O documento discute a importância das praças públicas como espaços de convivência social na cidade e como projetos de praças modernas, influenciados pelo paisagismo norte-americano, tendem a excluir os usuários desses espaços. O texto analisa exemplos históricos de praças e como seus projetos facilitavam o encontro e a interação entre as pessoas. Critica projetos de praças paulistanas que, por meio de barreiras físicas, induzem ao não uso desses logradouros públicos.
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6. Sumario
Nota do editor, 7
Prefacio - H~liana Comin Vargas, 9
Agradecimentos, 15
Introdw;ao, 17
Piazza, plaza, plac~, square
Piazza del Campo. Siena (secuta XIV), 31
Piazza Dueale, Vigcvano {1492-1498J. 38
Plaza Mayor, Madr; (1617-1620). 41
Place drs Vosges (Reyard Paris (1605-1612), 46
Covent Garden (1631) e Bedford Square (1775). londres. 54
P(a~as hom6rogas e anaJogas, 59
Parques sem cidade
Paisagens e paisagismo. 61
Parques na ddade, 65
Parques sem cidade, 86
o(spirito anticidade do paisagismo, 87
Cidades scm pra!;3
DOl cidade para 0 suburbia, 91
olook californiano, 101
00 suburbia para a cidade - a r('Vitaliza~)o urbana, 101
Uma rela~ao ambigua com a cidade, 123
Pra3S: projeto, convivio e exclusao
Prac;a Dom Jose Gaspar e pra,a Roosc.velt. 134
Pra~a da liberdade e pra~a Santa Cecilia. 191
largo do Arouche e pra~a Julio PrtSt(S. 231
Considera~oes finais, 275
Bibliografia. 281
Creditos iconogrMicos. 287
7. Nota do editor
Nosgrandes centros urbanos brasileiros, avultam 05 problemas rela-
cionados aocupa~ao do espaw Do deficit habitacional apolui~ao so-
nora e visual, das deficiencias viarias as de saneamento, sao muitos os
desafios a serem enfrentados.
Envolvidos por essas questoes, porem, talvez estejamos perdendo de
vista a dimensao da cidade como espa~o de convivencia e a VOC330
das pra~a5 publicas como local privilegiado em que se concretiza esse
rito social.
Em Projeto do pro,o: convivio e exc/usao no espo,o publico, Sun
Alex se detem exatamente sabre este ponto: escolhendo seis pra~as
•
paulistanas, examina como seu projeto, ou as alteraoes sofridas ap6s
sua implanta3o, induzem ao naD usa desses logradouros mediante di-
versos expedientes, inclusive a colocaao de barreiras fisicas, como des-
niveis em rela3o arua.
Com a publica~ao deste livre, 0 Senac Sao Paulo aborda uma impor-
tante faceta da questao urbana, com 0 fito de estimular 0 estudo sobre
o uso do espa~o publico, ambito em que, afinal, se fundaram as no~6es
de politica e de cidadania, essenciais aorganiza~ao de popula~6es sob
entidades civis, como 0 proprio Estado.
8. Pref;kio
Heliana Comin Vargas'
olivro Projeto do Prof 0 : convivio e exc/usao no espofo publico e,
antes de tudo, uma aula sobre 0 processo de projeto, permitindo avan,ar
muito alemda discussao sabre0 projeto dos espac;os livres nas cidades.
Analisando a influencia do paisagismo moderno norte-americana
no projeto de nossos espa<;os livres de uso publico, Sun Alex discute, de
modo competente e corajosQ, a importancia de uma clara definic;ao das
premissas para 0 projeto; e traz, como contribuic;ao adicional. uma me-
todologia de pesquisa em projeto que tem no desenho seu principal
meio de investigac;ao. Formula, ainda, uma critica consistente aos pro-
jetos de pra<;as executados nos ultimos sessenta anos na cidade de Sao
Paulo, seja pela constata,ao do equivoco em sua concep,ao teorico-
-ideologica, seja pela inadequa,ao do projeto ao uso pretendido, local-
mente identificada com 0 auxilio das tecnicas de pesquisa em pos-
-ocupa<;ao. Vai, ainda, a!em da critica, quando propoe alternativas de
projeto para as seis pra,as paulistanas que toma como referencia para
dar conta da tese a que se propoe.
, H~Jiana Camin Vargast arquit~ta urbanista ~ economista. Eprofessora titular dOl Fac Id d d
A · , U b ' . . uaee
rqUltl: ura (' r anlsmo dOl Umversldade de S~O Paulo.
9. XU trabalho Inlcia COni a d,S('u~o d;l~ prcnll~s.as par,! () P'OlftO da
pr,!~a, rrdamandO da falla de- clare-u: 'M.nal, qur Pr<l~" f ("Stir dr qur
olamos falando, r qut" rslamas projrtandor Qucstloname-nIO, ('<olr,
allarnrnle- n~f10 (' pt'rlme:nle:, quando 0 ronttlto dr pta<! allllra
do para 0 ronle:)(IO brasrit'lro te:rn!illa<; basn IdroIOglcasconce:bidll e:m
ootra Cllrura - no casa, na rtlilura norlr-amrflc;Jna
Para de:monslrar CSSt' e:quiYOCO ronC('llual, 0 aulorsr:: ullhla dos Irh
primrlfOS capllulos. nos qua.s dolacamas duas dlSCussOo fundame:n -
lais ~ra as quais 0 lrabillho nos rrmetr:0 concrllOdr pra,<! (' a n~lio
de: c:spa~ publl((),IOrrrnlr a ria, dr carnlrr CSSt'ncialmrntr urbano; r a
Influlooa da C'COlog.a, qut" passa a assumlr a lnfasr:: no proJrto da~
pra~ rm drtmn(nto das asp.ra~ dr S(us usu~rIOS, 010 que 0 aulm
dt'r'l(Jmlna, .ronlCamrnlr, de: "Vt"rdlsmo·
A ~_ rm sua orl9e:rn lalma, cara('(eriza-S( como tspa~o dr cncon-
tro r COnvMa, urbano por nalure:u, Espa~o ott' qur St conforma por
vanas abrrtul"lS r'I(J (<<ldo urbano que dln:rionam naturalmc:ntc: os m31~
dMtsos f1uxos c:m IMJsca des. lambCm, mais d.Vt"1'SO!> U!>OS, que imprirn('m
a e55( c:sp~ 0 aratrr de: lugar (' ponto «nlral dc manlfesta~o da vida
pUblica, t. em stnfido lImplo, 0 c:spa~ pat71 iI roca.
Nc:ssc: smhdo, a pra~ cm nossa cullura vmculil~ ao cOO«IIo dr
tsp -~n pUblico, acosr.-rl a ladO!. 05 indlviduos. moradores ou vlsrtantcs
•+"" * ink'ragir hvrtm(nlt na moma bast, indcptndenlrmc:ntr
dt SUI (...td~§ONL AIocali~ da pr~ na (idadr,!>Ua prrmeab.-
U- *WillIG atom, a impit 'In qU( irradia r a atmosfera dr lorU Intr-
riot,.,r con,,-t n a adf:ntli-la, amphflCam sua cond~jo de ~a~o
,0 5 .. 0utra5 c:arxttrislas dc:i!t t!fIiI~O pUblICO rd('ftrn-lo( amul·
...5rV rtI dt . pf lA nos .-r dr admilt: 0 comtrcio. M lorrvif;m. 0
. . . . . . . h 'i,04pw... ou.Iim9IMlfl1lt, orstar que: imprimr au
. . . . . . . . . f6 ":'0"M:Jfitlf, conlO dtflflido pot wallr, Btnjamin.'
1';11;' rlt', II 11I1,1rlll ,,"nl'" .... 1"1'" il'oiol rnll'" jt~ 1,,1 h,f'!'" II~I " ,..,1. 1""1',
IIU;n1tu um ("111,,(1,)11 rll'''"11"••1111 "~Itdt.,.
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IlIu)r'u,,1 r dl' olwrv,uJur nltnl'), "'W "~II t 1,I'm"I") dt I".'·"V' JIll
o!rcu ,lal;1 :1 collUril IUlltr ·"nltlll ..,,", ('UIl! "Jr,,1rIfJ'lI "llhJrllt"" I, M
100ma domilHllllr, I) Ilillo"Hjl"Uj IIII)llrlll41 h,.....lr".) t .1 j>1"J~111'l Ittl
r~lla~~ hVln a pallif dil dtiati;. III' ",'/), I"IJrlIIlIXl,ndt, "'...",,,. p;.ol" ","
C(lulvoco conCCllual lUI VUJJ('1fI d(' nl~ pr..~... A prrll.. 4" tlIl~lr,
Ilublrco por rxrt"ltndi' C I) If hJ'~o do pme.rW, !I(' t ,. luo,.(" ""~ II d,ta
dura do pfllJrlo, dr l"ar{trr ttrr1l("fJ, rnt.mr'J"r ., ~ dt Pltlll"lft/tl."
dccorrtncia dr);llflllufntlll
t no Iranturrrr do rapllUlo '!.Ior;1("oIOlu:") do Cf,II',lif}' lQnlh.
cado do t<;pa~o da pm~a no t ilprr~l'IIad;J A 1'",111 dr "r,.,,,1m
paradlymMlto!;, 0 autnr dt'mont'iI a mudanv dt fl)m r,I/, dill f"lJllfI
italiana C (h. pill/(J r'll<Inhnla, dlJ f.nal dil Id:,ti(' Mfti'l!, ""'" a pl"'t
Iranu.'s,'l no Inlno do !Jrulu XVII, I'omu In~plI;r~:lf1 pil'. II "Iuarr ,,..
dcnc.allondrrnu"Ur~tr,llor wa vr/, II pr<lV Iranr!".... rro !"f.lf',:r; a tol_
da a ,blJII/,'l~:iu no I.nal do !Jfulo XVl11, fonl,,(" r',.,.. 'tUr n:'., n.1"1~ "'"
~ntr na pril~a Iwlluna flU r'.ol)anhol.
Da antdl<,t dl'iI dIvr"",s pra~a~ 'o('ln'lf)nada' ;lptlOl.lIMf) II qur ton·
~.dera bon, f)U mau r_rmpl,j. Sun Irllra ,1 rirm!"nlll' Iwfldafftfftla"
para 0 r"(llrl,, dr IJf..~a~, 'Iur drvrm 'otl "I,·,t"fv"dfj O(J vnhdo dr!at
rCSP'Jt,,~ ti(' PrfJl('IIJ .dr(IUada~ ~ runa" pOI'. aqual w ~Inam. 1m·
do (omo ,tlrrl'ne'l! 0 ('Imlr.(III ~"(II)('IIIOl,mIIIJ r cultural no .....
In!>trrm,
A 'o('lJunda Ijtillndr diliruidadr dr (aratrr «01691(0 apont.ta no
pro)rto dr P'iI1;iK, iI qur iI Inliutnt"iI nor!t...mr'K"ana w.ibtrn" 1ft-
catrrgou dr dilr f(Jrma, rrfrrr.... , Inlrodu<lo da tn.... 1'10 UIO ..
vrgrlac;Jf) para frlilf ftfiMJ.O'I anhurbanoi, dmammf lIInJItndI"
rontti10 de: parqur nartonal, PlrqUC' urbano C' )In.".. pri..... A."
nIodialoglm rom 0 np.~Ult.no Pltno IkdnlthftiUbR ____
'tftlK'lI. 0 raptlukJ 2. -Pafqun WIll rid_II z:('. 10 imitIIrli' 0 ......
10. do dos parquo urbanos co 0 hl5tonoo do sru dco'>C'nvolvullC'nto n~ (sta-
dos Unldos dlS(ulCO, lam~m, roll(Tltos. ddinl'>6t-s. 1)rI9tns cotlmolOgi_
cas co idcolas sobA' p.usagcom, pal$.)glSf1lo co IrquitC'tur;l pais.1gi5hca C' a
rl'la~~o homcom-nillurtlil_ (h parqUC'5 urbanos slio apr(SC:ntados a par-
{Ir dco uma vastil htrr.nu~, dC"Yldarnrntco anahsada, nos rcoportando a
um lcoma Cild.1 VC'1 m.11S p1TSC'nlr do ronflito homcom-natufcola.
~ mtC'~ntco rtm.lrt:.1f qur t'Stco ("On nlto t'Stt"Vt' SC'mpn: prC'SC'ntr na
hiSt6ria d.1 hurn.1n,d.ldt'. St'~ atravis dco de'nunciassobR' a insuficitncia
doS IC'WISOS ~Iunlls p;ilra ahmrnt.1r uma popula~o qur crcosci.1 com
progl"t'S5JO gC"Omtlnca;-' SC'J.l n.l vislio dos tscrilofC'S rom~ntiros. quC'
rntC'ndlam a ~tUR'l.1 como tugar da dC'SCObC'rta da alma humana do
,
Im~lnjno, do Paraiso Pt'ftfldo co da btlC'la; ou, ainda, pcolo falo dco quco
oambtC'ntr n.lturat constllula dcomco.nto importante na R'cupco.rat;ao fi-
5IC1I t' p:5IcotOgIC.l d05 SC'fC'S humanos diante de' um forte prOttSSO de
dtterJOra~o das cond,~ dt' vida no ambiente urbano, e'mbora SC'm-
prt etitlZado e' SC'1C'tlVO. Essa dicolomia, diantco. do processo aluat de
lk9t3d~o amblC'nlat do ptanC'la, quC' lC'm pmvocado discuS5OC'.s mun-
dialS"' sobR' 0 conflito homco.m-nalurC'la, assumco. dimco.nsOC'.5 desmesu-
tadas no quC' SC' (dC'R' ao projco.to das pra~as, contribuindo para urn
pnxtSSO dC' udu~o do homC'rn, ao priorizar a vegeta~iio C'rn dC'tri-
ITIC'fIto da utitila~o SOCial d05 C'Spill;OS livfC'S urbanos. ditos publicos.
oh15IOrI('() ~t.ldo no capitulo 2 marca C'SSiI dirolomia ao dtscrC'-
VC'f a mflutncia do projC'to do CC'ntral Park C' da atuac;iio profissional dC'
frtdC'ftCk OJmst~ na form.lC;~o do pC'nsame'nto paisagistico t' mesmo
urbanistico do sk1Jlo XX no OcidC'ntC'. 0 Vt'rdco. passara a ser priorilado,
riO cont(lIto urOl1l10, no<> projC'tOSde pfil~a5, multas IICzts co.rn dC'trimen-
10 do social, CQmo te'mus II oporlunidade ck verificar n10 56 ~tn:: OS
projttos anahsados no livro, mas pC'.la slmplC'Sobserva~Jo das ~S.,.
cidad~ d~ sao PlIulo.
Outra discussao pr~nte no palsaglSffio alual - aSSOCiada eSC' ttrb
forma ao "IICrdi5mo", tamW:m qucstionado pelo iluto!" - R'fe~-SC' •
tnfaSC' dada ao le'creacionlSf1lo - e'm detnmC'nto da rombl~ do usa
multrpl0, a«sso publico t' articula~!io com 0 tt'Cido urbano - awno
cfit~rio b:lsico para 0 projC'to dco. pra~as publicas. 0 COoa:lto dC' Pf"9i
como (ncontro e' conve'rg~ncia de' nuxos urbanos ~ lugar aos profIt-
los de pra!;a, com co.quipamco.nlos de rC'CR'a!;Jo C' repostl6rio do '.erck.
assumindo, ao mesmo tco.mpo que SC' dcsc:nvolvco. 0 urbanismO modcmo,
o vits t~cnko em detrimenlo do politico, desconsiderat'do complrt8-
me'nte' as cspco.cificidadco.s t as dcomandas locais.
Parlco. dCSSC' C'XCC'.SSO talvcol possa fC'Sponde'r pcola aflutncia dos ~
ping CC'nters como espa~o dessa nova urbanidadt', quco., nnlxn foftr-
mente' apontados como SC'ndo 0 nOo lugor, merC'CC'.m SC'.f mC'lhof awlia-
dos diante da cultura urbana atual, com demand.ls difC'R':nriacIa5.,
recusadas dco. SC'R'm methof entendidas e aCC'.itas pclos profh-;n0nai5 e
cosludioS05 do urbano.
Para Sun, prac;as, ruas. jardins co. parquC'.5 constituun 0 conjunto de
C'.5pac;os abC'rtos na cidade, que, nem semprt vertks {farta«¥t&IoL
rC'.5pond~m 30 ide'a' de vida urbana e'm dC'le'rminado momento h·sWoi-
co, n~o pode'ndo ser tratados apcnas tomo uma quC'Stio de dlik.uy
de C'.SCata. ESSC'S C'SPar;os. com fun~ US05 e inse~ ul"banldioot.sas,
exigco.m, conSC'que'ntC'mente, projco.los de' natUR':laS diKR':nta It. ...
mode'rna norte-americana, ('m SUa ofigC'm, l: uma Ik.i...~ do; I__ "
pictuf('sque do skuto XIX: utiliUrio C' antiurbano, C' nIo UI'N ~
da prac;a tradicional qu(' Sf: funde tom a prOpria ~Jo de CKh t
SC'gundo 0 autor, a inau9ura~0 d.l p~a RooSC'vc:lt foo.l'llli.... uabt
nOs, a influlncia do paisagismo nOftC'-a~ia;no no projf:to do 4 $I;t'I
publico.
•
11. Para dar ronla da larda dt dtmonslrar 0 impaClO dc:ssa influ~"cia C
pl'tparar 0 Itrrtno para a Cflhca aos pro)tlOS de pra"as dcscnvolvidos
tm Slo Paulo nos ullimos ~nta anos do steulo xx. 0 aLllor faz uma
an~h~ ronlalualizada ck ~is p~ pautislanas: targo do Arouche,
inieio do steulo XX; pra~a Oem Jest Gaspar, 1944; pra~a Roo5l!vctt,
1970; pra~a da Ubtrdadt, 1975; pra~a Santa etellia, 1983;t pra"a Julio
~tts, 1999. Pol" mtio dt urn diagnOstiro dC'Vidamtnlt n::tr.l1ado por
d~nhos. oftrttt uma brilhanlt li~~o sobre metodologia para clabora-
~ dt ptOjtto. qut inclui: ~uisa histt'mca; anali5l! dt conltxto; in-
S('~10 urbana; Itvantamtnto da Situa~ao cxistente; ob5l!rva~ao dt U!oOs,
idrnti~ rk conflitos entre projtto t USO, tendo como Ofienta~ao
os procotditMnlOS das ~uisas de p6s-ocLlpa~ao. Ncssc prOttSSO, prt-
scnleia-nos rom ada vtZ rrnlis raros t prtciosos tra~os t riscos do Ira-
dicional dac:l1ho * arquitttura t uroanismo. E0 rtsgatt do dcscnho
tomo Ulstturnento * inlftStiga~~o t comLlniea~ao quc a informalica
RIo tem constguido substituir a altura, tmbora csttja 51! instrindo dt
'01".'" 'dofa.
Mas do f sb na ano'lisc t na critiea aos projttos seledonados qUt a
,.. COiibibuiClOsr faz pitstnk. Para cada eritica, uma nova proposla
.,..10.
AI rt, alto ptJii2?Hldo todo estt trabalho, t importantc dcstacar 0
~cooh LF,oa'tudoaulor no campo do paisagismot das discipli-
_em,_', ,~ 0 rigor Oc:i1t1fia1lO ~r suas idtias. Na anali5/!
.....) J' ,I 0 a Illdo. hLhkil tomO eitmmto funlbln(ntal no
...................' "lnb8nos, ~ndo a importAnCia dC('(In-
___.Au I ·"*soclouonOmlc:os c cvlturais no ato de
dlstancia dos Icitorcs menos
flulda. bcm rstru-
'WI tempo que rt'-
no 5I!nlido de dC'Volvcl 30 cspa~ pUblico 0 5I!U VCldackilO 5I!nlldo,
A idtia ~ ~rm l t il que a Vida publica tncofltlc a poss,bihdad~ dt M:
maniftslar ~m tada a sua p1cn,ludt, rtsgatando a pra~ como Mpa(O
para 0 convivlo t para a ln clu~o!
14. Agradecimentos
Estc livra euma adapta~ao da minha tese de doutorado, defendida ern
2004 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da U5P. Para sua rea l iza~3o.
sou prafundamente grato:
•
A banta examinadara. presidida pela minha arientadora Miranda Marti-
•
nctli Magnoli, composta por Elide Monzeglio, Heliana Comin Vargas, Emma-
nuel dosSantos e Paulo Chiesa, pelas leituras positiv3S, contribui~6es criticas
e incentivQs calorosos para a publica~ao da tese. Especialmente a Miranda
pela minha pesquisa, orienta~ao precisa e generosidade em compartilhar co-
migo suas reflexoes sabre 0 paisagismo moderno em Sao Paulo.
Ao pessoal da Editora Senac Sao Paulo pela confian~a e paciencia em via-
bilizar a publjca~ao : Isabel Alexandre. luiz Guasco, Pedro Barros, lura De An-
gelis, Ivane Groenitz, Zeca Teixeira eSilvia Sansoni.
A Heliana Comin Vargas e Rubens Naves peles textos de apresenta3o.
A Liane Schevs e Ricardo Kleiner pelos mapas da Sara Brasil, e a Suzel
Maciel e Monica leme pelas fotas de pra:as europeias.
Aminha familia pelo suporte e carinho incondicianais em todas as minhas
empreitadas profissionais e academicas.
Sobretudo ao meu campanheiro Bob latham, falecido no dia 15 de feve-
reiro de 2007, pelo afeto, caragem e inspiraaa, dividindo sua luta contra a
esclerose lateral amiotr6fica com os vaivens deste livra. Por urn pouco mais,
Bob 0 teria visto pronto, teria gostado e teria ficado very proud.
15. Introd u~ao
[sIt Jivro ,malisa sc:is pra,as da o'lrra central de SAo ~ulo c;onstrulda1,
nas tiltimas $tis dtcadas do ~culo xx. PrOCura-sc mostrar aqul qlH:.;I
partir dos anllS 1960, 0 projtto das pra~as incorporOLJ influtndas cstt-
tleas t funcionais do paisagismo modcrno norU:-amtrkano t . mais ft-
centcmenlc:, adotou cxaccrbadas prtocupa~6cs -ccol6gim: t que:,
aptsar de considc:rar frc:qucntemc:nte 0 uSO colttivo urn de seus obJtti-
vosprincipais. a5lnova~lk5 Irazidas por tit nem sempre rc:sultaram em
espa.;os mais convldativos au adaptavcls ~ prescnVl da popula~o. NJ
conlr:irio dos discursos bcm-intc:ndonados, as praf'3sredm-Inaugura-
das lem-se r(:vc:lado fechadas para 0 entorno c: bastantc hostis ao pU-
blico, ncgando, portanlo. 0 c:ncontro c: 0 convlvio pretcl'ldidos.
As novas pratas produzlram. ~ ...erdade, uma ruptura c:stttica com os
tra~ados padronizados dos jardins publicos franccsc:s da me~de 60 st~
culo XIX. Mas, traladas ora como equipamcntos de recfea~o, Ota como
reposil6rio de vcgeta~~o, clas assumiram sobrctudo atitudc:s de i!'MMe-
ren~a e ale de d~prezo em rela~ao aos piidrOa urbanlstkm tradicio-
nais, que preconizavam cal~3da5largas e continual e tsqulnas abcrtas
caccssivcis. Ecoando cssa nova lend~ncla, em 510 Paulo surgem varia!.
prataS que, apcsar dcssa dcnomina~o c do tratamcnto pal~lstlco
que r(<<bem, accntuam a f,agmcntatAo do cspa~ urbano ctornam-sc:
•
16. •
limn lIlIIte!!l) IllIl,j (IS ttnll~,I[l till um hll' fli rt ttlt'rl~ht loll , 1
' lIlIadll 111'1
11
IjUlllltIJ~~U,
o110 ~d('I IIIO ou 0 (j~'l'>O IUIf'ttl'lutHlI 1:1 Ill ll~n t' tII 111' rt 1I1 ~ I I!.:m III'
Iltujl;'IO hmdl'(!IHllll'''' lllJtlllllt'l~(k~ Iluklllll,1 1
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(It' I.'lIl11dO~ 011 :lr.H"llflltl~nlO~ dt 111111'(1111111" fir 1!HI I;' 'lwll'llin tlr
nlII!1UIl;'tI~:lO quI;' ImlJt'tkm Ulll·t;'l! Injulil'll (111 mUlllh'!n'(),, till flle-
mO "'JetS') de 1.l('~I"arcdnlcnI O du~ Icnlt6t1o "UI11U!l~ t' lit' rl illt'l ~ns
h)1 mo,) (il;' S()('i(lulinJmk (,11IIc: os tilt1'1CI1 Ic~ ei/mrnl n SHt'iH j~. "0 l'tH',I-
IhlmenlO do <'.'I):I'Upuulien", comll Uljl'llIn Paulu Ct'lIr d t! i.:H~I :1 00-
mr em A ("c)IId,'rtto IIlbOlI(f, "cnll rspolldc (I um IC'UU ria d tl!ld:mhl".'
A Ilrlllll do ~lgtl!f'lclldo urunnlSlico da pr:J~tl, ni t: Itlcsmu cnlrc oS
IHQulielos, podr srf lIuSlrlliJ(1 pOr Iiois Ilcqucn()~ Itxlu. c~t'rilus cum
qullC lIillle: 1
1110') de Inl(,lvlllo. 0 Ilrlmd !'o. cle Ik m:dilOUm!l (Ie Inll'ilo.
drsCltvt 0 proJeto iJllhliJrir'll d(1Ml'mOrkl. dauorndo IJUr Vlclur Oulw-
yrns 1111 dkada de 1920:
Cotn (00,0 llllgll d~ Ml'mOfilllnIC!I'UvU-St' no I'nl(lt11' Anli(IIl!lnbrni. A
l!:ld(,il!:l da M ~nlOr!A "liM it AKI llmil rtlll cxcltl)lvll p~l~ l)c dc~ II C5.
uml! d~$ primell1l) tlO glncru tI:1cldlHk. AIlnI'a 111111
11611 ~u~ s clIInc-
Icrt)tku de ponlO dl' InIrn~1 I'IICIlI~~lIo, e ll~ c!>Cndll~ ,.[10 enlllti/PII:I}.
~dquinndO IIIl'gAIIl'1 ~lI t l !lo ~lIlluml . de CQr~ ln nll-nOl/l'('ou. 0 sell
)C'ntldo ('S(ultul1l.II ')0:1 hAbUPftleulll ~fto COm 0 CSII~~O IIIbAno. enlle
uullO~ 1~IOIn. l'Olot~m 0 1
:1190 !In MemMlb como il IItU~:I m:tls bel'll
pIOJct~d' de SAo P;wlo. N~ tpoc:a (Ie ~u~ eunSllu~1I0, 0 l:Irgo na ('n-
1IOIIIIdo por rohftndn~ 1~IfCU, rom utl1l1 volumC
IIl1I COI1lII:l tll1c!l1i1l1
11$ dimcnso-rs Ila pl'll~II. Po~I('llonl1rnlr. 1I 1
'rddturA lIe:tmltlu:t rollS-
IIIl~Ao de I'dlfltlos de gland( IIltuI~ 0 vOltll do 11IIYu. 0 que lido a
pI~udlClr I )UII Olg!:lnrll~IIO (SII~clnl.'
• ""uk) enro, II. Co-t. 04/rn0. '" nHd'f'l'tl U,IIoIlO f",CI!t.P,!If ~tt>I)!,)J111c-o lIu rimllk'IM
lo !If
'-MIn) 8f1lt.rllllI....I. 'lOO11. p. In
I IkIlCd'tll UI!'II tk IpltdU. Stto Iru,,", Itt, ~1!Hk1 rm um .Milo 1»0 l'IuIO' OUI' Cld~~4',
1M)!. , 133
1111111 dl' 1',ltel', illuml:. IHrr ~ () I;Ilri til: que:, al/:m ,!ernlalilllr:1eireu_
IH·flf IIIt, !,1'1 h' ~ 1 1(' ' III 1mUti. )11J.!r1 ~1 ,), 11I~~!h du "antigo IneOmodo bal-
tlltll'U" 'rloll airula. "junlo :'t, e('ada~. Ilellurnas hC:lhlls tUNa~ pm~ a
,lIll1u,ht!JII!c 'tll jJ~dl'~1r t,". l' I1U !Jlulej~ ;r1J~leda "0 blils:to tl3 eid;l_
elt" l)t'I!11
)llInd!':! WI t;fI UUla publle;l".' A tlcscrr~1I0 tic Uma de lOlc:do
Illl'Ul'tJllla l' 11 ~1I~ll1il(' CUII1 n~lur:Ilftl..d( el<p'('..oc) como -lnt cyr3~Ao
nu 1
'111w1I1f". ·:rce~~r 1IIIhlleo". "chtu1
:lt!io e: comodldatle tim ,~tlt'SlfC$"
c -lJfII'ul:r~'n o com UC~ I);)t() uruano",
o<'9UI1(U 'xlo. de V:tltnlln!.l n9u(rOla. ,d(fC:-!04: ~ inaugurai30 dOl
pm'l1 Jlliio IJrt~tcs (analisOldll no capllulo 4), I'm julho daqude: ant). A
dtscri~'lI() dc HyuCJo" I'l1latil:r aspeclos I ~cnk~, C1)mo lIc:g(la~ao t
dtl'tHI!JCI11. elll dclrimento {las d<'ll1andas dl' Clreula~ao dc: pc:dcsllc:s.
IUl1dtllnctll :tI~ em UIM pr.u;;} localilada na frl'nle: dc: uma e51llilio lC:I-
Ill in:11 dc Ircus mC1rollolll:lnos:
C( u ~ t IO 1i!1vl(!r coktlva !Ill pupula~40 que lot d~oca entlC tlil~
Ik Iltll! C tic "1(116. ~ IIr:I1~ Julio PI~te~ f urn elemcnlOde lund~·
11lI:nt:J1 h "ptll't~!1d:1 p!rr3 a II'.V l tAlIlD~I O dll I"rYI'Ocornpn:cndid~!If-
10 b:llr lOS lin tU/. I'. Sallta If1yenill.AC(lnligulll~to d~ opa~ UI~
no. COIlSlll11ldo baslcalllente pOI um Jllrdlm ptibhco ~ uma n.pllnada,
prlvllcgioll a cxbl~ n d3 d~ trb 3w«1!» CS)tncia;~ PIIlI 0 local: 0 PI-
l!'iltlQlllo hhlQlieo. a Vt:y~t3~:rO l'Xi5t~nte e as d~nag('ns pluvrai!.
A IH 3~3 ullIeS(ntn urna C()nn!.lUId~:rO "rt'Chada- p<I~ I malO1;lI do tn-
101110. 0 Que ICliult~ no estabeledml;'nto d(' dois JttUOS Iocalllados
IHt fllc~ iJ~ e~I'I"t1~d~, Os :tCfSsos.. loituados na 'In pr6";ma ao prntlo,
htdlll:llll 0 ('Onlrol(, do l"Spa~o l' melhOllim • scgullln~a -, uplici
KUass.' aulom do IIIOjl'.Io.I
• Ibid" , '36.
• Mo... Otflla ~1I.,lo, ••qullt'. f p.h"lIht. br'Mltlra
• 1I.ltI!lln~ Ily~'m'., ·Oul,,.. U!!lo, 11IItt<» ltc-.,,·, 'III /Ill. /l1II""lfhll'll f ~ ",. III. Slot
r.rul(l, I~nl, ""tl~III_",I<) <k ,nt, PII. lI,n .
17. Adrscri,~o da pra, a pllbhca do lim do .stl·ulo XX frita ,wr I"I!lUI:IOI:1
mdica a substitut,ao de I')lPI~ quI' l'V(X'am p:tfII(,lpa,ao,('omo "d r-
rula,~o dl' pt:drslrt'S", "romodldadr", 'ml~ra,30 com0 rnlomo"t "ar-
ticula,~o do t"Sp3"O urbano-, pm t''(prtsSOt-s semanltcamentr oporlU-
nistas, como "jardim", "t:Splanada", "patrimO
mo hiSIOriro", "fI:chadn para
o enlorno", "rontrolr do 1'Spa"O" (?) I' "melhoria da scguran,a"InAlem
da drsvincula,ao da pra,a do seu rnlorno, rrssallam, ncssa nova vi~o
da Julio Prntcs, a n.'("JS3 de possibihdadrs dr rnronlro I' ronvivio social
(' a pl'rda de seu caralrr publico.
Nt'S11' livro, a pn.'ocupa,ao cenlral fo com 0 proj('to da pm,a, cuja
configur2,ao I' Itansforma,ao af('lamdin.'tamrnle 0 convivio social 1',
portanlo, 0 v.:rmcio da cidadania, assimcomo a constru,ao da drmo-
cracia.Ainvntiga,ao do acrsso I' do U
50 das pra,as apeia-se emmclo-
dologia de avalia,ao pOs-ocupa,ao. cuja sistrmatiza,ao dc obsl'rva-
't'6ts do comportamento do usu3rio I' dr sua r('la,30 com as situa¢rs
cons"lruidas constitui urn d~ inSlrumrnt~ mais rficazes. difundido5e
utilizados ('m analise, diagnOstico I' na proposi,ao dr intrrv('n,cks
pontuais.
Aanalise da integra~o da pra,a com 0 entorno I' dr sua articula-
c;ao com 0 teddo urbano r('corrr tanlo a mudanc;as dr escalas, inr-
rrntt'S oj natureza da praC;a, qu(' St: d('ve int('grar oj rua e .3 arquill'tura,
quanto a pr;itica do paisagismo, incorporando a arquitetura e 0 terre-
no ao conjunto da paisagem. 0 enfoque do trabalho vi: na pra,a uma
rntidade "urbanistiea" articulada ao entorno I' ao sistema dr flu)los
de prdeslres. Contrastando com essa visao, a prrda, aparrntem('nte
rorriqurira. da simultanridadr escalar da pra,a como uma entidade
"arquitrtO
nica" au "paisagistica" detrntora de formas, funC;Ors e esti-
los trm r mpobrecido a projrto I' 0 ensino dr paisagismo, acarretando
uma tendencia a homogenr izaC;30 dos rspac;os livres I' prejudicado
nao apenas a consolidac;~o dr uma identidade autentica na paisagem
urbana, mas, esprcialmr ntr. a prrservaC;30 do caratr r publico dos 1'5-
pac;os publicos.
Nno se buscam nqulnovasdrnnl, 6t:s arqullrtOnicasou paislglsticas
da pm,a,nl.'mctassifica,On dr eslltosou tt ndfncias est~licas cit P"Ojt-
los. Procura-se, islOsim. rtsgatar sr:u si9nif~do urbanlstlCO "origtnar
I' drmonstrar qUt a inll'.rvl'n" o formal n'o prt:SClI1d~ do rnnminha-
menlo urbanlstlco, c: que os tra, ados podem ser reconhttidol mmo
italianos. rranctses au amrricanos. mas sao resoltado dr atltudes cul-
lurais em rrla" o ~ cidade brasilrira I' 3() modo tk vTwf colWvamrnk
nrssa rralidadr.
ESPA~O PUBLICO: FORMASEpRATICAS SOCIAlS
o rspac;o publico na cidadr assume inumrr2s fOfmas I' laman:"",
comprrrnd('ndo d~e uma caltada at~ a paisagr:mvisla da,Janda. De
tambemabrange lugarrs drsignados ou projrtados para 0 usc I.'Otidia-
no, cujas formas mais conhecidas sao as ruas, as prac;as I' os parqucs. A
palavra "publico" indica que os locais quI' roncrr:tizam ~ esp~ sAo
abrrtos I' acrssivris, seme,>:;~'o. a todas as pr:ssoas. Mas essa dttnmt-
na,ao grral, rmoora diminuida ou prr:judicada emmuitos casas, t insu-
ficiente: atualmrnte, 0 rspa"O publico plurifunl.'ional - p~ cafb.,
pantcs dr rncontro - constituiuma 0~30 I'm uma vasta THe de pas.-
sibilidadrs de tugares. tornando-se dificil pr~r romr:xatidkl stu uso
urbano. Espac;os adapt3vris redesrnham-se drntro da prO
prlOl transfor-
mac;<lo da cidade.
Paulo Cesar da C
osta Gomt'S rrssalta quI' uma conccP")o do ~
publico que, alemda ideia dr: liberdade e igualdadr, trnha como bast a
separa,iio do privado ou a delimitac;<lo juridica, OU mrsmo a garantia
do acrsso livre,e insuficienle para drfinir 0 caratrr fundamrntalmrntr:
pO
litico de seu significado. Para Gomes. 'os atributos tk um espa.u
publico sao aqurlrs que tem relac;'o com a vida publica (- I E. para qut
esse 'lugar' open.' uma atividadr publica, e nrcr:ssario que se ntabdr-
c;a, em primeiro lugar, uma copresen,a dr indivlduos"
.·
•
18. •
St-gundo stu rnriodnio, "0 ~pal;O publico t, aotn de tudo, 0 lu-
gar, prac;a, rua, shopping, praia, qualquer tipo dt esp:u;o aodc nlio
haja obst.kulos • possibilidade de acesso e participao;iio de qual(IU
er
lipo de ptSSOa", dtntro de regras dt convivio e dt bate.Assim, parado-
xalmente, embora 0 tspal;O pubJiro possa str tamb(m 0 lugar das
indifereno;as. tie caracterila-se, na vcrdade, pela wbmissiio as regras
da civilidade.
Tr;lIl11-SC, portanlo. oscnClalmenle!lt uma arta em que sc pr~ a
mislura social. Oifertnlts scgmenlos. com diferenlt!l e:<pttialivas e
inltttSStS, nUlrtm-sc da coprt!ltn~a. ultf"llpassandoSlIa ~ divelSidadn
ronCrtlas e lransctndendo 0 parl icula ri~mo. em uma pr;hica (eror-
rtnle da fivilidadt t do di"ogo!
Gomes drfende 0 espa~ publico como a lugar da sociabilidade, a
mise-en-s~ne da vida publica em que se exerdta a arte da conviven-
ria. Para ele, "0 tugar fisico orienta as pratieas, guia as comportamen-
tos. e estes. por sua vel, reafirmam 0 estatu to publico dc:su: espalOo". 0
espa1;"O publico, porlanto, dtve ser vista como um conjunto indissoci~
vel das formas assumidas pclas praticas sociais.
As inquittudes causadas pela transforma~ao dos espa~os publicos,
~cialmtnle daqueles dt seus aspectos rtladonados aos modos de
vida publica, na sociedade contemporanea pmvocaram, a partir da S(:-
gunda mc:-tade da dtcada de 1980,0 surgimento de numcrosos estudos
e debates a ~ito do chamado "espac;o publico" denim da disc:iplina
de paisagismo nos E5tados Unidos. Essas disc:ussOes foram impulsiona-
das em parte pela (t:alO"O contra a homogeneizao;ao e a desolao;ao das
plozos construfdas em fun~ao dt: t:dificios dt: escritorios nas ~reas cen-
trais das cidade:s. 100 st deu tambtm pcla popularidade atingida por
alguns livros que assumiam posIuras criticas as formas da vida e do
, ".., p.. 163.
eSI)a~O urbanos. como A mortc c a vida dos grandts cidadts umtriC"O_
nos (lan~ado em 1961), de Jane Jacobs. e ft -tirania da domtsticidade
sobre a vida publi<;a", como 0 d«/jnio do homem publico (Original em
inglb publicado em 19741. de Rich~ fd St-nnett.
Entre os debates sobre as qUl'5tOcs do espao;o publico, destacam-sc:
aqueles que produliram e que foram gerados pela publica~ de Public
Plo~s ond5po~s." eolet~nea de aflig05 com lnfasc no campo do am-
biente e do comportamento, e 0 numero espttial de Plam dedlCado
ao simpitsio "The Future of Urban Open Spatt", promovido pdo Depar-
tamento de Paisagismo dOl UoiVt'rsidade da california, em Beri:.eky,em
1988.
Dais artigos de Public Pla~s and SpottS tnfatizam a indis.solubili-
dade das rela~es entre formas fisicas e pr.iticas sociais: Michael Brill'
chama a aten~~o para a incompatibilidade enlrf: 05 "modelos" wrD--
peus e americanos do espa~ publico e dOl vida publica,e Mari:. Francis-
cnfoca os direitos de acesso e 0 usa do espa!;(l publico_
Em Seu artigo, Michael Brill aponta a atltude "nostalgica" de uma
vida publica, na verdade, ilus6ria, prescnte nos projetos urb~nos 1.'01'1-
tempor~neos feitos nos E
stados Unidos, e que 5C descnyolveu a paltir
de uma visao idealizada d~s pra~as centrais multifuncionais. Para Brill,
ess~ nostalgia tornou-se uma ideologla de projtto, para a qual 0 es-
pa~o publico "tradicional" traria automaticamtnte de volta aquela
"antiga vida publica perdida", que proyavtlmente nunea uistiu dessa
forma nos Estados Unidos. 0 autor afirma que, no contexto america-
no, pautado pela stgmenta~iio, pluralismo e estr.ltifica~o da socie-
dade, n~o htllugar para uma vida publica d~rsificada, democr~tjCll e
stm d istin~a o de classes. Para ele, deve-st, no entanto, rt:conhecer
, ,,..;.. AI1""n It {lYOn H. lubc.1'utIIk Plat.. _ ~~ ,......., ,.......... 1-.
• MirhKl Ikil~ ,,_foo-m'lioo'1, Nostalg.. _ I......... ill I'ubk lit" iMIId I'ucIIoc P1Kt'",..........
Allm.n & (ty," H. lllbt. l'ublic f'Io(ors _ ~ ot.. lIP- 1-29.
• M"k fflflCll" "Control M I o.nI(_ of 1obIit-s,- 0uaIlr(, ..... _ A/tmJfI II &--Il
ZIIb<:, 1'IIfoIi<" Plat.. _ ~ til. lIP- 1.'-111.
19. qoe: II IllInSfOrm;u;Jo dOl vld:. publica - nSo nrccnarlamcnlc 0 dccUnio
- nllo t um frn6me:no ICCrnlC, r )Im urn procoso ronllnuo qur Irm
lIdo mrn()~ trC/rnl<n anI» Brdl drfc:ntlr, rmao, uma ampla disc:ussao
d.. vida publrt'a anr~ da rrall(a~o dr uda prOJrlo dr tspa~o publico,
hlo t, dcYc·sc p'OmOlr" cm loda5 as novas opOftunidades Iralidas
prlos proJrloo., a vida pubhca por mrlO de: novas tsliticas r dr novos
fug.ucs pUblrcos.
Mark Franc.), por sua Vtt, conSldcra 0 "d,rrllo tlas prssoas dr con.
trolar sru uso r 0 drlrllr dos lugarrs pubhcos" urn dos ingrcdrrntt'S
c~srnc,,"s do suct:sso dos rspa~os ulbanos. Pala rlr, os rspa~os publi.
cos sAo pal~9rns parllclpallva~, r 0 conllole: do usutirio pode: srr com"
prrrndido com b:.S(' nas cinco dlmcn!>6rs propostas POI Kcvin Lynch
para conslrUl1"bons" amblrntrs: plesrn'a, uso c a~1I0, aplopria,ao,
modlrrca~Jo r dISpOSI,ao." A fl'rstnro i! 0 dircito de: acrsso a urn
lugar, t: Km ria 0 usa c a :I~ao nao sao possiveis. Uso t' orDo rde:rem"
·sr b habrhdadrs das prssoas dc ulilil<lr urn CSfl<l'O. Com a opropriu.
r60, os usu~rl()S tomam posse de urn IU9;I(, simbolicamcnle: ou de
(alo. Modlf,cur{/o t 0 dirrilo de OIltcrOlr urn CSI)a~'o para fadlitar 0 scu
usa, c {I/spos/{,{/o t a posslbllidadc de dcsfazcr·sc de: um cspa,O pu·
brico, Para francis, lIr)esar dOl crcscenlc l)fOCUra par espa,os que pos·
sam scr ocupados com a realila,aO dc atividade:s publicas, a maioria
dos ame:rrcanos nao sabe usar urn espa~o publico, pois em ge:raf eles
scnlcm·sc d~onlorl:'veis ao passar horas numa pra,a assistindo :.
·dan~a do fugal': Francis de:h:ndc: aprovisao de espa'Os publicos varia·
dos pam acomodar os habitanlrs dos divt:rsos nichos e as difc:rentes
nccHsldades da popula~ao, a aml)la pan icipa,110 do usuflrio na (fa·
bor3,aO dos plojrlos e: na manulr n,30 dos luga~ r a garanlia do
acesso como pr~-rc:quislt o para 0 usa e: a apropria,110 de urn c:spa'O
publico,
[m Plu~s, Lyn H, Lofland.!) Mlcharl Blillu c: Mart Chldiskr". (J.-
tronam 0 modo dc Vida amrricano e: or falta dr apc:ritnda da willi
pUblia ne:le: (mbulida, Lofland argumcntor que ~ iOCi<dadr amc('- r
na ~o favorrcidos os domlnlos plivados r paroquiali como batt para 0
dtst:nvo!vlme:nlo dOl soclabifldade p(lblitor. lcmbr.l tor(llbi:m que, m-.
quanlo no stcula XIX os rdarmadore'S soc:iaii c:onsidrravam ·de....
rflvtl" posoas ...agando pclas ruas, as POIisa9rns urbanas c:onte:rnp(d
nus, configuradas por rdifica,oo dispe:rsas, a raclrristu:amrnte:
suburbanas, aprC'S(ntam urn minima - sr t que: nJo sao totaIlM:lik
drsprovidos dclrs - de rspa~ dr uso pUblico, Par.l rslimuial a c:xpc:"
rif:ncia dOl vida publica, Lofland ddendc: a propa9or~a dr lugorn:s Ibn.
los ti popula~ao no domlnio publico c a conten~o das rsfe:ras domb-
ticas r comunil~rias.
Brill. a e:xemplo do que: fcz em sru artiga dr Public Ploces and Spa.
~s, afirma nesse Oulro tserito que a transforma~o dOl vida edo "9"''0
publico nos Estados Unidos nao te:m ne:nhuma rt:la~o com 0 rstilo
europeu, muito mais vibrante:. Para Brill. a nova "vida publia " rsU
nas mldias, coma os meios dc: comunica~1I0 inte:r.ltiva, e e:m lugam
como "shopping malls, me:rcados de: pulgas. festivais, praias t c:w:nt05
esportivos:
Chidistcr fal crlticas lis plazas ulbanas contcmporllnc:iI$ que vtm
srndo fe:ilas nos Eslados Unid05, ~cialme:ntt as que ptrtrn~m or
pr~dios ondc funcionam srdrs dt c:mprrsas ou dc rscritOrios. Estas sJo
usadas como foyt'rJ par.l a arquitclur.l c, secundariame:nte, POIr.I rt:tt.
brr, na hOra do alm~, os fu ncion~ rios que: tr.lbalham nas proximida.
drs. Para cle, as plazas. concrbidas isoladame:nte:, ao rontr~rio da ima·
gem que: procuram transmitir. nllo silo ccnlrais ncm ~nciais iI vida
" IY' H. Lollllld,"11< Mor.hty ofI'vbIit Uft: II( £notf9c:...., ~nc1 Cool..,........ of 0 Dnal. .....
".".... 6111. Mcwl York, ~n HilOl"l' 'ouncla~ 1*, pp. 11_23. ~"n
" M.cftatI 8<111, 'An Onlolof'r lor lopior"'9 Utt- NIht Lifo lor1r(. om ","" .. 6111. /ton yort.
Dnlgn 1
100101"1' 'ounclalion, 1*, pp. J'-J1
" I.br~ Chid»'.'. 'PI/bIit PI,"" PrrYJtt liYot!o; PIa... 0"" 1M Bo-oockr fVbIir-, ' ''' ~'I I L
NeM Vorl; ilnftn H".OI"I' found.:ltion, 1919. pp. n·J7.
•
20. •
publica ou a unifica-;30 de espa-;os diversos e dispersos. Chidistcr dc~
fende 0 rttonhecimento de uma ampla e complexa rede interronccta~
dOl de espa-;os publicos, em que as plazasdevem ser projetadasde for~
mOl que se integrtm ao conjunto.
Adiscussao contemporanea da "public~idade~, ou do carater publi.
co dos projetos do espa-;o publico, impoe adisciplina de paisagismo
revisee5 teoricas urgentes e a abertura para novas expcriencias pnHi·
cas. Alan Balfour observa que, "essencialmente, tres paisagens publicas
e politicas tem evoluido e persistido na cultura americana: 0 gramado
do jardim dOl frtnte unindo as paisagens domesticas, os parques urba·
nos sob~iventes do stculo XIX I.' os parques estaduais I.' nacionais~'~
Para Balfour, a influc=ncia de Olmsted I.' 0 sucesso dos parques urbanos
como modelos da vida I.' dOl arte civica tern empobrecido a pratica do
paisagismo publico por causa de sua desvincula-;ao dos dominios pu·
blicos mals amplos. Em outras palavras, trazer a natureza para a cidade
nao assegurou, per se, 0 carater publico do ambiente urbano I.' a pro-
mo~ao de pr,Uicas sociais que refor-;assem a democracia.
Adotar, para 0 dese:nho urbano contemporaneo, 0 modelo dos par·
ques monumentais idealizado no sc=culo XIX, com suas formas pastorais
e tendo por caracteristica a separac;ao em rela~ao as cidades, e tambem
Oligo criticado por Michael Laurie," que propoe a integra~;jo de tres
principios interdependentes - expressionismo etol6gico, economia e
satisfac;ao social - como metodo para gerar, com "alguma racionalida·
de~, uma nova estetica do espac;o livre na cidade I.' de COlraIN publico,
Para ell', alem de contemplar as atividades recreativas de uma socieda·
de pluraJista, os grandes parques devem desempenhar fun~6es ambien·
tais, como reciclagem de dejetos, reflorestamento urbano I.' controlI.' de
microclima, sendo tambem jardins comunitarios. Laurie sugere que se
" hme Comtr lorg.l, Ruoocrill9 UlndKO~: £sso~ in Conrrmporory lf1ndJCO~ Atthjrrrrlllf
(Hovi Vork: f>rinttlon Atthil~luril Pma., 1m), Po 216.
.. Midlad u ...rio:, "(o:<IIogv and Acf.thc:(i(s", tm PIocn, 61 I), HeM Ya.t. Dnlgn HntOfy foundi-
bons. OItOlO lit 1989, pp. q-St.
reduza a area de grandes parques subutilizados que vt:mdo ~culo XIX,
como 0 Golden Gate de 5110 Francisco I.' 0 Franklin Park de Boston (pro-
jeto de Olmsted, analisado no capitulo 21. I.' que 51.' fa-;a a inser-;1o de
habita-;oes em seu perimetro,sem prejuizo das atividades recreativas e
da representac;ao dOl natureza. Na proposta de laurie, subentende.·se a
redistribui-;iio criteriosa dc espac;os livres publicos por toda a cidade.
tendo como "joia dOl coroa~ 0 sistema de parques,que nao seriam mais
os parques pastorais dostculo XIX, I.' sim a profusao de pra-;as, jardins I.'
ruas arborizadas integradas I.' pr6ximas dOl popula-;;}o. A recontt;tua·
C;ao do neighborhood pork recomendada por laurie t minimalista. "de
espa-;o indiferenciado comuma variedade de superficies com uma bor·
da rica de simbolos I.' atividades. sombra e sol - incompleto, flexivtl e
dinamico", Instrido no contexto dOl cidade e integrado 010 entorno,
o neighborhood pork de Laurie aproxima-se dOl ideia dOl prac;a "tradi-
tional", comum nas cidades brasileiras, porem rara nas americanas e
praticamente inexistente na experiencia do paisagismo moderno
amerrcano.
aquestionamento da transferencia de modelos "europe:us" de pra-;a,
amatgama de espa-;os publicos I.' tugar de vida publica, para as cidades
americanas contemporiineas evidencia nao apenas difertnc;as culturais
no convivio social com 0 diverso, mas, especialmente, a amplitude I.' a
polemica relativas 010 entendimento do que e·publico· e de suas impli-
ca~oes no direito dOl popula~ao acidade. atidadania e 11 democrncia,
Apreferencia americana por uma ·vida publica" seletiva e desenvol-
vida nas esferas "comunitarias~ ou do consumo. tal como se da em
escolas, campi academicos I.' empresariais. centros recreativos I.' espor·
tivQs, shopping centers e parques urbanos ou de vizinhan-;a, torna pa-
tente seu desdem pelo viver urbano, denso, variado I.' imprevisivel. A
controversia americana a respeito dOl incompatibilidade do "eurourba-
nismo· com seu modo de vida serve de excelente alerta para reavaliar·
mas nossas tradi~Oes urbanas de co-habita~ao l' convivio social e, es-
peciatmente, para 0 perigo de encamparmos indiscriminadamente a
21. "queslao ambicn tal" a parlir de Pc~pt'clivas rc(luclonislas lIue diminu-
em 0 cartller publico do alllbicnte c a divc~ida(tc das rrla~(jcs humana5.
ESludar prn~a5 como cspa~'Os publieos da vida I)ubliea representa,
porlan to, urn duplo dt'safio: a ado~Ao de C'Onttitos de cidadania e de-
moc:rncia desenvolvidos por oulros campos dr t'studos sociais e a rup-
lura de paradigmas C'Onsagrados da disciplina de paisagismo, derivados
da experiencia de parques "'urais" e atiludes antiurbanas, assim como
da pralica pautada pOt espa~s privados esemipublicos. E
studar as pra-
'tas modernas de S;}o Paulo 3C"te5('Cnta aconsidera~ao ampla do tema
mais dois aspectos: a responsabilidade do projelo pela amplia~ao dos
direitos de attsso e uso do espat;o publico pela popula~ao e, especial-
mente, 0 cuidado com a preservat;ao da pra~a como elemento singular
na formac;ao da paisagem de nossa cidade e. de nossa cullura urbana.
A PRA<;A: EXPRESsAo CULTURAL URBANA
Simultaneamente uma construt;iio e urn vazio, a prat;a mio e apenas
urn espat;o fisico aberto, mas tambem urn centro social integrado ao
tecido urbano. Sua importancia refere-se a seu valor hist6rico, bem
como a sua participat;lio continua na vida da cidade. Kevin Lynch apre-
senta com dareza a defini't;}o de que a pra~a e urn lugar de convivio
social inserido na cidade e relacionado a tuas, arquitetura e pessoas:
rht' squa~ ou plaza. ute ~ um moddo dif~rentc d~ ~spa~o abertQ
urbano, tornado fundamentalmente das cidades historicas curopeias.
A plaza pretende set urn fQCQ d~ atividades nQ cora~~Q de alguma
iirt'3 "jntcnsamentc· urbana. Tipicamentc, cia scrii pavimentada c de-
finida por edifica~1Xs de alta dcnsidadc c circundada por ruas 01,1 ~m
contato com elas. Ela conttm ell:mcnt~ que atraem grupos de pes-
soas I: facilitam encontros: fontcs. b3nc~, abrigo$ e CQisas parecida~.
A YCgeta~.1io pede 01,1 nao scr procminentc. A piazza italiana t 0 lipo
mais comum. Em algumas cidades americanas em que a densidade
das pessoas nas ruas ~ alta 0 suficiente, essa forma tcm-St: sucedido
ckgantctllcntc. Em outms lugar('S, U.H plruof em~1da$ podtrrr
sc:r mclanc6l1cas e v3zias."
Em On thl: Plaza, $(:tha low tvoca uma tloquentc citaltlo ck Fer·
nando Guillen Martinez para txprimir a profunda vincul~ da p~
ao desenho e avida social, politica c cultural das cidado da Amtrica
hispanica:
A ploZQ em si, CQnside~da timitada no tspa~ pur ~quatro ~ t-
a mais bela exprcssAQ da vida social jamais ak:an~da pdo pbneja_
mentQ urbanQ e pelQ gtniQ arquitetOniro do hQmcfll. Em campara-
~~Q, os mQnumentQS giganttsCOS das tUltllrH antigas ~ impcrfei_
~Oes grQtescase amorfas [_.1 Em contraste, 3 p/QlO cono;olida e tt:IOIvc
todas as coisas que lila incompativcis com a ~Z~Q PUfif, pioelVa-1iI$C
Ihes do) uma VOl e um futuN). A simp!icidadc de seus ~ t ~.
mente um convite para a liberdadc social e moral das P"'S""" poItm
liUas linhas, parccidas com as de uma fortaleza. sao Umi Ic:m~
definitiva de que vida e liberdade podl:m lier vivid3S sammie nil um
local concreto c limitado, com um propOiitQbern dcfinido. Se aqueln
limites dcsaparccesscm, n~Q m taria nada scn~Q 11m campo 6esfIudo,
nQ qual a natureza absQNcria e destruiria a liberdade essencial da
artl: I: invcntividadc humanas."
A ausencia da pra~a na cidade e no modo de vida americano l: ~
saltada por Robert Jensen. A palavra rquivalentc em ingles -~, cia
mt'sma derivat;1io do latim plateo, que significa "cspaO ampto" au -rua
larga" - tern senlidos amplos e vartados, como 0 de lugar ou ~,
alem de ser taml>tm urn verbo, "colocar", Se:gundo Jensen,afaJtncia da
" Kevin lyn<n. Good tirv Form I!I811 (Clmb""g.o: Tho: Mil Pm$, !!II1!, pp. «1_1: U' t , . '
In',mnal.
.. r(rnanoo Guilltn MafUnu."m ~hl r.t low. On 1M PIotQ: lilt /bIi1/G of ~ 5pcJ(r 0I0d
C'lJ1I1I,.Aullin: 1M U"ive~rv D
f I..n Pms. 2000). p.31:t""~ Inf(Jnlq.
•
22. •
prill;a amc::ricana n30 rc=sulta da falta de entc::ndimcnto dos eomponen-
tes fisicos da pmc;a, r: sim da formac;30 cultural cdo modo de vida, mais
rest:rvado a esfc::m do privado:
Nossa problema coma plozo ~ cultural, tccnologico e endemico, en-
r.lizado em nosso modo de vida. dificil dt ttsOlvct.Consttuimos nOSS<lS
plrJlos ~rando que alguma magica aconlc!,'a, t geralmente n~o
aco n t~. D
issimulado na maneita pela qual vivcmos, e implicado nas
juslifK'alivas de n~o usarmos as plozos urbatlas. est;; urn !.Cnso dc
alitna~o da expt'rilncia publica.'"
Clan: Cooper-Marcus e Carolyn Francis, assumindo uma abordagem
pragmatica de projeto, oferecern, talvez por isso mesmo, uma definic;ao
pobrc= de plaza, ignorando nao apr:nas as sentidos social, cultural e po-
litico imbuidos na palavra espanhola, mas tambem suas relac;6es intrin-
secas com 0 dest:nho da cidade, A ploz.a de Marcus e Francis rdere-se
apenas a componentes fisiros, enquadrados em uma visao particular
do paisagismo que tern como referencial 0 parque:
Para a propOsito do livro (di~lrizes de prnjelo para espal,'OS livrfi ur-
banos], plaza ~ definida como uma area mais pavimentada do espa!,'o
exlerno dr: onde os carrns sao cxcluldos. Sua func;ao ~ !.Cr urn lugar
para passear, !.Cnlar-~, comer ever 0 mundo passar. Embora possa
haver arvorr:s au gramados, a superficie p~dominante ~ a pavimen-
lada {hard surface} e, ~ a tlrea planlada exctder a superficie pavi-
mentada, devt-se defini-Ia como port-
.. ~rt krtKn, ·Dram'", of Urban Plaza", (m W Taylor lorg,1. tht>gn ()p(-n 5pono, INow
Yon: COOJlC'f·H~'tt M!MUm/RizlOI/. 1981), pp. Sl·!i3.
• Cb~ COOj)(f- Mi~U5 a C.rolyn frarlrillorgs.), I'NJpl~ P/acn: (k,ign Guide/in~f far Urban
~n 5ponoJ INov;! York: Van Na'ltrand Rfi n~oId, 1990), p, 10. 0 ermo POri. rorriqll(lro (m
1
",1e. t fmp~ado nl com~ m up<~ min; Port, pod~1 port ( 5moll pork. tqui-
onlmt~ ~m pot1l1gub do Brasil, a 'pra~" 'pRCinha'
Evitar confundir prac;a comjardim ~ tambtm uma das preocupa~6c::s
de Murillo Marx ao explicitar 0 significado e a origem das prac;as brasi-
Ir:iras. Marx destaca 0 caraler publico e multifuncional de nossas pra-
c;as, que seria equivakn te ao das piazzas e plazas, e r~lta, em nosso
easo, a origem religiosa, que, como prac;a de igreja grande e euidada,
"transcenderia 0 papr:I de adra para tornar-S(: um forum brasileira";
logradoura publico por cxctl~nci il, a pra~a deve sua ai~t~n6a soblt-
ludo aos adros de nOSS<l~ igrejas. Se tr.idicionillmente cssa divida f:
valida, mals recentemenle a pral,'ll lem sido ronfundida rom prdim,
A pra~a como lal, para reuniAo de genIe e para u(rcieio de 11m
!.Cm-nUmero de atividades difelcntes. surgiu entre nO!., de maneira
marcantc e lipica, diante de capelas ou ig~Ps. de conventos ou
irmandades ~lig iosas. O
estacava, aqui e ali, na paisagem urbana estes
eslabelecimenlos de prestigio social. Rul<lVll os ediflcios: acolhia os
!.Cus frequentadores.)1
Marx acentua 0 desenho irregular ("como tudo 0 mais") da maioria
de nossos r:spa~os publicos, configurados como uma sucessao de lar-
gos, patios, terreiros artieulados a uma "trama viaria modesta", es!>(-
cia)mente contrastante com 0 tra~ado rc=gular das cidades da America
espanhola, em qur: sc: instalavam ao rr:dor da prac;a nao apenas a matriz
ou catedral, mas tambtm os principais edificios publicos. numa "olde-
nada e mon6tona rede ortogonal de vias publicas·, Alem da diferenC;a
de trac;ado, Marx enfatiza a ausfncia do poder civil demarcando nossa
"chao publico":
As pra~as civicas, diantt de cdificios pUblicos importantes, sAo raras
entre nOs. sao ex~ (._
1E, quando 0 esfor~ comum erguia uma
conslru~~o para esle fim, era pouco provtlvel que !.C $i tua~ num
23. ponto rondigno (omo uma po '
. . ~•• qu~ D('olhl"1S
C OS cidadftu), ~lIlor!.
laSS<: 0 scg.ufkado do pr~d,o au t!taSS!:' ,' , '
• . par I( 0 tic Stu prO
)Clo a.qu;-
[('tOnICO rIl31S c:laborado [ J Um~ d <n ,
. "' , t ......r ('m, (nfim, que l"stondc 0
podcr publt('Q. que nfto I''tla a sua (fCl iv;! l':~ist~nci3, qUI: n~o clari-
fica sua responsabihdadr social. qUI: n~o dignifiea 0 viver '('publica-
no!'
Mes~o scm 0 rigor urbanistico das plazas au a heran~a arquitetoni.
CD das pIOZZOS. a pra, 3 brasileirn eigualmenteenraizada nos habitos de
uso e da linguagem de seu povo. Fazem-se declara~OeS apra~a para
lornar publico urn comunicado au urn aviso de perda de documentos.
Pr~rva-sc 0 born nome na pra3. fdentlfica-se prat;a com mefcado
para difund ir produtos au delimitar a acei tat;ao de cheques. E, apesar
das r.uas ·plazas de armas· em nossas cidades, nossos soldados sao Irei-
nados como ·pralt'as':
ACESSIBILIDADE: CDNDIt;AO PRIMORDIAL PARA 0 usa
aacesso efundamental para a aproprialt'iio e a u~ de urn espalt'o.
Entrar em um lugar econdh;iio inkial para poder usa-Io.Stephen Carr2l
cJassificam os {res tipos de acesso ao espalt'o publico como fisico, visual
esimb6Jico ou social.
Acesso fisko rdere-se ii ausencia de barreiras espaciais au arquite-
tonicas {constru~ plantas, agua, etc.} para entrar esair de urn Jugar.
No caso do espao publico, devem-se considerar tambem a localizalt'ao
das aberturas. as condioes de travessia das ruas e a qualidade ambien-
tal dos trajetos.. . .
AttssO visual, ou visibilidade, define a qualidade do pnmelro contato,
d' , " ' d 50""'0 com0 '"gar Perceber e identificar amea-
mtsmo a IS anC1a, 0 u .
, , ' ,'n"'voantts de alguem adentrar
as potenciais eum procedlmen 0 Ins I
• ibid. p. 51. k. OImbtldge Unr.elSlY Press. 1%5].
n SlrpMn Cur rf rsl.. l'tlblic 5pt>r:r (NO'ill Yo< .
qualqucr esplI(;o. Uma pm'ta no nlvel da rua, vislvtlde todas as c:a~as.
informa aos usu~rios sobre 0 local e, portanto, t mais proplcia ao U5O.
Acesso simb6lico ou social rdere-se II presen'ta de sinais, sulis ou
ostcnsivos. que sugerem quem t e quem nao t bem-vindo ao lugar.
Porteiros e guardas na entrada podem representar ordem e stgura~
para muitos e intimida'tao e impedimento para outros. Constru~ e
atividades tambtm exercem 0 conlrole social de acesso, principahntn-
Ie aos espa~os (echados, em que decorar;30, tipas de comtrcio e poIlti-
ca de prer;os sao frequenlemenle conjugados para atrair 0tJ inibir de-
terminados publicos.
as Ires tipos de acesso podem ser combinadas para tornar urn espa-
~o mais ou menos convidalivo ao uso. Nos espar;os publicos do Centro
de Sao Paulo podemos encontrar varios easos da apljea~o dos trts
tipos de controle de acesso decorrenles do projeto ou da gestao.
Apra~a Roosevelt, por e)(emplo, t repleta de barreiras fisicas e vi-
suais que dificultam 0 acesso e a apreensao do lugar. 0 sistema de vias
criou buracos em tres das quatro esquinas, impedindo 0acesso natural
apra~a, e 0 intenso trMego de veiculos dificulta a travessia de pedes-
tres. As poucas entradas dOl prar;a localizam-se no meio do quarteirAo e
sao pouco visiveis das cah;adas. Em toda a SlJa extensao. a Pf<lf;3 silua-
-se acima ou abai)(o do nivel da rua, e a diferen~a de cota frequente-
mente ultrapassa a altura do usuario medio. As escadarias e rampas
ingremes que dao acesso 3 pra!;a sao barreiras para pessoas com mtu-
zida mobilidade fisica. Muretas de concreto aumentam ainda ma~ as
barreiras fisicas e visuais.
Apra!;a da Se e)(pandida ilustra 0 dilema entre a privacidade easegu-
ran!;a pereebida. Embora visiveis das cal!;adas. os m:antos da p~a slIo
sombrios eafastados das rotas de circula!;30,situando-se fora do aleanet
visual da maioria dos pedestres. Tanto 0caminho como os rttantos aea-
bam inibindo seu uso.
No largo Sao Bento, a ambiguidade do espaO publico-privadocomo
controle simb61ico esutil, pori:m n30 menos efetiva e, ne5S( caso, att
•
24. •
FigurJ 1. urgo ~o ~nto, ~o Paulo.
/'af(UUI BankBoslon (Pftfertura: vc~Jo do CJII510 prrndo 00 ~~o pUblieo ( diuimul.-
~ d. dtmjf(~ pUblieo-pnwdo. ~ pdo B"nkBosIOl'l. gr;tdil e HCUltura IoUge~m d0-
minO() prmdo t iniw m a iUUO pUbr.C(I.
Figura 2. Chuc Manhattan 8ank. Nova York..
Projcto de lloamu NoglIChi. 1964 Ref~ncW amtnaoo do armto: ~ ~ . ' ..iot!
p;lra UlD pUblICO.
25. perversa (rigur.! 1) Em vel d d
_ . ' e a Olar 0 modela nova-iorquino de cola-
bora30 prefcltura-empresa. c<'dendo an 'bl' ,
u usa pu ICO 0 (Spa~ pnvado
como fez 0 Chase Manhattan Bank ffigura 2), a "parceri,," firmada e~
1~98 en~re. 0 BankBoslon e a Prefeitura (Protentro e Subprefeilura da
Se) consistru na delimita~ao de um canto dn "'g" S' B
. . . u ' u 0 entocomum
gradrl baiXO e a IOstalac;ao de urna t'SCultura de Caciporr: T
orm no etn-
Ira do espaC;o aberlo, impedindo QUIros USGS. Junto do edificio do Bank-
80ston e ocasionalmente vigiada por urn guarda uniformizado do ban-
co, a pracinha (publica) c('rcada sugere propriedade particular e
raramente r: usada pero publico. Sob 0 pretexto de "embelezamt'nto" da
cidade, 0 BankBoston n30 apenas impOs seu 90510 estl-tico a pO
pUla!;30
como, especialmente, apossou-se do espa!;o publico.
Atividade.s comerciais podem estimular 0 usa do espa!;O publico e
aumentar a perCep!;30 do carater aberto dos lugare5. Ambulantes que
tumultuam varias ruas do Centro tambem animam pra!;as da cidade.
Atualmente, em Sao Paulo, frequentar feiras de design, artesanato e
antiguidade.s, comidas regionais e etnicas realizadas nos espa!;os publi-
cos tornou-se uma atividade de lazer no tim de semana.
AVAlIA~Ao p6S-0CUPA~AO COMO SUPOR
TE00 PROJETO
Com eriterios racionais de projeto, podem-se confer;r as qualidades
necessarias ao espa!;o do convivio social. 0 usa fornect elemtntos de
articula~30 entre espa'i'0s publicos, promovendo e ampliando a divers;-
dade dos usuarios. Verificar 0 usa do espa!;o efundamental para.r~velar
as necessidades dos frequcntadores c assinalar os pontos POSltlVOS e
negatives dos lugare.s. . .
. _ a . urn processo que "compara Sistematica
A avalta'i'ao p6s-ocupa'i' 0 e . .. d
. enho real da constrU!;30 com os crttenos t
e ngorosamente °desemp . . "undo Sheila Ornstein e
destmpenho estabelecidos txpllcltamente ,seg
Marcelo Romero.7
'
,_ p6J-oropcl'f6O do ~mlliMlf rotIJlruido
.. Shrila Ormlfin H Ma~tlo Romero [rolab.l, Avo
(Solo l'iulo: Studio N~l/fduSP. 1992), p. 4.
John Zeisel sislcmatiza mttodos de observ~o do U50 do H"~
livre para melhor prever econtrolar os eftitos dos resultados construl-
des. Segundo Zeisel, design e pesquisa podemroopcrar em trb instln-
eias: pes,quisa de programa de ne~idades dos usuarios, ~ do
projeto para avaliar a uliliza~o do conhecimento t:w:istente do ambi-
ente-comportamento (env;ronmenl-behavior) e avalia~ despro~tos
e:w:istentes em usa.»
William Whyte" produz urn referencial de observa~o do U50 do
espa!;o liVre publico como suporle de projeto e par.! demonst~ de
que ·projetar espar;os bons nao e mais difidl que projetarespiI'i'OS ruins".
Apesquisa de Whyte,focada nas p/ozas do midlown de NOViJ Vert. nn
sua maioria cedidas ao usa publico em troca deaumento da afC"3 COf&-
trulda de acordo com 0 zoneamento de 1961, tevt como objetivo des-
cobrir por que algumas pra!;as funcionam e outras n~o e, a partir dai,
formular diretrizes para orientar a implanta!;30 de navos ~ na
cidade. Utilizando varias tecnicas de observa!;~o, 0 estudo de Whyte
transformou as recomenda~ em criterios para a provisJo de bancos,
vegeta~~o e amenidades e de integra!;aO com a rua, adotados pdos
oodigos de zoneamento. Anova legisla~ao de implanta!;ao e projetode
·pra!;as de troea· (bonus plazo) foi adotada pela cidade em maio de
1975.
An contrario da maioria dos dogmas de "born desenho· defendidos
por arquitetos e politiCOS, Whyte constatou que. mais do que forma,
tamanho ou design, 0 sucesso do espa!;o publico era determinado ptlo
acesse t pelas op!;6es de lugares para sentar. Para Whyte, a maior atra-
!;1io das plalos eram as ptssoas, e elas tendem a agrupar4
5e 0 mais
pr6ximo passive! onde ha atividades.
.. J()I,~ Zc,~l. Inqui.... ~ Drsig~: foolJ foI E"..;roro...."r-~ lIno:iltt"ll (Cambridg<: Cam-
bridge Univ.:rlitv P=-. 19811. .
.. Will"", It WhyI~, fIJt 5odoIUfr ofSmolllbtMln Spo«s IWw"II9~"": '1M CootK••" ..... foun-
datIon. 1980).
•
26. •
o trabalho de Whyte serviu de inspirat;lio para que Fred Kent fundasse
em 19750 Project for Public SpattS (PPS), uma organiz~30 scm fins
lucrativos dedicada a ·criar e manter lugares publicos que constroem
comunidades" por meio de assistfncia I~cn ica, pesquisa, educat;ilo, pla-
nejamento e projeto. Aenfasc do PPS esta no envolvimento de usuarios
na vida publica e na i nl eg ra~lio da pra~a com seu enlorno.11
o redesenho do Bryant Park de Nova York, realizado no tim da decada de
1980 para aumentar seu usa, adotou recomenda~6es especificasde Whyte,
como a redu~ao de barreiras visuais I.' 0 aumento de acessos II pra~a.
Em 1999, todas as 320 pra,as de uso publico criadas rm Nova Y
ork
em Iroca do aumenlo da area construida foram reavaliadas de acordo
com qualidades fisicas, amenidades oigidas I.' padrOrs dr opcra,ilo. A
compila,ao dos projetos constituiu urn banco de dados disponibilizado
para a popula~3o, I.' a avalia,3o resullou no livro Pr;vatdy Ownt'd Pu-
blic Space: the Nrw York Experience.Apesquisa revelou que a legisla-
,lIOmais rigorosa adotada a partirde 1975 permitira criar espa,os mais
usaveis, por~m nao nrcessariamente bem-sucedidos. Para Joseph Rose,
diretor do Departamento de City Plollning de Nova York, ·os espa,os
bem-sucrdidos c:ontribuem positivamente para a vida da cidade e in-
corporam valores de boa implanta,lio, contexto urbano, acessibilidade
publica I.' uso em scu projrto I.' gest;jo~1'
Clare Cooper-Marcus I.' Carolyn Francis avaliaram 0 desempenho de
varios projetos de espa,os de uso publico em cidades da regiao dr Sao
Francisco, classificando-os rm sell' categorias de espa,os livres: plolos
urbanas. pra~as (parques) de vizinhan,a, minipra,as, espa,os livres de
campus,habita,oes para a tercrtra idade,creches e hospitais.lf No caso
" Pro/fel 101 Public S~cn. How 10 T
um Q Pla~ Around: 0 Hondboot for Suertufur PubH~
Spa«J (Noon York: ProjeC1 for Publle SPICes, 2000).
.. krold Kilydf n. The Nt .. YorkCity De~rtmtnt of CitV Planning £t T~c Muni(-ipal Att Soc:itlV01
Ht.. Yo,k, PriYgrf/y Owntd Publk Spo~: Ih~ Ntw York City uPfritn(r (Nova Yo,k: John
Wiley £t Softs. 2000). p. Y11~
.. C'ilrt Coopt,-Mift'US a Ci,o/yfI frafK'lS (orgs.). PtopI~ l'ItKu: Design Guifklinrs fo, Urbort
Open Spo.:u (Ncm York: Wylty. 1991).
das plazas urbanas, foram arrolados oito estudos de ca50 - setr na ~rea
central de Sao Francisco e urn em 8erkeley - qur repre5('ntavamsitua-
,Ors distintas de tamanho, implanta,ao r propriedade. 5em attnlual
as diferen,as entre 0 car<lter pUblico ou privado das pra,as e sua inte-
f3,ao com 0entorno, aanlilise das autoras considrrou apenas a rela,ao
do design "in tern~" com 0 usa em termos de "sucesso· ou "fracasso·,
avatiados pontualmrntr com base rm criterios grnericos..
Carr, Francis, Rivlin e Stone)O defendem 0 projeto do espa,o livrr
publico com enfase na participa,ao do usu<lrio, em urn processo aberto
e demouatico, r proporm como ponto de partida as qualidades "hu-
manas· do ambientr: necessidades, direitos, significados e conexors do
espa,o pUblico. Para rles. 0 direito de uso e urn requisito basico para
que as pessoas usufruam das experifncias desejadas no espat) publico.
Esse direito espacial depende de falores como normas de comporta-
mento e projelo e gerenciamento do lugar. Os autores lembfim ainda
que 0 modelo de projeto ensinado nas !'SColas de arquitetura ~ geral-
mente 0 de processo fechado e exclusivo, que desconsidera qurstors
como manuten,ao e gestao, e 0 envolvimento do usuario ~ descartado
por falta de tempo e recursos. 0 uso do espaO exigr manuten,ao r
ajustes constantes, que raramente sao atrndidos. Essa situa,ao agrava-
-sr porque geralmente quem projeta nao faz a manuten,ao.
Realizada entre 1991I.' 1992,a renova~ao do Bryant Park, a pra~a da
Biblioteca Municipal de Nova York, adotou a rrm~ao de barreiras fisi·
cas e visuais I.' 0 aumento de acessibilidade como crittrios prioritarios
no projeto (figUfiS 3a e 3bJ.
Anova pra,a teve como resultado imediato 0 crescimento do numr-
ro de usuarios, revelando entre eles uma "extraordinaria· diversidade,
segundo os responsaveis pelo projeto. As cadeiras removiveis aumenta·
ram de 1.100, na inaugura,ao, para 2 mil urn ano depois. Em urn dia de
semana de 1993 foi registrada a presen,a de 1.400 pessoas as 12h40 I.'
28. 2 mil as 13h40. Aproporf;~O mfdia d~ mulh~r~ lIisitando 0 local t d~
43,*,. 0 dOOro da dfcada anu:rior. A praf;a lamWm f consid~rada a
S(gunda meca do xadru na ddad~. ~mbora 0 alugud do equlpam~nlo
ali m~o S(ja bastant~ eritieado. Aallaliaf;lIo p6s-ocupaf;lIo realilada
enlre mar-;o e ag05IO de 1993 ronstatou que:
I. A pc::rtt~o da S(guranf;a foi consid~rada a primeira raz~o da
nOlla popularjdad~ do local.
2. 0 mdhoramento no aetsSO lIisual e fisteo foi r~ponsald pdo
aumenlOd~ uso.
3. Aprtst:n<l da ponda,de guardas ~ prssoal da manut~m;1I0 con-
tribuia para 0 aumento da perttP'~o d~ seguranf;a.
Em 1996,a rquipc:: de manuten~1I0 do 8ryant Park eontalla com urn
quadro pc::rman~nte d~ 35 fundonllrios. e 0 C
uSIO opc::racional anual ~ra
de 2 milhOcs de d6larcs. valor eltvado mtsmo para os padro~ nova-
.iorquinos. que ttrtamente seriasuficiente para cobrirdespoilSd~ pro-
itlO e manute:~o de lI'arios tspaf;os publicos da cidade. Como uma
costosa ilha de exctl~nda. ul6pica no resto de Nova Y
ork, 0 8ryant
Park. muitas ~zes refe:rido como modelo de colabora~lIo publico-pri-
lI'ada no projelo e na ma nulen~ao, destaea-st de ouiros espaf;os publi-
cos prlo rdinamento dos detalhes construtill'OS e pdo alto padr30 de
oonS(rva~o e: stguran~a.
Ain tt:rvtn~o f!sica bc:m-suct:dida na praf;a apoiou-st nas rt:comt:n·
da~ dt: analise dt: uso, se:guiu exigtncias de prt:SC'Na~30 hist6rica.
acomodou a nt:Ct:SSidade: de: expan~o da bibliot~ca. c:liminou barreiras
t: facilitou 0 aa:sso, tirando a p(a~a do isolamt:nto t: iniciando a rtCu-
prra~o do convivio t:ntre: as pc:ssoas naque:la art:a. A gestao dt: stu
cspa~ pade:, t:ntre13nto. ace:ntuar a fragmenta~ao social da ddadt: e:
se:rvi( apenas as c:strattgias de valori13~ao imobiliaria e de rdor~o da
im3gt:m de:sc'jallt:1 dt: cidade global.
Para Carr. 0 SUCtsSO da renOll'3,aO do 8ryant Park levanta duas quts-
tOes importantes. A primc:ira rc:ferc-st aos direitos espaciais, considt:-
rando que as novas atill'idades na pra~a poderiam impc:dir usos mais
tranquilos c rts(rvados. A segunda quc:stao diz rr:speito ao controle
sobre0 tspa"o publico, pois a admintStt~o. atribYida II uma entMiadt
pflllada por melo de pareerla com 0 Df:partam~nto de Parquti da tMia-
de, represtnta scmpre uma amu"a fI garantia ~ direitos pltnos do
cldadllo e fI capaeldade do pr6pflo peder publial de cnar soI~iXs de
carMerabrangente.1l
o temer dOl prlllatlla~a{) do npaf;o publico tamtKm gerou Mtas
de Sharon Zukin,sod 61
oga e (Sludi0!>3 das ddad(S. Para ela,·u n lra-
ttgias cullurais que t~m iido escolhidai para r(Yitali13r 0 Bryant Part
carregam em si a implicaC;ao de: controleda divt:rsidade.OK) rnt:§tn() tempo
qu~ recriam uma vi~o de cillilidade consumista~H
Embora e5S1:ncial para rtalimentar0 prOttSSO do projc:to. a avali~
pOi-ocupac;lIo nllo dell'e ser confundida com (Ste, pais nde csUo en.
volvidas mulliplas ~alas d~ interven~o e ~Itm criativoi. No projcto.
f impr(S('indi~1 reconhe.ee.r II t:.ipCtific:idade e a dinllmia do np~
livre em r~la"ao ao e:ntorno e aos prOCt:S5OS naturais e: b dife.re.~ de
gene:ro, de idad~ e: habilos da populaf;30 no uw do tempo IMe e: do
tspa~o publico. Aprofu~o de. e.spa~os publiros DO semipCIblicos para 0
dese.nllolvimento de atividadts re.creativas, e.nfatizada par Carr. rMla
sobretudo a falta de vida publica espontilfle.a na coltura americana.
Comparativamente, 0 cotidiano em sao Paulo. aptSar da pouca 't'iIrie.-
dade de t:spa~os publicos. t repltto de. vida publica nas t:iquinas. nas
ruas, nas fe.iras lillrts stmanais e nas ftstas papolarr:s e re.ligiosas.
De.ve-S( reconhe.ctr, r:spe.c:ialme.nte, que: prac;as na c:ultura latina.ao
contrario do que. ocorre nas cidades ame.ricanas.. nao 5lo areas e.xdusi-
vas de. re.crea~lIo. Elas ~o e.spa~ publicos articulados ao tccido urba-
no, dc:se.mpe.nhando a fun~ao de ordena~ urbana. e uma cstrattgia
de projeto bastada some.nte nas nt:Ct:SSidadts do usuario torre. pt:rigo.
por ignorar a re.la~ao dos t:Spa~ rom a vizinhan~. a cidade. e a socie-
dade como urn todo.
.. IbId~ p. 148.
• 5/lart)l'l wk.n, llpud KrlIOl' ff1l9oII Jr~ C'tftlnal du dr em S60 ANIo. IJ¥f6non. ~"" f .-
gtXio(~ j I0Il IMlnIpooIf!Slll hulo CIw1e~ 2OOOl.,. n .
29. Piazza, plaza, place, square
PIAZZA DEL CAMPO
. SIE
NA (SECULO XIV)
APiazza del Campo deSic:na, rttOnfigurada por 001;10 eta wo1tu·
~:lo do Palazzo Pubblico (prtfeitura) no finil1 do sm..10 lQlI, I: iI prap
emblemMiCii dOl passagemdaldade Mtdiil pilra 0 Renasci~to. PClio-
do marcado peto fortal«imento do ptxkr civil,separado d4I ~I't)a. pdo
r~urgimento do com~rcio e ~liI prtOCU~O com a bcku do ......•
bienle conSlruldo.
Sienaeraurna cidademurada, com t:diflCa~ ilg~C' Yarios
pr«ioSQS. que incluiam ruas, jardins e piltios abrigados de o'hara 01-
lernos, ill~m de pomarts e jardins dos mosteiros e ~ If.gura 4}.
fora de sc:us muros havia :irtas rtSC:Mdas para rottivos.pgoscw-p·
ti~ Como na maioria das cidadts do tim do pt.iodo mediNa!, 05
dois crntros de Siena tram iI cattdral, com SIn ~ ou poM$. ,(pre-
sentando 0 potter institucional, e iI p~iI-~ urn local ck: bOCm,
servi~ e iltividad~ soc;.;;s. Havia ilinda urn mc:lcado junto iI uma lias
portasdOl ddade e pequenasvt:ndasopalhadirs pdos ,.allOSal. gtdos
dt ctrtas vias, na rrtntt dt ofteinas.
Estrategicamtnte localizada no centro gcomttrico da arta pmoact.
t na conflu~ncia de ruas que tram prolongarMfltos etas t~ prinap.ii
•
30. •
~II ~
Figura • . Sitll': planta get.' (sttulo XIV?).
r- P'U'b•.1.1 c.o. '"
r- Pu..*- 4<1 I"1v1ooJO
N
+
S,cn.: C'I~( muracll. VlllOl lnd.n.m noD. Pf~s. )ardins, poma.n (~tios dos mon(;'1n C
6c particu~rcs.. For. dol mu'~ havi. j'CH ~rvadas ~ra rultivos. jogos c compct~
Pi,u. del c.mpo· ttnu.I, mcrudo c '11911 ck cnconl'os, n. jU"~J.o de run prlncipais. Hay;.
"nda IMrCldol jl/nla Nt pOrtoo d. clCbdc c ~1~ ~ .l,fgamcntos de ';n.
Obwrnr U Irk pf~:n c~tu i$: PI,U. del Campo, I civa. 110 «nto:a fchg iO.il ~ csquCfda
c 0 lMn:.do .1r.h cIo I'II'flOPubbhco.
vias de (l<'<:S50 ~ cldatJe, a Piaa3 del Campo ocupav3 0 silJQ de Llm
3nll(.lo r6rurn romano e era 0 principal mc:rcado medi~al dt: SIena (n.
gura 51
.Com(~ou a ganhar sua forma alual em 1293, quando 0corn(-
tho da cidade decldlu forma. uma grande pioua cillC3 t: foi adquirlndo
as Itrras emvolta. Entre 1288 t 1309, construiU
-5( 0 Palazzo Pubblko
•
...oltado para a piazza,e as atividadc:s do mercado p~ram a n:ahzar_
-S( atr!ls dOl nova edifica,,~o. Com Mo, Siena Ct)ntou dose momt.nlo
em dianle com Irk praViS centfa~ proximas:a feligiosa Piazza del 0tJ-
omo, de desenho regular eortogonal; a civica e ttntral Piana dd Cam-
po, um poligono em forma de leque;e a Piazza del MerC<lto, um opa~
aberto trapezoidal.
Adaptada 1I topografia e 010 giro de carr~s e com!lreas dc:stlnadas
a carga e descarga de men::adorias, a aparentemente confusa fede de
caminhos e ruas produzia grande variedade de largos e pf3<lS. Segundo
Mumford, "as ruas sinuosas dOl Siena medieval respcitilvam os conlor-
nos, tendo, porem, a intervalos, inlersef>es, para abrir um panorama,
com a inclusao de lan~os de degraus que St':rviam de atalhos para os
pedestres"'. Aarquitetura era minima, e a rua funcionava como aten-
sao dOl casa, da oficina, do Mercado e dOl prac;a. a contatodireto e per-
manentedecasas ou oficinas com 0 publico ecom 0esp3t;O publico fez
com que se desenvolvesse na rua urn novo tipo de comunidade, rom
regras de conduta que t'Stabeleciam desde 0 gabilrito das construc;6ts e
o desenho das fachadas att: solu~oo para qut'St60 rdtrentes a ,mpas-
tos. saude t seguranc;a.
Concluida sua pavimentar,;ao com tijolos em 1349,a Piazza del Cam-
pa tinha propor~Oes amplas nao apenas para poder induir 0 mercado,
mas tambem para abrigar reuniiles e ~rimonias publicas (figura 6). A
pra~a tinha forma de um trap(:zio de cantos arrtdondadose media apro-
ximadamente 85 m e 150 m nas bases e 100 m na altura. ateueflO,
suavernente inclinado, lransforrnava a prac;a em urn grande anfittatro.
~" ",~",rord, A "dod< no IlistdrlO _, GI1f<"'" rlDflifOla,oo;6u ,,..'111 ,_ 1'. '1
[St.o "'ulo/8f1)irlll Ma.lonl fonl.,jUn8, 19(12l Po 4sa.
31. ii .... ~
F"IgUII S. l"iuu dod Campo: i",p',nl~Jo.
IM/.'''(Ioo * lon".an • ~'9-, Od 1Nomo, i nq....:II!. com ~~110 .~ullf c OI'i~l. I CMc:I.
0.-: c....po. 110 rr~'ro, ull'l JIOI'9O'IO ,,~gu~. "" form. de Irq"" .IH" ' O; C0 trlt.C'I(Io. Dol Mertllo. 'I,h da
Gel C''''POI
I'Ilfu:o I'I;ll l..o I ....cfNlIra era I iIOI'IlO 1«,1 ell fJl'lLiO, "'lfcHo pci.,OI"C C pcla rorJ..,.gfnci. do
4ew~hodo,....
V~ * CO<W~ {f,,111101 1bt1l....s t '1I<~n(nIOJ q.... IO!.C 'Ju$llfttrl i 101l09I,;:11•• ~11ih'lm em
u.... , .........Md_tIc 1a>'JOl f ....1('H.
Ottwm. 101'_ 'OI'9f"O~~lf' .~Id"" local t is''fct~ldldn. dcscnY!)I.....Slo Iofl9Odo icmpo.
C0 (O.otr~t e"1n 0 COMtIlIo4O e M ~ _tiM YlInldo!-
•
+
;.~.;.....~.:.....~
..
;,-
FIgura 6. PI.u. cltl Campo: II~t
Ak'm do JccNn(nto "qU'ltl6roeo. d....,-w aIM...... I "'~I<4IOt 0. 1((',,"'
p.ouo. ItO lodo. sio Q!lU, t>~o l.Ob ••rqu"clufl e W'lo' ctu Ibr<toa ~
HI,••,M, qUI!'c l""hlV'Ol~ Sillt"" h,e,'rqu'll6G 0. ...., IICn""fln", PI'I """,1M
t m~l!lpI" Y1tllllNin po:dnlrn.
I'IlIuo Pubbhm 110 lido wl.I'ft"._nle 1Ir.,or.do PI'" _'---w I ~ f
i 10p0g..Ii. 1000.t/t'lmPlnJ.1O tic 8fi "'!If .ilu'" f 1I....m1 mt'ffltll':II! ....~.
d. cid.df.
II Plv'lI'Icnllo(lo tic "joIo. Implt"'CnlldillO lokulo XlV. t Iff!! ..._ _ _' - '
1I1"' '''CnI~ "'<1,"160 aMIIC! ~m UIII , ..!'Ilk M,':)na 0 fIi'3O. *',,,,1Ido,of Mit-
tHo h~man'n I nol•• d~c(1ON 0 01..... (OftJfuz. 4~"li:1I ~rf.....1 ""
bI""~ OI'g.n".III 0 u"qc: tic ""o(lIlot, ~'~I" 0 dCWtlIct do .PdO'"....Io(lI•••
nk 0 d. 'ul
•
32. Figura 1. Piana dtl Campo: vista.
Unidadr film <lMl'1idadt :gaMrilo dt allura, ~n~las Y3riidn. usa do terreo, stm i mposi~~o tk
ilinhim~nlos gtomt~ A irquil~luri d~limiu 0 ~it;'O. Fa(hidi voltidi para iii pra~i,
~mpre ensorarllda dtvido i orienli~Jo none-wI.
Fontt Gaia: um dos ponlos dt ronllCrglncia ni borda superior <la prll~a.
Os iilCfiSOS sob iii arquilttura iilumrnUm iii dr3maticidadc do conlrastc rlaro·CS(Uro, cstrcilO-
-ibeno, priviildo-J)libliro c iilt~ mtsmo do simbOliro infcrno-paral'lO.
No lade de banta da piazza, 0 Palazzo Pubblico. de tijolos e Ptdla~
tinha 0 formato lige;ramenle flexionado para adaptal-5t 11 prac;a e 11
opografia. Nas latera;s, construt;bes pralic:amentt continuas dt cinco
pavlmentos definiam 0 espac;o. No centro, um grande piso de tijolosem
forma de leque aberto ddinia uma ·prac;a- dentro da piaZZa. Unhas
radiais de pe:dras. cOmet;ando defronte aa Palazzo Pubblico, dividiam 0
grande piso em nove segmentos, simbolizando 0 Consdha dos Nove. iii
oligarquia de mercadores e lideres dos nove distritos diil cidade. Uma
s~rie de balizas de pedra demarcava 0 centro da pra~ e reforc;ava a
delimitac;30 do piso de tijolo. Ponto focal da piozza, aTorre della Man-
gia, urn campamirio de 86 mde altura do Palazzo Pubblico, fai erguida
entre 1338 e 1349. tendo sido acresct'ntada. em 1352. uma caPtia ao
conjunto. Na parte superior da pra~a, a Fonte Gaia. esculpida por J01co-
po della Ouercia. atualmente exposta no museuda cidade. foi instalada
em 1419, e sua r~plica, em 1868.
Havia onze acessos 11 pra~a: cinco camuflados pelos pr~dios escis a
Ctu aberto. As aberturas entre as edificaoes eram estreitas e nao
interferiam na sensa,3o de fechamento espacial proporcianada pela
arquitetura. A passagem dos caminhos para a prat;a. ~pecialmente
sob as edifica~oes. aumentava 0 contraste entre os ~paOS congesti-
onados das ruas e casas e a amplidao eclaridade da pra~a. Asconstru-
~oes, mesmo sem um alinhamento geometrico comum nem fachadas
uniformes. demonstravam uma grande unidade visual. bascada em
alturas pr6ximas e janelas variadas. porem de tamanhos e posi~6es
compativeis (figura 7).
A conspicua integrat;ao entre a arquite:tura. a forma da pra,a e a
ronfigura~ao do chao na Piazza del Campo eressaltada por Hedman e
Jaszewski:
Acurva envolvente do muro em aclive e a vasilha rasa esculpida no
chao sao as fontes principais da poderosa defini~o espacial desta
prat;a. t uma dtmonstrat;30 marcante de como a forma da pra~01 t a
33. configura~o do ch~o podcm ampha, a ',mfl~d~ ('apaCfd~dr dclm,do.
r3 ~a(,al d3~ ed,fka~Ocs. '
A Piazza del Campo refletia, nas cldades da Idadt: M~dla, a "belcza
arlislica urbana" e 0 "orgulho urbano sonhado por seus hab'tant~':l
Ess.a preocupac;~o, que hoje chamamos ~tttlca, foi reglslrada por dl-
versos autores, entre eles. Mumford: "(...1quando 0 pao municipal de
Siena foi construido, no seculo XIV, 0 governo mUnicipal ordenou que
os novos edificios Icvantados na Piazza del Campo livt:sscm janelas do
mesmo tipo':' Ou, como refelido por Newton: "[...J desde 1262, hav;a
registros de Ieglslac;1io regufamenlando a altura e 0 canHer das cons-
truOe:s novas de frenle para a praa':~ Etambtm xlha low: "[...J por
volta de 1346 houve uma mudanc;a de atitude em relaao aimport.fln-
cia arquitet6nica dOl praC;a, com a construao da famo~ piaua de Sie"
na, que foi projetada como urn espac;o publico por motivos puramente
est(ticos ou rtlacionados ao prestigio",'
A orienta30 norte-sui da Piazza del Campo mantinha as casas en-
solaradas e possibilitava que a torre projetassc sombra ao longo do dia,
como 0 ponteiro de urn enorme relogio solar. A drenagem superficial
do grande piso de tijolos acompanhava a deciividade do terreno, st-
guindo a djr~3o das faixasdaras de pedra atr: uma elaborada "boca de
lobo- (figuras 801 e 8bl.
Duas vezes por ano, em 2 de julhO e '6 de agosto, a Piazza del Cam-
po r: tomada pelo festival Palio, evento competitivo com origem na
Idade Mr:dia realizado inintwuptamente desde 1656.0 ponto alto do
Pafio sao as corridas a cavalo ao redor dOl praa, precedidas do colorido
• R.oc:lq'd tkdnllln f:I Andmw J...uwW. FundfJ_flllIl~ IIf Urba" OtII9" IW3!h"'9ton. D.C., Imt.-
Ion PI,nning ~ahon. 19114), p. H. lmlu~1o lnIOfm.l.
• JXljiH!S Ie Goff, I'r:N omot ItJ r:ido«J (Sio hula: UI>C$9, 1998).
• Ltwtt. Mumford. A odoth IWI/tmllno; IUIIJ 0f9I!"s. rl'll"JforlllO(6tJ r prf)lJ«fMlJ, (It, p. 338-
• NonNn T. Hc-wtDn. Dn.Ig" otf I~ u,ttd the- Or.Irlopmfflt of U,IKIKfI/W Atthil«tulf ICam-
-
-
•
bt~ Bdwp, 1911L p. 138. Figuras 8a e 8b. Pia~ del Campo: naturCll.
• Sc1N hi. tow. On ,~ PIo~ the- PoIiro ofI'tIbNr5po« ottd CU/fulf (A0t.f" TM UnoYCl)lty of
TCUli f'~ 20001, Po H Al.i(Ufrla, III Pinza del Campo, m.1U I) ntmo do do. ~ manttm I ~ "Iora-,
•
34. lho. Alun ~Im'tldi (MUnida pot ..~u1!~tu~ • nlU.
Forma "'old", pe-Io [(..(110 • pe-Ia "qu,t.lura. Onn
~. "'UIII('01 th.. os muU,d"ttlOo'.".
!MI..1"iono OdllllIlMI. K'" ckfin~1cI <:$opf(i.I, ~ .pe-nu um poHgono 1nc:ljllJdo nil fo'''', lit
"lf1I~ .~"o- OU .ondII.
'"
tit's!,Ie: (k bandt',rascalfcyadas !)Cla. repr~ntantcs dO'S dUts'ICte con-
Irndo, us d'stntos de Siena, vt:SI'dos com trajes med'cYai!.. N~ d,~
as janrias dos ed,lic'os!la pra~a ~o enfe'4das com band.lras dO'S dis-
In05, e as mulidO
es aylomeram-sc no centro da pi(U I U.
As balizas dt pedra ao redor do centro da piaua criavam, pa~ltlii ~
ar(luitctura. umll segunda borda da pra~a, doblando assim stu ptrlm._
tro visiv.1 e us;jvel. Alias e marcantes, as ballzas s.eMam de pontO'S dt
referencia e encostos para pc:rman~ncia. A Plana del Dmpo cones-
pondia ao modele pre.ferido dOl pra~a jtaliana: urn centro social e um
espa~o aberio integrado ao lecido urbano, -Iocalizada ccntralmente,
entre edificios publicos e na eonfue:neia de ruas.. Pessoas visitam-na
com prop6sitos espeeificos e, de algum modo, s.em nenhum prop6sito
especifico"
" Todas as noites, ap6s 0 jantar, entre oilO e del ho~~, a
eidade vinha espontaneamente participar da poS~giofo, 0 passeio na
prat;a.
A Piazza del Campo t urn amalgama de fun¢es sociais e formas
fisieas alribuidas par topografia,sistema de ruas e taminhos e arquite-
tura, em que a delimitat;ao e a definit;ao .spacial se fund~ (figuras9a,
9b e gel. 0 chao diftrenciado, apesar de suas qualidades Inmnsecas
como material. asStnlamtnto, declividade suave, forma de leque abl.':r-
to ou manto da Virgem, detalhts de drenagem e simbolismo do nove,
nao constituia um dtsenho aut6nomo que se sustentasse como "pra~·.
A ideia da pra~a, entrelanto, como um plano indinado convergindo
para 0 edificio publico prOp3gar-se-ia como urn des arqurtipos mais
admirados de pra~a civica e r imitada air hoje.
ACity Hall Plaza de Boston (figura 10J e 0 Centro Georges Pompidou
de Paris (figura 111!Jio dois exemplos de projetos insplrados na Piazza
del Campo, parrm com ~Itados b(m dive:~ Stgundo Carr. a City
Hall Plaza de Boston r "gigantesca, vazia e sem vitalidade", e 0 Centro
J IIklno'; KoIIo. 'Ihr PlUJ InIlal;'" CulIU~', ~'" I'h,.:n.t, ". I&. '1'Iazas of 5ou1htnl ~.
1l6ctulO P,O(t1I NrlIKllltt. 1_P. s..
35. Gwrgf'S Polllpidou d(' P:lns, ·UIlli) tntrdda 9r,lIldlO5a p;lr.'l 0 mustu t'
ollla ar('na p3r:a atividadt'S pubhcas vanad:as·,' Em Boston, as illeias
emprt'stadas dt' Sitna me-Io!;nn II prn'la ~U"V(,II1t'l1tt' IIlclil1nda, 0 edlfl-
do da prd('iluf3 romo foro principal na partr baixa t :I pavimtnt:u;ao
de tiJoras rom de-t-alht'S rontrastant('S dr pC'dro, 0 prOj('to, elaborado
dt'ntm do tspinto mode-mo de- arquitrtura t urbaniSIllO, rom rttOllltn-
da~ bast-adas ('01 SC'p3~ de- fun~ (' grande'S ~{3Ill('ntas ('ntll'
as ~ifjca~ foi rsroIhido (Ill UIll C'On('ufSO narional fe-alizado till
1961, ~ncido pC'los arqultt'los Kallmann, MdCinn('1I (' Knowles, t:l obra
fOl ronduida ('m 1968, Para formaf 0 novo GOvtrnm('nt Cent('r, as cons-
lru¢n histori<'as ('xlste-ntt'S foram demolidas. os quarteiroes mais que
dobrar.lm d~ tamanho (', das 22 roas. sobraram apC'nas stis. A pr.l~a
I5Ultant(' formava uma sint' d~ gr.lndes tSpa!;OS abertos. stm dt'fini-
,~o (' nrrondados pot n:lificios ('xdusivam('ntt adminrstrativos dos go-
~mos fC'deral. otadual (' municipal.
HC"drTlCln t' Jasztwski mostram qu~ no l"Sp3~ liv!l' do City Hall cabem
dUBS v.=zo as pr.1,as Otr Campo dt: Sie'na t: ~o Marcos de' Ve'ne'za juntas.
Al~m disso, "mesmo a forma robusla do City Hall nao e'ra suficie'nte para
a vasncDo do t'Sp~••' ronstante'lT('nte' varrido pC'lo wnlo. WC'bb consi-
ckra 0 gigantismo do City Hall ·uma dOC'n3 contagiosa':l0 Carr t{ ol~ ao
rom~r.lr f5Sa ~ rom 0 Ce'nt!l' Gt:orgl"S Pompidou, apontam a a~n
CIa ck' ronlt:J(to para 0 usa, criado pda combinafi3o dl! ttntralidade' do
logar. rtdt d~ cammhos d~ pn!C'stm, t:ntorno divtrsificado e' atra~ao
tr.lzida pt:la arquit~tura. Jtnstn acrt:sCtnta, como dado proble'matico. 0
tato' cultural am~ricano clC' ronduzir rtla¢es sociars de' modo mars re'-
~ pois ·0 passt'1O noturno, a possrggioto - uma o.pC'ritncia ('S-
stfIciaJ~te' romunilOiria ~ stnsorial-, n~o ~ part~ de' nossas vidas,:l1
• Supkz •• carrtrat.l'IIOIIcS; ._t'rt.pp.1I2·nl.
• Aotiw. lie••, & I<dIc.... 1t.14 ",,~ ¥1!1DfJ oIlkt1011 On.yn. tit.. po 1]
• Uooct I IVott I:ro 1Jw:' 01)- SIIIo £ I • HtsIGKoI hoIul.:Ifl(NcM YOf Wl'titrq< utnoy 0' 0Hign.
11ICIl .. 112.
.. 'I it.k LIi, "Dot! .. IIfllftlololll'lln', .. 1Q IJo¥b ""-1 UrtoNtOpm~flt.. Po S3
Figura 10. City HIli Pilla de Bostol.
"'"1'10 ~ ~o t lrod.""', mn ~m tiara df:fi~o "1'7 Nllu.tomo N:o Oo'ftfS!fioc. ~)
Poo df: ••JOIo attnlUlndo. eoltlll~ (~.. 110 td,<;oo., RtbO:ci.ft,.. 'tIoik .....
•
36. •
Figllrl 11, C~tro Georges Pbm.pidoll de PJris.
o ('('ntw OruuJr Pumpldou, 01,1 k;wbol,llg, prOjC'to dC' RC'nlo PII_
nu r R,l!IJrd Rogrf IOnrluldo tm 1976, fila locahzado no ttnlro
hlIO'iCO d~' P;!m, prblumo all Marais C' Ln Hann. 0 8(';l,Ioourg, mil_
'tC'U dedlcado Aar(r modcrna, Itm aparl:OCta Industflal, com 011,11,1.
las mC'lailc;!) C' lubulafiOn colofldas CXpQSta t uma proyou~aO all
C'nlorno. Dcupando metadc da a,u do quarlelfto, IC"CUado da rua. 0
ccnlro conla com urn grande rspafio livrc, defin.do ptk) museu e!lf·
las C'dlficafiOn 010 ,C'dO
l, os I,adlciona~ blocos par~C:MH de V:I a
OltO paYlmc:ntos. A noya prafia, em d«i1W atl: a c:ntrada do mUV:II,
funClona nlio apC'nas como urn grandloso ~tibulo da arqUlletura,
mas tambl:m como C'spa~ para (:)(poslI;6o Cpcrformoncn. It. pM-
mcnta~lio. de concIC'to simplts, rrsultou c:m urn anfrtt:atro. pa,1ro lit
c"cnlOS csponUncos que alrac:m boa audKrlCla. Para Carr, 0 Btau-
bourg l: uma combina~lio dC' mC'rcado e .1Ii:na de: (lICO, ofcltttncio
urn contraste interessantc entrc a fachada high-ttch do Centro Porn·
pidou c as exibifiOC's de saltimbancos na pra~. 0 Bc:aubourg 'ttl'la II
atmosfera C' a vitalidade da Piazza dC'1 Campo..6Jtm do contC'xto fhoI-
co favor~vcl ao USD, Carr atribui 0 SUctSSO do Bc:aubourg aD gcrcn-
c:iamC'nto fiC')(jvC'1 e, cspcc:ialmC'ntc, a ·uma rultura dt rua dt pcs.soas
que vendem S(us objC'tos 01,1 s(us talC'ntos·.'I
PIAZZA DUCALE, VIGEVANO (1 492-1498)
VigC'Vano C'la uma tipica aglomcr3~jo umana mo:Il(Yal formada ao
IC'dor do Castelo Sfoncsco, para onde C'OOYtI'9Lam vinas cstnKias C' ca-
minhos da f'r9iao da Lombardia. Projtt3da sob as onxns !if: luckM<.'o
Sforza, 0 Mouro, com a finalidack: de SC':r um grande wstibulo para 0
castelo, a Piazza Ducalc foi c:onstruida de: 1492 a 1498 pdo arqultC'lO
Ambrogio di Curtis. com a cola~ !if: Bramantt: t ltonardo eta
Vinci (figur.! 12).
PI.... "",1111'1>« ; '*t "' dtc:Im. w",. pda .rqv'te1urJ do mlMU r do rnLOfno dlYtfllfln·
6o.1.oc101 doe t . J .6(:1. ~"tos JI'IfbIICOt t par",'mGncn.llc1trtnc:.n lurIC_'s dr Slc~. " Strp/lfn c:.rl d oI.1I.w..: If [to fit. ... Ill.
37. '" noon ptaUfJ, um rc:1~ngulo dt' 'prwL,mMl;lmcnt~ 40 m po!' 124 m
Y.lbfCpc»IO i INrtII UlbaN ~~l. ~ II OCUp,lr 0 local do m~r
cado t lit oflt'lMl. Vanas ~,r~ fonm dtmollda~ palll dal lugar a
um gllndc ...p~ Ibt-no «:. um ron/unto d~ prtdlOS ck mama allulI
~ fKhadtH mortk~ '" Irqu'lelulI unlformt, dt ttb pavimtnlos
trgu_ ~ aroda) cont,nuH, c.rwnSCf("lia tth lad~ do trttingu-
10: notlt. wi t OOlt, t 0 !nIt (lido mrn(lr) cIa atraveu;ldo pot uma
WI. Ncnc lido, 0 LNomo. I igrfJa prmclpal. romplttaYa 0 fechamento
alqu'tet6n1CO da pra(I. Qnro ~ eXl~tcntn no corp!) pnnclpat da
pt~ flQRm dliSo!mul~ ria a((ada, t, pillI relon;ata defin~o t'Spa-
aaI dol "..,tm , 0 KtiW do lado da '!Ire/a fOl ClIdadmamcnlt fedulldo
e ramufado pda f1ilf~ do outro lado tfl9ura 13).
A tOl'IN rttangular da pr~ e ~ chAo nrvclado enfallzavam 0 pll-
no hOfllOl'1tal c os dtlUK ccnogriflOO5 da prerspttliva. No txtfcmo 10-
tt, 0 Ouomo OCIpilYa um ponto focal, r, a oeste, a lorre do cando
tatnbbn fa~ CO!'M:tg" 0 olhar parI I~. R~ltado par !inhas aXla,s
IongltlJd.nal5 no (tnt/o, 0 d~nho do piso, al~m dt tdorr;ar as hnhas
'MUllS da ~a, organll;Jla a dtenagcmw!l(rficial, coma instr-
~ de Umil KrIC« ~Utnas grelhas colcloras de ~gua (figura HI.
!(atD rcssalta 0 'aw de que, rom ~ das P'lIVIs de ddadc:s no-
ns. tt6na t gcomelliCilmenlt iduliz;1das, a 'nova,,~ renascentist.1
da pt~ tMdotYal tra fundamentalmente espadal,isto~, nAG atendia a
necrwdacks fUnclOflal) txplk'tas. Fkmodda~ como II da Piazza
Ducak nAo ~lim II mte~ de v:.pressaro poIItt 0tJ reatruturar toda
I acbdc, c Slm « propagar a tsthll:a do !l(nsamento humanist:! em
11901 As InltM~1'xs striam sobreludo rdotmas artistias pontua,s
,mpmtnao ~o tXlncntc como !l(quenas incislt:.<., cujo impacto foi
gradualmefltC absortldo pdo tetido urbano Iliguras 1501 e ISbJ.
Imcl!oidas com a mc:lh01Ili da 3lQUllduf3, as mtSfl1as preocup;I"OH
nl~ltcoH c as ftgtas do ·bom dcscnho· arquitetlinico, lc:lando pcla pro-
por~kI e pc:n;p«ItVa, ~f1m a SCr rigofmamentc aplicada~ na rrmo-
drla(to das pf~ (las ~flam ttdncnhadas nAo apcna~ como exten-
,
N
+
• -,. ~
•
Fill"''' 12. Pillu DuCilf. Vler/lno: lot' hl~.
A PillU Dufak. PfGIdIdl JIll' t1 0 -.nlibulo hN"'" to CaiI... SlDUt lm, f _ ,t'tk I ".
rc9~'''1o/:IIM'.""O ~ l1li1... ~tbllII -.I•....t '-I ~ _ "'''' ' I t (Uh __ ..
oI.d(:
ObwI'Ylf 'ode", "'" • tMlIJ'IhDt, (~••t""" pi'" • ,.or...
•
38. •
figllr~ 13. PlaID !Ne.le, Vigc'l.no: I,yout.
Um rrtJ"9~1D de .,..tmt'Mdamcnl. 40 III pM 120 III. N",,,toMa un,/onnt !oObtc "~H ton-
llllUM f'" vb IIcIo!o N pr~. U.... rua .lIWiY "III 1I0Io IJcIos {inltl. 0 0wm06dl~ 0 ~
~I. d. "'~,
Olio "ovdMo ~ lie PIW •.oal. "mtttlco tom d'tn.9Cm n"....n~ tnllt n I.ms. 0
I~-".CI .",",1.,6111(0 l ..for~ p(1. form. ..langul., Ib pH111~. "",I. uII,IOfmidack
d'."'lic~60.
I)bKrYaI onco "'" dle9'm • ~ no (Ofpo ",I/Kl~ .,. "HulG.UIIII .... '1'001.11 pt~
no 1160 161•••• lui toO IfCIo do ~ I nmufl.O. prl. fd,fk~ao ~r. "",llttl' utn. dll
tI1t1adn d.!f't/&
-
Figura 14. Piau. ~I., Vigcv.no: ",hu.
A 101ft 110 t1i1.lo .IVb d. fldlad. un,formt cia (>IIUIO: 1'0"111 foal. o;antRSlt UIII gratoO<
VIG «n09.iflal, OI::!I!tte ck dr.n.....ntn:: IS 110...., do d<:!.cfIho <joe 11M.
39. oqn'
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IS. JIIawo 0. lac 4C Y" ~O"."."••sooaI.~_Kft
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1S11. ~ *' ~po '",(~'l~~~l ((("fa -.aI COllI Oftl( Kn-. ...,~
1IId ....", ok ... ~ t lie'" "!N pe" "","'It""'_RI{~o. "''''tJaJl«JOft.'1o
fer. "' ("...... dOc",DI. d! 101otIfO do I""'po.
Rgum IS! t IstL Compaf~ ; ,",UU Duc,Ie t Piaw cltl Campo.
~ Or.oit ( "W,r, ok' c...po iJo ,'I$JOq:H.
o1u dJ ;lUIIlIH'Wf;l. ,,,.., 'hrrlof) um....,q,l"1",,..... K;oIO IU<Y'(' qU(' nv
Pl(Ktw.I W'I" dI"NJffU""dtJ ·r">JI<t(,,,I""~J dr) "d,'o(;oo-, I'l0l0 t. 0 ~O.
rm vrl lit urna (un~:w d,Io"1'1;o r .,tJI"l!"';,im,"''' ,,'rndtlii. f'. ill ptf'O-
Clpa~;'Io trntlal, r a Ifllt~:t(j 6t f!)(Iill,..,.! iI ,l'1""y'" cIfo 10"1 f'<M.clO
eql.llvalrrla Adt halmom/a, v n.p~o lIa prif:f (')<''l 0 ('oj I~ 101 r", """
volt. -I
lamas ('IU~ ra a ydr!a da pra~ rl'n;r.,("rnlos'" (~..mo I"~I>O,. np7~O
tmbtkzado t (I(mtnto tw:'tlClai do ·~J'lho U~I'I(J r (t" ... q... ·~u ·
la", mas destaca ~u asp«to politiCO. Poll. C'It. as P'OUOfro·~t ," la!o
rdlC'liam a domina..-ao rxrrtlda ~10 s.gnor/~ a comuna. 1'I.iI" fn.-
lando vonladr pol1tlCll (' prestiglO."
PlAZA MAYOR, MAORI 1'6'7-'620)
A Plaza Mayor dt Madn. ocupando urn trrn:no ol'dc: K rn ZOiIIoIlIi""
frlras mrdlrvais, corn~u a st:r construida §Ob a d,~ do a~u InC)
Juan Hrrrrra, no rrmado dr filiI'( II, rrn 1581, r ronctuoda pdo arql.O Ir·
10 Juan G6rntz dt Mora,J~ no rrU'lado dt Fihpe 111, ~ 1619
Na convt:fgf:ncia dr ruas r rotas prOlOrnas a Puma ck, Sol, U"la ~
rnlradas dr Madri, a Plaza Mayor tra conhttJda dcsdr 15.20 walO PIa·
zutla dtl Arrabal. local popular dt ~rcados.. povsadas r I5taiag(."S
(figul'3 16). Gl'3~sa conttSs0t5 rtali, a mm:ado fut'lOOl'lJ'Va ~YrZtS
par srmana r tl'3 frrqut'ntado par moradoro «b odadt:, Em 1>30. 0
lugar ja com~ava a srr idrntlflCildo como Plan M~. r. tn'I 15.32.
crlrbravam·$t ali corridasdr touros. Por fOliar msso. h~ ~es no
local.
Embora lrnha sido oooIhlda para captal tm 1561. a transfo6..... cia
cortt dt Valladolid para Madn ~ 5OI1I(I,It' VII'Ilt anosdcpub.l'cwJbe
ao rci Fihpt III acria~ da nova lmagtm cia Mack. II'«' 13 com aIXII'lStn.t-
~ da Plaza Mayor. pc:lf sua va Inspirada nil Plaza Mayor Or V<rna......,.Id, a
,n 101" !(lID, "T1v I'tul '" ~,~ CIfI'I......,N .. 'Io-' l
" Jos,f M u.....", Mot'c lr, 1 ... , • ~ ...~"' ... I I: a_ 0(-.'_«.''"--'I....
NI~IOI"'*~'op("~I"'fTti 'I', .L ,,..,, lJl
•
40. pl'lmeira ,>lum gtOfotlrica regularesimbolo da auloridade real. cofl5truida
em 1561 .1'01 acolhella dos frutos que r~ltaram do governo precedcnte:
o reinado de fili,)C II (1556-1598) ('OrttSpOndeu ao periotlo de maior Cl-
pansao do Imptrio ~anhol. quando vittjOU 0 C?mtrclo maritima e con-
solidaram-se as coloniza~Oes nas Americas e na Asia.
APlaza Mayor era um cspaf;O aberto rctangular e plano de aproxi-
madamentc 120 m por 150 m, delimitado e dd inido por uma arquite-
tura uniforme de cinco pavjmentos e sobreposto a um -Iabirinto· me-
dieval de ruas lortuosase quadras compactas (figura 17J. Aimplanta~~o
da Plaza Mayor trouxe uma clara disti n~i1o em relat;ao ao resto do ted-
do urbano. fazendo lembrar a Piazza Oucale de Vigevano e algumas
prat;as francesas da mesma epoca, como a Place des Vosges. Nela nilo
havia, porem, 0 carater de reclusao das outras, por causa do grande
numero de ruas (nove) que chegavam diretamente a plaza.Aconver-
gi:ncia de ruas e a au~nda da igreja S(riam sinais do uso original defi-
nida pela prescn~a do mercado, como na Piazza del Campo de Siena.
•
••
:..=
.
:.....~:..~..;.
iOO .... Com exce~i1o dns palacios reais. que sobressaiam da fachada unica e
A ~.. PlWI Mrforck MH rI. CMslfllld, 110 wrtno de ftirn mcdin lis. fo,. 60s mu,os da
c' j Ift..;U"to I U
IIII ~ tnlnodH, PutfU dt l Sol. Loaol dt mtrados. POU$lldH t 6 tallgms,
....~"'ciIkI fnoIk 1520 mmo Pllllltll dt f Arr~bil.
0'M;:r-' coo.ergendl dt rUM t rOtls e . im~ dt um 'eU~gulo !.Obrt °tecido u'~~o
T Ei'"
continua, a Plaza Mayor apresent3v3 unidade, tanto em planta quanta
em eleva~Oes. Aregularidade formal incluia tamb(m urn elaborado ni-
velamento horizontal, resolvido por meio da 3rquitetura e de escada-
rias. 0 fechamento arquitetonico era refort;ado coma dissimulat;:1io dns
acessos sob a arcada que drcundava a plaza (figura ISl.
As atividades cotidianas na Plaza Mayor eram intensas. promovidas
nllo apenas pelo comt rcio, mas tambtm pelas 3.500 pessoas que habi-
tavam os pavimentossuperiores das lojas t ofid nas. Nos festejos popu-
lares de grande envtrgadura,a plaza acomodava at~ 50 mil espt ctado-
res (figura 191. Aausteridade t a regularidade da arquitetura. 0 carater
tt atral e a multiplicidade de usos da Plaza Mayor slIo rt ttatados com
predsllo por Bonet Correa:
1
...1a ntc~idadt de umcenMio digno para feslas e ceri m(~mias con-
troladas e ritualiUldas T propfia para uma socitdade conlrafreformis-
41. '.~
..--"
.......'''~
~f2 17. Piau ~ de Mad,i: implan~
U. mlng,,1D rf9M 6tr.. t* t cidirudu pda a"lu,ltllIril. Form. ckmidl ~ ick:ais ~"H·
m'l11$US t cit: domtmo 60 pod('I' mil.
lo(aI6t .twrl?:!S to'Iictianu c mrMtdJlljriMs, ('OtI'IO 0 mmfreio t n fnm graMiosal- Ot$-
tIOIU lID lrado u~"" em volta, I!IH corn grando,o IIIlIMAI ck rvlS loutC'h!'g.ndo clJ
rttlmcn_
k • (IIuo • iNfoda do I/» onogiruol ck I!ImitClo.
,. ...
.~
..,
.., ,.
Figura 18. Plata Mayor: I,yout.
Plaza Mayor: unidiMIc em pI.nUl t d~ por 1MlO.h<Nda lima t conlln~_ Os tkm~
lOS ''IluiltI6nio:os dom,n.nln 510 os Paticiol; (f'bviUKI/'ISJ Ruis., ck DI'Idc I nobru. ~Ila _
npel.
kulos c ftost.s.
A rf'9ularidadc formallb Plala !obyor inelui lImbtm um claborlOo nlYti.fmmlo horilO!IlI~
,noIvido por mcio d"lllyilttlll' c lit ~".s.
•
42. ",.,ra II. Plaz. M.yor: II*'
,hDI-jJil' , .... (( /Ai" ',-.0,..••(01",,-. tntM f ct"",,",.~
r~ ''''''''11 ~ ..,IO/r"r, , /IIUlQ mayQf m('d'r<"ili. ('111,,1119' t ilbl'fU
Pill' um lug.' 1('111/111*"'''_ r mil" !lIM' p4fJ urn ~ Ik "9";:.0. ('0'1
11111 rJl'~" "'lIuIOlJ', /I m~,...'" Or um 9fil1'CW 1".1'0 VU "('II/Jr, fill
urn amb'rllit Plf"'od', df WI..fI,d;od.(o fl. qu." lot un-loea • mlllhpio("od.t·
dl' dt VI~) fII(undiintn r II, Qllill. Ik it/"')I'OO (01') n hofn r 010 d..,.
rlleonllilrn a) dl~l!nl'" lu~~ como (J .....,c»J. In~ Itill, proda_
m»(~, ttrUlfIn potlK~ (aMllt1:ili6n. J09O' <k ror.os. (ol'lld. dr
loulO1, .utl» d(' It. u('cuo;lIn ck rklol~ poIltKm ('1,-- !Ma IInodilCk
d('Yt' M" tOlal, manllnlan60-1ot n~ W em ~ pia(TUo. (iJI'IIO U",btm
nn IK"ada~ na feglllartdalk de sua iru e nil ufufortntebck de 1f1I!o
l'icm('nI01, porla~ )anetu balc~ ~ com 19",,1 mocklo"
Na Introdu~ao de Plazas y plazuelas de Madrid, p.mc:.a60 Gomaul
associa 0 significado de plaza ao de "rronta ampo e plano", sahtntan-
do a longevidade do uso do terma e r:speoahntntt: stu ~nlficado rut-
tural. Para Gomarrz, plaza e piazza se aproxlmam:
ottlrnO plOIO ~ latino, origlAado ck pJOfN, qlJf pol' $WI YU 'If.m do
gftgO, no qllal slgnlftcav. "r«into ampla r p1ano~ E: um Itm'IO lI'ul'o
(rn castelhano dtsde OS comt~os do Khoma, pot§ fO! utAludo ptIo
anOnlmo autor do Can/of rh MIa Cid. a obra I,tttan.a tNl6 an~
conS(Nada em casttlhano.
Strurst,6n de: Covarrubin, tm Tesoro tk 10 k"ngloIO (1610, CK,t~ 10-
bre 0 vodbulo: "lugar amplo e ~ dc:nlJO do !XI"eu do, lugal
publico ondt S( vtndtm mant'~tos t sc: tttn 0 UJo'I'It'(lCI tfltK os
V1zinhos (comalta~ Anb9'lintnl~ nasentradasdM. MM~ ~,..
las, para ondc roncorri.m os fOfaSttiiC)$ ('()fII se.n; 1I<:96c1lOS t aJustu.
S(m dar lugar I quem pudtsst orntm t cia, 1oIOItas no lugar, pt~ In-
COf'IVCOlcntt!. que ~ podlam stgu,r; e IS.SIm naqutlas pItuos ""fIJ,a
• ~IC,,,,u''''H.. ~.... Ao PI.,.I':Oj7rf-'''.UJrsa.'''' fa, .'
~1Id.. NQbrI. 'N. • 1l-ll
43. ("lIsa) de flOusadas ~ !'SC
alage 11. r.. I I
' "" II If' emham Iot'1l) ll+bun.", ~)
po<tas da f,datll' " (Slav311) n~la ' I
'/1Utll< Pol.;. b , (" tU, tl," ( f"'II'fI'
mr, 1'01110 I'm f h3lTado" I flbun~1 d3 plum.
I- ISua 1nV'~~O i' Ito antlga qUo
lnto a !la, Cldad.-s, f I."OIrc..,lualm..n_
It nossa (Phlm) t IItrdada!la ~9orll 11'1113 f 00 fOlo !los romllnolo, (jut'
~ C'OnC1'~ram para 0 mtcrd mblo n:o aptnas dr bolm I' cOfTlIdas,
alt m de m3"I'"l('III05 tm 9('1';31. mas tambtm de i(l(',"s. A /Iloto c,~
urn tugal ftrl ,l dl' 3rorllcl'imcnlos fclilt"$, de p('nS3lne!l!o~ qut' Ill".
damm 0 mundo. Os latinos n~o concrbiam a vidn sodal fora de)"..
1tt;"IOpublico, assirn n~o ",.ist,a $0'::;3Inll:nl( quem n~o fo~ ~ pla-
l O, ('Omo Indkado nl! txprl'SSAo: "dcCTri('f(' (oro",
I- I Urn.. C'OIsa t a plalO(' outr;!, a fua. Alua t fejla para passar com
dmsJo: a pial O nOD; iI plOlO t pafll rica, ou paS$t3r, stm p.(t'nd(f If
a ~rt(' alguma, ..penas .s:I bon:~ . 0 ttmpo."
Apesar d~ sua localizar;ilo d~n tralizada ~m rtlar;ao II cidade, a
Plaza Mayor d~ Madri era um mercado de USQ multiplo degrande aces-
5ibilidad~ e Jonga permanencia.Aquantidadcde ruas convergindo para
a Plaza M
ayor t comparavel a da Piazza del Campo de Siena, I' Sua
transforma~ao geometrica renascentista lembra a Piazza DucalI' de Vi-
gevano (figuras 20a, 20b e 2Oc).
oIr<lfiado da Plaza Mayor lambemsugeria, em suaorigem, referrn-
rias as bastidrs - cidadts fortificadas dos ~culos XU! I' XIVnosudoeste
da Franfia I' em Navarra,que depojs~ inlegrou a Espanha - ou a Santa
Ft, em Granada, vila mililar construida pelos reis cat61icos durante a
faSt final da rttOnquista da Andaluzia,em 1491Y low leva emconta a
influ~ncia da cultura arabi', que dominou a Espanha de 852 a 1083,
rom a perman(ncia dos invasor~ em algumas cidades por bem mais
tempo, como Sevilha, relomada em 1248, I' Granada, reconquistada 56
:roo PI..... Mayol lit M
adri: centro
",~I"lul[_al. lit, K ill'''''"
2Ob. Piana O~<..le d. Vl, . .."..o,
<t ntto mulifllnoonai, lllto _II~
2Oe. Piaua dd Campo dt Sitn;o:
c."lto multifllnoonal on.. 1Ctl'-
~
Fi9~'"1 20a, 20b ~ 20<:. Compara~.lo: Piau Mayor. Piana O~calc c Piana del
Campo.
Mcrcidos dtlimiliOOS e dffimdos pO. a~ull.lu.a e IIIas., a F'la.za Mayor. a Pin u Ducal. d.
VigMno . a P1U!1 dt! Campo d. s..n,a ~ I n. I09I5o A Pilla M
;oyor ntl dnttntralindi . m
'.la~lo • C"ldift.
•