Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA REDE SOCIAL_UEM_04.08.21.ppt
1. A DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA REDE
SOCIAL: A PERSPECTIVA BAKHTINIANA
DE ESTUDO DO ENUNCIADO
GRENISSA STAFUZZA (UFCAT)
2. O CONCEITO DE ENUNCIADO PARA
BAKHTIN E O CÍRCULO RUSSO
Para Bakhtin (2017, p. 274) “o discurso sempre está fundido em forma de
enunciado pertencente a um determinado sujeito do discurso, e fora dessa
forma não pode existir”.
Diálogo na concepção de Volóchinov (2017) apresenta duas faces, um
conteúdo intrínseco e interno ao enunciado e sua valoração, que é exterior,
para o outro, sendo ambos indissociáveis.
Para Medviédev (2012, p. 184) “o fato de que foi esse sentido que se tornou
um objeto de discussão aqui e agora, que é dele que estão falando e que
falam justamente assim e não de outra forma, que precisamente esse sentido
entrou no horizonte concreto dos que falam”, é o que determina
conjuntamente as condições sócio-histórico-culturais do enunciado.
3. O ENUNCIADO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Tem como objetivo informar seu interlocutor em potencial (cientistas,
pesquisadores, estudantes, população em geral) sobre as descobertas
científicas, a difusão do conhecimento, a importância da ciência para a
saúde coletiva etc.
Constante atualização do enunciado conforme atualização dos
gêneros discursivos a partir das diversas esferas de atividades
humanas.
Materializa-se em múltiplas semioses (verbais, vocais, visuais)
dependendo das esferas de produção e circulação.
Encontra-se em diálogo com diferentes campos de realização como o
artístico, o midiático, o literário, entre outros.
4. PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DA
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Quem produz divulgação científica?
Cientista/Pesquisador
Jornalista/Professor
Artista/celebridade/influencer
Quem organiza/faz circular a divulgação científica?
Editores/Pesquisadores/Revistas/Livros
Universidade/Institutos de Pesquisas/Empresas
Campanhas governamentais (ou não)/Internet/Redes sociais
5. PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO DA
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
A questão do público: para quem se destina a divulgação científica?
Para cientistas e pesquisadores de outras áreas
Aos educandos
Para a população em geral/usuários da rede social
Obs.: Aos pares (Comunicação Científica)
6. DA ESFERA CIENTÍFICA PARA A ESFERA
MIDIÁTICA
Artigo Livro Cartilha
Manual Almanaque
Reportagem Vídeo Postagem
Podcast Meme
7. LIVRO
Manual de sobrevivência para
divulgar ciência e saúde
Instituição promotora: FIOCRUZ
Público-alvo: pesquisadores,
especialistas, estudantes e
leitores em geral.
8. VÍDEO DE DIVULGAÇÃO DE LIVRO
Manual de sobrevivência para
divulgar ciência e saúde
Instituição promotora: Editora
FIOCRUZ
Divulgação: Canal da Editora
FIOCRUZ no YouTube
Link para acesso:
https://www.youtube.com/watch?v=T
oaGT3rYxhY
9. Cards da FIOCRUZ
Cards para informação segura e
compartilhamento sobre a pandemia
Instituição promotora: FIOCRUZ
Divulgação: site da FIOCRUZ
Público-alvo: população em geral
Disponível em:
https://portal.fiocruz.br/coronavirus/
material-para-download
13. POSTAGEM
Divulgação de um artigo científico
publicado na Revista Diálogo das Letras
(UERN)
Instituição Promotora: UERN/Revista
Diálogo das Letras
Público-alvo: graduandos, pós-
graduandos, professores, pesquisadores
de Letras e áreas afins que se
interessam pelo tema.
Divulgação: Facebook; perfil da revista;
perfil dos autores; (print do enunciado:
perfil da autora).
14. Considerações finais
Processo de hibridização dos enunciados de divulgação científica em
decorrência das transformações nos modos de interação discursiva, na
esfera científica em diálogo com a esfera midiática.
Os enunciados de divulgação científica orientados pela esfera midiática
possuem estratégias de maior alcance do público-alvo, um maior esforço
do interlocutor para diminuir as distâncias (hierarquias sociais).
Ao articular a produção de uma divulgação científica, os enunciados que
se realizam na esfera midiática nem sempre partem de um lugar
“institucionalizado” para falar sobre ciência.
15. Considerações finais
A avaliação (ou valoração) participa das diversas situações de
comunicação que se instauram entre os sujeitos participantes do diálogo
na construção do enunciado para a comunicação discursiva. Assim, é por
meio da (auto)avaliação que o enunciado revela posicionamentos sociais,
históricos, econômicos, culturais, políticos etc., permitindo a
compreensão dos sentidos tanto por meio dos diálogos que se
instauram quanto nas próprias relações intrínsecas ao enunciado.
16. Referências bibliográficas
BAKHTIN, M. M. O homem ao espelho: apontamentos de 1940. São Carlos/SP: Pedro e João Editores,
2019.
BAKHTIN, M. M. Questões de literatura e de estética (a teoria do romance). Tradução de Aurora Fornoni
Bernardini et al. 6ª ed, São Paulo: Hucitec, 2010.
BAKHTIN, M. M. Problemas da poética de Dostoiévski. Tradução Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense-
Universitária, 1981.
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2017.
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. 1. ed.
São Paulo: Editora 34, 2016.
BAKHTIN, M. M. Para uma filosofia do ato responsável. Trad. Vladimir Miotello e Carlos Alberto Faraco. 2.
ed. São Carlos: Pedro e João Editores, 2010.
17. Referências bibliográficas
BOURDIEU, P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: UNESP,
2004.
MEDVIÉDEV, P. N. O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica.
Tradução Sheila Camargo Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São Paulo: Contexto, 2012. 269p.
VOLÓCHINOV, V. A palavra na vida e a palavra na poesia. Ensaios, artigos, resenhas e poemas.
Organização, tradução, ensaio introdutório e notas de Sheila Grillo e Ekaterina Vólkova Américo. São
Paulo: Editora 34, 2019.
VOLÓCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico
na ciência da linguagem, tradução, notas e glossário de Sheila Grillo e /Ekaterina Vólkova Américo. 2. ed.
São Paulo: Editora 34, 2017.