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AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS
RELATOR     : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/



EMENTA


TRIBUTÁRIO. PENHORA SOBRE MARCA. ESTABELECIMENTO COMERCIAL.
ART. 11, §1º, DA LEF. EXCEPCIONALIDADE. CABIMENTO.
1. A marca faz parte dos bens incorpóreos da empresa, sendo apenas excepcionalmente
cabível a sua penhora, nos termos do art. 11, § 1º, da LEF, que dispõe que "(...)
excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial
ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção (...)".
2. Não sendo localizados bens ou ativos financeiros aptos a garantir o débito e
caracterizada a dissolução irregular da empresa devedora, mostra-se cabível a penhora
sobre a marca.
3. Agravo de instrumento provido.



ACÓRDÃO




Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 1ª
Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento
ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 11 de abril de 2012.




JOEL ILAN PACIORNIK
Relator


Documento eletrônico assinado por JOEL ILAN PACIORNIK, Relator, na forma do
artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª
Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento
está disponível no endereço eletrônico
http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código
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AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS
RELATOR     : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/



RELATÓRIO


Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu pedido de penhora da
marca CYRILLA.

Sustenta a agravante que não há qualquer iliquidez no bem oferecido em penhora, não
tendo sido encontrados outros bens aptos a garantir o débito, de modo que seria cabível
a penhora da referida marca. Requer, assim, a reforma da decisão agravada, para que
seja determinada a penhora da marca, postulando, ainda, a atribuição de efeito
suspensivo ao recurso.

Em decisão de fls. 96-98, atribuiu-se efeito suspensivo ao recurso.

Intimada a agravada para apresentar contrarrazões, transcorreu in albis o prazo para
manifestação.

É o relatório.

Peço dia.




JOEL ILAN PACIORNIK
Relator
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artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª
Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento
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AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS
RELATOR     : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/




VOTO


Transcrevo, por mantê-la, a fundamentação da decisão que atribuiu efeito suspensivo ao
recurso (fls. 96-98), in verbis:

"Dispõe o art. 11, § 1º, da LEF que "(...) excepcionalmente, a penhora poderá recair
sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou
edifícios em construção (...)".

Por sua vez, estabelece a doutrina acerca do conceito de estabelecimento comercial:

"Consideram-se como bens, que, juntos e ligados funcionalmente ao escopo-fim da
atividade empresária, formam o denominado complexo organizado, vale dizer, o
estabelecimento, o imóvel onde se localiza a sociedade empresária, os signos e nome
empresarial, a clientela ou freguesia, direito à locação comercial (ponto comercial),
direitos de propriedade industrial ou artística (como patentes, marcas de comércio e de
fábrica, desenhos e modelos industriais), material e móveis necessários às atividades
comerciais e industriais (balcão frigorífico, freezer, computadores, linhas telefônicas,
etc.), as mercadorias (estoque) e as criações (atuais ou futuras), o aviamento
(capacidade de gerar lucros e resultados), o crédito junto às instituições financeiras, a
imagem junto ao consumidor, depósitos bancários para capital de giro etc. (Nery,
RDPriv 11/231)." (grifei)
(NERY JUNIOR, Nelson e Rosa Maria de Andrade. Nota ao art. 1.142 do CC In Código
Civil Comentado, 4. ed, São Paulo: RT, 2006, p. 690)
Logo, a marca faz parte dos bens incorpóreos da empresa, sendo apenas
excepcionalmente cabível a sua penhora, nos termos do dispositivo já citado.

Destaque-se, ainda, que sendo a execução proposta no interesse do exequente e não do
executado, é lícito ao credor tanto postular a penhora da marca quanto recusar a
nomeação de bens à penhora quando não atendida a ordem prevista no art. 11 da Lei
nº 6.830/80.

No caso dos autos entendo que restou configurada a situação excepcional a que se
refere o dispositivo acima transcrito.

A execução fiscal nº 2000.71.02.003980-7 foi ajuizada em 06/10/2000 (fl. 26), havendo
tentativas frustradas de penhora de bens, conforme certidão do Oficial de Justiça (fl. 24
e fl. 62 verso). Também restou infrutífera tentativa de penhora de ativos financeiros
mediante consulta ao sistema BACEN-JUD (fl. 70 verso), restando determinada a
indisponibilidade de todos os bens (decisão da fl. 81).

Considerando, então, a situação particular dos autos, vê-se que a empresa não foi
encontrada em seu domicílio fiscal, o que caracteriza dissolução irregular. Ademais,
não foram localizados outros bens, nem ativos financeiros aptos a garantirem o débito.

Não desconheço o inconveniente dessa penhora e todas as providências inerentes a ela,
conforme bem apontou o MM Juízo a quo.

Porém, na hipótese em questão, nada indica que haja outra alternativa para o Fisco,
devendo, então, ser oportunizada esta penhora, ainda que trabalhosa e com reduzidas
possibilidades de êxito.

Dessa forma, assiste razão à parte agravante."

Não vislumbro, agora em juízo definitivo, motivos para alterar o entendimento acima
esposado, merecendo provimento, assim, o recurso.


Ante o exposto, voto por dar provimento ao agravo de instrumento, possibilitando
a penhora da marca comercial indicada (CYRILLA).




JOEL ILAN PACIORNIK
Relator


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EXTRATO DE ATA DA SESSÃO DE 11/04/2012
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS
ORIGEM: RS 200071020039807

RELATOR    : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
PRESIDENTE : JOEL ILAN PACIORNIK
PROCURADOR : Dr. LUIZ CARLOS WEBER
AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/

Certifico que este processo foi incluído na Pauta do dia 11/04/2012, na seqüência 131,
disponibilizada no DE de 29/03/2012, da qual foi intimado(a) UNIÃO FEDERAL
(FAZENDA NACIONAL), o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e as demais
PROCURADORIAS FEDERAIS.

Certifico que o(a) 1ª TURMA, ao apreciar os autos do processo em epígrafe, em sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A TURMA, POR UNANIMIDADE, DECIDIU DAR PROVIMENTO AO AGRAVO
DE INSTRUMENTO, POSSIBILITANDO A PENHORA DA MARCA COMERCIAL
INDICADA (CYRILLA).

RELATOR
                    : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
ACÓRDÃO
VOTANTE(S)          : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK
                    : Des. Federal MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE
                    : Des. Federal ALVARO EDUARDO JUNQUEIRA


LEANDRO BRATKOWSKI ALVES
Diretor de Secretaria


Documento eletrônico assinado por LEANDRO BRATKOWSKI ALVES, Diretor de
Secretaria, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006
e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da
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  • 1. AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/ EMENTA TRIBUTÁRIO. PENHORA SOBRE MARCA. ESTABELECIMENTO COMERCIAL. ART. 11, §1º, DA LEF. EXCEPCIONALIDADE. CABIMENTO. 1. A marca faz parte dos bens incorpóreos da empresa, sendo apenas excepcionalmente cabível a sua penhora, nos termos do art. 11, § 1º, da LEF, que dispõe que "(...) excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção (...)". 2. Não sendo localizados bens ou ativos financeiros aptos a garantir o débito e caracterizada a dissolução irregular da empresa devedora, mostra-se cabível a penhora sobre a marca. 3. Agravo de instrumento provido. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, por unanimidade, dar provimento ao agravo de instrumento, nos termos do relatório, votos e notas taquigráficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Porto Alegre, 11 de abril de 2012. JOEL ILAN PACIORNIK Relator Documento eletrônico assinado por JOEL ILAN PACIORNIK, Relator, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª
  • 2. Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 4860730v2 e, se solicitado, do código CRC 934B1BF9. Informações adicionais da assinatura: Signatário (a): Joel Ilan Paciornik Data e Hora: 11/04/2012 17:08 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/ RELATÓRIO Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que indeferiu pedido de penhora da marca CYRILLA. Sustenta a agravante que não há qualquer iliquidez no bem oferecido em penhora, não tendo sido encontrados outros bens aptos a garantir o débito, de modo que seria cabível a penhora da referida marca. Requer, assim, a reforma da decisão agravada, para que seja determinada a penhora da marca, postulando, ainda, a atribuição de efeito suspensivo ao recurso. Em decisão de fls. 96-98, atribuiu-se efeito suspensivo ao recurso. Intimada a agravada para apresentar contrarrazões, transcorreu in albis o prazo para manifestação. É o relatório. Peço dia. JOEL ILAN PACIORNIK Relator
  • 3. Documento eletrônico assinado por JOEL ILAN PACIORNIK, Relator, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código verificador 4860727v2 e, se solicitado, do código CRC 14A8C98F. Informações adicionais da assinatura: Signatário (a): Joel Ilan Paciornik Data e Hora: 11/04/2012 17:08 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/ VOTO Transcrevo, por mantê-la, a fundamentação da decisão que atribuiu efeito suspensivo ao recurso (fls. 96-98), in verbis: "Dispõe o art. 11, § 1º, da LEF que "(...) excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em construção (...)". Por sua vez, estabelece a doutrina acerca do conceito de estabelecimento comercial: "Consideram-se como bens, que, juntos e ligados funcionalmente ao escopo-fim da atividade empresária, formam o denominado complexo organizado, vale dizer, o estabelecimento, o imóvel onde se localiza a sociedade empresária, os signos e nome empresarial, a clientela ou freguesia, direito à locação comercial (ponto comercial), direitos de propriedade industrial ou artística (como patentes, marcas de comércio e de fábrica, desenhos e modelos industriais), material e móveis necessários às atividades comerciais e industriais (balcão frigorífico, freezer, computadores, linhas telefônicas, etc.), as mercadorias (estoque) e as criações (atuais ou futuras), o aviamento (capacidade de gerar lucros e resultados), o crédito junto às instituições financeiras, a imagem junto ao consumidor, depósitos bancários para capital de giro etc. (Nery, RDPriv 11/231)." (grifei) (NERY JUNIOR, Nelson e Rosa Maria de Andrade. Nota ao art. 1.142 do CC In Código Civil Comentado, 4. ed, São Paulo: RT, 2006, p. 690)
  • 4. Logo, a marca faz parte dos bens incorpóreos da empresa, sendo apenas excepcionalmente cabível a sua penhora, nos termos do dispositivo já citado. Destaque-se, ainda, que sendo a execução proposta no interesse do exequente e não do executado, é lícito ao credor tanto postular a penhora da marca quanto recusar a nomeação de bens à penhora quando não atendida a ordem prevista no art. 11 da Lei nº 6.830/80. No caso dos autos entendo que restou configurada a situação excepcional a que se refere o dispositivo acima transcrito. A execução fiscal nº 2000.71.02.003980-7 foi ajuizada em 06/10/2000 (fl. 26), havendo tentativas frustradas de penhora de bens, conforme certidão do Oficial de Justiça (fl. 24 e fl. 62 verso). Também restou infrutífera tentativa de penhora de ativos financeiros mediante consulta ao sistema BACEN-JUD (fl. 70 verso), restando determinada a indisponibilidade de todos os bens (decisão da fl. 81). Considerando, então, a situação particular dos autos, vê-se que a empresa não foi encontrada em seu domicílio fiscal, o que caracteriza dissolução irregular. Ademais, não foram localizados outros bens, nem ativos financeiros aptos a garantirem o débito. Não desconheço o inconveniente dessa penhora e todas as providências inerentes a ela, conforme bem apontou o MM Juízo a quo. Porém, na hipótese em questão, nada indica que haja outra alternativa para o Fisco, devendo, então, ser oportunizada esta penhora, ainda que trabalhosa e com reduzidas possibilidades de êxito. Dessa forma, assiste razão à parte agravante." Não vislumbro, agora em juízo definitivo, motivos para alterar o entendimento acima esposado, merecendo provimento, assim, o recurso. Ante o exposto, voto por dar provimento ao agravo de instrumento, possibilitando a penhora da marca comercial indicada (CYRILLA). JOEL ILAN PACIORNIK Relator Documento eletrônico assinado por JOEL ILAN PACIORNIK, Relator, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código
  • 5. verificador 4860729v2 e, se solicitado, do código CRC 93C78E06. Informações adicionais da assinatura: Signatário (a): Joel Ilan Paciornik Data e Hora: 11/04/2012 17:08 EXTRATO DE ATA DA SESSÃO DE 11/04/2012 AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009734-40.2011.404.0000/RS ORIGEM: RS 200071020039807 RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK PRESIDENTE : JOEL ILAN PACIORNIK PROCURADOR : Dr. LUIZ CARLOS WEBER AGRAVANTE : UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL) ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional AGRAVADO : DI BEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA/ Certifico que este processo foi incluído na Pauta do dia 11/04/2012, na seqüência 131, disponibilizada no DE de 29/03/2012, da qual foi intimado(a) UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL), o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e as demais PROCURADORIAS FEDERAIS. Certifico que o(a) 1ª TURMA, ao apreciar os autos do processo em epígrafe, em sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A TURMA, POR UNANIMIDADE, DECIDIU DAR PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO, POSSIBILITANDO A PENHORA DA MARCA COMERCIAL INDICADA (CYRILLA). RELATOR : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK ACÓRDÃO VOTANTE(S) : Des. Federal JOEL ILAN PACIORNIK : Des. Federal MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE : Des. Federal ALVARO EDUARDO JUNQUEIRA LEANDRO BRATKOWSKI ALVES Diretor de Secretaria Documento eletrônico assinado por LEANDRO BRATKOWSKI ALVES, Diretor de Secretaria, na forma do artigo 1º, inciso III, da Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006 e Resolução TRF 4ª Região nº 17, de 26 de março de 2010. A conferência da autenticidade do documento está disponível no endereço eletrônico http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/verifica.php, mediante o preenchimento do código
  • 6. verificador 4936131v1 e, se solicitado, do código CRC BCC964B1. Informações adicionais da assinatura: Signatário (a): Leandro Bratkowski Alves Data e Hora: 11/04/2012 16:26