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 O descobrimento do litoral da América do Sul é
resultante da conjuntura ibérica do final do século XV
 Havia grande rivalidade luso-castelhana pela primazia
da rota marítima para o Oriente
 Em 1479, os reinos de Portugal e Castela-Aragão foi
firmado o Tratado de Alcáçovas
 Esse tratado definia as áreas de influência dos dois
reinos no Atlântico
 O limite entre essas áreas de influência era um
paralelo que passava aproximadamente pelo Cabo
Bojador (27° N)
 Norte para Castela-Aragão e Sul para Portugal
 O rei de Portugal, D. Afonso V solicitou ao Papa Sisto
IV que reconhecesse o tratado
 A bula papal Aeterni regis de 1481, reafirmou a divisão
acordada entre os reinos ibéricos
 Intensifica-se, então, a exploração da costa atlântica da
África pelos portugueses
 Em 1488, Bartolomeu Dias descobre que é possível
contornar a África ao chegar ao Cabo das Tormentas
(depois chamado de Boa Esperança)
 Isso torna definitiva a opção dos portugueses pela rota
atlântica em direção às Índias
 Quando Bartolomeu Dias retornou com a notícia de
que tinha achado a passagem para o oriente, Cristóvão
Colombo estava em Lisboa
 Essa notícia fez com que a proposta de Colombo fosse
rejeitada pelo rei D. João II
 Depois do sucesso de Bartolomeu Dias, o rei de
Portugal começou ações diplomáticas para garantir o
monopólio lusitano do Atlântico
 Em 1489, Portugal confirmou e renovou o tratado de
Windsor (de 1386), firmado com a Inglaterra (aliás,
ainda em vigor) que previa apoio mútuo
 Mas, o mais importante era garantir a paz com Castela-
Aragão
 Foi essa a razão do casamento entre o herdeiro do
trono português, D. Afonso, e D. Isabel, filha mais
velha de Isabel de Castela e Fernando de Aragão
 Internamente, D. João II estimulou estudos para o
aperfeiçoamento do método de determinação das
latitudes
 E mandou realizar explorações de para traçar uma rota
que evitasse as dificuldades encontradas por
Bartolomeu Dias que navegou pela costa africana
 Em 1492, os reis de Castela e Aragão concluem a
reconquista da península Ibérica, tomando a cidade de
Granada
 As relações com o reino da França estavam abrandadas
devido a negociações com Carlos VIII e o poder sobre o
reino de Navarra se consolidava
 A partir disso, Isabel de Castela pode apoiar os planos
de Cristóvão Colombo de atingir o oriente viajando
pelo ocidente
 Se a viajem de Colombo dessem o resultado esperado,
os benefícios seriam imensos para os reis católicos
(Isabel e Fernando)
 Mas a movimentação de Castela e Aragão também
poderiam levar à guerra com Portugal
 Poderia ser a oportunidade de chegar antes que
Portugal ao Oriente
 Na primeira viagem de Colombo ele descobriu algumas
ilhas das Bahamas e das Antilhas
 Colombo acreditava que havia chego a ilhas próximas
de Cipango (Japão)
 A descoberta de Colombo desestabilizou as relações
entre Portugal e Castela-Aragão
 Em 1493, D. João II informou a Colombo que as ilhas
que ele havia descoberto pertenciam ao reino de
Portugal, de acordo com as determinações do Tratado
de Alcáçovas
 Os reis de Castela e Aragão apressaram-se em
conseguir a aprovação do Papa do domínio das novas
terras descobertas por Colombo
 Através da Bula papal inter coetera I, de 1493, o Papa
Alexandre VI garantiu a posse das terras descobertas e
descobrir nas bandas ocidentais, desde que não
pertencessem a algum soberano cristão
 Os reis católicos souberam que Portugal preparava
uma esquadra para tomar as ilhas do poente
(descobertas por Colombo)
 Provavelmente a movimentação portuguesa era apenas
para forçar Isabel e Fernando a negociar
 A manobra portuguesa funcionou pois enviaram em 22
de abril de 1493, um emissário Lopo de Herrera, para
solicitar a D. João II a suspensão daquela medida e
início de negociações territoriais
 Portugal reafirmou que defendia as disposições do
Tratado de Alcáçovas, mas Castela e Aragão
discordavam, pois isso seria entregar ao monarca
lusitano as terras descobertas por Colombo
 Os reis católicos agiram de duas direções: solicitando
ao Papa a confirmação da posse das terras descobertas
por Colombo, ao mesmo tempo organizam nova
expedição para garantir a posse dessas terras
 O Almirante do mar Oceano (Colombo) aconselhou os
reis católicos a adotar um novo critério de divisão do
mundo.
 Adotando um meridiano a 100 léguas a ocidente dos
arquipélagos atlânticos.
 Pela Bula Inter Coetera II de 1493, a coroa de Leão e
Castela ficava com todas as terras à oeste da linha de
100 léguas das ilhas de Açores e Cabo Verde.
 O rei D. João II, no entanto, insistia numa divisão
horizontal, pois suspeitava da existência de terras ao
sul e que acreditavam pertencer à Ásia.
 D. João mandou construir fortalezas na divisa com o
reino de Castela e Aragão.
 D. João recebeu com grande pompa um importante
nobre francês, a quem concedeu o título de Conde de
Cazaza, além de uma renda anual.
 Cazaza era uma região que os reis católicos
consideravam sua
 Com essa manobra, o rei português garantiu um
importante aliado na corte francesa (França era
governada por Carlos VIII)
 Um novo conflito com a França forçou os governantes
de Castela e Aragão a negociar com os portugueses
 O rei de Nápoles, Ferrante I, era filho bastardo de rei
Afonso V de Aragão
 Ferrante I morreu em 1494, Carlos VIII decidiu invadir
a Itália, alegando que tinha direito ao trono de Nápoles
 Isso opunha-se aos interesses castelo-aragoneses na
região
 Por sua vez, o rei português apoiou as pretensões de
Carlos VIII na Itália.
 Percebendo que uma guerra com Portugal não era
interessante aos reis católicos, sugeriu-se um acordo
sem a interferência do papa.
 Entre os negociadores portugueses estava Duarte
Pacheco Pereira
 O principal interesse português era garantir a
exclusividade da rota atlântica para as Índias.
 Em 1491, José de Lamego retornou do encontro secreto
com Pero de Covilhã, no Cairo (Egito)
 Covilhã era um espião enviado pelo rei português ao
oriente para fazer reconhecimento geográfico,
econômico e político.
 Covilhã recolheu informações que auxiliaram a Viagem
de Vasco da Gama
 Em 1493, o rei de Portugal já preparava o envio de uma
armada para o índico.
 Em Castela e Aragão, os reis católicos receberam o
relatório da segunda viagem de Colombo em abril de
1494
 Colombo confirmava que as ilhas que encontrou eram
parte das Índias
 Baseados nas informações de Colombo, os reis
acreditaram que não havia terras na região entre 100 e
370 léguas
 Diante disso, os reis católicos reiniciaram conversações
com Portugal
 Ficou acertado princípio da demarcação fixa, tendo
Portugal insistido pelo meridiano situado 370 léguas
do arquipélago de Cabo Verde.
 A parte oriental ficou para Portugal e a parte ocidental
para Castela e Aragão
 Castela e Aragão, aproveitaram o momento de
negociação para interferir na escolha do sucessor de D.
João II
 D. João II estava sem herdeiro legítimo, pois seu filho
D. Afonso havia morrido em 1491, vítima de um
acidente de cavalo
 O rei português queria que o seu sucessor fosse seu
filho bastardo D. Jorge
 A rainha, porém, apoiava D. Manuel (Duque de Beja), seu
irmão
 A nobreza também preferia D. Manuel
 D. Manuel contava ainda com o apoio da rainha Isabel de
Castela, de quem era primo
 Os reis católicos defendiam D. Manuel acreditando que,
por ser parente, favoreceria os interesses internacionais de
Castela e Aragão. Em especial que afastasse Portugal da
França
D. Pedro I
1357 - 1367
Constança
+ 1345
Inês
de
Castro
Teresa
Lourenço
D. João
D. João (Mestre
de Avis)
D. Fernando Leonor Teles
D. Pedro
+ 1380
D. Afonso
+ 1382
Beatriz
casou-se aos
11 anos
João I de Castela
Casou-se aos 32
anos
Filipa de
Lencastre
(inglesa)
D. João I
Filipa de
Lencastre
D. Duarte I
D. João
Isabel de
Portugal
Beatriz de
Portugal
D. João II
Rei de
Castela
D.
Fernando
Afonso
V
Isabel de
Coimbra
D. Manuel
Isabel de
Castela (a
católica)
Fernando
de
Aragão
D. João II
1481 - 95
Leonor
de Viseu
Isabel
D. Afonso
+ 1491
D. Jorge
(bastardo)
 As rotas de Vasco da Gama (1497) e Pedro Álvares Cabral
(1500) foram realizadas com grande precisão (em relação ao
regime dos ventos), o que demonstrava grande
conhecimento das condições do oceano Atlântico
 Quase dez anos que separam a viagem de Bartolomeu Dias
(1488) e a viagem de Vasco da Gama (1497)
 Durante esse período, é provável, que diversas expedições
ao Atlântico tenham sido feitas para descobrir como
superar as dificuldades encontradas por Bartolomeu Dias,
quando navegou pela costa africana
 D. João II informa aos reis católicos que não pretendia
que seu filho bastardo (D. Jorge) subisse ao trono
 Acertou-se o casamento de D. Manuel e D. Isabel (filha
mais velha dos reis de Castela e Aragão)
 Somente então, foi assinado o Tratado de Tordesilhas

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A Construção do Brasil.ppt

  • 1.
  • 2.
  • 3.  O descobrimento do litoral da América do Sul é resultante da conjuntura ibérica do final do século XV  Havia grande rivalidade luso-castelhana pela primazia da rota marítima para o Oriente
  • 4.
  • 5.
  • 6.  Em 1479, os reinos de Portugal e Castela-Aragão foi firmado o Tratado de Alcáçovas  Esse tratado definia as áreas de influência dos dois reinos no Atlântico  O limite entre essas áreas de influência era um paralelo que passava aproximadamente pelo Cabo Bojador (27° N)  Norte para Castela-Aragão e Sul para Portugal
  • 7.
  • 8.  O rei de Portugal, D. Afonso V solicitou ao Papa Sisto IV que reconhecesse o tratado  A bula papal Aeterni regis de 1481, reafirmou a divisão acordada entre os reinos ibéricos  Intensifica-se, então, a exploração da costa atlântica da África pelos portugueses
  • 9.
  • 10.  Em 1488, Bartolomeu Dias descobre que é possível contornar a África ao chegar ao Cabo das Tormentas (depois chamado de Boa Esperança)  Isso torna definitiva a opção dos portugueses pela rota atlântica em direção às Índias
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.  Quando Bartolomeu Dias retornou com a notícia de que tinha achado a passagem para o oriente, Cristóvão Colombo estava em Lisboa  Essa notícia fez com que a proposta de Colombo fosse rejeitada pelo rei D. João II
  • 15.  Depois do sucesso de Bartolomeu Dias, o rei de Portugal começou ações diplomáticas para garantir o monopólio lusitano do Atlântico  Em 1489, Portugal confirmou e renovou o tratado de Windsor (de 1386), firmado com a Inglaterra (aliás, ainda em vigor) que previa apoio mútuo
  • 16.  Mas, o mais importante era garantir a paz com Castela- Aragão  Foi essa a razão do casamento entre o herdeiro do trono português, D. Afonso, e D. Isabel, filha mais velha de Isabel de Castela e Fernando de Aragão
  • 17.
  • 18.  Internamente, D. João II estimulou estudos para o aperfeiçoamento do método de determinação das latitudes  E mandou realizar explorações de para traçar uma rota que evitasse as dificuldades encontradas por Bartolomeu Dias que navegou pela costa africana
  • 19.  Em 1492, os reis de Castela e Aragão concluem a reconquista da península Ibérica, tomando a cidade de Granada  As relações com o reino da França estavam abrandadas devido a negociações com Carlos VIII e o poder sobre o reino de Navarra se consolidava
  • 20.  A partir disso, Isabel de Castela pode apoiar os planos de Cristóvão Colombo de atingir o oriente viajando pelo ocidente  Se a viajem de Colombo dessem o resultado esperado, os benefícios seriam imensos para os reis católicos (Isabel e Fernando)  Mas a movimentação de Castela e Aragão também poderiam levar à guerra com Portugal
  • 21.
  • 22.  Poderia ser a oportunidade de chegar antes que Portugal ao Oriente
  • 23.  Na primeira viagem de Colombo ele descobriu algumas ilhas das Bahamas e das Antilhas  Colombo acreditava que havia chego a ilhas próximas de Cipango (Japão)  A descoberta de Colombo desestabilizou as relações entre Portugal e Castela-Aragão
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.  Em 1493, D. João II informou a Colombo que as ilhas que ele havia descoberto pertenciam ao reino de Portugal, de acordo com as determinações do Tratado de Alcáçovas  Os reis de Castela e Aragão apressaram-se em conseguir a aprovação do Papa do domínio das novas terras descobertas por Colombo
  • 28.  Através da Bula papal inter coetera I, de 1493, o Papa Alexandre VI garantiu a posse das terras descobertas e descobrir nas bandas ocidentais, desde que não pertencessem a algum soberano cristão
  • 29.  Os reis católicos souberam que Portugal preparava uma esquadra para tomar as ilhas do poente (descobertas por Colombo)  Provavelmente a movimentação portuguesa era apenas para forçar Isabel e Fernando a negociar
  • 30.  A manobra portuguesa funcionou pois enviaram em 22 de abril de 1493, um emissário Lopo de Herrera, para solicitar a D. João II a suspensão daquela medida e início de negociações territoriais  Portugal reafirmou que defendia as disposições do Tratado de Alcáçovas, mas Castela e Aragão discordavam, pois isso seria entregar ao monarca lusitano as terras descobertas por Colombo
  • 31.  Os reis católicos agiram de duas direções: solicitando ao Papa a confirmação da posse das terras descobertas por Colombo, ao mesmo tempo organizam nova expedição para garantir a posse dessas terras
  • 32.  O Almirante do mar Oceano (Colombo) aconselhou os reis católicos a adotar um novo critério de divisão do mundo.  Adotando um meridiano a 100 léguas a ocidente dos arquipélagos atlânticos.
  • 33.
  • 34.  Pela Bula Inter Coetera II de 1493, a coroa de Leão e Castela ficava com todas as terras à oeste da linha de 100 léguas das ilhas de Açores e Cabo Verde.
  • 35.  O rei D. João II, no entanto, insistia numa divisão horizontal, pois suspeitava da existência de terras ao sul e que acreditavam pertencer à Ásia.
  • 36.  D. João mandou construir fortalezas na divisa com o reino de Castela e Aragão.  D. João recebeu com grande pompa um importante nobre francês, a quem concedeu o título de Conde de Cazaza, além de uma renda anual.  Cazaza era uma região que os reis católicos consideravam sua
  • 37.  Com essa manobra, o rei português garantiu um importante aliado na corte francesa (França era governada por Carlos VIII)  Um novo conflito com a França forçou os governantes de Castela e Aragão a negociar com os portugueses
  • 38.  O rei de Nápoles, Ferrante I, era filho bastardo de rei Afonso V de Aragão  Ferrante I morreu em 1494, Carlos VIII decidiu invadir a Itália, alegando que tinha direito ao trono de Nápoles  Isso opunha-se aos interesses castelo-aragoneses na região
  • 39.
  • 40.  Por sua vez, o rei português apoiou as pretensões de Carlos VIII na Itália.  Percebendo que uma guerra com Portugal não era interessante aos reis católicos, sugeriu-se um acordo sem a interferência do papa.  Entre os negociadores portugueses estava Duarte Pacheco Pereira
  • 41.
  • 42.  O principal interesse português era garantir a exclusividade da rota atlântica para as Índias.  Em 1491, José de Lamego retornou do encontro secreto com Pero de Covilhã, no Cairo (Egito)  Covilhã era um espião enviado pelo rei português ao oriente para fazer reconhecimento geográfico, econômico e político.  Covilhã recolheu informações que auxiliaram a Viagem de Vasco da Gama
  • 43.
  • 44.  Em 1493, o rei de Portugal já preparava o envio de uma armada para o índico.  Em Castela e Aragão, os reis católicos receberam o relatório da segunda viagem de Colombo em abril de 1494  Colombo confirmava que as ilhas que encontrou eram parte das Índias
  • 45.  Baseados nas informações de Colombo, os reis acreditaram que não havia terras na região entre 100 e 370 léguas  Diante disso, os reis católicos reiniciaram conversações com Portugal
  • 46.  Ficou acertado princípio da demarcação fixa, tendo Portugal insistido pelo meridiano situado 370 léguas do arquipélago de Cabo Verde.  A parte oriental ficou para Portugal e a parte ocidental para Castela e Aragão
  • 47.  Castela e Aragão, aproveitaram o momento de negociação para interferir na escolha do sucessor de D. João II  D. João II estava sem herdeiro legítimo, pois seu filho D. Afonso havia morrido em 1491, vítima de um acidente de cavalo  O rei português queria que o seu sucessor fosse seu filho bastardo D. Jorge
  • 48.  A rainha, porém, apoiava D. Manuel (Duque de Beja), seu irmão  A nobreza também preferia D. Manuel  D. Manuel contava ainda com o apoio da rainha Isabel de Castela, de quem era primo  Os reis católicos defendiam D. Manuel acreditando que, por ser parente, favoreceria os interesses internacionais de Castela e Aragão. Em especial que afastasse Portugal da França
  • 49. D. Pedro I 1357 - 1367 Constança + 1345 Inês de Castro Teresa Lourenço D. João D. João (Mestre de Avis) D. Fernando Leonor Teles D. Pedro + 1380 D. Afonso + 1382 Beatriz casou-se aos 11 anos João I de Castela Casou-se aos 32 anos Filipa de Lencastre (inglesa)
  • 50. D. João I Filipa de Lencastre D. Duarte I D. João Isabel de Portugal Beatriz de Portugal D. João II Rei de Castela D. Fernando Afonso V Isabel de Coimbra D. Manuel Isabel de Castela (a católica) Fernando de Aragão D. João II 1481 - 95 Leonor de Viseu Isabel D. Afonso + 1491 D. Jorge (bastardo)
  • 51.  As rotas de Vasco da Gama (1497) e Pedro Álvares Cabral (1500) foram realizadas com grande precisão (em relação ao regime dos ventos), o que demonstrava grande conhecimento das condições do oceano Atlântico  Quase dez anos que separam a viagem de Bartolomeu Dias (1488) e a viagem de Vasco da Gama (1497)  Durante esse período, é provável, que diversas expedições ao Atlântico tenham sido feitas para descobrir como superar as dificuldades encontradas por Bartolomeu Dias, quando navegou pela costa africana
  • 52.  D. João II informa aos reis católicos que não pretendia que seu filho bastardo (D. Jorge) subisse ao trono  Acertou-se o casamento de D. Manuel e D. Isabel (filha mais velha dos reis de Castela e Aragão)  Somente então, foi assinado o Tratado de Tordesilhas