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Anestésicos Locais
Alline Campos
Anestesia Local
“Anestesia local é a perda temporária de
sensação ou dor em uma parte do corpo
produzida por um agente aplicado ou injetado
topicamente, sem diminuir o nível de
consciência.”
Covino e Vassallo - 1985
Dor
“...Uma experiência sensorial e emocional
desagradável associada a lesões reais ou
potenciais, descrita em termos de tais lesões”
(MERSKY,1980, Pain; adotada pela International Association for
the Study of Pain, 1996)”
Grande valor adaptativo  sinal de perigo  dano
fisiológico
Grupo de Laocoonte- 25 a.C.
(Agesandro, Atenodoro e Polidoro)
Museu do Vaticano
Nocicepção: processos neurais de codificação e processamento
de estímulos nocivos. (Loeser and Treed, 2008; Pain)
O nociceptor e via de entrada do estímulo nociceptivo
Anders e Ryder-Rinder, 1989. Pain mechanisms: anatomy and
physiology Melzack & Wall (1965)
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1- pKa;
2- pH;
3- Lipossolubilidade;
4- Cadeia intermediária;
5- Ligação cpm proteínas plasmáticas.
6- Sensibilidade das fibras nervosas
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Anestésicos Locais e predições a partir da estrutura química
Lipofílica hidrofílica
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Malamed S. F. Manual de anestesia local - 2005
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Agem prevenindo a geração e a condução do
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Ações dos AL, estrutura, frequência, voltagem
Numero de disparos/ eficiência de bloqueio
Poyraz D. et al.,Int. Anest & Analg 2003
Fibras em repouso são menos sensíveis aos AL do que as que estão sendo
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I II III IV
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Sítio de ligação
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Anestésicos Locais - Mecanismo de Ação
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Narahashi and Frazier, 1971
Diminuição do limiar da excitabilidade elétrica
AL: mecanismo de ação
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canal em seu estado inativado
Covino e Vassallo - 1985
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Covino e Vassallo - 1985
Fatores que interferem na ação dos AL: tipo de fibra
Anestésicos Locais
Fatores que interferem na ação dos AL: tipo de fibra  milenização
Fatores que interferem na ação dos AL: pH
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Prologamento da ação dos
anestésicos locais pela
associação com vasos
constritores
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Concentração plasmátca
Cuidados:
Ações em β2 (administração intra-muscular vasodilatação)
Uso em áreas pouco vascularizadas hipóxia.
1- São bases fracas, amina ou esteres (tempo de ação)
2- pKa ↓pKa, ↑ a concentração da fração não-ionizada em qualquer pH, mais
rápida a ação.
2- pH ↓pH, ↑ predominancia da fração ionizada, ↓ concentração de AL disponível
para atravessar a bicamada lipídica das membranas nervosas e alcançar o sítio de
ação.
3- Lipossolubilidade: ↑ a lipossolubilidade , ↑ a potência, ↑ mais rápida a ação e ↑
tempo de ação
4- Ligação com proteínas plasmáticas: ↑ ligação, ↑ duração de ação;
5- Fibras condução lenta, mais sensíveis  Nodos de Ranvier mais proximos são
bloquados mais rapidamente;
6- Dependência do uso: fibra em repouso é ↓ sensível aos AL do que as estimuladas
repetidamente.
7- Prolongamento da ação por vasoconstritores
Resumo até aqui…
Benzocaína: ↓ hidrosolubilidade, lentamente absorvido (menos efeitos tóxicos)
Metabolismo
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• Ligação proteínas plasmáticas ( reduz [ ]
droga livre)
• Esteres (estearases –AchE) vs amidas
(CYP) ligam mais a ptn plasmáticas.
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Toxicidade
•Sistema Nervoso Central
Estimulação/depressão
•Sistema Cardiovascular
•Miocárdio (↓ v condução, inotropismo negativo)
(administração em leitos vasculares)
•Musculatura lisa (SN simpático) epidural
Lidocaína: arritmias ventriculares
“ dependencia de uso”
Cuidados:
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  • 2. Anestesia Local “Anestesia local é a perda temporária de sensação ou dor em uma parte do corpo produzida por um agente aplicado ou injetado topicamente, sem diminuir o nível de consciência.” Covino e Vassallo - 1985
  • 3. Dor “...Uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesões reais ou potenciais, descrita em termos de tais lesões” (MERSKY,1980, Pain; adotada pela International Association for the Study of Pain, 1996)” Grande valor adaptativo  sinal de perigo  dano fisiológico Grupo de Laocoonte- 25 a.C. (Agesandro, Atenodoro e Polidoro) Museu do Vaticano Nocicepção: processos neurais de codificação e processamento de estímulos nocivos. (Loeser and Treed, 2008; Pain)
  • 4. O nociceptor e via de entrada do estímulo nociceptivo Anders e Ryder-Rinder, 1989. Pain mechanisms: anatomy and physiology Melzack & Wall (1965)
  • 5. Raouf R. et al., J. Clin. Invest. 2010 Condução do estímulo nociceptivo
  • 6. Golan, Princípios de Farmacologia Controle farmacológico da dor Anestésicos locais Anestésicos locais
  • 7.
  • 8. Anestésicos Locais Controle da nocicepção Guerrero et al., 2006
  • 9. 1- pKa; 2- pH; 3- Lipossolubilidade; 4- Cadeia intermediária; 5- Ligação cpm proteínas plasmáticas. 6- Sensibilidade das fibras nervosas 7- Dependência de uso Influenciam os efeitos dos anestésicos locais
  • 10. Anestésicos Locais e predições a partir da estrutura química Lipofílica hidrofílica Cadeia intermediária
  • 11. Malamed S. F. Manual de anestesia local - 2005 Anestésicos Locais e predições a partir da estrutura química São Bases fracas Esteres: estearases plasmáticas/figado Amidas: Não possui grupo amina terminal Tempo de ação?
  • 12. Estrutura química e tempo de ação Black, 1953 Lidocaina
  • 13. Anestésicos Locais - Mecanismo de Ação Agem prevenindo a geração e a condução do impulso nervoso Aumentam o limiar de despolarização Diminuem velocidade de condução
  • 14. Scholz 2002, British Journal of Anaesthesia 89 (1): 52±61 Ações dos AL, estrutura, frequência, voltagem
  • 15. Numero de disparos/ eficiência de bloqueio Poyraz D. et al.,Int. Anest & Analg 2003 Fibras em repouso são menos sensíveis aos AL do que as que estão sendo estimuladas
  • 16. I II III IV  Sítio de ligação I ISOLEUCINA F FENILALANINA Y Tirosina PORO Anestésicos Locais - Mecanismo de Ação Bloqueio dos canais de Na+ regulados por voltage, interagindo com o dominio helicoidal S6 Sensor de voltagem S1 S2 S3 S4¨S5 S6
  • 17. Anestésicos Locais - Mecanismo de Ação Onde? O sítio de ligação encontra-se no interior (citoplasma) da fibra/axônio Narahashi and Frazier, 1971 Diminuição do limiar da excitabilidade elétrica
  • 18. AL: mecanismo de ação -Formas não protonas: difundem -Formas protonadas canal aberto (interagem) itio
  • 19. AL: ligam-se mais firmemente e estabilizam o canal em seu estado inativado Covino e Vassallo - 1985
  • 20. Anestésicos Locais Covino e Vassallo - 1985 Fatores que interferem na ação dos AL: tipo de fibra
  • 21. Anestésicos Locais Fatores que interferem na ação dos AL: tipo de fibra  milenização
  • 22. Fatores que interferem na ação dos AL: pH O pKa é o pH no qual o numero de frações ionizadas e nao ionizadas da droga estão em equilibrio Cloridratos Bases fracas: pka 9
  • 23. Influência do pH do meio e o pKa nos efeitos dos AL Tecido Normal Malamed S. F. Manual de anestesia local - 2005 Tecido Inflamado
  • 24. Prologamento da ação dos anestésicos locais pela associação com vasos constritores Tempo de ação = contato
  • 25. Anestésicos Locais Fatores que influenciam a ação dos AL: Associação com Vasoconstritores Scott et al., 1972 Concentração plasmátca Cuidados: Ações em β2 (administração intra-muscular vasodilatação) Uso em áreas pouco vascularizadas hipóxia.
  • 26. 1- São bases fracas, amina ou esteres (tempo de ação) 2- pKa ↓pKa, ↑ a concentração da fração não-ionizada em qualquer pH, mais rápida a ação. 2- pH ↓pH, ↑ predominancia da fração ionizada, ↓ concentração de AL disponível para atravessar a bicamada lipídica das membranas nervosas e alcançar o sítio de ação. 3- Lipossolubilidade: ↑ a lipossolubilidade , ↑ a potência, ↑ mais rápida a ação e ↑ tempo de ação 4- Ligação com proteínas plasmáticas: ↑ ligação, ↑ duração de ação; 5- Fibras condução lenta, mais sensíveis  Nodos de Ranvier mais proximos são bloquados mais rapidamente; 6- Dependência do uso: fibra em repouso é ↓ sensível aos AL do que as estimuladas repetidamente. 7- Prolongamento da ação por vasoconstritores Resumo até aqui…
  • 27. Benzocaína: ↓ hidrosolubilidade, lentamente absorvido (menos efeitos tóxicos)
  • 28. Metabolismo • toxicidade absorção vs eliminação (vasoconstritor) • Ligação proteínas plasmáticas ( reduz [ ] droga livre) • Esteres (estearases –AchE) vs amidas (CYP) ligam mais a ptn plasmáticas.
  • 29. Anestésicos Locais Toxicidade •Sistema Nervoso Central Estimulação/depressão •Sistema Cardiovascular •Miocárdio (↓ v condução, inotropismo negativo) (administração em leitos vasculares) •Musculatura lisa (SN simpático) epidural Lidocaína: arritmias ventriculares “ dependencia de uso”
  • 30. Cuidados: - Idades extremas; - Condições cardíacas; - Disfunção renal e hepatica; - Gravidez; - Sinais de toxicidade em pacientes sedados ou anestesiados (geral) Anestésicos Locais Toxicidade
  • 31. Rang and Dale, 6 edição