O documento discute como as revistas femininas representam e propagam conceitos de corpo feminino saudável ao longo do tempo. Analisa seis revistas brasileiras de diferentes décadas desde a segunda metade do século XX, ilustrando mudanças nos conceitos de corpo saudável e na abordagem desses conceitos. Reflete sobre como o conceito de corpo saudável é socialmente construído e variou ao longo da história.
Corpo bonito e corpo saudável – a aparência projeto maio 2011Daniela Nahr
1) O documento discute como as mídias sociais e os padrões de beleza afetam a autoestima dos adolescentes.
2) Ele propõe um projeto para ensinar os alunos a questionar esses padrões e valorizar a atividade física para a saúde.
3) O projeto usaria debates, vídeos e redes sociais para conscientizar os alunos sobre esses temas.
O documento discute a preocupação excessiva com a aparência física na sociedade moderna e a busca por um corpo "perfeito", levando à medicalização e mercantilização do corpo humano. A indústria da beleza e da saúde promovem um padrão corporal irreal que gera insatisfação e dependência de procedimentos e produtos. Isso representa uma alienação do indivíduo e uma perda da noção do corpo como um todo complexo.
O documento discute a representação do corpo na sociedade contemporânea através do consumo. Aborda como o corpo passou a ser um valor cultural e um símbolo de status. Também analisa como a mídia e a publicidade constroem mitos e significados em torno do corpo perfeito para estimular o consumo.
O documento analisa os discursos sobre corpo, aparência e mercado de trabalho veiculados pela mídia brasileira. Descreve como esses discursos propagam padrões estéticos e coerções que associam boa aparência ao sucesso profissional. Também discute a história do culto ao corpo e seu papel atual na sociedade, além das profissões e áreas de atuação da Educação Física.
Artigo 2 saúde da mulhersintese de 2 txtPaula Souza
O documento discute como a epidemia de AIDS afeta desproporcionalmente as mulheres devido aos papéis de gênero e desigualdades na sociedade. A vulnerabilidade feminina está ligada à dinâmica de poder nas relações entre homens e mulheres e como isso influencia a disseminação do HIV. Embora inicialmente vista como uma "doença deles", a AIDS agora ameaça mais as mulheres casadas, revelando a importância de considerar fatores sociais.
1) O documento discute o conceito de representações sociais e como elas são construídas para ajudar as pessoas a entenderem o mundo ao seu redor.
2) É dado o exemplo da AIDS e como as representações sociais iniciais sobre a doença eram moralistas ou biologicistas, baseadas no que as pessoas já sabiam.
3) As representações sociais são importantes para a vida social pois ajudam a nomear fenômenos, interpretá-los e tomar posição, formando uma visão de mundo compartilhada.
O documento discute a antropologia médica, que estuda como diferentes culturas e grupos sociais explicam problemas de saúde e crenças sobre tratamentos. A antropologia médica examina como essas crenças se relacionam com alterações biológicas, psicológicas e sociais na saúde e doença. Ela também analisa como as pessoas lidam com o sofrimento humano em diferentes estágios de vida, desde o nascimento até a morte.
O documento discute como a promoção da amamentação é usada para manter a subordinação feminina através da associação das mulheres ao espaço doméstico e familiar. Argumenta que a maternidade não é determinada biologicamente, mas socialmente, e que o cuidado infantil não depende do leite materno, mas do ato de cuidar, o que pode ser feito por qualquer pessoa, independente do género.
Corpo bonito e corpo saudável – a aparência projeto maio 2011Daniela Nahr
1) O documento discute como as mídias sociais e os padrões de beleza afetam a autoestima dos adolescentes.
2) Ele propõe um projeto para ensinar os alunos a questionar esses padrões e valorizar a atividade física para a saúde.
3) O projeto usaria debates, vídeos e redes sociais para conscientizar os alunos sobre esses temas.
O documento discute a preocupação excessiva com a aparência física na sociedade moderna e a busca por um corpo "perfeito", levando à medicalização e mercantilização do corpo humano. A indústria da beleza e da saúde promovem um padrão corporal irreal que gera insatisfação e dependência de procedimentos e produtos. Isso representa uma alienação do indivíduo e uma perda da noção do corpo como um todo complexo.
O documento discute a representação do corpo na sociedade contemporânea através do consumo. Aborda como o corpo passou a ser um valor cultural e um símbolo de status. Também analisa como a mídia e a publicidade constroem mitos e significados em torno do corpo perfeito para estimular o consumo.
O documento analisa os discursos sobre corpo, aparência e mercado de trabalho veiculados pela mídia brasileira. Descreve como esses discursos propagam padrões estéticos e coerções que associam boa aparência ao sucesso profissional. Também discute a história do culto ao corpo e seu papel atual na sociedade, além das profissões e áreas de atuação da Educação Física.
Artigo 2 saúde da mulhersintese de 2 txtPaula Souza
O documento discute como a epidemia de AIDS afeta desproporcionalmente as mulheres devido aos papéis de gênero e desigualdades na sociedade. A vulnerabilidade feminina está ligada à dinâmica de poder nas relações entre homens e mulheres e como isso influencia a disseminação do HIV. Embora inicialmente vista como uma "doença deles", a AIDS agora ameaça mais as mulheres casadas, revelando a importância de considerar fatores sociais.
1) O documento discute o conceito de representações sociais e como elas são construídas para ajudar as pessoas a entenderem o mundo ao seu redor.
2) É dado o exemplo da AIDS e como as representações sociais iniciais sobre a doença eram moralistas ou biologicistas, baseadas no que as pessoas já sabiam.
3) As representações sociais são importantes para a vida social pois ajudam a nomear fenômenos, interpretá-los e tomar posição, formando uma visão de mundo compartilhada.
O documento discute a antropologia médica, que estuda como diferentes culturas e grupos sociais explicam problemas de saúde e crenças sobre tratamentos. A antropologia médica examina como essas crenças se relacionam com alterações biológicas, psicológicas e sociais na saúde e doença. Ela também analisa como as pessoas lidam com o sofrimento humano em diferentes estágios de vida, desde o nascimento até a morte.
O documento discute como a promoção da amamentação é usada para manter a subordinação feminina através da associação das mulheres ao espaço doméstico e familiar. Argumenta que a maternidade não é determinada biologicamente, mas socialmente, e que o cuidado infantil não depende do leite materno, mas do ato de cuidar, o que pode ser feito por qualquer pessoa, independente do género.
1) As melhores ideias de negócio raramente vêm de uma inspiração súbita, mas sim de pessoas que estudam problemas e fazem novas conexões de forma metódica e persistente.
2) Empreendedores inovadores são impulsionados por uma causa, reunem conhecimentos sobre um problema e fazem associações incomuns para gerar soluções disruptivas.
3) Embora o acaso possa desempenhar algum papel, a criatividade e a inovação requerem método, pesquisa, teste e aprendizado
O documento discute conceitos de organizações virtuais e redes complexas. Aborda o que é uma organização virtual, características de diferentes estágios de organização virtual e propriedades topológicas de redes complexas, incluindo mistura de padrões, resistência e distribuição de graus. Também resume a história dos mundos pequenos, incluindo experimentos iniciais e teorias sobre laços fracos em redes sociais.
Trabalho realizado em grupo para aula de Cultura do Consumo ministrada por Paula P. Silva.
Autores: Carina Correa, Daniela Parreiras, Fernando Montoza, Juliana China e Sílvia Debs Souto
A UNINOVE oferece diversas oportunidades de parceria para empresas, incluindo descontos em cursos de graduação e pós-graduação para funcionários, cursos customizados in company, palestras de executivos e visitas técnicas de alunos. A universidade também disponibiliza espaços para eventos e programas de relacionamento com estudantes.
Anais da 20ª Semana Racine - Congresso de FarmáciaInstituto Racine
O documento apresenta resumos de trabalhos acadêmicos apresentados no 20o Congresso de Farmácia em São Paulo entre 1o e 3 de Julho de 2010. Os resumos discutem vários tópicos relacionados à assistência farmacêutica no Brasil, incluindo a avaliação do nível de informação de pacientes sobre medicamentos prescritos, a importância da atuação de farmacêuticos na atenção básica à saúde, e o uso de critérios para analisar prescrições médicas na unidade de terapia intensiva.
O documento discute estratégias de planejamento para presença em mídias sociais, enfatizando a importância de entender as expectativas do público-alvo, definir objetivos e métricas claras, e produzir conteúdo relevante de forma consistente através de vários canais.
"Acesso a Mercados: Marketing Digital - Gerando Negócios através das Redes Sociais e Mídias Eletrônicas"
- Pedro Waengertner, Professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM
___________________
V Congresso da Micro e Pequena Indústria
Realização: Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria.(Dempi/Fiesp)
14 de outubro de 2010.
Hotel Renaissance
São Paulo - SP
http://www.fiesp.com.br/congressompis
http://twitter.com/dempifiesp
O Axure é uma ferramenta de prototipagem que permite criar interfaces interativas antes do desenvolvimento, reduzindo riscos e custos. Ela oferece elementos reutilizáveis, agilidade na criação e replicação de páginas, geração de protótipos navegáveis e documentação, sem necessidade de programação. O documento apresenta exemplos de layouts criados no Axure.
Este documento fornece um resumo das taxas e características da atividade empreendedora no Brasil em 2010. Em 3 frases:
1) As taxas de empreendedorismo no Brasil em 2010 foram de 11,5% para empreendedores iniciais e 7,6% para empreendedores de negócios nascentes.
2) A maioria dos empreendedores iniciaram seus negócios por oportunidade em vez de necessidade, e as taxas foram maiores entre homens, jovens e pessoas com maior escolaridade.
Este documento anuncia el Primer Congreso Iberoamericano de Educación Física que se llevará a cabo del 25 al 28 de febrero de 2015 en la ciudad de Lampa, Perú. El congreso contará con la presencia de expositores peruanos y extranjeros que abordarán diversos temas relacionados a la educación física. El evento está dirigido a profesores de educación física, inicial, primaria y otras especialidades.
O documento discute a comunicação multissensorial e os novos rumos das linguagens publicitárias. Ele apresenta o contexto inicial e atual da pesquisa, destacando como as novas tecnologias digitais trouxeram desafios para os publicitários e a necessidade de novas estratégias. Também aborda como artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica exploraram experiências sensoriais em suas obras e como isso é relevante hoje. Finalmente, discute a importância da identidade visual multissensorial para marcas.
1) O documento descreve o programa de um seminário sobre legislação e riscos nas instituições de ensino superior
2) Serão abordados temas como a legislação vigente, novas tecnologias, capital estrangeiro e impactos da inadimplência
3) O evento ocorrerá em 1o de dezembro em São Paulo e contará com palestrantes de universidades e escritórios de advocacia
Silvio Moraes da Silva participou de um workshop sobre aumento da produtividade no Brasil organizado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing em parceria com o Kaizen Institute em 30 de março de 2016, conforme certificado assinado pelo diretor do Kaizen Institute e coordenador do curso de Administração da ESPM.
O documento fornece um resumo do relatório NMC Horizon Report: Edição Ensino Superior 2013, que destaca seis tecnologias emergentes e suas aplicações no ensino superior nos próximos anos. No curto prazo (1 ano), os cursos online abertos de massa (MOOCs) e a computação em tablets terão ampla adoção. No médio prazo (2-3 anos), jogos e gameficação e a análise de aprendizagem se tornarão mais comuns. No longo prazo (4-5 anos), impressão 3D e tecnologia
1. O documento propõe a criação de uma plataforma e aplicativo para customizar e divulgar ofertas para frequentadores de shoppings.
2. O aplicativo usaria geolocalização, Wi-Fi e análise de comportamento para oferecer promoções personalizadas aos usuários.
3. Os usuários teriam uma experiência melhorada ao receberem ofertas direcionadas em banners e no próprio aplicativo.
Marcos regulatórios estaduais em saneamentoProjetoBr
1. O documento analisa os marcos regulatórios estaduais para saneamento básico no Brasil. 2. Foi identificada a presença de leis estaduais em apenas cinco estados. 3. As políticas estaduais são descritas quanto a atributos como universalização, instrumentos financeiros, regulação e controle social.
O documento descreve os programas de Formação Executiva e Formação Executiva Tecnológica oferecidos pela UNINOvE em suas unidades de Bauru, Botucatu, São Manuel e São Roque. Estes programas permitem que os estudantes obtenham certificações profissionais e diplomas em menos tempo, acelerando sua entrada no mercado de trabalho.
Este documento apresenta um resumo executivo do projeto de graduação de um grupo de estudantes da ESPM sobre a revista Zupi. O objetivo central é dobrar a participação de mercado da revista em publicidade de 3% para 6% e aumentar suas vendas para leitores de 10% para 12%, além de elevar em 25% o número de assinantes. A estratégia desenvolvida inclui planos táticos paralelos para anunciantes e leitores com o intuito de superar problemas como a baixa representatividade de anunciantes e fal
Este documento descreve a trajetória da ESPM e seu compromisso com a responsabilidade social desde a sua fundação em 1951. A ESPM sempre priorizou a formação ética dos alunos e a prática da responsabilidade social por meio de iniciativas como a ESPM Social, que realiza projetos com ONGs e comunidades carentes. O documento também detalha alguns dos projetos da ESPM Social em São Paulo, como consultorias pro bono para organizações sem fins lucrativos e trabalhos em comunidades para gerar renda.
Cúrriculo ilustrado do poeta e artista plástico Renato GondaAlexandre Oliveira
Este documento fornece um resumo biográfico e profissional de Renato Gonda, incluindo sua formação acadêmica em Letras, Artes e Turismo, suas atividades como professor, artista, escritor e gestor cultural. Também lista suas principais publicações, exposições, prêmios e comentários críticos recebidos.
Este artigo analisa como revistas femininas brasileiras representam conceitos de corpo saudável ao longo do século XX e início do século XXI. As revistas propagam um "corpo ideal" que muda com o tempo, mas sempre promove a busca por aparência física perfeita. O artigo explora como essas representações refletem valores culturais e são influenciadas pela mídia e indústria da beleza.
O documento discute a percepção do corpo ao longo da Idade Média e da Era Moderna. Na Idade Média, o corpo era visto como um instrumento para consolidar relações sociais e como uma prisão da alma, enquanto na Era Moderna o corpo passou a ser estudado cientificamente e valorizado nas obras de arte. Nos dias atuais, vive-se uma "crise do corpo" com a busca por padrões estéticos idealizados e a medicalização excessiva do corpo.
1) As melhores ideias de negócio raramente vêm de uma inspiração súbita, mas sim de pessoas que estudam problemas e fazem novas conexões de forma metódica e persistente.
2) Empreendedores inovadores são impulsionados por uma causa, reunem conhecimentos sobre um problema e fazem associações incomuns para gerar soluções disruptivas.
3) Embora o acaso possa desempenhar algum papel, a criatividade e a inovação requerem método, pesquisa, teste e aprendizado
O documento discute conceitos de organizações virtuais e redes complexas. Aborda o que é uma organização virtual, características de diferentes estágios de organização virtual e propriedades topológicas de redes complexas, incluindo mistura de padrões, resistência e distribuição de graus. Também resume a história dos mundos pequenos, incluindo experimentos iniciais e teorias sobre laços fracos em redes sociais.
Trabalho realizado em grupo para aula de Cultura do Consumo ministrada por Paula P. Silva.
Autores: Carina Correa, Daniela Parreiras, Fernando Montoza, Juliana China e Sílvia Debs Souto
A UNINOVE oferece diversas oportunidades de parceria para empresas, incluindo descontos em cursos de graduação e pós-graduação para funcionários, cursos customizados in company, palestras de executivos e visitas técnicas de alunos. A universidade também disponibiliza espaços para eventos e programas de relacionamento com estudantes.
Anais da 20ª Semana Racine - Congresso de FarmáciaInstituto Racine
O documento apresenta resumos de trabalhos acadêmicos apresentados no 20o Congresso de Farmácia em São Paulo entre 1o e 3 de Julho de 2010. Os resumos discutem vários tópicos relacionados à assistência farmacêutica no Brasil, incluindo a avaliação do nível de informação de pacientes sobre medicamentos prescritos, a importância da atuação de farmacêuticos na atenção básica à saúde, e o uso de critérios para analisar prescrições médicas na unidade de terapia intensiva.
O documento discute estratégias de planejamento para presença em mídias sociais, enfatizando a importância de entender as expectativas do público-alvo, definir objetivos e métricas claras, e produzir conteúdo relevante de forma consistente através de vários canais.
"Acesso a Mercados: Marketing Digital - Gerando Negócios através das Redes Sociais e Mídias Eletrônicas"
- Pedro Waengertner, Professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM
___________________
V Congresso da Micro e Pequena Indústria
Realização: Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria.(Dempi/Fiesp)
14 de outubro de 2010.
Hotel Renaissance
São Paulo - SP
http://www.fiesp.com.br/congressompis
http://twitter.com/dempifiesp
O Axure é uma ferramenta de prototipagem que permite criar interfaces interativas antes do desenvolvimento, reduzindo riscos e custos. Ela oferece elementos reutilizáveis, agilidade na criação e replicação de páginas, geração de protótipos navegáveis e documentação, sem necessidade de programação. O documento apresenta exemplos de layouts criados no Axure.
Este documento fornece um resumo das taxas e características da atividade empreendedora no Brasil em 2010. Em 3 frases:
1) As taxas de empreendedorismo no Brasil em 2010 foram de 11,5% para empreendedores iniciais e 7,6% para empreendedores de negócios nascentes.
2) A maioria dos empreendedores iniciaram seus negócios por oportunidade em vez de necessidade, e as taxas foram maiores entre homens, jovens e pessoas com maior escolaridade.
Este documento anuncia el Primer Congreso Iberoamericano de Educación Física que se llevará a cabo del 25 al 28 de febrero de 2015 en la ciudad de Lampa, Perú. El congreso contará con la presencia de expositores peruanos y extranjeros que abordarán diversos temas relacionados a la educación física. El evento está dirigido a profesores de educación física, inicial, primaria y otras especialidades.
O documento discute a comunicação multissensorial e os novos rumos das linguagens publicitárias. Ele apresenta o contexto inicial e atual da pesquisa, destacando como as novas tecnologias digitais trouxeram desafios para os publicitários e a necessidade de novas estratégias. Também aborda como artistas como Lygia Clark e Hélio Oiticica exploraram experiências sensoriais em suas obras e como isso é relevante hoje. Finalmente, discute a importância da identidade visual multissensorial para marcas.
1) O documento descreve o programa de um seminário sobre legislação e riscos nas instituições de ensino superior
2) Serão abordados temas como a legislação vigente, novas tecnologias, capital estrangeiro e impactos da inadimplência
3) O evento ocorrerá em 1o de dezembro em São Paulo e contará com palestrantes de universidades e escritórios de advocacia
Silvio Moraes da Silva participou de um workshop sobre aumento da produtividade no Brasil organizado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing em parceria com o Kaizen Institute em 30 de março de 2016, conforme certificado assinado pelo diretor do Kaizen Institute e coordenador do curso de Administração da ESPM.
O documento fornece um resumo do relatório NMC Horizon Report: Edição Ensino Superior 2013, que destaca seis tecnologias emergentes e suas aplicações no ensino superior nos próximos anos. No curto prazo (1 ano), os cursos online abertos de massa (MOOCs) e a computação em tablets terão ampla adoção. No médio prazo (2-3 anos), jogos e gameficação e a análise de aprendizagem se tornarão mais comuns. No longo prazo (4-5 anos), impressão 3D e tecnologia
1. O documento propõe a criação de uma plataforma e aplicativo para customizar e divulgar ofertas para frequentadores de shoppings.
2. O aplicativo usaria geolocalização, Wi-Fi e análise de comportamento para oferecer promoções personalizadas aos usuários.
3. Os usuários teriam uma experiência melhorada ao receberem ofertas direcionadas em banners e no próprio aplicativo.
Marcos regulatórios estaduais em saneamentoProjetoBr
1. O documento analisa os marcos regulatórios estaduais para saneamento básico no Brasil. 2. Foi identificada a presença de leis estaduais em apenas cinco estados. 3. As políticas estaduais são descritas quanto a atributos como universalização, instrumentos financeiros, regulação e controle social.
O documento descreve os programas de Formação Executiva e Formação Executiva Tecnológica oferecidos pela UNINOvE em suas unidades de Bauru, Botucatu, São Manuel e São Roque. Estes programas permitem que os estudantes obtenham certificações profissionais e diplomas em menos tempo, acelerando sua entrada no mercado de trabalho.
Este documento apresenta um resumo executivo do projeto de graduação de um grupo de estudantes da ESPM sobre a revista Zupi. O objetivo central é dobrar a participação de mercado da revista em publicidade de 3% para 6% e aumentar suas vendas para leitores de 10% para 12%, além de elevar em 25% o número de assinantes. A estratégia desenvolvida inclui planos táticos paralelos para anunciantes e leitores com o intuito de superar problemas como a baixa representatividade de anunciantes e fal
Este documento descreve a trajetória da ESPM e seu compromisso com a responsabilidade social desde a sua fundação em 1951. A ESPM sempre priorizou a formação ética dos alunos e a prática da responsabilidade social por meio de iniciativas como a ESPM Social, que realiza projetos com ONGs e comunidades carentes. O documento também detalha alguns dos projetos da ESPM Social em São Paulo, como consultorias pro bono para organizações sem fins lucrativos e trabalhos em comunidades para gerar renda.
Cúrriculo ilustrado do poeta e artista plástico Renato GondaAlexandre Oliveira
Este documento fornece um resumo biográfico e profissional de Renato Gonda, incluindo sua formação acadêmica em Letras, Artes e Turismo, suas atividades como professor, artista, escritor e gestor cultural. Também lista suas principais publicações, exposições, prêmios e comentários críticos recebidos.
Este artigo analisa como revistas femininas brasileiras representam conceitos de corpo saudável ao longo do século XX e início do século XXI. As revistas propagam um "corpo ideal" que muda com o tempo, mas sempre promove a busca por aparência física perfeita. O artigo explora como essas representações refletem valores culturais e são influenciadas pela mídia e indústria da beleza.
O documento discute a percepção do corpo ao longo da Idade Média e da Era Moderna. Na Idade Média, o corpo era visto como um instrumento para consolidar relações sociais e como uma prisão da alma, enquanto na Era Moderna o corpo passou a ser estudado cientificamente e valorizado nas obras de arte. Nos dias atuais, vive-se uma "crise do corpo" com a busca por padrões estéticos idealizados e a medicalização excessiva do corpo.
O documento discute a evolução histórica da percepção do corpo humano e como a sociedade contemporânea criou padrões irreais de beleza que levam a distúrbios. A imagem corporal é influenciada por fatores fisiológicos, psicológicos e sociais e está diretamente ligada à exposição a estereótipos midiáticos.
Este documento apresenta os objetivos e conteúdos de uma disciplina sobre Corpo e Saúde. Os objetivos incluem contextualizar corpo e saúde, discutir a importância da atividade física e alimentação saudável, e abordar avaliação corporal e doenças crônicas. Os conteúdos tratam de concepções históricas de corpo, saúde, exercício, alimentação e avaliação corporal. A metodologia inclui discussões, avaliações e uma atividade prática para traçar o perfil corporal
Este documento discute como a mídia representa a educação física e as atividades físicas no imaginário popular através de revistas especializadas. Analisa como essas revistas abordam práticas esportivas e estabelecem padrões de saúde e beleza, influenciando as representações sociais. Também examina como a educação física poderia trabalhar em conjunto com o jornalismo para distinguir informações benéficas e maléficas sobre esses temas.
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.Safia Naser
O documento resume um capítulo de um livro que discute o culto ao corpo na mídia e suas consequências na sociedade, incluindo a indução a padrões de beleza que levam à perda de valores humanos e à banalização da vida. O autor argumenta que a mídia influencia fortemente o "ideal de beleza" e pode gerar baixa autoestima quando as pessoas não atingem esses padrões irreais.
O documento apresenta um breve histórico sobre a trajetória dos indivíduos com deficiência em diferentes culturas ao longo do tempo. Discute como os paradigmas sobre deficiência evoluíram, desde a visão de que a deficiência era um castigo divino até a adoção de instituições de custódia e tratamento especializado. Também aborda a luta por direitos e inclusão social das pessoas com deficiência.
1) O documento discute os determinantes sociais da saúde, doença e intervenção ao longo da história. 2) Ao longo do tempo, diferentes fatores foram considerados determinantes, como fatores físicos, sociais, individuais e coletivos. 3) A compreensão dos determinantes sociais precedeu o desenvolvimento da medicina científica, e políticas de saúde pública foram desenvolvidas inicialmente para proteger contra riscos sociais e ambientais.
O documento discute a sociologia do corpo segundo David Le Breton. Ele define sociologia do corpo como o estudo das lógicas sociais e culturais que envolvem o corpo humano como fenômeno social e simbólico. O documento também discute como as percepções do corpo ganharam novas conotações nas décadas de 1960 e como o corpo passou a ser mais valorizado na sociedade atual.
Esta edição da Revista de Educação da APEOESP contém subsídios para professores se prepararem para concursos públicos, com resumos de livros da bibliografia. Ao mesmo tempo, critica avaliações excludentes promovidas pelo governo. Espera-se que os professores tirem proveito dos subsídios para obter bom desempenho nos concursos.
O documento discute a sociologia do corpo, especificamente: 1) Como o corpo é moldado social e culturalmente desde a infância; 2) Como novas ideias sobre o corpo emergiram na década de 1960 questionando visões tradicionais; 3) Como o corpo é central para a experiência humana e a interação social.
2023 Introdução Gênero e Saúde Materna .pptxvanessamaolvi
O documento fornece uma breve introdução sobre o conceito de gênero e sua aplicação no campo da saúde, distinguindo gênero, sexo e sexualidade. Apresenta diferentes teorias sobre gênero e como o conceito pode ser usado para entender desigualdades na saúde e empoderar lutas políticas e construção do conhecimento.
O documento discute como o corpo foi objeto de poder e saber ao longo da história, desde a Grécia antiga até os dias atuais. Aborda como o cuidado com o corpo era regulado e seu significado variou de acordo com cada época, associando-o a aspectos como saúde, beleza, força e desempenho. Também analisa como o biopoder modelou os corpos segundo padrões normativos e como a medicina se tornou um meio de controle social.
O documento discute os objetivos da antropologia social e como o comportamento humano é orientado pela cultura. Aprendemos padrões de comportamento através da socialização e compartilhamos valores culturais que nos permitem viver em sociedade. A cultura inclui tudo o que é aprendido coletivamente e passado de geração em geração.
Imagens da Mulher na Cultura contemporâneaCassia Barbosa
O texto discute como a psicanálise, desde Freud, tem recontextualizado a sexualidade humana, mostrando que o desejo sexual se origina na inclusão na cultura através da linguagem e não no sexo biológico. A autora argumenta que a psicanálise desnaturalizou os processos de sexuação e mostrou que a pulsão sexual pode variar de objetivo e direção de acordo com o contexto social. A sexualidade feminina continua sendo o ponto que faz a psicanálise se questionar e renovar.
O documento discute as identidades femininas acima dos 50 anos e como elas são construídas através do corpo, comunicação e consumo. A pesquisa avalia a satisfação dessas mulheres com a aparência e compreender as transformações nos hábitos de consumo relacionados à beleza e ao corpo. Identifica diferentes tipos de corpos como "reeducados", "renegados", "renovados" e "revisitados". Conclui que há um padrão de beleza imposto pela mídia que influencia as práticas de consumo das mulheres.
O documento discute as identidades femininas acima dos 50 anos e como elas são construídas através do corpo, comunicação e consumo. A pesquisa avalia a satisfação dessas mulheres com a aparência e compreender as transformações nos hábitos de consumo relacionados à beleza e ao corpo. Identifica diferentes tipos de corpos como "reeducados", "renegados", "renovados" e "revisitados".
O documento discute as identidades femininas acima dos 50 anos e como elas são construídas através do corpo, comunicação e consumo. A pesquisa avalia a satisfação dessas mulheres com a aparência e compreender as transformações nos hábitos de consumo relacionados à beleza e ao corpo. Identifica diferentes tipos de corpos como "reeducados", "renegados", "renovados" e "revisitados".
1) O documento analisa os conteúdos presentes nas capas de duas revistas femininas brasileiras, identificando como promovem um padrão ideal de corpo magro e definido para as mulheres.
2) As capas foram categorizadas de acordo com os temas de atividade física, alimentação e beleza, identificando como incentivam dietas restritivas e práticas esportivas arriscadas para obtenção do corpo padrão.
3) Conclui-se que as revistas reduzem a saúde à obedi
O documento discute a transição do conceito de "corpo produtivo" para o de "corpo rascunho" na modernidade líquida. O corpo produtivo era visto como instrumento de trabalho nas sociedades industriais enquanto o corpo rascunho é maleável e pode ser modificado de acordo com os desejos individuais em sociedades pós-industriais dominadas pelo consumo. A tecnologia ampliou as possibilidades de construção corporal, permitindo a reinvenção constante do corpo.
Reocupação do condomínio - Enchentes no RS.docxsindiconet
Comunicado para moradores de condomínios que foram evacuados por conta das enchentes no RS. Modelo avisa sobre o retorno autorizado pela Defesa Civil e traz orientações.
Apresentação CALERIELIFE APN CURTA 34 SLIDES PLANO DE MARKETING 10-JUNHO-2024...CalerieLife Brasil
Converse com Luciano Gonzaga no WhatsApp: +55 16 993108601
https://wa.me/message/AU4DIQDH5V7JF1
A nossa missão na CalerieLife é ajudar as pessoas a viverem uma vida com mais objetivos através de uma melhor saúde, de uma aparência e de um sentimento mais jovens, e de um abrandamento ou mesmo de uma inversão do processo de envelhecimento.
Os nossos incríveis Parceiros de Marca gostam de construir negócios de sucesso simplesmente partilhando os nossos produtos e sistemas revolucionários.
Na CalerieLife, acreditamos no envelhecimento através da dieta, do exercício e do jejum.
A CalerieLife promove a restrição calórica (RC) como uma prática integral na saúde celular equilibrada e na instigação de uma perda de peso saudável.
Com a CalerieLife, intervimos ao nível celular para impulsionar a produção de NAD+ e ajudar a promover uma gestão de peso mais sensata e saudável.
Sempre em frente! +55 16 993108601
#calerie #caleriehealth #caleriebrasil #caleriebrazil #calerieHealthBrasil #calerieLifeBrazil #calerieglobal #calerieoficial #caleriebrasiloficial #caleriehealthoficial #calerieLifeBr #CalerieLifeBrazil #calerielife #calerielifebrasil #CalerieLife #health #wellness #supplement #lifespan #calerielifebrasil
Apresentação CALERIELIFE APN CURTA SOMENTE PLANO DE MARKETING 10-JUNHO-2024.pdfCalerieLife Brasil
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Na CalerieLife, acreditamos no envelhecimento através da dieta, do exercício e do jejum.
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Na CalerieLife, acreditamos no envelhecimento através da dieta, do exercício e do jejum.
A CalerieLife promove a restrição calórica (RC) como uma prática integral na saúde celular equilibrada e na instigação de uma perda de peso saudável.
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1. comunicação, mídia e consumo são paulo vol. 4 n.9 p. 171-188 mar.2007
artigo
Corpo, saúde e beleza:
representações sociais nas revistas
femininas
Denise da Costa Oliveira Siqueira
Aline Almeida de Faria
Resumo
Com base em uma visão transdisciplinar, o objetivo deste artigo é refletir
sobre o modo como a mídia impressa representa e propaga conceitos de
corpo feminino saudável. Foram feitas leituras de estudos sobre corpo e
consultas aos arquivos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Seis re-
vistas brasileiras voltadas para o público feminino – da segunda metade do
século XX e início do XXI – foram selecionadas para ilustrar as mudanças
nos conceitos de corpo saudável e na abordagem desses conceitos.
Palavras-chave: Revistas femininas; representações sociais; corpo; cultura.
Abstract
From a transdisciplinary perspective, the objective of this article is to pon-
der about the way the printing-press represents and propagates concepts of
women’s healthy bodies. Readings of studies about the body were made as
well as consultations to the archives of the Biblioteca Nacional do Rio de Ja-
neiro (Rio de Janeiro National Library). Six Brazilian magazines written for
women – published during the 20th
century and the beginning of the 21st
cen-
tury – were chosen to exemplify the changes in the concepts of healthy body.
Keywords: Women’s magazines; social representations; body; culture.
Professora adjunta do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Estadual do Rio de Ja-
neiro (PPGC-UERJ), da especialização em Jornalismo Cultural e da graduação em Comunicação. Doutora
em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Graduada em
Comunicação pela UERJ. Autora de A ciência na televisão: mito, ritual e espetáculo (São Paulo: Annablume,
1999) e de Corpo, comunicação e cultura: a dança contemporânea em cena.
Jornalista graduada pela Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCS-
UERJ). Trabalhou nas revistas semanais Vida, do Jornal do Brasil, e Revista O Globo, do jornal O Globo.
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artigo
1
Introdução
Estudar o corpo e tudo o que ele é capaz de fazer é ação que pode
ser efetuada tendo como suporte um conjunto de várias áreas de co-
nhecimento que fazem dele seu objeto: antropologia, medicina, infor-
mática, engenharia, biologia, moda, arte, comunicação, entre outras.
Uma perspectiva transdisciplinar possibilita entendê-lo como orgâni-
co, tecnológico ou “pós-orgânico”, lugar de cruzamento de natureza
e cultura.
Sem reforçar dicotomias ou reducionismos, o corpo e suas ações no
grupo social são tanto fruto da natureza como fruto de uma construção
cultural; são portanto da ordem da natureza e da ordem da cultura. O
imbricamento corpo/cultura/natureza mostra que a natureza constrói o
corpo, e o corpo humano também reconstrói a natureza, sendo simulta-
neamente resultado e autor tanto dela quanto de si mesmo.
Amplamente discutido no plano acadêmico, o corpo encontra na mí-
dia um espaço onde representações a seu respeito são amplamente cons-
truídas e reproduzidas. Anúncios publicitários, textos jornalísticos, fotos
e ilustrações na televisão, na internet e na mídia impressa veiculam dis-
cursos, vozes sobre o corpo e sobre como ele é visto, desejado, vendido.
Na mídia impressa, as capas de revistas são síntese de representações, de
imaginários, explorando largamente o corpo feminino.
Reprodutoras, divulgadoras, formadoras de conceitos de corpo saudá-
vel, as revistas femininas estampam nas capas, há décadas, “modelos” de
mulheres, exemplos a ser seguidos para alcançar um objetivo: o corpo
ideal de cada época. Por trás da idéia de corpo, no entanto, alojam-se
vários outros ideais de comportamento, de valores.
As globalizadas sociedades de consumo parecem atribuir aos indiví-
duos a responsabilidade pela plasticidade de seu corpo. Com esforço e
trabalho físico, homens e mulheres são persuadidos a alcançar a aparên-
cia desejável, mesmo que para isso sejam necessários exercícios intensos,
cirurgias plásticas e dietas radicais – como pregam os múltiplos reality
shows da TV aberta e dos canais de TV por assinatura.
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A televisão e o cinema exploram as modificações da aparência corpo-
ral; a mídia impressa, por intermédio das revistas femininas, também ex-
plora a fórmula. As mudanças parecem acontecer no plano da aparência,
ou seja, muda o tipo de corpo que se deseja, mas a proposta de apresen-
tar sempre o corpo da época não muda. Assim, passam-se os anos, porém
as revistas voltadas para o público feminino continuam apresentando a
mulher mais contemporânea que a contemporaneidade, mais moderna
que a modernidade, mulher “tipo ideal”, idealizada e, ao mesmo tempo,
tipo ideal tal como o conceito de Max Weber
, que possibilita construir
categorias e estudá-las.
O que se lê nas revistas, em colunas e editoriais, é a proposta de um
“ideário religioso/esportivo”, como classificam Villaça e Góes (1998:14),
mandamentos e etapas a ser seguidos e vencidos. Rugas, flacidez muscu-
lar e queda de cabelos que acompanham o amadurecimento devem ser
combatidas com manutenção corporal enérgica e a ajuda de cosméticos
e de recursos possibilitados pela indústria da beleza. O corpo aqui não é
pensado de modo complexo, de forma holística, de maneira pluridisci-
plinar. Corpo é aparência física, e essa aparência tende a ser objeto de
consumo que gera mais consumo.
Partindo dessas idéias, o objetivo deste artigo é refletir sobre o modo
como as revistas femininas representam e propagam os conceitos de cor-
po feminino saudável. Para a realização da pesquisa empregou-se uma
metodologia qualitativa a fim de interpretar determinada realidade so-
cial. Inicialmente foi feita a leitura de estudos sobre corpo, especialmen-
te no universo da comunicação; posteriormente, uma pesquisa empírica
nos arquivos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Durante as con-
sultas ao acervo original foram selecionados – em uma amostra não-pro-
babilística por escolha – exemplares de seis revistas femininas brasileiras
de diferentes décadas a partir da segunda metade do século XX, que
Tipo ideal é expressão importante na discussão metodológica levantada pelo sociólogo Max Weber. “Refere-se à
construção de certos elementos da realidade numa concepção logicamente precisa. A palavra ‘ideal’ nada tem com
quaisquer espécies de avaliações” (GERTH, H. WRIGHT MILLS, C. “Métodos da ciência social”, in WEBER,
M. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 1982, p. 73-79). Um tipo ideal é uma categoria, um construc-
to, e tem finalidade puramente analítica.
4. escola superior de propaganda e marketing
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artigo
ilustram as mudanças nos conceitos de corpo saudável e na abordagem
desses conceitos. As publicações – Claudia, Nova, Boa Forma, Saúde,
Bons Fluidos e Revista O Globo – foram selecionadas de acordo com a
década em que surgiram. A exceção é a revista Claudia, publicada desde
os anos 1960, que serviu de contraponto às demais.
2
A construção social do “corpo saudável”
Assim como o corpo, do qual deriva, a linguagem é social, cultural e re-
lacionada à comunicação. Do corpo partem gestos – linguagens/comu-
nicação não-verbal – e palavras – linguagens/comunicação verbal. Mas
o corpo e suas linguagens precisam ser relativizados quanto a seu con-
texto. Guattari (2000: 278) faz uma reflexão sobre o corpo em contextos
culturais: “penso que nos atribuem um corpo, produzem um corpo para
nós, um corpo capaz de se desenvolver num espaço social, num espaço
produtivo, pelo qual somos responsáveis”.
O autor afirma que em outros sistemas antropológicos a noção de
corpo individuado funciona de modo distinto. Para Guattari, a própria
noção de corpo, de corpo natural, não existe como tal. O corpo arcai-
co, por exemplo, não é um corpo nu; é sempre um subconjunto de um
corpo social, atravessado pela marca do socius, pelas tatuagens, pelas ini-
ciações. Tal corpo não comporta órgãos individuados: é perpassado por
espíritos que pertencem ao conjunto de agenciamentos coletivos. Nas
sociedades capitalistas, a noção de corpo é interiorizada como “você tem
um corpo nu, um corpo vergonhoso, você tem um corpo que tem de se
inscrever num certo tipo de funcionamento de economia doméstica, de
economia social” (idem: ibidem). O corpo, o rosto, a maneira de se com-
portar em cada detalhe do movimento de inserção social é sempre algo
que tem que ver com o modo de inserção na subjetividade dominante.
A idéia de um corpo com saúde que hoje aparece na mídia pode le-
var a entender que essa noção seja consensual. No entanto, esse também
é um conceito em constante reconstrução, que varia de interpretação
de acordo com o contexto histórico, social, cultural. Richard Sennett
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(2003), ao tratar do corpo na Grécia antiga, mostra que a valorização do
nu masculino estava relacionada à exibição de um corpo forte, exercita-
do, de acordo com os padrões da época.
A Idade Média, ao contrário, esconderia o corpo – atrás de misticis-
mos, mitos religiosos, superstições. A Igreja reprimiria o corpo; o culto
dionisíaco – do qual um dos elementos principais era a dança e, portan-
to, uma manifestação do corpo – via o transe. De fato, mais forte que
os dogmas, que as formulações intelectuais que não eram acessíveis a
todos, era a prática física do rito que fundava a fé cotidiana (Bourcier
1994: 51). Daí a necessidade de reprimi-la, associá-la a pecado, assim
como todo prazer carnal. Portanto, “dançar nas dependências das igre-
jas, dos cemitérios, durante as procissões era um pecado escandaloso”
(ibidem: 52). Quase ao final da Idade Média, em torno do século XIII,
certa busca de uma beauté formelle começava a ordenar o movimento.
A essa busca de ordenamento, de racionalização, Bourcier (ibidem: 63)
refere-se desta maneira: “A Idade Média inventou a retórica do corpo:
um culto da forma pela forma que parece ser uma constante do espíri-
to francês em todas as artes”.
No Renascimento, inicialmente na Itália e, posteriormente, na Fran-
ça, dançar, exibir dotes de bom dançarino, saber mover-se com graça
e elegância eram exigidos dos nobres. Na França de Luís XIV – o Roi
Soleil, assim chamado devido a um personagem dançado por ele – os
jovens nobres eram instados a se dedicar ao estudo do movimento. Fazia
parte da “disciplina” do corpo aristocrático saber dançar. No entanto, é
importante ressaltar que, nesse período, como na Grécia antiga, o corpo
que se movimenta e se exercita é, principalmente, o corpo masculino.
Posteriormente, já no século XVIII, quando o balé – gênero surgido das
danças da corte – se torna arte cênica, são os homens que primeiro se
profissionalizam.
A herança/influência européia de religião, valores e comportamentos
provocam situações de conflito no “novo mundo”. No Brasil, a medicina,
desde o início do século XIX, lutava contra a tutela jurídico-adminis-
trativa herdada da metrópole. O progresso se deu por meio da higie-
ne, que incorporou a cidade e a população ao campo do saber médico.
6. escola superior de propaganda e marketing
176 corpo, saúde e beleza
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A questão da salubridade levantada pela medicina ligou-se retoricamen-
te ao interesse do país, e a medicina social tratou de implementar a hi-
giene familiar. Segundo Jurandir Freire Costa (2004: 31),
em vez de ameaça de destruição, promessa de transformação. Não mais
cultivar o medo da morte, ou, pelo menos, só reanimá-lo em casos ex-
tremos. O fundamental era alimentar o gosto pela vida. Mostrar que a
submissão tem um prêmio: a persistência da prole, o prolongamento da
saúde, a felicidade do corpo.
A sociedade brasileira idealizada pela higiene seria composta de ho-
mens fortes que, “desde criança, acompanhados de perto pelos médicos,
um dia estariam prontos para oferecer docilmente suas vidas ao país”
(Costa 2004: 179). A importância do enquadramento disciplinar do cor-
po também não era posta em dúvida pelos médicos, que viam na educa-
ção física um fator capital de transformação social. A lista dos exercícios
físicos e de suas vantagens seria interminável. Os médicos faziam apelo
a todo tipo de argumento para justificar a importância da educação do
corpo. “Gregos, romanos, celtas, gauleses, germanos e mil outros povos
reputados cultos, heróicos e guerreiros eram chamados como testemu-
nhas do cultivo do corpo” (ibidem: 185). Criava-se o hábito de aprender
a olhar, admirar e domesticar o corpo desde cedo.
Nas décadas que se seguiram às reformas médicas e de higiene pro-
postas por Oswaldo Cruz, a cultura de massa se consolida no país. Nesse
universo urbano de cultura de massa, a mulher surge como consumi-
dora. Publicações, programas de rádio, produtos variados começam a se
voltar para esse “público” feminino.
Entre 1900 e 1930, o gesto de se embelezar era associado a mulheres
excessivamente vaidosas, das artistas às libertinas. As revistas brasileiras –
principais mídias da época, ao lado dos jornais – reproduziam esses valo-
res. Segundo Denise Sant’Anna (1995: 138), o prazer de se embelezar, por
meio do banho ou do uso de cremes para a pele, era visto com reservas:
No “consultório da mulher”, da Revista da Semana, os conselhos de be-
leza se preocupam menos em sublinhar as possíveis sensações agradáveis
resultantes do uso dos remédios de beleza neles recomendados, do que
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em afirmar, de modo imperativo, o quanto eles são eficazes nas curas dos
mais diversos males: “inflamações do couro cabeludo”, “peito caído”, “es-
tômagos sujos”, “gases fétidos”, “comichões”, “vermelhidões”, “anemia
do rosto” [...], a lista é longa e a linguagem é crua. Nela, os problemas de
beleza se submetem aos de saúde.
Nos anos 1950, as novas revistas voltadas para o público feminino
eram freqüentemente ilustradas com fotografias de atrizes do cinema
europeu ou norte-americano, vencedoras de concursos de miss ou de
beleza, vedetes do teatro de revistas, atrizes das chanchadas e rainhas do
rádio. Criadas naquela década, Cinelândia, Querida, Capricho estão en-
tre as publicações em que os conselhos de beleza são recomendados por
estas mulheres-mito: Gina Lollobrigida, Sophia Loren, Marilyn Mon-
roe, Martha Rocha. Como escreveu Sant’Anna (1995: 128), mulheres
belas que aconselhavam outras mulheres, ensinando, de modo informal
e didático, “como é bom, fácil e importante se fazer bela, dia após dia”.
A partir dos anos 1960, uma imagem se tornou freqüente em revistas
femininas brasileiras: uma mulher sob uma ducha, seminua, de olhos
fechados, mãos e braços envolvendo o corpo, sugerindo prazer. Esse mo-
delo de beleza parece não necessitar mais da aprovação alheia: mulheres
jovens que sugerem um contentamento único e solitário cuidando do
próprio corpo. Para fortalecer o discurso dirigido à mulher, conselhos de
beleza insistem que é preciso conhecer, explorar, tocar o próprio corpo
para torná-lo mais autêntico e natural (ibidem).
Com o crescimento do “mercado do músculo”, nos anos 1980, e do
consumo de bens e serviços destinados à manutenção do corpo, “im-
périos industriais”, com atividades diversificadas, ocuparam essa fatia
do mercado relativa ao ferro, às vitaminas e ao suor, produzindo tanto
aparelhos de musculação quanto suplementos nutricionais, ou ainda pu-
blicando revistas especializadas sobre boa forma, saúde, regimes alimen-
tares e desenvolvimento corporal (Courtine 1995: 84).
Essa exploração pela cultura de massa, e por setores da economia
dos cuidados com o corpo e a saúde, remete ao conceito trabalhado
por Foucault de “cuidado de si”. “Ter cuidados consigo”, para Foucault
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artigo
(1984: 50), é o princípio que domina e possibilita a existência, que fun-
damenta as necessidades do indivíduo, comanda o seu desenvolvimento
e organiza a sua prática. Foucault lembra que a idéia de ocupar-se con-
sigo mesmo é um tema antigo na cultura grega. A cultura de si tomou
a forma de uma atitude, de uma maneira de se comportar, impregnou
formas de viver; desenvolveu-se em procedimentos, em prática social,
em trocas e comunicações; proporcionou, enfim, certo modo de conhe-
cimento e elaboração de um saber.
Apropriando-se de determinados aspectos culturais e explorando-os
em larga escala – como no caso dos “cuidados de si” –, o que os meios
de comunicação de massa fazem é mostrar como sendo de muitos o que
é relativo a determinado grupo – daí sua sempre suscitada relação com
a ideologia.
A produção dos meios de comunicação de massa, produção de “subje-
tividade capitalística”, gera uma espécie de cultura com vocação univer-
sal. Guattari (2000: 39) afirma que “cultura de massa” e “singularidades”
são expressões que não podem aparecer em uma mesma frase:
Elas são, na realidade, incompatíveis. A imprensa, enquanto produtora de
cultura de massa, alimenta-se de fluxos de singularidades para produzir,
dia a dia, individualidades serializadas. Democraticamente ela “amassa”
os processos de vida social, em sua riqueza e diferenciação, e, com isso,
produz, a cada fornada, indivíduos iguais e processos empobrecidos.
Fonte singular de informação e entretenimento, a imprensa assume,
então, um importante papel educador/formador: mostra, exibe, propaga
como o leitor (espectador/ouvinte/internauta) deve se comportar como
consumidor de produtos, idéias, comportamentos, modas.
A mídia, enquanto dispositivo de poder a serviço de uma comunicação
baseada nas fórmulas de mercado, atualiza constantemente as práticas co-
ercitivas que atuam explicitamente sobre a materialidade do corpo. As sub-
jetividades disciplinadas, preparadas para servir de modo voluntário, levam
os corpos a suplícios de forma tão cruel quanto as da Idade Média. Trata-se
de um suplício voluntário. O corpo mensagem, como corpo da comuni-
cação, mutila-se, modifica-se, transforma-se e estetiza-se para servir como
aporte de mercadorias/produtos e de conceitos/idéias (Hoff 2005: 32).
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Na mídia, a experiência do corpo se confundiria, portanto, com a
de consumo: corpo e produto oferecem tangibilidade às mensagens
midiáticas – “referências sensoriais necessárias na experiência sígnica
e virtual que a mídia promove” (ibidem: 33). Para a mídia, não é o es-
petáculo do martírio que interessa (os suplícios e as dificuldades para
alcançar o corpo modelo), mas o espetáculo do resultado das transfor-
mações (a conversão do corpo), ou seja, o corpo convertido ao modelo
é o espetáculo.
Tais transformações parecem pretender construir uma espécie de
identidade corporal midiática. Os discursos midiáticos – da publicidade
ao jornalismo – fazem parecer não haver outro caminho para a maioria
dos homens e das mulheres senão se reconhecer, se relacionar consigo
mesmos e com suas vidas de acordo com os discursos, as imagens e os
pressupostos veiculados pelos meios de comunicação. Segundo Santaella
(2004: 125),
nas mídias, aquilo que dá suporte às ilusões do eu são, sobretudo, as ima-
gens do corpo, o corpo reificado, fetichizado, modelizado como ideal a
ser atingido em consonância com o cumprimento da promessa de uma
felicidade sem máculas. São, de fato, as representações nas mídias e pu-
blicidade que têm o mais profundo efeito sobre as experiências do corpo.
São elas que nos levam a imaginar, a diagramar, a fantasiar determinadas
existências corporais, na forma de sonhar e desejar que propõem.
As representações sociais do corpo e de sua boa forma aparecem co-
mo elementos que reforçam a “auto-estima” e dependem em grande par-
te da força de vontade: quem quer pode ter um corpo magro, livre de
gorduras indesejadas, “belo” e “saudável”. A aparência de um corpo com
músculos rígidos indicaria saúde, revelando o poder que a exaltação e
exibição do corpo assumiram no mundo contemporâneo.
A mídia tornou-se, assim, importante forma de divulgação e capita-
lização do chamado “culto ao corpo”, comportamento estimulado pelos
meios de comunicação tanto quanto pela “indústria da beleza”. As revis-
tas femininas, em especial, mostram tal comportamento recorrentemen-
te, enquadram-no no cotidiano, o mantêm presente.
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Nesse sentido, a produção jornalística se estabelece como locus privi-
legiado para divulgação de informação relacionada ao corpo, a padrões
de beleza e a um ethos. A presença de especialistas multiplica-se nas pu-
blicações em depoimentos sobre variados assuntos, garantindo credibili-
dade ao discurso construído – afinal, não é o jornalista quem fala, mas
um terceiro, alguém aparentemente desinteressado, um conhecedor do
assunto que se pronuncia.
Nas revistas femininas contemporâneas, os “especialistas” dissertam
sobre cuidados com o corpo em diferentes abordagens: alimentação/
dietas, sexualidade, moda, “beleza” e exercícios físicos. Paralelamente,
parecem multiplicar-se academias, spas, centros estéticos, clínicas de em-
belezamento, tratamentos fisioterápicos, técnicas de ginástica, de alonga-
mento, relaxamento e outras novidades com vistas a promover o “corpo
saudável”. Parece que, ao lado do exercício intenso antes exigido do cor-
po, agora também é preciso adotar a preocupação com seu bem-estar fí-
sico e mental, ou seja, uma passagem discursiva do fitness, preocupação
dos anos 1980, para o wellness – bem-estar físico e mental –, preocupa-
ção dos anos 2000.
3
Corpo feminino e mídia: análise de revistas
As mudanças no conceito de corpo saudável e, principalmente, a ênfase
dada aos cuidados com o corpo – seja no aspecto da saúde ou da beleza
– podem ser detectadas nas diferentes abordagens dadas pela mídia im-
pressa ao assunto. Para ilustrar essas diferenças, foi realizada uma pes-
quisa em revistas femininas arquivadas na Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro. Foram analisadas – e fotografadas – as revistas Claudia, Nova,
Boa Forma, Saúde, Bons Fluidos e Revista O Globo. A opção por estudar
seis diferentes publicações – e não uma ou duas – deu-se porque busca-
ram-se representações dos corpos das variadas mulheres da fragmentada
sociedade contemporânea.
Ao longo do trabalho foi possível observar mudanças que sugeriram
a construção de três abrangentes categorias de discursos sobre o corpo
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artigo
da mulher. Essas categorias podem ser analisadas com base na leitura
de textos e nas imagens veiculadas pelas revistas estudadas. São cate-
gorias, no entanto, que expressam mais do que o que está exposto nas
revistas; mostram aspectos de uma certa cultura das mídias – na qual
o jornalismo se insere – em determinados períodos. Representam, as-
sim, aspectos da cultura, da sociedade. Como toda e qualquer catego-
ria, podem apresentar limitações, pois visam tão-somente a viabilizar
metodologicamente a discussão e a análise, sem pretensão de esgotar
o assunto.
Observou-se, então, por meio das revistas, que nos anos 1960 o corpo
feminino foi valorizado por seu aspecto “natural”, por sua beleza inata,
paralelamente a um momento de emancipação feminina. Corpo “natu-
ral”, com poucos artifícios para ser reconhecido como belo, foi a primei-
ra categoria encontrada. Nos anos 1980, as revistas parecem valorizar e
explorar um corpo “marombado”, na gíria da época, aquele de músculos
definidos e bastante aparentes, resultado do fitness. Essa é a segunda
categoria de corpo trabalhada. Nos anos 2000, chega-se a uma catego-
ria que mescla a dos anos 1980, “maromba”, com a preocupação com o
bem-estar, o wellness. O corpo “maromba-zen”, como classificado em
uma matéria da revista Vida
, suplemento do Jornal do Brasil, de 2004, é
a terceira categoria adotada na pesquisa.
Primeira revista estudada, Claudia foi publicada inicialmente em ou-
tubro de 1961, pela editora Abril de São Paulo. A edição número um
trazia uma proposta de libertação da mulher. O assunto de destaque
era uma mensagem de não-submissão feminina diante do homem. A
“revista da mulher” trazia ilustração de um marido que olhava para uma
mulher enquanto dava o braço à esposa, a mesma que limpava sapatos
e as cinzas de cigarro em outra imagem. O título deixa clara a mensa-
gem: “Não, isto não tolero!”. Em um canto da página aparece a chamada
Maromba-zen foi termo empregado por Celeste Cintra e Danielle Nogueira na matéria de capa “O corpo atra-
vés dos tempos”, da revista Vida, no
17 (2004), suplemento editado por Márcia Pelier no Jornal do Brasil e veicu-
lado aos sábados. A gíria designaria um novo tipo de atividade física na qual a musculação e a ginástica dos anos
1980 seriam substituídas pela proposta de um corpo “definido”, com músculos exercitados associados à sensação
de bem-estar e prazer.
12. escola superior de propaganda e marketing
182 corpo, saúde e beleza
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“A arte de ser mulher”, seguida do mandamento: “Você deve reagir com
firmeza, mas com doçura, ante os defeitos de seu marido”.
A capa desse primeiro número mostra o rosto de uma bela mulher
de perfil. Diferentemente de grande parte das revistas atuais em que o
corpo quase inteiro é foco, naquela o babado da blusa, o pescoço e o rosto
são mostrados. A mulher sorri de olhos fechados enquanto brinca com um
passarinho na gaiola. A “produção” aparente fica por conta do babado, da
maquiagem e do penteado. Mesmo assim, Claudia número um também
trata do corpo, mais especificamente da beleza almejada. A matéria “Luz
em seu rosto” deixa nítida uma perspectiva de como tornar o corpo belo
relacionada com saúde: o texto explica o que são peles seca e oleosa, como
identificar e cuidar. Esse primeiro exemplar da publicação possibilita a
construção da categoria de corpo e beleza naturais, mas explicita a preo-
cupação com a emancipação feminina.
A edição de janeiro de 1975 de Claudia mostra que o corpo sensual
é valorizado por acessórios e passa a ser destaque. “Técnicas” de cuida-
dos de si também entram em cena – nessa edição trata-se de depilação.
As noções de “mulher liberada” e “emancipação da mulher”, aludindo
à revolução sexual, agora encontram eco em um movimento feminista
internacional e mais radical. Fala-se ainda de conquistas femininas, de
anseios e desejos da mulher que é mãe, esposa e, em alguns casos, tam-
bém exerce uma profissão. Mas começa-se a tratar da mulher vaidosa,
feminina, que se preocupa em ser bela, atraente.
Em Claudia, o processo de mostrar a mulher como explicitamen-
te vaidosa, feminina, se intensifica nas décadas de 1980 e 1990. Os
assuntos da emancipação feminina são relegados a segundo plano. A
emancipação é uma realidade, em parte, e as questões do corpo-bele-
za tornam-se o centro da discussão das décadas. Em Claudia, de abril
de 1986, a matéria de capa “Valorize seu corpo e seu estilo” oferece
à leitora “novidades” de moda, ginástica que modela a silhueta, ma-
quiagem, cortes de cabelo e a novíssima “dieta das estrelas”. Na capa,
outra chamada, porém com menor destaque: como abordar o assunto
das drogas com os filhos. Uma discussão séria que é tratada pela revis-
ta com menor espaço. Nesse período, e mesmo no seguinte, Claudia
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artigo
apresenta características que mostram a passagem da primeira catego-
ria de representações estudadas para a segunda categoria. A mulher
em questão se preocupa com assuntos importantes, como os jovens e
as drogas, mas se preocupa cada vez mais com seu aspecto físico e com
os exercícios que podem mudá-lo.
Em julho de 1998 e julho de 2002, as “amenidades” tomam conta da
capa e do conteúdo de Claudia. Um especial, “Claudia corpo”, apresen-
ta “40 técnicas para adiar a cirurgia plástica”. Em 2002, a falta de tempo
da mulher moderna que se desdobra para ser mãe-esposa-profissional é
resolvida com uma matéria de “beleza express”: como ficar bela mesmo
com pouco tempo. Técnicas estéticas e médicas, produtos cosméticos
que chegam às lojas tomam o espaço editorial. Assuntos polêmicos ou de
emancipação feminina são reduzidos ou ficam sem espaço nenhum.
Outra publicação ainda hoje em circulação, Nova, data da década de
1970 e trata em sua primeira edição de cirurgia plástica e do desejo
de uma silhueta bela, fina. Entretanto, os corpos exibidos em matérias
sobre os dois assuntos – plástica e magreza – mostram um padrão bas-
tante diferente do atual, uma magreza sem definição de músculos.
Na primeira edição de Nova, em outubro de 1973, fica evidente que
ainda não existem fórmulas “secretas” e revolucionárias para conquistar
o corpo “ideal”. As dicas sugeridas são superficiais e quem as oferece
não é um nutricionista, médico ou especialista em alimentação, mas um
psicólogo. O segredo, segundo ele, está na redução de apetite, na manei-
ra de encarar a comida e, principalmente, na relação com os outros e a
sociedade.
Em outra edição, de dezembro de 1973, a abordagem da cirurgia
plástica traz a reflexão sobre os domínios do corpo e os padrões da épo-
ca. Em uma matéria-diário, a cirurgia plástica não é condenada, mas
ainda vista como novidade, técnica pouco conhecida então. O resultado,
satisfatório para a paciente que se submeteu ao implante de silicone para
aumento das mamas, fica longe do modelo de seio atual. Nova, mais “ar-
rojada” que Claudia, mostra o corpo que já não é mais valorizado pela
beleza “natural”, que busca a cirurgia plástica, embora não queira ser
musculoso, definido.
14. escola superior de propaganda e marketing
184 corpo, saúde e beleza
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Na década de 1980, com o boom das academias no Brasil, vídeos e
publicações especializadas em ginástica invadiram as bancas de jornal. A
revista Boa Forma surgiu nesse contexto. Lançada em 1986, trazia a cada
edição mensal uma nova técnica, um novo segredo, uma nova fórmula
de emagrecer e ter um corpo belo e saudável com a prática de atividades
físicas. “Musculação sem mistérios”, exercícios “infalíveis” da ginástica
localizada, dicas da “ciclista fanática”, dicas de beleza antes e depois da
malhação. O mundo parece girar em torno da atividade física. Boa Forma
exemplifica a segunda categoria escolhida, a do corpo “marombado”.
Também na década de 1980, a alimentação ganha destaque. A mídia
começa a se interessar pela divulgação das descobertas acerca dos ali-
mentos. E cada um deles tem grande poder que deve ser usado em favor
da saúde e da beleza corporal. Lançada em 1982, a revista Saúde! tinha
como proposta levar para os leitores um guia com as novidades para uma
nutrição mais “correta”. Os exemplares de 1985 mostram os poderes do
iogurte, do própolis e do ginseng; tratam da “cura natural para nove dis-
túrbios femininos”, dão dicas de “comidas leves para quem come fora” e
ensinam como entrar “em forma brincando”.
As “novidades” no mundo da alimentação não deixaram de ser mos-
tradas pela mídia nos anos 2000. O enfoque, entretanto, mudou para
uma abordagem mais “científica”, que explora o que já se sabe sobre nu-
trição para “otimizar” os benefícios “naturais”. Publicação mais recente
entre as estudadas, a Revista O Globo, de 24 de julho de 2005, apresenta
uma nova “pirâmide” alimentar. Nela, na realidade, não há nenhuma
novidade. Recomendam-se grãos, vegetais, frutas, óleos, leite e derivados
e carnes. O “segredo” está no “estilo de vida” do indivíduo e na criação de
uma “dieta personalizada”. Para tal, questões como rotina diária, prática
(ou não) de atividades físicas, tempo de duração dessa atividade, idade e
sexo são necessárias para estipular a quantidade calórica necessária.
Os hábitos alimentares passam por uma mudança em que “estilo de
vida” está intrinsecamente associado a um cotidiano estressante, à falta
de tempo e à busca por sossego, paz, saúde e tranqüilidade. Em novem-
bro de 2005, a rede de fast-food Bob’s lançou uma campanha publicitá-
ria – veiculada nas principais mídias cariocas: revistas, jornais, outdoors
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e televisão – na qual anunciava uma promoção de sanduíche natural
com bebida à base de chá-mate. O slogan da campanha garantia que
a comida era tão leve que o consumidor não ia ficar com peso nem na
consciência. Em um primeiro momento, causa estranhamento que uma
rede de sanduíches calóricos e refrigerantes ofereça uma promoção light.
No entanto, trata-se de se adequar comercialmente a um consumidor
que parece querer um “estilo de vida” mais saudável, menos “pesado”,
com preocupações com a prevenção de doenças e a longevidade. É uma
questão estratégica, de marketing: mudar ou perder público para casas
de “comida natural”.
O mesmo “estilo de vida” reaparece quando o assunto é atividade fí-
sica. No lugar da ginástica “a todo custo”, as revistas femininas e espe-
cializadas em saúde, fitness e bem-estar trazem uma proposta diferente.
Trata-se de transformar a imagem da atividade física de mal necessário
para algo prazeroso que proporcionará momentos de relaxamento. Tal é
o novo discurso desses meios de comunicação de massa: é preciso prati-
car atividades que cuidem do corpo, sim, mas que também “alimentem
o espírito”. Essa é a proposta da revista Bons Fluidos, periódico que trata
de autoconhecimento, corpo, casa, espiritualidade. Na edição de julho de
2000, a idéia é esquecer o relógio, cuidar de si e “cultivar a auto-estima”.
Em agosto de 2000, a ioga é o destaque. Ela “deixa o corpo flexível e a
mente tranqüila”. Bons Fluidos ilustra a terceira categoria construída, a do
corpo “maromba-zen”, que busca o que as revistas chamam de wellness.
Coerentes com essa proposta, as academias de ginástica investem em
campanhas publicitárias que atraiam um público desejoso de prazer na
prática de exercícios. As revistas são os espaços midiáticos escolhidos pa-
ra tal veiculação. A academia A!BodyTech publicou em 2005 – ano em
que ocorreu a fusão de duas redes, A!cademia e BodyTech – um anúncio
em que o nome da nova academia era deixado em segundo plano. O es-
paço foi definido como “centro de atividades físicas e bem-estar”, local
onde o usuário vai “viver de verdade”.
Explorando a mesma linha do anúncio da A!BodyTech, uma matéria
da Revista O Globo, de 15 de outubro de 2005, enaltece o montanhismo
como alternativa para quem quer desfrutar da beleza do Rio de Janeiro,
16. escola superior de propaganda e marketing
186 corpo, saúde e beleza
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se aventurar, trabalhar músculos e ainda respirar ar puro. A noção de
“culto ao corpo” dos anos 1980 se mistura com as idéias de fazê-lo com
prazer e ter outros benefícios que vão além do resultado em termos de
aparência corporal.
4
Considerações finais
O conceito de corpo saudável se altera com a história e de acordo com
características que também são externas ao corpo, ou melhor, que fazem
parte de um corpo social e cultural. Em um universo em que se sentem
e divulgam falta de tempo, estresse, desgaste emocional, novas doenças e
em que ganha espaço um “domínio tecnológico” em diferentes áreas,
parecem predominar, em relação ao corpo, o desejo de saúde, músculos
definidos, juventude eterna, beleza ao extremo. E, paralelamente, a ne-
cessidade de “desestressar”, relaxar, desacelerar.
As revistas femininas apresentam receitas de como se alcançar o equi-
líbrio para viver nas cidades, conviver com a competição, a violência e
o estresse daí decorrentes. O resultado deve ser aparente – uma bela
aparência; um corpo forte, esbelto. Conseguir isso é também alcançar o
sucesso. Essa é a mensagem.
Ao longo das décadas, as representações desse corpo almejado mo-
dificaram-se e as revistas buscaram acompanhar, divulgar e reforçar os
novos “valores” em relação ao corpo feminino. Aqui o que se observa
é que a mídia não inventa, mas reflete, em seu modo de produção in-
dustrial, de massa, tendências, aspectos de determinados grupos sociais.
Realmente, reforça em grande escala alguns desses valores, fazendo-os
parecer os “verdadeiros” valores. Em termos de discursos, textos e ima-
gens jornalísticos e publicitários ressaltam determinadas categorias. Em
termos de linguagem, o uso intenso de adjetivos, de depoimentos de mu-
lheres famosas, celebridades, os recursos a falas de “especialistas” bus-
cam mostrar como verdadeiras as idéias veiculadas. Mesmo o recurso à
dramatização em determinados textos que narram histórias de leitoras e
outras mulheres funcionam persuasivamente.
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comunicação, mídia e consumo são paulo vol. 4 n.9 p. 171-188 mar.2007
artigo
Assim, do corpo “naturalmente” belo dos anos 1960, passa-se por um
corpo de músculos hipertrofiados nos anos 1980 e chega-se aos anos
2000 com um corpo almejado que mescle boa forma física com ativida-
des que gerem bem-estar. Certamente essas três categorias não dariam
conta da variedade de corpos que as múltiplas sociedades e culturas con-
temporâneas comportam. Mas as revistas parecem não saber disso, ou
não querer ver, ou não ter condições nem interesses industriais, comer-
ciais, tecnológicos de mostrar essa variedade.
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Revistas citadas
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