1) O documento discute como a solidariedade e a redução do oportunismo podem fortalecer as cadeias produtivas através do aumento da competitividade e sustentabilidade;
2) Explica que mesmo relações aparentemente unilaterais como entre senhor e servo envolvem troca, e a ausência de troca leva a ineficiências;
3) Argumenta que ambientes com livre entrada, economias externas e governança compartilhada facilitam o aprendizado da solidariedade entre os agentes.
O documento discute a coesão económica e social na Europa, incluindo assimetrias regionais, obstáculos à coesão como diferenças salariais, e instrumentos de apoio como os fundos estruturais e de coesão.
O documento discute a desigualdade econômica e social na União Europeia e os esforços para promover a coesão através de fundos estruturais. Enquanto as regiões centrais prosperam, as periféricas ficam para trás. Fundos como o FEDER, FSE e FEOGA tentam reduzir as assimetrias regionais, mas revelaram falta de coordenação e insuficiência para lidar com desigualdades estruturais.
Portugal Profile 6 Qualificacoes Trabalho e Coesao SocialAntónio Alvarenga
Este documento discute os desafios de Portugal em termos de qualificações, emprego e coesão social. Aponta que Portugal tem baixos níveis de qualificação da população ativa e taxas elevadas de emprego precário. Defende ser necessário promover a qualificação ao longo da vida para melhorar a produtividade e a adaptabilidade dos trabalhadores, bem como antecipar e gerir positivamente as reestruturações econômicas para minimizar seus impactos sociais.
[1] Émile Durkheim foi um dos fundadores da sociologia e definiu o objeto da sociologia como os "fatos sociais", fenômenos coletivos que existem externamente aos indivíduos e os coercitivos. [2] Ele descreveu dois tipos de solidariedade social - mecânica em sociedades tradicionais e orgânica em sociedades modernas com maior divisão do trabalho. [3] A consciência coletiva, formada pelas crenças e sentimentos compartilhados, orienta a conduta individual e garante a coesão
Durkheim foi um dos maiores sociólogos da história e fundador da sociologia moderna. Sua teoria defendia que a educação tinha como objetivo socializar os indivíduos e transmitir os valores da sociedade. Ele via a escola como um órgão social responsável por manter a coesão social através da inculcação de disciplina, vinculação aos grupos e autonomia. Suas ideias influenciaram grandemente as políticas educacionais na Europa e Brasil.
Este documento discute como as relações de negócios estão mudando em uma sociedade em rede. Afirma que as grandes corporações hierárquicas tendem a se tornar menos dominantes à medida que o mundo se torna mais conectado, dando lugar a muitas pequenas empresas empreendedoras. Também argumenta que as negociações tendem a ser mais equilibradas em uma sociedade em rede, onde o conhecimento está disponível para todos e o capital não é tão importante.
Este texto foi baseado em uma longa conversação ocorrida na Escola-de-Redes, entre julho e outubro de 2009. Esta segunda versão provavelmente ainda será modificada. Para acessar a conversação original clique no link http://trick.ly/3Zh
O documento apresenta um resumo do livro "Os estranhos caminhos do nosso dinheiro" de Ladislaw Dowbor. O livro discute como o dinheiro circula na sociedade, distinguindo ganhos produtivos de ganhos de transferência, e argumenta que investimentos em infraestrutura pública e serviços sociais podem gerar maior produtividade e bem-estar para a sociedade como um todo.
O documento discute a coesão económica e social na Europa, incluindo assimetrias regionais, obstáculos à coesão como diferenças salariais, e instrumentos de apoio como os fundos estruturais e de coesão.
O documento discute a desigualdade econômica e social na União Europeia e os esforços para promover a coesão através de fundos estruturais. Enquanto as regiões centrais prosperam, as periféricas ficam para trás. Fundos como o FEDER, FSE e FEOGA tentam reduzir as assimetrias regionais, mas revelaram falta de coordenação e insuficiência para lidar com desigualdades estruturais.
Portugal Profile 6 Qualificacoes Trabalho e Coesao SocialAntónio Alvarenga
Este documento discute os desafios de Portugal em termos de qualificações, emprego e coesão social. Aponta que Portugal tem baixos níveis de qualificação da população ativa e taxas elevadas de emprego precário. Defende ser necessário promover a qualificação ao longo da vida para melhorar a produtividade e a adaptabilidade dos trabalhadores, bem como antecipar e gerir positivamente as reestruturações econômicas para minimizar seus impactos sociais.
[1] Émile Durkheim foi um dos fundadores da sociologia e definiu o objeto da sociologia como os "fatos sociais", fenômenos coletivos que existem externamente aos indivíduos e os coercitivos. [2] Ele descreveu dois tipos de solidariedade social - mecânica em sociedades tradicionais e orgânica em sociedades modernas com maior divisão do trabalho. [3] A consciência coletiva, formada pelas crenças e sentimentos compartilhados, orienta a conduta individual e garante a coesão
Durkheim foi um dos maiores sociólogos da história e fundador da sociologia moderna. Sua teoria defendia que a educação tinha como objetivo socializar os indivíduos e transmitir os valores da sociedade. Ele via a escola como um órgão social responsável por manter a coesão social através da inculcação de disciplina, vinculação aos grupos e autonomia. Suas ideias influenciaram grandemente as políticas educacionais na Europa e Brasil.
Este documento discute como as relações de negócios estão mudando em uma sociedade em rede. Afirma que as grandes corporações hierárquicas tendem a se tornar menos dominantes à medida que o mundo se torna mais conectado, dando lugar a muitas pequenas empresas empreendedoras. Também argumenta que as negociações tendem a ser mais equilibradas em uma sociedade em rede, onde o conhecimento está disponível para todos e o capital não é tão importante.
Este texto foi baseado em uma longa conversação ocorrida na Escola-de-Redes, entre julho e outubro de 2009. Esta segunda versão provavelmente ainda será modificada. Para acessar a conversação original clique no link http://trick.ly/3Zh
O documento apresenta um resumo do livro "Os estranhos caminhos do nosso dinheiro" de Ladislaw Dowbor. O livro discute como o dinheiro circula na sociedade, distinguindo ganhos produtivos de ganhos de transferência, e argumenta que investimentos em infraestrutura pública e serviços sociais podem gerar maior produtividade e bem-estar para a sociedade como um todo.
O documento discute a importância dos conceitos na sociedade e como eles influenciam o comportamento humano e mudanças sociais. Os conceitos competem por atenção e são promovidos por diferentes grupos com seus próprios interesses. A internet acelerou a disseminação de conceitos de forma frenética e caótica, o que pode causar confusão e ansiedade nas pessoas. Algumas dicas são fornecidas para lidar criticamente com a abundância de conceitos.
1. O documento discute mercados de serviços ambientais e a intervenção governamental.
2. É argumentado que mercados podem falhar ao não levar em conta todos os benefícios ambientais, justificando alguma intervenção.
3. Situações como bens públicos, externalidades, custos de transação elevados podem causar falhas de mercado e resultados ineficientes na alocação de recursos.
O documento discute a ideia de uma nova moeda chamada "bônus social" (BS$) para tangibilizar o valor social e promover o desenvolvimento inclusivo. A BS$ funcionaria em paralelo com a moeda tradicional e seria lastreada na sociedade. Pessoas e empresas receberiam uma cota anual de BS$ proporcional ao seu valor social.
Marketing educacional e as perspectivas para o futuro....pdfAnaLusa225976
Este documento discute estratégias de marketing educacional para escolas particulares enfrentarem a crise e a concorrência. Ele defende que o marketing educacional envolve o estudo do contexto social e das necessidades das pessoas, e não é simplesmente propaganda. Também argumenta que as escolas precisam realizar pesquisas com pais, alunos e a comunidade para desenvolver estratégias eficazes, e formar parcerias com fornecedores ao invés de tratá-los apenas como fornecedores.
O documento discute os problemas do consumismo desenfreado e da obsolescência programada, promovendo as feiras de trocas como alternativa. Em 3 frases:
1) As feiras de trocas são apresentadas como espaços para repensar o consumo e promover a economia solidária, onde as pessoas trocam produtos, serviços e saberes.
2) O documento critica o capitalismo e o consumo desenfreado, que geram lixo e esgotam recursos, enquanto as feiras de trocas incentivam a redução, reutilização e reciclagem.
O documento discute três níveis de análise para entender as sociedades e os conflitos nelas: 1) nível social-histórico, 2) nível natureza-cultura e 3) nível da natureza. Também aborda o uso de oximoros pelas sociedades contemporâneas para esconder a contradição fundamental entre crescimento contínuo e a fragilidade da biosfera.
Este documento discute os principais pensadores da Escola Austríaca, incluindo Adam Smith, Carl Menger, Ludwig von Mises e Friedrich Hayek. Os comentários destacam como esses autores anteciparam ideias como a ordem espontânea, a subjetividade dos preços e a dispersão do conhecimento econômico entre os indivíduos.
O documento discute ética no trabalho, mencionando casos de escravidão e exploração de trabalhadores em grandes empresas. Também aborda a diferença entre trabalho e labore, códigos de ética, lucro versus ética, e visões de Marx e outros sobre o trabalho.
Este documento discute como a sociedade moderna é influenciada pelo consumismo. A sociedade atual é descrita como uma "sociedade de consumo" onde as pessoas definem seu valor através dos bens que possuem. Além disso, as pessoas consomem em excesso para preencher um vazio existencial. A conclusão é que estamos vivendo uma "crise de valores" onde o consumo se tornou mais importante do que ajudar os outros.
O documento discute o conceito de dinheiro, sua evolução histórica e formas modernas. Explica que dinheiro surgiu para facilitar trocas em sociedades complexas e hoje é emitido principalmente por bancos centrais, tendo valor baseado em confiança social. Também aborda tópicos como a desigualdade crescente de riqueza e novas formas de gerar renda compartilhando bens e conhecimento.
Pensador e professor britânico David Graeber da nova escola econômica desmistifica a ideia evolucionista de estágios da origem do dinheiro como substituto do escambo. Sua obra vem influenciando gerações, entre elas o movimento Ocupe Wall Street.
O documento discute como a globalização trouxe novas oportunidades de negócios, mas também tornou mais difícil para pequenos países, empresas e indivíduos competirem. Embora a globalização deva igualar oportunidades, na prática beneficia mais aqueles com maior poder e recursos, concentrando vantagens no topo da pirâmide social. No entanto, os "pequenos" podem se unir e aproveitar suas oportunidades com trabalho duro, apesar dos maiores custos, uma vez que são muitos e juntos possuem grande força.
O documento discute a ética nas relações público-privadas e o combate à corrupção. Apresenta exemplos de avanços como a Lei da Ficha Limpa e o Portal da Transparência. Também discute a importância da educação para construir uma sociedade ética e como pequenas ações corruptas podem levar à grande corrupção, prejudicando investimentos e a economia.
O documento discute como transformar o Brasil no país mais rico do mundo. Ele aborda os problemas atuais como impostos altos e serviços públicos ineficientes, e propõe soluções como reduzir o tamanho do Estado, dar mais liberdade econômica e responsabilizar as pessoas individualmente. O objetivo final é criar um ambiente propício para o crescimento econômico através da livre iniciativa e trocas voluntárias.
Black, Bob (1985) - A Abolição do TrabalhoFabio Pedrazzi
O documento defende que ninguém deveria ter que trabalhar e que o trabalho deveria ser abolido. O autor argumenta que o trabalho é a origem de grande parte do sofrimento no mundo e que as pessoas são controladas e disciplinadas no trabalho da mesma forma que em prisões ou conventos. Ele propõe que as pessoas deveriam ter mais tempo livre para o divertimento e lazer sem a obrigação de trabalhar.
1. O documento discute como transformar o Brasil no país mais rico do mundo através de incentivar a criatividade, inovação e trocas voluntárias entre as pessoas, em vez da violência e apropriação forçada da riqueza alheia.
2. Defende que a verdadeira riqueza está na criação de coisas e agregação de valor, não apenas no trabalho braçal, e que o dinheiro tem valor como símbolo da confiança depositada na criatividade humana e na troca.
3. Critica modelos onde as pessoas precisam de autorização do
(1) O documento discute as transformações tecnológicas, políticas e sociais que estamos vivendo no século 21 de acordo com as lições de Yuval Noah Harari. (2) Alguns dos principais desafios abordados incluem o futuro do trabalho devido à automação, os limites da liberdade humana, a desigualdade crescente e o papel da comunidade, nacionalismo e religião. (3) O documento também discute como manter a esperança diante dos temores do terrorismo, guerra e ignorância generalizada, enquanto se bus
Discurso de Paraninfo - Centro de Informática/UFPE - 2015.1Ruy De Queiroz
O documento discute três tópicos principais: 1) a lei dos retornos acelerantes de Ray Kurzweil que prevê um rápido avanço tecnológico no século 21; 2) os conflitos entre inovação e lei na era digital, incluindo privacidade e anonimato na internet; 3) como a tecnologia está gerando riqueza e abundância ao redor do mundo.
O documento discute como nossa sociedade atual é uma sociedade de consumo, onde os membros são moldados principalmente como consumidores. A norma social é a capacidade e vontade de desempenhar o papel de consumidor. Isso difere da sociedade industrial anterior, onde os membros eram vistos principalmente como produtores. O consumidor em uma sociedade de consumo é diferente dos consumidores de outras sociedades, vivendo para consumir em vez de consumir para viver.
O documento apresenta o Indicador Síntese de Desenvolvimento dos Municípios do Rio Grande do Sul (Idese), que mede o desenvolvimento socioeconômico dos municípios gaúchos utilizando três blocos: educação, renda e saúde. O Idese é calculado anualmente para avaliar políticas públicas. O documento fornece detalhes sobre cada bloco do Idese e apresenta os rankings de 2015.
Em 2017, a economia brasileira voltou a apresentar sinais positivos nas suas principais variáveis macroeconômicas, após dois anos nos quais o País atravessou a maior recessão de sua história. Assim, segundo o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um crescimento de 1,0% em relação a 2016, sendo esse crescimento resultado do incremento tanto da produção agropecuária quanto das indústrias extrativas e de transformação. A inflação, por seu lado, foi significativamente reduzida, ficando, inclusive, ligeiramente abaixo da banda mínima estabelecida pelo regime de metas da inflação. Tal fato permitiu ao Banco Central reduzir substancialmente a taxa nominal de juros. Pelo lado do mercado de trabalho, verificou-se uma redução na taxa de desemprego e um incremento no número de ocupados. No setor externo, o País apresentou o seu maior superávit em dólares na balança comercial, enquanto a taxa de câmbio apresentou pequenas oscilações, em torno de R$ 3,2.
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1. O documento discute mercados de serviços ambientais e a intervenção governamental.
2. É argumentado que mercados podem falhar ao não levar em conta todos os benefícios ambientais, justificando alguma intervenção.
3. Situações como bens públicos, externalidades, custos de transação elevados podem causar falhas de mercado e resultados ineficientes na alocação de recursos.
O documento discute a ideia de uma nova moeda chamada "bônus social" (BS$) para tangibilizar o valor social e promover o desenvolvimento inclusivo. A BS$ funcionaria em paralelo com a moeda tradicional e seria lastreada na sociedade. Pessoas e empresas receberiam uma cota anual de BS$ proporcional ao seu valor social.
Marketing educacional e as perspectivas para o futuro....pdfAnaLusa225976
Este documento discute estratégias de marketing educacional para escolas particulares enfrentarem a crise e a concorrência. Ele defende que o marketing educacional envolve o estudo do contexto social e das necessidades das pessoas, e não é simplesmente propaganda. Também argumenta que as escolas precisam realizar pesquisas com pais, alunos e a comunidade para desenvolver estratégias eficazes, e formar parcerias com fornecedores ao invés de tratá-los apenas como fornecedores.
O documento discute os problemas do consumismo desenfreado e da obsolescência programada, promovendo as feiras de trocas como alternativa. Em 3 frases:
1) As feiras de trocas são apresentadas como espaços para repensar o consumo e promover a economia solidária, onde as pessoas trocam produtos, serviços e saberes.
2) O documento critica o capitalismo e o consumo desenfreado, que geram lixo e esgotam recursos, enquanto as feiras de trocas incentivam a redução, reutilização e reciclagem.
O documento discute três níveis de análise para entender as sociedades e os conflitos nelas: 1) nível social-histórico, 2) nível natureza-cultura e 3) nível da natureza. Também aborda o uso de oximoros pelas sociedades contemporâneas para esconder a contradição fundamental entre crescimento contínuo e a fragilidade da biosfera.
Este documento discute os principais pensadores da Escola Austríaca, incluindo Adam Smith, Carl Menger, Ludwig von Mises e Friedrich Hayek. Os comentários destacam como esses autores anteciparam ideias como a ordem espontânea, a subjetividade dos preços e a dispersão do conhecimento econômico entre os indivíduos.
O documento discute ética no trabalho, mencionando casos de escravidão e exploração de trabalhadores em grandes empresas. Também aborda a diferença entre trabalho e labore, códigos de ética, lucro versus ética, e visões de Marx e outros sobre o trabalho.
Este documento discute como a sociedade moderna é influenciada pelo consumismo. A sociedade atual é descrita como uma "sociedade de consumo" onde as pessoas definem seu valor através dos bens que possuem. Além disso, as pessoas consomem em excesso para preencher um vazio existencial. A conclusão é que estamos vivendo uma "crise de valores" onde o consumo se tornou mais importante do que ajudar os outros.
O documento discute o conceito de dinheiro, sua evolução histórica e formas modernas. Explica que dinheiro surgiu para facilitar trocas em sociedades complexas e hoje é emitido principalmente por bancos centrais, tendo valor baseado em confiança social. Também aborda tópicos como a desigualdade crescente de riqueza e novas formas de gerar renda compartilhando bens e conhecimento.
Pensador e professor britânico David Graeber da nova escola econômica desmistifica a ideia evolucionista de estágios da origem do dinheiro como substituto do escambo. Sua obra vem influenciando gerações, entre elas o movimento Ocupe Wall Street.
O documento discute como a globalização trouxe novas oportunidades de negócios, mas também tornou mais difícil para pequenos países, empresas e indivíduos competirem. Embora a globalização deva igualar oportunidades, na prática beneficia mais aqueles com maior poder e recursos, concentrando vantagens no topo da pirâmide social. No entanto, os "pequenos" podem se unir e aproveitar suas oportunidades com trabalho duro, apesar dos maiores custos, uma vez que são muitos e juntos possuem grande força.
O documento discute a ética nas relações público-privadas e o combate à corrupção. Apresenta exemplos de avanços como a Lei da Ficha Limpa e o Portal da Transparência. Também discute a importância da educação para construir uma sociedade ética e como pequenas ações corruptas podem levar à grande corrupção, prejudicando investimentos e a economia.
O documento discute como transformar o Brasil no país mais rico do mundo. Ele aborda os problemas atuais como impostos altos e serviços públicos ineficientes, e propõe soluções como reduzir o tamanho do Estado, dar mais liberdade econômica e responsabilizar as pessoas individualmente. O objetivo final é criar um ambiente propício para o crescimento econômico através da livre iniciativa e trocas voluntárias.
Black, Bob (1985) - A Abolição do TrabalhoFabio Pedrazzi
O documento defende que ninguém deveria ter que trabalhar e que o trabalho deveria ser abolido. O autor argumenta que o trabalho é a origem de grande parte do sofrimento no mundo e que as pessoas são controladas e disciplinadas no trabalho da mesma forma que em prisões ou conventos. Ele propõe que as pessoas deveriam ter mais tempo livre para o divertimento e lazer sem a obrigação de trabalhar.
1. O documento discute como transformar o Brasil no país mais rico do mundo através de incentivar a criatividade, inovação e trocas voluntárias entre as pessoas, em vez da violência e apropriação forçada da riqueza alheia.
2. Defende que a verdadeira riqueza está na criação de coisas e agregação de valor, não apenas no trabalho braçal, e que o dinheiro tem valor como símbolo da confiança depositada na criatividade humana e na troca.
3. Critica modelos onde as pessoas precisam de autorização do
(1) O documento discute as transformações tecnológicas, políticas e sociais que estamos vivendo no século 21 de acordo com as lições de Yuval Noah Harari. (2) Alguns dos principais desafios abordados incluem o futuro do trabalho devido à automação, os limites da liberdade humana, a desigualdade crescente e o papel da comunidade, nacionalismo e religião. (3) O documento também discute como manter a esperança diante dos temores do terrorismo, guerra e ignorância generalizada, enquanto se bus
Discurso de Paraninfo - Centro de Informática/UFPE - 2015.1Ruy De Queiroz
O documento discute três tópicos principais: 1) a lei dos retornos acelerantes de Ray Kurzweil que prevê um rápido avanço tecnológico no século 21; 2) os conflitos entre inovação e lei na era digital, incluindo privacidade e anonimato na internet; 3) como a tecnologia está gerando riqueza e abundância ao redor do mundo.
O documento discute como nossa sociedade atual é uma sociedade de consumo, onde os membros são moldados principalmente como consumidores. A norma social é a capacidade e vontade de desempenhar o papel de consumidor. Isso difere da sociedade industrial anterior, onde os membros eram vistos principalmente como produtores. O consumidor em uma sociedade de consumo é diferente dos consumidores de outras sociedades, vivendo para consumir em vez de consumir para viver.
Semelhante a Carlos Paiva - Coesão Social Atraves do Fortalecimento das Cadeias Produtivas (20)
O documento apresenta o Indicador Síntese de Desenvolvimento dos Municípios do Rio Grande do Sul (Idese), que mede o desenvolvimento socioeconômico dos municípios gaúchos utilizando três blocos: educação, renda e saúde. O Idese é calculado anualmente para avaliar políticas públicas. O documento fornece detalhes sobre cada bloco do Idese e apresenta os rankings de 2015.
Em 2017, a economia brasileira voltou a apresentar sinais positivos nas suas principais variáveis macroeconômicas, após dois anos nos quais o País atravessou a maior recessão de sua história. Assim, segundo o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um crescimento de 1,0% em relação a 2016, sendo esse crescimento resultado do incremento tanto da produção agropecuária quanto das indústrias extrativas e de transformação. A inflação, por seu lado, foi significativamente reduzida, ficando, inclusive, ligeiramente abaixo da banda mínima estabelecida pelo regime de metas da inflação. Tal fato permitiu ao Banco Central reduzir substancialmente a taxa nominal de juros. Pelo lado do mercado de trabalho, verificou-se uma redução na taxa de desemprego e um incremento no número de ocupados. No setor externo, o País apresentou o seu maior superávit em dólares na balança comercial, enquanto a taxa de câmbio apresentou pequenas oscilações, em torno de R$ 3,2.
Este documento analisa a evolução estrutural da indústria de transformação do Rio Grande do Sul entre 2007-2015. A participação das indústrias de baixa e média-baixa tecnologia aumentou, enquanto as de média-alta e alta tecnologia diminuíram. Isso indica uma desindustrialização e perda de capacidade em liderar o crescimento econômico. Políticas públicas são necessárias para direcionar a estrutura industrial para setores mais dinâmicos e inovadores.
Em 2017, o mercado de trabalho na região metropolitana de Porto Alegre apresentou condições mais adversas, especialmente para as mulheres. A taxa de desemprego aumentou apenas entre as mulheres, enquanto a participação feminina no mercado de trabalho diminuiu. Além disso, houve forte retração no nível ocupacional das mulheres, com queda de 6,2% no número de mulheres empregadas.
Em 2017, de acordo com as informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), o mercado de trabalho regional apresentou comportamento adverso pelo terceiro ano consecutivo. A taxa de desemprego total registrou crescimento e o nível ocupacional, retração, com a diminuição de 58 mil pessoas ocupadas. O rendimento médio real dos ocupados e dos assalariados manteve trajetória de redução,
comportamento também verificado nos últimos dois anos.
O documento apresenta uma análise da política monetária do Banco Central do Brasil e sua influência nas expectativas de inflação. Discute os indicadores macroeconômicos, a composição do IPCA, a variação nos componentes do índice de inflação e a contribuição de cada um para o IPCA total. Questiona se o aperto monetário foi excessivo para controlar a inflação.
Os Indicadores de Fluxo da Educação Superior, publicados em janeiro deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), permitem um mapeamento da trajetória acadêmica do aluno brasileiro do ensino superior no período de 2010 a 2015, o chamado acompanhamento longitudinal. A construção dos indicadores é feita a partir dos dados do Censo da Educação Superior, pesquisa estatística que coleta informações de instituições, cursos, alunos e docentes, além de outros dados que permitem mensurar as características da educação superior no Brasil.
Este documento apresenta estimativas para a população flutuante do Litoral Norte do Rio Grande do Sul entre janeiro de 2009 e janeiro de 2019. Ele descreve os dados e metodologias utilizadas para calcular as médias mensais de população para cada município e praia, bem como projeções para os próximos meses.
Este documento discute se a desaceleração do comércio mundial nos últimos anos se deve a fatores cíclicos ou estruturais. Apresenta evidências de que ambos os fatores contribuíram, com fatores estruturais como a maturação das cadeias globais de valor e mudanças tecnológicas desempenhando um papel importante, assim como a posição crescente da China nessas cadeias e o protecionismo. Fatores cíclicos como a redução da demanda agregada global também influenciaram a desaceleração.
Municípios industriais foram os mais afetados em ano de crise
A Fundação de Economia e Estatística (FEE) e as demais instituições estaduais, em conjunto e sob a coordenação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgam o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios para 2015 (Referência 2010).
Histórico
A série do PIB dos municípios do Rio Grande do Sul foi elaborada por uma metodologia própria da FEE até o ano de 1998. A partir de 1999, as estimativas passaram a ser desenvolvidas em conjunto pela FEE e pelos demais órgãos estaduais de estatística, sob a coordenação do IBGE.
Este documento apresenta os dados trimestrais do Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul para o terceiro trimestre de 2017, incluindo: a taxa de crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior foi de 0,0%; a taxa de crescimento em relação ao trimestre anterior foi de -1,4%; a taxa acumulada no ano até o terceiro trimestre foi de 1,3%. Também destaca os desempenhos dos principais setores da economia no período.
Apresentação do Informe da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre para o mês de outubro.
Confira o conteúdo completo em https://www.fee.rs.gov.br/ped/taxa-de-desemprego-aumenta/
O mercado formal de trabalho no Rio Grande do Sul estagnou após forte retração em 2015 e 2016, quando foram eliminados mais de 150 mil empregos com registro formal. As regiões do estado tiveram desempenhos variados no primeiro semestre de 2017, com crescimento do emprego em algumas áreas e redução em outras. A indústria de transformação apresentou leve alta no emprego no período.
As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA), para o mês de julho de 2017, mostram elevação do nível ocupacional e redução da taxa de desemprego. O rendimento médio real referente ao mês de junho de 2017 diminuiu para o total de ocupados, os assalariados e os trabalhadores autônomos.
O documento discute a questão regional do Rio Grande do Sul no contexto do federalismo brasileiro. Apresenta dados sobre a distribuição de receitas tributárias entre estados e municípios e mostra que a maior parte da população gaúcha está nos municípios com os menores PIBs per capita. Conclui convidando o leitor a continuar o debate sobre o desenvolvimento regional equilibrado.
O documento discute o dinamismo da economia do Rio Grande do Sul no cenário econômico nacional brasileiro. Aponta que a economia gaúcha acompanha a dinâmica nacional, mas com especificidades históricas e geográficas. Nos anos 2000, houve uma rearticulação com o fortalecimento do setor metal-mecânico e redução dos setores tradicionais, apesar das dificuldades destes em ganhar competitividade.
1) O documento analisa as principais atividades econômicas nos municípios do Rio Grande do Sul entre 2002-2014 com base nos dados do Produto Interno Bruto municipal.
2) A soja, o comércio e a pecuária bovina foram as atividades que mais cresceram no período, enquanto cereais e atividades imobiliárias perderam relevância.
3) Houve uma mudança na atividade principal em 230 municípios no período, com expansão da soja para novas regiões.
Conforme abordado na Carta de Conjuntura de fevereiro deste ano, a análise dos dados da Pesquisa de Inovação (Pintec), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o triênio 2012-14, sinalizou a estagnação dos principais indicadores de inovação no Brasil e no Rio Grande do Sul. Os dados, divulgados em dezembro de 2016, foram coletados entre julho de 2015 e agosto de 2016. Nas empresas industriais, maior grupo da amostra, as taxas de inovação (produto e processo) e a taxa de intensidade inovativa (razão entre os gastos em atividades de inovação e a receita líquida de vendas) praticamente se mantiveram nos níveis do triênio anterior (2009-11).
Carlos Paiva - Coesão Social Atraves do Fortalecimento das Cadeias Produtivas
1. Coesão Social através do Fortalecimento das Cadeias Produtivas
Troca, Oportunismo Solidariedade e Clientela
Ou: o que Capital Social tem a ver com competitividade
e sustentabilidade das Cadeias Produtivas?
Carlos Águedo Paiva
2. O Ensaio sobre a Dádiva
• Todos sabemos o que é a “dádiva”: é dar sem pretender
receber qualquer coisa em troca!
• Será? …. Marcel Mauss nos explicou que não. Que a dádiva é dar sem
exigir retribuição imediata. É interpor uma espera ritual, em que o que
recebe pode não retribuir.
• Mas a não retribuição é mal vista, e sofre retaliação.
• Chegou alguém de fora, um colega novo vem para a nossa cidade.
Oferecemos um jantar. Depois outro. Depois outro. Depois …. nada. A
não ser que o homenageado – que já tem casa - nos receba também.
3. O Senhor e o Servo
• Hegel também nos ensinou a ver a troca por trás de relações que parecem
ser de “mão única”, analisando a dialética entre o senhor e o servo;
• Na aparência, um manda e outro obedece. Mas o senhor depende do servo
para ser senhor. A sobrevivência do servo é a condição da preservação da
condição servil e, portanto, da condição de ser do “senhor”.
• O senhor se torna, assim, escravo dos seus servos e da relação servil. E é tão
mais escravo, quanto menos contratual for a relação servil; quanto mais esta
relação se aproximar da escravidão pura, marcada pelo caráter de
excepcionalidade, por ser não contratual, não universal, não replicável.
4. A Troca é universal,
mas há trocas e trocas
• A dádiva é uma troca de “quase equivalentes” com intervalo indefinido para sua conclusão. Mas o
intervalo não é infinito. Entre pais e filhos, o intervalo é uma geração.
• Até mesmo a relação de escravidão envolve troca. O escravo que não recebe o que é seu por
“direito” – alimento, abrigo, proteção – perece. E, com ele, perece o senhor. Pois um senhor sem
escravos não é senhor. Ou o senhor “retribui em troca”, ou deixa de ser senhor.
• Mas existe uma diferença crucial entre as trocas pré-mercantis e as mercantis. Esta última é
transparente e pressupõe algum plano de equivalência em valor: o bem ou serviço alienado recebe
um valor no mercado e só é entregue em troca do seu valor em dinheiro.
5. Marx e o mundo da mercadoria
• Marx saúda o capitalismo como o sistema em que as trocas
inaparentes se tornam óbvias. No mundo em que tudo vira
mercadoria, falsas dádivas, falsas obrigações morais, perdem os
véus e se mostram, o que realmente são: puro interesse!
• A regra absolutamente universal do mundo mercantil é: só dou, se
receber algo em troca de valor similar.
• Mas Marx lembra que o fato da troca perder os véus e se tornar
universal não significa que toda a troca seja de EQUIVALÊNCIA.
• Há trocas – em especial a troca entre capital e trabalho – que é
cronicamente inequivalente: um dá mais que o outro. E o que
recebe menos do que dá, tende a se revoltar.
6. Coase e os custos da troca
• Coase chama a atenção para um outro lado do problema. Parece quase um
anti-Marx. Para Coase, mesmo no capitalismo mais consolidado, nem tudo é
“troca”.
• Subsistem sistemas de pura hierarquia, onde atividades são realizadas e
produtos são entregues sem qualquer contraprestação em dinheiro.
• Na verdade, esta é a essência da FIRMA CAPITALISTA. Toda e qualquer firma,
toda e qualquer empresa, é um sistema em que as “trocas internas” se dão
sem reciprocidade, sem pagamento em dinheiro. É um fluxo que parece ser
de mão-única. Por quê?
7. Oportunismo e Custos de Transação
• O ponto de partida de Coase é o reconhecimento de que nenhuma troca se esgota
no momento da entrega do produto e do dinheiro. A qualidade do que foi
adquirido só será conhecido com o uso, que leva tempo. Comprar “gato por lebre”
é um risco (e um custo) muito grande.
• Além disso, quando se apela para o mercado, há sempre o risco de não conseguir
obter um produto ou serviço “quando mais se precisa” dele.
• A estruturação de “transações hierárquicas”, baseadas em contratos de longo prazo
(assalariamento, financiamento para investimentos, aquisição definitiva de
equipamentos produtivos) é o principal instrumento para garantir que vamos
conseguir “lebre quando se precisa de lebre”.
8. Oportunismo, Hierarquia e Ineficiência
• As conclusões que se extraem de Coase são muito interessante:
• 1) quanto mais generalizado o oportunismo, tanto maior a necessidade de hierarquia. As
firmas tendem a ser grandes e altamente integradas no plano vertical. Num mundo de
oportunistas, só a grande firma verticalmente integrada (fordista) sobrevive.
• 2) Mas se a função da hierarquia é deprimir o risco, seu custo é a perda de flexibilidade e
a emergência e estruturalização de ociosidades (máquinas paradas, trabalhadores
contratados sem tarefa a cumprir) “eventuais” e o arrefecimento do potencial inovativo
dos agentes produtivos (o trabalhador obede ordens e não precisa “conquistar” seu
cliente na linha de produção).
9. Oportunismo e Ineficiência
numa mente brilhante
• Pouco depois do trabalho seminal de Coase, a relação entre oportunismo e
ineficiência foi demonstrada matematicamente por John Nash e seus
discípulos através do famoso Dilema do Prisioneiro.
• Dois suspeitos de latrocínio podem se safar da pena por assassinato (mas não
de roubo) por insuficiência de provas. A polícia propõe delação premiada
(exceto roubo).
• Tal como ficou demonstrado, a única decisão racional (o único equilíbrio de
Nash) é a delação recíproca. O oportunismo – a tentativa de levar vantagem, a
despeito do outro - leva ao pior dos mundos.
11. O dilema do prisioneiro no cotidiano
• Alguém poderia pensar que a tendência à delação é boa para a sociedade.
Mas só é no caso particular narrado abaixo. Este jogo, contudo, é universal.
Estamos dentro dele o tempo todo. E, via de regra, ele conduz ao mesmo
resultado: ficamos todos pior ao sermos “racionais”.
• Isto fica claro quando pensamos na opção mais racional de investir (ou não)
em atividades que beneficiam a todos (como P&D sem patentes). É sempre
melhor deixar os outros investirem em P&D guardar seus próprios recursos
para investir na produção e comercialização da inovação.
12. O dilema do Laboratório Coletivo
Contribui Não
A B
Lab Col Contribui
Contribui
10; 10 0; 20
Lab Col
Não
20 ; 0 5; 5
Contribui
13. Hierarquia e Ineficiência
• É sempre possível “resolver” o problema do oportunismo pela hierarquia. A Máfia mata o delator. O governo
cria um imposto e todos “colaboram” para o Laboratório coletivo.
• Mas, como Coase nos lembra, a hierarquia gera ineficiências. E, como Marx (e North) nos lembra(m), ela gera
desigualdades e rancores. O que aprofunda a necessidade de hierarquia. Aprofundando suas ineficiências.
• Só as sociedades que conseguiram controlar o oportunismo com um mínimo de imposição externa (Estado) e
um máximo de circunscrição “interna” (via internalização de uma determinada ideologia da solidariedade e de
honradez: confucionismo, judaísmo, luteranismo, calvinismo, etc.) prosperaram no longo prazo.
• E quando as práticas oportunistas passam a se impor sobre a ideologia da solidariedade em sociedades que,
até então, eram (parcialmente) regidas pela última, a economia perde dinamismo.
14. A solidariedade é “ensinável”?
• Tudo é ensinável. E tudo o que é ensinável, só o é por ser inóbvio e, portanto, difícil
de aprender e entender.
• Mas há circunstâncias que facilitam a aprendizagem de conteúdos particulares. As
vantagens da solidariedade são mais evidentes em cadeias onde
• 1) “colocar-se no lugar do outro” é um exercício de “memória”; onde o dono do
restaurante de hoje foi o auxiliar de cozinha de ontem.
• 2) o ganho de reputação para a “origem” faz com que o sucesso de um transborde
positivamente sobre os demais agentes da cadeia;
• 3) onde existam INSTITUIÇÕES responsáveis pela promoção do diálogo e pela
punição “socioeconômica” dos agentes que apegam a práticas oportunistas.
15. A solidariedade é “ensinável”?
• Em economês, diríamos que as vantagens da solidariedade são mais facilmente perceptíveis
em cadeias onde o ingresso é livre, onde as economias externas são mais importantes que as
internas para a competitividade e que são caracterizadas por uma rica e complexa
institucionalidade não-governamental.
• Vitivinicultura, gastronomia (e todos os serviços de turismo) processamento do leite são
cadeias de livre entrada, assentadas em externalidades e caracterizadas por sistemas
complexos e ricos de governança interna (Associações, Cooperativas, Sindicatos, etc.).
• O elemento mais complexo é a externalidade. Um exemplo ajuda a compreensão: a
construção de um novo parque temático em Gramado não deprime a rentabilidade das
atrações já existentes, pois promove a vinda de mais turistas para o território. Tal como num
shopping center, onde a abertura de uma livraria ou bar pode ajudar as lojas de roupa, uma
vez que os maridos ganham opções de lazer durante o “ritual incompreensível” (Constanza
Pascolato).
16. A solidariedade é “ensinável”?
• Mas há resistências em todas as partes a “novidadismos”. Especialmente quando ele
atenta contra o senso-comum de que todo o jogo é de soma zero (se alguém ganha, é
porque passou a perna no outro! Não existem jogos ganha-ganha!)
• E quanto o novidadismo envolve defender a mobilidade social, o aprofundamento do livre
ingresso, a alteridade no poder, então há sempre algum “coronel” interessado em
demonstrar que a idéia é “muito bonita no papel, mas totalmente utópica!”
• Felizmente, contamos com aliados no coração mesmo do discurso conservador: o discurso
da “Administração de Empresas”, que, nos termos de Coase, é o discurso da
“Administração das Ineficiências da Hierarquia”.
17. A Gestão voltada para o Cliente
• Nada mais é do que o reconhecimento de que a hierarquia mascara ineficiências.
• Há muito mais por trás do jargão “o cliente tem sempre razão” do que usualmente se
pensa. Em primeiro lugar, está a lembrança de que quem define o que é “qualidade” é o
comprador e que nenhum monopólio é estável. Quem não ouve os reclamos e demandas
do cliente comprador está fadado a perder espaço.
• Mas também há uma lembrança crucial: e que o fato do “próximo” na linha de produção no
interior da firma (do espaço da hierarquia) não ter que “comprar” não significa que ele não
dependa da qualidade do que tu ofereces para agregar valor para a firma.
• E isto se desdobra na maior das lições:
• PARA ALÉM DE TODAS AS DIFERENÇAS HIERÁRQUICAS E DE FUNÇÃO, SOMOS CLIENTES
FORNECEDORES E CONCORRENTES UNS DOS OUTROS.
18. Fornecedores, clientes e concorrentes
• Em setores e cadeias onde o ingresso de novos empresários é obstaculizado por escalas
mínimas elevadas e barreiras tecnológicas (alicerçadas ou não em patentes) a
percepção de cada agente como, simultaneamente, “fornecedor, cliente e concorrente”
é dificultada pelo espírito de “classe”. Os trabalhadores se vêem como uma unidade
“contra” o empresário-capitalista (e vice-versa).
• Nos setores de livre ingresso, o empregado de hoje pode ser o “patrão” amanhã. Na
verdade, uma parte (não desprezível!) da remuneração do empregado nestas cadeias é
a expectativa de ocupar outro lugar no futuro.
• E esta expectativa – se tiver bases sólidas – já conduz a uma “perspectivação” distinta,
onde o “colocar-se no lugar do outro” é quase trivial
19. Fornecedores, clientes e concorrentes
• Analisar uma cadeia a partir das redes de relações entre fornecedores, clientes e
concorrentes, é colocar-se na perspectiva da análise estruturalista, amplamente
difundida por Porter.
• Não nos interessa ingressar na polêmica entre estruturalistas e RBV (de Penrose a
Prahalad). Ambas estão corretas. Apenas se aplicam a níveis distintos.
• No momento, nos interessa resgatar o elemento estrutural da competitividade e da
rentabilidade. E, desta perspectiva, é preciso avaliar os custos impostos pelos
fornecedores, o poder dos clientes de limitar o preço final e a pressão dos
concorrentes para oferecer a preços mais baixos do que os “ideais” para cada elo.
20. Fornecedores, clientes e concorrentes
• Ao longo de toda e qualquer cadeia longa, há conflitos distributivos entre as partes. O
ganho de um (do fornecedor, por exemplo) é o custo do cliente. E o concorrente que
acaba de ingressar limita a rentabilidade do já estabelecido.
• Entender a forma como este conflito (inerente e insuperável) é percebido e
administrado pelos agentes no interior das distintas cadeias produtivas é fundamental
para que entendamos os mecanismos de desenvolvimento e de ESTRANGULAMENTO
da solidariedade no interior da mesma.
• Na verdade, a própria percepção da universalidade desta condição “trial” é parte
importante da consolidação de uma institucionalidade apta a administrar
adequadamente os conflitos distributivos no interior da cadeia.
21. Fornecedores, clientes e concorrentes
• O produtor rural é fornecedor da vinícola, da indústria de leite e (com ou sem mediações) do
restaurante. A qualidade dos insumos que ele oferece é crucial na determinação da qualidade do
produto final. O que o impede de oferecer insumos “melhores a melhores preços”? São os seus
fornecedores de insumos, seus concorrentes ou seus clientes que limitam sua competitividade e
rentabilidade de longo prazo?
• A firma vinícola e de laticínios é fornecedora do restaurante. A carrocinha de cachorro-quente é
concorrente. E o consumidor final é o seu cliente.
• E também o trabalhador assalariado no interior da cadeia está no interior desta relação “trial”.
Quem o contratou – que compra o serviço que ele vende – é seu cliente. Quem forneceu os
insumos para a realização de seu trabalho – a escola universal ou técnica – é seu fornecedor. E os
demais trabalhadores do setor, são seus concorrentes.
• Se sua remuneração é baixa, quem é responsável: seu cliente, seus concorrentes ou seus
fornecedores? É isto que o nosso questionário busca identificar. E, assim, buscamos identificar
os gargalos e os determinantes dos problemas de solidariedade em cada cadeia.