2. Conteúdo
Conceitos Básicos e Definições
Introdução
O que é Avaliação de Risco Ambiental (ARA)?
Quais as etapas de uma ARA?
Um exemplo de Avaliação de Risco à Saúde
Humana (ARSH)
Qual era o problema?
Como ele foi identificado?
Quem estaria exposto?
O que poderia acontecer?
Quais os compostos de potencial interesse (CPI)?
Como a avaliação foi conduzida?
Qual é o risco para a população vizinha?
O risco deverá estabilizar aumentar ou diminuir com o
estabilizar,
tempo?
3. Conceitos Básicos e Definições
Avaliação
A aliação de Risco é o processo
Risco,
de estimativa de probabilidade de
ocorrência de um determinado
p
acontecimento e a provável
magnitude de efeitos adversos
(em termos de segurança saúde
segurança, saúde,
ecologia, ou economia) durante
um determinado período de
tempo.
4. Risco é como função de vários fatores:
• d natureza d perigo,
da t
do
i
• da possibilidade de contato (p
p
(potencial de
exposição),
• da característica das populações expostas
(receptores),
• da possibilidade de ocorrência e
ocorrência,
• da magnitude das exposições e
conseqüências, bem como da existência
de valores públicos
5. Análise de Risco à Saúde Humana - ARSH
De acordo com a Agência de
Proteção A bi t l Americana
P t ã Ambiental A
i
US EPA, ARSH é um processo
organizado de forma
metodológica, utilizado para
descrever e estimar a
possibilidade de ocorrência de um
efeito adverso para a saúde a
partir d exposição ambiental d
ti da
i ã
bi t l de
determinadas substâncias
químicas.
6. As quatros fases da ARSH são:
•
•
•
•
identificação de perigos,
avaliação d
li ã dose-resposta,
avaliação de exposição e
caracterização de risco.
ç
7. A “Análise de Risco” e “Avaliação
,
de Risco”, são termos
freqüentemente utilizados como
sinônimos,
sinônimos embora a análise de
risco seja mais vasta incluindo os
aspectos de gestão de risco
8. Análise de Risco Ecológica / Ambiental (ARE)
É a probabilidade condicional da ocorrência de um
acontecimento ecológico específico, associado à
g
p
,
explicação das suas conseqüências ecológicas
– redução de biodiversidade,
– perda d recursos comerciais i
d de
i i importantes,
t t
– instabilidade do ecossistema.
Na prática, a avaliação de risco ecológica envolve:
descrição quantitativa ou qualitativa da provável
ocorrência de um acontecimento ecológico
indesejado, sendo as suas conseqüências
raramente contempladas.
t
t
l d
Geralmente, a ARE avalia impactos ecológicos
G l
t
li i
t
ló i
resultantes das atividades humanas.
9. Estudo de Impacto Ambiental
Avaliação e identificação sistemática
dos impactos (efeitos) potenciais dos
projetos propostos, planos, programas,
ou ações legislativas, relativas aos
componentes ambientais físicoquímicos, biológicos, culturais e sóciosócio
econômicos.
Poderá conter um capítulo de análise de
risco focalizando nos aspectos
tecnológico, de saúde humana e/ ou dos
ecossistemas.
ecossistemas
10. Tipos de Análise de Risco:
• Riscos à Segurança/Industriais;
• Riscos para a Saúde Humana;
• Riscos Ecológicos/ ambientais
11. Diferenças entre os diferentes tipos de
análise de risco:
• Riscos de Segurança/Industriais
Segurança/Industriais:
g
ç
tipicamente de probabilidade baixa,
elevada conseqüência, efeitos agudos
(efeitos elevados em curto espaço de
tempo), acidentais; tempo crítico de
resposta; relações causa-efeito óbvias.
• Focaliza-se em aspectos da
segurança humana
seg rança h mana e perca material
material,
essencialmente dentro do espaço de
trabalho.
trabalho
12. Riscos para a Saúde Humana
• Geralmente de elevada probabilidade
probabilidade,
baixa conseqüência, efeitos crônicos
(exposições repetidas cujos efeitos
podem não se manifestar por períodos
elevados de tempo); relações causa
causaefeito difíceis de estabelecer.
• Focaliza-se essencialmente na saúde
humana, essencialmente fora do local
de trabalho ou da instalação
13. Riscos Ecológicos/ ambientais
• Mudanças sutis, interações
ç
,
ç
complexas entre populações,
comunidades e ecossistemas
(incluindo cadeias alimentares) ao
nível micro e macro; elevada incerteza
;
em relações causa-efeito;
• Focaliza-se principalmente em
impactos no ecossistema e habitats
que se podem manifestar a grandes
distâncias da fonte
fonte.
14. O que é Avaliação de Risco Ambiental (ARA)?
Exposição
Efeito
15. O que é a Avaliação de Risco Ambiental?
É o processo que avalia a
probabilidade de que efeitos à
saúde humana ou efeitos
ecológicos possam ocorrer, ou
ló i
estejam ocorrendo, como
resultado à exposição a um ou
mais fatores de estresse
16. O que são fatores de estresse?
Físicos
Químicos
Biológicos
17. Risco Ambiental
Receptor humano
Fonte
(Indústrias)
( ú
)
Via de exposição
(contato dermal)
Via de exposição
Contaminante
(substâncias
no esgoto industrial)
(ingestão de alimento
contaminado)
Receptor ecológico
18. Quais os componentes de uma ARA?
Contaminante
Se um destes
componentes está
ausente
Risco
Via de
Exposição
Receptor
Não há risco!
19. Quais as etapas de uma Avaliação de Risco?
Identificação do Perigo
Avaliação da
Exposição
Avaliação da
Toxicidade
Caracterização do Risco
ç
Gerenciamento do Risco
20. Identificação do Perigo
• Coleta e análise de dados relevantes;
• Identificação dos potenciais
Compostos Químicos de Interesse CPI
21. Avaliação da Toxicidade
• Coleta de dados qua a os e
Co e a
quantitativos
Qualitativos de toxicidade
• Determinar valores de toxicidade
22. Avaliação da Exposição
• A etapa de Avaliação da
p ç pode ser dividida em
Exposição p
três passos distintos, a saber:
– Caracterização da Exposição;
– Identificação dos Caminhos de
Exposição;
– Quantificação da Exposição
Exposição.
23.
24. Caracterização dos Riscos
• Caracterização de ocorrência de
p
efeitos potenciais adversos na
saúde
• Avaliação de incertezas
• Sumário da informação de risco
25. Por que padrões de qualidade
(solo, sedimento, ar) não são suficientes?
Valores conservadores (“pior caso )
( pior caso”)
Geralmente só protegem saúde
humana
Não refletem condições locais (solo,
clima, receptores...)
clima receptores )
Não consideram efeitos
acumulativos
Muitos compostos ainda não tem
padrões
26. Um exemplo...
Qual
Q l é o problema?
bl
?
Contaminação de solo ocasionada por vazamento
em decorrência de dano acidental a uma
tubulação que transportava óleo cru
cru.
Parte do óleo derramado foi retirado e disposto em
a e
ó eo de a ado o e ado d spos o e
um dique de contenção, construído com solo
argiloso da região, devidamente impermeabilizado
em manta de polietileno e dotado de sistema de
drenagem, conforme exigência da CETESB, SP.
27. Quem poderia estar exposto?
Identificação de população pertencente ao local ou
próximas ao local do estudo;
Pouca informação sobre a área e sobre a população em
estudo;
t d
Abordagem conservadora (pior caso)
Considerou-se no entorno, área residencial com
,
potenciais receptores humanos: população vizinha ao
local de armazenagem do solo contaminado;
Comunidades (adultos e crianças) em contato com
potenciais fontes de contaminação (direta ou
indiretamente)
28. Como eles estariam expostos?
FONTE DE
RECEPTORES
MEIOS
CONTAMINAÇÃO
VIAS DE
POTENCIAIS
EXPOSIÇÃO
POTENCIAL
Ar
Hidrocarbonetos
e metais em solo
t i
l
Inlação de
Voláteis
Ingestão
g
Solo
Contato
Dermal
D
l
População vizinha
29. Como a avaliação foi conduzida?
Concentração de Contaminante
no solo
Estimativa da dose de Contaminante
Via Ingestão
Estimativa da dose de Contaminante
Via contato dermal
Estimativa da dose total do Contaminante
(mg/kg.dia)
versus
Dose de Referência para
Contaminante
(mg/kg.dia)
Risco aceitável
ou inaceitável
30. Qual a dose de contaminante por cada via?
Exposição ao Benzo (a) Pireno
4,00E-05
3,50E-05
3,00E 05
3 00E-05
2,50E-05
2,00E-05
1,50E-05
1,00E-05
1 00E 05
5,00E-06
0,00E+00
3,60E-05
1,40E-05
5,30E-09
5,70E-10
Criança
Adulto
Ingestão de solo
Criança
Adulto
Contato Dérmico
31. Sistema de Classificação dos Contaminantes
USEPA e IARC
IARC1
A C
USEPA
S A
Grupo 1
Grupo A Cancerígeno para seres humanos
Grupo 2A
Grupo B Provável cancerígeno para humanos
Descrição
i ã
B1
Evidências limitadas para seres humanos
B2
Evidências para seres humanos inadequadas, evidências para
animais suficientes
Grupo 2B
Grupo C Possível cancerígeno para seres humanos
Grupo 3
Grupo D Não classificado como cancerígeno para seres humanos
Grupo 4
Grupo E Provável não cancerígeno para humanos
32. Qual o perigo potencial?
•Identificação dos efeitos adversos que uma
substância tem a capacidade inerente de causar
•Não carcinogênicos
– Acenafteno, Acenaftileno, Antraceno, Benzo
(g,h,i) perileno, Fluoreno, Fenantreno,
Fluoranteno, Naftaleno e Pireno
•Carcinogênicos potenciais
Carcinogênicos
– Benzo(a)antraceno
– Benzo(a)pireno
– Benzo(b)fluoranteno
– Benzo(k)fluoranteno
– Criseno
– Dibenzo(a,h)antraceno
– Indeno(1,2,3-cd)pireno
Indeno(1,2,3 cd)pireno
– Arsênio
33. • Para efeitos não carcinogênicos
• (ex. problemas respiratórios ou
(
p
p
deficiência renal)
neurológicos,
g
,
• Indíce de Perigo (IP): Comparação entre a dose
estimada e a dose de referência (RfD)
IP = .
dose
.
dose de referência
– Se IP > 1 = risco inaceitável
34. O Índice de Perigo foi considerado aceitável?
Quocientes de Perigo
Via Ingestão de Solo
Via Contato Dérmico com Solo
Criança
Adulto
Criança
Adulto
Naftaleno
1,9E-08
2,0E-09
1,3E-04
5,0E-05
Acenafteno
2,3E-08
2,5E-09
1,6E-04
6,1E-05
Acenaftileno
1,2E-08
1,3E-09
8,4E-05
3,2E-05
Fluoreno
4,9E-08
5,2E-09
3,3E-04
1,3E-04
Fenantreno
3,4E-07
3,6E-08
2,3E-03
8,8E-04
Antraceno
1,6E-08
1,7E-09
1,1E-04
4,1E-05
Fluoranteno
3,3E-07
3,5E-08
2,2E-03
8,6E-04
Pireno
3,6E-07
3,8E-08
2,4E-03
9,3E-04
Benzo(g,h,i)perileno
5,8E-08
6,2E-09
4,0E-04
1,5E-04
Índice de Perigo - HPAs
1,2E-06
1,3E-07
8,2E-03
3,1E-03
Arsênio
7,0E-04
7,5E-05
1,1E+00
4,3E-01
Bário
2,2E-05
2,4E-06
1,2E+00
4,5E-01
Níquel
6,8E-06
6 8E 06
7,3E-07
7 3E 07
3,6E-01
3 6E 01
1,4E-01
1 4E 01
Prata
1,7E-06
1,9E-07
9,1E-02
3,5E-02
Índice de Perigo - Metais
7,3E-04
7,8E-05
2,7E+00
1,1E+00
HPAs
HPA
Metais
35. O Índice de Perigo foi considerado aceitável?
Quociente de Perigo
Q
i t d P i
Criança
C i
Adulto
Ad lt
IP Total - Ingestão
7,3E 04
7,3E-04
7,8E 05
7,8E-05
IP Total – Contato
Dérmico
2,7E+00
2 7E+00
1,1E+00
1 1E+00
2,7E+00
1,1E+00
IP Total
IP > 1 = índice de perigo inaceitável
36. O que é um risco de câncer inaceitável?
Para efeitos carcinogênicos:
• Risco = Aumento da probabilidade de
ocorrência de câncer durante o período de
vida do receptor como resultado da
exposição a uma substância potencialmente
cancerígena
í
4
• Ri
Risco > 1 x 10-4 = i
inaceitável
itá l
(1 caso em cada 10.000, segundo critério
adotado pela CETESB)
37. O risco foi considerado aceitável?
Risco
Via Ingestão de Solo
Via Contato Dérmico com
Solo
Criança
Adulto
Criança
Adulto
Benzo(a)antraceno
3,8E-09
3 8E 09
4,1E-10
4 1E 10
2,2E-05
2 2E 05
8,3E-06
8 3E 06
Criseno
8,0E-11
8,6E-12
4,6E-07
1,7E-07
Benzo(b)fluoranteno
( )
3,6E-09
3,8E-10
2,0E-05
7,9E-06
Benzo(k)fluoranteno
3,2E-10
3,4E-11
1,8E-06
6,9E-07
Benzo(a)pireno
3,9E-08
4,1E-09
2,2E-04
8,5E-05
Indeno(1,2,3-c,d)pireno
1,4E-09
1,5E-10
8,1E-06
3,1E-06
Dibenzo(a,h)antraceno
4,5E-09
4,8E-10
2,6E-05
9,8E-06
Índice de Perigo - HPAs
5,2E-08
5 2E 08
5,6E-09
5 6E 09
3,0E-04
3 0E 04
1,1E-04
1 1E 04
Arsênio
3,2E-07
7,2E-15
5,0E-04
1,9E-04
Índice de Perigo - Metais
3,2E-07
7,2E-15
5,0E-04
1,9E-04
HPAs
Metais
38. O risco foi considerado aceitável?
Risco
Ri
Criança
C i
Adulto
Ad l
Risco Total - Ingestão
3,7E-07
5,6E-09
Risco Total – Contato
Dérmico
8,0E-04
3,0E-04
8,0E-04
8 0E 04
3,0E-04
3 0E 04
Risco Total
Risco > 1 x 10-4 = inaceitável
39. Qual a conclusão do estudo?
• Vias de e pos ção
as
exposição
– ingestão de solo
– contato dérmico com solo
• Os riscos calculados à saúde da
população residente no entorno,
situaram-se fora dos limites
aceitáveis de risco