
Diâmetro de maior grão 1,680 mm
Diâmetro de menor grão 0,590 mm
D10 0,75 mm
D60 1,20 mm
Camada Suporte (Seixo Rolado)
Composição Granulométrica de baixo para cima
DIÂMETRO (mm) ESPESSURA DAS SUBCAMADAS
63,50 à 31,70 15 cm
31,70 à 19,10 10 cm
19,10 à 12,70 9 cm
12,70 à 6,35 8 cm
6,35 à 2,00 8 cm
Total 50 cm
7.5.4 - CONDIÇÕES ESPECIFICAS DE AREIA PARA LEITO FILTRANTE
- A solubilidade em ácido não deve exceder de 5% e a perda ao fogo ser menor que 0,7%.
- O tamanho efetivo e o coeficiente de uniformidade devem atender aos valores especificados
pelo comprador.
7.5.5 - OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS DIVERSOS TIPOS DE FILTROS
34
35. 7.5.5.1 - FILTRO RÁPIDO DE GRAVIDADE CONVENCIONAL
Funcionamento:
A água procedente do decantador, alimenta o filtro, através de canal ou tubulações,
armazenando-se no reservatório, conforme ilustra esquema a seguir.
Durante a filtração a água vai se processando a velocidade constante, por intermédio de um
controlador de vazão, consequentemente a areia vai se colmatando aos poucos, em decorrência da
detenção das partículas em suspensão (flocos), carreadas para o filtro. Ao mesmo tempo a perda de
carga vai aumentando até atingir um valor limite o qual não deve ser ultrapassado.
Esquema de um filtro rápido convencional
Fig. 7.21
Limpeza:
Quando a perda de carga atinge o limite, geralmente em torno de 2,5 m.c.a, recomenda-se a
lavagem através da inversão de corrente. Para isto, fecha-se os registros de entrada e saída, após o nível
da água ficar a uns 10 cm acima do leito filtrante e em seguida abre-se o registro 3 (esgoto) e logo
após, de forma gradativa, o de no
4 que recebe água do reservatório de lavagem. Essa abertura deve ser
lenta e gradual para expulsão do ar sem danificar o sistema de drenagem do filtro.
A vazão de lavagem é cerca de 8 vezes maior que a de filtração. A água quando começa cair na
canaleta apresenta-se bastante turva, e após 5 a 7 minutos começa-se a clarear indicando que a areia
está limpa, oportunidade em que são fechados os registros 3 e 4 e abertos os de no
1 e 5, sendo que este
35
36. último só quando a água atingir o nível de filtração (N.A. máx). O registro 5 só deverá ficar aberto o
tempo suficiente para expurgar a primeira parcela d’água filtrada, tempo esse de alguns minuto, em
seguida é fechado e aberto o no
2 para reiniciar a filtração.
O controlador de vazão, devido a problema de custo e de ordem operacional está havendo uma
forte tendência de substituição dos filtros com esse dispositivo por unidades de filtração com taxa
declinante.
7.5.5.2 - FILTROS DE PRESSÃO
Os filtros de pressão tem muita coisa em comum em relação aos filtros de gravidade. Diferem
apenas por serem fechados, confeccionados em metal, de forma cilíndrica, e operarem sob pressão. Sua
pressão varia de 10 à 50m e a perda de carga máxima é da ordem de 7 metros.
Figura de um filtro de pressão
Fig. 7.22
Quanto aos princípios de funcionamento e lavagem são análogos aos dos filtros rápidos
convencionais.
7.5.5.3 - FILTRAÇÃO RÁPIDA COM TAXA DECLINANTE
Os filtros que compõem uma bateria, o nível d’água é o mesmo em um determinado instante,
embora variando entre um máximo e um mínimo, sendo esse máximo garantido pelo nível d’água da
saída do decantador e o mínimo pela soleira do vertedor situado no reservatório de água filtrada.
Característica do Sistema
36
37. Nesse tipo de sistema, caracteriza-se por existir um conduto comum de água decantada não
existindo controlador de vazão na entrada de cada filtro. Esse conduto ou canal deverá ser de secção
suficientemente grande para servir aos filtros com suas vazões variáveis e com pequena perda de carga.
O vertedor situado no interior do reservatório de água filtrada, destina-se principalmente a
impedir a ocorrência de carga negativa no leito de areia.
O funcionamento de um filtro, após a lavagem, caracteriza-se por apresentar seu nível na
posição mais baixa, por sinal no mesmo dos demais.
Nesse momento a maior taxa de filtração, na bateria, ocorre exatamente nesse mesmo filtro e a
menor no próximo a ser lavado.
Filtração com taxa declinante
Fig. 7.23
7.5.5.4 - FILTRAÇÃO COM LEITO DUPLO
A areia usada em filtro rápido tem granulometria com tamanho efetivo entre 0,45 à 0,55mm e
coeficiente de uniformidade de 1,3 à 1,7 de onde se conclui que seus grãos são de tamanhos diferentes.
Na lavagem, após a expansão da areia, há uma tendência das partículas menores ficarem em
cima, devido a problema de peso.
Devido a isto, na filtração, apenas os primeiros centímetros da areia retém as impurezas
(flocos). Caso fosse o inverso, apenas as impurezas diminutas ficariam retidas na areia fina, camadas
inferiores, o que sem dúvida traria uma ação mais efetiva em toda sua espessura e não apenas nas
primeiras camadas.
A conclusão que se chega a essa hipótese é que a perda de carga seria menor, após um período
de filtração de determinada quantidade de água, aumentando dessa forma a taxa de filtração e o período
de funcionamento do filtro entre duas lavagens consecutivas.
37
38. Devido com a areia não ser possível essa hipótese, lança-se mão de outro material
complementar, de grãos maiores, porém de menor densidade, o que possibilita manter-se sobre a areia
após a lavagem do filtro.
O material geralmente empregado com esse fim é o antracito de densidade 1.5 e tamanho
efetivo de 1 à 1,4mm o que para a areia respectivamente seria 2,65 e 0,45 à 0,55mm.
7.5.5.5 - FILTRAÇÃO ASCENDENTE (FILTRO RUSSO)
Para evitar a expansão da areia na própria filtração, recomenda-se taxa de 120 m3
/m2
/dia,
tolerando-se o valor máximo de 146 m3
/m2
/dia, isto considerando tamanho efetivo de 0,55 à 0,65mm e
coeficiente de uniformidade de 2,5.
38
39. Para a vazão de lavagem recomenda-se taxa da ordem 1.100 m3
/m2
/dia à 1.300 m3
/m2
/dia. A
operação de lavagem assemelha-se a recomendada para filtros de gravidade convencionais com
restrição apenas que antes de iniciar a lavagem propriamente dita, lança-se para o esgoto toda água
armazenada no filtro acima da camada filtrante. Isto para que os flocos retidos no interior, das camadas
sejam arrastados para os esgotos.
Filtro upflow, filtro russo ou clarificador de contato
Fig. 7.24
7.5.5.6 - FILTRAÇÃO LENTA
É usada para remoção de teores pouco elevados de cor e turbidez (cor + turbidez ≤ 50 mg/L)
sem auxilio de coagulação. Geralmente são aplicados em pequenas comunidades. Tem forma
retangular em grande parte e, devido baixa taxa de filtração, são relativamente grandes.
Durante a filtração a taxa é normalmente mantida constante. Usualmente, tanto a tubulação
influente quanto a efluente são equipadas com válvulas automáticas ou manuais para fazer com que as
taxas de filtração permaneçam constantes.
39
40. Filtro de areia, diagrama da seção - Fig. 7.25
A figura 7.25 mostra um diagrama da seção transversal de um filtro, ilustrando a sua operação.
Admita-se que o filtro tenha sido limpo, preenchido com água e esteja pronto para entrar em operação,
com a válvula da tubulação efluente fechada. Se um tubo piezométrico for colocado nessa linha, antes
da válvula, o nível de água neste tubo estará exatamente ao mesmo nível da água acima da areia como
indicada pelo ponto A no diagrama.
Operação do Filtro Lento: após carregar o filtro, abre-se o influente e a descarga.
A água no inicio da operação não é de boa qualidade e deve ser desprezada até que na descarga
apresente-se com a qualidade desejada.
Amadurecimento do Filtro: a medida que o filtro funciona pela descarga, a areia vai retendo o material
mais grosso em suspensão: algas, protozoários, etc, que vai formando sobre ela uma camada de lodo
(camada biológica).
A medida que ela se forma, por ser gelatinosa vai absorvendo partículas menores (colóides,
emulsóides, etc) e melhorando a qualidade da água. Só quando a água está em boas condições pelo
tratamento, fecha-se a descarga e abre-se o efluente enviando a água para o reservatório de
distribuição, depois de clorada e corrigido o pH. A operação de amadurecimento pode levar de 2 à 3
semanas e o filtro assim operado pode fornecer água de boa qualidade por 2 à 3 semanas.
Perda de Carga: continuando a filtração, a camada de lodo vai aumentando e oferecendo maior
resistência à passagem da água (perda de carga) e o filtro vai perdendo vazão. Quando a perda de carga
atingir de 0,90 à 1,50m (limite comum 1,20) o filtro deve ser lavado, pois já não oferece vazão
econômica.
Lavagem do Filtro Lento: ao atingir o limite de perda de carga, fecha-se o influente e deixa-se que a
água seja drenada através do filtro. Ao atingir a superfície da areia, fecha-se o efluente. Exposta ao sol,
a camada de lodo se contrai formando placas que podem ser facilmente removidas; ou retira-se uma
camada(enquanto úmida) de 1 à 2cm de areia com lodo de toda a superfície filtrante. O filtro pode ser
limpo diversas vezes antes da reposição de qualquer areia retirada; entretanto, recomenda-se que a
40
41. profundidade de areia no filtro nunca deve ser menor do que 60 à 75 cm, uma vez atingida essa
profundidade, toda areia removida, em diversas limpezas, deve ser lavada e estocada para posterior
recolocação.
7.6 - DESINFECÇÃO
A desinfecção deve ser em caráter corretivo ou preventivo.
Conceito: consiste na destruição de organismos causadores de doenças e de outros de origem fecal,
mas não necessariamente a destruição completa de formas vivas. Este último caso designaremos por
esterilização.
7.6.1 - DESINFETANTES MAIS EMPREGADOS
a) A base de cloro
- cloro líquido ou gasoso (Cl2) - 99,9% de cloro disponível;
- Hipoclorito de cálcio (Ca(OCl)2 - 65% de cloro disponível;
- Hipoclorito de Sódio (Na OCl) - 10% de cloro disponível;
- Água Sanitária - 2,5% de cloro disponível;
- Cal Clorada (CaOCl2) - 30% de cloro disponível.
Vantagens do Cloro - deixa resíduo.
- preço baixo.
Desvantagens do Cloro - não é tão eficiente.
- não pode aplicar superdosagens.
b) Ozônio: produzido no local de aplicação.
Além de desinfetante é usado como redutor de odor, gosto, ferro e manganês.
Vantagens - ação bacterecida 30 à 300 vezes mais rápido que o cloro para o mesmo tempo
de contato.
- não há perigo de superdosagens.
Desvantagens - não tem ação residual.
- muito gasto com energia.
c) Desinfecção pelo calor
Vantagens - facilidade Desvantagens - alto custo
- eficiente - não tem ação residual
d) Desinfecção por Irradiações - é efetuada por luz ultravioleta, através de lâmpada de vapor de
mercúrio com bulbo de quartzo.
Vantagens: - não altera gosto e odor;
- período de contato pequeno;
- dosagens alta não é prejudicial.
Desvantagens: - não tem ação residual;
- esporos, cistos e vírus são resistentes;
- custos elevados.
Reações do Cloro com a Água
41
42. Cl2 + H2O↔HOCl + H+
+ Cl-
- para pH baixo a reação se desloca para a esquerda.
- para pH acima de 4, desloca-se para a direita.
O Ácido Hipocloroso é fraco e pouco dissociado em pH abaixo de 6.
HOCl↔H+
+ OCl-
[ H+
] [OCl-
] = 2,7 x 10-8
[ HOCl]
Fig. 7.26
O cloro na forma de ácido hipocloroso e de íon hipoclorito é definido como cloro residual livre.
Reações dos Hipocloritos com a Água
Ca(OCl)2 + H2O ↔ Ca++
+ 2OCl-
+ H2O
NaOCl + H2O ↔ Na+
+ OCl-
+ H2O
Cloro Combinado - O cloro com a amônia reage e forma compostos denominados cloraminas.
NH4
+
+ HOCl ↔ NH2Cl + H+
+ H2O
NH2Cl + HOCl ↔ NHCl2 + H2O
NHCl2 + HOCl ↔ NCl3 + H2O
42
43. Fig. 7.27
O ponto máximo é atingido quando toda a amônia se combinou com o cloro.
Reações após o máximo da curva:
2NH2Cl + HOCl ↔ N2 + 3HCl + H2O
Quando só há dicloraminas esta se decompõe
2NHCl2 ↔ N2 + 2HCl + Cl2
Esquema das Reações
Fig. 7.28
A Ação do Cloro Depende:
a) da sua concentração;
b) da forma como se apresenta: cloro livre ou cloro combinado;
c) do tempo de contato;
d) da temperatura;
e) do pH já que influi na dissociação do ácido hipocloroso;
f) do tipo de microrganismos a ser destruído;
h) da turbidez;
i) do grau de mistura.
43
44. 7.7 - REMOÇÃO DE DUREZA
A dureza é causada pelos sais de cálcio e magnésio presentes na água. Os processos mais
empregados para remoção são: cal soda, resina e eletrodiálise.
7.7.1 - PROCESSO CAL SODA - consiste na remoção total ou parcial de Ca ou Mg
nela presentes, quase sempre nas formas de bicarbonatos, sulfatos e cloretos. O processo pode ser
através de :
- cal soda a frio: para dureza > 150, reduz para 15 à 30 p.p.m.
- cal soda a quente: com fosfato trissódico, para dureza > 150, reduz para 5 à 15 p.p.m.
Reações
a) Ca (HCO3)2 + Ca (OH)2 → 2 Ca CO3↓+ 2 H2O
b) Mg (HCO3)2 + 2 Ca(OH)2 → Mg (OH)2↓ + 2Ca CO3↓+ 2 H2O
c) Mg CO3 + Ca(OH)2 → Mg (OH)2↓ + Ca CO3↓
d) Mg SO4 + Ca(OH)2 → Mg (OH)2↓ + Ca SO4
e) Ca SO4 + Na2 CO3 → Ca CO3↓ + Na2 SO4
f) CO2 + Ca (OH)2 → Ca CO3↓ + H2O
7.7.2 - ABRANDAMENTO POR TROCA IÔNICA
a) Abrandamento por troca de Cations (Resina)
Quando a resina é da forma hidrogeniônica (fracamente ácida) o processo é análogo, sendo que
a regeneração é com ácido clorídrico ou sulfúrico.
Fig. 7.29
EXEMPLO DE REAÇÕES:
44
45. No abrandamento:
Ca SO4 + R-2Na+
→ R-Ca + Na2 SO4
Na lavagem:
R-Ca + 2NaCl → R-2Na + CaCl2
b) Por desmineralização de águas
Conceito: É o processo de remoção praticamente total dos íons em uma água, através de resinas
catiônicas e aniônicas. Como a desmineralização da água consiste na remoção dos íons nela presentes,
o processo é também chamado de deionização.
Esquema
Fig. 7.30
Reações
a) com as resinas catiônicas
Ca (HCO3)2 + RH2 → RCa + 2 H2CO3
Ca SO4 + RH2 → RCa + H2 SO4
Mg SO4 + RH2 → RMg + H2 SO4
b) com as resinas aniônicas
H2 CO3 + R(OH)2 → RCO3 + 2 H2O
H2 SO4 + R(OH)2 → RSO4 + 2 H2O
2 HCl + R(OH)2 → RCl 2 + 2 H2O
7.7.3 - ELETRODIÁLISE:
É um tratamento que consiste na remoção dos íons presentes na água, provenientes dos sais
minerais dissolvidos, através da influência do campo elétrico, formado entre dois eletrodos, entre os
quais são colocadas paralelas e alternadamente membranas catiônicas e aniônicas, confeccionadas
especialmente a base de pergaminho ou matéria plástica com porosidade que permite a passagem dos
45
46. catiôns e ânions ou mesmo a retenção, conforme o caso. Em razão disto, em certos compartimentos
obtém-se água doce e em outros, água mais salgada (salmoura).
Considerando que a quantidade de eletricidade gasta no processo é em função do teor de sal na
água, conclui-se que tal processo é mais econômico para águas salobras que para água do mar.
Planta esquemática da eletrodiálise para dessalinização da água
Fig. 7.31
7.8 - CONTROLE DE GOSTOS E ODORES
7.8.1 - CAUSAS DE GOSTOS E ODORES
- certos minerais causam gosto;
- gostos e odores são causados pela morte e apodrecimento de plantas do tipo algas;
- outros causadores de gosto e odores são compostos de clorofenóis;
- outras causas despejos de indústrias, matéria orgânica dissolvida e gases;
- minerais tais como Fe, SO4, Mg, Na2 SO4, NaCl e Cloro excessivo.
7.8.2 - TRATAMENTO PREVENTIVO COM SULFATO DE COBRE
Tem por finalidade evitar o crescimento de algas. Se as algas já estão bastante crescidas poderá
causar contratempos com a morte das mesmas, uma vez que elas apodrecem.
7.8.3 - TRATAMENTO COM AMÔNIA E CLORO
Esta combinação é também um agente eficiente para a remoção de gostos e odores.
46
47. 7.8.4 - TRATAMENTO COM CARVÃO ATIVADO
A ação adsorvente do carvão, seguida da sedimentação e filtração, produz completa remoção
das substâncias causadores de gostos.
Pode ser aplicado antes ou depois da coagulação e antes da filtração.
Quantidade - 0,12 à 60 p.p.m.
Outros Tratamentos
- Remoção de gostos pela Aeração;
- Pré-cloração;
- Permanganato de potásio - dosagens 0,2 à 0,5 p.p.m;
Obs: coloração rósea no filtrado indica, excesso de permanganato.
7.9 - CONTROLE DE CORROSÃO
7.9.1 - CAUSAS DA CORROSÃO NOS ENCANAMENTOS
A água tem tendência de dissolver o ferro e outros materiais. Esta tendência é fraca para
algumas águas e forte para outras.
- Proteção - revestimento conveniente ou depósito de carbonato ou óxido de ferro formado pela
ação química da água.
- Agressividade da água - depende de dois fatores: relação entre o pH e alcalinidade e a relação
entre gás carbônico livre e alcalinidade.
a) Relação entre os valores do pH e da Alcalinidade
47
48. Fig. 7.32
b) Relação entre a quantidade de gás carbônico livre e a alcalinidade
Fig. 7.33
Ensaio de Mármore para o equilíbrio do Carbonato
- Coloca-se numa garrafa de boca larga água filtrada e juntam-se pedaços de carbonato de
cálcio puro (mármore ou de calcita).
48
49. 7.10 - FLUORETAÇÃO
7.10.1 - HISTÓRICO - onde há 1,0 mg/L de F-
em água natural há menos incidência de
cárie que nos lugares onde não existe.
- Significado sanitário - É amplamente conhecido que o F-
têm efeito benéfíco na prevenção da
cárie dentária. Entretanto em concentrações elevadas pode causar fluorose, ou seja, uma deposição
escura marron - roxo nos dentes e também nos ossos.
7.10.2 - DOSAGENS ÚLTIMAS DE FLÚOR
Temperatura Média Anual das Máximas
Diárias
Concentração Ótima de Flúor em mg/L
10,0-12,1 1,2
12,2-14,6 1,1
14,7-17,7 1,0
17,8-21,4 0,9
21,5-26,3 0,8
26,4-32,5 0,7
32,6-37,5 0,6
Obs: Segundo a OMS recomenda-se um limite máximo de 1,5 mg/L
7.10.3 - FONTES DE FLÚOR
Sólidos - Fluoreto de sódio (NaF) : Solub-4%, Pureza-98%, Teor em F-
43%
- Fluorsilicato de Sódio (Na2SiF6) - Solub-0,4%, Pureza-98%, Riqueza em F-
60%
- Fluorsilicato de Amônia (NH4)2 SiF6
Líquido - Ácido Fluorídrico (HF)
- Ácido Fluorsílicico (H2SiF6)
7.10.4 - APLICAÇÃO: NA FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO PÚBLICO PERFEITAMENTE POTÁVEIS.
7.11 - REMOÇÃO DE FERRO E MANGANÊS
O ferro e o manganês podem ser removidos pela aeração, pelo coágulo - sedimentação, pelos
processos de remoção de dureza e até através do uso de peróxido de hidrogênio.
7.11.1 - PELA AERAÇÃO - certos compostos inorgânicos de ferro e manganês, uma
vez oxidados, transformam-se em hidróxido insolúveis que são eliminados através de decantação e
filtração. Isto acontece mais em águas limpas procedentes de poços.
7.11.2 - PELO COÁGULO - SEDIMENTAÇÃO - remove-se principalmente o
manganês, desde que se use cal para elevar o pH da água e, em segunda, um sal de ferro empregado
como coagulante.
49
50. 7.11.3 - PELO USO DA CAL - a cal destinada a remoção de dureza, tem condições
também de eliminar o ferro e o manganês.
7.11.4 - PELO PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO - técnicos da SANASA - Campinas -
SP, efetuaram testes com peróxido de hidrogênio, para remoção de ferro e manganês, e obtiveram
resultados excelentes, dosando-o com concentração na faixa de 0,25 à 0,35 p.p.m, inclusive reduzindo
o custo em 50% com relação ao processo empregado com permanganato de potássio. A escolha do
processo é em função da forma como as impurezas do ferro se apresentam. Por exemplo, se o ferro se
apresentar associado a matéria orgânica, as águas não dispensam o tratamento quimico, ou seja
coagulação, floculação, decantação e filtração.
7.12 - TRATAMENTO ATRAVÉS DE OSMOSE REVERSA
7.12.1 - DESCRIÇÃO DO PROCESSO
Para que possamos entender melhor o processo de osmose reversa, lembremos o fenômeno de
osmose natural:
O fenômeno de osmose natural ocorre da seguinte forma: colocando-se soluções de
concentrações diferentes separadas por uma membrana semi - permeável, a água da solução diluída
fluirá naturalmente através da membrana, para a solução mais concentrada até atingir o equilíbrio
osmótico.
Quando isso ocorre, o nível líquido da solução mais concentrada fica acima do nível
correspondente a coluna da solução mais diluída.
Esta diferença de coluna (ΔH), denomina-se pressão osmótica.
O processo de osmose reversa é obtido através de aplicação de uma pressão superior a pressão
osmótica (ΔH), do lado da solução mais concentrada, forçando o fluxo através da membrana semi -
permeável, assim permitindo-se obter solução pura do outro lado.
50
51. OSMOSE NATURAL
FIG. 7.34
7.12.2 - PRINCIPAIS APLICAÇÕES DO SISTEMA DE OSMOSE REVERSA
- Dessalinização de água para uso humano e industrial:
* Dessalinização de água salobra;
* Dessalinização de água do mar.
- Tratamento de água para uso industrial:
* Água desmineralizada para alimentação de caldeiras;
* Água desmineralizada ultra pura para lavagem de micro circuitos na indústria
eletrônica
* Tratamento de efluentes industriais;
* Recuperação de água em indústrias de bebidas.
- Tratamento para uso farmacêutico/medicina
* Água para injetáveis;
* Água para enxágüe final de vidros ampolas;
* Diálises;
* Limpeza e lavagem de frascos.
7.12.3 - UNIDADES COMPONENTES DO SISTEMA DE OSMOSE REVERSA
- Filtro de Cartucho
A água de alimentação da osmose reversa deverá obrigatoriamente passar pelo(s) filtro(s) de
cartucho(s) instalado(s) na entrada do sistema, com objetivo de remover sólidos suspensos maiores
que 5,0 μm.
51
52. - Bomba de alta pressão
Após filtro de cartucho, a água seguirá para(s) bomba(s) de alta pressão, com objetivo de
fornecer uma pressão superior a pressão osmótica (ΔH).
- Permeadores
A água já em alta pressão segue para o(s) vasos(s) de pressão onde estão contida(s) a(s)
membrana(s) de osmose reversa. O(s) conjunto(s) vaso(s) e membrana(s) denomina(m)-se
permeador(es).
Parte da solução que transpassar a(s) membrana(s), tem alta qualidade de pureza, sendo esta
denominada de produto ou permeado.
A parte da solução que não transpassar a(s) membrana(s) de concentração superior é
denominada de rejeito.
FLUXO TÍPICO DE OSMOSE REVERSA
Fig. 7.35
PI = MANÔMETRO
FI = ROTÂMETRO
CI = CONDUTIVÍMETRO
PS = PRESSOSTATO DE PROTEÇÃO DA BOMBA
7.12.4 - CONTROLE DO SISTEMA DE OSMOSE REVERSA
Para o controle da operação do sistema de osmose reversa utiliza-se os seguintes instrumentos:
- Rotâmetros de medição de vazão do rejeito e permeado;
- Condutivímetro para controle de água produzida;
- Manômetros de medição de pressão;
- Pressostato de baixa pressão para proteção da bomba de alta pressão.
Observação - Caso o filtro cartucho esteja acentuadamente colmatado, impedindo a passagem da água
de alimentação, o pressostato desliga a bomba interrompendo assim o funcionamento.
7.12.5 - MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE OSMOSE REVERSA
- Limpeza Química
Após algum tempo de uso ocorre uma deposição de sais na superfície da membrana de osmose
reversa. Proporcional a concentração de sais minerais dissolvidos na água.
52
53. Esta incrustação provoca uma queda gradativa na vazão produzida pelo sistema e aumento
gradativo da pressão de operação.
Estes sinais indicam a necessidade de limpeza química nas membrana, que ocorre em média a
cada 03 meses de operação.
Para a remoção das incrustações na superfície da membrana, a limpeza química é realizada
utilizando-se produtos ácidos ou alcalinos dependendo do tipo de incrustração ocorrida.
7.12.6 - ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA DE OSMOSE REVERSA
A qualidade da água bruta à ser tratada no sistema de osmose reversa, é um fator importante
para uma operação bem sucedida do processo.
A água de alimentação do sistema de osmose reversa deverá obedecer os seguintes parâmetros
de qualidade:
- Temperatura não superior à 50 0
C;
- SDI (Silt Density Index) menor que 5;
- pH maior que 2,0 e menor que 11,0;
- Teor de ferro menor que 0,3 ppm;
- Teor de cloro menor que 0,1 ppm;
- Turbidez menor que 1,0 NTU;
Caso a água bruta não obedeça a qualidade referida, então deverá ser previsto um pré -
tratamento anterior ao sistema de osmose reversa, que geralmente são:
- ETA para remover cor ou turbidez;
- Filtro de areia;
- Filtro de carvão;
- Dosagem de anti - incrustante.
8. TIPOS DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
8.1 - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO CONVENCIONAL
É um tipo de estação indicada para águas de superfícies que apresentam teores de cor e turbidez
elevados. As unidades componentes são: Aeração (em caso específico), Coagulação, floculação,
decantação, filtração, desinfecção e correção de pH.
Fig. 8.1
53
54. Disposição esquemática de uma Estação de Tratamento de Água(coagulação, floculação, decantação e
filtração rápida)
8.2 - FILTRO LENTO
Tratamento recomendado para águas cuja soma de cor mais turbidez seja inferior a 50 p.p.m.
Unidades componentes - Filtração e desinfecção.
Corte longitudinal de um filtro lento
Fig. 8.2
8.3 - FILTRO RUSSO OU CLARIFICADOR DE CONTATO
Tratamento recomendado para águas de turbidez baixa ou moderada, pouco contaminada e de
baixo teor de sólidos em suspensão.
Unidades componentes: Coagulação (mistura rápida), floculação, filtração e desinfecção.
Filtro Russo
Fig. 8.3
8.4 - ESTAÇÃO COMPACTA
É uma estação convencional funcionando sob pressão.
54
55. Unidades componentes: Coagulação (mistura rápida), floculação (mistura lenta), decantação,
filtração e desinfecção.
A - Chegada de água bruta H - Floco - decantador
B - Saída de água tratada I - Filtros
C - Entrada de água de lavagem J - Misturador hidraúlico
D - Descarga de água de lavagem L - Tanques de reagentes
E - Drenos M - Bombas dosadoras
F - Escorva de ar N - Rotâmetro
G - Descarga de lodo O - Manômetros
ETA compacta
Fig. 8.4
8.5 - DESINFECÇÃO
É um tratamento recomendado para águas de poço ou fontes apenas como medida de prevenção.
9. CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS PRODUTOS QUÍMICOS EMPREGADOS NO
TRATAMENTO
9.1 - SULFATO DE ALUMÍNIO
9.1.1 - ORIGEM
O Sulfato de Alumínio é um sal resultante da reação do minério do alumínio (bauxita), com o
ácido sulfúrico a 600
Be.
O produto é vendido no comércio nas duas formas: granulada e líquida.
9.1.2 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
9.1.2.1 - GRANULOMETRIA - O sulfato de alumínio sob a forma granular,
deve ter uma granulometria tal, que não haja nenhum material retido na peneira de abertura 12,7mm, e
que não mais de 10% passe na peneira de abertura 4,76mm.
55
56. 9.1.2.2 - COMPOSIÇÃO QUÍMICA - O sulfato de alumínio deve apresentar as
características indicadas na tabela a seguir:
CARACTERÍSTICAS
SULFATO DE
ALUMÍNIO
SÓLIDO LÍQUIDO
Resíduo insolúvel em água, máximo 10 0,1
Alumínio total solúvel como Al2 O3 , mínimo 15 7,5
Ferro total como Fe2 O3 2,5 1,0
Acidez (Alumínio livre como Al2 O3),
mínimo
0,05 0,02
O sulfato de alumínio não deve conter nenhum mineral ou substância solúvel em quantidades
capazes de produzir efeito nocivo ou prejudicial à saúde pública ou a qualidade da água.
9.1.3 - REAÇÕES QUÍMICAS DO SULFATO DE ALUMÍNIO COM A ÁGUA
a) Sua reação com a alcalinidade natural da água (quando existe), é a seguinte:
Al2 (SO4)3 18 H2O + 3 Ca (HCO3)2 → 3 CaSO4 + 2Al (OH)3 + 6 CO2 + 18 H2O
Peso molecular do sulfato = 666,4g
Peso molecular do bicarbonato = 300g
Relação do sulfato com a alcalinidade em forma de CaCO3 (Carbonato de Cálcio)
666,4 mg/L - 300 mg/L
l mg/L - x
x m= g L
⋅
=
300 1
666 4
0 45
,
, /
ou seja, para cada 1 mg/L de sulfato de alumínio, requer 0,45 mg/L de alcalinidade.
b) Reação de Sulfato de alumínio quando a cal é adicionada:
Al2 (SO4)3 18 H2O + 3 Ca (OH)2 → 3 Ca SO4 + 2 Al (OH)3 + 18 H2O
Peso molecular do sulfato = 666,4g
Peso molecular de cal = 222g
Relação do sulfato de alumínio com cal adicionada
666,4 mg/L - 222 mg/L
1 mg/L- Y
Y = 0,33 mg/L, ou seja 1 mg/L de sulfato de alumínio reage com 0,33 mg/L de hidróxido de
cálcio (cal hidratada).
56
57. ESQUEMA DE DOSAGEM DE SULFATO
FIG. 9.1
9.2 - CAL
9.2.1 - INTRODUÇÃO
A fabricação de cal e o seu emprego são conhecidos pelo homem há mais de 2000 anos. Sua
obtenção é efetuada através da calcinação do calcário em fornos dos tipos horizontal e vertical.
Reação: CaCO3 1000 0
C
1000 C0
⎯ →⎯⎯⎯ CaO + CO2
Nome químico: óxido de cálcio (CaO)
Nomes usados no comércio: cal viva e cal virgem.
9.2.2 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
9.2.2.1 - CAL VIRGEM
- A granulometria da cal virgem deve ser tal que atenda as exigências dos equipamentos de
preparo e dosagem nos locais de sua utilização;
- O teor mínimo de CaO disponível deve ser de 90%;
- O conteúdo máximo do resíduo de extinção deve ser de 5%, quando retido na peneira de
abertura 0,6 mm;
- O conteúdo máximo de CaCO3, deve ser de 5%.
9.2.2.2 - CAL HIDRATADA
- A granulometria da cal hidratada deve ser tal que 5% do material, no máximo, seja retido na
peneira de abertura 0,075 mm;
- O conteúdo mínimo de Ca(OH)2 deve ser de 90%;
- O conteúdo máximo de material insolúvel (em HCl) deve ser de 15%;
- O conteúdo máximo de CaCO3 deve ser de 5%.
57
58. 9.2.3 - OBTENÇÃO DE CAL HIDRATADA
O cal hidratada (hidróxido de cálcio) é obtida através da hidratação da cal virgem.
Reação: CaO + H2O → Ca(OH)2
Apresenta-se em forma de pó seco, quando a hidratação é feita em instalações adequadas para a
produção desse tipo de material. Quando a hidratação é feita na própria estação de tratamento, não há
interesse na produção de cal em pó, formando-se uma pasta ou uma suspensão concentrada.
9.2.4 - PROPRIEDADES DA CAL
- Peso específico - 420 à 1.100 kg/m3
;
- Teor de óxido de cálcio deve ser superior a 68% na cal hidratada;
- Solubilidade em água - 1,2 g/L.
A hidratação da cal virgem, denominada comumente de extinção, se desenvolve com liberação
de grande quantidade de calor.
9.2.5 - TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
A proteção da cal virgem durante o transporte e armazenamento contra o contato com umidade
ou com água, é fundamental para garantir sua qualidade e para evitar a ocorrência de acidentes
provocados pela elevação de temperatura. Essa elevação pode atingir valores suficientes para provocar
incêndio em materiais combustíveis.
A cal hidratada não exige os cuidados preconizados para a cal virgem, no que diz respeito ao
contato com a água. Mas da mesma forma que a cal virgem, irrita a pele e as mucosas. Isto devido ser
um material pulverulento muito fino, com baixo peso específico, produzindo, por isso grande
quantidade de poeira ao ser movimentado.
9.2.6 - CÁLCULO DA DOSAGEM IDEAL DE CAL NA ÁGUA.
9.2.6.1 - DETERMINAÇÃO EM LABORATÓRIO
- Faz-se uma suspensão de cal em água na concentração de 1000 mg/L;
- Suponhamos que o pH da água tratada seja igual a 5, e que se deseje elevar para 7,2, o que
implicou em adicionar 5 mL da solução de 1000 mg/L para um litro da água tratada. Com essa adição,
encontrou-se a dosagem ideal de cal (5 mg/L).
Exemplo: admitindo que a vazão da ETA é de 500m3
/h, e a concentração da solução é de 5%
Calcular a vazão da suspensão necessária para conferir a dosagem ideal na água tratada.
Solução: dados - Q = 500m3
/h (vazão da água tratada)
- C = 5% = 50.000 mg/L = 50 g/L (concentração da tina)
- D = 5 mg/L = 5 g/m3
(dosagem ideal encontrada em laboratório)
- q = ?
q
Q D
C
h
g
g
L
L
h
m
m=
⋅
=
⋅
=
3
3
500 5
50
50
58
59. q
L
min
L
seg
L
seg
L
seg
= = = =
5
6
5
360
1
72
0 5
36
,
Se o dosador for do tipo caneca ou nível constante, ajusta-se a dosagem para o valor calculado.
9.3 - CLORO
9.3.1 - ESTADO NATURAL
O cloro é o elemento, dentre os halogênios, o que existe em maior percentagem na natureza, onde
ocorre na forma combinada de seus saís, os Cloretos.
Na água do mar, por exemplo, de cada 100 gramas de resíduo sólido, contém cerca de 78g de Cloreto
de Sódio.
9.3.2 - PROPRIEDADES
- Peso atômico Cl - 35,457 g
- Peso molecular Cl2 - 70,914 g
- Densidade relativa ao ar a 20 C - 2,5
- Essa propriedade é importante, pois durante o vazamento, o Cloro sempre permanece nas camadas
inferiores, portanto junto ao piso.
- O Cloro seco não ataca o ferro, cobre, chumbo e outros materiais.
- Quando úmido, porém, ataca quase todos.
- O Cloro não é explosivo.
- Solubilidade a 30C - 5,7 g/l
- Reage com amoníaco formando Cloreto de Amônio ( fumaça branca ) - daí o seu emprego para
localização de vazamento.
9.3.3 - PRINCIPAIS USOS DO CLORO
- Alvejamento de celulose, têxteis, madeira, óleos, cêras, gorduras, etc.
- Esterilização de água potável, água de piscina, água residuárias domésticas ou industriais.
- Fabricação de compostos orgânicos e inorgânicos, desinfectantes, germicidas, inseticidas, herbicidas,
corantes e produtos intermediários, solventes desengraxantes e resinas.
9.3.4 - MOVIMENTAÇÃO, TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO E INSTALAÇÃO
- O Cloro líquido gasoso é acondicionado em cilindros de aço, sem costura, de capacidades diversas. A
pressão do Cloro gasoso, presente na parte superior do cilindro, é a pressão de vapor correspondente à
temperatura em que o Cloro se encontra.;
- A pressão no interior dos cilindros grandes e pequenos, após o enchimento, é da ordem de 4 kg/cm2
,
com o aumento de temperatura pode-se elevar a 8 kg/cm2
;
- Os cilindros pequenos são usados normalmente na posição vertical;
- A válvula de segurança do cilindro pequeno, dispõe de um fusível, a base de uma liga de chumbo, que
se funde entre 70 e 75C, a que corresponde a uma pressão de 28,8 a 23,8 atmosferas;
- Os cilindros grandes (900 kg), dispõem de 06 válvulas que apresentam condições idênticas as
referidas para os cilindros pequenos;
- Os cilindros não devem ser golpeados ou deixados cair;
59
60. - Os cilindros com capacidade de até 70 kg são movimentados, a pequenas distâncias, por carrinho de
mão apropriado;
- Os cilindros de capacidade iguais ou maiores que 900 kg podem ser movimentados por talhas;
- Os cilindros não devem ser movimentados pelo capacete de proteção da válvula;
- Os cilindros pequenos devem ser armazenados e instalados sempre na posição vertical e em locais
cobertos e devidamente arejados;
- Os cilindros grandes devem ser armazenados e instalados na posição horizontal e com ligação do
cloro em uma das válvulas que se encontra na posição superior.
9.3.5 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
O Cloro deve ter pureza mínima de 99,5%, em volume, quando obtido da vaporização do líquido.
10 - EQUIPAMENTOS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA
10.1 - EQUIPAMENTOS DIVERSOS
10.1.1 - EXTINTOR DE CAL
Finalidade - destina-se ao apagamento ou extinção de cal, em Estação de Tratamento de Água, onde
seja previsto o uso de cal virgem.
Descrição - é constituído normalmente de uma carcaça cilíndrica vertical confeccionada em chapa de
aço carbono com fundo do plano e cobertura superior com parte central fixa à carcaça e duas tampas
laterais dotadas de alças e dobradiças para cargas de cal virgem. Na parte superior fixa acha-se
montado um motor redutor que movimenta dentro da carcaça um agitador lento.
A alimentação da água para diluição se faz através de luva rosqueada na parte superior fixa da tampa.
A saída da suspensão, protegida por crivo interno, conforme ilustra figura a seguir 10.1, é dotada de
válvulas do tipo fecho rápido.
60
61. Figura 10.1
10.1.2 - MISTURADOR PARA SOLUÇÕES OU SUSPENSÕES
Descrição - Os misturadores são equipamentos empregados para acelerar os processos de dissolução e
de preparação ou manutenção de suspensão de Sulfato de Alumínio, Cal hidratada, Hipoclorito de
Sódio, Cloreto de Cálcio, Carvão ativado e outros reagentes que possam ser utilizados em Estação de
Tratamento de Água.
Os motores, monofásicos ou trifásicos poderão, a pedido, ter proteção especial (motor a prova de
explosão ou totalmente fechado para trabalho ao tempo).
Materiais - Eixo - aço inox AISI 316
- hélice - aço inox AISI 410 fixada ao eixo por parafuso tipo ALLEN.
- Base - ferro fundido
- Parafusos - aço inox
- Protetores e mancais - aço 1010
61
62. Figura 10.2
10.1.3 - FLOCULADOR MECÂNICO
Finalidade - Os floculadores são equipamentos empregados para promoverem uma agitação lenta e
controlada destinada a formação e agregação de flocos para serem separados pelo processo de
sedimentação. Para que os flocos tenham boa densidade e peso, são empregadas câmaras de floculação
dividida em número mínimo de três compartimentos, dimensionados para manter a água sob agitação
lenta, com período de detenção de 30 a 40min, com gradientes de velocidades variáveis na faixa de
20s-1
à 80s-1
ou selecionadas em função da qualidade da água bruta, por meio de ensaios em
laboratório.
Os principais tipos de floculadores mecânicos são:
- tipo paletas - indicado para médias vazão;
- tipo fluxo axial - indicado para vazões elevadas, onde as câmaras são de grandes dimensões. Para esse
tipo existem os modelos com polias que permitem variação de velocidade para 03 valores e o de
variação contínua.
62
63. Figura 10.3
10.1.4 - MESA DE COMANDO
Finalidade: Centralizar o comando de válvulas, comportas, bombas e eletro-compressores dos filtros
em Estação de Tratamento de água. O comando a distância poderá ser hidráulico ou pneumático.
Funcionamento: A água ou ar pressurizado é admitido em um “mainfold” interno, do qual por meio de
manobras de registros do tipo 4 vias, é enviada aos elevadores das válvulas ou comportas, efetuando à
distância as operações de abertura efetivamente.
O manuseio dos registros se faz através de manípulas montadas sobre o tampo do gabinete da
mesa.
63
64. Figura 10.4
10.2 - EQUIPAMENTOS DE DOSAGENS DE PRODUTOS QUÍMICOS
10.2.1 - DOSADOR DE NÍVEL CONSTANTE, TIPO ORIFÍCIO
Finalidade: é um aparelho destinado principalmente a dosagem de produtos químicos solubilizados em
água em estações de tratamento de água.
Descrição: o reagente químico em solução, tipo sulfato de alumínio, é admitido no dosador via uma
válvula de bóia, que mantém o nível constante na caixa de dosagem, garantindo uma vazão uniforme e
precisa.
Controle: o controle da dosagem é efetuado por um parafuso micrométrico, montado sobre a tampa,
controlado através de indicador com escala vertical de ponteiro. O aumento ou redução de dosagem é
conseguido através de ajuste na área de orifício de saída do aparelho.
Construção:
- caixa de dosagem: em poliester estruturado com lã de vidro;
- válvula de bóia: em PVC rígido com eixo e haste em aço inox 316;
- regulador de dosagem: em PVC rígido;
- base: em poliester estruturado com lã de vidro, com coluna de sustentação em aço.
64
65. Fig. 10.5
10.2.2 - DOSADOR DE LEITE DA CAL, TIPO CANECA
Finalidade: é utilizado para mover simultaneamente a mistura e dosagem de suspensão de cal em
neutralização ou ajuste do pH da água.
Dispõe de duas saídas reguláveis para a dosagem do leite de cal em concentração de até 10% em dois
pontos distintos.
Descrição: é fabricado em carcaça de fundo semi circular, onde no seu interior gira um agitador
horizontal com braços transversais e pás batedeiras, em velocidade lenta, para manter a solução em
suspensão.
Um coletor, tipo caneca, fixado no eixo do agitador, recolhe o leite de cal descarregando-o em dois
receptores de abertura regulável permitindo a variação e ajuste da dosagem.
O controle de dosagem é na frente do aparelho efetuado através de duas manípulas.
Construção - é confeccionada em chapa de aço carbono 1010/1020
Acionamento - motor elétrico, trifásico ou monofásico;
- redutor de velocidade;
- transmissor de movimento entre o motor e o redutor por polias de alumínio e correias
em V, com trilhos esticadores.
Agitador - eixo tubular com extremidades em aço carbono;
- batedores em perfilados de aço carbono.
Acabamento - pintura interna em duas demãos de zarcão ou em epoxi;
- pintura externa em zarcão ou zarcão mais revestimento de epoxi ou borracha clorada.
65
66. Fig. 10.6
10.2.3 - BOMBA DOSADORA TIPO PISTÃO
Construção: é construída com cabeçote dosador simples e cabeçote dosador duplo, os materiais usados,
capacidade e pressão de descarga, são de acordo com as características do líquido a ser dosado.
O motor da bomba é blindado de conformidade com as normas de segurança da ABNT. A bomba
dosadora possui um mecanismo de transmissão por engrenagens redutoras.
Cabeçote Dosador: o ajuste da dosagem é manual com a bomba em movimento. Cada cabeçote possui
um escala graduada de 0 a 100% de curso do pistão, sendo a máxima de 32 mm.
Funcionamento: é baseado no princípio da biela e cursor. O mecanismo começa seu movimento ao
acionar o motor a um senfim através de um acoplamento. O senfim é apoiado nas extremidades por
dois rolamentos.
66
67. Figura 10.7
11 - CONCEITOS DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS EMPREGADOS
NO CONTROLE DE QUALIDADE DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DE
ÁGUA
11.1 - ENSAIOS DE FLOCULAÇÃO (JAR-TEST)
É um ensaio objetivando a maior reprodutibilidade possível entre as condições de laboratório e
as da estação de tratamento de água.
11.1.1 - REAGENTES UTILIZADOS
- sulfato de alumínio a 1% em massa por volume - esta solução deve ser agitada perfeitamente
antes de pipetagem e desprezada, no máximo, após uma semana de uso;
- hidróxido de cálcio - este reagente pode ser utilizado na forma de suspensão 0,5% em massa
por volume ou na forma de solução saturada. Em suspensão agita-se antes da pipetagem e após o
ensaio a suspensão deve ser desprezada. No caso de solução saturada, pipeta-se sem agitar o
sobrenadante e recompõe o volume do frasco após o dia de trabalho.
11.1.2 - APARELHAGEM
- Aparelho para ensaio de floculação
Este aparelho deve ter os seguintes requisitos:
- dispositivo de controle das rotações aplicadas (erro máx. de 5%)
- possibilidade de correlacionamento das rotações aplicadas com o gradiente de velocidade;
- sistema para coletar amostras em profundidade definida, da maneira mais simultânea possível em
todos os copos;
- aplicação dos produtos químicos em todos os copos, da maneira mais simultânea possível.
- Aparelho para determinação da turbidez - Turbidímetro
- Equipamento para determinação da cor - Aqua - Test
- Equipamento para determinação do pH - Potenciometro
11.1.3 - EXECUÇÃO DO ENSAIO
11.1.3.1 - ENSAIO DE ROTINA
Para realização deste ensaio deve ser obtidas informações básicas na própria instalação de
tratamento.
Produtos Químicos Utilizados: seguir as instruções no manual do equipamento.
11.1.3.2 - ORDEM DE ADIÇÃO
A ordem de adição, bem como os tempos em que tais adições devem ocorrer estão relacionadas
com as condições da instalação de tratamento existente.
11.1.3.3 - TEMPO DE DETENÇÃO NOS FLOCULADORES
O tempo de detenção nos floculadores deve ser calculado segunda a fórmula:
t
Q
nV=
60
onde: t = tempo de detenção em minutos
V = volume da unidade de floculação em m3
67
68. n = nº de unidades de floculação
Q = vazão total da estação de tratamento em m3
/s
11.1.3.4 - GRADIENTE APLICADO NOS FLOCULADORES
Esta informação obtém-se no projeto, podendo ser um único valor ou tratar-se de uma gradação.
11.1.3.5 - VELOCIDADE DE SEDIMENTAÇÃO
A velocidade de Sedimentação ou taxa de aplicação superficial dos decantadores, obtém-se
através da fórmula a seguir:
S
n
V
A
Q
=
6000
onde: Vs = velocidade de sedimentação em cm/min.
Q = vazão total da ETA em m3
/s
A = área da unidade de decantação em m2
n = n0
de unidades de decantação.
11.1.3.6 - COLETA DE ÁGUA A SER ENSAIADA
Adota-se a mesma técnica usada para ensaio físico-químico com volume, obviamente,
suficiente para proceder a toda série de ensaio.
11.1.3.7 - REALIZAÇÃO DO ENSAIO
A faixa de dosagem a ensaiar é atribuição do analista, que deve conhecer o comportamento
prévio da água, a fim de que a dosagem ótima procurada esteja na faixa considerada. No caso de existir
mais de um produto a ensaiar, deve-se variar apenas a dosagem de um deles, isto para se tirar melhores
conclusões na análises dos resultados. A ordem de adição e tempo devem obedecer as condições da
estação de tratamento.
Pipetados os volumes dos produtos a ensaiar, na agitação rápida do Jar-Test, o valor do
gradiente, velocidade nesta etapa é bem inferior ao existente na ETA. Por isto neste ensaio adota-se um
valor de gradiente mínimo de 150 s-1
durante um minuto.
Após a agitação rápida, inicia-se o processo de floculação, cuja duração, bem como o gradiente
de velocidade, devem ser aplicados em função do comportamento da estação de tratamento.
Após o processo de floculação, inicia-se a decantação. O tempo de decantação bem como a
profundidade da coleta da amostra devem ser tais que, dividindo a profundidade em cm pelo tempo em
minutos, seja encontrado um valor igual ao da velocidade de sedimentação ou taxa de aplicação
superficial existente nos decantadores da ETA.
O coletor com diâmetro interno não superior a 4mm, deve dispor de curva e escala.
68
69. Figura 11.1 - Coletor de Amostra
Posicionando o coletor com o nível da água nas marcas de 5 ou 10, coletam-se amostras a 5 e
10 cm de profundidade, bastante para isto determinar em que tempo se deve processar a coleta. Para o
funcionamento do coletor deve-se aplicar um sinfonamento durante o processo de floculação e mantê-
lo através da colocação de uma pinça ou torneira que feche um tubo plástico que leva a amostra do
coletor para o frasco de recepção. A coleta em cada copo deve ser efetuada simultaneamente. Um
volume inicial de cerca de 10 mL deve ser desprezado, recolhendo-se a seguir, não mais do que 200
mL da amostra e com cuidado de que todos eles devem ser iguais para cada copo.
A freqüência de ensaio deve ser em função das alterações ocorridas na água a ser tratada.
11.1.3.8 - RESULTADOS
Após as realizações das análises, deve-se construir vários gráficos que expressem as variações
dos parâmetros de pH, cor e turbidez, em função da variação das dosagens de sulfato de alumínio, cal e
outros que venham ser usados.
A análise efetuada nos gráficos permite determinar as dosagens recomendadas, bem como dar
uma idéia da qualidade esperada da água a ser tratada.
11.2 - ALCALINIDADE
11.2.1 - INFORMAÇÕES
O conhecimento da alcalinidade na água é importante para efeito na dosagem do coagulante e
auxiliares e no controle do tratamento.
A alcalinidade é uma medida dos constituintes alcalinos na água.
11.2.2 - CAUSA
A alcalinidade é causada por sais alcalinos principalmente de Sódio e Cálcio e mede a
capacidade da água em neutralizar os ácidos.
A presença de bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos (Sódio, K, Ca e Mg), juntos com pH,
permitem por meio de gráfico obtermos o CO2.
pH > 9,4 hidróxido e carbonatos (alcalinidade cáustica)
8,3 < pH < 9,4 carbonatos e bicarbonatos
69
70. 4,4 < pH < 8,3 apenas bicarbonato.
O sistema químico predominante na água natural é o equilíbrio dos íons de bicarbonato,
carbonato e ácido carbônico, tendo usualmente maior prevalência o íon bicarbonato.
Uma água pode ter uma baixa alcalinidade mas um relativamente alto valor de pH e vice-versa.
Isoladamente, a alcalinidade, pode não ter maior importância, como indicador da qualidade de água,
todavia é muito importante, para o controle do processo de operação do tratamento de água. Baixos
valores de alcalinidade podem dificultar a saturação da água pelo CaCO3, que previne a corrosão nas
partes metálicas do sistema de abastecimento.
Em concentrações moderadas na água de consumo humano, a alcalinidade não tem nenhum
significado sanitário. Contudo, em níveis elevados, pode trazer sabor desagradável.
Nenhum valor de alcalinidade consta nos padrões de qualidade de água pesquisados. Portanto
não se pode recomendar nenhum valor desejável, devido ao fato da alcalinidade estar sempre associada
a outros constituintes.
11.2.3 - IMPORTÂNCIA DA ALCALINIDADE
Na água bruta a alcalinidade é importante, uma vez que participa do processo de coagulação,
pois a coagulação requer uma quantidade de alcalinidade igual a metade da quantidade de sulfato de
alumínio adicionado para produzir flocos. Se essa alcalinidade não é suficiente, a coagulação será
incompleta e o sulfato de alumínio solúvel sobrará na água.
Para evitar esse inconveniente empresta-se alcalinidade a água, através de uma base,
geralmente cal, para completar a coagulação ou manter a alcalinidade suficiente para impedir que a
água floculada seja corrosiva.
A alcalinidade tem também importância no controle da corrosão da água tratada.
11.2.4 - DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE
Reagentes: ácido sulfúrico N/50 e os indicadores metil orange e fenolftaleína.
Análise
a) pipetar 100 mL de amostra e introduzir num erlemnyer de 250 mL e adicionar 3 gotas de
fenolftaleína.
Desenvolvendo uma coloração rósea, titular com ácido sulfúrico N/50, até o total
desaparecimento da cor.
O volume de ácido sulfúrico gasto (mL), multiplicar por 10 para encontrar a alcalinidade em
carbonato de cálcio ( mg/L).
Não desenvolvendo a cor rósea na amostra ou então após o descoloramento da fenolftaleína,
adicionar 3 gotas de metil orange e titular com ácido sulfúrico N/50, até a formação de leve coloração
vermelha.
O operador deve anotar o volume total de ácido sulfúrico N/50 gasto, ou seja, o ácido sulfúrico
gasto, quando da titulação após a adição de fenolftaleína e após a adição do metil orange.
A alcalinidade Total é a alcalinidade a fenoltaleína mais a alcalinidade ao metil orange.
11.3 - COR
11.3.1 - INTRODUÇÃO
70
71. A cor na água é causada pela presença de íons metálicos, principalmente ferro e manganês, de
plancton, de algas, de húmus, de ligninas e produtos de sua decomposição (taninos, ácidos húmicos) e
efluentes industriais.
A cor na água dependendo do pH da mesma aumenta com sua elevação.
A cor torna a água esteticamente inaceitável para uso doméstico, bem como em alguns casos,
para uso industrial.
Para sua determinação utilizam-se os seguintes métodos:
a) a amostra pode ser comparada com solução - padrão cor;
b) comparação efetuada em aparelhos comparadores;
c) por equipamento espectrofotométrico.
11.3.2 - DEFINIÇÕES
a) cor aparente - é a cor conferida pelas substâncias dissolvidas e também pelas substâncias em
suspensão;
b) cor real - é a cor da amostra da qual se removeu as substâncias em suspensão, causadoras de
turbidez;
c) unidade de cor - é dada por 1 mg de platina na forma de cloro platinado, dissolvido em 1000 mL de
água destilada, na presença de cobalto em quantidade adequada para comparação com águas nativas.
11.3.3 - COLETA DE AMOSTRAS
a) as amostras podem ser coletadas em frasco de vidro ou de plástico com volume suficiente para
200 mL;
b) as amostras coletadas, mas não analisadas imediatamente, deverão ser preservadas até 24 horas em
recipiente com temperatura de 4 ºC, evitando incidência de luz;
11.3.4 - RESULTADOS
A cor é expressa por: m g Pt /L = C.F
onde: C = leitura de cor da amostra
F= fator de diluição = volume da amostra diluída
11.4 - Medida do pH de uma Água
Existem dois métodos para determinação do pH o potenciométrico e o colorimétrico
OBJETIVOS:
Através de conhecimento do potencial hidrogeniônico de uma água, permite-se controlar a:
- corrosão;
- quantidade de alúmens necessária a coagulação;
- proliferação de pequenos seres animais e vegetais;
- capacidade do tanque de coagulação.
MATERIAL NECESSÁRIO USANDO O MÉTODO POTENCIOMÉTRICO
- potenciometro completo;
- béqueres;
- pisseta lavadora;
- papel de filtro;
- solução tampões de pH = 4,0 e pH = 7,0;
- amostra.
71
72. Para determinar o pH da amostra faz-se antes a calibração do equipamento e em seguido a
medida do pH da amostra.
11.5 - DEMANDA DE CLORO DE UM ÁGUA
OBJETIVO
Calcular a quantidade de cloro necessário para desinfectar quimicamente uma água.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
- conta-gotas;
- vidros de 1 litro, de boca larga, com marca aos 200 mL;
- bastão de vidro;
- termômetro de haste.
REAGENTES - HIPOCLORITO DE CÁLCIO OU SÓDIO.
EXECUÇÃO
- faz-se inicialmente uma solução de Hipoclorito com 4 g/L de cloro ativo;
- enche até a marca de 200 mL, dez vidros de boca larga, com água de amostra e sob agitação coloca-se
1 gota no primeiro, 2 gotas no segundo e assim sucessivamente de modo que no 10o
receba 10 gotas;
- Dessa forma o primeiro vidro recebe 1 p.p.m de cloro ativo e o 10o
10 p.p.m;
- Deixa em repouso durante 30 minutos e em seguida determina em cada vidro o teor de cloro residual;
- A demanda de cloro corresponde à diferença entre o cloro adicionado e o que restou (cloro residual).
11.6 - DETERMINAÇÃO DO CLORO RESIDUAL
Os métodos mais conhecido para determinação do cloro residual são: método do iodo e o
colorimétrico.
OBJETIVO
Conhecer o teor de cloro ativo que permanece após a cloração da água, a 20C. Pelo método
colorimétrico de disco completo e o reagente orto-tolidina.
11.7 - DETERMINAÇÃO DE CLORETOS
OBJETIVO
A determinação do teor de Cloreto em uma água permite-se obter informações sobre o seu grau
de mineralização ou indícios de poluição.
11.8 - ACIDEZ TOTAL EM ÁGUAS
OBJETIVO
Permitir conhecer e corrigir adequadamente a acidez nas águas devido ao CO2 , ácidos minerais
e sais hidrolizados.
11.9 - DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA
Método do permanganato (oxigênio consumido)
72