O documento discute a educação na antiguidade grega. Resume três pontos principais: 1) Como a escrita, moeda, lei escrita e a cidade-estado contribuíram para superar o mundo mítico e o papel dos primeiros filósofos. 2) A afirmação do sofista Protágoras de que "o homem é a medida de todas as coisas" e como isso se comparava ao mundo heroico. 3) O método socrático de reconhecer a própria ignorância como princípio para a sabedoria.
2. Antiguidade Grega: A Paedéia
1- De que forma o aparecimento da escrita, da moeda, da lei escrita e
o nascimento da pólis contribuem para a superação do mundo
mítico? Que papel o filósofo desempenha nesse processo?
R. Até a criação da escrita, da moeda, da lei escrita e da pólis, o saber e
a prática da educação encontravam-se vinculados às tradições
religiosas recebidas dos ancestrais, já por volta do século VIII a.C. o
pensamento científico começa a se desligar de preocupações míticas e
com isso o homem passa a ter uma nova visão do mundo e de si
próprio. Com isso surgem os primeiro filósofos, estes têm o papel de
iniciar a problematização e discussão de uma realidade antes não
questionada pelo mito.
2- Explique a afirmação do sofista Protágoras: “O homem é a medida
de todas as coisas”, situando-a no mundo grego. Estabeleça
também comparações com o mundo heroico.
R. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma
pode ser definida pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em
determinado lugar, não deve valer necessariamente em outro, com esse
pensamento passa-se então o homem a ter em si a autonomia de
determinar o que é certo ou errado. Em paralelo com o período heroico,
nota-se que os heróis não eram seres providos de vontade própria, pois
como eram escolhidos pelos deuses, eram assim obrigados a viver
conforme julgava a vontade daquele que o nomeara, tirando assim seu
livre-arbítrio e capacidade de discernir o verdadeiramente certo do
errado.
3- Com base na epígrafe do capítulo, explique em que consiste o
método socrático.
3. R. O método socrático consiste no princípio de que a sabedoria começa
pelo reconhecimento da própria ignorância. Assim sendo, para que de
fato se possa aprender o que lhe era proposto, antes seria necessário
ter consciência de que não o sabia ao certo.