O documento descreve a evolução da estrutura societária da AES no Brasil através de aquisições e privatizações de empresas de distribuição de energia elétrica desde 1997. Também resume os principais fatores que levaram à reestruturação da dívida da Eletropaulo e as características da readequação concluída em 2004.
2. AES no Brasil - Maior Investidor Privado
no Setor de Energia
Total de Investimentos da AES no Brasil: US$ 4 Bilhões
Privatização: 1997
Investimento: US$ 400 MM
Privatização: Out/97
Investimento: US$ 1.100 MM Privatização: Abr/98
961.803 consumidores Investimento: US$ 1.600 MM
5,2 milhões consumidores
Construcão: Out/98
Privatização : Out/99
Investimento: : US$ 375 MM
Investimento: US$ 320 MM
600 MW de capacidade
2.650 MW de capacidade
2
4. Brasiliana
AES BNDES
49,99% ON
50,01% ON
100,00% PN
Brasiliana
73% capital total * 53% capital total
Minoritários 100,00% capital total Minoritários
Eletropaulo Uruguaiana Tietê
27% capital total ** 47% capital total
* Participação via Holdings
** 9% pertencentes a órgãos governamentais
4
5. Evolução Societária
AES Transgás adquiriu 64%
das ações preferenciais
(Janeiro)
CSN e Reliant venderam
participações na Light
e Eletropaulo
(Dezembro)
Privatização da Tietê
(Outubro)
Privatização da
Eletropaulo
(Abril)
Construção da
Uruguaiana
(Outubro)
1998 1999 2000 ...
5
6. Evolução Societária
Conclusão das condições
Assinado o Memorando de precedentes para a
Consolidação entre EDF e AES Entendimento (“MOU”)
AES assumiu a Eletropaulo efetivação do acordo
entre AES e BNDES (Janeiro)
EDF assumiu a Light
(Setembro)
Reestruturação corporativa
aprovada pela ANEEL
(Fevereiro) Assinado o acordo definitivo
entre AES e BNDES
CVM aprova abertura (Dezembro)
de capital da AES ELPA
(Junho)
Ações da AES ELPA segregadas
das ações da Light
(Novembro)
2002 2003 2004 ...
6
7. Evolução Societária
Consolidação e racionalização da
estrutura societária
Capitalização das dívidas da AES
Elpa e AES Transgás pela Brasiliana
2005 Próximos passos ...
7
9. Fatores que levaram à
reestruturação da dívida
Eventos Implicações
Perdas estimadas em aproximadamente
2001 Racionamento
R$ 1,9 bilhões
Concentração de vencimento de
2002 Problema de liquidez
dívida – R$ 2,5 bi
62% de aumento do risco Brasil
2002 Instabilidade Macroeconômica
52% de desvalorização do Real
2003 Holding entra em Default Risco de perda do controle da empresa
9
10. Readequação da Dívida
• 30 de Setembro de 2003
• Eletropaulo apresentou aos bancos credores uma proposta para a
adequação do perfil de suas dívidas a sua geração de caixa
• 12 de Março de 2004
• Conclusão do processo de readequação do endividamento junto a bancos
credores
• Montante Renegociado: R$ 2,29 bilhões
• Unificação das dívidas incluídas no Processo em uma única documentação,
que trata todos os credores de forma uniforme e isonômica, com
uniformização de taxas, prazos e covenants
• As dívidas garantidas ou aquelas com condições favoráveis para a empresa
não foram incluídas neste processo e serão amortizadas conforme seus
contratos originais:*
• BNDES – R$ 1,1 bilhão
• Dívida com o Fundo de Pensão – R$ 1,9 bilhão
(*) Valores referentes a Junho 2005
10
11. Características
Início da Vencimento Juros após Valor
Série Juros Iniciais Downpayment
Amortização Final Downpayment (milhões)
A 31.03.2005 31.12.2006 CDI + 2,50% 12,5% CDI + 2,25% 147,0
B 31.03.2005 31.12.2007 CDI + 3,00% 15,0% CDI + 2,75% 153,6
C 30.09.2005 31.12.2008 CDI + 4,25% 17,5% CDI + 4,00% 599,9
D 30.06.2006 31.12.2008 CDI + 4,75% 20,0% CDI + 4,50% 696,9
Subtotal R$ 1.597,4
A 31.03.2005 31.12.2006 LIBOR + 2,50% 12,5% LIBOR + 2,25% 96,9
B 31.03.2005 31.12.2007 LIBOR + 3,00% 15,0% LIBOR + 2,75% 35,3
C 30.09.2005 31.12.2008 LIBOR + 4,25% 17,5% LIBOR + 4,00% 67,0
D 30.06.2006 31.12.2008 LIBOR + 4,75% 20,0% LIBOR + 4,50% 37,8
Subtotal US$ 237,0
Juros e amortizações trimestrais Taxas Vigentes
11
12. Endividamento CP X LP
R$ 5.910 mm
R$ 5.286 mm R$ 5.284 mm R$ 5.257 mm
1.996 34%
1.146 22% 1.207 23% 1.442 27%
2.620 50%
3.132 53%
4.077 77% 3.815 73%
1.520 28%
782 13%
2002 2003 2004 2T05
LP CP Parcela de LP no CP
12
13. R$ x US$
Hedge
R$ 4,5 BI R$ 5,9 BI R$ 5,3 BI R$ 5,3 BI R$ 5,3 BI
100%
628 14% 642 12%
90% 907 17%
1.848 35%
80% 2.479 42%
70% Hedge de
100%
158 3%
60%
2.739 61% 236 4%
50%
4.614 88%
40% 4.384 83%
30% 3.272 62%
3.187 54%
20%
1.123 25%
10%
0%
2001 2002 2003 2004 2ºTri05
Moeda Local Hedge Moeda Estrangeira
13
14. Êxito no Processo de Readequação
Readequação do cronograma de amortizações à geração de caixa
da empresa
Redução de exposição ao câmbio
Conversão de 47% da dívida renegociada em US$ para R$
Solução para as situações de defaults técnicos e de pagamento
Solução para as situações de defaults técnicos e de pagamento
Prazo médio da dívida renegociada passou de 0,9 anos para 2,5
anos
Melhora significativa na situação de liquidez e nos indicadores
de crédito
14
15. Novas Captações no 1º Semestre de
2005
BONDS (junho 2005)
• Principal: R$ 474 milhões • Pré-pagamento aos bancos
credores:
• Prazo: 5 anos
• Taxa de juros: 19,125% a.a.
• Bonds: 50%
R$237.030.000
• Juros e Amortizações:
• Debêntures: 90%
• amortização no vencimento R$720.000.000
• juros semestrais
Debêntures (setembro 2005) Data Base: Setembro 2005
• Principal: R$ 800 milhões Dívida Antes das Após
• Prazo: 5 anos Credores emissões emissões
Privados
• Taxa de juros: CDI +2,90% a.a.
Custo 128% CDI 126% CDI
• Juros e Amortizações: médio
• Juros semestrais
Prazo 1,58 anos 2,75 anos
• 23 meses de carência médio
• Pagamentos anuais 15
16. Cronograma de Amortização
132
Pagamentos
efetuados
285
158 1.972
99
444 56
474 159
49
905
93
469 43 522 506
144 335 367
70
Pré Jan-Set 2005 4T05 2006 2007 2008 2009 2010-17
pagamento
**
R$ BNDES US$ *
*Taxa de conversão de 30/09/2005 US$/R$ = 2,2222
** Amortização dos credores incluídos no Processo de Readequação do Perfil de Endividamento realizada em:
12/01/2005 – R$ 185 milhões com os recursos da 3ª tranche do empréstimo do racionamento;
29/06/2005 - R$ 175,9 milhões e a parcela de US$ 25,6 milhões em 28/07/2005 com 50% dos recursos da emissão de Bonds no mercado externo;
27/09/2005 - R$ 550 milhões e US$ 75,2 milhões em 27/10/2005 com 90% dos recursos da emissão de Debêntures.
16
18. Estratégia Financeira
• Sucesso nas emissões dos Bonds e Elevação dos Ratings
debêntures
Elevação dos B
• Projeções de crescimento da receita Ratings
operacional e do fluxo de caixa 2005
B
• Expectativa de redução do serviço
da dívida B– 2005
2004
• Melhores perspectivas no setor
elétrico D
2003
B–
A E S E le tro p a u lo x IB O V x IE E X - S e t/0 3 a S e t/0 5 2004
B a s e 1 0 0 = S e t/0 3
350
300 274
250
219
200
150
197
100
50
0
30- 30- 30- 30- 30- 30- 30- 30- 30- 30- 30- 30- 30-
set nov ja n m ar m ai ju l set nov ja n m ar m ai ju l set
E LP L4 IE E X IB O V 18
20. Regulamentação do Setor Elétrico
• Avanços recentes na regulamentação do setor elétrico,
significaram para a Eletropaulo:
• Termino do processo de Revisão Tarifária de 2003:
• Base de Remuneração
R$ 42 milhões adicionais = R$ 107
• Depreciação milhões corrigidos até Jul 2005
• Custos operacionais
• Discussões preliminares sobre próximos revisões tarifárias
são positivas. Aspectos a serem aprimorados:
• Empresa de Referência
• Fator X
• Base de Remuneração
20
21. Regulamentação do Setor Elétrico
• Altos tributos e encargos setoriais não favorecem a modicidade tarifária
Evolução da Composição da Conta de Luz para o conjunto de distribuidoras no Brasil
3,60%
3,37% 9,21%
1,82%
23,24%
26,68%
Encargos Setoriais
Encargos Sociais
32,88%
Tributos
35,46%
Geração + Transmissão
Distribuidora
36,91%
26,82%
1998 2004
21
Fonte: ABRADEE
22. Pontos de Atenção
• Leilão de Energia Nova: quantidade e disponibilidade de energia
• Novos empreendimentos x Licenças ambientais
• Neutralidade do repasse de compra de energia para distribuidoras
• MCSD – Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits
• CVA – Conta de Compensação da Variação de Itens da Parcela A
• Repasse de até 103% da contratação
• Ônus financeiro – distribuidoras
• Recebíveis dados em garantia
• CCEAR (Contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado) –
disponibilidade da parcela variável
• Consolidação das regras de comercialização
• Contrato bilateral Eletropaulo – Tietê
• Índice de reajuste geradoras (IPCA) x indexação de financiamentos
22
24. Oferta Secundária - Histórico
A valorização da AES Tietê pode ser percebida ao longo tempo:
5,0 R$ 2,1 bilhões
Publicação da Lei do
Novo Modelo do Setor
R$ 546 milhões R$ 862 milhões Elétrico
4,0 Criação da Tietê, Privatização do
através da cisão Banespa
de ativos da
R$ 1,4 bilhão
Cesp
Criação da Brasiliana,
como resultado do
R$ Bilhões
3,0
Acordo entre BNDES
R$ 846 milhões e AES
Aquisição da
2,0 Tietê pela AES
R$ 3,6 bilhões
Oferta Secundária de
ações dos
1,0 minoritários
Santander/Banespa
e Nossa Caixa
-
jun-99
jun-00
jun-01
jun-02
jun-03
jun-04
jun-05
dez-99
dez-00
dez-01
dez-02
dez-03
dez-04
24
25. Oferta Secundária
• O Banco Santander/Banespa decidiu fazer uma oferta secundária de ações de 21,5% do
capital da Tietê. Posteriormente, a Nossa Caixa aderiu à oferta
• A oferta pública secundária totalizou 27 bilhões de ações, representando 45% das ações
preferenciais, 13% das ações ordinárias e 28% do capital total da Tietê
• A administração da Tietê participou do esforço de vendas através do processo de road
show local e internacional
• A demanda foi equivalente a 2 vezes a oferta
• O preço final foi de R$40,00 para PN e R$36,50 para ON (preços de mercado no dia do
pricing – 14/06)
• O montante total da oferta foi R$1,06 bilhão
Ações Preferenciais Ações Ordinárias Valor Total
Acionista
Ações % Ações % R$ milhões
Banespa 12.393.054.698 26,97% 6.227.101.063 12,61% 723,0
Santander 518.713.475 1,13% 91.120.326 0,18% 24,1
Nossa Caixa 7.818.856.898 17,02% 0 0,00% 312,8
Total 20.730.625.071 45,12% 6.318.221.389 12,79% 1.059,8
25
26. Mercado Acionário
• Nos últimos 12 meses, as ações ordinárias apresentaram valorização de 71,0% e as
preferenciais de 57,2%, contra valorização de 35,9% do Ibovespa
• No 1S05, as ações ordinárias da Tietê apresentaram um volume médio diário de R$ 1,5
milhão, tendo sido negociadas em 98% dos pregões da Bovespa. Já as preferenciais
apresentaram um volume médio diário de R$ 1,3 milhão, com negócios em 72% dos
pregões.
• Após a finalização da oferta secundária o volume médio diário foi de R$ 1,9 milhão para as
ações ordinárias e de R$ 2,7 milhões para as ações preferenciais
AES Tietê vs. Ibovespa - Set/04 toa Set/05
(Base 100 = Set/04)
200
175 171
157
150
136
125
100
75
50
set-04 nov-04 jan-05 mar-05 mai-05 jul-05 set-05
GETI3 GETI4 Ibovespa 26
28. Conclusão
• O acordo entre AES e BNDES eliminou incertezas acerca do controle
acionário da Eletropaulo, criando um ambiente favorável para a
renegociação das dívidas da companhia
• O processo de readequação das dívidas representou para a AES
Eletropaulo melhores termos e condições de sua dívida e redução de
exposição cambial
• A AES Eletropaulo continua buscando oportunidades no mercado de
capitais com o objetivo de pré-pagar os bancos credores e melhorar os
termos de sua dívida total (Bonds e Debêntures)
• AES Tietê obteve maior liquidez e valorização das ações, após a
conclusão da oferta secundária
• Os próximos passos na consolidação setorial serão a racionalização da
estrutura societária das empresas
28
29. Declarações contidas neste comunicado relativas à perspectiva dos negócios da Empresa,
projeções de resultados operacionais e financeiras e relativas ao potencial de crescimento da
Empresa constituem-se em meras previsões e foram baseadas nas expectativas da
Administração em relação ao futuro da Empresa. Essas expectativas são altamente
dependentes de mudanças no mercado, no desempenho econômico geral do Brasil, no Setor,
nos Mercados Internacionais, estando portanto, sujeitas à mudança.
24 de Outubro de 2005
29