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ANO XVII                                                            RIO DE JANEIRO,      17 DE JUNHO DE 1985                            N9   814

                      Por decisão                  do Conselho Monetário Nacional                    (divulgada    atraves   da    Resolução
         1            n2 1de reservas tecnicas das foram alterados seguros em ORTNse LTNs.de aplic~
                      çao
                           024 do Banco_Central),
                                                    companhias de
                                                                    os percentuais m;nimos
                                                                                           (Ver se-
ção CNSP)

                      A UNESPAomunica que foi prorrogado, ate o dia 19 de julho vindouro, o prazo
                                 c
         2            de inscrição de candidatos ao "11 Curso de Formação de Executivos -
                      FIDES.
                                                                                             Ãrea


                      Not;cia da publicação L'Argus International, n9 32: "Une societe bresilienne
          3           etablie ã Bilbao (Espagne) vient de lancer sur le marche une assurance
                      cas de divorce. En cas de dissolution d'un mariage, 1 lassurance verse une
                                                                                                  en
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                                                 I"~V'+;O
                                                 pu.      "" 1'-.
                                                                    11




                      Na forma da Resolução n9 1 014 do Banco Central (D.O.U., Seção I, de 07.06.8~,
           4          não há incidência do IOF sobre os prêmios de seguros relativos ã cobertura,
                      no mercado interno, dos riscos referentes ao lançamento e ã operação dos sa-
telites               Brasilsat  I e 11.

        O mercado venezuelano de seguros teve em 1983 arrecadação de prêmios no mon-
            5
        tante de 7.031 milhões de bollvares (428.,8 milhões em prêmios de resseguro).
        No "underwriting" houve prejuizo de 268,6 milhões, mas o produto de inversões
cobriu aquele preju;zot dando ainda origem ao lucro final de 391 t3 milhõest   corres-
pondente a 5t5% da receita de prêmios.    Os prêmios de seguros diretost no   montante
de 6.602 milhões de bol;varest  correspondem a pouco mais de 1t5 bilhão de dõlare~ co
locando a Venezuela no 219 lugar do "ranking" mundial.                                 -
                      O Lloyd's                  de Londres concedeu a Medalha de Prata aos astronautas                           norte-ame-
            6
         que haviam sido P. Alle,n e Dale A.seguro mundial: o "Palapa 2" e o "Westar. 6".
         ricanos Joseph indenizados pelo Gardne,rt porteremrecuperadodoissatelites
Aquela honraria foi criada em 1893 et depois da 11 Guerra Mundial t somente foi conce
dida cinco vezes.

                      Acaba de completar                                 15 anos de atividades   o Instituto      Universitário    de    Segu-
             ~ ros, superlort especlallzados que seramos que,à formaçã~ detem a denomlnaçao nl-
               vel da V~nezuela, ~nt~dade nos dedica           entre nos, erofission~is ~e de
ramos elementares.                                 Nossas congratulações ao mercado segurador daquele pa;st pelo im
portante                  eventot              de tanto             proveito paraainstituição        do seguro.                                -
                      Na ultima                 segunda-feira,                 dia 10 do corrente,    o Sr. Sergio Charles Tubero foi
            f3 ral) da FENASEG. Sergiot
               empossado na Presidência
                                   da CPCG(Comissão e experimentado
                                    que e competente de Planejamento                                                     e Coordenação Ge-
                                                                                                                         profissional   do
seguro, substitui  naquela Presidência o Sr. Antônio Paulo Noronha,                                                      que deixou o exer
clcio da atividade seguradora para dedicar-se à'direção de empresas                                                       industriais.




                                                                                                                                                   I
DIVERSOS

                                          A ETERNADISCUSSAO
                               ERRODE EXECUÇAO ERRODE PROJETO
                                             X



                                                            Engq ANTONIOFERNANVOE A. NA
                                                                               D       VARROPEREIRA*


                               Quando se executa uma obra de engenharia                civil,      desde uma simples
residência,         ate um grande porto,        corre-se      o risco   de construir-se         e, a seguir,      ver to-
da uma construção           que consumiu meses, ou anos, esperanças,               empregos, sonhos,             alegrias
e dissabores,         ir   ao chão, completamente arruinada,              colapsada.      O que ocasionou esse c~
lapso?      Sera que foi       um erro de execução, ou talvez              um erro de projeto?            Quemsabe não
foi     o emprego inadequado de materiais?


                               A punição dos culpados de nada ira contribuir                     para a    recuperaçao
total     dos prejuizos       apurados,      ou ressuscitar      os mortos.


                               Infelizmente,      a memória popular é bem curta,                e dificilmente        lem-
brar-se-a      de todos os acidentes           ocorridos.       Alguns talvez     não tenham se esquecido               do
desastre      do Elevado Paulo de Frontin,               ou do Pavilhão     da Gameleira,        e de muitas       outras
obras.      Mais recentemente,        em Niterõi,         um grande prédio      residencial,       em fase final        de
acabamento, desmoronou.


                               A fim de amenizar esses prejuizos,               existem alguns tipos         de segu-
ros,     bastante     especificos,    como, por exemplo, o de Riscos de Engenharia.                        A cobertura
para este seguro é do tipo            "All     Risks",     abrangendo as perdas e danos que o                    segurado
vier    a sofrer,      decorrentes    de:


                                 acidentes      provocados por falhas         de construção        e de montagem;
                                 desmoronamentos;
                                 incêndio,      queda de raio e explosão;
                                 roubo e furto       qualificado;
                                 alagamento;
                                 danos da natureza;
                                 impacto de veiculas          e equipamentos em operação,            bem como a queda
                                 de aeronaves e engenhos espaciais.

                                                                                          BI.814*Pag.01*17.06.85
                                                                                                                             li
Essas vãrias          coberturas      podem ser complementadas com a inclusão                   de
clãusulas    adi(~unais,         tais    como:


                                 tumultos;
                                 operações       de manutenção (simples         e ampla);
                                 despesas     extraordinãrias         a que o segurado estiver           obrigado,     qua~
                                 do originadas por sinistros              cobertos;
                                 afretamento de aeronaves;
                                 desentulho       do local;
                                 equipamentos fixos           e móveis no interior       do canteiro       de obras;
                                 obras concluldas;
                                 propriedades circunvizinhas;
                                 riscos do fabricante;
                                 erros   de projeto;
                                 responsabilidade civil,  incluindo a responsabilidade     cruzada,                          a
                                 qual considera os vários segurados como terceiros     entre si.

                    Dentre essas várias coberturas, algumas são facilmente confundidas,
devido aos .ãrios aspectos tecnicos envolvidos. São as de erro de execução e erro de
projeto.

                       Chama-se erro de execução a falha ou descuido cometido no desenro-
lar,   ou no desenvolvimento de uma construção.   A caracterização  do erro de   execução
dã-se quando, ao se analisar              o sinistro      ocorrido,       são verificadas           incompatibilidades
com os serV1ços projetados.    Algumas vezes, a caracterização do sinistro fica dificil,
devido a ins~f'ci~ncia  de informações e dados, e mesmo, da complexidade do projeto      ou
da execuçao.     As causas que normalmente podem gerar sinistros,                           são:

                            a)   Traço do concreto            diferente    do especificado.


                         Chama-se traço do concreto a mistura de componentes .como: areia,
cimento,    dcJUd. dgregados e aditivos,  feita de forma tecnica e com dosagem especificas.
A simples "IUO.i! de percentual
               <:,.a                             de algum componente poderã fazer             com que a         estrutura
entre em (r)l(jf.-   .     Normalmente, o que se verifica                 e o aparecimento         de trincas    e racha-
duras.


                            b)    Falta de adensamento do concreto.


                            Comotoda mistura           plástica,      o concreto      ao ser lançado numa            forma
precisa ser ad~nsado, por processo mecânico ou manual, de modo que todos os vazios,                                         e
ao redor de todas as ferragens exista quantidades exatas de concreto.   A falta de                                       um
                                                                                            BI.814*pãg.02*17.06.85
adensamento faz comque apareçam buracos na estrutura, denominados brocas.                           O surgimen-
to de "buracos" ~ indTcio de estrutura pouco resistente â compressão.

                           c) Falta de aço na estrutura.

                           Denomina-se concreto        armado ao concreto     que contem, emseu interior,
vergalhões,     arames, barras      ou cabos de aço.         Quando se faz um cálculo      estrutural      para
uma edificação,      verifica-se       quais os esforços a que a mesmaestará sujeira.               - Em função
desses esforços,      determina-se       uma área de concreto      e uma área de aço, para cada peça e~
trutural.      Pode ocorrer     que, no momento da execução,         a distribuição      das ferragens      não
fique de acordo com o projetado, ou o projeto                 não leve em consideração      certos  esforços
adicionais a que a estrutura  estará sujeita.                 Nesses casos, a estrutura      poderá    entrar
em colapso lentamente,         deformando-se     aos poucos, ou desmoronar-se          subitamente.

                           d) Emendas nas seções de concreto           armado mal executadas.


                        A situação ideal ~ aquela em que uma estrutura de concreto   armado
e concretada     de uma unica vez. Quantos de nós já não foi importunado com a concretagem
de lajes    de edif;cios      vizinhos    pela noite    adentro?


                         Algumas estruturas, entretanto, devido ao grande volume a ser con -
cretado,    são divididas em seções, para esse fim. Essa divisão poderá ocorrer tamb~m c~
so a concretagem seja de grande complexidade.   Emcada face dessas fases deverá existir
um trabalho todo especial de limpeza e preparação para a concretagem seguinte, de forma
que, ao final dos serviços, a estrutura  comporte-se como um unico elemento, e não                         como
um monte de elementos colados.   Os danos decorrentes dessas operações inadequadas                          sao
completamente      imprevis;veis.

                           e) Emendas mal executadas          nas barras   de aço.


                           As barras     de aço utilizadas      em uma estrutura      de concreto     armado po~
suem um comprimento máximo de 11 metros.   Esse comprimento nem sempre ~ aproveitado    em
seu máximo. Muitas vezes, na concretagem de colunas ou pilares são utilizados     compri -
mentos bem inferiores a esse.  Entretanto,  devido a detalhes construtivos ou ao compri-
mento das peças há necessidade de emendar-se as barras de aço para se obter o comprime~
to desejado.   Caso uma das muitas formas de emendas adotadas não seja bem executada,
ter-se-á  uma estrutura com capacidade de carga diferente da especificada. O resultado
final   poderá ser um completo desastre.


                                                                                      BI.814*pãg.03*17.06.85



                                                                                                                   ri
f). Barras de aço com grande percentagem de graxa ou impurezas.


                            Barras de aço contendo õleo de lubrificação~                 ou graxa~ não irão fi
car bem ancoradas        nas estruturas.        Emalgumas situações~          esse õleo poderâ          comprometer
a qualidade       do concreto.      t   quase certo   o sinistro    quando ocorrem situações             como essa
em peças estruturais         de grande responsabilidade.

                    A fim de não tornar nosso artigo cansativo, ou tecnico demais, dej
xamos de enumerar uma serie de outras situações comprometedoras para uma estrutura  de
uma edificação.  Entretanto~ todos os exemplos apresentados referem-se a erros de exe-
cução encontrados em muitos predios sinistrados.   Esses erros não são dif;ceis de se-
rem encontrados~ ou detectados.              A forma mais correta          de apuração dessas        falhas    e atra
ves de ensaios laboratoriais.


                          o erro de projeto~ alem de ser mais dif;cil                   de ocorrer~ tambem o e
de detecção.
          .
                    As causas de erro são as mais diversas poss;veis~
                                        .
                                                                                        variando desde uma re-
visão incorreta, um desenho mal executado~ informações mal dadas~ ou mal entendidas,
aplicação incorreta de fõrmulas~ ate a falta de unificação de grandezas. A probabili-
dade da ocorrência de um erro de projeto e bem pequena~ podendo envolver grandes e pe-
quenas empresas de engenharia.



* Antô.u.o FVtnando de. A. Na.vaNto PVUdAa. ê. e.nge.nhww c.ivil,                   pÓ-6-gJLa.dua.do Se.gUlumça.
                                                                                                  em

do TJta.baf.ho,    c.om c.uMO-6 de. e.-6
                                       pe.c.-úLüza.çã.o   em Se.gUlumça.    I ndU6tJU..af. e. PJtote.çã.o de. I Yl.-6ta.-

       .
la.çõe.-6




                                                                                                                                ,
                                                                                                                                I
                                                                                        BI.814*pâg.04*17.06.85


                                                                                                                            ]

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Acidentes na construção civil erro de execução versus erro de projeto

  • 1. ANO XVII RIO DE JANEIRO, 17 DE JUNHO DE 1985 N9 814 Por decisão do Conselho Monetário Nacional (divulgada atraves da Resolução 1 n2 1de reservas tecnicas das foram alterados seguros em ORTNse LTNs.de aplic~ çao 024 do Banco_Central), companhias de os percentuais m;nimos (Ver se- ção CNSP) A UNESPAomunica que foi prorrogado, ate o dia 19 de julho vindouro, o prazo c 2 de inscrição de candidatos ao "11 Curso de Formação de Executivos - FIDES. Ãrea Not;cia da publicação L'Argus International, n9 32: "Une societe bresilienne 3 etablie ã Bilbao (Espagne) vient de lancer sur le marche une assurance cas de divorce. En cas de dissolution d'un mariage, 1 lassurance verse une en ; " n rlomV'l;+~ '-llIl..1 I ,'- ~IIV ,AUA rlr.!IllV ..I'-U"- I"~V'+;O pu. "" 1'-. 11 Na forma da Resolução n9 1 014 do Banco Central (D.O.U., Seção I, de 07.06.8~, 4 não há incidência do IOF sobre os prêmios de seguros relativos ã cobertura, no mercado interno, dos riscos referentes ao lançamento e ã operação dos sa- telites Brasilsat I e 11. O mercado venezuelano de seguros teve em 1983 arrecadação de prêmios no mon- 5 tante de 7.031 milhões de bollvares (428.,8 milhões em prêmios de resseguro). No "underwriting" houve prejuizo de 268,6 milhões, mas o produto de inversões cobriu aquele preju;zot dando ainda origem ao lucro final de 391 t3 milhõest corres- pondente a 5t5% da receita de prêmios. Os prêmios de seguros diretost no montante de 6.602 milhões de bol;varest correspondem a pouco mais de 1t5 bilhão de dõlare~ co locando a Venezuela no 219 lugar do "ranking" mundial. - O Lloyd's de Londres concedeu a Medalha de Prata aos astronautas norte-ame- 6 que haviam sido P. Alle,n e Dale A.seguro mundial: o "Palapa 2" e o "Westar. 6". ricanos Joseph indenizados pelo Gardne,rt porteremrecuperadodoissatelites Aquela honraria foi criada em 1893 et depois da 11 Guerra Mundial t somente foi conce dida cinco vezes. Acaba de completar 15 anos de atividades o Instituto Universitário de Segu- ~ ros, superlort especlallzados que seramos que,à formaçã~ detem a denomlnaçao nl- vel da V~nezuela, ~nt~dade nos dedica entre nos, erofission~is ~e de ramos elementares. Nossas congratulações ao mercado segurador daquele pa;st pelo im portante eventot de tanto proveito paraainstituição do seguro. - Na ultima segunda-feira, dia 10 do corrente, o Sr. Sergio Charles Tubero foi f3 ral) da FENASEG. Sergiot empossado na Presidência da CPCG(Comissão e experimentado que e competente de Planejamento e Coordenação Ge- profissional do seguro, substitui naquela Presidência o Sr. Antônio Paulo Noronha, que deixou o exer clcio da atividade seguradora para dedicar-se à'direção de empresas industriais. I
  • 2. DIVERSOS A ETERNADISCUSSAO ERRODE EXECUÇAO ERRODE PROJETO X Engq ANTONIOFERNANVOE A. NA D VARROPEREIRA* Quando se executa uma obra de engenharia civil, desde uma simples residência, ate um grande porto, corre-se o risco de construir-se e, a seguir, ver to- da uma construção que consumiu meses, ou anos, esperanças, empregos, sonhos, alegrias e dissabores, ir ao chão, completamente arruinada, colapsada. O que ocasionou esse c~ lapso? Sera que foi um erro de execução, ou talvez um erro de projeto? Quemsabe não foi o emprego inadequado de materiais? A punição dos culpados de nada ira contribuir para a recuperaçao total dos prejuizos apurados, ou ressuscitar os mortos. Infelizmente, a memória popular é bem curta, e dificilmente lem- brar-se-a de todos os acidentes ocorridos. Alguns talvez não tenham se esquecido do desastre do Elevado Paulo de Frontin, ou do Pavilhão da Gameleira, e de muitas outras obras. Mais recentemente, em Niterõi, um grande prédio residencial, em fase final de acabamento, desmoronou. A fim de amenizar esses prejuizos, existem alguns tipos de segu- ros, bastante especificos, como, por exemplo, o de Riscos de Engenharia. A cobertura para este seguro é do tipo "All Risks", abrangendo as perdas e danos que o segurado vier a sofrer, decorrentes de: acidentes provocados por falhas de construção e de montagem; desmoronamentos; incêndio, queda de raio e explosão; roubo e furto qualificado; alagamento; danos da natureza; impacto de veiculas e equipamentos em operação, bem como a queda de aeronaves e engenhos espaciais. BI.814*Pag.01*17.06.85 li
  • 3. Essas vãrias coberturas podem ser complementadas com a inclusão de clãusulas adi(~unais, tais como: tumultos; operações de manutenção (simples e ampla); despesas extraordinãrias a que o segurado estiver obrigado, qua~ do originadas por sinistros cobertos; afretamento de aeronaves; desentulho do local; equipamentos fixos e móveis no interior do canteiro de obras; obras concluldas; propriedades circunvizinhas; riscos do fabricante; erros de projeto; responsabilidade civil, incluindo a responsabilidade cruzada, a qual considera os vários segurados como terceiros entre si. Dentre essas várias coberturas, algumas são facilmente confundidas, devido aos .ãrios aspectos tecnicos envolvidos. São as de erro de execução e erro de projeto. Chama-se erro de execução a falha ou descuido cometido no desenro- lar, ou no desenvolvimento de uma construção. A caracterização do erro de execução dã-se quando, ao se analisar o sinistro ocorrido, são verificadas incompatibilidades com os serV1ços projetados. Algumas vezes, a caracterização do sinistro fica dificil, devido a ins~f'ci~ncia de informações e dados, e mesmo, da complexidade do projeto ou da execuçao. As causas que normalmente podem gerar sinistros, são: a) Traço do concreto diferente do especificado. Chama-se traço do concreto a mistura de componentes .como: areia, cimento, dcJUd. dgregados e aditivos, feita de forma tecnica e com dosagem especificas. A simples "IUO.i! de percentual <:,.a de algum componente poderã fazer com que a estrutura entre em (r)l(jf.- . Normalmente, o que se verifica e o aparecimento de trincas e racha- duras. b) Falta de adensamento do concreto. Comotoda mistura plástica, o concreto ao ser lançado numa forma precisa ser ad~nsado, por processo mecânico ou manual, de modo que todos os vazios, e ao redor de todas as ferragens exista quantidades exatas de concreto. A falta de um BI.814*pãg.02*17.06.85
  • 4. adensamento faz comque apareçam buracos na estrutura, denominados brocas. O surgimen- to de "buracos" ~ indTcio de estrutura pouco resistente â compressão. c) Falta de aço na estrutura. Denomina-se concreto armado ao concreto que contem, emseu interior, vergalhões, arames, barras ou cabos de aço. Quando se faz um cálculo estrutural para uma edificação, verifica-se quais os esforços a que a mesmaestará sujeira. - Em função desses esforços, determina-se uma área de concreto e uma área de aço, para cada peça e~ trutural. Pode ocorrer que, no momento da execução, a distribuição das ferragens não fique de acordo com o projetado, ou o projeto não leve em consideração certos esforços adicionais a que a estrutura estará sujeita. Nesses casos, a estrutura poderá entrar em colapso lentamente, deformando-se aos poucos, ou desmoronar-se subitamente. d) Emendas nas seções de concreto armado mal executadas. A situação ideal ~ aquela em que uma estrutura de concreto armado e concretada de uma unica vez. Quantos de nós já não foi importunado com a concretagem de lajes de edif;cios vizinhos pela noite adentro? Algumas estruturas, entretanto, devido ao grande volume a ser con - cretado, são divididas em seções, para esse fim. Essa divisão poderá ocorrer tamb~m c~ so a concretagem seja de grande complexidade. Emcada face dessas fases deverá existir um trabalho todo especial de limpeza e preparação para a concretagem seguinte, de forma que, ao final dos serviços, a estrutura comporte-se como um unico elemento, e não como um monte de elementos colados. Os danos decorrentes dessas operações inadequadas sao completamente imprevis;veis. e) Emendas mal executadas nas barras de aço. As barras de aço utilizadas em uma estrutura de concreto armado po~ suem um comprimento máximo de 11 metros. Esse comprimento nem sempre ~ aproveitado em seu máximo. Muitas vezes, na concretagem de colunas ou pilares são utilizados compri - mentos bem inferiores a esse. Entretanto, devido a detalhes construtivos ou ao compri- mento das peças há necessidade de emendar-se as barras de aço para se obter o comprime~ to desejado. Caso uma das muitas formas de emendas adotadas não seja bem executada, ter-se-á uma estrutura com capacidade de carga diferente da especificada. O resultado final poderá ser um completo desastre. BI.814*pãg.03*17.06.85 ri
  • 5. f). Barras de aço com grande percentagem de graxa ou impurezas. Barras de aço contendo õleo de lubrificação~ ou graxa~ não irão fi car bem ancoradas nas estruturas. Emalgumas situações~ esse õleo poderâ comprometer a qualidade do concreto. t quase certo o sinistro quando ocorrem situações como essa em peças estruturais de grande responsabilidade. A fim de não tornar nosso artigo cansativo, ou tecnico demais, dej xamos de enumerar uma serie de outras situações comprometedoras para uma estrutura de uma edificação. Entretanto~ todos os exemplos apresentados referem-se a erros de exe- cução encontrados em muitos predios sinistrados. Esses erros não são dif;ceis de se- rem encontrados~ ou detectados. A forma mais correta de apuração dessas falhas e atra ves de ensaios laboratoriais. o erro de projeto~ alem de ser mais dif;cil de ocorrer~ tambem o e de detecção. . As causas de erro são as mais diversas poss;veis~ . variando desde uma re- visão incorreta, um desenho mal executado~ informações mal dadas~ ou mal entendidas, aplicação incorreta de fõrmulas~ ate a falta de unificação de grandezas. A probabili- dade da ocorrência de um erro de projeto e bem pequena~ podendo envolver grandes e pe- quenas empresas de engenharia. * Antô.u.o FVtnando de. A. Na.vaNto PVUdAa. ê. e.nge.nhww c.ivil, pÓ-6-gJLa.dua.do Se.gUlumça. em do TJta.baf.ho, c.om c.uMO-6 de. e.-6 pe.c.-úLüza.çã.o em Se.gUlumça. I ndU6tJU..af. e. PJtote.çã.o de. I Yl.-6ta.- . la.çõe.-6 , I BI.814*pâg.04*17.06.85 ]