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Acolhimento para todos:
Valorizando a diversidade e fomentando o protagonismo juvenil
Prefeito Municipal de Parauapebas/Pa:
Darci José Lermen
Vice - Prefeito Municipal de Parauapebas/Pa:
João José Trindade
Secretário de Educação:
José Leal Nunes
Secretária Adjunto:
Maria do Socorro Cardoso
Diretora técnica Pedagógica:
Larissa Brittes Menchick
Coordenador Geral de EMTI’s:
Adelson Campos
Coordenadora Pedagógica:
Joselí de Paula
Técnicos do Departamento:
Frank Santos
Pedro Botelho
Auxiliar Administrativo:
Elessandra Carvalho
Organizadora:
Joselí de Paula
1ª Edição
Parauapebas, 2023
Sumário
..........................................................................................................................................................................1
Acolhimento para todos:.........................................................................................................................2
.............................................................................................................................................................................3
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................5
O QUE É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: CONCEITO, IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS..........................6
O QUE NÃO É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: MITOS E EQUÍVOCOS COMUNS...................................7
A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO NA EDUCAÇÃO INTEGRAL: RESULTADOS E IMPACTOS
POSITIVOS NA VIDA DOS ESTUDANTES..................................................................................................9
COMUNICAÇÃO EFICAZ COM OS PAIS E RESPONSÁVEIS: FORTALECENDO A PARCERIA
ESCOLA-FAMÍLIA ........................................................................................................................................11
TRABALHANDO COM ESTUDANTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE: A IMPORTÂNCIA
DA ATENÇÃO INDIVIDUALIZADA...........................................................................................................13
FOMENTANDO O PROTAGONISMO JUVENIL: VALORIZANDO A VOZ E AS OPINIÕES DOS
ESTUDANTES ...............................................................................................................................................14
PROTAGONISMO JUVENIL E ACOLHIMENTO: PILARES DA EDUCAÇÃO INTEGRAL .................16
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS...............................................................................................17
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS: UMA JORNADA DE
CUIDADO AO LONGO DO ANO LETIVO..................................................................................................19
ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS NA PRIMEIRA SEMANA DE
AULA E AO LONGO DO ANO LETIVO:....................................................................................................................................20
ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR: PROMOVENDO A COESÃO E O BEM-ESTAR DOS
COLABORADORES.......................................................................................................................................21
ORIENTAÇÕES PARA RECEBER ALUNOS INCLUSOS: CONSTRUINDO UMA ESCOLA PARA
TODOS............................................................................................................................................................23
O PAPEL ESTRATÉGICO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO
ESCOLAR........................................................................................................................................................24
Veja abaixo um alista com algumas das atribuições do coordenador pedagógico no processo de
acolhimento:...................................................................................................................................................................................25
O PROFESSOR NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ESCOLAR: CONSTRUINDO VÍNCULOS E
AMBIENTES FAVORÁVEIS AO APRENDIZADO....................................................................................26
Veja abaixo uma lista com algumas das atribuições do professor no processo de acolhimento:..................27
A INCLUSÃO ESCOLAR E O PAPEL DOS ALUNOS ACOLHEDORES: UM CAMINHO PARA A
DIVERSIDADE E EMPATIA........................................................................................................................28
O ALUNOS ACOLHEDORES: INSTRUÇÕES PARA UMA RECEPÇÃO FRATERNA E
INTEGRADORA ............................................................................................................................................29
SUGESTÃO DE ACOLHIMENTO PARA ALUNOS DAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL..............31
SUGESTÃO 1: O LIVRO DA VIDA – MANTER PARA ALUNOS NOVATOS..................................................................32
SUGESTÃO 2: MEUS AMIGOS ME AJUDAM! – ALUNOS CALOUROS ..........................................................................34
SUGESTÃO 3: TUDO COMEÇA COM UM SONHO – EDUARDO LYRA .........................................................................35
SUGESTÃO 4: QUEBRANDO O GELO......................................................................................................................................38
SUGESTÃO 5: O VARAL DOS SONHOS...................................................................................................................................38
SUGESTÃO 6: MURAL DE SONHOS.........................................................................................................................................40
SUGESTÃO 7: DEFENDENDO SEU SONHO ..........................................................................................................................40
SUGESTÃO 8: CHAVE DOS SONHOS.......................................................................................................................................41
SUGESTÃO 9: CORREIO DO TEMPO.......................................................................................................................................42
SUGESTÃO 10: O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA!............................................................................................................43
SUGESTÃO 11: CAIXA DAS PREOCUPAÇÕES .....................................................................................................................44
SUGESTÃO 12: TEIA DE PALAVRAS ......................................................................................................................................46
SUGESTÃO 13: PROTAGONISMO ATÉ ALTAS HORAS....................................................................................................47
SUGESTÃO 14: CONSTRUÇÃO DE TORRES.........................................................................................................................49
SUGESTÃO 15: DINÂMICA DA CONFIANÇA........................................................................................................................49
SUGESTÃO 16: O CASTELO .......................................................................................................................................................50
SUGESTÃO 17: CEGO, SURDO E MUDO.................................................................................................................................51
SUGESTÃO 18: IDENTIDADE E ESTIMA...............................................................................................................................52
SUGESTÃO 19: MENTE CRIATIVA..........................................................................................................................................54
SUGESTÃO 20: SOLIDARIEDADE............................................................................................................................................55
SUGESTÃO 21: PARAQUEDAS..................................................................................................................................................56
SUGESTÃO 22: ETIQUETA NA TESTA...................................................................................................................................58
SUGESTÃO 23: "COMO SOU VISTO".......................................................................................................................................62
OUTRAS ATIVIDADES:...............................................................................................................................64
5
INTRODUÇÃO
A diversidade cultural, étnica e socioeconômica presentes nas escolas atualmente exigem
dos educadores uma postura atenta e sensível para lidar com as diferentes realidades e
necessidades dos alunos. Através do acolhimento, é possível criar uma atmosfera onde
todos se sintam seguros e respeitados, independentemente de suas origens ou
circunstâncias individuais.
Em uma escola de tempo integral, onde os estudantes passam grande parte do dia, é
impreterível garantir um ambiente acolhedor e inclusivo, que promova o bem-estar e o
desenvolvimento integral dos alunos.
Nesse contexto, a criação de espaços de diálogo, onde os alunos possam expressar suas
opiniões, necessidades e experiências, é uma estratégia importante para fortalecer o
acolhimento nas escolas. Essa prática estimula a valorização da diversidade, a resolução
pacífica de conflitos e a construção coletiva do conhecimento.
Além disso, é imprescindível que os professores promovam a conscientização sobre a
importância da igualdade e do respeito, seja realizando atividades que proporcionem uma
reflexão crítica sobre estereótipos e preconceitos, seja incentivando a participação de todos
os alunos, independentemente de suas habilidades individuais.
Ademais, a formação dos professores em relação à temática do acolhimento e inclusão é
necessária para que possam lidar de forma adequada com os desafios apresentados em um
contexto escolar diverso. Investir em capacitações e programas de atualização profissional
é o ponto chave para fortalecer suas habilidades e competências socioemocionais, que são
indispensáveis para promover um ambiente acolhedor e inclusivo.
Não se trata apenas de uma questão de recepção, mas sim de uma abordagem holística que
envolve todas as áreas da escola e valoriza a diversidade de todos os estudantes. Desta
forma, é preciso desmistificar ideias equivocadas sobre o acolhimento, como a noção de
que se trata apenas de uma questão de hospitalidade ou recepção, e entender a
importância desta prática para o sucesso escolar e o bem-estar dos estudantes.
Fomentar o protagonismo juvenil é outro aspecto que deve ser priorizado no acolhimento
na escola de tempo integral. Quando os estudantes são valorizados e envolvidos ativamente
na construção do ambiente escolar, eles se tornam mais comprometidos com o próprio
aprendizado e com a escola como um todo. Além disso, a valorização da diversidade
permite a todos os estudantes se sentirem acolhidos e respeitados, independentemente de
sua origem, cultura ou condição socioeconômica.
Neste material, apresentaremos conceitos, desafios e sugestões relacionados ao
acolhimento na escola de tempo integral. Discutiremos a importância da diversidade, da
comunicação eficaz com os pais e responsáveis, da atenção individualizada aos estudantes
6
em situação de vulnerabilidade, e apresentaremos exemplos de boas práticas e sugestões
concretas para a implementação do acolhimento na escola.
Ademais, abordaremos questões relacionadas à gestão do ambiente escolar, incluindo a
formação e capacitação dos profissionais, a organização do espaço físico e a utilização de
recursos pedagógicos para garantir um ambiente acolhedor. Também discutiremos a
importância do diálogo e da colaboração entre os diversos atores envolvidos na educação,
incluindo professores, pais, direção e equipe administrativa.
Este material é destinado a todos os profissionais da educação que desejam aprimorar sua
prática e compreender melhor o papel do acolhimento na escola de tempo integral.
Também é uma ótima fonte de informação para pais e responsáveis, que buscam entender
a importância da valorização da diversidade e do protagonismo juvenil no ambiente escolar.
Ao concluir esta obra, espera-se ter oferecido uma compreensão mais aprofundada sobre o
acolhimento na escola de tempo integral, bem como sugestões e recursos práticos para a
sua efetiva implementação.
O QUE É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: CONCEITO, IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS
O acolhimento na escola é um processo que tem como objetivo receber e integrar de forma
acolhedora e inclusiva todos os membros da comunidade escolar, sem distinção de origem,
gênero, orientação sexual, habilidades ou outras características particulares, sejam eles
alunos, professores, pais e demais funcionários. Trata-se de um conjunto de ações e
práticas que visam estabelecer um ambiente seguro, afetivo e propício para o
desenvolvimento integral dos envolvidos.
O conceito de acolhimento na escola está intimamente ligado à ideia de cuidado, respeito e
valorização do indivíduo. Consiste em receber cada pessoa de maneira individualizada,
considerando suas particularidades, necessidades e expectativas. É um processo contínuo,
que se inicia desde o momento em que a pessoa chega à escola e se estende ao longo de
toda a sua trajetória educacional.
A importância do acolhimento na escola é múltipla e abrangente. Primeiramente, ele
contribui para o estabelecimento de vínculos afetivos entre os membros da comunidade
escolar, promovendo a construção de relacionamentos saudáveis e positivos. Isso cria um
ambiente favorável ao aprendizado, potencializando a motivação e o engajamento dos
alunos.
Além disso, o acolhimento na escola é uma ferramenta que favorece o desenvolvimento
emocional e social dos estudantes. Ao se sentirem acolhidos e valorizados, eles se tornam
7
mais confiantes, seguros e empoderados em sua jornada acadêmica. Isso contribui para a
construção de uma autoimagem positiva e para o fortalecimento da autoestima.
Outro aspecto importante do acolhimento na escola é a promoção da inclusão e da
igualdade. Ao receber e valorizar a diversidade de experiências, culturas e habilidades dos
alunos, a escola se torna um espaço mais inclusivo, onde todos têm a oportunidade de se
expressar, aprender e se desenvolver plenamente.
Nesse sentido, os objetivos do acolhimento na escola são diversos. Primeiramente, busca-se
criar um ambiente acolhedor e seguro para o aprendizado. Para isso, é necessário garantir
a familiarização e adaptação dos alunos ao espaço físico, aos demais colegas e aos
profissionais da escola.
Também se busca promover o fortalecimento das relações entre os membros da
comunidade escolar, por meio de práticas como a escuta ativa, o respeito mútuo e a
resolução pacífica de conflitos. Dessa forma, estimula-se a construção de um ambiente
colaborativo e saudável, onde todos se sintam valorizados e incluídos.
Outro objetivo do acolhimento é o desenvolvimento socioemocional dos estudantes, por
meio do estímulo à expressão e ao reconhecimento das emoções, do incentivo à empatia e
da promoção de valores como a solidariedade e a tolerância.
Para atingir tais objetivos, é necessário que o acolhimento seja assimilado como uma
prática diária e integrado ao projeto político pedagógico da instituição. Desse modo, a
escola de tempo integral converte-se em um espaço propício para aprendizagem e
crescimento de todos, onde a diversidade é respeitada e o protagonismo juvenil é
incentivado.
Portanto, o acolhimento na escola é um processo primordial para promover a qualidade da
educação e o bem-estar de todos os envolvidos. Ao estabelecer um ambiente acolhedor,
respeitoso e inclusivo, busca-se criar as condições necessárias para o pleno
desenvolvimento pessoal, social e acadêmico dos alunos, contribuindo para a formação de
cidadãos críticos, autônomos e comprometidos com a sociedade.
O QUE NÃO É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: MITOS E EQUÍVOCOS COMUNS
É imprescindível esclarecer conceitos e desfazer equívocos corriqueiros acerca da prática
do acolhimento escolar, uma vez que existe uma tendência comum a confundir o que
realmente constitui e o que não é considerado acolhimento. Essa confusão pode conduzir a
práticas desprovidas de adequação e eficácia.
8
Nesta discussão, abordaremos algumas ideias comuns que podem ser confundidas com
acolhimento na escola, mas que na verdade não contribuem para a criação de um ambiente
acolhedor e seguro.
Um equívoco comum é acreditar que o acolhimento se resume apenas a atividades pontuais
de boas-vindas no início do ano letivo. Embora seja importante receber os alunos de
maneira calorosa e demonstrar interesse por suas histórias e experiências, o acolhimento
vai além disso. Ele deve ser contínuo e permanente, garantindo que todos os alunos se
sintam acolhidos durante todo o período escolar.
Outro equívoco é pensar que o acolhimento se limita apenas ao cuidado com o bem-estar
emocional dos alunos. Embora seja fundamental oferecer apoio emocional, o acolhimento
também envolve questões como a promoção da diversidade e o combate a qualquer forma
de discriminação. Isso significa criar um ambiente que valorize a igualdade de
oportunidades independentemente de raça, gênero, orientação sexual, religião, origem
étnica ou qualquer outra característica pessoal.
Um mito comum é acreditar que o acolhimento deve ser exclusivamente responsabilidade
dos professores. Embora os educadores desempenhem um papel fundamental no
acolhimento dos alunos, é importante envolver toda a comunidade escolar, incluindo
diretores, funcionários, pais e outros membros da equipe pedagógica. Todos devem estar
comprometidos em criar um ambiente inclusivo e acolhedor, trabalhando juntos para
promover relacionamentos saudáveis e respeitosos.
Outro mito é pensar que o acolhimento é algo naturalmente compreendido e praticado por
todos. Na realidade, o acolhimento é uma competência que precisa ser desenvolvida e
cultivada. Isso requer investimento em formação e capacitação para os profissionais da
educação, para que eles possam adquirir as habilidades e conhecimentos necessários para
promover um ambiente acolhedor e inclusivo.
Um dos erros comuns reside na concepção de que o acolhimento se circunscreve
meramente a uma postura amigável e cordial dos profissionais da educação, sem a adoção
de uma abordagem mais aprofundada e estruturada. Contudo, o acolhimento transcende o
simples gesto de um sorriso ou uma conversa despretensiosa; trata-se, na realidade, de
uma abordagem sistêmica e bem organizada, englobando desde a concepção de espaços
convidativos até a formação dos educadores e a valorização da diversidade.
Adicionalmente, muitas vezes prevalece a ideia de que o acolhimento seja uma ação
esporádica, limitada a momentos específicos, como a recepção de um novo estudante ou a
resolução de um conflito. Este é mais um equívoco, pois o acolhimento necessita ser uma
prática constante, integrada à rotina escolar e pautada por ações bem planejadas e
sistemáticas.
9
Por derradeiro, é vital enfatizar que o acolhimento não se confunde com a permissividade
ou a negligência na instituição de ensino. É perfeitamente viável ser acolhedor, mantendo
simultaneamente a disciplina e a segurança no ambiente escolar. O objetivo do acolhimento
é fomentar a inclusão e instilar a valorização da diversidade, e não abrandar a disciplina e a
responsabilidade dentro da escola.
Portanto, a clareza quanto ao que realmente constitui e o que não representa o acolhimento
na escola é indispensável para assegurar práticas eficientes e inclusivas. A desconstrução
dos mitos e equívocos comuns reveste-se mais ainda de importância para o sucesso da
implementação do acolhimento, particularmente na escola de tempo integral.
A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO NA EDUCAÇÃO INTEGRAL: RESULTADOS E
IMPACTOS POSITIVOS NA VIDA DOS ESTUDANTES
A importância do acolhimento na educação integral é um tema de grande relevância, uma
vez que os resultados e impactos positivos na vida dos estudantes podem ser evidenciados.
Primeiramente, o acolhimento na educação integral contribui para que os estudantes se
sintam pertencentes e acolhidos pela comunidade escolar.
Ao se sentirem parte de um grupo, os estudantes têm maior motivação e engajamento nas
atividades escolares, o que impacta diretamente em seu desempenho acadêmico. Além
disso, o acolhimento emocional proporcionado pelos profissionais da educação integral
auxilia no fortalecimento da autoestima e no desenvolvimento socioemocional dos
estudantes, ajudando-os a lidar com dificuldades pessoais e sociais.
Outro ponto importante é o estabelecimento de vínculos afetivos entre os estudantes e os
profissionais da educação integral. Ao se sentirem confiantes e amparados por adultos de
referência, os estudantes têm um maior sentimento de segurança e acolhimento, o que
reflete diretamente em sua relação com a aprendizagem. Professores e educadores que
proporcionam um ambiente acolhedor e empático são capazes de estimular o potencial dos
estudantes, auxiliando-os na superação de desafios e no alcance de metas educacionais.
Além disso, o acolhimento na educação integral pode contribuir para a formação de
cidadãos conscientes e participativos na sociedade. Ao promover a valorização da
diversidade e o respeito às diferenças, o acolhimento estimula a construção de relações
saudáveis entre os estudantes, favorecendo a convivência harmoniosa e a construção de
uma sociedade mais inclusiva.
Diante disso, é evidente que o acolhimento na educação integral desempenha um papel
fundamental na vida dos estudantes, trazendo resultados e impactos positivos. A seguir,
são delineados os principais resultados e impactos desse processo.
10
1. Desenvolvimento Social e Emocional: O acolhimento é essencial para o
crescimento social e emocional dos alunos. Ao sentirem-se recebidos e apoiados em
suas diferenças, fortalecem-se a identidade e a formação da personalidade,
favorecendo a autoaceitação e a autoexpressão.
2. Aprimoramento da Aprendizagem: A sensação de segurança e a confiança na
própria capacidade de aprender, cultivadas por um ambiente acolhedor, são cruciais
para o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima dos alunos. Isso reflete
positivamente na motivação e no engajamento, elementos-chave para o processo de
aprendizagem.
3. Inclusão e Integração à Comunidade Escolar: O acolhimento possibilita que os
estudantes se sintam parte integrante da comunidade escolar, motivando-os a
participar ativamente das atividades. Essa sensação de pertencimento é vital para a
coesão social dentro da instituição.
4. Fomento de Habilidades Sociais e Emocionais: O ambiente acolhedor facilita o
desenvolvimento de competências fundamentais, como empatia, respeito às
diferenças, tolerância e solidariedade. Essas habilidades são transferíveis para
diversas áreas da vida adulta, tornando-se essenciais para a formação cidadã
completa.
5. Construção de uma Cultura de Inclusão: O acolhimento ajuda a estabelecer uma
cultura escolar pautada no respeito e na inclusão. Isso torna a escola um espaço
seguro e convidativo para todos, prevenindo comportamentos negativos, como
evasão escolar, violência e bullying.
6. Melhoria na Comunicação e nas Relações Interpessoais: Fomentando uma
comunicação aberta e respeitosa, o acolhimento contribui para relações
interpessoais mais saudáveis e empáticas entre alunos, professores e demais
membros da comunidade escolar.
7. Contribuição para a Saúde Mental: Ao promover um ambiente onde o estudante
se sinta valorizado e compreendido, o acolhimento tem também impacto positivo na
saúde mental, auxiliando no combate ao estresse, ansiedade e outras questões
emocionais.
Ou seja, o acolhimento na educação integral não é uma mera prática formal, mas uma
abordagem poderosa que permeia todos os aspectos da vida escolar. Seu impacto positivo
no desenvolvimento dos estudantes, na aprendizagem e na cultura escolar reforça sua
relevância como elemento central na construção de uma escola inclusiva, respeitosa e
eficaz. A implementação bem-sucedida do acolhimento é um investimento valioso na
formação integral dos estudantes, que reverbera não apenas no ambiente educacional, mas
em toda a sociedade.
11
COMUNICAÇÃO EFICAZ COM OS PAIS E RESPONSÁVEIS: FORTALECENDO A PARCERIA
ESCOLA-FAMÍLIA
A comunicação eficaz com os pais e responsáveis, sem dúvida, fortalece a construção de
uma relação sólida e colaborativa entre a escola e a família. É através dessa comunicação
que é possível promover um ambiente de confiança e colaboração, resultando em um
melhor desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
Em primeiro lugar, é importante que a escola adote uma postura aberta e receptiva,
demonstrando interesse e disponibilidade para ouvir e dialogar com os pais. É essencial
criar canais de comunicação eficientes, como reuniões periódicas, encontros individuais ou
coletivos, e até mesmo o uso de tecnologias, como aplicativos ou plataformas digitais, que
facilitem o contato e troca de informações.
Além disso, é fundamental que a escola forneça informações claras e objetivas aos pais,
sobre o currículo, as atividades pedagógicas, os projetos desenvolvidos, as avaliações e os
resultados dos alunos. É importante que os pais se sintam informados e envolvidos no
processo educativo, compreendendo o que está sendo trabalhado e como podem contribuir
em casa.
A escola também deve estar aberta ao feedback dos pais, valorizando suas opiniões e
sugestões. Isso demonstra respeito e consideração pela família, e pode ajudar a identificar
possíveis problemas ou melhorias na prática escolar.
É importante ressaltar que a comunicação eficaz com os pais não se limita apenas a
questões pedagógicas, mas abrange também a promoção de um ambiente seguro e
acolhedor na escola. É necessário informar os responsáveis sobre normas, procedimentos e
políticas da instituição, buscando sempre uma relação transparente e confiável.
Por fim, é essencial que a escola se empenhe em estabelecer parcerias com os pais,
incluindo-os como colaboradores ativos no processo educativo. Promover a participação
dos pais em eventos escolares, projetos educativos ou grupos de trabalho, permite que eles
se sintam valorizados e engajados na vida escolar de seus filhos.
Para isso, é necessário investir tempo, recursos e esforços na melhoria da comunicação
escola-família, criando laços sólidos e duradouros. Nesse sentido, é importante que as
escolas adotem estratégias eficazes para promover uma comunicação contínua e
transparente com essa importante parte da comunidade educativa. Abaixo, listamos
algumas das principais estratégias para alcançar esse objetivo:
• Estabelecer canais de comunicação claros: é essencial que as escolas
disponibilizem diferentes formas de comunicação aos pais, como reuniões
presenciais, agendas eletrônicas, comunicados impressos e, cada vez mais, a
12
utilização de plataformas online, como e-mail ou aplicativos de mensagens
instantâneas.
• Promover reuniões regulares: além das reuniões individuais com os pais, é
importante organizar encontros coletivos, como reuniões de pais e mestres, para
discutir temas relevantes, apresentar o progresso acadêmico dos alunos e
esclarecer dúvidas.
• Utilizar linguagem clara e acessível: é recomendável que as informações
transmitidas aos pais sejam redigidas de forma clara, objetiva e em uma
linguagem acessível, evitando jargões técnicos que possam gerar confusão ou
falta de compreensão.
• Envolver os pais em atividades escolares: promover a participação dos pais
em eventos e atividades escolares pode fortalecer o relacionamento entre a
escola e a família. Isso pode incluir eventos esportivos, apresentações teatrais,
reuniões de pais e mestres, entre outros.
• Estimular a comunicação bidirecional: é fundamental que as escolas estejam
abertas à escuta ativa dos pais e responsáveis, permitindo que eles expressem
suas preocupações, sugestões e elogios. Isso pode ser feito através de caixas de
sugestões, pesquisas de opinião, ou mesmo por meio de contato direto com a
equipe pedagógica.
• Oferecer suporte individualizado: cada família tem suas próprias
características e necessidades. Por isso, é importante que as escolas ofereçam
suporte individualizado aos pais, sempre que necessário. Isso pode envolver
orientação acadêmica, apoio emocional ou encaminhamentos para serviços
externos.
• Manter a confidencialidade: as informações compartilhadas pelos pais devem
ser tratadas com confidencialidade, respeitando a privacidade de cada família. É
essencial que os pais se sintam seguros para expressar suas preocupações sem
medo de represálias ou julgamentos.
• Incentivar a participação dos pais na vida escolar: além de envolver os pais
em atividades pontuais, é importante estimular sua participação na vida escolar
de maneira mais ampla, como por exemplo, convidando-os a participar do
conselho escolar, das atividades de voluntariado ou de grupos de pais.
• Desenvolvimento de Programas Sensíveis às Necessidades Locais: A
perspectiva dos pais e responsáveis pode ser uma fonte rica de informações para
o desenvolvimento de programas e políticas educacionais que sejam mais
sensíveis e adaptadas às necessidades e realidades locais.
Ao adotar essas estratégias, as escolas podem estabelecer uma comunicação eficaz com os
pais e responsáveis, fortalecendo a parceria entre a escola e a família, e contribuindo para o
desenvolvimento acadêmico e emocional dos alunos. É importante ressaltar que a
13
implementação dessas estratégias deve ser feita de maneira contínua e consistente,
visando sempre a melhoria da relação entre a escola e os pais.
TRABALHANDO COM ESTUDANTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE: A
IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO INDIVIDUALIZADA
Um dos desafios enfrentados por educadores é o trabalho com estudantes em situação de
vulnerabilidade. Esses estudantes estão expostos a diversos fatores de risco, como
desigualdade socioeconômica, violência doméstica, negligência e falta de suporte
emocional, o que pode impactar significativamente seu desempenho acadêmico e bem-
estar emocional.
Nesse contexto, ao oferecer um acompanhamento individualizado, os educadores obtêm
um maior conhecimento sobre as necessidades específicas de cada estudante, permitindo a
criação de estratégias pedagógicas adaptadas e personalizadas. Isso inclui identificar suas
habilidades e deficiências, suas preferências de aprendizado e seus interesses pessoais, a
fim de proporcionar um ambiente de ensino apropriado e estimulante.
Trabalhar com estudantes em situação de vulnerabilidade exige um olhar cuidadoso,
compreensivo e, acima de tudo, personalizado por parte das instituições educacionais. A
atenção individualizada, quando oferecida de forma eficaz e abrangente, pode fazer a
diferença na trajetória de vida desses estudantes. Vamos abordar alguns aspectos
importantes dessa temática:
1. Diagnóstico Personalizado: Antes de tudo, é essencial que a escola consiga fazer
um diagnóstico preciso das necessidades de cada estudante. Isso implica não apenas
em avaliações acadêmicas, mas também em observações comportamentais,
entrevistas e diálogos que possam identificar potenciais desafios.
2. Apoio Multidisciplinar: Estudantes em situação de vulnerabilidade podem precisar
de apoio além do professor em sala de aula. Psicólogos, assistentes sociais e outros
profissionais podem ser essenciais para criar um plano de apoio eficaz.
3. Envolvimento da Família: A família desempenha um papel fundamental no
desenvolvimento do estudante. Promover reuniões, workshops e outras formas de
engajamento pode fortalecer a relação entre escola e família, criando um ambiente
mais propício para o desenvolvimento do aluno.
4. Ambiente Acolhedor: Mais do que simplesmente oferecer estratégias pedagógicas,
é vital que a escola promova um ambiente onde o estudante se sinta acolhido,
respeitado e valorizado. Isso implica em uma postura empática e inclusiva de toda a
equipe escolar.
14
5. Flexibilidade Curricular: Nem todos os estudantes aprendem da mesma maneira e
no mesmo ritmo. Oferecer flexibilidade no currículo e nas metodologias de ensino
pode ser fundamental para atender às necessidades específicas dos estudantes em
situação de vulnerabilidade.
6. Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais: Além do currículo
tradicional, é importante que a escola invista no desenvolvimento de habilidades
socioemocionais, como empatia, resiliência, autogestão, entre outras. Estas
habilidades são essenciais para que o estudante enfrente desafios e construa um
futuro mais promissor.
7. Formação Continuada dos Profissionais: Para lidar com as complexidades da
vulnerabilidade, os profissionais da educação precisam estar em constante
formação. Cursos, workshops e treinamentos devem ser frequentes para que os
educadores estejam aptos a atender a essa demanda.
8. Rede de Apoio: A escola deve construir uma rede de apoio, que envolva não apenas
a família, mas também a comunidade, organizações não governamentais e outras
instituições que possam contribuir para o desenvolvimento integral do estudante.
A atenção individualizada para estudantes em situação de vulnerabilidade é mais do que
uma metodologia pedagógica, é uma postura ética e humanizada que reconhece a
singularidade de cada aluno e busca promover sua plena formação. A escola, enquanto
espaço de transformação social, deve estar preparada para acolher, compreender e
potencializar as capacidades de cada estudante, independentemente de suas circunstâncias.
FOMENTANDO O PROTAGONISMO JUVENIL: VALORIZANDO A VOZ E AS OPINIÕES DOS
ESTUDANTES
É de extrema importância que a sociedade contemporânea, incluindo os sistemas de ensino,
valorize e estimule o protagonismo juvenil, oferecendo espaços para que os estudantes
possam expressar suas vozes e opiniões. A participação ativa dos jovens nas decisões que
afetam suas vidas não apenas promove o engajamento na comunidade escolar, como
também os prepara para exercerem uma cidadania crítica e responsável. Neste sentido, é
necessário compreender a relevância de ouvir e considerar as perspectivas dos estudantes,
a fim de criar um ambiente educacional mais participativo e democrático.
Primeiramente, ao reconhecer e valorizar a voz dos estudantes, estamos promovendo sua
autonomia e contribuindo para o desenvolvimento de habilidades fundamentais, como a
capacidade de se expressar, argumentar e negociar. Ao permitir que os jovens tenham voz
ativa na tomada de decisões, seja na elaboração de projetos pedagógicos, na escolha de
atividades extracurriculares ou na formulação de políticas escolares, estamos capacitando-
os a compreender o valor da participação cidadã e a construção coletiva do conhecimento.
15
Além disso, ao honrar as opiniões dos estudantes, estamos fortalecendo sua autoestima e
senso de pertencimento. Sentir-se parte de uma comunidade educacional na qual suas
ideias são levadas em consideração gera um sentimento de valorização e motivação. Essa
valorização não se limita apenas ao contexto escolar, mas também se estende para além
dos muros da instituição, na medida em que os estudantes se tornam agentes de
transformação em suas comunidades.
Outro aspecto relevante é a necessidade de romper com a ideia de que os estudantes são
apenas receptores passivos de conteúdo, enquanto os professores são detentores absolutos
do conhecimento. Ao abrir espaços para que os alunos compartilhem suas experiências,
saberes e perspectivas, estamos construindo um ambiente educacional mais plural e
enriquecedor, no qual o diálogo e a troca de ideias são valorizados. Dessa forma,
estabelecemos uma relação de colaboração entre professores e estudantes, em que ambos
são sujeitos ativos no processo de aprendizagem.
O fomento ao protagonismo juvenil não se trata de simplesmente permitir que os
estudantes falem, mas também de proporcionar ferramentas e estruturas que possibilitem
a efetivação de suas propostas e ideias. Isso implica em garantir a formação de lideranças
estudantis, a criação de espaços de representatividade e a promoção de mecanismos de
participação, como conselhos estudantis e fóruns de discussão.
De acordo com Piaget (1974), reconhece-se que os jovens detêm a capacidade de
compreender e interagir ativamente na edificação do saber. Assim, enfatiza-se a
necessidade de a instituição educacional ser um ambiente em que os discentes sejam
estimulados a manifestar suas concepções e sejam acolhidos em suas expressões.
A perspectiva de uma educação com ênfase no protagonismo juvenil transcende a mera
valorização das opiniões discentes; ela também constitui uma preparação para a atuação
responsável em sociedade. Conforme delineado por Freire (1970), a educação é
compreendida como um processo de conscientização e transformação social, no qual a
participação estudantil se relaciona intrinsecamente ao êxito desse mecanismo.
Para concretizar tal objetivo, destaca-se a relevância de a equipe escolar estimular a
participação dos alunos na formulação de diretrizes e projetos acadêmicos, sendo essencial
para isso implementar estratégias eficazes. A participação dos alunos no planejamento e na
tomada de decisões relacionadas às diretrizes e projetos acadêmicos não apenas os
capacita a se tornarem protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, mas
também contribui para o desenvolvimento de uma comunidade acadêmica mais engajada e
comprometida.
Uma estratégia importante é promover espaços de diálogo e discussão entre os alunos e a
equipe acadêmica. Isso pode ser feito por meio de fóruns de discussão, grupos de trabalho
ou até mesmo reuniões regulares. É fundamental garantir que os alunos sejam ouvidos e
tenham a oportunidade de expressar suas ideias, sugestões e preocupações em relação às
diretrizes e projetos acadêmicos.
Além disso, é fundamental envolver os alunos desde o início na definição dos objetivos e
metas acadêmicas. Isso pode ser feito por meio de pesquisas, questionários ou até mesmo
16
assembleias estudantis. Ao incluir os alunos nesse processo, eles se sentirão mais
motivados e comprometidos em alcançar os objetivos estabelecidos, uma vez que eles
próprios os ajudaram a definir.
Outra estratégia eficaz é estimular a criação de grupos de trabalho ou comitês compostos
por alunos e professores, que sejam responsáveis por analisar e propor melhorias nas
diretrizes e projetos acadêmicos. Isso permite que os alunos assumam um papel ativo na
tomada de decisões e no desenvolvimento de ações concretas para aprimorar o ambiente
acadêmico.
É importante também incentivar a divulgação dos resultados e impactos das iniciativas
tomadas com base nas diretrizes e projetos acadêmicos formulados pelos alunos. Isso não
apenas reconhece e valoriza o esforço dos alunos, mas também inspira outros estudantes a
se envolverem ativamente nesse processo. Ao envolver os alunos nesse processo, a
instituição de ensino promove uma cultura participativa e fortalece o compromisso com a
excelência acadêmica.
PROTAGONISMO JUVENIL E ACOLHIMENTO: PILARES DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
No intuito de forjar jovens autônomos, solidários e competentes, a Educação Integral
implementa estratégias inovadoras, com destaque para o Protagonismo Juvenil. As
diretrizes do Programa Ensino Integral da Secretaria de Educação de Parauapebas
propõem que o jovem assuma um papel ativo, dirigindo suas próprias aprendizagens e
explorando suas potencialidades.
Ao se tornar protagonista de suas escolhas, o jovem avança na autonomia, baseando-se em
valores e interesses pessoais. Essa atitude não só o torna solidário ao contribuir para um
ambiente escolar mais colaborativo, mas também desenvolve competências essenciais para
enfrentar os desafios do mundo do trabalho e construir seu Projeto de Vida.
O Protagonismo Juvenil, agora integrado ao Acolhimento, revela-se uma peça-chave nas
escolas de tempo integral. Este momento, percebido como um elo que une escola, estudante
e família, é uma estratégia eficaz no processo de ensino-aprendizagem. Os coordenadores
enfatizam três princípios essenciais: escuta ativa, cuidado e equidade.
Aprendizagem e o desenvolvimento humano são processos complexos dependentes de
diversas interações. A abordagem integral desses processos leva em consideração todas as
dimensões humanas: cognitiva, física, emocional, social, cultural e espiritual.
O Acolhimento, como a primeira etapa na construção do projeto de vida dos alunos nas
escolas de tempo integral, assume um papel de destaque no Programa. O material gerado
nesse processo fornece subsídios cruciais para o desenvolvimento pedagógico e é
encaminhado ao professor de Projeto de Vida.
Nos primeiros dias de aula, o Acolhimento vai além do convencional, sendo liderado por
jovens que já experimentaram seus benefícios. Eles compartilham princípios educativos, os
4 Pilares da Educação e conceitos do Protagonismo Juvenil e do Projeto de Vida. As
17
dinâmicas de grupo buscam despertar valores essenciais à formação de cidadãos
autônomos, solidários e competentes.
O desenvolvimento contínuo dos Projetos de Vida é coordenado por jovens ou ex-alunos do
Ensino Integral. Os participantes arquivam cuidadosamente suas produções, entregando-as
ao professor de Projeto de Vida. É importante ressaltar que, embora o Acolhimento seja
conduzido por alunos, a participação ativa da equipe gestora, professores e funcionários é
crucial, culminando na avaliação dos produtos durante a Culminância. Todos os materiais
produzidos pelos alunos se tornam um suporte valioso para o trabalho subsequente dos
professores, especialmente do professor de Projeto de Vida.
AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS
Ao ingressar nesse ambiente, o aluno traz consigo não apenas o acúmulo de conhecimentos
prévios, mas também uma ampla gama de expectativas, receios e aspirações.
Dentre as habilidades socioemocionais, destacam-se a empatia, a autoconsciência, a
autorregulação, as habilidades sociais e a tomada de decisão responsável. A empatia é a
capacidade de compreender e se colocar no lugar do outro, fomentando uma melhor
convivência e colaboração no ambiente escolar. A autoconsciência, por sua vez, diz respeito
ao conhecimento e à compreensão de seus próprios sentimentos, pensamentos e
comportamentos, permitindo um maior autocontrole emocional.
A autorregulação é a capacidade de controlar impulsos e emoções, desenvolvendo
habilidades como o adiamento de gratificações e a capacidade de lidar com situações
conflitantes. A aquisição de habilidades sociais é fundamental para estabelecer
relacionamentos saudáveis e efetivos, como a assertividade, a escuta ativa e a resolução de
conflitos de forma pacífica.
Além disso, a tomada de decisão responsável envolve a habilidade de analisar informações
de forma crítica, considerar os valores éticos e tomar decisões fundamentadas que levem
em conta o bem-estar próprio e o coletivo.
A valorização das competências socioemocionais no ambiente educacional é fundamental
para preparar o jovem para enfrentar os desafios e demandas do mundo contemporâneo.
Estas habilidades não apenas complementam o domínio dos conteúdos acadêmicos, mas
também capacitam o indivíduo a lidar com emoções, conflitos e relacionamentos de forma
saudável e construtiva.
Nesse contexto, o acolhimento transcende o simples ato de recepcionar; ele se configura
como um processo atencioso, empático e estratégico, capaz de moldar a percepção que o
jovem terá de sua trajetória educacional e, por conseguinte, de sua construção como
indivíduo ativo na sociedade.
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O primeiro passo para a construção de um projeto de vida significativo é estabelecer um
vínculo de confiança. O acolhimento cria um espaço onde os jovens se sentem livres para
expressar suas ideias, sonhos e preocupações. Esse diálogo aberto possibilita a
compreensão das necessidades individuais, habilidades e potenciais, criando uma base
sólida para o desenvolvimento de metas realistas e alcançáveis.
Um acolhimento bem estruturado também considera aspectos emocionais, sociais e
culturais, reconhecendo a diversidade presente na trajetória de cada jovem. Ao
compreender e respeitar as experiências de vida individuais, é possível orientá-los na
construção de um projeto que seja autêntico e representativo de suas identidades.
Além disso, ao incentivar a participação ativa dos jovens no planejamento de suas vidas, o
acolhimento promove a autonomia e a capacidade de tomada de decisões. Isso contribui
para que eles se tornem verdadeiros protagonistas de suas histórias, assumindo o controle
de seu destino e enfrentando os desafios com uma mentalidade proativa.
Ao delinear as competências gerais que os estudantes devem cultivar durante a Educação
Básica, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca as competências
socioemocionais como elementos primordiais. O foco não se limita apenas ao
desenvolvimento da inteligência cognitiva, mas também abraça a inteligência emocional e
social, enaltecendo a capacidade de lidar eficazmente com essas competências. Com a
implementação da BNCC, as competências socioemocionais ganham destaque equivalente
às competências cognitivas, visando a educar as emoções para promover uma formação
integral de crianças e adolescentes brasileiros, capacitando-os para os desafios do século
XXI.
Nesse cenário, torna-se imperativo que a escola estimule os alunos a desenvolverem
criatividade, pensamento crítico, colaboração, comunicação e outras competências
essenciais para enfrentar os desafios contemporâneos. Isso não apenas os prepara para os
variados desafios da vida e carreira, mas também contribui para um desempenho
aprimorado no âmbito acadêmico, transformando atitudes indisciplinadas e
comportamentos inadequados, potencializando, assim, a aprendizagem das disciplinas.
As 10 características gerais para a formação Protagonista dos nossos estudantes abrangem
conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação,
cultura digital, projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e
cooperação, e responsabilidade e cidadania.
Para o desenvolvimento dessas competências, é necessário que a família, em colaboração
com a escola, encontre formas de cultivar habilidades sociais e emocionais nesses jovens. A
BNCC enfatiza a importância de uma formação integral e intencional, indicando que eles
precisam aprender a enfrentar as adversidades cotidianas, promovendo a autonomia.
As competências socioemocionais podem ser aprendidas, praticadas e ensinadas por
crianças e adultos, alunos e professores, proporcionando a adoção de atitudes e habilidades
19
mais eficazes. Ao oferecer aos alunos o desenvolvimento dessas habilidades
socioemocionais, aliadas às habilidades cognitivas, possibilita-se que planejem e executem
de maneira mais eficiente seus objetivos de vida.
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS: UMA JORNADA
DE CUIDADO AO LONGO DO ANO LETIVO
O processo de acolhimento dos alunos é um momento que necessita de grande atenção na
construção do ambiente escolar, e a ação gestora é determinante nessa etapa. Nesse
sentido, existem diversas ações que a gestão pode desenvolver para promover o bem-estar
e a adaptação dos estudantes às demandas e desafios do ambiente escolar.
Logo na primeira semana, a gestão escolar deve proporcionar uma recepção calorosa e
organizada. A presença ativa dos gestores na entrada da escola, cumprimentando os alunos,
demonstra cuidado e cria uma atmosfera acolhedora. Além disso, a organização de
atividades de integração, palestras informativas e apresentações contribuem para que os
estudantes se sintam parte de uma comunidade educativa comprometida com o seu
desenvolvimento.
Além disso, é importante que a gestão esteja presente e acessível, demonstrando interesse
pelo bem-estar dos alunos e disponibilizando canais de comunicação eficientes com os pais
e responsáveis.
Outra ação relevante é a implementação de programas de apoio socioemocional, que visem
o desenvolvimento das habilidades emocionais e sociais dos alunos. Isso pode ser feito
através da realização de atividades como rodas de conversa, dinâmicas de grupo, palestras
e projetos relacionados à cidadania e resolução de conflitos. Além disso, é importante que a
gestão esteja atenta ao desenvolvimento individual de cada aluno, buscando identificar
possíveis dificuldades e oferecendo suporte adequado, seja através de acompanhamento
psicopedagógico, orientação vocacional ou outras formas de apoio emocional.
A gestão também pode promover a integração dos alunos, incentivando a participação em
atividades extracurriculares, como clubes, grupos de estudo e eventos escolares. Essas
atividades permitem que os alunos desenvolvam habilidades socioemocionais, como
trabalho em equipe, liderança e comunicação, além de proporcionar um espaço de
convivência saudável e enriquecedor.
Por fim, a gestão escolar pode promover uma abordagem pedagógica inclusiva, garantindo
que todos os alunos sejam respeitados e valorizados em suas singularidades. Isso implica
em criar estratégias educativas que atendam às necessidades individuais dos alunos,
proporcionando adaptações curriculares quando necessário e estimulando a participação
ativa de todos.
20
A gestão também influencia positivamente na formação da equipe docente. A promoção de
capacitações específicas sobre acolhimento, diversidade e abordagens pedagógicas
inclusivas é fundamental para que os professores estejam preparados para lidar com a
heterogeneidade presente nas salas de aula. Uma equipe bem orientada contribui
diretamente para o sucesso do acolhimento ao longo do ano letivo.
O ambiente físico da escola também é um elemento significativo no processo de
acolhimento. A gestão deve garantir que as instalações estejam adequadas e agradáveis,
contribuindo para a criação de um espaço educativo estimulante. A decoração das salas de
aula, áreas comuns bem organizadas e espaços externos apropriados são elementos que
impactam positivamente na experiência dos alunos.
Por fim, ao longo do ano letivo, a gestão deve manter um acompanhamento próximo dos
alunos, garantindo que o acolhimento não seja apenas um evento isolado, mas uma prática
contínua. A transparência na divulgação de informações sobre eventos, mudanças na rotina
e projetos pedagógicos fortalece a parceria entre escola e família.
ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS NA PRIMEIRA
SEMANA DE AULA E AO LONGO DO ANO LETIVO:
1. Planejamento Prévio: Antes do início do ano letivo, a gestão escolar deve realizar
um planejamento minucioso para a recepção dos alunos. Isso inclui a definição de
atividades acolhedoras, a distribuição adequada de recursos humanos e a
organização do espaço físico para proporcionar um ambiente convidativo.
2. Equipe Engajada e Treinada: Garanta que toda a equipe escolar esteja ciente da
importância do acolhimento e treinada para lidar com diferentes perfis de alunos.
Incentive a empatia, a escuta ativa e a disponibilidade para responder às
necessidades emocionais e acadêmicas dos estudantes.
3. Recepção Calorosa: Na primeira semana de aula, crie um ambiente de recepção
calorosa. Professores, funcionários e direção devem estar presentes na entrada da
escola para saudar os alunos, transmitindo a mensagem de que são bem-vindos e
valorizados.
4. Atividades de Integração: Desenvolva atividades que promovam a integração
entre os alunos. Dinâmicas de grupo, jogos cooperativos e projetos colaborativos
podem criar laços e estabelecer um clima positivo desde o início do ano letivo.
5. Conversas Individuais: Promova momentos para conversas individuais com os
alunos. Isso permite que a gestão compreenda as expectativas, preocupações e
interesses de cada estudante, contribuindo para um acompanhamento
personalizado ao longo do ano.
21
6. Comunicação Transparente: Estabeleça uma comunicação transparente com os
alunos e seus responsáveis. Informe sobre eventos escolares, mudanças na rotina,
projetos pedagógicos e qualquer outra informação relevante. Isso fortalece a
parceria entre escola e família.
7. Atenção à Diversidade: Esteja atento à diversidade presente na escola. Valorize e
respeite as diferentes culturas, origens e necessidades especiais dos alunos.
Implemente práticas inclusivas que garantam a participação de todos no ambiente
escolar.
8. Acompanhamento Contínuo: Ao longo do ano, mantenha um acompanhamento
contínuo do desenvolvimento dos alunos. Identifique possíveis desafios e ofereça
suporte adequado, seja por meio de orientação psicológica, reforço escolar ou outras
intervenções necessárias.
9. Ambiente Físico Agradável: Certifique-se de que o ambiente escolar seja acolhedor
e estimulante. Investir na decoração das salas de aula, nos espaços comuns e em
áreas externas contribui para criar um ambiente propício ao aprendizado e ao bem-
estar.
10. Promoção de Valores: Promova a ética, a solidariedade e o respeito como valores
fundamentais na escola. Isso contribuirá para a formação de cidadãos responsáveis
e conscientes do seu papel na sociedade.
ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR: PROMOVENDO A COESÃO E O BEM-ESTAR DOS
COLABORADORES
Professores, equipe pedagógica, pessoal de limpeza, vigilância, cozinheiras, secretaria e
estudantes formam uma comunidade que, quando acolhida adequadamente, contribui para
um ambiente educacional mais saudável e produtivo.
Existem diversas estratégias que podem ser adotadas para promover o acolhimento da
equipe escolar. Uma delas é promover a comunicação sem ruídos com diálogo aberto e
transparente. Isso inclui a realização de reuniões regulares, nas quais os membros da
equipe possam expressar suas opiniões, tirar dúvidas e trocar experiências. Além disso, é
importante incentivar a participação ativa de todos, valorizando as diferentes perspectivas
e contribuições individuais.
Para ser eficaz, o acolhimento deve ser um processo criativo e envolvente. Cada escola pode
desenvolver estratégias únicas, alinhadas à sua realidade local. A partilha de experiências
bem-sucedidas entre as unidades de ensino e as equipes educativa pode enriquecer o
repertório de práticas eficazes.
22
Dentre os modelos a serem adotados, destaca-se a realização de "Rodas de Acolhimento" e
"Rodas de Conversa". Essas atividades proporcionam um espaço para expressão, reflexão e
fortalecimento dos laços comunitários. A condução respeitosa, o estímulo ao diálogo e a
abordagem construtiva são elementos-chave para o sucesso dessas práticas.
Outro aspecto importante do acolhimento da equipe escolar é o reconhecimento e a
valorização do trabalho realizado. É fundamental que os membros da equipe se sintam
reconhecidos e valorizados pelo seu esforço e dedicação. Isso pode ser feito por meio de
elogios, recompensas e oportunidades de crescimento profissional. O reconhecimento do
trabalho bem feito não só incentiva a motivação da equipe, mas também fortalece o senso
de pertencimento e o sentimento de trabalho em equipe.
Além disso, é fundamental oferecer apoio e orientação aos membros da equipe escolar. Isso
pode ser feito por meio de programas de capacitação, mentoria e suporte emocional. O
desenvolvimento profissional e pessoal dos membros da equipe contribui para o
fortalecimento da equipe como um todo, além de promover a melhoria contínua da
qualidade do trabalho desenvolvido.
Em paralelo, é relevante que durante o processo de acolhimento, os princípios da Educação
de Tempo Integral sejam transmitidos de forma leve e lúdica. A abordagem dos pilares
como sustentabilidade, educação interdimensional, contemporaneidade, protagonismo,
gestão democrática, experimentação, inclusão, pedagogia da presença, equidade e os 4
Pilares da Educação deve ser incorporada de maneira a instigar a reflexão e a participação
ativa.
É importante ressaltar que a mecânica e a automação não são elementos desejáveis nesse
processo. Os acolhedores, em parceria com a Gestão Escolar, podem desenvolver um
cronograma flexível de atividades mensais, trimestrais, semestrais ou anuais. Esse
planejamento colaborativo permite a adaptação do acolhimento às dinâmicas sazonais e
aos eventos específicos da escola.
Abaixo, listamos algumas sugestões práticas para o acolhimento da equipe escolar:
• Criação de um ambiente de trabalho agradável e acolhedor: é importante
que a escola invista em um espaço físico que proporcione conforto e bem-estar
aos colaboradores.
• Desenvolvimento de atividades de integração: a realização de atividades que
promovam a integração e o trabalho em equipe, como jogos, palestras e
dinâmicas, é uma boa forma de acolher a equipe escolar.
• Valorização dos colaboradores: a equipe escolar deve ser valorizada e
reconhecida pelo trabalho desenvolvido, o que contribui para o aumento da
motivação e satisfação dos profissionais.
23
• Desenvolvimento de formações e capacitações: a escola deve investir em
treinamentos e capacitações para a equipe escolar, para que eles possam se
desenvolver profissionalmente.
• Atendimento aos anseios e necessidades da equipe: a escola deve ouvir e
atender às necessidades e anseios da equipe escolar, buscando sempre soluções
que sejam satisfatórias para ambas as partes.
• Feedback constante: proporcionar feedbacks constantes e oportunidades de
crescimento e desenvolvimento para a equipe, visando o aprimoramento
contínuo da qualidade do acolhimento.
Estes são apenas alguns exemplos de atividades práticas que podem ser implementadas
para fomentar o acolhimento da equipe escolar e devem ser adaptadas às necessidades e
realidades de cada escola, para garantir sua efetividade.
Por fim, é importante ressaltar a importância da promoção de um ambiente de trabalho
saudável e respeitoso. A equipe escolar deve ser composta por profissionais que se sintam
seguros e respeitados, livre de qualquer forma de discriminação ou preconceito. A
promoção da diversidade e da inclusão é essencial para a construção de uma equipe escolar
acolhedora e eficaz.
ORIENTAÇÕES PARA RECEBER ALUNOS INCLUSOS: CONSTRUINDO UMA ESCOLA PARA
TODOS
As orientações para receber alunos inclusos visam a construção de uma escola que atenda a
todos de forma igualitária, respeitando suas diferenças e necessidades. A inclusão escolar é
um direito de todos os alunos e, para que ela seja efetiva, é necessário que sejam adotadas
medidas adequadas visando à sua promoção e garantia. Nesse sentido, apresentamos as
seguintes orientações para receber alunos inclusos, contribuindo para a construção de uma
escola para todos:
1. Sensibilização e conscientização: É essencial que toda a comunidade escolar
esteja ciente da importância da inclusão e do respeito às diferenças. Promover a
sensibilização por meio de palestras, formações e discussões pode contribuir
para a construção de uma mentalidade inclusiva.
2. Conhecimento das Necessidades Específicas: Antes de tudo, é fundamental que
a equipe escolar, incluindo professores, coordenadores e alunos, busque
conhecimento sobre as necessidades específicas dos alunos inclusos. Isso envolve
compreender as diferentes condições, limitações e potencialidades,
proporcionando uma base sólida para o processo de recepção.
3. Planejamento pedagógico inclusivo: É necessário desenvolver um
planejamento pedagógico inclusivo, considerando as necessidades individuais de
24
cada aluno. Isso implica em adaptar as atividades, materiais e recursos das aulas
de acordo com as características e habilidades de cada aluno.
4. Estímulo à Participação Social: Incentive a participação dos alunos inclusos em
atividades sociais e extracurriculares. Promova uma cultura que valorize a
integração e a participação ativa, criando oportunidades para que todos os
estudantes se envolvam em diferentes aspectos da vida escolar.
5. Acessibilidade: Garantir a acessibilidade arquitetônica, comunicacional,
pedagógica e tecnológica é fundamental para a inclusão dos alunos. Isso implica
em adaptar os espaços físicos, disponibilizar recursos de comunicação
alternativos (como a Libras, por exemplo), oferecer materiais em formatos
acessíveis e utilizar recursos tecnológicos que auxiliem no aprendizado dos
alunos.
6. Formação continuada: Investir na formação continuada dos professores e
equipe pedagógica é essencial para a efetivação da inclusão. Capacitar os
profissionais para lidar com as diversidades e ensinar de forma inclusiva é
fundamental para que todos os alunos tenham acesso a um ensino de qualidade.
7. Trabalho em equipe: Promover o trabalho em equipe é fundamental para o
sucesso da inclusão. Estabelecer uma boa comunicação entre os profissionais,
como professores, coordenadores, psicólogos e demais áreas envolvidas, para
compartilhar conhecimentos, experiências e estratégias é essencial para garantir
um ambiente escolar inclusivo.
8. Valorização da diversidade: É importante que se valorize a diversidade e se
combata qualquer forma de preconceito e discriminação dentro da escola.
Promover atividades que valorizem e respeitem as diferenças, como projetos
educativos, atividades culturais e debates, contribui para a construção de um
ambiente inclusivo e acolhedor.
Ao seguir essas orientações, a escola não apenas recebe alunos inclusos de maneira
adequada, mas também promove uma cultura inclusiva que beneficia toda a comunidade
escolar. A inclusão não é apenas uma questão de atender às necessidades específicas, mas
de construir uma escola que reconheça e valorize a diversidade, proporcionando a todos os
alunos a oportunidade de aprender, crescer e se desenvolver plenamente.
O PAPEL ESTRATÉGICO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE
ACOLHIMENTO ESCOLAR
O coordenador pedagógico desempenha um papel-chave nesse processo, pois é
responsável por planejar, organizar e coordenar as atividades de acolhimento, tanto para
os alunos que ingressam na escola pela primeira vez, como para aqueles que estão
passando por momentos de transição, como mudança de ciclo escolar ou transferência de
escola.
Uma das principais funções do coordenador pedagógico no acolhimento escolar é realizar a
escuta atenta dos alunos, suas famílias e professores, identificando suas necessidades,
25
anseios e dificuldades. A partir dessa escuta qualificada, o coordenador pode pensar em
estratégias e ações que promovam a integração, o acolhimento e o apoio necessário para
cada um.
Além disso, cabe ao coordenador pedagógico orientar os professores na elaboração de
práticas pedagógicas que promovam a inclusão e o respeito à diversidade, levando em
consideração as especificidades e necessidades dos alunos. Ele também deve estar atento
para garantir que os espaços físicos e materiais da escola estejam adequados e acessíveis a
todos os estudantes.
Outra atribuição importante do coordenador pedagógico no acolhimento escolar é articular
a participação de toda a comunidade escolar nesse processo. Por meio de reuniões,
encontros e parcerias com as famílias, é possível criar um vínculo de confiança e
envolvimento, fortalecendo a relação entre escola e família.
Nesse sentido, o coordenador pedagógico também pode estabelecer parcerias com
instituições e profissionais da área da saúde, assistência social e psicologia, para garantir o
suporte necessário aos estudantes e suas famílias, quando houver demandas específicas.
Veja abaixo um alista com algumas das atribuições do coordenador pedagógico no processo
de acolhimento:
1. Planejamento Estratégico: O coordenador pedagógico desempenha um papel
fundamental no planejamento estratégico do acolhimento. Colabore com a equipe
gestora para criar um cronograma de atividades acolhedoras e desenvolver
estratégias que considerem as necessidades específicas dos alunos.
2. Formação da Equipe Docente: Certifique-se de que os professores estejam
devidamente preparados para o acolhimento. Ofereça formações que abordem a
importância do processo, estratégias de aproximação com os alunos e práticas
pedagógicas que promovam a inclusão e a empatia.
3. Orientação Individual e em Grupo: Promova orientações individuais e em grupo
com os professores para discutir as abordagens de acolhimento. Estimule a troca de
experiências e a busca por estratégias pedagógicas que favoreçam a integração dos
alunos desde o início do ano letivo.
4. Mediação de Conflitos: Esteja preparado para mediar conflitos entre alunos, se
necessário. O coordenador pedagógico pode desempenhar um papel fundamental na
resolução de conflitos, promovendo o diálogo e a busca por soluções construtivas.
5. Acompanhamento Psicopedagógico: Realize acompanhamento psicopedagógico
para identificar possíveis dificuldades emocionais ou acadêmicas dos alunos.
Colabore com a equipe multidisciplinar para oferecer suporte individualizado
quando necessário.
6. Desenvolvimento de Projetos Integradores: Proponha e participe ativamente do
desenvolvimento de projetos integradores que promovam a interação entre os
26
alunos. Esses projetos podem incluir atividades extracurriculares, grupos de estudo
ou eventos que fortaleçam os laços entre os estudantes.
7. Comunicação com os Responsáveis: Mantenha uma comunicação eficaz com os
responsáveis pelos alunos. Informe sobre o processo de acolhimento, eventos
escolares, e esteja disponível para esclarecer dúvidas ou receber feedback sobre o
desenvolvimento dos estudantes.
8. Observação Atenta do Ambiente Escolar: Realize observações atentas do
ambiente escolar para identificar possíveis desafios ou oportunidades de melhoria.
Esteja aberto a receber sugestões da equipe docente e dos alunos para aprimorar o
ambiente educacional.
9. Estímulo à Participação dos Alunos: Incentive a participação ativa dos alunos no
processo de acolhimento. Promova espaços para que expressem suas opiniões,
sugiram atividades e contribuam para a construção de um ambiente escolar mais
acolhedor e inclusivo.
10. Avaliação Contínua: Realize uma avaliação contínua do processo de acolhimento.
Colete feedbacks da equipe docente, dos alunos e de outros envolvidos, ajustando as
estratégias conforme necessário para garantir um acolhimento eficaz ao longo do
ano letivo.
O PROFESSOR NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ESCOLAR: CONSTRUINDO VÍNCULOS E
AMBIENTES FAVORÁVEIS AO APRENDIZADO
O processo de acolhimento dos alunos se resume apenas à transmissão de informações
sobre a disciplina que será ministrada; trata-se, sobretudo, de construir vínculos, promover
um ambiente acolhedor e estabelecer as bases para um ano de aprendizado significativo.
Em primeiro lugar, o professor é responsável por criar uma atmosfera que propicie o
acolhimento desde o primeiro dia de aula. Um sorriso caloroso, cumprimentos amigáveis e
gestos simples de hospitalidade contribuem para dissipar possíveis ansiedades dos alunos,
criando um ambiente onde se sintam bem-vindos e valorizados.
A apresentação pessoal e da disciplina é outro ponto-chave. O professor deve compartilhar
sua trajetória, experiências e, principalmente, suas expectativas em relação aos alunos.
Transmitir entusiasmo pela matéria, demonstrar comprometimento e estabelecer clareza
sobre o que é esperado dos estudantes contribuem para uma relação mais transparente e
produtiva.
No âmbito das relações interpessoais, as atividades de integração são essenciais. Dinâmicas
de grupo, debates construtivos e projetos colaborativos não apenas quebram o gelo, mas
27
também fomentam a construção de laços entre os alunos e o professor. Essa interação
inicial estabelece um alicerce sólido para o trabalho conjunto ao longo do ano.
A atenção às necessidades individuais é uma responsabilidade central do professor no
processo de acolhimento. Conversas individuais, quando possível, permitem conhecer as
características, expectativas e eventuais desafios específicos de cada aluno. Essa
abordagem personalizada contribui para a adaptação do ensino às particularidades de cada
estudante.
A criação de um ambiente inclusivo é, igualmente, uma atribuição importante do professor.
Incentivar a participação de todos, independentemente de suas habilidades ou
características, promove um senso de pertencimento e respeito à diversidade. O professor,
ao valorizar a singularidade de cada aluno, contribui para a construção de uma comunidade
escolar mais rica e enriquecedora.
Além disso, o feedback construtivo é essencial nesse processo. O professor deve oferecer
retornos sobre o desempenho dos alunos, destacando seus pontos fortes e indicando áreas
para melhoria. Esse diálogo construtivo não apenas orienta os estudantes em seu
desenvolvimento acadêmico, mas também reforça a importância do papel do professor
como mentor e guia.
Por fim, a continuidade do cuidado ao longo do ano letivo é uma responsabilidade
constante do professor. Manter-se aberto à comunicação, demonstrar interesse pelo
progresso e bem-estar dos alunos, e estar disponível para orientações e apoio contribuem
para a construção de uma relação de confiança que perdura ao longo do tempo.
Veja abaixo uma lista com algumas das atribuições do professor no processo de
acolhimento:
1. Construção de Vínculos Afetivos: O professor deve buscar estabelecer vínculos
afetivos com os alunos desde o início do ano letivo. Demonstrar empatia, interesse
pelas histórias individuais e criar um ambiente de confiança são fundamentais para
um acolhimento eficaz.
2. Recepção Ativa: Durante a primeira semana de aula, receba os alunos de maneira
ativa e calorosa. Cumprimente-os individualmente, aprenda seus nomes e esteja
aberto para ouvir suas primeiras impressões sobre a escola e a turma.
3. Apresentação Pessoal e da Disciplina: Faça uma apresentação pessoal e da
disciplina que leciona. Compartilhe um pouco sobre sua trajetória profissional e
explique as expectativas e objetivos da matéria. Isso ajuda os alunos a entenderem o
contexto e a importância da disciplina.
4. Diálogo Aberto: Mantenha um diálogo aberto e receptivo com os alunos. Esteja
disponível para ouvir suas dúvidas, preocupações e sugestões. Incentive a
28
participação dos estudantes nas discussões em sala de aula, promovendo um
ambiente de aprendizado colaborativo.
5. Atividades de Integração: Planeje atividades de integração que estimulem a
participação ativa dos alunos. Dinâmicas, jogos e trabalhos em grupo são estratégias
que favorecem a interação e promovem o senso de comunidade na sala de aula.
6. Identificação de Necessidades Individuais: Esteja atento para identificar as
necessidades individuais dos alunos. Converse individualmente, se possível, para
compreender suas características, habilidades e eventuais desafios. Isso contribui
para um acompanhamento mais personalizado ao longo do ano.
7. Apoio a Alunos Novos: Caso haja alunos novos na turma, promova a integração
deles, incentivando colegas a recebê-los e oferecendo apoio adicional quando
necessário. Facilite a adaptação desses alunos ao novo ambiente escolar.
8. Estímulo à Autonomia: Incentive a autonomia dos alunos desde o início. Ajude-os a
estabelecer metas pessoais e acadêmicas, promovendo a responsabilidade pelo
próprio aprendizado. Isso contribui para a formação de estudantes mais
independentes e engajados.
9. Feedback Construtivo: Forneça feedback construtivo sobre o desempenho dos
alunos, reconhecendo seus esforços e identificando áreas de melhoria. Isso contribui
para o desenvolvimento contínuo dos estudantes e fortalece a relação professor-
aluno.
10. Parceria com Responsáveis: Mantenha uma comunicação próxima com os
responsáveis pelos alunos. Informe sobre o progresso acadêmico, eventos escolares
e esteja disponível para discutir questões relacionadas ao desenvolvimento dos
estudantes.
A INCLUSÃO ESCOLAR E O PAPEL DOS ALUNOS ACOLHEDORES: UM CAMINHO PARA A
DIVERSIDADE E EMPATIA
A inclusão escolar é uma prática pedagógica que tem como objetivo assegurar o acesso dos
alunos a uma educação de qualidade, independentemente de suas habilidades e
características. Nesse sentido, espera-se que os alunos que acolhem seus colegas tenham
um empenho constante na promoção de um ambiente escolar verdadeiramente inclusivo.
A recepção adequada de um aluno incluído demanda sensibilidade, empatia e a
compreensão de que a diversidade é um elemento enriquecedor para toda a comunidade
escolar. Em primeiro lugar, é primordial que os alunos acolhedores busquem compreender
as necessidades específicas do colega com necessidades especiais. Isso engloba não apenas
o conhecimento de suas condições ou limitações, mas também o reconhecimento de suas
potencialidades e singularidades. A empatia desempenha um papel crucial nesse contexto,
29
pois possibilita que os acolhedores enxerguem além das diferenças, valorizando a
individualidade de cada aluno.
Adicionalmente, ações práticas são igualmente importantes nesse processo de acolhimento.
Os alunos acolhedores podem contribuir para a adaptação do ambiente escolar,
identificando e sugerindo possíveis ajustes para facilitar a participação do colega incluído
em atividades cotidianas. Essas ações podem envolver auxílio na disposição das mesas e
cadeiras, promoção do acesso a recursos pedagógicos adaptados ou colaboração na criação
de estratégias de interação. Cada gesto, por menor que seja, contribui para a construção de
um espaço verdadeiramente inclusivo.
Além disso, é de responsabilidade dos alunos acolhedores promover a integração social do
colega incluído. Estimular a participação dele em atividades extracurriculares, incentivar a
formação de amizades e criar oportunidades para que todos se conheçam melhor são ações
que fortalecem os laços dentro da comunidade escolar.
Por fim, é essencial que os alunos acolhedores atuem como agentes multiplicadores da
cultura da inclusão. Ao educarem seus colegas sobre a importância da diversidade, eles
promovem um ambiente escolar onde o respeito às diferenças se torna uma prática
constante. Essa conscientização não apenas beneficia o aluno incluído, mas também
contribui para a formação de cidadãos mais tolerantes e solidários.
O ALUNOS ACOLHEDORES: INSTRUÇÕES PARA UMA RECEPÇÃO FRATERNA E
INTEGRADORA
Os alunos acolhedores são agentes de transformação, criando um ambiente propício à
aprendizagem e ao acolhimento dos novos integrantes da comunidade escolar. Esses
alunos são responsáveis por recepcionar e integrar os novos alunos, tornando o ambiente
escolar acolhedor e propício para o processo educativo. Seu comportamento amigável,
atencioso e receptivo contribui para que os recém-chegados se sintam bem-vindos,
diminuindo a ansiedade e a sensação de estranhamento.
Ao se sentirem acolhidos e integrados, eles tendem a apresentar maior engajamento nas
atividades escolares, melhor aproveitamento das aulas e maior interesse pelo aprendizado.
Além disso, os alunos acolhedores podem compartilhar dicas e estratégias de estudo,
auxiliando na adaptação acadêmica dos novos colegas.
A presença dos alunos acolhedores nas escolas de tempo integral auxilia no
desenvolvimento socioemocional dos estudantes, pois eles aprendem a lidar com
diferenças, a exercitar a empatia e a desenvolver habilidades de comunicação e resolução
de conflitos.
A oportunidade de atuar como aluno acolhedor permite aos estudantes desenvolver
habilidades de liderança, responsabilidade e preocupação com o próximo. Eles aprendem a
30
lidar com desafios, a comunicar-se de maneira eficaz e a tomar decisões conscientes,
tornando-se referências positivas para os demais alunos e para a comunidade escolar como
um todo.
Ser um elo entre os estudantes recém-chegados e o cotidiano escolar pode transformar a
experiência de adaptação, promovendo um ambiente mais amigável e integrador. As
instruções aos alunos acolhedores são diretrizes valiosas para assegurar que essa recepção
seja não apenas efetiva, mas também genuinamente calorosa.
Veja a seguir algumas orientações que a escola pode passar para o grupo de alunos
acolhedores:
1. Comecem sendo empáticos: É importante que vocês entendam as ansiedades e
expectativas dos novos colegas para criar uma conexão real. Pensem em como vocês
se sentiram quando entraram na escola pela primeira vez e como uma recepção
calorosa fez a diferença.
2. Cumprimentem os novos alunos com cordialidade: Dizer um simples "olá"
com um sorriso pode fazer toda a diferença. Gestos amigáveis ajudam a acalmar
qualquer nervosismo inicial.
3. Apresentem-se e compartilhem: Se apresentem de forma amigável e contem
um pouco sobre vocês. Isso cria um ambiente descontraído e convida os novos
colegas a fazerem o mesmo, facilitando a formação de amizades.
4. Mostrem como a escola funciona: Ofereçam instruções práticas sobre a escola,
como a localização das salas, os horários e as regras básicas. Isso ajudará os novos
alunos a se sentirem mais confiantes e confortáveis no novo ambiente.
5. Promovam atividades para se integrarem: Incentivem a participação em
atividades de integração, como jogos em grupo, atividades cooperativas e eventos
sociais. Essas oportunidades ajudam os novos alunos a se conectarem com os
colegas e a se sentirem parte da comunidade escolar.
6. Sejam sensíveis às diferenças: É importante respeitar as origens, culturas e
interesses diversos dos novos colegas, criando um ambiente inclusivo desde o início.
7. Ofereçam ajuda nas atividades escolares: Estejam disponíveis para ajudar os
novos alunos nas atividades escolares. Compartilhem materiais, expliquem os
procedimentos ou esclareçam dúvidas. Isso ajudará na transição suave dos novos
estudantes.
8. Sejam guias amigáveis: Mostrem como podem ajudar os novos colegas a
encontrar salas de aula, a cantina ou outros lugares importantes na escola. Essa
orientação prática facilita a adaptação deles.
31
9. Estejam abertos ao diálogo: Abram espaço para ouvir os novos colegas.
Convidem-nos a compartilhar suas experiências, preocupações e expectativas. Ouvir
atentamente cria um ambiente propício para construir relacionamentos positivos.
10. Continuem oferecendo apoio: O acolhimento não deve ser apenas no começo.
Incentivem todos a continuarem apoiando ao longo do ano, promovendo uma
cultura de amizade e suporte contínuo.
Através da empatia, cumprimentos cordiais e apresentações amigáveis, os alunos
acolhedores estabelecem conexões reais com os novos colegas, dissipando nervosismos
iniciais e facilitando a formação de vínculos. Além disso, ao compartilharem suas
experiências iniciais na escola, eles demonstram como uma recepção acolhedora pode fazer
toda a diferença.
A presença dos alunos acolhedores nas escolas de tempo integral não se limita a ações
pontuais, mas promove uma cultura de amizade e suporte contínuo ao longo do ano letivo.
Ao estar abertos ao diálogo e ouvir atentamente, eles proporcionam um ambiente propício
para a construção de relacionamentos positivos e duradouros.
SUGESTÃO DE ACOLHIMENTO PARA ALUNOS DAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL
Objetivos:
• Criar um ambiente acolhedor e inclusivo para os novos alunos da escola;
• Apresentar as instalações da escola, as atividades e o funcionamento da escola;
• Conhecer os colegas de turma e os professores;
• Desenvolver habilidades sociais e emocionais dos alunos;
• Promover o trabalho em equipe e o respeito ao próximo.
Materiais:
• Espaço físico acolhedor (sala de atividades, sala de dormir, banheiros, etc.)
• Materiais de escrita (cadernos, canetas)
• Cartazes e adesivos
• Materiais para brincadeiras e atividades lúdicas
• Materiais para atividades físicas (bolas, jogos)
• Materiais para atividades artísticas (papéis, tintas, pincéis, etc.)
Estratégias:
• Atividades escritas e lúdicas para os alunos se conhecerem;
• Visita às instalações da escola e apresentação dos profissionais da escola;
• Apresentações individuais dos alunos;
32
• Jogos em equipe para desenvolver habilidades sociais e emocionais;
• Participação em atividades artísticas, esportivas e culturais para aprimorar as
habilidades e interesses dos alunos.
SUGESTÃO 1: O LIVRO DA VIDA – MANTER PARA ALUNOS NOVATOS
Objetivo:
• Fomentar a reflexão sobre si mesmo;
• Despertar para a importância do autoconhecimento.
Materiais necessários:
• Cópia do Livro da Vida – 1 cópia por estudante;
• Material de escrita – 1 por estudante.
Desenvolvimento:
ETAPA I
• Antes de entregar o Livro da Vida aos estudantes, o Acolhedor destaca a relevância dessa
atividade no início do Projeto de Vida, como um momento para a introspecção e reflexão
sobre si mesmo.
• Para facilitar a construção do Livro da Vida, o Acolhedor propõe perguntas que todos
devem responder individualmente, compartilhando, em seguida, suas sensações com o
grupo:
1. Quando estou em um grupo novo, eu me sinto...
2. Ao refletir sobre o caminho percorrido até agora, eu me sinto...
3. Quando imagino o futuro, eu me vejo...
4. Eu me sinto integrado em um grupo quando...
5. Tenho uma vergonha significativa em relação a...
6. Quando alguém fica magoado comigo, eu...
7. O que mais me irrita é...
8. Uma pessoa para ser minha amiga precisa...
9. Ao entrar em uma sala cheia de pessoas, eu me sinto...
10. Sinto-me feliz quando...
11. No dia do meu aniversário, eu...
12. O que mais me entristece é...
13. Meu ponto forte é...
14. Uma dificuldade que me incomoda é...
15. Quando estou sozinho diante de um espelho, eu me vejo...
ETAPA II
Construção do Livro da Vida:
33
• Após a etapa das perguntas, o Jovem Protagonista entrega uma cópia do Livro da
Vida para cada estudante, instruindo-os a criar um Livro da Vida com 4 páginas.
• Na capa: Cada aluno desenha algo que o represente, refletindo como se enxerga
atualmente.
• Imediatamente após a entrega, o Jovem Protagonista solicita que todos escrevam
seu NOME COMPLETO e a turma no final de cada folha do Livro da Vida.
• Na página 2: O estudante contorna a silhueta de sua mão direita, escrevendo em
cada dedo as qualidades que reconhece em si mesmo.
• Na página 3: O aluno lista três características que reconhece como obstáculos e
que deseja melhorar, detalhando como pretende desenvolver essas áreas.
• Na página 4: O estudante cria uma Linha do Tempo desde o nascimento até o
momento presente, destacando momentos marcantes.
• Durante a elaboração, os Jovens Protagonistas circulam para identificar alunos que
possam ter dificuldades, oferecendo ajuda sem insistir caso o estudante não queira.
• Ao final, o Jovem Protagonista estimula alguns estudantes a apresentarem seus
Livros da Vida, destacando que esses materiais serão posteriormente entregues ao
professor de Projeto de Vida para continuidade das discussões ao longo do ano.
Reflexão:
• O Jovem Protagonista destaca a responsabilidade de refletir com o grupo sobre a
importância do autoconhecimento no processo de construção do Projeto de Vida. Os
estudantes estarão mais aptos a fazer escolhas conscientes, baseadas em valores sólidos e
boas referências, contribuindo para o amadurecimento e sucesso em suas trajetórias.
• Salienta-se que essa atividade de autoconhecimento no Acolhimento é apenas o ponto de
partida para as aulas de Projeto de Vida, incentivando os alunos a se abrirem para
conhecerem a si mesmos e aos outros.
• Uma reflexão adicional pode surgir sobre o desejo de ser igual a outras pessoas
admiradas. É enfatizado que, embora as pessoas possam ter algo em comum, cada
indivíduo é único, e reconhecer emoções, sentimentos, fortalezas e fragilidades é
fundamental para o amadurecimento ao longo da vida. Ter referências é importante, mas
preservar a própria identidade e encontrar felicidade consigo mesmo até o presente
momento é igualmente crucial.
REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PORTFÓLIO – PARA ALUNOS VETERANOS
• Nesta etapa, os veteranos terão a oportunidade de reavaliar e refazer seus portfólios,
utilizando as pastas que contêm todas as suas produções guardadas pela equipe da
escola desde o primeiro acolhimento. O objetivo é permitir que os estudantes
34
revisitem suas trajetórias, reflitam sobre suas conquistas e metas, e participem
ativamente da dinâmica proposta para os novatos.
• Serão utilizadas as pastas que contêm o histórico de produções dos alunos,
garantindo que eles possam revisitar e reavaliar suas realizações anteriores. Esta
atividade proporciona uma oportunidade valiosa para os veteranos reverem o que
foi registrado em seus portfólios, aproveitando a dinâmica em andamento com os
novatos.
• Caso haja alguma escola que não possua os arquivos dos estudantes, seja por não
terem passado pelo acolhimento inicial de maneira adequada, recomenda-se que os
estudantes veteranos sigam o mesmo processo que está sendo proposto para os
novatos.
Importante:
Este momento de revisão e atualização do Projeto de Vida é fundamental para cada pessoa,
possibilitando a reavaliação e, quando necessário, a modificação do que foi previamente
estabelecido. Os estudantes que sentirem a necessidade terão a liberdade de ajustar suas
metas e objetivos, refletindo assim o desenvolvimento contínuo de seus projetos pessoais.
SUGESTÃO 2: MEUS AMIGOS ME AJUDAM! – ALUNOS CALOUROS
Nesta atividade, os estudantes calouros serão incentivados a refletir sobre a importância da
rede de apoio social, observando exemplos de comportamentos positivos em seus
relacionamentos interpessoais. O objetivo é estimular a conscientização sobre como a rede
de apoio pode ser uma fonte valiosa de inspiração para construir relações saudáveis.
Objetivo:
• Estimular a observação da importância da rede de apoio social e como ela pode inspirar a
construção de relacionamentos saudáveis.
Desenvolvimento:
1. Os estudantes são convidados a conversar com um colega sobre pessoas em suas vidas
que demonstram habilidades exemplares na construção de relacionamentos.
2. Cada aluno deve escrever os nomes dessas pessoas ao lado de cada habilidade observada
e compartilhar histórias ou exemplos sobre o motivo de escolher cada uma delas.
3. Ao final da atividade, o facilitador incentiva os estudantes a abordarem essas pessoas
escolhidas como tarefa de casa. Eles devem perguntar como conseguiram desenvolver
essas habilidades e, posteriormente, compartilhar suas descobertas em uma plenária no
próximo encontro, resgatando também as discussões anteriores.
35
Sugestão:
Condução:
O Jovem Protagonista responsável pela turma deve liderar a atividade, fornecendo folhas e
canetas para registro.
Tempo de duração: Aproximadamente 35 minutos
SUGESTÃO 3: TUDO COMEÇA COM UM SONHO – EDUARDO LYRA
Objetivo:
• Refletir sobre a importância de ter um sonho;
• Incentivar os estudantes a acreditarem nos seus sonhos;
• Compreender a relação do sonho com a Escola.
36
Materiais necessários:
• Vídeo: A Trajetória de Sucesso de Eduardo Lyra
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=19aZiB_-XAQXAQ (Último acesso em:
12 de janeiro de 2024).
• Datashow;
• Equipamento de áudio;
• Folhas de papel A4.
Desenvolvimento:
Antes de exibir o vídeo, é fundamental provocar os estudantes com algumas perguntas:
1. Quem tem um sonho?
• O Jovem Protagonista conta e anota quantos estudantes levantaram as mãos indicando
que têm um sonho.
2. Quem já realizou um sonho?
• O Jovem Protagonista ouve um ou dois estudantes que queiram compartilhar um pouco
sobre um sonho já realizado;
• Ainda não é necessário saber, especificamente, sobre os sonhos de todos os estudantes;
• O Jovem Protagonista organiza os estudantes na sala de aula ou em uma sala de vídeo e
exibe o vídeo de Eduardo Lyra;
Após assistir ao vídeo, o Jovem Protagonista divide os estudantes em 4 grupos e entrega
uma folha de A4 a cada grupo, que deverá responder a algumas perguntas referentes à
história de Eduardo Lyra.
Grupo 1
- Quem já conhecia Eduardo Lyra e de onde?
- Quem conhece alguém que tenha uma história de vida parecida com a dele?
Grupo 2
- Eduardo Lyra teve uma vida fácil?
- Com quem Eduardo Lyra pôde contar para ser quem é hoje?
37
Grupo 3
- O que determinou o sucesso da vida dele?
- Existe no grupo algum estudante que tenha uma história parecida com a de Eduardo
Lyra?
Grupo 4
- Cite pelo menos três lições que é possível tirar da história de Eduardo Lyra.
• Após um curto intervalo para que os estudantes respondam às perguntas, o Jovem
Protagonista pede a um membro voluntário de cada grupo que compartilhe as perguntas e
as respostas. Durante as apresentações, outros estudantes podem desejar acrescentar mais
informações, e eles devem saber que isso é possível;
• Após as apresentações, o Jovem Protagonista se junta aos estudantes em círculo, no chão
ou nas cadeiras, e compartilha como a escola o apoiou na realização de seu sonho e projeto
de vida. Ele destaca a importância de reconhecer que ninguém consegue realizar um sonho
sozinho, enfatizando a necessidade de apoio da família, escola e amigos. Adiciona que não
basta apenas sonhar e ficar parado esperando que algo aconteça, é preciso agir, pedir ajuda,
estar perto de pessoas inspiradoras, "correr atrás" e demonstrar um forte desejo de
realizar o sonho, ciente de que será necessário trabalhar duro para alcançá-lo.
Tempo de duração: Aproximadamente 40 minutos
DESCRIÇÃO DO VÍDEO:
O vídeo apresenta a história de Eduardo Lyra, 28 anos, nascido em Guarulhos-SP. Eduardo
superou as expectativas e se tornou jornalista, escritor, roteirista e empreendedor social.
Ele foi eleito pelo Fórum Econômico Mundial um dos 15 jovens brasileiros que podem
melhorar o mundo e apareceu na lista da revista Forbes Brasil como um dos 30 jovens mais
influentes do país, sendo o único residente de uma periferia urbana. Eduardo fundou o
Instituto Gerando Falcões e, por meio do hip-hop, dança de rua, teatro e literatura,
impactou a vida de mais de 200 mil jovens de comunidades. Eduardo acredita que "pau que
nasce torto não está sentenciado a morrer torto".
Veja o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=19aZiB_-XAQ
38
SUGESTÃO 4: QUEBRANDO O GELO
Objetivo: Lembrar da importância de respeitar o sonho do outro e de como não devemos
desistir deles.
Materiais necessários:
• Folhas de papel;
• Material para escrita.
Desenvolvimento:
1. Cada estudante escreve uma palavra/frase que se relacione com o sonho.
2. Em seguida, cada estudante lê o que escreveu sem explicar o motivo. Todos ficam de
pé com o papel na mão.
3. O Acolhedor conta uma história motivacional (texto base), enquanto retira o papel
da mão de cada estudante. Alguns sonhos ele usará para a história, outros ele
rasgará. Preste atenção na reação dos estudantes.
Texto-base da dinâmica “Quebrando o gelo”:
Era uma vez alguém que tinha o sonho de ir para a (o) . Certo dia ela encontrou
um (a) no caminho, era um antigo colega de classe que se tornou um excelente
profissional.
Após alguns anos de muita imaginação, esse alguém se tornou um (a) .
Nada do que queria, mas tudo que a família desejava.
Dinheiro ele ganhava, mas mesmo que viajasse para os países a alegria parecia não existir.
Então ele resolveu pensar em todas as profissões que existem, mas, no final, depois de
tantas idas e vindas, lembrou que (isso não importa), porque só o que era importante era
seu próprio sonho, o de ser .
Será que assim ele encontrará a alegria ou ela está neste momento picada no chão que
estamos pisando?
SUGESTÃO 5: O VARAL DOS SONHOS
Objetivos:
• Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos;
• Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho.
Materiais necessários:
39
• Cópia da Escada dos Sonhos – 1 por estudante;
• Lápis coloridos, canetinha – várias cores por estudante;
• Pregadores de roupa – 2 por estudante;
• Jornais e revistas que não estejam em uso – 5 revistas e 5 jornais;
• Rolo de barbante.
Desenvolvimento:
1. O Jovem Protagonista entrega a cópia da Escada dos Sonhos dobrada ao meio para
cada estudante, formando uma espécie de livrinho.
2. Na capa, os estudantes colam uma imagem (jornal e revista) ou desenham algo que
represente o seu sonho.
3. O Jovem Protagonista explica que na parte de dentro desse papel dobrado há o
desenho de uma escada com quatro degraus.
4. Os estudantes começam a escrever pelo último degrau, colocando o SONHO no
degrau mais alto da escada, utilizando apenas uma palavra ou uma pequena frase.
5. O Jovem Protagonista faz sua própria escada dos sonhos juntamente com os
estudantes.
6. Os estudantes preenchem os degraus na seguinte ordem: 4º degrau: Sonho, 1º
degrau: Etapa 1 para chegar ao Sonho, 2º degrau: Etapa 2 para chegar ao Sonho, 3º
degrau: Etapa 3 para chegar ao Sonho.
7. Após preencherem uma etapa, passam para a seguinte até o 3º degrau.
8. Ao final, o Jovem Protagonista levanta perguntas para reflexão sobre os sonhos dos
estudantes.
9. Os estudantes que se sentirem à vontade apresentam seus sonhos.
10. Os estudantes penduram seus sonhos em um varal, preferencialmente do lado de
fora da sala.
11. No retorno à sala, os Acolhedores refletem com os estudantes sobre o papel da
escola em apoiar a construção do Projeto de Vida de cada um.
12. Explica-se que o planejamento é importante para realizar cada etapa do sonho e
alcançá-lo.
Tempo de duração: Aproximadamente 45 minutos.
Importante: O Varal dos Sonhos simboliza o objetivo do Acolhimento, permitindo que os
estudantes exponham seus sonhos e os educadores se envolvam no apoio aos projetos de
vida de cada um.
40
SUGESTÃO 6: MURAL DE SONHOS
Objetivos:
• Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos;
• Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho.
Material necessário:
• Cartolina;
• Tesoura;
• Cola;
• Revistas e jornais que possam ser recortados.
Desenvolvimento:
1. Considere o número de participantes e, se necessário, divida-os em equipes.
2. Cada participante ou equipe recebe uma cartolina para criar um mural de sonhos
utilizando recortes de revistas. Ofereça um material diversificado para garantir uma
atividade criativa e enriquecedora.
3. Incentive a criatividade, destacando que a atividade é uma oportunidade de
expressar desejos de maneira única. O tempo para a realização da dinâmica pode
variar de dez a quinze minutos.
4. Após a conclusão, cada participante ou equipe apresenta seu mural à frente,
explicando as figuras escolhidas e o significado delas. Essa apresentação permite
que os participantes se conheçam melhor, além de proporcionar uma conexão mais
profunda com seus próprios sonhos.
Tempo de duração: Aproximadamente 45 minutos.
SUGESTÃO 7: DEFENDENDO SEU SONHO
Objetivos:
• Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos;
• Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho.
Material necessário:
• Palitos de dente;
• Canetas;
41
• Pedaços de papel;
• Um balão para cada participante.
Desenvolvimento:
1. Forme um círculo com cadeiras, considerando o número de participantes.
2. Peça a cada participante que escreva seu sonho em um pedaço de papel, dobre,
coloque dentro do balão e o encha.
3. Distribua um palito de dente para cada participante e peça que segurem o balão.
4. Explique que todos terão espaço dentro do círculo para se movimentarem durante a
atividade.
5. Diga "defendam seus sonhos" e permita que tentem evitar que seus balões sejam
furados pelos palitos. A única regra é que não podem esconder o balão sob a roupa.
6. Ao final, provavelmente todos estarão sem balão, e é o momento de questionar:
"Quem disse que vocês deveriam furar os balões uns dos outros?"
7. Inicie a reflexão: "Quem disse que para defender o próprio sonho é preciso acabar
com o sonho do outro?"
Tempo de duração: Aproximadamente 25 minutos.
SUGESTÃO 8: CHAVE DOS SONHOS
Objetivos:
• Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos;
• Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho.
Material necessário:
• Chaves diferentes;
• Um cadeado com chave;
• Folha de papel sulfite.
Desenvolvimento:
1. Prepare uma folha de papel sulfite contendo as seguintes perguntas:
• Qual é o seu sonho?
• O que você precisa fazer para alcançá-lo?
• Quais os obstáculos que acredita que vai enfrentar para isso?
2. Forme um círculo com os participantes e chame um por vez para ir até o centro e
responder às três perguntas.
42
3. Após a resposta, cada participante deve tentar abrir o cadeado, utilizando todas as
chaves, até encontrar a certa.
4. O foco da atividade é perceber que realizar sonhos é desafiador e acontece de
maneiras diferentes para cada pessoa.
5. Após todos realizarem as etapas, inicie um diálogo sobre o assunto para incentivá-
los a nunca desistirem daquilo que desejam.
Tempo de duração: Aproximadamente 45 minutos.
SUGESTÃO 9: CORREIO DO TEMPO
Objetivo:
• Estimular os estudantes a projetarem seus desejos e sonhos no período de um ano.
Materiais necessários:
• Lápis de cor;
• Lápis de escrever – 1 por estudante;
• Folhas de papel A4 – 1 por estudante;
• Uma “caixa de correio”.
Desenvolvimento:
1. Elaboração da Carta para si mesmo:
• Antes de iniciar esta atividade, o Jovem Protagonista deve alinhar o
entendimento sobre as atividades realizadas até aqui com todos os
estudantes, sempre fazendo referência àquelas desenvolvidas anteriormente,
como o trabalho com os sonhos e o varal dos sonhos.
• O Jovem Protagonista entrega aos estudantes uma folha de papel A4 dividida
ao meio. Em uma metade da folha, os estudantes deverão escrever uma carta
para eles mesmos, contando como se veem no futuro, sendo ideal que eles se
projetem no intervalo de um ano.
2. Guardando as Cartas na "Caixa de Correio":
• Após os estudantes finalizarem as cartas, o Jovem Protagonista orienta que
coloquem-nas dentro da caixa de correio que estará na sala destinada às
aulas de Projeto de Vida.
• O Jovem Protagonista explica que, no ano seguinte, juntamente com o
professor de Projeto de Vida, eles abrirão a caixa de correio e lerão as cartas
individualmente, avaliando as mudanças ocorridas no período.
3. Avaliação e Reflexão:
ACOLHIMENTO PARA TODOS: Valorizando a diversidade e fomentando o protagonismo juvenil
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ACOLHIMENTO PARA TODOS: Valorizando a diversidade e fomentando o protagonismo juvenil

  • 1.
  • 2. Acolhimento para todos: Valorizando a diversidade e fomentando o protagonismo juvenil Prefeito Municipal de Parauapebas/Pa: Darci José Lermen Vice - Prefeito Municipal de Parauapebas/Pa: João José Trindade Secretário de Educação: José Leal Nunes Secretária Adjunto: Maria do Socorro Cardoso Diretora técnica Pedagógica: Larissa Brittes Menchick Coordenador Geral de EMTI’s: Adelson Campos Coordenadora Pedagógica: Joselí de Paula Técnicos do Departamento: Frank Santos Pedro Botelho Auxiliar Administrativo: Elessandra Carvalho Organizadora: Joselí de Paula 1ª Edição Parauapebas, 2023
  • 3.
  • 4. Sumário ..........................................................................................................................................................................1 Acolhimento para todos:.........................................................................................................................2 .............................................................................................................................................................................3 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................5 O QUE É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: CONCEITO, IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS..........................6 O QUE NÃO É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: MITOS E EQUÍVOCOS COMUNS...................................7 A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO NA EDUCAÇÃO INTEGRAL: RESULTADOS E IMPACTOS POSITIVOS NA VIDA DOS ESTUDANTES..................................................................................................9 COMUNICAÇÃO EFICAZ COM OS PAIS E RESPONSÁVEIS: FORTALECENDO A PARCERIA ESCOLA-FAMÍLIA ........................................................................................................................................11 TRABALHANDO COM ESTUDANTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO INDIVIDUALIZADA...........................................................................................................13 FOMENTANDO O PROTAGONISMO JUVENIL: VALORIZANDO A VOZ E AS OPINIÕES DOS ESTUDANTES ...............................................................................................................................................14 PROTAGONISMO JUVENIL E ACOLHIMENTO: PILARES DA EDUCAÇÃO INTEGRAL .................16 AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS...............................................................................................17 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS: UMA JORNADA DE CUIDADO AO LONGO DO ANO LETIVO..................................................................................................19 ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS NA PRIMEIRA SEMANA DE AULA E AO LONGO DO ANO LETIVO:....................................................................................................................................20 ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR: PROMOVENDO A COESÃO E O BEM-ESTAR DOS COLABORADORES.......................................................................................................................................21 ORIENTAÇÕES PARA RECEBER ALUNOS INCLUSOS: CONSTRUINDO UMA ESCOLA PARA TODOS............................................................................................................................................................23 O PAPEL ESTRATÉGICO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ESCOLAR........................................................................................................................................................24 Veja abaixo um alista com algumas das atribuições do coordenador pedagógico no processo de acolhimento:...................................................................................................................................................................................25 O PROFESSOR NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ESCOLAR: CONSTRUINDO VÍNCULOS E AMBIENTES FAVORÁVEIS AO APRENDIZADO....................................................................................26 Veja abaixo uma lista com algumas das atribuições do professor no processo de acolhimento:..................27 A INCLUSÃO ESCOLAR E O PAPEL DOS ALUNOS ACOLHEDORES: UM CAMINHO PARA A DIVERSIDADE E EMPATIA........................................................................................................................28
  • 5. O ALUNOS ACOLHEDORES: INSTRUÇÕES PARA UMA RECEPÇÃO FRATERNA E INTEGRADORA ............................................................................................................................................29 SUGESTÃO DE ACOLHIMENTO PARA ALUNOS DAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL..............31 SUGESTÃO 1: O LIVRO DA VIDA – MANTER PARA ALUNOS NOVATOS..................................................................32 SUGESTÃO 2: MEUS AMIGOS ME AJUDAM! – ALUNOS CALOUROS ..........................................................................34 SUGESTÃO 3: TUDO COMEÇA COM UM SONHO – EDUARDO LYRA .........................................................................35 SUGESTÃO 4: QUEBRANDO O GELO......................................................................................................................................38 SUGESTÃO 5: O VARAL DOS SONHOS...................................................................................................................................38 SUGESTÃO 6: MURAL DE SONHOS.........................................................................................................................................40 SUGESTÃO 7: DEFENDENDO SEU SONHO ..........................................................................................................................40 SUGESTÃO 8: CHAVE DOS SONHOS.......................................................................................................................................41 SUGESTÃO 9: CORREIO DO TEMPO.......................................................................................................................................42 SUGESTÃO 10: O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA!............................................................................................................43 SUGESTÃO 11: CAIXA DAS PREOCUPAÇÕES .....................................................................................................................44 SUGESTÃO 12: TEIA DE PALAVRAS ......................................................................................................................................46 SUGESTÃO 13: PROTAGONISMO ATÉ ALTAS HORAS....................................................................................................47 SUGESTÃO 14: CONSTRUÇÃO DE TORRES.........................................................................................................................49 SUGESTÃO 15: DINÂMICA DA CONFIANÇA........................................................................................................................49 SUGESTÃO 16: O CASTELO .......................................................................................................................................................50 SUGESTÃO 17: CEGO, SURDO E MUDO.................................................................................................................................51 SUGESTÃO 18: IDENTIDADE E ESTIMA...............................................................................................................................52 SUGESTÃO 19: MENTE CRIATIVA..........................................................................................................................................54 SUGESTÃO 20: SOLIDARIEDADE............................................................................................................................................55 SUGESTÃO 21: PARAQUEDAS..................................................................................................................................................56 SUGESTÃO 22: ETIQUETA NA TESTA...................................................................................................................................58 SUGESTÃO 23: "COMO SOU VISTO".......................................................................................................................................62 OUTRAS ATIVIDADES:...............................................................................................................................64
  • 6. 5 INTRODUÇÃO A diversidade cultural, étnica e socioeconômica presentes nas escolas atualmente exigem dos educadores uma postura atenta e sensível para lidar com as diferentes realidades e necessidades dos alunos. Através do acolhimento, é possível criar uma atmosfera onde todos se sintam seguros e respeitados, independentemente de suas origens ou circunstâncias individuais. Em uma escola de tempo integral, onde os estudantes passam grande parte do dia, é impreterível garantir um ambiente acolhedor e inclusivo, que promova o bem-estar e o desenvolvimento integral dos alunos. Nesse contexto, a criação de espaços de diálogo, onde os alunos possam expressar suas opiniões, necessidades e experiências, é uma estratégia importante para fortalecer o acolhimento nas escolas. Essa prática estimula a valorização da diversidade, a resolução pacífica de conflitos e a construção coletiva do conhecimento. Além disso, é imprescindível que os professores promovam a conscientização sobre a importância da igualdade e do respeito, seja realizando atividades que proporcionem uma reflexão crítica sobre estereótipos e preconceitos, seja incentivando a participação de todos os alunos, independentemente de suas habilidades individuais. Ademais, a formação dos professores em relação à temática do acolhimento e inclusão é necessária para que possam lidar de forma adequada com os desafios apresentados em um contexto escolar diverso. Investir em capacitações e programas de atualização profissional é o ponto chave para fortalecer suas habilidades e competências socioemocionais, que são indispensáveis para promover um ambiente acolhedor e inclusivo. Não se trata apenas de uma questão de recepção, mas sim de uma abordagem holística que envolve todas as áreas da escola e valoriza a diversidade de todos os estudantes. Desta forma, é preciso desmistificar ideias equivocadas sobre o acolhimento, como a noção de que se trata apenas de uma questão de hospitalidade ou recepção, e entender a importância desta prática para o sucesso escolar e o bem-estar dos estudantes. Fomentar o protagonismo juvenil é outro aspecto que deve ser priorizado no acolhimento na escola de tempo integral. Quando os estudantes são valorizados e envolvidos ativamente na construção do ambiente escolar, eles se tornam mais comprometidos com o próprio aprendizado e com a escola como um todo. Além disso, a valorização da diversidade permite a todos os estudantes se sentirem acolhidos e respeitados, independentemente de sua origem, cultura ou condição socioeconômica. Neste material, apresentaremos conceitos, desafios e sugestões relacionados ao acolhimento na escola de tempo integral. Discutiremos a importância da diversidade, da comunicação eficaz com os pais e responsáveis, da atenção individualizada aos estudantes
  • 7. 6 em situação de vulnerabilidade, e apresentaremos exemplos de boas práticas e sugestões concretas para a implementação do acolhimento na escola. Ademais, abordaremos questões relacionadas à gestão do ambiente escolar, incluindo a formação e capacitação dos profissionais, a organização do espaço físico e a utilização de recursos pedagógicos para garantir um ambiente acolhedor. Também discutiremos a importância do diálogo e da colaboração entre os diversos atores envolvidos na educação, incluindo professores, pais, direção e equipe administrativa. Este material é destinado a todos os profissionais da educação que desejam aprimorar sua prática e compreender melhor o papel do acolhimento na escola de tempo integral. Também é uma ótima fonte de informação para pais e responsáveis, que buscam entender a importância da valorização da diversidade e do protagonismo juvenil no ambiente escolar. Ao concluir esta obra, espera-se ter oferecido uma compreensão mais aprofundada sobre o acolhimento na escola de tempo integral, bem como sugestões e recursos práticos para a sua efetiva implementação. O QUE É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: CONCEITO, IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS O acolhimento na escola é um processo que tem como objetivo receber e integrar de forma acolhedora e inclusiva todos os membros da comunidade escolar, sem distinção de origem, gênero, orientação sexual, habilidades ou outras características particulares, sejam eles alunos, professores, pais e demais funcionários. Trata-se de um conjunto de ações e práticas que visam estabelecer um ambiente seguro, afetivo e propício para o desenvolvimento integral dos envolvidos. O conceito de acolhimento na escola está intimamente ligado à ideia de cuidado, respeito e valorização do indivíduo. Consiste em receber cada pessoa de maneira individualizada, considerando suas particularidades, necessidades e expectativas. É um processo contínuo, que se inicia desde o momento em que a pessoa chega à escola e se estende ao longo de toda a sua trajetória educacional. A importância do acolhimento na escola é múltipla e abrangente. Primeiramente, ele contribui para o estabelecimento de vínculos afetivos entre os membros da comunidade escolar, promovendo a construção de relacionamentos saudáveis e positivos. Isso cria um ambiente favorável ao aprendizado, potencializando a motivação e o engajamento dos alunos. Além disso, o acolhimento na escola é uma ferramenta que favorece o desenvolvimento emocional e social dos estudantes. Ao se sentirem acolhidos e valorizados, eles se tornam
  • 8. 7 mais confiantes, seguros e empoderados em sua jornada acadêmica. Isso contribui para a construção de uma autoimagem positiva e para o fortalecimento da autoestima. Outro aspecto importante do acolhimento na escola é a promoção da inclusão e da igualdade. Ao receber e valorizar a diversidade de experiências, culturas e habilidades dos alunos, a escola se torna um espaço mais inclusivo, onde todos têm a oportunidade de se expressar, aprender e se desenvolver plenamente. Nesse sentido, os objetivos do acolhimento na escola são diversos. Primeiramente, busca-se criar um ambiente acolhedor e seguro para o aprendizado. Para isso, é necessário garantir a familiarização e adaptação dos alunos ao espaço físico, aos demais colegas e aos profissionais da escola. Também se busca promover o fortalecimento das relações entre os membros da comunidade escolar, por meio de práticas como a escuta ativa, o respeito mútuo e a resolução pacífica de conflitos. Dessa forma, estimula-se a construção de um ambiente colaborativo e saudável, onde todos se sintam valorizados e incluídos. Outro objetivo do acolhimento é o desenvolvimento socioemocional dos estudantes, por meio do estímulo à expressão e ao reconhecimento das emoções, do incentivo à empatia e da promoção de valores como a solidariedade e a tolerância. Para atingir tais objetivos, é necessário que o acolhimento seja assimilado como uma prática diária e integrado ao projeto político pedagógico da instituição. Desse modo, a escola de tempo integral converte-se em um espaço propício para aprendizagem e crescimento de todos, onde a diversidade é respeitada e o protagonismo juvenil é incentivado. Portanto, o acolhimento na escola é um processo primordial para promover a qualidade da educação e o bem-estar de todos os envolvidos. Ao estabelecer um ambiente acolhedor, respeitoso e inclusivo, busca-se criar as condições necessárias para o pleno desenvolvimento pessoal, social e acadêmico dos alunos, contribuindo para a formação de cidadãos críticos, autônomos e comprometidos com a sociedade. O QUE NÃO É ACOLHIMENTO NA ESCOLA: MITOS E EQUÍVOCOS COMUNS É imprescindível esclarecer conceitos e desfazer equívocos corriqueiros acerca da prática do acolhimento escolar, uma vez que existe uma tendência comum a confundir o que realmente constitui e o que não é considerado acolhimento. Essa confusão pode conduzir a práticas desprovidas de adequação e eficácia.
  • 9. 8 Nesta discussão, abordaremos algumas ideias comuns que podem ser confundidas com acolhimento na escola, mas que na verdade não contribuem para a criação de um ambiente acolhedor e seguro. Um equívoco comum é acreditar que o acolhimento se resume apenas a atividades pontuais de boas-vindas no início do ano letivo. Embora seja importante receber os alunos de maneira calorosa e demonstrar interesse por suas histórias e experiências, o acolhimento vai além disso. Ele deve ser contínuo e permanente, garantindo que todos os alunos se sintam acolhidos durante todo o período escolar. Outro equívoco é pensar que o acolhimento se limita apenas ao cuidado com o bem-estar emocional dos alunos. Embora seja fundamental oferecer apoio emocional, o acolhimento também envolve questões como a promoção da diversidade e o combate a qualquer forma de discriminação. Isso significa criar um ambiente que valorize a igualdade de oportunidades independentemente de raça, gênero, orientação sexual, religião, origem étnica ou qualquer outra característica pessoal. Um mito comum é acreditar que o acolhimento deve ser exclusivamente responsabilidade dos professores. Embora os educadores desempenhem um papel fundamental no acolhimento dos alunos, é importante envolver toda a comunidade escolar, incluindo diretores, funcionários, pais e outros membros da equipe pedagógica. Todos devem estar comprometidos em criar um ambiente inclusivo e acolhedor, trabalhando juntos para promover relacionamentos saudáveis e respeitosos. Outro mito é pensar que o acolhimento é algo naturalmente compreendido e praticado por todos. Na realidade, o acolhimento é uma competência que precisa ser desenvolvida e cultivada. Isso requer investimento em formação e capacitação para os profissionais da educação, para que eles possam adquirir as habilidades e conhecimentos necessários para promover um ambiente acolhedor e inclusivo. Um dos erros comuns reside na concepção de que o acolhimento se circunscreve meramente a uma postura amigável e cordial dos profissionais da educação, sem a adoção de uma abordagem mais aprofundada e estruturada. Contudo, o acolhimento transcende o simples gesto de um sorriso ou uma conversa despretensiosa; trata-se, na realidade, de uma abordagem sistêmica e bem organizada, englobando desde a concepção de espaços convidativos até a formação dos educadores e a valorização da diversidade. Adicionalmente, muitas vezes prevalece a ideia de que o acolhimento seja uma ação esporádica, limitada a momentos específicos, como a recepção de um novo estudante ou a resolução de um conflito. Este é mais um equívoco, pois o acolhimento necessita ser uma prática constante, integrada à rotina escolar e pautada por ações bem planejadas e sistemáticas.
  • 10. 9 Por derradeiro, é vital enfatizar que o acolhimento não se confunde com a permissividade ou a negligência na instituição de ensino. É perfeitamente viável ser acolhedor, mantendo simultaneamente a disciplina e a segurança no ambiente escolar. O objetivo do acolhimento é fomentar a inclusão e instilar a valorização da diversidade, e não abrandar a disciplina e a responsabilidade dentro da escola. Portanto, a clareza quanto ao que realmente constitui e o que não representa o acolhimento na escola é indispensável para assegurar práticas eficientes e inclusivas. A desconstrução dos mitos e equívocos comuns reveste-se mais ainda de importância para o sucesso da implementação do acolhimento, particularmente na escola de tempo integral. A IMPORTÂNCIA DO ACOLHIMENTO NA EDUCAÇÃO INTEGRAL: RESULTADOS E IMPACTOS POSITIVOS NA VIDA DOS ESTUDANTES A importância do acolhimento na educação integral é um tema de grande relevância, uma vez que os resultados e impactos positivos na vida dos estudantes podem ser evidenciados. Primeiramente, o acolhimento na educação integral contribui para que os estudantes se sintam pertencentes e acolhidos pela comunidade escolar. Ao se sentirem parte de um grupo, os estudantes têm maior motivação e engajamento nas atividades escolares, o que impacta diretamente em seu desempenho acadêmico. Além disso, o acolhimento emocional proporcionado pelos profissionais da educação integral auxilia no fortalecimento da autoestima e no desenvolvimento socioemocional dos estudantes, ajudando-os a lidar com dificuldades pessoais e sociais. Outro ponto importante é o estabelecimento de vínculos afetivos entre os estudantes e os profissionais da educação integral. Ao se sentirem confiantes e amparados por adultos de referência, os estudantes têm um maior sentimento de segurança e acolhimento, o que reflete diretamente em sua relação com a aprendizagem. Professores e educadores que proporcionam um ambiente acolhedor e empático são capazes de estimular o potencial dos estudantes, auxiliando-os na superação de desafios e no alcance de metas educacionais. Além disso, o acolhimento na educação integral pode contribuir para a formação de cidadãos conscientes e participativos na sociedade. Ao promover a valorização da diversidade e o respeito às diferenças, o acolhimento estimula a construção de relações saudáveis entre os estudantes, favorecendo a convivência harmoniosa e a construção de uma sociedade mais inclusiva. Diante disso, é evidente que o acolhimento na educação integral desempenha um papel fundamental na vida dos estudantes, trazendo resultados e impactos positivos. A seguir, são delineados os principais resultados e impactos desse processo.
  • 11. 10 1. Desenvolvimento Social e Emocional: O acolhimento é essencial para o crescimento social e emocional dos alunos. Ao sentirem-se recebidos e apoiados em suas diferenças, fortalecem-se a identidade e a formação da personalidade, favorecendo a autoaceitação e a autoexpressão. 2. Aprimoramento da Aprendizagem: A sensação de segurança e a confiança na própria capacidade de aprender, cultivadas por um ambiente acolhedor, são cruciais para o desenvolvimento da autoconfiança e autoestima dos alunos. Isso reflete positivamente na motivação e no engajamento, elementos-chave para o processo de aprendizagem. 3. Inclusão e Integração à Comunidade Escolar: O acolhimento possibilita que os estudantes se sintam parte integrante da comunidade escolar, motivando-os a participar ativamente das atividades. Essa sensação de pertencimento é vital para a coesão social dentro da instituição. 4. Fomento de Habilidades Sociais e Emocionais: O ambiente acolhedor facilita o desenvolvimento de competências fundamentais, como empatia, respeito às diferenças, tolerância e solidariedade. Essas habilidades são transferíveis para diversas áreas da vida adulta, tornando-se essenciais para a formação cidadã completa. 5. Construção de uma Cultura de Inclusão: O acolhimento ajuda a estabelecer uma cultura escolar pautada no respeito e na inclusão. Isso torna a escola um espaço seguro e convidativo para todos, prevenindo comportamentos negativos, como evasão escolar, violência e bullying. 6. Melhoria na Comunicação e nas Relações Interpessoais: Fomentando uma comunicação aberta e respeitosa, o acolhimento contribui para relações interpessoais mais saudáveis e empáticas entre alunos, professores e demais membros da comunidade escolar. 7. Contribuição para a Saúde Mental: Ao promover um ambiente onde o estudante se sinta valorizado e compreendido, o acolhimento tem também impacto positivo na saúde mental, auxiliando no combate ao estresse, ansiedade e outras questões emocionais. Ou seja, o acolhimento na educação integral não é uma mera prática formal, mas uma abordagem poderosa que permeia todos os aspectos da vida escolar. Seu impacto positivo no desenvolvimento dos estudantes, na aprendizagem e na cultura escolar reforça sua relevância como elemento central na construção de uma escola inclusiva, respeitosa e eficaz. A implementação bem-sucedida do acolhimento é um investimento valioso na formação integral dos estudantes, que reverbera não apenas no ambiente educacional, mas em toda a sociedade.
  • 12. 11 COMUNICAÇÃO EFICAZ COM OS PAIS E RESPONSÁVEIS: FORTALECENDO A PARCERIA ESCOLA-FAMÍLIA A comunicação eficaz com os pais e responsáveis, sem dúvida, fortalece a construção de uma relação sólida e colaborativa entre a escola e a família. É através dessa comunicação que é possível promover um ambiente de confiança e colaboração, resultando em um melhor desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Em primeiro lugar, é importante que a escola adote uma postura aberta e receptiva, demonstrando interesse e disponibilidade para ouvir e dialogar com os pais. É essencial criar canais de comunicação eficientes, como reuniões periódicas, encontros individuais ou coletivos, e até mesmo o uso de tecnologias, como aplicativos ou plataformas digitais, que facilitem o contato e troca de informações. Além disso, é fundamental que a escola forneça informações claras e objetivas aos pais, sobre o currículo, as atividades pedagógicas, os projetos desenvolvidos, as avaliações e os resultados dos alunos. É importante que os pais se sintam informados e envolvidos no processo educativo, compreendendo o que está sendo trabalhado e como podem contribuir em casa. A escola também deve estar aberta ao feedback dos pais, valorizando suas opiniões e sugestões. Isso demonstra respeito e consideração pela família, e pode ajudar a identificar possíveis problemas ou melhorias na prática escolar. É importante ressaltar que a comunicação eficaz com os pais não se limita apenas a questões pedagógicas, mas abrange também a promoção de um ambiente seguro e acolhedor na escola. É necessário informar os responsáveis sobre normas, procedimentos e políticas da instituição, buscando sempre uma relação transparente e confiável. Por fim, é essencial que a escola se empenhe em estabelecer parcerias com os pais, incluindo-os como colaboradores ativos no processo educativo. Promover a participação dos pais em eventos escolares, projetos educativos ou grupos de trabalho, permite que eles se sintam valorizados e engajados na vida escolar de seus filhos. Para isso, é necessário investir tempo, recursos e esforços na melhoria da comunicação escola-família, criando laços sólidos e duradouros. Nesse sentido, é importante que as escolas adotem estratégias eficazes para promover uma comunicação contínua e transparente com essa importante parte da comunidade educativa. Abaixo, listamos algumas das principais estratégias para alcançar esse objetivo: • Estabelecer canais de comunicação claros: é essencial que as escolas disponibilizem diferentes formas de comunicação aos pais, como reuniões presenciais, agendas eletrônicas, comunicados impressos e, cada vez mais, a
  • 13. 12 utilização de plataformas online, como e-mail ou aplicativos de mensagens instantâneas. • Promover reuniões regulares: além das reuniões individuais com os pais, é importante organizar encontros coletivos, como reuniões de pais e mestres, para discutir temas relevantes, apresentar o progresso acadêmico dos alunos e esclarecer dúvidas. • Utilizar linguagem clara e acessível: é recomendável que as informações transmitidas aos pais sejam redigidas de forma clara, objetiva e em uma linguagem acessível, evitando jargões técnicos que possam gerar confusão ou falta de compreensão. • Envolver os pais em atividades escolares: promover a participação dos pais em eventos e atividades escolares pode fortalecer o relacionamento entre a escola e a família. Isso pode incluir eventos esportivos, apresentações teatrais, reuniões de pais e mestres, entre outros. • Estimular a comunicação bidirecional: é fundamental que as escolas estejam abertas à escuta ativa dos pais e responsáveis, permitindo que eles expressem suas preocupações, sugestões e elogios. Isso pode ser feito através de caixas de sugestões, pesquisas de opinião, ou mesmo por meio de contato direto com a equipe pedagógica. • Oferecer suporte individualizado: cada família tem suas próprias características e necessidades. Por isso, é importante que as escolas ofereçam suporte individualizado aos pais, sempre que necessário. Isso pode envolver orientação acadêmica, apoio emocional ou encaminhamentos para serviços externos. • Manter a confidencialidade: as informações compartilhadas pelos pais devem ser tratadas com confidencialidade, respeitando a privacidade de cada família. É essencial que os pais se sintam seguros para expressar suas preocupações sem medo de represálias ou julgamentos. • Incentivar a participação dos pais na vida escolar: além de envolver os pais em atividades pontuais, é importante estimular sua participação na vida escolar de maneira mais ampla, como por exemplo, convidando-os a participar do conselho escolar, das atividades de voluntariado ou de grupos de pais. • Desenvolvimento de Programas Sensíveis às Necessidades Locais: A perspectiva dos pais e responsáveis pode ser uma fonte rica de informações para o desenvolvimento de programas e políticas educacionais que sejam mais sensíveis e adaptadas às necessidades e realidades locais. Ao adotar essas estratégias, as escolas podem estabelecer uma comunicação eficaz com os pais e responsáveis, fortalecendo a parceria entre a escola e a família, e contribuindo para o desenvolvimento acadêmico e emocional dos alunos. É importante ressaltar que a
  • 14. 13 implementação dessas estratégias deve ser feita de maneira contínua e consistente, visando sempre a melhoria da relação entre a escola e os pais. TRABALHANDO COM ESTUDANTES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE: A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO INDIVIDUALIZADA Um dos desafios enfrentados por educadores é o trabalho com estudantes em situação de vulnerabilidade. Esses estudantes estão expostos a diversos fatores de risco, como desigualdade socioeconômica, violência doméstica, negligência e falta de suporte emocional, o que pode impactar significativamente seu desempenho acadêmico e bem- estar emocional. Nesse contexto, ao oferecer um acompanhamento individualizado, os educadores obtêm um maior conhecimento sobre as necessidades específicas de cada estudante, permitindo a criação de estratégias pedagógicas adaptadas e personalizadas. Isso inclui identificar suas habilidades e deficiências, suas preferências de aprendizado e seus interesses pessoais, a fim de proporcionar um ambiente de ensino apropriado e estimulante. Trabalhar com estudantes em situação de vulnerabilidade exige um olhar cuidadoso, compreensivo e, acima de tudo, personalizado por parte das instituições educacionais. A atenção individualizada, quando oferecida de forma eficaz e abrangente, pode fazer a diferença na trajetória de vida desses estudantes. Vamos abordar alguns aspectos importantes dessa temática: 1. Diagnóstico Personalizado: Antes de tudo, é essencial que a escola consiga fazer um diagnóstico preciso das necessidades de cada estudante. Isso implica não apenas em avaliações acadêmicas, mas também em observações comportamentais, entrevistas e diálogos que possam identificar potenciais desafios. 2. Apoio Multidisciplinar: Estudantes em situação de vulnerabilidade podem precisar de apoio além do professor em sala de aula. Psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais podem ser essenciais para criar um plano de apoio eficaz. 3. Envolvimento da Família: A família desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do estudante. Promover reuniões, workshops e outras formas de engajamento pode fortalecer a relação entre escola e família, criando um ambiente mais propício para o desenvolvimento do aluno. 4. Ambiente Acolhedor: Mais do que simplesmente oferecer estratégias pedagógicas, é vital que a escola promova um ambiente onde o estudante se sinta acolhido, respeitado e valorizado. Isso implica em uma postura empática e inclusiva de toda a equipe escolar.
  • 15. 14 5. Flexibilidade Curricular: Nem todos os estudantes aprendem da mesma maneira e no mesmo ritmo. Oferecer flexibilidade no currículo e nas metodologias de ensino pode ser fundamental para atender às necessidades específicas dos estudantes em situação de vulnerabilidade. 6. Desenvolvimento de Habilidades Socioemocionais: Além do currículo tradicional, é importante que a escola invista no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como empatia, resiliência, autogestão, entre outras. Estas habilidades são essenciais para que o estudante enfrente desafios e construa um futuro mais promissor. 7. Formação Continuada dos Profissionais: Para lidar com as complexidades da vulnerabilidade, os profissionais da educação precisam estar em constante formação. Cursos, workshops e treinamentos devem ser frequentes para que os educadores estejam aptos a atender a essa demanda. 8. Rede de Apoio: A escola deve construir uma rede de apoio, que envolva não apenas a família, mas também a comunidade, organizações não governamentais e outras instituições que possam contribuir para o desenvolvimento integral do estudante. A atenção individualizada para estudantes em situação de vulnerabilidade é mais do que uma metodologia pedagógica, é uma postura ética e humanizada que reconhece a singularidade de cada aluno e busca promover sua plena formação. A escola, enquanto espaço de transformação social, deve estar preparada para acolher, compreender e potencializar as capacidades de cada estudante, independentemente de suas circunstâncias. FOMENTANDO O PROTAGONISMO JUVENIL: VALORIZANDO A VOZ E AS OPINIÕES DOS ESTUDANTES É de extrema importância que a sociedade contemporânea, incluindo os sistemas de ensino, valorize e estimule o protagonismo juvenil, oferecendo espaços para que os estudantes possam expressar suas vozes e opiniões. A participação ativa dos jovens nas decisões que afetam suas vidas não apenas promove o engajamento na comunidade escolar, como também os prepara para exercerem uma cidadania crítica e responsável. Neste sentido, é necessário compreender a relevância de ouvir e considerar as perspectivas dos estudantes, a fim de criar um ambiente educacional mais participativo e democrático. Primeiramente, ao reconhecer e valorizar a voz dos estudantes, estamos promovendo sua autonomia e contribuindo para o desenvolvimento de habilidades fundamentais, como a capacidade de se expressar, argumentar e negociar. Ao permitir que os jovens tenham voz ativa na tomada de decisões, seja na elaboração de projetos pedagógicos, na escolha de atividades extracurriculares ou na formulação de políticas escolares, estamos capacitando- os a compreender o valor da participação cidadã e a construção coletiva do conhecimento.
  • 16. 15 Além disso, ao honrar as opiniões dos estudantes, estamos fortalecendo sua autoestima e senso de pertencimento. Sentir-se parte de uma comunidade educacional na qual suas ideias são levadas em consideração gera um sentimento de valorização e motivação. Essa valorização não se limita apenas ao contexto escolar, mas também se estende para além dos muros da instituição, na medida em que os estudantes se tornam agentes de transformação em suas comunidades. Outro aspecto relevante é a necessidade de romper com a ideia de que os estudantes são apenas receptores passivos de conteúdo, enquanto os professores são detentores absolutos do conhecimento. Ao abrir espaços para que os alunos compartilhem suas experiências, saberes e perspectivas, estamos construindo um ambiente educacional mais plural e enriquecedor, no qual o diálogo e a troca de ideias são valorizados. Dessa forma, estabelecemos uma relação de colaboração entre professores e estudantes, em que ambos são sujeitos ativos no processo de aprendizagem. O fomento ao protagonismo juvenil não se trata de simplesmente permitir que os estudantes falem, mas também de proporcionar ferramentas e estruturas que possibilitem a efetivação de suas propostas e ideias. Isso implica em garantir a formação de lideranças estudantis, a criação de espaços de representatividade e a promoção de mecanismos de participação, como conselhos estudantis e fóruns de discussão. De acordo com Piaget (1974), reconhece-se que os jovens detêm a capacidade de compreender e interagir ativamente na edificação do saber. Assim, enfatiza-se a necessidade de a instituição educacional ser um ambiente em que os discentes sejam estimulados a manifestar suas concepções e sejam acolhidos em suas expressões. A perspectiva de uma educação com ênfase no protagonismo juvenil transcende a mera valorização das opiniões discentes; ela também constitui uma preparação para a atuação responsável em sociedade. Conforme delineado por Freire (1970), a educação é compreendida como um processo de conscientização e transformação social, no qual a participação estudantil se relaciona intrinsecamente ao êxito desse mecanismo. Para concretizar tal objetivo, destaca-se a relevância de a equipe escolar estimular a participação dos alunos na formulação de diretrizes e projetos acadêmicos, sendo essencial para isso implementar estratégias eficazes. A participação dos alunos no planejamento e na tomada de decisões relacionadas às diretrizes e projetos acadêmicos não apenas os capacita a se tornarem protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, mas também contribui para o desenvolvimento de uma comunidade acadêmica mais engajada e comprometida. Uma estratégia importante é promover espaços de diálogo e discussão entre os alunos e a equipe acadêmica. Isso pode ser feito por meio de fóruns de discussão, grupos de trabalho ou até mesmo reuniões regulares. É fundamental garantir que os alunos sejam ouvidos e tenham a oportunidade de expressar suas ideias, sugestões e preocupações em relação às diretrizes e projetos acadêmicos. Além disso, é fundamental envolver os alunos desde o início na definição dos objetivos e metas acadêmicas. Isso pode ser feito por meio de pesquisas, questionários ou até mesmo
  • 17. 16 assembleias estudantis. Ao incluir os alunos nesse processo, eles se sentirão mais motivados e comprometidos em alcançar os objetivos estabelecidos, uma vez que eles próprios os ajudaram a definir. Outra estratégia eficaz é estimular a criação de grupos de trabalho ou comitês compostos por alunos e professores, que sejam responsáveis por analisar e propor melhorias nas diretrizes e projetos acadêmicos. Isso permite que os alunos assumam um papel ativo na tomada de decisões e no desenvolvimento de ações concretas para aprimorar o ambiente acadêmico. É importante também incentivar a divulgação dos resultados e impactos das iniciativas tomadas com base nas diretrizes e projetos acadêmicos formulados pelos alunos. Isso não apenas reconhece e valoriza o esforço dos alunos, mas também inspira outros estudantes a se envolverem ativamente nesse processo. Ao envolver os alunos nesse processo, a instituição de ensino promove uma cultura participativa e fortalece o compromisso com a excelência acadêmica. PROTAGONISMO JUVENIL E ACOLHIMENTO: PILARES DA EDUCAÇÃO INTEGRAL No intuito de forjar jovens autônomos, solidários e competentes, a Educação Integral implementa estratégias inovadoras, com destaque para o Protagonismo Juvenil. As diretrizes do Programa Ensino Integral da Secretaria de Educação de Parauapebas propõem que o jovem assuma um papel ativo, dirigindo suas próprias aprendizagens e explorando suas potencialidades. Ao se tornar protagonista de suas escolhas, o jovem avança na autonomia, baseando-se em valores e interesses pessoais. Essa atitude não só o torna solidário ao contribuir para um ambiente escolar mais colaborativo, mas também desenvolve competências essenciais para enfrentar os desafios do mundo do trabalho e construir seu Projeto de Vida. O Protagonismo Juvenil, agora integrado ao Acolhimento, revela-se uma peça-chave nas escolas de tempo integral. Este momento, percebido como um elo que une escola, estudante e família, é uma estratégia eficaz no processo de ensino-aprendizagem. Os coordenadores enfatizam três princípios essenciais: escuta ativa, cuidado e equidade. Aprendizagem e o desenvolvimento humano são processos complexos dependentes de diversas interações. A abordagem integral desses processos leva em consideração todas as dimensões humanas: cognitiva, física, emocional, social, cultural e espiritual. O Acolhimento, como a primeira etapa na construção do projeto de vida dos alunos nas escolas de tempo integral, assume um papel de destaque no Programa. O material gerado nesse processo fornece subsídios cruciais para o desenvolvimento pedagógico e é encaminhado ao professor de Projeto de Vida. Nos primeiros dias de aula, o Acolhimento vai além do convencional, sendo liderado por jovens que já experimentaram seus benefícios. Eles compartilham princípios educativos, os 4 Pilares da Educação e conceitos do Protagonismo Juvenil e do Projeto de Vida. As
  • 18. 17 dinâmicas de grupo buscam despertar valores essenciais à formação de cidadãos autônomos, solidários e competentes. O desenvolvimento contínuo dos Projetos de Vida é coordenado por jovens ou ex-alunos do Ensino Integral. Os participantes arquivam cuidadosamente suas produções, entregando-as ao professor de Projeto de Vida. É importante ressaltar que, embora o Acolhimento seja conduzido por alunos, a participação ativa da equipe gestora, professores e funcionários é crucial, culminando na avaliação dos produtos durante a Culminância. Todos os materiais produzidos pelos alunos se tornam um suporte valioso para o trabalho subsequente dos professores, especialmente do professor de Projeto de Vida. AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS Ao ingressar nesse ambiente, o aluno traz consigo não apenas o acúmulo de conhecimentos prévios, mas também uma ampla gama de expectativas, receios e aspirações. Dentre as habilidades socioemocionais, destacam-se a empatia, a autoconsciência, a autorregulação, as habilidades sociais e a tomada de decisão responsável. A empatia é a capacidade de compreender e se colocar no lugar do outro, fomentando uma melhor convivência e colaboração no ambiente escolar. A autoconsciência, por sua vez, diz respeito ao conhecimento e à compreensão de seus próprios sentimentos, pensamentos e comportamentos, permitindo um maior autocontrole emocional. A autorregulação é a capacidade de controlar impulsos e emoções, desenvolvendo habilidades como o adiamento de gratificações e a capacidade de lidar com situações conflitantes. A aquisição de habilidades sociais é fundamental para estabelecer relacionamentos saudáveis e efetivos, como a assertividade, a escuta ativa e a resolução de conflitos de forma pacífica. Além disso, a tomada de decisão responsável envolve a habilidade de analisar informações de forma crítica, considerar os valores éticos e tomar decisões fundamentadas que levem em conta o bem-estar próprio e o coletivo. A valorização das competências socioemocionais no ambiente educacional é fundamental para preparar o jovem para enfrentar os desafios e demandas do mundo contemporâneo. Estas habilidades não apenas complementam o domínio dos conteúdos acadêmicos, mas também capacitam o indivíduo a lidar com emoções, conflitos e relacionamentos de forma saudável e construtiva. Nesse contexto, o acolhimento transcende o simples ato de recepcionar; ele se configura como um processo atencioso, empático e estratégico, capaz de moldar a percepção que o jovem terá de sua trajetória educacional e, por conseguinte, de sua construção como indivíduo ativo na sociedade.
  • 19. 18 O primeiro passo para a construção de um projeto de vida significativo é estabelecer um vínculo de confiança. O acolhimento cria um espaço onde os jovens se sentem livres para expressar suas ideias, sonhos e preocupações. Esse diálogo aberto possibilita a compreensão das necessidades individuais, habilidades e potenciais, criando uma base sólida para o desenvolvimento de metas realistas e alcançáveis. Um acolhimento bem estruturado também considera aspectos emocionais, sociais e culturais, reconhecendo a diversidade presente na trajetória de cada jovem. Ao compreender e respeitar as experiências de vida individuais, é possível orientá-los na construção de um projeto que seja autêntico e representativo de suas identidades. Além disso, ao incentivar a participação ativa dos jovens no planejamento de suas vidas, o acolhimento promove a autonomia e a capacidade de tomada de decisões. Isso contribui para que eles se tornem verdadeiros protagonistas de suas histórias, assumindo o controle de seu destino e enfrentando os desafios com uma mentalidade proativa. Ao delinear as competências gerais que os estudantes devem cultivar durante a Educação Básica, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) destaca as competências socioemocionais como elementos primordiais. O foco não se limita apenas ao desenvolvimento da inteligência cognitiva, mas também abraça a inteligência emocional e social, enaltecendo a capacidade de lidar eficazmente com essas competências. Com a implementação da BNCC, as competências socioemocionais ganham destaque equivalente às competências cognitivas, visando a educar as emoções para promover uma formação integral de crianças e adolescentes brasileiros, capacitando-os para os desafios do século XXI. Nesse cenário, torna-se imperativo que a escola estimule os alunos a desenvolverem criatividade, pensamento crítico, colaboração, comunicação e outras competências essenciais para enfrentar os desafios contemporâneos. Isso não apenas os prepara para os variados desafios da vida e carreira, mas também contribui para um desempenho aprimorado no âmbito acadêmico, transformando atitudes indisciplinadas e comportamentos inadequados, potencializando, assim, a aprendizagem das disciplinas. As 10 características gerais para a formação Protagonista dos nossos estudantes abrangem conhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação, e responsabilidade e cidadania. Para o desenvolvimento dessas competências, é necessário que a família, em colaboração com a escola, encontre formas de cultivar habilidades sociais e emocionais nesses jovens. A BNCC enfatiza a importância de uma formação integral e intencional, indicando que eles precisam aprender a enfrentar as adversidades cotidianas, promovendo a autonomia. As competências socioemocionais podem ser aprendidas, praticadas e ensinadas por crianças e adultos, alunos e professores, proporcionando a adoção de atitudes e habilidades
  • 20. 19 mais eficazes. Ao oferecer aos alunos o desenvolvimento dessas habilidades socioemocionais, aliadas às habilidades cognitivas, possibilita-se que planejem e executem de maneira mais eficiente seus objetivos de vida. A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS: UMA JORNADA DE CUIDADO AO LONGO DO ANO LETIVO O processo de acolhimento dos alunos é um momento que necessita de grande atenção na construção do ambiente escolar, e a ação gestora é determinante nessa etapa. Nesse sentido, existem diversas ações que a gestão pode desenvolver para promover o bem-estar e a adaptação dos estudantes às demandas e desafios do ambiente escolar. Logo na primeira semana, a gestão escolar deve proporcionar uma recepção calorosa e organizada. A presença ativa dos gestores na entrada da escola, cumprimentando os alunos, demonstra cuidado e cria uma atmosfera acolhedora. Além disso, a organização de atividades de integração, palestras informativas e apresentações contribuem para que os estudantes se sintam parte de uma comunidade educativa comprometida com o seu desenvolvimento. Além disso, é importante que a gestão esteja presente e acessível, demonstrando interesse pelo bem-estar dos alunos e disponibilizando canais de comunicação eficientes com os pais e responsáveis. Outra ação relevante é a implementação de programas de apoio socioemocional, que visem o desenvolvimento das habilidades emocionais e sociais dos alunos. Isso pode ser feito através da realização de atividades como rodas de conversa, dinâmicas de grupo, palestras e projetos relacionados à cidadania e resolução de conflitos. Além disso, é importante que a gestão esteja atenta ao desenvolvimento individual de cada aluno, buscando identificar possíveis dificuldades e oferecendo suporte adequado, seja através de acompanhamento psicopedagógico, orientação vocacional ou outras formas de apoio emocional. A gestão também pode promover a integração dos alunos, incentivando a participação em atividades extracurriculares, como clubes, grupos de estudo e eventos escolares. Essas atividades permitem que os alunos desenvolvam habilidades socioemocionais, como trabalho em equipe, liderança e comunicação, além de proporcionar um espaço de convivência saudável e enriquecedor. Por fim, a gestão escolar pode promover uma abordagem pedagógica inclusiva, garantindo que todos os alunos sejam respeitados e valorizados em suas singularidades. Isso implica em criar estratégias educativas que atendam às necessidades individuais dos alunos, proporcionando adaptações curriculares quando necessário e estimulando a participação ativa de todos.
  • 21. 20 A gestão também influencia positivamente na formação da equipe docente. A promoção de capacitações específicas sobre acolhimento, diversidade e abordagens pedagógicas inclusivas é fundamental para que os professores estejam preparados para lidar com a heterogeneidade presente nas salas de aula. Uma equipe bem orientada contribui diretamente para o sucesso do acolhimento ao longo do ano letivo. O ambiente físico da escola também é um elemento significativo no processo de acolhimento. A gestão deve garantir que as instalações estejam adequadas e agradáveis, contribuindo para a criação de um espaço educativo estimulante. A decoração das salas de aula, áreas comuns bem organizadas e espaços externos apropriados são elementos que impactam positivamente na experiência dos alunos. Por fim, ao longo do ano letivo, a gestão deve manter um acompanhamento próximo dos alunos, garantindo que o acolhimento não seja apenas um evento isolado, mas uma prática contínua. A transparência na divulgação de informações sobre eventos, mudanças na rotina e projetos pedagógicos fortalece a parceria entre escola e família. ORIENTAÇÕES PARA A GESTÃO ESCOLAR NO ACOLHIMENTO DOS ALUNOS NA PRIMEIRA SEMANA DE AULA E AO LONGO DO ANO LETIVO: 1. Planejamento Prévio: Antes do início do ano letivo, a gestão escolar deve realizar um planejamento minucioso para a recepção dos alunos. Isso inclui a definição de atividades acolhedoras, a distribuição adequada de recursos humanos e a organização do espaço físico para proporcionar um ambiente convidativo. 2. Equipe Engajada e Treinada: Garanta que toda a equipe escolar esteja ciente da importância do acolhimento e treinada para lidar com diferentes perfis de alunos. Incentive a empatia, a escuta ativa e a disponibilidade para responder às necessidades emocionais e acadêmicas dos estudantes. 3. Recepção Calorosa: Na primeira semana de aula, crie um ambiente de recepção calorosa. Professores, funcionários e direção devem estar presentes na entrada da escola para saudar os alunos, transmitindo a mensagem de que são bem-vindos e valorizados. 4. Atividades de Integração: Desenvolva atividades que promovam a integração entre os alunos. Dinâmicas de grupo, jogos cooperativos e projetos colaborativos podem criar laços e estabelecer um clima positivo desde o início do ano letivo. 5. Conversas Individuais: Promova momentos para conversas individuais com os alunos. Isso permite que a gestão compreenda as expectativas, preocupações e interesses de cada estudante, contribuindo para um acompanhamento personalizado ao longo do ano.
  • 22. 21 6. Comunicação Transparente: Estabeleça uma comunicação transparente com os alunos e seus responsáveis. Informe sobre eventos escolares, mudanças na rotina, projetos pedagógicos e qualquer outra informação relevante. Isso fortalece a parceria entre escola e família. 7. Atenção à Diversidade: Esteja atento à diversidade presente na escola. Valorize e respeite as diferentes culturas, origens e necessidades especiais dos alunos. Implemente práticas inclusivas que garantam a participação de todos no ambiente escolar. 8. Acompanhamento Contínuo: Ao longo do ano, mantenha um acompanhamento contínuo do desenvolvimento dos alunos. Identifique possíveis desafios e ofereça suporte adequado, seja por meio de orientação psicológica, reforço escolar ou outras intervenções necessárias. 9. Ambiente Físico Agradável: Certifique-se de que o ambiente escolar seja acolhedor e estimulante. Investir na decoração das salas de aula, nos espaços comuns e em áreas externas contribui para criar um ambiente propício ao aprendizado e ao bem- estar. 10. Promoção de Valores: Promova a ética, a solidariedade e o respeito como valores fundamentais na escola. Isso contribuirá para a formação de cidadãos responsáveis e conscientes do seu papel na sociedade. ACOLHIMENTO DA EQUIPE ESCOLAR: PROMOVENDO A COESÃO E O BEM-ESTAR DOS COLABORADORES Professores, equipe pedagógica, pessoal de limpeza, vigilância, cozinheiras, secretaria e estudantes formam uma comunidade que, quando acolhida adequadamente, contribui para um ambiente educacional mais saudável e produtivo. Existem diversas estratégias que podem ser adotadas para promover o acolhimento da equipe escolar. Uma delas é promover a comunicação sem ruídos com diálogo aberto e transparente. Isso inclui a realização de reuniões regulares, nas quais os membros da equipe possam expressar suas opiniões, tirar dúvidas e trocar experiências. Além disso, é importante incentivar a participação ativa de todos, valorizando as diferentes perspectivas e contribuições individuais. Para ser eficaz, o acolhimento deve ser um processo criativo e envolvente. Cada escola pode desenvolver estratégias únicas, alinhadas à sua realidade local. A partilha de experiências bem-sucedidas entre as unidades de ensino e as equipes educativa pode enriquecer o repertório de práticas eficazes.
  • 23. 22 Dentre os modelos a serem adotados, destaca-se a realização de "Rodas de Acolhimento" e "Rodas de Conversa". Essas atividades proporcionam um espaço para expressão, reflexão e fortalecimento dos laços comunitários. A condução respeitosa, o estímulo ao diálogo e a abordagem construtiva são elementos-chave para o sucesso dessas práticas. Outro aspecto importante do acolhimento da equipe escolar é o reconhecimento e a valorização do trabalho realizado. É fundamental que os membros da equipe se sintam reconhecidos e valorizados pelo seu esforço e dedicação. Isso pode ser feito por meio de elogios, recompensas e oportunidades de crescimento profissional. O reconhecimento do trabalho bem feito não só incentiva a motivação da equipe, mas também fortalece o senso de pertencimento e o sentimento de trabalho em equipe. Além disso, é fundamental oferecer apoio e orientação aos membros da equipe escolar. Isso pode ser feito por meio de programas de capacitação, mentoria e suporte emocional. O desenvolvimento profissional e pessoal dos membros da equipe contribui para o fortalecimento da equipe como um todo, além de promover a melhoria contínua da qualidade do trabalho desenvolvido. Em paralelo, é relevante que durante o processo de acolhimento, os princípios da Educação de Tempo Integral sejam transmitidos de forma leve e lúdica. A abordagem dos pilares como sustentabilidade, educação interdimensional, contemporaneidade, protagonismo, gestão democrática, experimentação, inclusão, pedagogia da presença, equidade e os 4 Pilares da Educação deve ser incorporada de maneira a instigar a reflexão e a participação ativa. É importante ressaltar que a mecânica e a automação não são elementos desejáveis nesse processo. Os acolhedores, em parceria com a Gestão Escolar, podem desenvolver um cronograma flexível de atividades mensais, trimestrais, semestrais ou anuais. Esse planejamento colaborativo permite a adaptação do acolhimento às dinâmicas sazonais e aos eventos específicos da escola. Abaixo, listamos algumas sugestões práticas para o acolhimento da equipe escolar: • Criação de um ambiente de trabalho agradável e acolhedor: é importante que a escola invista em um espaço físico que proporcione conforto e bem-estar aos colaboradores. • Desenvolvimento de atividades de integração: a realização de atividades que promovam a integração e o trabalho em equipe, como jogos, palestras e dinâmicas, é uma boa forma de acolher a equipe escolar. • Valorização dos colaboradores: a equipe escolar deve ser valorizada e reconhecida pelo trabalho desenvolvido, o que contribui para o aumento da motivação e satisfação dos profissionais.
  • 24. 23 • Desenvolvimento de formações e capacitações: a escola deve investir em treinamentos e capacitações para a equipe escolar, para que eles possam se desenvolver profissionalmente. • Atendimento aos anseios e necessidades da equipe: a escola deve ouvir e atender às necessidades e anseios da equipe escolar, buscando sempre soluções que sejam satisfatórias para ambas as partes. • Feedback constante: proporcionar feedbacks constantes e oportunidades de crescimento e desenvolvimento para a equipe, visando o aprimoramento contínuo da qualidade do acolhimento. Estes são apenas alguns exemplos de atividades práticas que podem ser implementadas para fomentar o acolhimento da equipe escolar e devem ser adaptadas às necessidades e realidades de cada escola, para garantir sua efetividade. Por fim, é importante ressaltar a importância da promoção de um ambiente de trabalho saudável e respeitoso. A equipe escolar deve ser composta por profissionais que se sintam seguros e respeitados, livre de qualquer forma de discriminação ou preconceito. A promoção da diversidade e da inclusão é essencial para a construção de uma equipe escolar acolhedora e eficaz. ORIENTAÇÕES PARA RECEBER ALUNOS INCLUSOS: CONSTRUINDO UMA ESCOLA PARA TODOS As orientações para receber alunos inclusos visam a construção de uma escola que atenda a todos de forma igualitária, respeitando suas diferenças e necessidades. A inclusão escolar é um direito de todos os alunos e, para que ela seja efetiva, é necessário que sejam adotadas medidas adequadas visando à sua promoção e garantia. Nesse sentido, apresentamos as seguintes orientações para receber alunos inclusos, contribuindo para a construção de uma escola para todos: 1. Sensibilização e conscientização: É essencial que toda a comunidade escolar esteja ciente da importância da inclusão e do respeito às diferenças. Promover a sensibilização por meio de palestras, formações e discussões pode contribuir para a construção de uma mentalidade inclusiva. 2. Conhecimento das Necessidades Específicas: Antes de tudo, é fundamental que a equipe escolar, incluindo professores, coordenadores e alunos, busque conhecimento sobre as necessidades específicas dos alunos inclusos. Isso envolve compreender as diferentes condições, limitações e potencialidades, proporcionando uma base sólida para o processo de recepção. 3. Planejamento pedagógico inclusivo: É necessário desenvolver um planejamento pedagógico inclusivo, considerando as necessidades individuais de
  • 25. 24 cada aluno. Isso implica em adaptar as atividades, materiais e recursos das aulas de acordo com as características e habilidades de cada aluno. 4. Estímulo à Participação Social: Incentive a participação dos alunos inclusos em atividades sociais e extracurriculares. Promova uma cultura que valorize a integração e a participação ativa, criando oportunidades para que todos os estudantes se envolvam em diferentes aspectos da vida escolar. 5. Acessibilidade: Garantir a acessibilidade arquitetônica, comunicacional, pedagógica e tecnológica é fundamental para a inclusão dos alunos. Isso implica em adaptar os espaços físicos, disponibilizar recursos de comunicação alternativos (como a Libras, por exemplo), oferecer materiais em formatos acessíveis e utilizar recursos tecnológicos que auxiliem no aprendizado dos alunos. 6. Formação continuada: Investir na formação continuada dos professores e equipe pedagógica é essencial para a efetivação da inclusão. Capacitar os profissionais para lidar com as diversidades e ensinar de forma inclusiva é fundamental para que todos os alunos tenham acesso a um ensino de qualidade. 7. Trabalho em equipe: Promover o trabalho em equipe é fundamental para o sucesso da inclusão. Estabelecer uma boa comunicação entre os profissionais, como professores, coordenadores, psicólogos e demais áreas envolvidas, para compartilhar conhecimentos, experiências e estratégias é essencial para garantir um ambiente escolar inclusivo. 8. Valorização da diversidade: É importante que se valorize a diversidade e se combata qualquer forma de preconceito e discriminação dentro da escola. Promover atividades que valorizem e respeitem as diferenças, como projetos educativos, atividades culturais e debates, contribui para a construção de um ambiente inclusivo e acolhedor. Ao seguir essas orientações, a escola não apenas recebe alunos inclusos de maneira adequada, mas também promove uma cultura inclusiva que beneficia toda a comunidade escolar. A inclusão não é apenas uma questão de atender às necessidades específicas, mas de construir uma escola que reconheça e valorize a diversidade, proporcionando a todos os alunos a oportunidade de aprender, crescer e se desenvolver plenamente. O PAPEL ESTRATÉGICO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ESCOLAR O coordenador pedagógico desempenha um papel-chave nesse processo, pois é responsável por planejar, organizar e coordenar as atividades de acolhimento, tanto para os alunos que ingressam na escola pela primeira vez, como para aqueles que estão passando por momentos de transição, como mudança de ciclo escolar ou transferência de escola. Uma das principais funções do coordenador pedagógico no acolhimento escolar é realizar a escuta atenta dos alunos, suas famílias e professores, identificando suas necessidades,
  • 26. 25 anseios e dificuldades. A partir dessa escuta qualificada, o coordenador pode pensar em estratégias e ações que promovam a integração, o acolhimento e o apoio necessário para cada um. Além disso, cabe ao coordenador pedagógico orientar os professores na elaboração de práticas pedagógicas que promovam a inclusão e o respeito à diversidade, levando em consideração as especificidades e necessidades dos alunos. Ele também deve estar atento para garantir que os espaços físicos e materiais da escola estejam adequados e acessíveis a todos os estudantes. Outra atribuição importante do coordenador pedagógico no acolhimento escolar é articular a participação de toda a comunidade escolar nesse processo. Por meio de reuniões, encontros e parcerias com as famílias, é possível criar um vínculo de confiança e envolvimento, fortalecendo a relação entre escola e família. Nesse sentido, o coordenador pedagógico também pode estabelecer parcerias com instituições e profissionais da área da saúde, assistência social e psicologia, para garantir o suporte necessário aos estudantes e suas famílias, quando houver demandas específicas. Veja abaixo um alista com algumas das atribuições do coordenador pedagógico no processo de acolhimento: 1. Planejamento Estratégico: O coordenador pedagógico desempenha um papel fundamental no planejamento estratégico do acolhimento. Colabore com a equipe gestora para criar um cronograma de atividades acolhedoras e desenvolver estratégias que considerem as necessidades específicas dos alunos. 2. Formação da Equipe Docente: Certifique-se de que os professores estejam devidamente preparados para o acolhimento. Ofereça formações que abordem a importância do processo, estratégias de aproximação com os alunos e práticas pedagógicas que promovam a inclusão e a empatia. 3. Orientação Individual e em Grupo: Promova orientações individuais e em grupo com os professores para discutir as abordagens de acolhimento. Estimule a troca de experiências e a busca por estratégias pedagógicas que favoreçam a integração dos alunos desde o início do ano letivo. 4. Mediação de Conflitos: Esteja preparado para mediar conflitos entre alunos, se necessário. O coordenador pedagógico pode desempenhar um papel fundamental na resolução de conflitos, promovendo o diálogo e a busca por soluções construtivas. 5. Acompanhamento Psicopedagógico: Realize acompanhamento psicopedagógico para identificar possíveis dificuldades emocionais ou acadêmicas dos alunos. Colabore com a equipe multidisciplinar para oferecer suporte individualizado quando necessário. 6. Desenvolvimento de Projetos Integradores: Proponha e participe ativamente do desenvolvimento de projetos integradores que promovam a interação entre os
  • 27. 26 alunos. Esses projetos podem incluir atividades extracurriculares, grupos de estudo ou eventos que fortaleçam os laços entre os estudantes. 7. Comunicação com os Responsáveis: Mantenha uma comunicação eficaz com os responsáveis pelos alunos. Informe sobre o processo de acolhimento, eventos escolares, e esteja disponível para esclarecer dúvidas ou receber feedback sobre o desenvolvimento dos estudantes. 8. Observação Atenta do Ambiente Escolar: Realize observações atentas do ambiente escolar para identificar possíveis desafios ou oportunidades de melhoria. Esteja aberto a receber sugestões da equipe docente e dos alunos para aprimorar o ambiente educacional. 9. Estímulo à Participação dos Alunos: Incentive a participação ativa dos alunos no processo de acolhimento. Promova espaços para que expressem suas opiniões, sugiram atividades e contribuam para a construção de um ambiente escolar mais acolhedor e inclusivo. 10. Avaliação Contínua: Realize uma avaliação contínua do processo de acolhimento. Colete feedbacks da equipe docente, dos alunos e de outros envolvidos, ajustando as estratégias conforme necessário para garantir um acolhimento eficaz ao longo do ano letivo. O PROFESSOR NO PROCESSO DE ACOLHIMENTO ESCOLAR: CONSTRUINDO VÍNCULOS E AMBIENTES FAVORÁVEIS AO APRENDIZADO O processo de acolhimento dos alunos se resume apenas à transmissão de informações sobre a disciplina que será ministrada; trata-se, sobretudo, de construir vínculos, promover um ambiente acolhedor e estabelecer as bases para um ano de aprendizado significativo. Em primeiro lugar, o professor é responsável por criar uma atmosfera que propicie o acolhimento desde o primeiro dia de aula. Um sorriso caloroso, cumprimentos amigáveis e gestos simples de hospitalidade contribuem para dissipar possíveis ansiedades dos alunos, criando um ambiente onde se sintam bem-vindos e valorizados. A apresentação pessoal e da disciplina é outro ponto-chave. O professor deve compartilhar sua trajetória, experiências e, principalmente, suas expectativas em relação aos alunos. Transmitir entusiasmo pela matéria, demonstrar comprometimento e estabelecer clareza sobre o que é esperado dos estudantes contribuem para uma relação mais transparente e produtiva. No âmbito das relações interpessoais, as atividades de integração são essenciais. Dinâmicas de grupo, debates construtivos e projetos colaborativos não apenas quebram o gelo, mas
  • 28. 27 também fomentam a construção de laços entre os alunos e o professor. Essa interação inicial estabelece um alicerce sólido para o trabalho conjunto ao longo do ano. A atenção às necessidades individuais é uma responsabilidade central do professor no processo de acolhimento. Conversas individuais, quando possível, permitem conhecer as características, expectativas e eventuais desafios específicos de cada aluno. Essa abordagem personalizada contribui para a adaptação do ensino às particularidades de cada estudante. A criação de um ambiente inclusivo é, igualmente, uma atribuição importante do professor. Incentivar a participação de todos, independentemente de suas habilidades ou características, promove um senso de pertencimento e respeito à diversidade. O professor, ao valorizar a singularidade de cada aluno, contribui para a construção de uma comunidade escolar mais rica e enriquecedora. Além disso, o feedback construtivo é essencial nesse processo. O professor deve oferecer retornos sobre o desempenho dos alunos, destacando seus pontos fortes e indicando áreas para melhoria. Esse diálogo construtivo não apenas orienta os estudantes em seu desenvolvimento acadêmico, mas também reforça a importância do papel do professor como mentor e guia. Por fim, a continuidade do cuidado ao longo do ano letivo é uma responsabilidade constante do professor. Manter-se aberto à comunicação, demonstrar interesse pelo progresso e bem-estar dos alunos, e estar disponível para orientações e apoio contribuem para a construção de uma relação de confiança que perdura ao longo do tempo. Veja abaixo uma lista com algumas das atribuições do professor no processo de acolhimento: 1. Construção de Vínculos Afetivos: O professor deve buscar estabelecer vínculos afetivos com os alunos desde o início do ano letivo. Demonstrar empatia, interesse pelas histórias individuais e criar um ambiente de confiança são fundamentais para um acolhimento eficaz. 2. Recepção Ativa: Durante a primeira semana de aula, receba os alunos de maneira ativa e calorosa. Cumprimente-os individualmente, aprenda seus nomes e esteja aberto para ouvir suas primeiras impressões sobre a escola e a turma. 3. Apresentação Pessoal e da Disciplina: Faça uma apresentação pessoal e da disciplina que leciona. Compartilhe um pouco sobre sua trajetória profissional e explique as expectativas e objetivos da matéria. Isso ajuda os alunos a entenderem o contexto e a importância da disciplina. 4. Diálogo Aberto: Mantenha um diálogo aberto e receptivo com os alunos. Esteja disponível para ouvir suas dúvidas, preocupações e sugestões. Incentive a
  • 29. 28 participação dos estudantes nas discussões em sala de aula, promovendo um ambiente de aprendizado colaborativo. 5. Atividades de Integração: Planeje atividades de integração que estimulem a participação ativa dos alunos. Dinâmicas, jogos e trabalhos em grupo são estratégias que favorecem a interação e promovem o senso de comunidade na sala de aula. 6. Identificação de Necessidades Individuais: Esteja atento para identificar as necessidades individuais dos alunos. Converse individualmente, se possível, para compreender suas características, habilidades e eventuais desafios. Isso contribui para um acompanhamento mais personalizado ao longo do ano. 7. Apoio a Alunos Novos: Caso haja alunos novos na turma, promova a integração deles, incentivando colegas a recebê-los e oferecendo apoio adicional quando necessário. Facilite a adaptação desses alunos ao novo ambiente escolar. 8. Estímulo à Autonomia: Incentive a autonomia dos alunos desde o início. Ajude-os a estabelecer metas pessoais e acadêmicas, promovendo a responsabilidade pelo próprio aprendizado. Isso contribui para a formação de estudantes mais independentes e engajados. 9. Feedback Construtivo: Forneça feedback construtivo sobre o desempenho dos alunos, reconhecendo seus esforços e identificando áreas de melhoria. Isso contribui para o desenvolvimento contínuo dos estudantes e fortalece a relação professor- aluno. 10. Parceria com Responsáveis: Mantenha uma comunicação próxima com os responsáveis pelos alunos. Informe sobre o progresso acadêmico, eventos escolares e esteja disponível para discutir questões relacionadas ao desenvolvimento dos estudantes. A INCLUSÃO ESCOLAR E O PAPEL DOS ALUNOS ACOLHEDORES: UM CAMINHO PARA A DIVERSIDADE E EMPATIA A inclusão escolar é uma prática pedagógica que tem como objetivo assegurar o acesso dos alunos a uma educação de qualidade, independentemente de suas habilidades e características. Nesse sentido, espera-se que os alunos que acolhem seus colegas tenham um empenho constante na promoção de um ambiente escolar verdadeiramente inclusivo. A recepção adequada de um aluno incluído demanda sensibilidade, empatia e a compreensão de que a diversidade é um elemento enriquecedor para toda a comunidade escolar. Em primeiro lugar, é primordial que os alunos acolhedores busquem compreender as necessidades específicas do colega com necessidades especiais. Isso engloba não apenas o conhecimento de suas condições ou limitações, mas também o reconhecimento de suas potencialidades e singularidades. A empatia desempenha um papel crucial nesse contexto,
  • 30. 29 pois possibilita que os acolhedores enxerguem além das diferenças, valorizando a individualidade de cada aluno. Adicionalmente, ações práticas são igualmente importantes nesse processo de acolhimento. Os alunos acolhedores podem contribuir para a adaptação do ambiente escolar, identificando e sugerindo possíveis ajustes para facilitar a participação do colega incluído em atividades cotidianas. Essas ações podem envolver auxílio na disposição das mesas e cadeiras, promoção do acesso a recursos pedagógicos adaptados ou colaboração na criação de estratégias de interação. Cada gesto, por menor que seja, contribui para a construção de um espaço verdadeiramente inclusivo. Além disso, é de responsabilidade dos alunos acolhedores promover a integração social do colega incluído. Estimular a participação dele em atividades extracurriculares, incentivar a formação de amizades e criar oportunidades para que todos se conheçam melhor são ações que fortalecem os laços dentro da comunidade escolar. Por fim, é essencial que os alunos acolhedores atuem como agentes multiplicadores da cultura da inclusão. Ao educarem seus colegas sobre a importância da diversidade, eles promovem um ambiente escolar onde o respeito às diferenças se torna uma prática constante. Essa conscientização não apenas beneficia o aluno incluído, mas também contribui para a formação de cidadãos mais tolerantes e solidários. O ALUNOS ACOLHEDORES: INSTRUÇÕES PARA UMA RECEPÇÃO FRATERNA E INTEGRADORA Os alunos acolhedores são agentes de transformação, criando um ambiente propício à aprendizagem e ao acolhimento dos novos integrantes da comunidade escolar. Esses alunos são responsáveis por recepcionar e integrar os novos alunos, tornando o ambiente escolar acolhedor e propício para o processo educativo. Seu comportamento amigável, atencioso e receptivo contribui para que os recém-chegados se sintam bem-vindos, diminuindo a ansiedade e a sensação de estranhamento. Ao se sentirem acolhidos e integrados, eles tendem a apresentar maior engajamento nas atividades escolares, melhor aproveitamento das aulas e maior interesse pelo aprendizado. Além disso, os alunos acolhedores podem compartilhar dicas e estratégias de estudo, auxiliando na adaptação acadêmica dos novos colegas. A presença dos alunos acolhedores nas escolas de tempo integral auxilia no desenvolvimento socioemocional dos estudantes, pois eles aprendem a lidar com diferenças, a exercitar a empatia e a desenvolver habilidades de comunicação e resolução de conflitos. A oportunidade de atuar como aluno acolhedor permite aos estudantes desenvolver habilidades de liderança, responsabilidade e preocupação com o próximo. Eles aprendem a
  • 31. 30 lidar com desafios, a comunicar-se de maneira eficaz e a tomar decisões conscientes, tornando-se referências positivas para os demais alunos e para a comunidade escolar como um todo. Ser um elo entre os estudantes recém-chegados e o cotidiano escolar pode transformar a experiência de adaptação, promovendo um ambiente mais amigável e integrador. As instruções aos alunos acolhedores são diretrizes valiosas para assegurar que essa recepção seja não apenas efetiva, mas também genuinamente calorosa. Veja a seguir algumas orientações que a escola pode passar para o grupo de alunos acolhedores: 1. Comecem sendo empáticos: É importante que vocês entendam as ansiedades e expectativas dos novos colegas para criar uma conexão real. Pensem em como vocês se sentiram quando entraram na escola pela primeira vez e como uma recepção calorosa fez a diferença. 2. Cumprimentem os novos alunos com cordialidade: Dizer um simples "olá" com um sorriso pode fazer toda a diferença. Gestos amigáveis ajudam a acalmar qualquer nervosismo inicial. 3. Apresentem-se e compartilhem: Se apresentem de forma amigável e contem um pouco sobre vocês. Isso cria um ambiente descontraído e convida os novos colegas a fazerem o mesmo, facilitando a formação de amizades. 4. Mostrem como a escola funciona: Ofereçam instruções práticas sobre a escola, como a localização das salas, os horários e as regras básicas. Isso ajudará os novos alunos a se sentirem mais confiantes e confortáveis no novo ambiente. 5. Promovam atividades para se integrarem: Incentivem a participação em atividades de integração, como jogos em grupo, atividades cooperativas e eventos sociais. Essas oportunidades ajudam os novos alunos a se conectarem com os colegas e a se sentirem parte da comunidade escolar. 6. Sejam sensíveis às diferenças: É importante respeitar as origens, culturas e interesses diversos dos novos colegas, criando um ambiente inclusivo desde o início. 7. Ofereçam ajuda nas atividades escolares: Estejam disponíveis para ajudar os novos alunos nas atividades escolares. Compartilhem materiais, expliquem os procedimentos ou esclareçam dúvidas. Isso ajudará na transição suave dos novos estudantes. 8. Sejam guias amigáveis: Mostrem como podem ajudar os novos colegas a encontrar salas de aula, a cantina ou outros lugares importantes na escola. Essa orientação prática facilita a adaptação deles.
  • 32. 31 9. Estejam abertos ao diálogo: Abram espaço para ouvir os novos colegas. Convidem-nos a compartilhar suas experiências, preocupações e expectativas. Ouvir atentamente cria um ambiente propício para construir relacionamentos positivos. 10. Continuem oferecendo apoio: O acolhimento não deve ser apenas no começo. Incentivem todos a continuarem apoiando ao longo do ano, promovendo uma cultura de amizade e suporte contínuo. Através da empatia, cumprimentos cordiais e apresentações amigáveis, os alunos acolhedores estabelecem conexões reais com os novos colegas, dissipando nervosismos iniciais e facilitando a formação de vínculos. Além disso, ao compartilharem suas experiências iniciais na escola, eles demonstram como uma recepção acolhedora pode fazer toda a diferença. A presença dos alunos acolhedores nas escolas de tempo integral não se limita a ações pontuais, mas promove uma cultura de amizade e suporte contínuo ao longo do ano letivo. Ao estar abertos ao diálogo e ouvir atentamente, eles proporcionam um ambiente propício para a construção de relacionamentos positivos e duradouros. SUGESTÃO DE ACOLHIMENTO PARA ALUNOS DAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL Objetivos: • Criar um ambiente acolhedor e inclusivo para os novos alunos da escola; • Apresentar as instalações da escola, as atividades e o funcionamento da escola; • Conhecer os colegas de turma e os professores; • Desenvolver habilidades sociais e emocionais dos alunos; • Promover o trabalho em equipe e o respeito ao próximo. Materiais: • Espaço físico acolhedor (sala de atividades, sala de dormir, banheiros, etc.) • Materiais de escrita (cadernos, canetas) • Cartazes e adesivos • Materiais para brincadeiras e atividades lúdicas • Materiais para atividades físicas (bolas, jogos) • Materiais para atividades artísticas (papéis, tintas, pincéis, etc.) Estratégias: • Atividades escritas e lúdicas para os alunos se conhecerem; • Visita às instalações da escola e apresentação dos profissionais da escola; • Apresentações individuais dos alunos;
  • 33. 32 • Jogos em equipe para desenvolver habilidades sociais e emocionais; • Participação em atividades artísticas, esportivas e culturais para aprimorar as habilidades e interesses dos alunos. SUGESTÃO 1: O LIVRO DA VIDA – MANTER PARA ALUNOS NOVATOS Objetivo: • Fomentar a reflexão sobre si mesmo; • Despertar para a importância do autoconhecimento. Materiais necessários: • Cópia do Livro da Vida – 1 cópia por estudante; • Material de escrita – 1 por estudante. Desenvolvimento: ETAPA I • Antes de entregar o Livro da Vida aos estudantes, o Acolhedor destaca a relevância dessa atividade no início do Projeto de Vida, como um momento para a introspecção e reflexão sobre si mesmo. • Para facilitar a construção do Livro da Vida, o Acolhedor propõe perguntas que todos devem responder individualmente, compartilhando, em seguida, suas sensações com o grupo: 1. Quando estou em um grupo novo, eu me sinto... 2. Ao refletir sobre o caminho percorrido até agora, eu me sinto... 3. Quando imagino o futuro, eu me vejo... 4. Eu me sinto integrado em um grupo quando... 5. Tenho uma vergonha significativa em relação a... 6. Quando alguém fica magoado comigo, eu... 7. O que mais me irrita é... 8. Uma pessoa para ser minha amiga precisa... 9. Ao entrar em uma sala cheia de pessoas, eu me sinto... 10. Sinto-me feliz quando... 11. No dia do meu aniversário, eu... 12. O que mais me entristece é... 13. Meu ponto forte é... 14. Uma dificuldade que me incomoda é... 15. Quando estou sozinho diante de um espelho, eu me vejo... ETAPA II Construção do Livro da Vida:
  • 34. 33 • Após a etapa das perguntas, o Jovem Protagonista entrega uma cópia do Livro da Vida para cada estudante, instruindo-os a criar um Livro da Vida com 4 páginas. • Na capa: Cada aluno desenha algo que o represente, refletindo como se enxerga atualmente. • Imediatamente após a entrega, o Jovem Protagonista solicita que todos escrevam seu NOME COMPLETO e a turma no final de cada folha do Livro da Vida. • Na página 2: O estudante contorna a silhueta de sua mão direita, escrevendo em cada dedo as qualidades que reconhece em si mesmo. • Na página 3: O aluno lista três características que reconhece como obstáculos e que deseja melhorar, detalhando como pretende desenvolver essas áreas. • Na página 4: O estudante cria uma Linha do Tempo desde o nascimento até o momento presente, destacando momentos marcantes. • Durante a elaboração, os Jovens Protagonistas circulam para identificar alunos que possam ter dificuldades, oferecendo ajuda sem insistir caso o estudante não queira. • Ao final, o Jovem Protagonista estimula alguns estudantes a apresentarem seus Livros da Vida, destacando que esses materiais serão posteriormente entregues ao professor de Projeto de Vida para continuidade das discussões ao longo do ano. Reflexão: • O Jovem Protagonista destaca a responsabilidade de refletir com o grupo sobre a importância do autoconhecimento no processo de construção do Projeto de Vida. Os estudantes estarão mais aptos a fazer escolhas conscientes, baseadas em valores sólidos e boas referências, contribuindo para o amadurecimento e sucesso em suas trajetórias. • Salienta-se que essa atividade de autoconhecimento no Acolhimento é apenas o ponto de partida para as aulas de Projeto de Vida, incentivando os alunos a se abrirem para conhecerem a si mesmos e aos outros. • Uma reflexão adicional pode surgir sobre o desejo de ser igual a outras pessoas admiradas. É enfatizado que, embora as pessoas possam ter algo em comum, cada indivíduo é único, e reconhecer emoções, sentimentos, fortalezas e fragilidades é fundamental para o amadurecimento ao longo da vida. Ter referências é importante, mas preservar a própria identidade e encontrar felicidade consigo mesmo até o presente momento é igualmente crucial. REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PORTFÓLIO – PARA ALUNOS VETERANOS • Nesta etapa, os veteranos terão a oportunidade de reavaliar e refazer seus portfólios, utilizando as pastas que contêm todas as suas produções guardadas pela equipe da escola desde o primeiro acolhimento. O objetivo é permitir que os estudantes
  • 35. 34 revisitem suas trajetórias, reflitam sobre suas conquistas e metas, e participem ativamente da dinâmica proposta para os novatos. • Serão utilizadas as pastas que contêm o histórico de produções dos alunos, garantindo que eles possam revisitar e reavaliar suas realizações anteriores. Esta atividade proporciona uma oportunidade valiosa para os veteranos reverem o que foi registrado em seus portfólios, aproveitando a dinâmica em andamento com os novatos. • Caso haja alguma escola que não possua os arquivos dos estudantes, seja por não terem passado pelo acolhimento inicial de maneira adequada, recomenda-se que os estudantes veteranos sigam o mesmo processo que está sendo proposto para os novatos. Importante: Este momento de revisão e atualização do Projeto de Vida é fundamental para cada pessoa, possibilitando a reavaliação e, quando necessário, a modificação do que foi previamente estabelecido. Os estudantes que sentirem a necessidade terão a liberdade de ajustar suas metas e objetivos, refletindo assim o desenvolvimento contínuo de seus projetos pessoais. SUGESTÃO 2: MEUS AMIGOS ME AJUDAM! – ALUNOS CALOUROS Nesta atividade, os estudantes calouros serão incentivados a refletir sobre a importância da rede de apoio social, observando exemplos de comportamentos positivos em seus relacionamentos interpessoais. O objetivo é estimular a conscientização sobre como a rede de apoio pode ser uma fonte valiosa de inspiração para construir relações saudáveis. Objetivo: • Estimular a observação da importância da rede de apoio social e como ela pode inspirar a construção de relacionamentos saudáveis. Desenvolvimento: 1. Os estudantes são convidados a conversar com um colega sobre pessoas em suas vidas que demonstram habilidades exemplares na construção de relacionamentos. 2. Cada aluno deve escrever os nomes dessas pessoas ao lado de cada habilidade observada e compartilhar histórias ou exemplos sobre o motivo de escolher cada uma delas. 3. Ao final da atividade, o facilitador incentiva os estudantes a abordarem essas pessoas escolhidas como tarefa de casa. Eles devem perguntar como conseguiram desenvolver essas habilidades e, posteriormente, compartilhar suas descobertas em uma plenária no próximo encontro, resgatando também as discussões anteriores.
  • 36. 35 Sugestão: Condução: O Jovem Protagonista responsável pela turma deve liderar a atividade, fornecendo folhas e canetas para registro. Tempo de duração: Aproximadamente 35 minutos SUGESTÃO 3: TUDO COMEÇA COM UM SONHO – EDUARDO LYRA Objetivo: • Refletir sobre a importância de ter um sonho; • Incentivar os estudantes a acreditarem nos seus sonhos; • Compreender a relação do sonho com a Escola.
  • 37. 36 Materiais necessários: • Vídeo: A Trajetória de Sucesso de Eduardo Lyra Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=19aZiB_-XAQXAQ (Último acesso em: 12 de janeiro de 2024). • Datashow; • Equipamento de áudio; • Folhas de papel A4. Desenvolvimento: Antes de exibir o vídeo, é fundamental provocar os estudantes com algumas perguntas: 1. Quem tem um sonho? • O Jovem Protagonista conta e anota quantos estudantes levantaram as mãos indicando que têm um sonho. 2. Quem já realizou um sonho? • O Jovem Protagonista ouve um ou dois estudantes que queiram compartilhar um pouco sobre um sonho já realizado; • Ainda não é necessário saber, especificamente, sobre os sonhos de todos os estudantes; • O Jovem Protagonista organiza os estudantes na sala de aula ou em uma sala de vídeo e exibe o vídeo de Eduardo Lyra; Após assistir ao vídeo, o Jovem Protagonista divide os estudantes em 4 grupos e entrega uma folha de A4 a cada grupo, que deverá responder a algumas perguntas referentes à história de Eduardo Lyra. Grupo 1 - Quem já conhecia Eduardo Lyra e de onde? - Quem conhece alguém que tenha uma história de vida parecida com a dele? Grupo 2 - Eduardo Lyra teve uma vida fácil? - Com quem Eduardo Lyra pôde contar para ser quem é hoje?
  • 38. 37 Grupo 3 - O que determinou o sucesso da vida dele? - Existe no grupo algum estudante que tenha uma história parecida com a de Eduardo Lyra? Grupo 4 - Cite pelo menos três lições que é possível tirar da história de Eduardo Lyra. • Após um curto intervalo para que os estudantes respondam às perguntas, o Jovem Protagonista pede a um membro voluntário de cada grupo que compartilhe as perguntas e as respostas. Durante as apresentações, outros estudantes podem desejar acrescentar mais informações, e eles devem saber que isso é possível; • Após as apresentações, o Jovem Protagonista se junta aos estudantes em círculo, no chão ou nas cadeiras, e compartilha como a escola o apoiou na realização de seu sonho e projeto de vida. Ele destaca a importância de reconhecer que ninguém consegue realizar um sonho sozinho, enfatizando a necessidade de apoio da família, escola e amigos. Adiciona que não basta apenas sonhar e ficar parado esperando que algo aconteça, é preciso agir, pedir ajuda, estar perto de pessoas inspiradoras, "correr atrás" e demonstrar um forte desejo de realizar o sonho, ciente de que será necessário trabalhar duro para alcançá-lo. Tempo de duração: Aproximadamente 40 minutos DESCRIÇÃO DO VÍDEO: O vídeo apresenta a história de Eduardo Lyra, 28 anos, nascido em Guarulhos-SP. Eduardo superou as expectativas e se tornou jornalista, escritor, roteirista e empreendedor social. Ele foi eleito pelo Fórum Econômico Mundial um dos 15 jovens brasileiros que podem melhorar o mundo e apareceu na lista da revista Forbes Brasil como um dos 30 jovens mais influentes do país, sendo o único residente de uma periferia urbana. Eduardo fundou o Instituto Gerando Falcões e, por meio do hip-hop, dança de rua, teatro e literatura, impactou a vida de mais de 200 mil jovens de comunidades. Eduardo acredita que "pau que nasce torto não está sentenciado a morrer torto". Veja o vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=19aZiB_-XAQ
  • 39. 38 SUGESTÃO 4: QUEBRANDO O GELO Objetivo: Lembrar da importância de respeitar o sonho do outro e de como não devemos desistir deles. Materiais necessários: • Folhas de papel; • Material para escrita. Desenvolvimento: 1. Cada estudante escreve uma palavra/frase que se relacione com o sonho. 2. Em seguida, cada estudante lê o que escreveu sem explicar o motivo. Todos ficam de pé com o papel na mão. 3. O Acolhedor conta uma história motivacional (texto base), enquanto retira o papel da mão de cada estudante. Alguns sonhos ele usará para a história, outros ele rasgará. Preste atenção na reação dos estudantes. Texto-base da dinâmica “Quebrando o gelo”: Era uma vez alguém que tinha o sonho de ir para a (o) . Certo dia ela encontrou um (a) no caminho, era um antigo colega de classe que se tornou um excelente profissional. Após alguns anos de muita imaginação, esse alguém se tornou um (a) . Nada do que queria, mas tudo que a família desejava. Dinheiro ele ganhava, mas mesmo que viajasse para os países a alegria parecia não existir. Então ele resolveu pensar em todas as profissões que existem, mas, no final, depois de tantas idas e vindas, lembrou que (isso não importa), porque só o que era importante era seu próprio sonho, o de ser . Será que assim ele encontrará a alegria ou ela está neste momento picada no chão que estamos pisando? SUGESTÃO 5: O VARAL DOS SONHOS Objetivos: • Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos; • Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho. Materiais necessários:
  • 40. 39 • Cópia da Escada dos Sonhos – 1 por estudante; • Lápis coloridos, canetinha – várias cores por estudante; • Pregadores de roupa – 2 por estudante; • Jornais e revistas que não estejam em uso – 5 revistas e 5 jornais; • Rolo de barbante. Desenvolvimento: 1. O Jovem Protagonista entrega a cópia da Escada dos Sonhos dobrada ao meio para cada estudante, formando uma espécie de livrinho. 2. Na capa, os estudantes colam uma imagem (jornal e revista) ou desenham algo que represente o seu sonho. 3. O Jovem Protagonista explica que na parte de dentro desse papel dobrado há o desenho de uma escada com quatro degraus. 4. Os estudantes começam a escrever pelo último degrau, colocando o SONHO no degrau mais alto da escada, utilizando apenas uma palavra ou uma pequena frase. 5. O Jovem Protagonista faz sua própria escada dos sonhos juntamente com os estudantes. 6. Os estudantes preenchem os degraus na seguinte ordem: 4º degrau: Sonho, 1º degrau: Etapa 1 para chegar ao Sonho, 2º degrau: Etapa 2 para chegar ao Sonho, 3º degrau: Etapa 3 para chegar ao Sonho. 7. Após preencherem uma etapa, passam para a seguinte até o 3º degrau. 8. Ao final, o Jovem Protagonista levanta perguntas para reflexão sobre os sonhos dos estudantes. 9. Os estudantes que se sentirem à vontade apresentam seus sonhos. 10. Os estudantes penduram seus sonhos em um varal, preferencialmente do lado de fora da sala. 11. No retorno à sala, os Acolhedores refletem com os estudantes sobre o papel da escola em apoiar a construção do Projeto de Vida de cada um. 12. Explica-se que o planejamento é importante para realizar cada etapa do sonho e alcançá-lo. Tempo de duração: Aproximadamente 45 minutos. Importante: O Varal dos Sonhos simboliza o objetivo do Acolhimento, permitindo que os estudantes exponham seus sonhos e os educadores se envolvam no apoio aos projetos de vida de cada um.
  • 41. 40 SUGESTÃO 6: MURAL DE SONHOS Objetivos: • Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos; • Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho. Material necessário: • Cartolina; • Tesoura; • Cola; • Revistas e jornais que possam ser recortados. Desenvolvimento: 1. Considere o número de participantes e, se necessário, divida-os em equipes. 2. Cada participante ou equipe recebe uma cartolina para criar um mural de sonhos utilizando recortes de revistas. Ofereça um material diversificado para garantir uma atividade criativa e enriquecedora. 3. Incentive a criatividade, destacando que a atividade é uma oportunidade de expressar desejos de maneira única. O tempo para a realização da dinâmica pode variar de dez a quinze minutos. 4. Após a conclusão, cada participante ou equipe apresenta seu mural à frente, explicando as figuras escolhidas e o significado delas. Essa apresentação permite que os participantes se conheçam melhor, além de proporcionar uma conexão mais profunda com seus próprios sonhos. Tempo de duração: Aproximadamente 45 minutos. SUGESTÃO 7: DEFENDENDO SEU SONHO Objetivos: • Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos; • Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho. Material necessário: • Palitos de dente; • Canetas;
  • 42. 41 • Pedaços de papel; • Um balão para cada participante. Desenvolvimento: 1. Forme um círculo com cadeiras, considerando o número de participantes. 2. Peça a cada participante que escreva seu sonho em um pedaço de papel, dobre, coloque dentro do balão e o encha. 3. Distribua um palito de dente para cada participante e peça que segurem o balão. 4. Explique que todos terão espaço dentro do círculo para se movimentarem durante a atividade. 5. Diga "defendam seus sonhos" e permita que tentem evitar que seus balões sejam furados pelos palitos. A única regra é que não podem esconder o balão sob a roupa. 6. Ao final, provavelmente todos estarão sem balão, e é o momento de questionar: "Quem disse que vocês deveriam furar os balões uns dos outros?" 7. Inicie a reflexão: "Quem disse que para defender o próprio sonho é preciso acabar com o sonho do outro?" Tempo de duração: Aproximadamente 25 minutos. SUGESTÃO 8: CHAVE DOS SONHOS Objetivos: • Levar os estudantes a refletirem sobre seus sonhos; • Incentivar os estudantes a traçar pequenas metas rumo ao sonho. Material necessário: • Chaves diferentes; • Um cadeado com chave; • Folha de papel sulfite. Desenvolvimento: 1. Prepare uma folha de papel sulfite contendo as seguintes perguntas: • Qual é o seu sonho? • O que você precisa fazer para alcançá-lo? • Quais os obstáculos que acredita que vai enfrentar para isso? 2. Forme um círculo com os participantes e chame um por vez para ir até o centro e responder às três perguntas.
  • 43. 42 3. Após a resposta, cada participante deve tentar abrir o cadeado, utilizando todas as chaves, até encontrar a certa. 4. O foco da atividade é perceber que realizar sonhos é desafiador e acontece de maneiras diferentes para cada pessoa. 5. Após todos realizarem as etapas, inicie um diálogo sobre o assunto para incentivá- los a nunca desistirem daquilo que desejam. Tempo de duração: Aproximadamente 45 minutos. SUGESTÃO 9: CORREIO DO TEMPO Objetivo: • Estimular os estudantes a projetarem seus desejos e sonhos no período de um ano. Materiais necessários: • Lápis de cor; • Lápis de escrever – 1 por estudante; • Folhas de papel A4 – 1 por estudante; • Uma “caixa de correio”. Desenvolvimento: 1. Elaboração da Carta para si mesmo: • Antes de iniciar esta atividade, o Jovem Protagonista deve alinhar o entendimento sobre as atividades realizadas até aqui com todos os estudantes, sempre fazendo referência àquelas desenvolvidas anteriormente, como o trabalho com os sonhos e o varal dos sonhos. • O Jovem Protagonista entrega aos estudantes uma folha de papel A4 dividida ao meio. Em uma metade da folha, os estudantes deverão escrever uma carta para eles mesmos, contando como se veem no futuro, sendo ideal que eles se projetem no intervalo de um ano. 2. Guardando as Cartas na "Caixa de Correio": • Após os estudantes finalizarem as cartas, o Jovem Protagonista orienta que coloquem-nas dentro da caixa de correio que estará na sala destinada às aulas de Projeto de Vida. • O Jovem Protagonista explica que, no ano seguinte, juntamente com o professor de Projeto de Vida, eles abrirão a caixa de correio e lerão as cartas individualmente, avaliando as mudanças ocorridas no período. 3. Avaliação e Reflexão: