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Assistência de
enfermagem em trauma
Assistência de enfermagem em
populações especiais
Trauma pediátrico
Bloco 1
Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
Figura 3 – Gestante em
cuidado hospitalar
Fonte: naphtalina/iStock.com.
Figura 1 – Trauma pediátrico
Fonte: kali9/iStock.com.
Figura 2 – Queda de idoso
Fonte: Nastasic/iStock.com.
Assistência de enfermagem no atendimento a populações especiais
População que requer maior atenção, por alterações
fisiológicas ou anatômicas próprias.
Figura 1 – Trauma pediátrico comum
Fonte: kali9/iStock.com.
Assistência de enfermagem ao trauma pediátrico
Na pediatria, o trauma
físico é considerado uma
causa importante de
morbimortalidade,
apesar da melhoria na
prevenção primária e
cuidados de saúde.
Tabela 1 – Características do politrauma
Fonte: Afonso (2020).
Característica do trauma pediátrico
Objetivo do estudo:
revisão da patologia
traumática que
motivou
internamento em
unidade de cuidados
intensivos pediátricos.
(AFONSO, 2020)
Tabela 2 – Características do trauma
Fonte: Afonso (2020).
Característica do trauma pediátrico
• Predomínio de trauma
contuso.
• Trauma penetrante mais
frequente dos 15-17 anos.
• Predomínio de acidentes
de viação (atropelamento
e veículo motorizado).
• Quedas mais frequentes
em < 1 ano.
• O trauma físico teve
natureza acidental.
(AFONSO, 2020)
Peculiaridades anátomo-fisiológicas infantis
Pediatria
Vias aéreas menores, posteriorizadas, mais fácil de obstruir,
hiperextensão ou flexão do pescoço obstrui a via aérea.
Respiradores nasais até os 6 meses.
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respiração.
Estrutura óssea é predominantemente cartilaginosa.
Caixa torácica mais complacente e maior consumo de oxigênio.
Avaliar os pulsos braquiais nos bebês.
Capacidade de compensação hemodinâmica.
(NAYDUCH, 2011)
Figura 4 – Peculiaridades anátomo-fisiológicas infantis
Atendimento ao trauma pediátrico
• A criança que não verbaliza sua queixa; suspeitar de
sangramentos em sintomas de má perfusão.
• Atentar para frequência respiratória e frequência cardíaca.
• Valorizar como deterioração neurológica letargia, sonolência,
baixa pontuação na Escala de Coma de Glasgow.
• Em casos de apatia considerar hemorragias internas.
• Quedas, mesmo que de pequenas, alturas podem geras
injúrias importantes.
Avaliação
primária
XABCDE
SAMPLA +
Exame físico
(NAYDUCH, 2011; PEREIRA-JUNIOR et al., 1999)
Cuidados a serem adotados
• Abrir vias aéreas pelo levantamento do queixo, evitar
mover a mandíbula, cuidado para evitar hiperextensão.
• Adotar o alinhamento dos eixos oral, laríngeo e
faríngeo (posição olfativa), providenciando um coxim na
região occipital e discreta extensão no pescoço.
• Proporcionar alinhamento reto entre a região occipital
e torácica por meio de coxins até os oito anos.
• Colocar a cânula orofaríngea sem girar.
• O lúmen do tubo deve corresponder a
aproximadamente ao tamanho do dedo mínimo da
criança (cuidados movimentação para não remoção
acidental).
(NAYDUCH, 2011; PEREIRA-JUNIOR et al., 1999)
Figura 5 – Trauma pediátrico intra-hospitalar
Fonte: Tashi-Delek/iStock.com.
Cuidados a serem adotados
• Superficialização da
respiração é indicativo de
parada respiratória.
• Considerar risco de lesão
pulmonar e deglutição de
ar na ventilação.
• Avaliar por um minuto a
FR e sons respiratórios
bilateralmente.
• Empregar colar cervical de
tamanho adequado.
• Adaptar pranchas adultas,
se ausência de prancha
pediátrica.
Cuidados a serem adotados
• Imobilização.
• Volume corrente 6 a 8 mL/kg.
• Sempre monitorar o enchimento capilar, a cor
da pele, os pulsos periféricos e débito urinário
(< 15 kg, usar um cateter vesical de demora).
• Infundir líquidos aquecidos em crianças.
• Considerar punção intraóssea na tíbia proximal
ou distal em ossos íntegros, (bisel voltado à
região podálica.
• Taquicardia pode significar hemorragia,
estresse, dor ou medo.
• Uso da ECG pediátrica (abaixo).
• Avaliar as fontanelas.
Quadro 1 - Escala de coma de Glasgow pediátrica
Fonte: adaptado de Nayduch (2011).
Avaliação neurológica: Escala de Coma de Glasgow
Assistência de enfermagem em
populações especiais
Trauma geriátrico
Bloco 2
Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
Figura 2 – Queda de idoso em
escadaria
Fonte: Nastasic/iStock.com.
Epidemiologia do trauma em idosos
Em 2050 o Brasil terá 30% de sua população com idade superior a 60 anos.
Com o advento do
envelhecimento
populacional,
houve aumento na
incidência de
traumas na
população idosa.
(NAYDUCH,
2011;HIRANO, 2007)
Epidemiologia do trauma em idosos
• Quedas (40%).
• Acidentes
automobilísticos (38%).
• 28% colisões.
• 10% atropelamentos.
• Violência doméstica.
• Assaltos.
• Queimaduras.
• Tentativa de suicídios.
(NAYDUCH, 2011; HIRANO, 2007)
Figura 2 – Queda de idoso em
escadaria
Fonte: Nastasic/iStock.com.
Peculiaridades anátomo-fisiológicas nos idosos
Processo irreversível e progressivo que deteriora a reserva funcional dos
órgãos, é um processo orgânico e variável cuja compreensão é essencial
para o atendimento ao trauma geriátrico.
A redução da função fisiológica pela senescência acarreta em
complicações pós-trauma:
• Isquemia miocárdica.
• Pneumonia.
• Trombose venosa profunda.
• Tromboembolismo pulmonar.
• Tétano.
Peculiaridades anátomo-fisiológicas nos idosos
(FREITAS et al., 2013)
Neural: diminuição no número e tamanho dos neurônios, na
velocidade de condução nervosa, no fluxo sanguíneo cerebral.
Muscular: perda de 10 - 20% na força muscular.
Pulmonar: diminuição da capacidade vital; redução de massa muscular adequada
ventilação, que se agrava pelo alto índice de imobilidade; aumento do volume residual, do
espaço morto anatômico; menor mobilidade da parede torácica e declínio do número de
alvéolos, dificultam a tolerância ao esforço.
Cardiovascular: diminuição do débito cardíaco, da frequência cardíaca, do
volume sistólico e aumento da pressão arterial.
Declínio da massa mineral óssea: aspectos hereditários, estado hormonal,
nutrição e nível de atividade física do indivíduo, favorecem para que o indivíduo
esteja mais suscetível a osteoporose e, consequentemente, a quedas e fraturas.
Atendimento ao idoso traumatizado no
atendimento pré-hospitalar (APH)
Os idosos necessitam de uma atenção
maior, pois são incapazes de responder
ao aumento das demandas fisiológicas
impostas pelo trauma.
Realizar uma sequência lógica para a
assistência, com foco em:
• Estabilizar sinais vitais.
• Identificação de lesões que
comprometam a vida.
• Reduzir as sequelas e complicações
que possam levar à morte.
Se as múltiplas
necessidades forem
abordadas
adequadamente no
atendimento APH,
haverá redução de
reinternação, e a
capacidade funcional
poderá ser alcançada
em médio e longo
prazo.
(GONÇALVES et al., 2018)
Atendimento ao idoso traumatizado
• Detectar lesões.
• Verificar glicemia e introduzir a nutrição precoce.
• Monitorar saturação de oxigênio.
• Anticoagulação.
• Monitoração invasiva.
• Cuidados respiratórios.
• Exames de imagem.
• Profilaxia infecções e hipotermia.
• Movimentação.
(GONÇALVES et al., 2018)
Assistência de enfermagem em
populações especiais
Trauma obstétrico
Bloco 3
Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
Epidemiologia de traumas em gestantes
Faixa etária fértil de
10 a 50 anos, deve-
se excluir uma
gestação.
O trauma atinge 6%
das gestantes e é a
causa não
obstétrica de morte
mais frequente.
30% acidentes
automobilísticos;
20%
atropelamentos;
10% agressões.
(NAYDUCH, 2011)
Figura 6 – Gestante dirigindo automóvel
Fonte: LSOphoto/iStock.com.
Diferenças anátomo-fisiológicas nas gestantes
• Lentificação da peristalse
gastrointestinal.
• Útero mais susceptível a traumas.
• Líquido amniótico.
• Descolamento placentar.
• Elevação da FC.
• Aumento do débito cardíaco e
resistência vascular periférica.
• Compressão dos vasos pélvicos e
da veia cava inferior.
• Queda da PA.
• Alterações vasculares e no sangue.
• Redução da albumina sérica.
(NAYDUCH, 2011)
Figura 3 – Gestante em cuidado hospitalar
Fonte: naphtalina/iStock.com.
Atendimento ao trauma obstétrico
As mães são
prioridade e, depois
de estabilizadas, o
feto (investir nos
fetos com idade
gestacional superior
a 24 semanas).
• Priorizar a oferta de O2.
• Posicionamento em decúbito lateral esquerdo.
• Cuidados para bronco-aspiração pulmonar.
• Controlar hemorragias.
• Sinais de sofrimento fetal.
• Recordar da hipotensão e taquicardia fisiológica obstétrica.
Atendimento ao trauma obstétrico
• Avaliar a necessidade de ressuscitação volêmica e empregá-la com cautela PAS
alvo de 90 mmHg.
• Coletar sangue para dosagem de hematócrito, gasometria arterial, glicemia,
eletrólitos e função renal.
• Pesquisar sinais de irritabilidade uterina (contrações e ritmo) e a altura do fundo
de útero e a saída de líquido amniótico ou sangramentos vaginal.
Encaminhar
para centros
obstétricos e
monitorização
fetal por até
48h.
Figura 3 – Gestante em cuidado hospitalar
Fonte: naphtalina/iStock.com.
Considerações finais
A avaliação primária deve ocorrer com
auxílio do mnemônico XABCDE e
secundária SAMPLA e exame físico, assim,
devem ser ponderadas as diferenças
anátomo-fisiológicas das crianças, idosos e
gestantes.
Teoria em Prática
Bloco 4
Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
Reflita sobre a seguinte situação
VAR, 32 anos, G2P1A0, IG 30 semanas e dois dias, sofreu colisão frontal,
estava com cinto de segurança e era passageira do veículo. Apresenta
FCC em face, hematomas em abdômen que está tenso e com
contrações esporádicas. REG, descorada, ECG 15, mucosas coradas e
hidratadas. Pupilas isocóricas, reflexo fotomotor direto e consensual e
reflexo córneo-palpebral presentes em ambos os olhos. Com postura
alinhada em decúbito dorsal e sentada. Tórax em formato normal, ritmo
respiratório regular com FR= 16 irpm, respiração do tipo tóraco-
abdominal. MV + S/RA. PA em MSD 100 x 80 mmHg. Pulso radial D =
100 bpm e regular e rítmico. Quanto à perfusão periférica: sem
alteração na coloração (2/4+), tempo de enchimento capilar
preservado, pulsos periféricos universalmente presentes de média
amplitude, AVP em MSE sorolizado. Ictus cordis “in situ”, com extensão
de duas polpas digitais, intensidade (4/4+). À ausculta cardíaca: 2 BRNF,
FC = 102 bpm, regular. Não possui frêmitos.
Descreva a avaliação primária e secundária dessa paciente.
Norte para a resolução: avaliação primária
A- Livre
X – FCC
cabeça
B –FR: 16
irpm;
monitorar
SaO2;
OFERTAR 02
C- acesso
venoso
E-
Hematomas e
controle
hipotermia
D – ECG 15
Norte para a resolução: avaliação secundária
SAMPLA Exame físico
• Posicionamento de transporte: decúbito
lateral esquerdo.
• Cuidados para bronco-aspiração pulmonar.
• Avaliar sinais de sofrimento fetal.
• Encaminhar para centros obstétricos e
monitorização fetal por até 48h.
Dica do(a) Professor(a)
Bloco 5
Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
Dica: artigo científico
Título: Situação clínica e obstétrica de gestantes
que solicitam o serviço médico de emergência
pré-hospitalar.
Objetivo: identificar a situação clínica e
obstétrica de gestantes que solicitam
atendimento do SAMU, considerando a
pertinência ao serviço de urgência.
Ano de publicação: 2020.
Referências
ACS COT. American College of Surgeons Committee on Trauma. Advanced Trauma
Life Support - ATLS. 10. ed. Chicago: American College of Surgeos, 2018.
FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2013.
GONÇALVES et al. Trauma em idosos: como deve ser realizado o atendimento.
Ciências Biológicas e de Saúde, Maceió, v. 4 , n. 3 , p. 77-86, 2018. Disponível em:
https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/5110. Acesso em: 17 fev.
2022.
HIRANO, E. S.; FRAGA, G. P.; MANTOVANI, M. Trauma no idoso. Revista de
Medicina, Ribeirão Preto, v. 3, n. 40, p. 352-357, jul./2007. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/333. Acesso em: 17 fev. 2022.
NAYDUCH, D. Nurse to nurse: cuidados no trauma em enfermagem. Porto Alegre:
AMGH, 2011.
PEREIRA- JÚNIOR, G. A. et al. Atendimento à gestante traumatizada. Revista de
Medicina, Ribeirão Preto, v. 1, n. 32, p. 282-289, jul./1999. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/12702. Acesso em: 17 fev. 2022.
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7 aula trauma.pdf

  • 2. Assistência de enfermagem em populações especiais Trauma pediátrico Bloco 1 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
  • 3. Figura 3 – Gestante em cuidado hospitalar Fonte: naphtalina/iStock.com. Figura 1 – Trauma pediátrico Fonte: kali9/iStock.com. Figura 2 – Queda de idoso Fonte: Nastasic/iStock.com. Assistência de enfermagem no atendimento a populações especiais População que requer maior atenção, por alterações fisiológicas ou anatômicas próprias.
  • 4. Figura 1 – Trauma pediátrico comum Fonte: kali9/iStock.com. Assistência de enfermagem ao trauma pediátrico Na pediatria, o trauma físico é considerado uma causa importante de morbimortalidade, apesar da melhoria na prevenção primária e cuidados de saúde.
  • 5. Tabela 1 – Características do politrauma Fonte: Afonso (2020). Característica do trauma pediátrico Objetivo do estudo: revisão da patologia traumática que motivou internamento em unidade de cuidados intensivos pediátricos. (AFONSO, 2020)
  • 6. Tabela 2 – Características do trauma Fonte: Afonso (2020). Característica do trauma pediátrico • Predomínio de trauma contuso. • Trauma penetrante mais frequente dos 15-17 anos. • Predomínio de acidentes de viação (atropelamento e veículo motorizado). • Quedas mais frequentes em < 1 ano. • O trauma físico teve natureza acidental. (AFONSO, 2020)
  • 7. Peculiaridades anátomo-fisiológicas infantis Pediatria Vias aéreas menores, posteriorizadas, mais fácil de obstruir, hiperextensão ou flexão do pescoço obstrui a via aérea. Respiradores nasais até os 6 meses. Alterações circulatórias são secundárias as na ventilação e respiração. Estrutura óssea é predominantemente cartilaginosa. Caixa torácica mais complacente e maior consumo de oxigênio. Avaliar os pulsos braquiais nos bebês. Capacidade de compensação hemodinâmica. (NAYDUCH, 2011) Figura 4 – Peculiaridades anátomo-fisiológicas infantis
  • 8. Atendimento ao trauma pediátrico • A criança que não verbaliza sua queixa; suspeitar de sangramentos em sintomas de má perfusão. • Atentar para frequência respiratória e frequência cardíaca. • Valorizar como deterioração neurológica letargia, sonolência, baixa pontuação na Escala de Coma de Glasgow. • Em casos de apatia considerar hemorragias internas. • Quedas, mesmo que de pequenas, alturas podem geras injúrias importantes. Avaliação primária XABCDE SAMPLA + Exame físico (NAYDUCH, 2011; PEREIRA-JUNIOR et al., 1999)
  • 9. Cuidados a serem adotados • Abrir vias aéreas pelo levantamento do queixo, evitar mover a mandíbula, cuidado para evitar hiperextensão. • Adotar o alinhamento dos eixos oral, laríngeo e faríngeo (posição olfativa), providenciando um coxim na região occipital e discreta extensão no pescoço. • Proporcionar alinhamento reto entre a região occipital e torácica por meio de coxins até os oito anos. • Colocar a cânula orofaríngea sem girar. • O lúmen do tubo deve corresponder a aproximadamente ao tamanho do dedo mínimo da criança (cuidados movimentação para não remoção acidental). (NAYDUCH, 2011; PEREIRA-JUNIOR et al., 1999)
  • 10. Figura 5 – Trauma pediátrico intra-hospitalar Fonte: Tashi-Delek/iStock.com. Cuidados a serem adotados • Superficialização da respiração é indicativo de parada respiratória. • Considerar risco de lesão pulmonar e deglutição de ar na ventilação. • Avaliar por um minuto a FR e sons respiratórios bilateralmente. • Empregar colar cervical de tamanho adequado. • Adaptar pranchas adultas, se ausência de prancha pediátrica.
  • 11. Cuidados a serem adotados • Imobilização. • Volume corrente 6 a 8 mL/kg. • Sempre monitorar o enchimento capilar, a cor da pele, os pulsos periféricos e débito urinário (< 15 kg, usar um cateter vesical de demora). • Infundir líquidos aquecidos em crianças. • Considerar punção intraóssea na tíbia proximal ou distal em ossos íntegros, (bisel voltado à região podálica. • Taquicardia pode significar hemorragia, estresse, dor ou medo. • Uso da ECG pediátrica (abaixo). • Avaliar as fontanelas.
  • 12. Quadro 1 - Escala de coma de Glasgow pediátrica Fonte: adaptado de Nayduch (2011). Avaliação neurológica: Escala de Coma de Glasgow
  • 13. Assistência de enfermagem em populações especiais Trauma geriátrico Bloco 2 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
  • 14. Figura 2 – Queda de idoso em escadaria Fonte: Nastasic/iStock.com. Epidemiologia do trauma em idosos Em 2050 o Brasil terá 30% de sua população com idade superior a 60 anos. Com o advento do envelhecimento populacional, houve aumento na incidência de traumas na população idosa. (NAYDUCH, 2011;HIRANO, 2007)
  • 15. Epidemiologia do trauma em idosos • Quedas (40%). • Acidentes automobilísticos (38%). • 28% colisões. • 10% atropelamentos. • Violência doméstica. • Assaltos. • Queimaduras. • Tentativa de suicídios. (NAYDUCH, 2011; HIRANO, 2007) Figura 2 – Queda de idoso em escadaria Fonte: Nastasic/iStock.com.
  • 16. Peculiaridades anátomo-fisiológicas nos idosos Processo irreversível e progressivo que deteriora a reserva funcional dos órgãos, é um processo orgânico e variável cuja compreensão é essencial para o atendimento ao trauma geriátrico. A redução da função fisiológica pela senescência acarreta em complicações pós-trauma: • Isquemia miocárdica. • Pneumonia. • Trombose venosa profunda. • Tromboembolismo pulmonar. • Tétano.
  • 17. Peculiaridades anátomo-fisiológicas nos idosos (FREITAS et al., 2013) Neural: diminuição no número e tamanho dos neurônios, na velocidade de condução nervosa, no fluxo sanguíneo cerebral. Muscular: perda de 10 - 20% na força muscular. Pulmonar: diminuição da capacidade vital; redução de massa muscular adequada ventilação, que se agrava pelo alto índice de imobilidade; aumento do volume residual, do espaço morto anatômico; menor mobilidade da parede torácica e declínio do número de alvéolos, dificultam a tolerância ao esforço. Cardiovascular: diminuição do débito cardíaco, da frequência cardíaca, do volume sistólico e aumento da pressão arterial. Declínio da massa mineral óssea: aspectos hereditários, estado hormonal, nutrição e nível de atividade física do indivíduo, favorecem para que o indivíduo esteja mais suscetível a osteoporose e, consequentemente, a quedas e fraturas.
  • 18. Atendimento ao idoso traumatizado no atendimento pré-hospitalar (APH) Os idosos necessitam de uma atenção maior, pois são incapazes de responder ao aumento das demandas fisiológicas impostas pelo trauma. Realizar uma sequência lógica para a assistência, com foco em: • Estabilizar sinais vitais. • Identificação de lesões que comprometam a vida. • Reduzir as sequelas e complicações que possam levar à morte. Se as múltiplas necessidades forem abordadas adequadamente no atendimento APH, haverá redução de reinternação, e a capacidade funcional poderá ser alcançada em médio e longo prazo. (GONÇALVES et al., 2018)
  • 19. Atendimento ao idoso traumatizado • Detectar lesões. • Verificar glicemia e introduzir a nutrição precoce. • Monitorar saturação de oxigênio. • Anticoagulação. • Monitoração invasiva. • Cuidados respiratórios. • Exames de imagem. • Profilaxia infecções e hipotermia. • Movimentação. (GONÇALVES et al., 2018)
  • 20. Assistência de enfermagem em populações especiais Trauma obstétrico Bloco 3 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
  • 21. Epidemiologia de traumas em gestantes Faixa etária fértil de 10 a 50 anos, deve- se excluir uma gestação. O trauma atinge 6% das gestantes e é a causa não obstétrica de morte mais frequente. 30% acidentes automobilísticos; 20% atropelamentos; 10% agressões. (NAYDUCH, 2011)
  • 22. Figura 6 – Gestante dirigindo automóvel Fonte: LSOphoto/iStock.com. Diferenças anátomo-fisiológicas nas gestantes • Lentificação da peristalse gastrointestinal. • Útero mais susceptível a traumas. • Líquido amniótico. • Descolamento placentar. • Elevação da FC. • Aumento do débito cardíaco e resistência vascular periférica. • Compressão dos vasos pélvicos e da veia cava inferior. • Queda da PA. • Alterações vasculares e no sangue. • Redução da albumina sérica. (NAYDUCH, 2011)
  • 23. Figura 3 – Gestante em cuidado hospitalar Fonte: naphtalina/iStock.com. Atendimento ao trauma obstétrico As mães são prioridade e, depois de estabilizadas, o feto (investir nos fetos com idade gestacional superior a 24 semanas). • Priorizar a oferta de O2. • Posicionamento em decúbito lateral esquerdo. • Cuidados para bronco-aspiração pulmonar. • Controlar hemorragias. • Sinais de sofrimento fetal. • Recordar da hipotensão e taquicardia fisiológica obstétrica.
  • 24. Atendimento ao trauma obstétrico • Avaliar a necessidade de ressuscitação volêmica e empregá-la com cautela PAS alvo de 90 mmHg. • Coletar sangue para dosagem de hematócrito, gasometria arterial, glicemia, eletrólitos e função renal. • Pesquisar sinais de irritabilidade uterina (contrações e ritmo) e a altura do fundo de útero e a saída de líquido amniótico ou sangramentos vaginal. Encaminhar para centros obstétricos e monitorização fetal por até 48h. Figura 3 – Gestante em cuidado hospitalar Fonte: naphtalina/iStock.com.
  • 25. Considerações finais A avaliação primária deve ocorrer com auxílio do mnemônico XABCDE e secundária SAMPLA e exame físico, assim, devem ser ponderadas as diferenças anátomo-fisiológicas das crianças, idosos e gestantes.
  • 26. Teoria em Prática Bloco 4 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
  • 27. Reflita sobre a seguinte situação VAR, 32 anos, G2P1A0, IG 30 semanas e dois dias, sofreu colisão frontal, estava com cinto de segurança e era passageira do veículo. Apresenta FCC em face, hematomas em abdômen que está tenso e com contrações esporádicas. REG, descorada, ECG 15, mucosas coradas e hidratadas. Pupilas isocóricas, reflexo fotomotor direto e consensual e reflexo córneo-palpebral presentes em ambos os olhos. Com postura alinhada em decúbito dorsal e sentada. Tórax em formato normal, ritmo respiratório regular com FR= 16 irpm, respiração do tipo tóraco- abdominal. MV + S/RA. PA em MSD 100 x 80 mmHg. Pulso radial D = 100 bpm e regular e rítmico. Quanto à perfusão periférica: sem alteração na coloração (2/4+), tempo de enchimento capilar preservado, pulsos periféricos universalmente presentes de média amplitude, AVP em MSE sorolizado. Ictus cordis “in situ”, com extensão de duas polpas digitais, intensidade (4/4+). À ausculta cardíaca: 2 BRNF, FC = 102 bpm, regular. Não possui frêmitos. Descreva a avaliação primária e secundária dessa paciente.
  • 28. Norte para a resolução: avaliação primária A- Livre X – FCC cabeça B –FR: 16 irpm; monitorar SaO2; OFERTAR 02 C- acesso venoso E- Hematomas e controle hipotermia D – ECG 15
  • 29. Norte para a resolução: avaliação secundária SAMPLA Exame físico • Posicionamento de transporte: decúbito lateral esquerdo. • Cuidados para bronco-aspiração pulmonar. • Avaliar sinais de sofrimento fetal. • Encaminhar para centros obstétricos e monitorização fetal por até 48h.
  • 30. Dica do(a) Professor(a) Bloco 5 Thaísa Mariela Nascimento de Oliveira
  • 31. Dica: artigo científico Título: Situação clínica e obstétrica de gestantes que solicitam o serviço médico de emergência pré-hospitalar. Objetivo: identificar a situação clínica e obstétrica de gestantes que solicitam atendimento do SAMU, considerando a pertinência ao serviço de urgência. Ano de publicação: 2020.
  • 32. Referências ACS COT. American College of Surgeons Committee on Trauma. Advanced Trauma Life Support - ATLS. 10. ed. Chicago: American College of Surgeos, 2018. FREITAS, E. V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. GONÇALVES et al. Trauma em idosos: como deve ser realizado o atendimento. Ciências Biológicas e de Saúde, Maceió, v. 4 , n. 3 , p. 77-86, 2018. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/5110. Acesso em: 17 fev. 2022. HIRANO, E. S.; FRAGA, G. P.; MANTOVANI, M. Trauma no idoso. Revista de Medicina, Ribeirão Preto, v. 3, n. 40, p. 352-357, jul./2007. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/333. Acesso em: 17 fev. 2022. NAYDUCH, D. Nurse to nurse: cuidados no trauma em enfermagem. Porto Alegre: AMGH, 2011. PEREIRA- JÚNIOR, G. A. et al. Atendimento à gestante traumatizada. Revista de Medicina, Ribeirão Preto, v. 1, n. 32, p. 282-289, jul./1999. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/12702. Acesso em: 17 fev. 2022.