2. OBJETIVOS DO CONHECIMENTO
1) Quadro político, econômico, social e
cultural europeu do final do século XIX e
início do século XX.
2) Tensões e causas da 1ª Primeira Guerra
Mundial.
3) Fases da 1ª Primeira Guerra Mundial.
4) Revolução tecnológica no teatro de
operação.
5) Consequências do conflito.
3. DESCRITORES
A) Contextualizar o quadro político europeu, do
final do século XIX e início do século XX.
B) Reconhecer o quadro econômico europeu, do
final do século XIX e início do século XX.
C) Apontar o quadro social europeu, do final do
século XIX e início do século XX.
D) Identificar o quadro cultural europeu, do final
do século XIX e início do século XX.
E) Contextualizar o quadro europeu, do final do
século XIX e início do século XX, enfatizando as
práticas imperialistas
4. DESCRITORES
F) Identificar as causas do conflito, decorrentes
de fatores econômicos, políticos, sociais e
culturais.
G) Descrever as principais fases da guerra de
movimento e guerra de trincheiras.
H) Identificar as transformações e os impactos
da revolução tecnológica e seu emprego no teatro
da guerra.
I) Compreender as transformações econômicas e
sociais do término do conflito.
J) Reconhecer as transformações políticas do
término do conflito.
8. Introdução
- Muitos historiadores consideram que o século XX
começou em 1914, quando eclodiu a Primeira Guerra
Mundial. O conflito, que durou quatro anos, é
considerado a primeira “guerra total” da História,
mobilizando populações de várias partes do mundo.
- Nas grandes cidades europeias houve apoio popular
à guerra. Amplos setores das sociedades acreditavam
na superioridade de seus exércitos e que o conflito
não duraria muito tempo.
- A crença era a de que a guerra era necessária, mas
seria bastante rápida.
- Não foi.
- Durou quatro longos anos.
9. - A Guerra Franco-Prussiana opôs as duas principais potências
econômicas e militares da parte continental da Europa entre os anos
1870 e 1871, representando a derrocada do Império de Napoleão III e
ascensão do Império Alemão de Guilherme I
- Após a Guerra Franco-Prussiana, entre 1870 a 1871, os anos que se
seguiram na Europa foram de paz e de grande avanço na ciência e na
tecnologia.
- Muitas invenções surpreenderam a humanidade. O avião, o automóvel, o
telégrafo foram algumas delas.
- Inovações ocorreram também nas artes plásticas e na literatura.
- Os franceses chamaram o período de belle époque (época bela).
10. - A Alemanha passava por intenso período de
crescimento industrial, tornando-se a maior
produtora de carvão, ferro e aço da Europa.
- Este crescimento econômico, no entanto, trouxe
problemas, um dos quais era a concorrência com
os ingleses.
- A Inglaterra era considerada a fábrica do
mundo, mas, em 1913, foi superada pela
Alemanha.
- Para o chanceler alemão Otto von Bismarck,
uma guerra com os ingleses poderia ser prejudicial
para a Alemanha. A Inglaterra também não
estava disposta a entrar em guerra.
- Além disso, o chanceler alemão sabia que a
maior ameaça da Alemanha era a França.
11. - Com a vitória na Guerra Franco-Prussiana, os alemães
tomaram da França a Alsácia-Lorena, uma região rica
em carvão. Os franceses estavam inconformados com
aquela perda.
- Haveria uma reação francesa e Bismarck adotou a
estratégia de isolar a França de outros países
europeus. Por algum tempo, ele conseguiu evitar que a
Inglaterra se aliasse à França.
- A Alemanha estabeleceu acordo militar com o Império
Austro-Húngaro em 1879, mas essa aliança elevou as
tensões políticas com a Inglaterra, a Rússia e a
França. As tensões aumentaram quando a Itália aderiu
ao bloco com a Alemanha e o Império Austro-Húngaro
em 1882, formando a Tríplice Aliança, que tinha como
premissa básica: no caso de um dos países ser atacado,
os outros dois teriam a obrigação de apoiar
militarmente o aliado.
12. - Bismarck conseguiu esfriar os ânimos de ingleses e
franceses três anos depois. Em 1885, na Conferência de
Berlim, comprometeu-se com a Inglaterra e com a França a
não disputar colônias na África e na Ásia com esses países.
- A política externa de Bismarck de isolar a França com o
objetivo de evitar guerras ficou conhecida como SISTEMA
BISMARCK.
- Tratado de Resseguro tentou manter a aliança do Império
Alemão com a Rússia, tal aliança era essencial o isolamento
da França.
15. Causas para o conflito
Rivalidaes econômicas e políticas entre os
Estados Europeus;
Disputas Imperialistas;
Nacionalismos;
Politica de Alinanças e a Paz Armada.
16. RIVALIDADES ENTRE ESTADOS EUROPEUS
ECONÓMICAS
(concorrência entre estados
europeus que se estendia às
Colónias: necessidade
de matérias-primas,
mão-de-obra barata e mercados)
POLÍTICAS
( Disputas Imperialistas,
Nacionalismos,
Politica de Alinanças
e a Paz Armada.)
17. RIVALIDADES ENTRE ESTADOS
Além da rivalidade entre os governos,
havia também forte sentimento
nacionalista, que gerava ódio entre os
povos.
Grupos nacionalistas de um país
consideravam os outros povos
inferiores.
O patriotismo e o sentimento de
superioridade provocavam fortes
rivalidades.
18. nacionalismo
Como doutrina política estão incluídas questões
como a autodeterminação e soberania (expansão
das nações e o processo de dominação sobre
outros continentes).
Como ideologia defende e enaltece tudo o que é
nacional, tudo o que é próprio de uma nação:
“raça”, língua, cultura, tradição, religião;
Defende por isso a independência territorial.
Nacionalismo
19.
20. Exemplos de Nacionalismos
0 Pan - eslavismo: liderado pela Rússia pregava a união de
todos os povos eslavos da Europa - oriental.
O Revanchismo Françes se baseava na ideia de vingança, dos
alemães, com o objetivo de recuperar a Alsácia-Lorena e
vingar a derrota na Guerra Franco-prussiana.
No Império Austro-Húngaro os Croatas, Bósnios e Eslovenos
querem a independência política deste império; a Sérvia
pretende fazer um estado eslavo juntando a Bósnia, a
Croácia e a Eslovénia e o estado independente do
Montenegro.
A Polónia, partilhada entre a Alemanha, a Rússia e a
Áustria, desejava a sua independência e unificação.
O pan-germanismo, cujo ideal era unificar todos os povos de
origem germânica na Europa, formando a “Grande Alemanha”.
O Império Otomano, em seu território estavam países que
hoje conhecemos como Turquia, Líbano, Síria, Iraque,
Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Israel e o território
palestino. O Império Russo era rival do Império Otomano.
21. A POLITICA DE ALIANÇAS
(se um país fosse atacado os outros prestariam apoio
militar)
TRÍPLICE ALIANÇA
(1882)
Alemanha
Império Austro-
Húngaro
Itália
Mais tarde sai a
Itália e junta-se o
Império Otomano e
a Bulgária
TRÍPLICE ENTENTE
(1907)
França
Rússia até 1917
Reino Unido
Mais tarde juntam-
se a Itália, Portugal,
Estados-Unidos após
1917, Japão, China,
Brasil
23. PAZ ARMADA
A corrida ao armamento é uma das consequências
da celebração das alianças.
A expressão que melhor caracteriza a Europa,
antes do deflagrar da 1ª Guerra Mundial, é Paz
Armada.
Os países não estavam em guerra, mas se
armavam cada vez mais a espera do conflito.
“A Paz Armada e a guerra em tempo de
paz.”
24.
25.
26.
27. ESTOPIM
Esse fato foi, apenas, a “gota d’água”
para o início do conflito.
A 28 de Junho de 1914, o herdeiro do
Império Austro-Húngaro, Francisco Fernando,e
sua esposa são assassinados em Sarajevo, na
Bósnia, por um estudante nacionalista sérvio,
Gavrilo Prinzip, membro de uma organização
sérvia.( Mão Negra)
28. - Os países estavam armados e preparados para
guerrear. As potências reuniram-se em blocos.
- Era a preparação para um grande conflito.
Você está dentro?
29. A mobilização decorreu num clima de
grande entusiasmo e alegria pois
pensava-se que a guerra seria breve e
rápida.
MOBILIZAÇÃO INGLESA E FRANCESA
30. Desenvolvimento do conflito
As batalhas desenvolveram-se principalmente em
trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes,
centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
de pequenos pedaços de território. A fome e a doença
também eram inimigas desses guerreiros.
Nos combates, também houve a utilização de novas
tecnologias bélicas como tanques de guerra e aviões.
Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as
mulheres trabalhavam na indústria bélica.
31.
32. GUERRA DE MOVIMENTOS
A 4 de Agosto a Alemanha invade a Bélgica neutral
e procura chegar rapidamente a Paris, cumprindo o
plano Schlieffen.
A Alemanha invade o Império Russo obrigando a
uma apressada mobilização, vencendo a batalha de
Tannenberg
O Exército Alemão teve que lutar em duas
frentes, a ocidental, contra a França e a oriental,
contra a Rússia.
As tropas alemãs são travadas na Batalha do
Marne, 5 a 12 de Setembro de 1914, por
exércitos franceses e ingleses, comandados pelo
general Joffre.
35. A guerra das trincheiras
Imagem:
Frank
Hurley,
27
de
setembro
de
1917/
Australian
War
Memorial/
Public
Domain
Os dois exércitos abriram vastas
valas, protegidas por arame
farpado, e instalaram-se em duas
frentes:
Frente Ocidental – do mar do
Norte à Suíça; Frente Oriental – na
Rússia.
A vida nas trincheiras era terrível e os
soldados tinham de suportar o frio, a chuva,
a neve, a lama, os ratos, as pragas de
piolhos, a falta de alimentos e cuidados
médicos, os gases venenosos.
42. A TERCEIRA FASE DA GUERRA 1917-1918
1917 – OS EUA ENTRAM NA GUERRA
43. A TERCEIRA FASE DA GUERRA 1917-1918
1917 – OS EUA ENTRAM NA GUERRA
- Os EUA vendiam alimentos, combustível e produtos industriais para
França e Inglaterra. Os EUA começaram a temer que França e
Inglaterra não pagassem as mercadorias compradas. Preocupados com
um possível não pagamento da dívida, a população americana
incentivava a entrada do país na guerra.
- A partir de 1917 a Alemanha decretou o bloqueio marítimo à
Inglaterra passando a atacar, com os seus submarinos, navios de
mercadorias e de passageiros americanos. Esse fato levou o
Congresso americano, no dia 6 de abril, a declarar guerra à
Alemanha.
- A entrada das tropas americanas, frescas e bem armadas, fez
desequilibrar as forças para o lado dos aliados, sendo decisiva para a
vitória da Entente.
44. A TERCEIRA FASE DA GUERRA 1917-1918
1918 - A RETIRADA DA RÚSSIA DA GUERRA
A Rússia retirou-se da guerra em razão
dos enormes problemas políticos internos,
revoluções internas (Revolução de Outubro
de 1917).
Logo após a retirada da Rússia da
guerra, seu principal líder, Lênin, assinou
junto à Alemanha um Tratado de Paz
entre as nações. O Tratado de Brest-
Litovsk (1918).
45.
46. O tratado de Brest-Litovsk
- O tratado de Brest-Litovsk entre a Alemanha e a
Rússia retira da Primeira Guerra Mundial a Russia.
- Com ele, a Rússia perdeu vários territórios para a
Alemanha, como a Estônia, a Lituânia, a Ucrânia e a
Finlândia.
47.
48. O ARMISTÍCIO
A retirada da Rússia da I GM impulsionou as forças
Alemãs, diversos territórios ficaram livres para o
deslocamento de suas tropas, reascendendo a crença da
vitória Alemã na Primeira Guerra Mundial.
Finda a guerra na frente oriental, os alemães iniciam
uma ofensiva, guerra de movimentos, na frente
ocidental com a finalidade de conquistarem Paris; dá-se
a 2ª Batalha do Marne, perdida pelos alemães; os
aliados ganham nos Balcãs e na Itália.
Em 1917, a guerra era insuportável para a população
europeia. Fome, racionamento, doenças, alta nos preços
das mercadorias, entre outros problemas, a europa
exigia o fim da guerra.
No final de 1918, revoltas populares na Alemanha
obrigaram o Imperador Guilherme II a abdicar. Em 11
de novembro desse mesmo ano, o governo alemão
assinou o Armistício, ou seja, a paz.
49. INOVAÇÕES MILITARES NA 1ª GUERRA MUNDIAL
Gás de cloro, Gás
mostarda
Máscaras de gás
Arame farpado
Lança chamas
Morteiros
Metralhadoras
Canhões de grande
alcance
Zepelins
Aviões
Submarinos
50. TANQUES
Nova arma que ingleses e franceses haviam
construído em sigilo absoluto. Utilizado pela primeira
vez na Batalha do Somme. Tanque Mark 1.
51. OS GASES CLORO E MOSTARDA
In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
52. Canhões de grande alcance.
FOTOGRAFIAS DE ANABELA MATIAS DE MAGALHÃES
53. O PAPEL DA MULHER NA 1ª GUERRA
MUNDIAL
In Rumos da História 9, Aníbal Barreira e Mendes Moreira, EDIÇÕES ASA
54. As mulheres tornaram-se operárias em
fábricas, motoristas de onibus, telefonistas, e
ocupavam cargos em escritórios.
Houve casos, embora raros, de mulheres que
atuaram como soldados.
Trabalhando e tendo os própios rendimentos,
as mulheres alcançaram independencia financeira
e a autonomia perante os homens.
Ao final da guerra as mulheres tinham
conquistado uma grande vitória na luta por seus
direitos – o de trabalhar.
55. A participação do Brasil na I GM
Quando a guerra começou, o Presidente do Brasil,
Hermes da Fonseca, declarou a neutralidade do país.
Contudo, navios de guerra alemães impediam que navios
cargueiros brasileiros exportassem café , causando
prejuízos para a economia brasileira.
Os alemães não respeitaram a neutralidade brasileira e
três navios mercante brasileiros foram afundados. Nas
ruas, os brasileiros exigiram atitude enérgica do
governo. Assim, em 26 de outubro de 1917, declarou
guerra à Alemanha.
56. 1) Participação da Marinha – a Esquadra
Naval brasileira foi incumbida de patrulhar a costa
noroeste africana.
2) Participação do Exército- sua participação foi envio
de um corpo de sargentos e oficiais para operar junto
ao exército francês, buscando aprender as modernas
técnicas de organização e combate empregadas
no front da I GM.
3) Missão médica militar - Instalaram um hospital, na
cidade francesa de Marselha, integravam a missão 92
médicos, farmacêuticos, pessoal de apoio administrativo
e um pelotão de segurança.
4) Participação da Força Aérea – Um esquadra
brasileira apoiou os combates aéreos realizando missões
de reconhecimento
60. CONSEQUÊNCIAS DA 1ª GUERRA MUNDIAL
- Os perdedores tiveram que assinar o Tratado de
Versalhes.
- A Alemanha teve seu exército reduzido e sua indústria
bélica controlada.
- Teve que devolver à França a região da Alsácia-Lorena.
- Teve que pagar o prejuízo da guerra aos países
vencedores.
61. OS TRATADOS DO FIM DE GUERRA
Quatorze Pontos de Wilson
O presidente dos EUA propós que os países
chegassem a acordos de paz, com o objetivo de
uma paz sem sem vencedores ou vencidos.
Um tratado de paz sem indenizações
exageradas e a formação de um orgão mundial
que evitasse futuros conflitos.
França e Inglaterra queriam uma revanche
contra a Alemanha e por isso rejeitaram a
proposta de Wilson.
62. Tratado de Versalhes- Junho de 1919
A Alemanha restitui a Alsácia e a Lorena à
França e territórios à Polónia.
Reduz o seu exército em 100 mil homens e
fica impedida de ter artilharia, submarinos,
aviões, carros de combate.
É condenada a pagar pesadas indenizações.
Em 1919 a Conferência de Paz cria, por
iniciativa de Wilson, a Sociedade das Nações –
SDN – visando assegurar a paz no mundo.
63. Assinatura do Tratado de Versalhes
Este fato impunha fortes
restrições e punições aos
vencidos.
Imagem:A
assinatura
da
Paz
no
Salão
dos
Espelhos,
Versalhes/
William
Orpen,
1919/
Imperial
War
Museum/
Public
Domain
O Tratado de Versalhes repercutiu na Alemanha,
sendo o principal fator do sentimento de
revanche que ocasionou a II guerra.
64. Países europeus envolvidos na guerra saíram
destruidos.
Estatísticas apontam para um total de 30
milhões de civis e militares mortos. Os
sobreviventes voltaram traumatizados.
Depois da guerra a Europa conheceu um
declinio economico.
O país que mais lucrou com a guerra foi os
Estados Unidos, tornando-se a maior potencia do
industrial e financeira do mundo.
Em 1919, foi criada a Liga das Nações.
Porém, pouco tempo depois, ela fracassou.
O MUNDO APÓS A GUERRA
65. CONCLUSÃO
Na primeira Guerra Mundial, os confrontos foram
longos, muito maiores que os países esperavam e se
prepararam economicamente.
Após 1914, as economias dos países - a
indústria, os investimentos do Estado, a mão de
obra, tudo se voltava para a economia de guerra.
Quatro anos após a I Guerra, a Europa já não
era mais a mesma:
Os presidentes substituíram os príncipes;
Automóveis, submarinos e aviões eram uma
realidade;
O cinema e o rádio expandiram-se pelo mundo e
As mulheres lutam pelos seus direitos.