1. Os 8 erros no processo de avaliação
Compilado por António Cardoso
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2. Os 8 erros no processo de avaliação
A avaliação de desempenho sempre será um processo subjetivo para o avaliador,
derivando dessa apreciação, algo de subjetivo, também. Não é fácil
desguarnecermo-nos de simpatias ou antipatias para avaliar corretamente uma
pessoa. Porém, tomar consciência dos problemas mais comuns e cientificamente
comprovados, pode tornar-nos mais objetivos, reduzir os nossos erros e tornar o
processo mais sério, justo e transparente.
Para não cair nesses erros, é preciso antes de mais, conhecê-los. Sendo assim,
esse é um bom itinerário para preparar os avaliadores antes de iniciar o processo
na sua função.
1. Efeito de Halo e Horn
É a propensão para alargar a avaliação positiva (efeito de Halo) ou negativa
(efeito de Horn) de uma pessoa para todos os itens em avaliação, sem se fazer
uma análise adequada de cada um dos fatores separadamente. Se ele é bom em
algo, automaticamente torna-se bom em tudo, ou o contrário.
Erradamente! O indivíduo é a soma de um conjunto de aptidões e emoções,
variáveis no tempo e espaço!
2. Tendência Central
Por receio ou insegurança, aqui o avaliador deixa de atribuir pontuações muito
baixas para não prejudicar o avaliado ou muito altas, para não ter que
fundamentá-las, mais tarde.
Noutras áreas, a centralidade pode “deslocar-se”, desde que por via desse desvio,
a comodidade de justificação se verifique.
3. Efeito de recenticidade
Costumam evidenciar-se na memória do avaliador apenas os fatos mais recentes.
Dificilmente consegue lembrar-se de tudo que aconteceu num período de um ou
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3. Os 8 erros no processo de avaliação
dois anos. Nesse caso, seria importante adotar a prática de realizar anotações
frequentes, se tal for fundamental para a observação.
Em algumas observações, a “mensagem” que acompanha o avaliador, no regresso a
casa, são os derradeiros momentos do processo.
4. Erro constante (Complacência / Rigor excessivo)
Por vezes, cada avaliador adota o seu padrão de desempenho. Isso faz com que
alguns pareçam ou sejam muitos benévolos, enquanto outros são ou se tornam
intransigentes.
Definir conjuntamente um padrão de desempenho é capital para restringir essas
características pessoais.
5. Erro da "primeira impressão"
Sabemos e escutamos, reiteradamente, aquele chavão de que "a primeira
impressão é a que conta"? Isso também acontece, amiúde, na avaliação de
desempenho. Nesse caso, o avaliador tem que tentar concentrar-se no período
atual, e não em avaliações ou performances passadas, assim como a possibilidade
de o avaliado, no decorrer da mesma apreciação, poder modificar a sua atuação.
As pessoas mudam e merecem atingir o crédito ou débito, pelo seu
desenvolvimento profissional ou outro, em permanente atualização.
6. Erro de semelhança (Auto-identificação)
O avaliador costuma ser mais favorável aos que consigo se assemelham, seja pelas
particularidades profissionais, por interesses pessoais, por caraterísticas
morfológicas, pela formação na mesma escola ou época, por pertencerem a uma
Associação “amiga” ou por caberem no mesmo grupo social.
Deve, em casos que tais, concentrar-se ainda mais, no objeto da sua análise.
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7. Erro de fadiga / rotina
Depois de preencher o enésimo questionário ou relatório, já ninguém consegue
distinguir as diferenças entre as pessoas e/ou os questionários e tende a
generalizar-se determinados erros e méritos.
Não se devem preencher apreciações ou julgamentos, em sequência.
8. Incompreensão do significado dos fatores de avaliação
Um exemplo prático… Não fazer uma sinalética de acordo com o determinado
pela FIFA, para uns é merecedor de punição de um árbitro, enquanto para
outros, é irrelevante! Outro… A chegada a um local, 5’ após a hora marcada,
para alguns chama-se “atraso”, ao passo que outros chamarão insignificância.
Se os fatores de avaliação não estiverem nitidamente aclarados, poderão ocorrer
erros de interpretação, ocasionando deformações nos resultados.
Compilado e desenvolvido por António Cardoso
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