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DOI: 10.18256/2359-3539/reit-imed.v2n1p23-32
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
Computação Ubíqua – Definição e Exemplos
Everton Silva
Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA).
E-mail: <everton.tche@hotmail.com>.
Larri Botelho
Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas.
Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA).
E-mail: <larribotelho@hotmail.com>.
Iverton dos Santos
Docente no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA).
E-mail: <iverton.santos@iffarroupilha.edu.br>.
Gustavo Sanchez
Doutorando em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Docente no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA).
E-mail: <gustavo.sanchez@iffarroupilha.edu.br>.
Resumo
Este artigo contextualiza a computação ubíqua, um novo paradigma de computação com caracte-
rísticas de pró-atividade, onipresença, imperceptibilidade e naturalidade. Apresentam-se conceitos
básicos, características do modelo, tecnologias essenciais para seu uso, áreas de aplicações, exemplos
de dispositivos, sistemas já desenvolvidos e projetos na área. Além disso, é realizada uma abordagem
sobre os desafios da segurança em cenários ubíquos. Em termos metodológicos, parte-se da primeira
definição teórica e citação científica do termo por Weiser (1991), e passa-se por alguns trabalhos cien-
tíficos nacionais e internacionais, assim como por produtos de mercado, que concretizam muito da
proposta teórica do autor.
Palavras-chave: Computação ubíqua, Computação pervasive, Computação móvel.
O termo ubiqUidade faz referência a alguma
coisa onipresente que está em todo o lugar ao nos-
so redor (Weiser, 1991). Para este autor, as tecno-
logias mais profundas e duradouras são aquelas
que desaparecem e se fazem presente no nosso
cotidiano.
Segundo (Augustin et al., 2008), previsões
indicam que em poucos anos, microprocessado-
res se tornarão pequenos e baratos o suficiente
para serem embutidos em quase tudo – não so-
mente em dispositivos digitais, carros, eletroele-
trônicos, brinquedos, ferramentas, mas também
em objetos (lápis, por exemplo) e roupas. Todos
esses artefatos devem estar entrelaçados e conec-
tados em uma rede sem fio. Já (Chalmers, 2006),
aponta que a atual geração de dispositivos interco-
nectados é apenas o ponto de partida em direção à
computação ubíqua.
A Computação Ubíqua e Pervasiva é consi-
derada um dos grandes desafios da pesquisa em
Computação pela National Science Foundation
(NSF) (NSF, 2011) e está também presente no re-
latório Grandes Desafios da Pesquisa em Compu-
tação no Brasil 2006-2016, publicado pela Socie-
24
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez
dade Brasileira de Computação (SBC) (SBC,2016).
Alguns autores consideram a Computação ubíqua
como sendo o novo paradigma do século 21.
Computação Ubíqua
A Computação Ubíqua por si só não possibi-
lita tantas facilidades para os adeptos da moderni-
dade, para que isso aconteça é necessário a intera-
ção com a Computação Pervasiva e a Computação
Móvel, conforme é esquematizado na Figura 1.
Estas duas são peças chaves para que seja possível
ampliar a usabilidade da Computação Ubíqua.
Para alguns pesquisadores os três termos
(ubíqua, pervasiva e móvel) são equivalentes, mas
na realidade há algumas diferenças significativas
entre eles, cada um possui os seus conceitos pró-
prios (Kahl, & Floriano, 2011). O conceito mais
abrangente de Computação Pervasiva é o que a
define como invisível ao olho nu do ser humano,
mas sabe-se que ela está presente no espaço (Zhao,
& Whang, 2011). Como exemplo de Computação
Pervasiva pode-se citar uma casa inteligente, em
que vários sensores e atuadores atuam integrados
para que se tenha as condições desejadas no am-
biente, tais como controle de luminosidade, con-
trole de temperatura, entre outros.
A Computação Móvel é um termo mais po-
pular entre as pessoas, por fazer parte com mais
frequência do nosso cotidiano. Pode ser compreen-
dida como o acesso a informação em qualquer lu-
gar, a qualquer momento, e para que isso aconteça
há uma diversidade de equipamentos como os ce-
lulares, tablets, PDAS (Assistente Pessoal Digital),
navegadores entre outros (Laad et al., 2010).
Figura 1. União das Tecnologias (Araújo, 2003).
Como se pode observar na Figura 1, a fusão
dessas tecnologias resulta na Computação Ubíqua
que possui como suas principais características a
descentralização, diversidade e a conectividade.
A descentralização é outra função que essa
tecnologia assume, estes dispositivos cooperam
entre si para construir a Inteligência no ambiente
e esta é refletida nas aplicações distribuídas entre
eles (Araújo, 2003).
Características do Cenário Ubíquo
As características descritas nesta seção estão
presentes em um cenário típico de Computação
Ubíqua (Warken, 2010).
◆
◆ Invisibilidade: Quanto mais presente uma
tecnologia estiver, menos perceptível ela
deve ser. O computador torna-se fundamen-
tal nas atividades cotidianas, mas dilui-se
no mundo físico, tornando-se onipresente e
imperceptível. A tecnologia não deve exigir
mais que atenção periférica dos usuários.
◆
◆ Pró-atividade: O sistema deve ser capaz de
se antecipar a intenção do usuário.
◆
◆ Sensibilidade ao Contexto: O sistema deve
possuir mecanismos que permitam a aquisi-
ção de informações do meio. Estas informa-
ções são o cerne para todo o processamento
do ambiente ubíquo.
◆
◆ Interfaces Naturais: Uma das propostas da
Computação Ubíqua é a comunicação natu-
ral entre pessoas e sistemas computacionais.
Diante disso, surge a necessidade de se bus-
car técnicas para que os recursos de comuni-
cação utilizados dia a dia de uma sociedade,
como gestos, voz e mesmo olhares, possam
ser utilizados na interação entre homem e a
máquina.
◆
◆ Descentralização: O computador pessoal é
um dispositivo de propósito geral que atende
muitas necessidades do usuário, tais como:
edição de texto, contabilidade, navegação na
web, produção de apresentações, entreteni-
mento, etc. Nos dispositivos ubíquos, entre-
tanto, a limitação de espaço físico impõe a
limitação de recursos computacionais que,
por sua vez, produz o objetivo de focalizar
poucas necessidades específicas. Em um ce-
nário ubíquo, as necessidades gerais passam
a ser supridas através da colaboração mútua
entre várias entidades computacionais.
Aplicações
O poder da Computação Ubíqua ainda pos-
sui diversos fatores que podem ser explorados,
dependendo neste instante da criatividade dos en-
genheiros em aplicá-la a problemas reais. Ela irá
contribuir para certas atividades do cotidiano se
tornarem mais fáceis e rápidas. Nesta seção, são
apresentadas aplicações da computação ubíqua
25
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
Computação Ubíqua…
nas áreas de educação, medicina, nos negócios, no
setor automotivo e nas residências.
Na Educação
Um dos primeiros projetos lançados no cam-
po educacional e que buscam aperfeiçoar a ex-
periência do aprendizado, está Classroom 2000
(Abowd, 1999) que grava as aulas e possibilita bus-
car materiais e seções da aula, através de interfaces
multimídias customizadas pelos próprios docentes.
Já o projeto M-SEA (Piovesan, 2010) tem por
objetivo uma aplicação para adequar o ambiente
às características individuais dos educandos, dis-
ponibilizando para cada educando uma sugestão
de sequência compatível ao seu perfil e nível de
aquisição de conhecimento.
O U-SEA (Piovesan, 2011), é um projeto que
vislumbra um ambiente de aprendizagem ubí-
quo, com capacidade de adaptação de conteúdo, e
da interface de acordo com a velocidade de cone-
xão, fornecendo recursos e conteúdos suportados
pela conexão do usuário.
Por sua vez, o projeto UbiReCon (Ferreira,
2012), provê um modelo ubíquo que sugere con-
teúdo educacional considerando o perfil e o con-
texto do aluno, indicando Objetos de Aprendiza-
gem, com base com o contexto do usuário.
Já o projeto UbiGroup (Ferreira, 2013), visa
um modelo de recomendação ubíqua de conteúdo
para grupos de educandos, da apoio ao professor
na seleção de matérias, considerando os aspectos
gerais do perfil de um grupo.
O trabalho proposto em (Santos et al., 2014)
descreve uma investigação do uso da computação
ubíqua no ensino fundamental com intuito de es-
timular a aprendizagem e a vivência de conceitos
rítmicos. No mesmo, transformou-se o ambiente
escolar em um laboratório sonoro, onde diferen-
tes interações são realizadas entre os participan-
tes. Partindo de contatos corporais de fácil execu-
ção e já conhecidos dos estudantes, como o bater
de palmas, a sala de aula torna-se um instrumen-
to musical coletivo, diminuindo os empecilhos
técnicos necessários à execução musical.
Figura 2. Tela do Classroom (Araújo, 2003).
Na Medicina
A pervasive healthcare oferece vantagens
competitivas aos serviços de saúde, ampliando a
eficiência do serviço, a qualidade a gerência das re-
lações com o paciente (Varshney, 2003). Este mo-
delo de sistema de saúde vislumbra um hospital
virtual, que estende-se para a casa dos pacientes e
lugares onde eles estão, onde sensores e dispositi-
vos monitoram as condições do ambiente e do pa-
ciente e comunicam-se, via wireless, com os cen-
tros médicos para auxiliar na tomada de decisões
e ações necessárias.
Experiências nesse âmbito estão sendo rea-
lizadas pesquisas na europa, como o do Centre of
Pervasive Healthcare na Dinamarca que desen-
volve o projeto Hospital of the Future (Bardram
J., & Bossen, 2005).
Nesse campo, uma das grandes inovações
é a chamada Ipill, a pílula inteligente da Philips
26
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez
(Abrantes, 2009). O principal objetivo da sua cria-
ção é para auxiliar os médicos nos tratamentos
gastrointestinais e também em outros tratamen-
tos. Sua vantagem em relação ao tratamento con-
vencional é que é possível que o profissional da
saúde selecionar o local exato em que deseja que o
medicamento seja liberado, assim aumentando as
possibilidades de sucesso nos tratamentos.
�
Figura 3. Ipill, a pílula inteligente da Philips (Pfarma, 2015).
O projeto ABC (Activity-Based Computing)
vem sendo desenvolvido na Universidade de
Aarhus, na Dinamarca e dispõe da colaboração
do Hospital de Aarhus (BARDRAM, 2004), (Bar-
dram J. E., & Christensen, 2007). Segundo os au-
tores, o projeto ABC vem seguindo um processo
interativo de desenvolvimento, atendendo a cinco
temas: controle e administração de medicamen-
tos por enfermeiros, prescrição de medicamentos
por médicos, colaboração, conferências e cirur-
gia; que correspondem algumas ações realizadas
diariamente em hospitais de grande parte.
Por sua vez, o ClinicSpace (Ferreira et al.,
2009), é um projeto que tem por objetivo utilizar
a captura de contexto para diminuir a complexi-
dade do sistema para os profissionais de saúde. Os
elementos de contexto processados são tempo, re-
cursos, perfil, paciente, localização, dispositivos e
sensores. As informações do ambiente clínico são
capturadas e integradas automaticamente às apli-
cações do sistema, otimizando e qualificando os
serviços prestados aos pacientes.
O projeto PERTMED (Rodrigues, 2011) pro-
põe fazer a ligação entre os sistemas automatiza-
dos existentes (registro de pacientes, exames labo-
ratoriais, entre outros) e o médico no local em que
este se encontra (regiões remotas ou em trânsito,
por exemplo). Desta forma, dispensa-se a exigên-
cia de estar conectado a uma rede fixa e com um
computador pessoal na área do hospital para aces-
sar as informações do paciente.
O uMED (Rodrigues, 2011) permite aos clí-
nicos monitorar e controlar remotamente dispo-
sitivos e equipamentos eletromédicos (tais como
ventiladores pulmonares e bombas de infusão)
com o objetivo de otimizar a rotina clínica dos
profissionais de saúde. Os equipamentos podem
ser para controle ambiental, como por exemplo si-
nais sonoros, lâmpadas de sinalização, aquecedo-
res e umidificadores. Por meio deste framework os
equipamentos e dispositivos do ambiente ubíquo
podem ser configurados, acionados ou desligados.
No trabalho apresentado em (Nogueira et
al., 2012) propõe-se um arcabouço para o desen-
volvimento de aplicações de monitoramento re-
moto e auxílio de pessoas com doença de Alzhei-
mer. Apresenta-se um arcabouço que viabiliza a
aquisição das informações em tempo real por sen-
sores localizados na residência do paciente, pro-
cessa as informações coletadas, envia alerta aos
cuidadores e possibilita uma avaliação cognitiva
do paciente.
No âmbito da insuficiência cardíaca, o mo-
delo UbHeart (Rocha, 2015) faz um diagnóstico
prévio utilizando as informações de sensores. Ao
ocorrer uma situação de risco, um alerta é envia-
do ao paciente, podendo ainda ser comunicada
aos responsáveis pelo paciente e ao hospital que
aciona o médico.
Nas residências
Uma outra aplicação que poderia afetar,
e muito, nosso cotidiano são as Smart Houses,
que são as chamadas casas inteligentes cuja ideia
principal é oferecer ambientes inteligentes, e com
grandes facilidades trazidas pela tecnologia.
Nas casas inteligentes, todo o ambiente será
controlado de forma harmônica, propiciando para
seus usuários um alto controle dos gastos ener-
géticos (com possibilidade de redução), controle
de luminosidade dos ambientes de acordo com
seu uso, controle dos principais equipamentos da
casa, entre outros. Em outras palavras, cada vez
menos será necessário que as pessoas selecionem
o que os equipamentos deverão fazer porque os
próprios equipamentos serão programados para
pensar de acordo com a vontade de seus usuários.
Uma das empresas que aposta alto nesse
tipo de residência é a Panasonic. A marca japo-
nesa afirmou durante a Smart City Expo World
Congress de Barcelona, que num prazo máximo
até 2019 as casas passarão por uma revolução, o
que vai mudar completamente a maneira de viver
de seus moradores (Aprimatic, 2015). A fabrican-
te também deu mostras de um dos seus projetos
futuros a Wonder Life-Box 2020 que é conectada
27
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
Computação Ubíqua…
à nuvem. Nela, os habitantes poderão controlar a
casa e receber informações e conselhos dos dis-
tintos aparelhos sobre seu estado de saúde, ideias
para cozinhar, conselhos para vestir-se entre ou-
tras informações.
�
�
Figura 4. Protótipo da Casa Inteligente da Panasonic (Panasonic, 2015).
No trabalho apresentado em (Kastner, Ko-
fler, & Reinisch, 2010) é possível encontrar pro-
postas que abordam o desenvolvimento básico de
um projeto para gestão eficiente de energia. Ou-
tros autores propõem a elaboração de dispositivos
(Gupta, Mudgal, et al., 2012) e interfaces (Becker
et al., 2012) para o controle da energia.
O reconhecimento biométrico também ofe-
rece muitos benefícios em comparação aos siste-
mas de segurança clássicos. Nesse caso, não existe
a necessidade que o morador possua um objeto es-
pecífico como chaves ou cartões, ou então, neces-
site de algo memorizado. No trabalho de (Zanuy,
2005) investiga-se os fatores que interferem para
que essa tecnologia são seja adotada massivamen-
te. Existem pesquisas que buscam alternativas
biométricas, analisando características como a
orelha (Yuan, Wei, & Zhichun, 2011) ou fazendo
uma abordagem holística, analisando a sequência
do caminhar (Vieira, Salles, & Salomão, 2009).
Alguns trabalhos na área buscam imple-
mentar técnicas de inteligência artificial (IA) para
a resolução de problemas, por exemplo, (Teoh et
al., 2010) utilizaram redes neurais artificiais para
fortalecer o sistema de segurança em automações
residenciais.
Outras pesquisas procuram criar méto-
dos de integrar técnicas de IA para atuarem em
ambientes automatizados da forma mais natural
possível, dentre elas, estão os que abordam a in-
teração entre homem e máquina através de gestos
(Krumm et al., 2000) (Atia et al., 2010), controle
por voz (Taewan et al., 2010) e discutem aspectos
como privacidade e segurança no contexto (Ma-
ghiros et al., 2006).
O projeto DOMUS é de propriedade do Ins-
titut Carnot LSI e foi projetado para pesquisado-
res que trabalham com ambientes inteligentes.
O projeto possui um apartamento de 40m² com
um escritório, quarto, banheiro e cozinha e uma
área de jantar, todos equipados com sensores e
atuadores além de medidores de água e energia.
A documentação fornecida pelo instituto con-
tém todas as informações para desenvolver estu-
dos completos dos dados coletados no ambiente
(INSTITUT CARNOT LSI, 2013).
Nos automóveis e na mobilidade
No domínio automotivo o cuidado princi-
pal é na posição do usuário/dispositivo. Segundo
(Herrtwich, 2002) o setor é atrativo para a Com-
putação Ubíqua, pois os dispositivos de comuni-
cação podem estar integrados nos veículos e uti-
lizar as fontes de energia do mesmo. O preço é
relativamente pequeno se comparado com o valor
do automóvel e o mais importante é que muitos
desses serviços, como por exemplo, pedidos de
socorros e rastreamento remoto, são de interesse
dos compradores e das montadoras.
Os sensores de estacionamento talvez sejam
um dos itens mais requisitados pelos comprado-
28
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez
res que juntamente com os sistemas embarcados
possibilitam uma série de facilidades aos moto-
ristas. Uma dessas funcionalidades será quando
tivermos em uso comercial carros que se dirigem
sozinhos.
�
Figura 5. Veículo com Sensor de Estacionamento (Rodri-
gue, 2010).
AAutomotiveMultimediaInterfaceCollabora-
tion (AMI-C, 2003) publicou normas para interfa-
ces automotivas, o que permite uma grande varie-
dade de aplicações que são principalmente voltadas
ao entretenimento, tais aplicações tem se expandido
para além de ouvir música e assistir filmes.
No trabalho de (Varshney, 2004) apresenta-
se aplicações de comércio móvel, que envolvem a
compra de produtos e realizam outras transações
comerciais, enquanto em movimento.
Para (Davies et al., 2006), os históricos de
localização de um grande número de veículos
poderiam ser combinados e agregados para for-
necer atualizações de mapas de estradas digitais
em tempo real. Por exemplo, aberturas ou fecha-
mento de estradas poderiam ser detectados e as
informações entregues de volta para os veículos.
Ja a Intersection Collision Avoidance é uma
classe de aplicações de segurança que envolve a
organização e a coordenação do movimento de
tráfego, como a negociação entre os veículos que
se aproximam de uma junção de estradas (Dötzer
et al., 2005).
Por sua vez, o projeto UbiBus (Tito, 2012),
provê um Sistema de Transporte Público Inteli-
gente que faz uso de Informações Contextuais e
Computação Ubíqua para melhor se adaptar às
situações do trânsito e oferecer suporte aos usuá-
rios em qualquer lugar que eles se encontrem. Al-
guns resultados já podem ser evidenciados, como
por exemplo, uma aplicação de recomendação de
rotas de ônibus baseada em informações de redes
sociais, denominada UbibusRoute.
Nos negócios
Em (Junges et al., 2014) foi realizada uma
pesquisa sobre aplicação da computação ubíqua
aos negócios. Dentre os resultados dos aponta-
dos pelos autores estão soluções envolvendo uso
de RFID para controle de estoque, software para
comércio ubíquo, sistemas especialistas (Wang,
2011). Gestão da cadeia de suprimentos, manu-
tenção coleta de informações nas fronteiras or-
ganizacionais, serviços de segurança, adoção de
computação ubíqua (Kim, 2012). Sistemas de re-
comendação para varejo, perfil de nativos digitais,
valor da computação ubíqua para negócios, ética
no uso da computação pervasiva, computação
pervasiva para “cidades inteligentes”, infraestru-
tura para uso em PMEs. (Walter et al., 2012).
Em termos de múltiplas organizações, o pro-
jeto (CNU, 2010) tem por objetivo geral identificar
as formas pelas quais uma Comunidade de Negó-
cios Ubíqua (CNU) pode colaborar para o desen-
volvimento de APLs, fornecendo subsídios tam-
bém para a área de estudos interorganizacionais.
Segurança em ambientes ubí-
quos
Com o desenvolvimento tecnológico das re-
des sem fio e a grande proliferação dos dispositi-
vos portáteis, houve o aumento da popularidade
da computação móvel, o que levou consequente-
mente, ao surgimento de aplicações e ambientes
de computação ubíqua (Weiser, 1991). Neste sen-
tido, surge a demanda por mecanismos de segu-
rança que tornem sua aplicação confiável.
Há necessidade de garantir serviços básicos
de segurança confiáveis para redes sem fio para
comodidade dos usuários. Para isso, considera-se
fundamental o apoio dos pilares da segurança da
informação, tais como Confidencialidade, Inte-
gridade, Autenticidade e Disponibilidade. Com
isso, impede-se falhas na troca de informações
entre os dispositivos tais como interceptação ou
modificação de seu conteúdo.
Também pode-se construir mecanismos de
segurança através do auxílio do smartspaces, o
quais são gerenciados por um middleware, que tem
por finalidade prover mecanismo de segurança.
No projeto de (Oliveira, 2014) os objetivos
são projetar soluções para registrar e manter se-
quências de ações de indivíduos sem que os mes-
29
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539
Computação Ubíqua…
mos possam ser identificados; monitorar siste-
mas impedindo seu abuso e ainda preservando a
privacidade e possibilitar usuários saberem sobre
sua reputação preservando sua privacidade.
Ao longo dos anos, vários trabalhos foram
feitos na tentativa de trazer para o ambiente com-
putacional o conceito de confiança. A maioria
desses trabalhos tem como objetivo proporcionar
aos nós uma forma de identificar e excluir nós
maliciosos da rede. Em (Schweitzer et al., 2006)
descreve-se um mecanismo distribuído para dis-
seminação e consolidação do grau de confiança
em redes ad hoc, concebendo relações de confian-
ça e tornando as entidades autônomas e em con-
dições de tomar decisões sem necessidade de um
elemento central de rede.
Já (Xiao, 2009) propõe uma abordagem que
combina MDA (Model Driven Architecture) e
Agentes de software para tratar a adaptação dinâ-
mica da segurança de aplicações. Na proposta o
modelo é modificado e transformado continua-
mente. As modificações no modelo são inseridas
na aplicação por meio de adaptações em tempo
de execução. Nesse modelo a segurança é tratada
por agentes de software. Entretanto, as adapta-
ções decorrem de modificações no modelo efe-
tuadas por especialistas, e não pela manipulação
de informações de contexto.
No trabalho de (Pirmez, 2008) apresenta-se
um Serviço de Segurança Adaptativa, denomina-
do Prometheus, cuja finalidade é o de prover um
ambiente seguro segundo a Política de Segurança
criada por uma organização para a execução de
seus aplicativos em dispositivos móveis.
No trabalho de (Leithardt et al., 2014) busca-
se o controle de privacidade, visto que, o usuário
pode não precisar ou não querer ser localizado, ou
compartilhar seus dados a todo o momento. Os
autores entendem que as informações comparti-
lhadas podem ser melhor administradas por parte
do ambiente pervasivo, buscando, por exemplo, a
redução de processamento de dados desnecessá-
rios, potencializando o nível de segurança e assim
o gerenciamento dos serviços disponíveis.
Por fim, na computação ubíqua, a hetero-
geineidade de dispositivos do ambiente também
é um agravante. Segundo (Araújo, 2003) o poder
computacional do dispositivo pode intervir na
segurança - quando este é limitado, o suporte a
assinaturas e criptografia pode ser implementado
somente com chaves de comprimento pequeno,
tornando o sistema mais vulnerável.
Considerações finais
Viu-se neste trabalho que o modelo propos-
to pela Computação Ubíqua busca mudar a pa-
radigma tradicional de interação com o usuário,
com características de imperceptibilidade, pró-
-atividade, naturalidade e onipresença, com isso,
proporcionando novas experiências e avanços em
todas as áreas, se integrando e auxiliando nas vá-
rias atividades diárias.
Dentre as áreas de aplicações que impac-
tam a atividade diária das pessoas estão projetos
na educação, na medicina, nos automóveis, nos
negócios e no ambiente interno de suas próprias
casas, mediante a conectividade da internet e os
diversos dispositivos eletrônicos heterogêneos.
Conclui-se que há um cenário promissor em
termos de computação e interatividade, inclusive
sendo considerado como novo paradigma do sé-
culo 21, contudo com o aspecto de segurança em
evidência. Ainda, pode-se dizer que o fato de sua
consideração como grande desafio em pesquisa
pela National Science Foundantion (NSF) e tam-
bém seu aparacimento no relatório de Grandes
Desafios da Pesquisa 2006-2016 publicado pela
Sociedade Brasileira de Computação (SBC) per-
mitem considerar um direcionamento no que se
refere a expansão dos trabalhos na área.
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Computação Ubíqua

  • 1. 23 DOI: 10.18256/2359-3539/reit-imed.v2n1p23-32 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 Computação Ubíqua – Definição e Exemplos Everton Silva Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA). E-mail: <everton.tche@hotmail.com>. Larri Botelho Graduando em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA). E-mail: <larribotelho@hotmail.com>. Iverton dos Santos Docente no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA). E-mail: <iverton.santos@iffarroupilha.edu.br>. Gustavo Sanchez Doutorando em Ciência da Computação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Docente no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete (IFF-CA). E-mail: <gustavo.sanchez@iffarroupilha.edu.br>. Resumo Este artigo contextualiza a computação ubíqua, um novo paradigma de computação com caracte- rísticas de pró-atividade, onipresença, imperceptibilidade e naturalidade. Apresentam-se conceitos básicos, características do modelo, tecnologias essenciais para seu uso, áreas de aplicações, exemplos de dispositivos, sistemas já desenvolvidos e projetos na área. Além disso, é realizada uma abordagem sobre os desafios da segurança em cenários ubíquos. Em termos metodológicos, parte-se da primeira definição teórica e citação científica do termo por Weiser (1991), e passa-se por alguns trabalhos cien- tíficos nacionais e internacionais, assim como por produtos de mercado, que concretizam muito da proposta teórica do autor. Palavras-chave: Computação ubíqua, Computação pervasive, Computação móvel. O termo ubiqUidade faz referência a alguma coisa onipresente que está em todo o lugar ao nos- so redor (Weiser, 1991). Para este autor, as tecno- logias mais profundas e duradouras são aquelas que desaparecem e se fazem presente no nosso cotidiano. Segundo (Augustin et al., 2008), previsões indicam que em poucos anos, microprocessado- res se tornarão pequenos e baratos o suficiente para serem embutidos em quase tudo – não so- mente em dispositivos digitais, carros, eletroele- trônicos, brinquedos, ferramentas, mas também em objetos (lápis, por exemplo) e roupas. Todos esses artefatos devem estar entrelaçados e conec- tados em uma rede sem fio. Já (Chalmers, 2006), aponta que a atual geração de dispositivos interco- nectados é apenas o ponto de partida em direção à computação ubíqua. A Computação Ubíqua e Pervasiva é consi- derada um dos grandes desafios da pesquisa em Computação pela National Science Foundation (NSF) (NSF, 2011) e está também presente no re- latório Grandes Desafios da Pesquisa em Compu- tação no Brasil 2006-2016, publicado pela Socie-
  • 2. 24 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez dade Brasileira de Computação (SBC) (SBC,2016). Alguns autores consideram a Computação ubíqua como sendo o novo paradigma do século 21. Computação Ubíqua A Computação Ubíqua por si só não possibi- lita tantas facilidades para os adeptos da moderni- dade, para que isso aconteça é necessário a intera- ção com a Computação Pervasiva e a Computação Móvel, conforme é esquematizado na Figura 1. Estas duas são peças chaves para que seja possível ampliar a usabilidade da Computação Ubíqua. Para alguns pesquisadores os três termos (ubíqua, pervasiva e móvel) são equivalentes, mas na realidade há algumas diferenças significativas entre eles, cada um possui os seus conceitos pró- prios (Kahl, & Floriano, 2011). O conceito mais abrangente de Computação Pervasiva é o que a define como invisível ao olho nu do ser humano, mas sabe-se que ela está presente no espaço (Zhao, & Whang, 2011). Como exemplo de Computação Pervasiva pode-se citar uma casa inteligente, em que vários sensores e atuadores atuam integrados para que se tenha as condições desejadas no am- biente, tais como controle de luminosidade, con- trole de temperatura, entre outros. A Computação Móvel é um termo mais po- pular entre as pessoas, por fazer parte com mais frequência do nosso cotidiano. Pode ser compreen- dida como o acesso a informação em qualquer lu- gar, a qualquer momento, e para que isso aconteça há uma diversidade de equipamentos como os ce- lulares, tablets, PDAS (Assistente Pessoal Digital), navegadores entre outros (Laad et al., 2010). Figura 1. União das Tecnologias (Araújo, 2003). Como se pode observar na Figura 1, a fusão dessas tecnologias resulta na Computação Ubíqua que possui como suas principais características a descentralização, diversidade e a conectividade. A descentralização é outra função que essa tecnologia assume, estes dispositivos cooperam entre si para construir a Inteligência no ambiente e esta é refletida nas aplicações distribuídas entre eles (Araújo, 2003). Características do Cenário Ubíquo As características descritas nesta seção estão presentes em um cenário típico de Computação Ubíqua (Warken, 2010). ◆ ◆ Invisibilidade: Quanto mais presente uma tecnologia estiver, menos perceptível ela deve ser. O computador torna-se fundamen- tal nas atividades cotidianas, mas dilui-se no mundo físico, tornando-se onipresente e imperceptível. A tecnologia não deve exigir mais que atenção periférica dos usuários. ◆ ◆ Pró-atividade: O sistema deve ser capaz de se antecipar a intenção do usuário. ◆ ◆ Sensibilidade ao Contexto: O sistema deve possuir mecanismos que permitam a aquisi- ção de informações do meio. Estas informa- ções são o cerne para todo o processamento do ambiente ubíquo. ◆ ◆ Interfaces Naturais: Uma das propostas da Computação Ubíqua é a comunicação natu- ral entre pessoas e sistemas computacionais. Diante disso, surge a necessidade de se bus- car técnicas para que os recursos de comuni- cação utilizados dia a dia de uma sociedade, como gestos, voz e mesmo olhares, possam ser utilizados na interação entre homem e a máquina. ◆ ◆ Descentralização: O computador pessoal é um dispositivo de propósito geral que atende muitas necessidades do usuário, tais como: edição de texto, contabilidade, navegação na web, produção de apresentações, entreteni- mento, etc. Nos dispositivos ubíquos, entre- tanto, a limitação de espaço físico impõe a limitação de recursos computacionais que, por sua vez, produz o objetivo de focalizar poucas necessidades específicas. Em um ce- nário ubíquo, as necessidades gerais passam a ser supridas através da colaboração mútua entre várias entidades computacionais. Aplicações O poder da Computação Ubíqua ainda pos- sui diversos fatores que podem ser explorados, dependendo neste instante da criatividade dos en- genheiros em aplicá-la a problemas reais. Ela irá contribuir para certas atividades do cotidiano se tornarem mais fáceis e rápidas. Nesta seção, são apresentadas aplicações da computação ubíqua
  • 3. 25 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 Computação Ubíqua… nas áreas de educação, medicina, nos negócios, no setor automotivo e nas residências. Na Educação Um dos primeiros projetos lançados no cam- po educacional e que buscam aperfeiçoar a ex- periência do aprendizado, está Classroom 2000 (Abowd, 1999) que grava as aulas e possibilita bus- car materiais e seções da aula, através de interfaces multimídias customizadas pelos próprios docentes. Já o projeto M-SEA (Piovesan, 2010) tem por objetivo uma aplicação para adequar o ambiente às características individuais dos educandos, dis- ponibilizando para cada educando uma sugestão de sequência compatível ao seu perfil e nível de aquisição de conhecimento. O U-SEA (Piovesan, 2011), é um projeto que vislumbra um ambiente de aprendizagem ubí- quo, com capacidade de adaptação de conteúdo, e da interface de acordo com a velocidade de cone- xão, fornecendo recursos e conteúdos suportados pela conexão do usuário. Por sua vez, o projeto UbiReCon (Ferreira, 2012), provê um modelo ubíquo que sugere con- teúdo educacional considerando o perfil e o con- texto do aluno, indicando Objetos de Aprendiza- gem, com base com o contexto do usuário. Já o projeto UbiGroup (Ferreira, 2013), visa um modelo de recomendação ubíqua de conteúdo para grupos de educandos, da apoio ao professor na seleção de matérias, considerando os aspectos gerais do perfil de um grupo. O trabalho proposto em (Santos et al., 2014) descreve uma investigação do uso da computação ubíqua no ensino fundamental com intuito de es- timular a aprendizagem e a vivência de conceitos rítmicos. No mesmo, transformou-se o ambiente escolar em um laboratório sonoro, onde diferen- tes interações são realizadas entre os participan- tes. Partindo de contatos corporais de fácil execu- ção e já conhecidos dos estudantes, como o bater de palmas, a sala de aula torna-se um instrumen- to musical coletivo, diminuindo os empecilhos técnicos necessários à execução musical. Figura 2. Tela do Classroom (Araújo, 2003). Na Medicina A pervasive healthcare oferece vantagens competitivas aos serviços de saúde, ampliando a eficiência do serviço, a qualidade a gerência das re- lações com o paciente (Varshney, 2003). Este mo- delo de sistema de saúde vislumbra um hospital virtual, que estende-se para a casa dos pacientes e lugares onde eles estão, onde sensores e dispositi- vos monitoram as condições do ambiente e do pa- ciente e comunicam-se, via wireless, com os cen- tros médicos para auxiliar na tomada de decisões e ações necessárias. Experiências nesse âmbito estão sendo rea- lizadas pesquisas na europa, como o do Centre of Pervasive Healthcare na Dinamarca que desen- volve o projeto Hospital of the Future (Bardram J., & Bossen, 2005). Nesse campo, uma das grandes inovações é a chamada Ipill, a pílula inteligente da Philips
  • 4. 26 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez (Abrantes, 2009). O principal objetivo da sua cria- ção é para auxiliar os médicos nos tratamentos gastrointestinais e também em outros tratamen- tos. Sua vantagem em relação ao tratamento con- vencional é que é possível que o profissional da saúde selecionar o local exato em que deseja que o medicamento seja liberado, assim aumentando as possibilidades de sucesso nos tratamentos. � Figura 3. Ipill, a pílula inteligente da Philips (Pfarma, 2015). O projeto ABC (Activity-Based Computing) vem sendo desenvolvido na Universidade de Aarhus, na Dinamarca e dispõe da colaboração do Hospital de Aarhus (BARDRAM, 2004), (Bar- dram J. E., & Christensen, 2007). Segundo os au- tores, o projeto ABC vem seguindo um processo interativo de desenvolvimento, atendendo a cinco temas: controle e administração de medicamen- tos por enfermeiros, prescrição de medicamentos por médicos, colaboração, conferências e cirur- gia; que correspondem algumas ações realizadas diariamente em hospitais de grande parte. Por sua vez, o ClinicSpace (Ferreira et al., 2009), é um projeto que tem por objetivo utilizar a captura de contexto para diminuir a complexi- dade do sistema para os profissionais de saúde. Os elementos de contexto processados são tempo, re- cursos, perfil, paciente, localização, dispositivos e sensores. As informações do ambiente clínico são capturadas e integradas automaticamente às apli- cações do sistema, otimizando e qualificando os serviços prestados aos pacientes. O projeto PERTMED (Rodrigues, 2011) pro- põe fazer a ligação entre os sistemas automatiza- dos existentes (registro de pacientes, exames labo- ratoriais, entre outros) e o médico no local em que este se encontra (regiões remotas ou em trânsito, por exemplo). Desta forma, dispensa-se a exigên- cia de estar conectado a uma rede fixa e com um computador pessoal na área do hospital para aces- sar as informações do paciente. O uMED (Rodrigues, 2011) permite aos clí- nicos monitorar e controlar remotamente dispo- sitivos e equipamentos eletromédicos (tais como ventiladores pulmonares e bombas de infusão) com o objetivo de otimizar a rotina clínica dos profissionais de saúde. Os equipamentos podem ser para controle ambiental, como por exemplo si- nais sonoros, lâmpadas de sinalização, aquecedo- res e umidificadores. Por meio deste framework os equipamentos e dispositivos do ambiente ubíquo podem ser configurados, acionados ou desligados. No trabalho apresentado em (Nogueira et al., 2012) propõe-se um arcabouço para o desen- volvimento de aplicações de monitoramento re- moto e auxílio de pessoas com doença de Alzhei- mer. Apresenta-se um arcabouço que viabiliza a aquisição das informações em tempo real por sen- sores localizados na residência do paciente, pro- cessa as informações coletadas, envia alerta aos cuidadores e possibilita uma avaliação cognitiva do paciente. No âmbito da insuficiência cardíaca, o mo- delo UbHeart (Rocha, 2015) faz um diagnóstico prévio utilizando as informações de sensores. Ao ocorrer uma situação de risco, um alerta é envia- do ao paciente, podendo ainda ser comunicada aos responsáveis pelo paciente e ao hospital que aciona o médico. Nas residências Uma outra aplicação que poderia afetar, e muito, nosso cotidiano são as Smart Houses, que são as chamadas casas inteligentes cuja ideia principal é oferecer ambientes inteligentes, e com grandes facilidades trazidas pela tecnologia. Nas casas inteligentes, todo o ambiente será controlado de forma harmônica, propiciando para seus usuários um alto controle dos gastos ener- géticos (com possibilidade de redução), controle de luminosidade dos ambientes de acordo com seu uso, controle dos principais equipamentos da casa, entre outros. Em outras palavras, cada vez menos será necessário que as pessoas selecionem o que os equipamentos deverão fazer porque os próprios equipamentos serão programados para pensar de acordo com a vontade de seus usuários. Uma das empresas que aposta alto nesse tipo de residência é a Panasonic. A marca japo- nesa afirmou durante a Smart City Expo World Congress de Barcelona, que num prazo máximo até 2019 as casas passarão por uma revolução, o que vai mudar completamente a maneira de viver de seus moradores (Aprimatic, 2015). A fabrican- te também deu mostras de um dos seus projetos futuros a Wonder Life-Box 2020 que é conectada
  • 5. 27 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 Computação Ubíqua… à nuvem. Nela, os habitantes poderão controlar a casa e receber informações e conselhos dos dis- tintos aparelhos sobre seu estado de saúde, ideias para cozinhar, conselhos para vestir-se entre ou- tras informações. � � Figura 4. Protótipo da Casa Inteligente da Panasonic (Panasonic, 2015). No trabalho apresentado em (Kastner, Ko- fler, & Reinisch, 2010) é possível encontrar pro- postas que abordam o desenvolvimento básico de um projeto para gestão eficiente de energia. Ou- tros autores propõem a elaboração de dispositivos (Gupta, Mudgal, et al., 2012) e interfaces (Becker et al., 2012) para o controle da energia. O reconhecimento biométrico também ofe- rece muitos benefícios em comparação aos siste- mas de segurança clássicos. Nesse caso, não existe a necessidade que o morador possua um objeto es- pecífico como chaves ou cartões, ou então, neces- site de algo memorizado. No trabalho de (Zanuy, 2005) investiga-se os fatores que interferem para que essa tecnologia são seja adotada massivamen- te. Existem pesquisas que buscam alternativas biométricas, analisando características como a orelha (Yuan, Wei, & Zhichun, 2011) ou fazendo uma abordagem holística, analisando a sequência do caminhar (Vieira, Salles, & Salomão, 2009). Alguns trabalhos na área buscam imple- mentar técnicas de inteligência artificial (IA) para a resolução de problemas, por exemplo, (Teoh et al., 2010) utilizaram redes neurais artificiais para fortalecer o sistema de segurança em automações residenciais. Outras pesquisas procuram criar méto- dos de integrar técnicas de IA para atuarem em ambientes automatizados da forma mais natural possível, dentre elas, estão os que abordam a in- teração entre homem e máquina através de gestos (Krumm et al., 2000) (Atia et al., 2010), controle por voz (Taewan et al., 2010) e discutem aspectos como privacidade e segurança no contexto (Ma- ghiros et al., 2006). O projeto DOMUS é de propriedade do Ins- titut Carnot LSI e foi projetado para pesquisado- res que trabalham com ambientes inteligentes. O projeto possui um apartamento de 40m² com um escritório, quarto, banheiro e cozinha e uma área de jantar, todos equipados com sensores e atuadores além de medidores de água e energia. A documentação fornecida pelo instituto con- tém todas as informações para desenvolver estu- dos completos dos dados coletados no ambiente (INSTITUT CARNOT LSI, 2013). Nos automóveis e na mobilidade No domínio automotivo o cuidado princi- pal é na posição do usuário/dispositivo. Segundo (Herrtwich, 2002) o setor é atrativo para a Com- putação Ubíqua, pois os dispositivos de comuni- cação podem estar integrados nos veículos e uti- lizar as fontes de energia do mesmo. O preço é relativamente pequeno se comparado com o valor do automóvel e o mais importante é que muitos desses serviços, como por exemplo, pedidos de socorros e rastreamento remoto, são de interesse dos compradores e das montadoras. Os sensores de estacionamento talvez sejam um dos itens mais requisitados pelos comprado-
  • 6. 28 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez res que juntamente com os sistemas embarcados possibilitam uma série de facilidades aos moto- ristas. Uma dessas funcionalidades será quando tivermos em uso comercial carros que se dirigem sozinhos. � Figura 5. Veículo com Sensor de Estacionamento (Rodri- gue, 2010). AAutomotiveMultimediaInterfaceCollabora- tion (AMI-C, 2003) publicou normas para interfa- ces automotivas, o que permite uma grande varie- dade de aplicações que são principalmente voltadas ao entretenimento, tais aplicações tem se expandido para além de ouvir música e assistir filmes. No trabalho de (Varshney, 2004) apresenta- se aplicações de comércio móvel, que envolvem a compra de produtos e realizam outras transações comerciais, enquanto em movimento. Para (Davies et al., 2006), os históricos de localização de um grande número de veículos poderiam ser combinados e agregados para for- necer atualizações de mapas de estradas digitais em tempo real. Por exemplo, aberturas ou fecha- mento de estradas poderiam ser detectados e as informações entregues de volta para os veículos. Ja a Intersection Collision Avoidance é uma classe de aplicações de segurança que envolve a organização e a coordenação do movimento de tráfego, como a negociação entre os veículos que se aproximam de uma junção de estradas (Dötzer et al., 2005). Por sua vez, o projeto UbiBus (Tito, 2012), provê um Sistema de Transporte Público Inteli- gente que faz uso de Informações Contextuais e Computação Ubíqua para melhor se adaptar às situações do trânsito e oferecer suporte aos usuá- rios em qualquer lugar que eles se encontrem. Al- guns resultados já podem ser evidenciados, como por exemplo, uma aplicação de recomendação de rotas de ônibus baseada em informações de redes sociais, denominada UbibusRoute. Nos negócios Em (Junges et al., 2014) foi realizada uma pesquisa sobre aplicação da computação ubíqua aos negócios. Dentre os resultados dos aponta- dos pelos autores estão soluções envolvendo uso de RFID para controle de estoque, software para comércio ubíquo, sistemas especialistas (Wang, 2011). Gestão da cadeia de suprimentos, manu- tenção coleta de informações nas fronteiras or- ganizacionais, serviços de segurança, adoção de computação ubíqua (Kim, 2012). Sistemas de re- comendação para varejo, perfil de nativos digitais, valor da computação ubíqua para negócios, ética no uso da computação pervasiva, computação pervasiva para “cidades inteligentes”, infraestru- tura para uso em PMEs. (Walter et al., 2012). Em termos de múltiplas organizações, o pro- jeto (CNU, 2010) tem por objetivo geral identificar as formas pelas quais uma Comunidade de Negó- cios Ubíqua (CNU) pode colaborar para o desen- volvimento de APLs, fornecendo subsídios tam- bém para a área de estudos interorganizacionais. Segurança em ambientes ubí- quos Com o desenvolvimento tecnológico das re- des sem fio e a grande proliferação dos dispositi- vos portáteis, houve o aumento da popularidade da computação móvel, o que levou consequente- mente, ao surgimento de aplicações e ambientes de computação ubíqua (Weiser, 1991). Neste sen- tido, surge a demanda por mecanismos de segu- rança que tornem sua aplicação confiável. Há necessidade de garantir serviços básicos de segurança confiáveis para redes sem fio para comodidade dos usuários. Para isso, considera-se fundamental o apoio dos pilares da segurança da informação, tais como Confidencialidade, Inte- gridade, Autenticidade e Disponibilidade. Com isso, impede-se falhas na troca de informações entre os dispositivos tais como interceptação ou modificação de seu conteúdo. Também pode-se construir mecanismos de segurança através do auxílio do smartspaces, o quais são gerenciados por um middleware, que tem por finalidade prover mecanismo de segurança. No projeto de (Oliveira, 2014) os objetivos são projetar soluções para registrar e manter se- quências de ações de indivíduos sem que os mes-
  • 7. 29 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 Computação Ubíqua… mos possam ser identificados; monitorar siste- mas impedindo seu abuso e ainda preservando a privacidade e possibilitar usuários saberem sobre sua reputação preservando sua privacidade. Ao longo dos anos, vários trabalhos foram feitos na tentativa de trazer para o ambiente com- putacional o conceito de confiança. A maioria desses trabalhos tem como objetivo proporcionar aos nós uma forma de identificar e excluir nós maliciosos da rede. Em (Schweitzer et al., 2006) descreve-se um mecanismo distribuído para dis- seminação e consolidação do grau de confiança em redes ad hoc, concebendo relações de confian- ça e tornando as entidades autônomas e em con- dições de tomar decisões sem necessidade de um elemento central de rede. Já (Xiao, 2009) propõe uma abordagem que combina MDA (Model Driven Architecture) e Agentes de software para tratar a adaptação dinâ- mica da segurança de aplicações. Na proposta o modelo é modificado e transformado continua- mente. As modificações no modelo são inseridas na aplicação por meio de adaptações em tempo de execução. Nesse modelo a segurança é tratada por agentes de software. Entretanto, as adapta- ções decorrem de modificações no modelo efe- tuadas por especialistas, e não pela manipulação de informações de contexto. No trabalho de (Pirmez, 2008) apresenta-se um Serviço de Segurança Adaptativa, denomina- do Prometheus, cuja finalidade é o de prover um ambiente seguro segundo a Política de Segurança criada por uma organização para a execução de seus aplicativos em dispositivos móveis. No trabalho de (Leithardt et al., 2014) busca- se o controle de privacidade, visto que, o usuário pode não precisar ou não querer ser localizado, ou compartilhar seus dados a todo o momento. Os autores entendem que as informações comparti- lhadas podem ser melhor administradas por parte do ambiente pervasivo, buscando, por exemplo, a redução de processamento de dados desnecessá- rios, potencializando o nível de segurança e assim o gerenciamento dos serviços disponíveis. Por fim, na computação ubíqua, a hetero- geineidade de dispositivos do ambiente também é um agravante. Segundo (Araújo, 2003) o poder computacional do dispositivo pode intervir na segurança - quando este é limitado, o suporte a assinaturas e criptografia pode ser implementado somente com chaves de comprimento pequeno, tornando o sistema mais vulnerável. Considerações finais Viu-se neste trabalho que o modelo propos- to pela Computação Ubíqua busca mudar a pa- radigma tradicional de interação com o usuário, com características de imperceptibilidade, pró- -atividade, naturalidade e onipresença, com isso, proporcionando novas experiências e avanços em todas as áreas, se integrando e auxiliando nas vá- rias atividades diárias. Dentre as áreas de aplicações que impac- tam a atividade diária das pessoas estão projetos na educação, na medicina, nos automóveis, nos negócios e no ambiente interno de suas próprias casas, mediante a conectividade da internet e os diversos dispositivos eletrônicos heterogêneos. Conclui-se que há um cenário promissor em termos de computação e interatividade, inclusive sendo considerado como novo paradigma do sé- culo 21, contudo com o aspecto de segurança em evidência. Ainda, pode-se dizer que o fato de sua consideração como grande desafio em pesquisa pela National Science Foundantion (NSF) e tam- bém seu aparacimento no relatório de Grandes Desafios da Pesquisa 2006-2016 publicado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) per- mitem considerar um direcionamento no que se refere a expansão dos trabalhos na área. Referências Abowd, G.D. Classroom 2000: An experiment with the instrumentation of a living educational environ- ment. IBM Systems Journal, v. 38, 1999. Abowd, Gregory. Classroom 2000: Designing the Student’s Assistant. 1996. Abrantes, T. iPill, pílula inteligente, versus iPill, mi- crofone para iPod, 2009. AMI-C. (2003) AMI-C use cases. Disponível em: http://www.itu.int/md/T05-SG12-050118-TD- -WP1-0006/en. Acesso em: Dezembro de 2015. Anildo, R. O futuro da Internet – Computação Ubí- qua e Cooperativa. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 30, 2002. APRIMATIC, Novva. Smart Home: Você tem ideia do que é isso? Disponível em: http://www.novvaapri- matic.com.br/smart-home-voce-tem-ideia-do-que-e- -isso/. Acesso em 05/2015. Araujo, R. Computação Ubíqua, Princípios, Tecnolo- gias e Desafios - XXI Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores, 2003.
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  • 10. 32 Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 2(1): 23-32, 2015 - ISSN 2359-3539 E. Silva, L. Botelho, I. Santos, G. Sanchez Abstract This paper contextualize ubiquitous computing, a new computing paradigm with pro-activity fea- tures, omnipresence, imperceptibility and naturalness.We present basic concepts, model features, es- sential technologies for your use, application areas, examples of devices, systems and has developed projects in the area. In addition, it held a discussion of the challenges of security ubiquitous scenarios. Methodologically, begins the first theoretical definition and scientific term quote by Weiser (1991), and investigates some national and international scientific papers, as well as market products, which embody much of the theoretical proposal of author Keywords: Ubiquitous Computing, Technology, mobility.