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Livro:A ordemdo discurso
Autor:Michel Foucault
Referênciabibliográfica:
Página8: Mas, oque há,enfim,de tãoperigosonofatode as pessoasfalareme de seus
discursosproliferaremindefinidamente?Onde,afinal,estáoperigo?
Página9/10: Em uma sociedade comoa nossa,conhecemos,é certo,procedimentosde
exclusão.Omaisevidente,omaisfamiliartambém, é ainterdição. Sabe-seque nãose temo
direitode dizertudo,que nãose pode falarde tudo emqualquercircunstância,que,qualquer
um,enfim,nãopode falarde qualquercoisa.Tabudo objeto,ritual dacircunstância,direito
privilegiadoouexclusividade dosujeitoque fala:temosaío jogode três tiposde interdições
que se cruzam, se reforçamou se compensam, formandoumagrade complexaque nãocessa
de se modificar.Notariaapenasque,emnossosdias,asregiõesondeagrade é maiscerrada,
onde os buracosnegrosse multiplicam, sãoasregiõesdasexualidadee asdas política:como
se o discurso,longe de seresse elementotransparente ou neutronoqual a sexualidade se
desarmae a políticase pacifica,fosse umdoslugaresonde elasexercem, de modo
privilegiado,algunsde seusmaistemíveispoderes.
A interdiçãoé umprincípiode exclusão,podendoserdivididaemtrêstipos: ritual da
circunstância,direitoprivilegiadoouexclusividade dosujeitoque fala.
Página10: Existe emnossasociedade outroprincípiode exclusão:nãoaisa interdição,mas
uma separaçãoe umarejeição.Pensonaoposiçãorazãoe loucura.Era atravésde suas
palavrasque se reconheciaa loucurado louco;elaseramo lugaronde se exerciaaseparação;
mas não eramnunca recolhidasnemescutadas.
Página16: A grandesmutaçõescientíficaspodemtalvezserlidas,àsvezes,como
consequênciasde umadescoberta,maspodemtambémserlidascomoapariçãode novas
formasna vontade de saber.
Página17/18: Essa vontade de verdade,comoosoutrossistemasde exclusão,apóia-sesobre
um suporte institucional:é aomesmotemporeforçadae reconduzidaportodoum conjunto
de práticas,mais profundamente,semdúvida, pelomodocomoosaberé aplicadoemuma
sociedade,comoé valorizado,distribuído,repartidoe de certomodoatribuído.Exemplo:“A
aritméticapode serbemassuntodascidadesdemocráticas,poiselaensinaasrelaçõesde
igualdade,massomente ageometriadeve serensinadanasoligarquias,poisdemonstraas
proporçõesnadesigualdade”.
Enfimcreioque essavontade de verdade tende aexercersobre osoutrosdiscursosuma
espécie de pressãoe comoque umpoderde coerção.
Página19: Três grande sistemasde exclusãoque atingemodiscurso,apalavraproibida, a
segregaçãoda loucurae a vontade de verdade.
Página25: O comentárionãotemoutro papel,senãoode dizerenfimoque estavaarticulado
silenciosamente notexto primeiro.
O comentáriolimitavaoacasodo discursopelojogode umaidentidade que teriaaformada
repetiçãoe domesmo.O princípiodoautor limitaesse mesmoacasopelojogode uma
identidadeque temaformada individualidade e doeu.
O comentárionãoé algoindividual,estásempreligadoaodiscurso,comointuitode repeti-lo
ou detalhá-lo.Oautortorna o discursoindividual,aopassoque nomeiaodiscursoquando
revelaaidentidade de quemoenunciou.
Página30: A organizaçãodas disciplinasse opõe tantoaoprincípiodo comentáriocomoaodo
autor. A do autor, vistoque umadisciplinase define porumdomíniode objetos,umconjunto
de métodos:tudoistoconstitui umaespécie de sistemaanônimoàdisposiçãode quemquer
ou pode servir-se dele,semque seusentidoousuavalidade estejamligadosaoseuinventor.
Mas o princípiodadisciplinase opõe aodocomentário:emumadisciplina,oque é supostono
pontode partida,não é umsentidoque precisaserredescoberto,nemumaidentidade que
deve serrepetida;é aquiloque é requeridoparaa construçãode novosenunciados.

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  • 1. Livro:A ordemdo discurso Autor:Michel Foucault Referênciabibliográfica: Página8: Mas, oque há,enfim,de tãoperigosonofatode as pessoasfalareme de seus discursosproliferaremindefinidamente?Onde,afinal,estáoperigo? Página9/10: Em uma sociedade comoa nossa,conhecemos,é certo,procedimentosde exclusão.Omaisevidente,omaisfamiliartambém, é ainterdição. Sabe-seque nãose temo direitode dizertudo,que nãose pode falarde tudo emqualquercircunstância,que,qualquer um,enfim,nãopode falarde qualquercoisa.Tabudo objeto,ritual dacircunstância,direito privilegiadoouexclusividade dosujeitoque fala:temosaío jogode três tiposde interdições que se cruzam, se reforçamou se compensam, formandoumagrade complexaque nãocessa de se modificar.Notariaapenasque,emnossosdias,asregiõesondeagrade é maiscerrada, onde os buracosnegrosse multiplicam, sãoasregiõesdasexualidadee asdas política:como se o discurso,longe de seresse elementotransparente ou neutronoqual a sexualidade se desarmae a políticase pacifica,fosse umdoslugaresonde elasexercem, de modo privilegiado,algunsde seusmaistemíveispoderes. A interdiçãoé umprincípiode exclusão,podendoserdivididaemtrêstipos: ritual da circunstância,direitoprivilegiadoouexclusividade dosujeitoque fala. Página10: Existe emnossasociedade outroprincípiode exclusão:nãoaisa interdição,mas uma separaçãoe umarejeição.Pensonaoposiçãorazãoe loucura.Era atravésde suas palavrasque se reconheciaa loucurado louco;elaseramo lugaronde se exerciaaseparação; mas não eramnunca recolhidasnemescutadas. Página16: A grandesmutaçõescientíficaspodemtalvezserlidas,àsvezes,como consequênciasde umadescoberta,maspodemtambémserlidascomoapariçãode novas formasna vontade de saber. Página17/18: Essa vontade de verdade,comoosoutrossistemasde exclusão,apóia-sesobre um suporte institucional:é aomesmotemporeforçadae reconduzidaportodoum conjunto de práticas,mais profundamente,semdúvida, pelomodocomoosaberé aplicadoemuma sociedade,comoé valorizado,distribuído,repartidoe de certomodoatribuído.Exemplo:“A aritméticapode serbemassuntodascidadesdemocráticas,poiselaensinaasrelaçõesde igualdade,massomente ageometriadeve serensinadanasoligarquias,poisdemonstraas proporçõesnadesigualdade”. Enfimcreioque essavontade de verdade tende aexercersobre osoutrosdiscursosuma espécie de pressãoe comoque umpoderde coerção. Página19: Três grande sistemasde exclusãoque atingemodiscurso,apalavraproibida, a segregaçãoda loucurae a vontade de verdade. Página25: O comentárionãotemoutro papel,senãoode dizerenfimoque estavaarticulado silenciosamente notexto primeiro.
  • 2. O comentáriolimitavaoacasodo discursopelojogode umaidentidade que teriaaformada repetiçãoe domesmo.O princípiodoautor limitaesse mesmoacasopelojogode uma identidadeque temaformada individualidade e doeu. O comentárionãoé algoindividual,estásempreligadoaodiscurso,comointuitode repeti-lo ou detalhá-lo.Oautortorna o discursoindividual,aopassoque nomeiaodiscursoquando revelaaidentidade de quemoenunciou. Página30: A organizaçãodas disciplinasse opõe tantoaoprincípiodo comentáriocomoaodo autor. A do autor, vistoque umadisciplinase define porumdomíniode objetos,umconjunto de métodos:tudoistoconstitui umaespécie de sistemaanônimoàdisposiçãode quemquer ou pode servir-se dele,semque seusentidoousuavalidade estejamligadosaoseuinventor. Mas o princípiodadisciplinase opõe aodocomentário:emumadisciplina,oque é supostono pontode partida,não é umsentidoque precisaserredescoberto,nemumaidentidade que deve serrepetida;é aquiloque é requeridoparaa construçãode novosenunciados.