A oferta de 2Co 9 não é para evangelizar nem manter a igreja, trata de uma oferta de irmãos interessados em ajudar irmãos pobres de outras igrejas.
OS DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, NO ENTANTO, A TRANSFORMAM EM INCENTIVO À BUSCA DA PROSPERIDADE SOLITÁRIA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
Estudo sobre a Segunda Carta aos Coríntios
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EBD - ESCOLA BÍBLICA DISCIPULADORA – 2022 – 2º SEMESTRE
Facilitadores: Sérgio Soares e Francisco Tudela
AS CARTAS DE PAULO – UM ESTUDO PANORÂMICO
5ª AULA – SEGUNDA CARTA AO CORINTIOS
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1ª A defesa de Paulo sobre sua conduta e o seu ministério. 1 ao 7.
2ª A oferta para os irmãos pobres da Judéia. 8 e 9.
3ª Uma reprimenda aos caluniadores existentes na igreja. 10 ao 13.
ESBOÇO
1.1 ao 2.11. Paulo justifica sua conduta.
2.12 ao 7.16. Paulo defende sua vocação.
8.1 ao 9.15. Paulo fala sobre ofertas.
10.1 ao 13.13. Paulo defende sua autoridade apostólica.
Há três partes principais na 2ª carta aos Coríntios
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8.1-4 “Agora, irmãos, queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus
concedeu às igrejas da Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a
grande alegria e a extrema pobreza deles TRANSBORDARAM EM RICA
GENEROSIDADE. Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto podiam,
e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles nos suplicaram
insistentemente o privilégio DE PARTICIPAR DA ASSISTÊNCIA AOS SANTOS.”
A riqueza aqui é de generosidade.
Eles eram pobres, mas mesmo assim generosos.
A graça concedida por Deus: participar da assistência aos santos com generosidade.
A GENEROSIDADE NÃO ERA PARA A IGREJA LOCAL OU PARA SUPRIR OS DESÍGNIOS
PARTICULARES DE SEUS PASTORES, ERA PARA OS SANTOS. E QUEM ERAM ELES?
Rm 15.25,26 “Agora, porém, estou de partida para Jerusalém, a
serviço dos santos. Pois a Macedônia e a Acaia tiveram a alegria
de contribuir para os pobres dentre os santos de Jerusalém.”
Eram os irmãos pobres das igrejas de Jerusalém.
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Paulo descreve a natureza da contribuição dos crentes:
1. GENEROSIDADE: 8.2 “...transbordaram em rica generosidade.”; 9.5 “...concluam os
preparativos para a contribuição...como oferta generosa, e
não como algo dado com avareza.”
2. AMOR: 8.7,8 “destaquem-se também neste privilégio de contribuir. Não lhes estou
dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade do amor de
vocês, comparando-o com a dedicação dos outros.”
3. BOA VONTADE E COM PROPORCIONALIDADE: 8.12 “Porque, se há prontidão, a
contribuição é aceitável de acordo com aquilo que
alguém tem, e não de acordo com o que não tem.”
4. VOLUNTARIEDADE: 8.3 “Pois dou testemunho de que eles deram tudo quanto
podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria.”
5. PARTICIPAÇÃO: 8.4 “eles nos suplicaram insistentemente o privilégio de
PARTICIPAR DA ASSISTÊNCIA AOS SANTOS.”
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6. RESPONSABILIDADE E PRONTIDÃO: 8.11 “Agora,
completem a obra, para que a forte
disposição de realizá-la seja igualada pelo
zelo em concluí-la, de acordo com os bens que
vocês possuem.”
7. IGUALDADE: 8.13 “Nosso desejo não é que outros
sejam aliviados enquanto vocês são
sobrecarregados, mas que haja igualdade.”
8. ALEGRIA: 9.7 “Cada um dê conforme determinou
em seu coração, não com pesar ou por
obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”
9. OBEDIÊNCIA: 8.5 “E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se
primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.”
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A alegoria da plantação
Jesus em Mc 4.14,18,19 “O semeador semeia a palavra....como a semente lançada
entre espinhos, ouvem a palavra; mas quando chegam as
preocupações desta vida, o engano das riquezas e os anseios
por outras coisas, sufocam a palavra, tornando-a infrutífera.”
Jesus associa a Palavra (o Evangelho) à semente pois ambas contêm vida.
Paulo também ilustra suas missões evangelísticas com um paralelo na agricultura:
1Co 3.6,7,9 “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fazia crescer;... que efetua o
crescimento...Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus...”
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2Co 9.6 “Lembrem-se: aquele que semeia pouco,
também colherá pouco, e aquele que semeia
com fartura, também colherá fartamente.”
Os da teologia da prosperidade estão convencidos
de que 2Co 9 a ensina claramente, e a chamam
de “o melhor compêndio sobre o assunto”.
Mas, como vimos, o contexto de 2Co 9 é
apresentado em 2Co 8: ajuda aos pobres.
A teologia da prosperidade usa este capítulo, fora
do seu contexto, e associa “semente” com o
dízimo e a oferta, assim quanto mais ofertar
(semeia com fartura) mais prosperará
financeiramente (também colherá fartamente).
https://www.youtube.com/watch?v=PpOQCEBHRpY#t=27
https://www.youtube.com/watch?v=wdnxGyT82iU
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2Co 9.7,8 “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou
por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso
para fazer que lhes seja acrescentada toda a graça, para que em todas
as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês
transbordem (sejam generosos) em toda boa obra.”(aprovada por Deus)
Os da teologia da prosperidade retiram desta passagem a “lei total do favor de
Deus”, assim esta graça acrescentada se dá na vida material, na vida emocional e na
vida espiritual, que por sua vez, é exemplificada em curas, vitórias espirituais, na
resolução de problemas financeiros e emocionais.
Mas a finalidade da graça de Deus é para que “vocês transbordem em toda boa obra.”
“tendo tudo o que é necessário” (não terão necessidade de auxílio - Moody), com o
objetivo de realizar boas obras generosamente, não há como entender esta graça
como um contrato de prosperidade financeira, mas que não passará necessidade
por ajudar os pobres, desde de que o faça com responsabilidade.
At 11.29 “Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram
providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judéia.” (obs. nenhum ficou rico)
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2Co 9.9-11 “Como está escrito: "Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua
justiça dura para sempre” (Sl 112.9). Aquele que supre a semente ao que semeia e o
pão ao que come, também lhes suprirá e aumentará a semente e fará crescer os
frutos da sua justiça (aqui trata da oferta aos pobres-Mt6) . Vocês serão enriquecidos
de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por
nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus.”
Mt 6.1,2 “...cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para
serem vistos por eles...quando você der esmola, não anuncie isso com trombetas...
Aquele que oferta por amor não busca obter vantagem para si
Paulo reforça o tema da oferta aos pobres e pregar a Palavra.
A generosidade de uns será motivo de gratidão (ação de graças) de outros.
No “aumentará” os da teologia da prosperidade veem a “lei da multiplicação”, e na
palavra “enriquecidos” veem a “lei da abundância”, esquecendo-se de que
enriquecer tem o objetivo de “possam ser generosos”.
O portador das ofertas aos pobres de Jerusalém será Paulo “por nosso intermédio”
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2Co 9.12,13 “O serviço ministerial que vocês estão realizando não está apenas
suprindo as necessidades do povo de Deus, mas também transbordando em
muitas expressões de gratidão a Deus. Por meio dessa prova de serviço
ministerial, outros louvarão a Deus pela obediência que acompanha a
confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade de
vocês em compartilhar seus bens com eles e com todos os outros.”
Ajudar os necessitados é uma “expressão de gratidão” por tudo que Deus nos dá,
além de testemunhar a diferença que o evangelho faz nos discípulos de Cristo, que
por amor, ajudam seus irmãos.
Hb 13.16 “Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros o que vocês
têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.”
Conclusão: A oferta de 2Co 9 não é para evangelizar nem manter a igreja, trata de
uma oferta de irmãos interessados em ajudar irmãos pobres de outras igrejas.
OS DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, NO ENTANTO, A TRANSFORMAM EM INCENTIVO
À BUSCA DA PROSPERIDADE SOLITÁRIA.
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Um grupo de judeus acusava Paulo de:
1. Proceder como um mundano:
10.2 “...acham que procedemos segundo os padrões humanos.”
2 – Não ser carismático:
10.10 “Pois alguns dizem: "As cartas dele são duras e fortes, mas ele
pessoalmente não impressiona, e a sua palavra é desprezível".
3 - Não ter as credenciais de um apóstolo:
3.1 “...Será que precisamos, como alguns, de cartas de recomendação para vocês ou
da parte de vocês?
4 - Ser insensato:
11.16 “Faço questão de repetir: ninguém me considere insensato...”
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Paulo descreve seus antagonistas:
11.13 “Pois tais homens são falsos apóstolos (1), obreiros enganosos (2), fingindo-se
apóstolos de Cristo. (3)
1) pelo caráter – falsos apóstolos;
2) Pelo objetivo – obreiros enganosos;
3) Pela falsidade – fingindo-se apóstolos de Cristo.
Com cinco verbos expressa as indignidades a que, espontaneamente, os coríntios se
sujeitavam nas mãos dos falsos profetas:
11.20 “De fato, vocês suportam até quem os escraviza (1) ou os explora (2), ou quem
se exalta (3) ou lhes fere (4) a face.”
1) os degradam – quem os escraviza;
2) se aproveitam – quem os explora;
3) se consideram superiores – quem se exalta;
4) os difamam – quem lhes fere a face.
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A seguir Paulo apresenta sua autobiografia enumerando as dificuldades que sofreu.
11.24-33 “Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado
com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite
e um dia exposto à fúria do mar...continuamente viajando de uma parte a
outra, enfrentei perigos nos rios...de assaltantes...dos meus
compatriotas...dos gentios...na cidade...no deserto...no mar, e perigos dos
falsos irmãos. Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei
fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez. Além
disso, enfrento diariamente uma pressão interior, a saber, a minha
preocupação com todas as igrejas...Em Damasco, o governador...mandou
que se vigiasse a cidade para me prender. Mas de uma janela na muralha
fui baixado numa cesta e escapei das mãos dele.”
Com isso mostra a perseverança de quem tem um propósito na vida.
12.12 “...As marcas de um apóstolo — sinais, maravilhas e milagres — foram
demonstradas entre vocês...”
Pelo caráter e o proceder de Paulo a igreja pode constatar as marcas de um apóstolo.
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Lição de casa:
1. Rever o estudo de hoje
2. Ler Gálatas
3. Ou ler, no mínimo: 1.1-24; 2.1-21; 3.1-29;
4.1-31; 5.1-16; 5.17-26; 6.1-18
Partilha 6 - PD
Você acha que aquele que dá
mais dízimos e ofertas recebe
mais bênçãos materiais de Deus?
Justifique.
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17. BIBLIOGRAFIA
1. Bíblia NVI – Editora Vida – 2000
2. Comentário Bíblico do professor – Lawrence Richards – 3ª Ed. Vida - SP
3. Revista Compromisso - impressa pela Convicção Editora
5. Estudo Panorâmico da Bíblia –. Mears, Henrietta C.- SP: Editora Vida, 2006.
6. Comentário Bíblico Moody – Charles F Pfieffer – Ed. Batista Regular,2017
7. Comentário Bíblico Popular - MacDonald, Willian, SP, Ed. Mundo Cristão, 1ª, 2008
8. Comentário Bíblico NVI -. BRUCCE, F. F, SP, Ed. Vida, 1ª edição, 2008
9. Passo a Passo pelo AT – Wailon B & Tom H.- Ed. LifeWay Brasil – SP - 2004
10. Reflexões extraídas da World Wide Web
11. Bible Project
12. Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial
Esta apresentação está disponível no site: www.escolabiblicavirtual.com.br 17
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12.1-11 “...passarei às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem (1) em
Cristo (2) que há catorze anos (3) foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou
fora do corpo, não sei (4); Deus o sabe...foi arrebatado (5) ao paraíso e ouviu coisas
...que ao homem não é permitido falar (6)... Para impedir que eu me exaltasse por
causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne (7), um
mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o
tirasse de mim. Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza"...Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas
fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois,
quando sou fraco é que sou forte...em nada sou inferior aos "super-apóstolos“...”
O “paraíso” é um lugar celestial onde os santos desfrutam da comunhão com Deus.
Paulo não tem certeza se foi ao paraíso com corpo físico ou apenas em espírito.
Subiu até o paraíso e ouviu, em outras palavras, aprendeu diretamente de Jesus.
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Sua visão e revelação era:
1) Pessoal – conheço um homem;
2) Cristã – em Cristo (não do judaísmo ou paganismo);
3) Histórica – há catorze anos (não é uma ficção);
4) Desconhecida – se no corpo ... não sei;
5) Dinâmica – foi arrebatado ao paraíso (3º céu é onde está Deus);
6) Revelatória – ouviu coisas...não é permitido falar;
7) O marcou com um estorvo divino – foi-me dado um espinho na carne.