O documento analisa a obra "Um útero é do tamanho de um punho", da poeta Angélica Freitas. Em três frases, o resumo é: A obra aborda temas femininos como aborto e violência de gênero de forma irônica e subversiva. A linguagem simples e o tom humorado criticam estereótipos sobre as mulheres. A análise também discute a estilística singular da autora e sua abordagem dos temas do feminino.
Preconceito Contra a Mulher - Sandra Azerêdo.pdfVIEIRA RESENDE
1. O documento apresenta um livro sobre o preconceito contra a mulher, dividido em três partes: introdução, mulher e filosofia, e teoria feminista.
2. A autora discute como o preconceito é produzido e mantido através de relações de poder, e analisa a construção do conceito de mulher na filosofia ocidental.
3. Também aborda como teorias feministas têm (des)construído conceitos para enfrentar o preconceito por meio de novas perspectivas.
Texto um corpo em ação sobre a ação social.Nildes Sena
O documento discute como o feminismo negro lésbico pode ser um corpo em ação que desafia as normas sociais. Apresenta intelectuais negras e lésbicas que usam a escrita como forma de ativismo para fortalecer a luta contra a opressão racial, de gênero e sexual. Também reflete sobre como coletivos de mulheres negras lésbicas se organizam para combater o racismo, machismo e lesbofobia.
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018Jorge Vergara
Propongo cinco tropos para relacionar las manifestaciones de homoerotismo con las de subalternidad en Paulicea desvariada (1922), de Mário de Andrade: mujeres enmendadas, imposibles, desamparadas; paseos nocturnos o mirar el peligro; congreso de marginales; el miedo incita el deseo; y normalidad cautiva. Más allá de la estilización poética, la homofobia internalizada de Mário de Andrade permite suponer el motivo por el cual no hay una clara expresión de las ideas homoeróticas y explica en parte el rechazo del imaginario obsceno. La estilización en Paulicea atestigua como la sociedad condenó prácticas y personas a la ignominia y al silencio. Las insinuaciones poéticas instigan cuestionamientos, pensamiento e imaginación. Con conceptos de la teoría queer, del análisis del discurso, de la historia, de la historiografía de la homosexualidad en Brasil, a través de pesquisa en textos, músicas y la medicina de la época junto con la correspondencia de Mário de Andrade, exploro la temática homoerótico y lo político que yaz en la poesía del musicólogo.
Lección de cocina a ironia como desconstrução da submissão femininaCassia Barbosa
Este documento apresenta uma monografia sobre o uso da ironia no conto "Lección de Cocina" de Rosario Castellanos como recurso para desconstruir a realidade submissa da mulher na sociedade mexicana. A autora analisa como Castellanos, consciente da dupla discriminação das mulheres de sua época, utiliza a linguagem para expressar sua ideologia e denunciar as opressões sofridas. O trabalho também discute a importância da produção literária feminina hispano-americana na busca por liberdade e igualdade.
O documento discute a literatura de autoria feminina no Brasil. Historicamente, as mulheres eram vistas como figuras domésticas e seus escritos eram excluídos do cânone literário. A partir dos anos 1960, com o movimento feminista, as mulheres passaram a lutar por reconhecimento literário e historiadores começaram a resgatar sua produção. O documento também discute as três fases da literatura feminina proposta por Showalter: imitação dos padrões masculinos, protesto e busca da identidade feminina.
Condição humana contra natureza diálogo entre adriana cavarero e judith butlerÉderson Luís Silveira
Este artigo resume um diálogo entre as filósofas feministas Judith Butler e Adriana Cavarero sobre a existência de uma natureza humana. Cavarero defende que a diferença entre homens e mulheres é fundamental e essencial, enquanto Butler argumenta que o gênero é construído socialmente. O artigo também fornece contexto biográfico sobre o trabalho de Cavarero.
Este documento discute o uso da zombaria como uma arma antifeminista para ridicularizar e diminuir as mulheres que lutavam por direitos e desafiavam os papéis de gênero tradicionais. Ele explora exemplos históricos de como a zombaria foi usada contra feministas, desde a Grécia Antiga até o período da contracultura de 1960-1980 no Brasil, quando publicações como O Pasquim ridicularizaram militantes feministas.
Preconceito Contra a Mulher - Sandra Azerêdo.pdfVIEIRA RESENDE
1. O documento apresenta um livro sobre o preconceito contra a mulher, dividido em três partes: introdução, mulher e filosofia, e teoria feminista.
2. A autora discute como o preconceito é produzido e mantido através de relações de poder, e analisa a construção do conceito de mulher na filosofia ocidental.
3. Também aborda como teorias feministas têm (des)construído conceitos para enfrentar o preconceito por meio de novas perspectivas.
Texto um corpo em ação sobre a ação social.Nildes Sena
O documento discute como o feminismo negro lésbico pode ser um corpo em ação que desafia as normas sociais. Apresenta intelectuais negras e lésbicas que usam a escrita como forma de ativismo para fortalecer a luta contra a opressão racial, de gênero e sexual. Também reflete sobre como coletivos de mulheres negras lésbicas se organizam para combater o racismo, machismo e lesbofobia.
Vergara homoerotismo subalternidade remate de males 2018Jorge Vergara
Propongo cinco tropos para relacionar las manifestaciones de homoerotismo con las de subalternidad en Paulicea desvariada (1922), de Mário de Andrade: mujeres enmendadas, imposibles, desamparadas; paseos nocturnos o mirar el peligro; congreso de marginales; el miedo incita el deseo; y normalidad cautiva. Más allá de la estilización poética, la homofobia internalizada de Mário de Andrade permite suponer el motivo por el cual no hay una clara expresión de las ideas homoeróticas y explica en parte el rechazo del imaginario obsceno. La estilización en Paulicea atestigua como la sociedad condenó prácticas y personas a la ignominia y al silencio. Las insinuaciones poéticas instigan cuestionamientos, pensamiento e imaginación. Con conceptos de la teoría queer, del análisis del discurso, de la historia, de la historiografía de la homosexualidad en Brasil, a través de pesquisa en textos, músicas y la medicina de la época junto con la correspondencia de Mário de Andrade, exploro la temática homoerótico y lo político que yaz en la poesía del musicólogo.
Lección de cocina a ironia como desconstrução da submissão femininaCassia Barbosa
Este documento apresenta uma monografia sobre o uso da ironia no conto "Lección de Cocina" de Rosario Castellanos como recurso para desconstruir a realidade submissa da mulher na sociedade mexicana. A autora analisa como Castellanos, consciente da dupla discriminação das mulheres de sua época, utiliza a linguagem para expressar sua ideologia e denunciar as opressões sofridas. O trabalho também discute a importância da produção literária feminina hispano-americana na busca por liberdade e igualdade.
O documento discute a literatura de autoria feminina no Brasil. Historicamente, as mulheres eram vistas como figuras domésticas e seus escritos eram excluídos do cânone literário. A partir dos anos 1960, com o movimento feminista, as mulheres passaram a lutar por reconhecimento literário e historiadores começaram a resgatar sua produção. O documento também discute as três fases da literatura feminina proposta por Showalter: imitação dos padrões masculinos, protesto e busca da identidade feminina.
Condição humana contra natureza diálogo entre adriana cavarero e judith butlerÉderson Luís Silveira
Este artigo resume um diálogo entre as filósofas feministas Judith Butler e Adriana Cavarero sobre a existência de uma natureza humana. Cavarero defende que a diferença entre homens e mulheres é fundamental e essencial, enquanto Butler argumenta que o gênero é construído socialmente. O artigo também fornece contexto biográfico sobre o trabalho de Cavarero.
Este documento discute o uso da zombaria como uma arma antifeminista para ridicularizar e diminuir as mulheres que lutavam por direitos e desafiavam os papéis de gênero tradicionais. Ele explora exemplos históricos de como a zombaria foi usada contra feministas, desde a Grécia Antiga até o período da contracultura de 1960-1980 no Brasil, quando publicações como O Pasquim ridicularizaram militantes feministas.
Este documento resume o pensamento da filósofa feminista francesa Elisabeth Badinter, que defende uma perspectiva racionalista e igualitária do feminismo, herdeira do Iluminismo. O documento analisa a polêmica gerada pelo livro de Badinter "Fausse Route" e discute como o feminismo pode dialogar entre a modernidade e a pós-modernidade de forma consistente e eficaz.
Este artigo analisa a representação da mulher em dois contos da autora Marina Colasanti. Os contos retratam mulheres que passam por tomadas de consciência sobre seus casamentos frustrados e distantes. A autora representa as personagens femininas de forma sensível, explorando seus fluxos de consciência e questionamentos sobre seus papéis de esposa. O artigo argumenta que esta representação feminina se aproxima mais da realidade das mulheres do que textos escritos por homens.
A identidade feminina_na_obra_orgulho_eJúlia Dantas
Este documento discute a identidade feminina na obra "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen através de um paralelo entre as personagens femininas e as representações da mulher na sociedade inglesa do século XIX. Analisa como as mulheres tinham poucas opções além do casamento e eram educadas para desempenharem papéis domésticos, embora estudiosos debatam se Austen era tradicional ou protofeminista em suas obras.
611 texto do artigo-1079-1-10-20210505 (1)wgenilene
O documento discute a representação da mulher negra na literatura brasileira e como a autora Conceição Evaristo ressignifica a corporeidade feminina negra em seu romance "Becos da memória". A literatura brasileira tradicionalmente representou mulheres negras de forma estereotipada, como objetos sexuais ou escravas subservientes. Porém, escritoras negras contemporâneas como Conceição Evaristo têm ressignificado o corpo feminino negro, celebrando a ancestralidade e construindo identidades complexas. Neste romance, o corpo
A Mulher na Teledramaturgia Mexicana: Representações no Visível e InvisívelPhillipe Xavier
Este documento discute as representações das mulheres na teledramaturgia mexicana. Apresenta uma revisão dos estudos feministas sobre representações culturais, mostrando como as mulheres foram retratadas de forma estereotipada e subordinada aos homens. Também analisa como as telenovelas mexicanas perpetuam estes estereótipos através das personagens femininas.
O documento discute os papéis sociais de travestis e transexuais e como eles desafiam a heteronormatividade. Travestis e transexuais constroem seus papéis de forma fluida ao longo do tempo e espaço, rompendo com os binarismos de gênero impostos pela sociedade. Seu papel social envolve grande mobilidade e ambiguidade de gênero.
Resumos dos minicursos Terceiro Seminário PGLMRADiego
O seminário abordará minicursos sobre poesia e corpo, literatura e excesso, e cinema e tradução cultural. O primeiro minicurso discutirá as relações entre poesia, ritmo e performance. O segundo analisará representações literárias de erotismo e sadomasoquismo. E o terceiro debaterá teorias de tradução cultural e sua relação com estudos pós-coloniais, usando filmes como exemplo.
O documento discute a poética feminina na literatura de Valença, Brasil, analisando poemas de Celeste Martinez e Rosângela Góes. As autoras subvertem a linguagem para explorar temas como o "ser mulher", o corpo e o gozo femininos de forma a contrapor a exuberância da expressão feminina à contenção da fala poética masculina. Os poemas representam um campo ainda pouco explorado nos estudos literários sobre gênero.
Feminino na beira uma análise do conto “barba de arame“, deCassia Barbosa
Este documento apresenta uma análise do conto "Barba de Arame", de Antonio Carlos Viana. O resumo descreve que o conto narra a história de uma menina que sofre abuso sexual enquanto vive na beira de um mangue com sua mãe, explorando questões de gênero e exclusão social. A análise do conto examina as representações femininas e a falta de proteção e apoio para as personagens mulheres que vivem em situação de marginalidade.
Luce fabri,o anarquismo e as mulheres (margareth rago)Elaine Campos
O documento discute a biografia da militante anarquista italiana Luce Fabbri e sua relação com o feminismo. Apesar de não se considerar uma feminista, Luce trouxe uma perspectiva feminina ao anarquismo através de sua experiência de vida e trabalho. Ela acreditava que a emancipação das mulheres fazia parte da questão social mais ampla. O documento também descreve o contexto do Uruguai na época em que Luce chegou, com direitos como o divórcio, mas também costumes que limitavam as mulheres.
Jane Austen era considerada feminista apesar de não ter se declarado como tal devido às suas obras retratarem personagens femininas fortes, independentes e que questionavam as tradições da época, criticando a educação limitada dada às mulheres e rejeitando casamentos sem amor. Sua obra influenciou milhões de leitores ao redor do mundo com suas mensagens.
O documento descreve as características dos contos no livro "Venha ver o pôr-do-sol e outros contos", de Lygia Fagundes Telles. Os contos apresentam:
1) Personagens desencontradas de si mesmas, do mundo e das pessoas com quem se relacionam;
2) Uso da primeira pessoa e de monólogos interiores que fluem livremente, sem seguir uma lógica convencional;
3) Linguagem próxima da fala comum, sem palavras difíceis.
1) O documento discute a relação entre ficção e realidade na literatura, analisando como os conceitos de "fictício" e "imaginário" são abordados no romance "Sem Nome" de Helder Macedo.
2) A autora se concentra em um episódio do romance que envolve uma carta fictícia que descreve detalhes violentos da morte de uma personagem, ilustrando como a ficção pode se entrelaçar com a realidade.
3) Ela argumenta que os conceitos de "fictício" e "imaginário" propost
O documento é uma análise da obra Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus sob a perspectiva dos estudos culturais. Discutem-se as definições clássicas de literatura e a literariedade da obra, concluindo que ela não se enquadra nos padrões tradicionais mas é relevante para os estudos culturais por dar voz a uma mulher negra e pobre. Também analisa como o espaço da favela molda a identidade de seus moradores, com Carolina se sentindo marginalizada dentro da própria favela por ser alfabet
O documento apresenta resumos de livros e obras feministas importantes que abordam temas como o movimento feminista, desigualdades de gênero, opressão sofrida pelas mulheres ao longo da história e lutas por emancipação e igualdade de direitos. Autoras renomadas como Simone de Beauvoir, Chimamanda Ngozi Adichie, Djamila Ribeiro e Bell Hooks têm suas obras e ideias resumidas no documento.
O documento discute três livros que serão lançados na Feira do Livro: 1) "A Criança em Ruínas", livro de poesia de José Luís Peixoto que aborda temas como luto e nascimento; 2) "Amor para Corajosos", ensaio de Luiz Felipe Pondé sobre amor romântico de uma perspectiva filosófica; 3) "Hebe, a Biografia", biografia da apresentadora Hebe Camargo escrita por Artur Xexéo.
O documento apresenta uma introdução sobre o romance O Primo Basílio de Eça de Queirós. Aborda a educação feminina na sociedade portuguesa do século XIX e como o romance critica os "desvios morais" cometidos por mulheres devido à falta de educação. Também discute o papel do intelectual Eça de Queirós em trazer questões polêmicas à tona e influenciar a opinião pública.
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane SatrapiMarcel Ayres
Primeiro, o documento apresenta um resumo dos enredos das três obras do ciclo autoral da novelista gráfica iraniana Marjane Satrapi. Segundo, discute questões de subjetividade nas obras e como as identidades são construídas de forma relacional e fragmentária. Terceiro, analisa como as obras se relacionam com o conceito de orientalismo de Edward Said.
Texto para apresentação seminário 19 de setembromarinathebaldi
O texto descreve as estratégias de sobrevivência das mulheres em Desterro (atual Florianópolis) no final do século XIX e início do século XX. Elas trabalhavam de forma improvisada para sustentar suas famílias, desafiando o ideal da época de que mulheres deveriam ser apenas esposas e mães. Embora invisíveis nos registros oficiais, elas estiveram presentes e contribuíram para a urbanização, apesar da repressão que sofreram.
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
O documento apresenta uma introdução sobre alguns livros essenciais da literatura brasileira, incluindo imagens, resenhas e fragmentos. Em seguida, resume dez obras literárias importantes como Bagagem de Adélia Prado, O Cortiço de Aluísio Azevedo, Ópera dos Mortos de Autran Dourado e O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo. Cada obra é resumida em uma ou duas frases com os detalhes essenciais.
Este documento resume o pensamento da filósofa feminista francesa Elisabeth Badinter, que defende uma perspectiva racionalista e igualitária do feminismo, herdeira do Iluminismo. O documento analisa a polêmica gerada pelo livro de Badinter "Fausse Route" e discute como o feminismo pode dialogar entre a modernidade e a pós-modernidade de forma consistente e eficaz.
Este artigo analisa a representação da mulher em dois contos da autora Marina Colasanti. Os contos retratam mulheres que passam por tomadas de consciência sobre seus casamentos frustrados e distantes. A autora representa as personagens femininas de forma sensível, explorando seus fluxos de consciência e questionamentos sobre seus papéis de esposa. O artigo argumenta que esta representação feminina se aproxima mais da realidade das mulheres do que textos escritos por homens.
A identidade feminina_na_obra_orgulho_eJúlia Dantas
Este documento discute a identidade feminina na obra "Orgulho e Preconceito" de Jane Austen através de um paralelo entre as personagens femininas e as representações da mulher na sociedade inglesa do século XIX. Analisa como as mulheres tinham poucas opções além do casamento e eram educadas para desempenharem papéis domésticos, embora estudiosos debatam se Austen era tradicional ou protofeminista em suas obras.
611 texto do artigo-1079-1-10-20210505 (1)wgenilene
O documento discute a representação da mulher negra na literatura brasileira e como a autora Conceição Evaristo ressignifica a corporeidade feminina negra em seu romance "Becos da memória". A literatura brasileira tradicionalmente representou mulheres negras de forma estereotipada, como objetos sexuais ou escravas subservientes. Porém, escritoras negras contemporâneas como Conceição Evaristo têm ressignificado o corpo feminino negro, celebrando a ancestralidade e construindo identidades complexas. Neste romance, o corpo
A Mulher na Teledramaturgia Mexicana: Representações no Visível e InvisívelPhillipe Xavier
Este documento discute as representações das mulheres na teledramaturgia mexicana. Apresenta uma revisão dos estudos feministas sobre representações culturais, mostrando como as mulheres foram retratadas de forma estereotipada e subordinada aos homens. Também analisa como as telenovelas mexicanas perpetuam estes estereótipos através das personagens femininas.
O documento discute os papéis sociais de travestis e transexuais e como eles desafiam a heteronormatividade. Travestis e transexuais constroem seus papéis de forma fluida ao longo do tempo e espaço, rompendo com os binarismos de gênero impostos pela sociedade. Seu papel social envolve grande mobilidade e ambiguidade de gênero.
Resumos dos minicursos Terceiro Seminário PGLMRADiego
O seminário abordará minicursos sobre poesia e corpo, literatura e excesso, e cinema e tradução cultural. O primeiro minicurso discutirá as relações entre poesia, ritmo e performance. O segundo analisará representações literárias de erotismo e sadomasoquismo. E o terceiro debaterá teorias de tradução cultural e sua relação com estudos pós-coloniais, usando filmes como exemplo.
O documento discute a poética feminina na literatura de Valença, Brasil, analisando poemas de Celeste Martinez e Rosângela Góes. As autoras subvertem a linguagem para explorar temas como o "ser mulher", o corpo e o gozo femininos de forma a contrapor a exuberância da expressão feminina à contenção da fala poética masculina. Os poemas representam um campo ainda pouco explorado nos estudos literários sobre gênero.
Feminino na beira uma análise do conto “barba de arame“, deCassia Barbosa
Este documento apresenta uma análise do conto "Barba de Arame", de Antonio Carlos Viana. O resumo descreve que o conto narra a história de uma menina que sofre abuso sexual enquanto vive na beira de um mangue com sua mãe, explorando questões de gênero e exclusão social. A análise do conto examina as representações femininas e a falta de proteção e apoio para as personagens mulheres que vivem em situação de marginalidade.
Luce fabri,o anarquismo e as mulheres (margareth rago)Elaine Campos
O documento discute a biografia da militante anarquista italiana Luce Fabbri e sua relação com o feminismo. Apesar de não se considerar uma feminista, Luce trouxe uma perspectiva feminina ao anarquismo através de sua experiência de vida e trabalho. Ela acreditava que a emancipação das mulheres fazia parte da questão social mais ampla. O documento também descreve o contexto do Uruguai na época em que Luce chegou, com direitos como o divórcio, mas também costumes que limitavam as mulheres.
Jane Austen era considerada feminista apesar de não ter se declarado como tal devido às suas obras retratarem personagens femininas fortes, independentes e que questionavam as tradições da época, criticando a educação limitada dada às mulheres e rejeitando casamentos sem amor. Sua obra influenciou milhões de leitores ao redor do mundo com suas mensagens.
O documento descreve as características dos contos no livro "Venha ver o pôr-do-sol e outros contos", de Lygia Fagundes Telles. Os contos apresentam:
1) Personagens desencontradas de si mesmas, do mundo e das pessoas com quem se relacionam;
2) Uso da primeira pessoa e de monólogos interiores que fluem livremente, sem seguir uma lógica convencional;
3) Linguagem próxima da fala comum, sem palavras difíceis.
1) O documento discute a relação entre ficção e realidade na literatura, analisando como os conceitos de "fictício" e "imaginário" são abordados no romance "Sem Nome" de Helder Macedo.
2) A autora se concentra em um episódio do romance que envolve uma carta fictícia que descreve detalhes violentos da morte de uma personagem, ilustrando como a ficção pode se entrelaçar com a realidade.
3) Ela argumenta que os conceitos de "fictício" e "imaginário" propost
O documento é uma análise da obra Quarto de Despejo de Carolina Maria de Jesus sob a perspectiva dos estudos culturais. Discutem-se as definições clássicas de literatura e a literariedade da obra, concluindo que ela não se enquadra nos padrões tradicionais mas é relevante para os estudos culturais por dar voz a uma mulher negra e pobre. Também analisa como o espaço da favela molda a identidade de seus moradores, com Carolina se sentindo marginalizada dentro da própria favela por ser alfabet
O documento apresenta resumos de livros e obras feministas importantes que abordam temas como o movimento feminista, desigualdades de gênero, opressão sofrida pelas mulheres ao longo da história e lutas por emancipação e igualdade de direitos. Autoras renomadas como Simone de Beauvoir, Chimamanda Ngozi Adichie, Djamila Ribeiro e Bell Hooks têm suas obras e ideias resumidas no documento.
O documento discute três livros que serão lançados na Feira do Livro: 1) "A Criança em Ruínas", livro de poesia de José Luís Peixoto que aborda temas como luto e nascimento; 2) "Amor para Corajosos", ensaio de Luiz Felipe Pondé sobre amor romântico de uma perspectiva filosófica; 3) "Hebe, a Biografia", biografia da apresentadora Hebe Camargo escrita por Artur Xexéo.
O documento apresenta uma introdução sobre o romance O Primo Basílio de Eça de Queirós. Aborda a educação feminina na sociedade portuguesa do século XIX e como o romance critica os "desvios morais" cometidos por mulheres devido à falta de educação. Também discute o papel do intelectual Eça de Queirós em trazer questões polêmicas à tona e influenciar a opinião pública.
Pra cá de Teerã - Questões de Subjetividade no Ciclo Autoral de Marjane SatrapiMarcel Ayres
Primeiro, o documento apresenta um resumo dos enredos das três obras do ciclo autoral da novelista gráfica iraniana Marjane Satrapi. Segundo, discute questões de subjetividade nas obras e como as identidades são construídas de forma relacional e fragmentária. Terceiro, analisa como as obras se relacionam com o conceito de orientalismo de Edward Said.
Texto para apresentação seminário 19 de setembromarinathebaldi
O texto descreve as estratégias de sobrevivência das mulheres em Desterro (atual Florianópolis) no final do século XIX e início do século XX. Elas trabalhavam de forma improvisada para sustentar suas famílias, desafiando o ideal da época de que mulheres deveriam ser apenas esposas e mães. Embora invisíveis nos registros oficiais, elas estiveram presentes e contribuíram para a urbanização, apesar da repressão que sofreram.
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1BiiancaAlvees
O documento apresenta uma introdução sobre alguns livros essenciais da literatura brasileira, incluindo imagens, resenhas e fragmentos. Em seguida, resume dez obras literárias importantes como Bagagem de Adélia Prado, O Cortiço de Aluísio Azevedo, Ópera dos Mortos de Autran Dourado e O Tempo e o Vento de Érico Veríssimo. Cada obra é resumida em uma ou duas frases com os detalhes essenciais.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em Cristo, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, 2° TRIMESTRE DE 2024, ADULTOS, EDITORA BETEL, TEMA, ORDENANÇAS BÍBLICAS, Doutrina Fundamentais Imperativas aos Cristãos para uma vida bem-sucedida e de Comunhão com DEUS, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Bispo Abner Ferreira, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
1. UM ÚTERO É DO TAMANHO
DE UM PUNHO
“A mulher é uma construção
deve ser
A mulher basicamente é pra ser
Um conjunto habitacional
Tudo igual
Tudo rebocado
Só muda a cor”
...a lição da obra é
refutar justamente
esses estereótipos
femininos
pejorativos... (Angélica
2. SOBRE A OBRA...
Um útero é do tamanho de um punho publicado em 2012, pela Cosac Naify;
tematiza, em linhas gerais, a problemática feminina no mundo contemporâneo a
partir de diversos espectros, como o aborto, a homossexualidade, a opressão
estético-corporal, o estabelecimento de padrões sexuais, a autossuficiência, a
violência doméstica, dentre outros;
foi vencedora do prêmio de melhor livro de poesia de 2012 da APCA (Associação
Paulista de Críticos de Arte);
dialoga com o feminismo e aborda temáticas “do feminino”, mas não no sentido
de ser a essência única, e sim, o centro das forças que o produzem, apontando
para as múltiplas possibilidades de se viver o que se convencionou chamar de “o
feminino” ou, enfim, de “ser mulher”;
trata de temas essenciais para a atualidade, fugindo dos lugares-comuns com
ironia (e autoironia), força e coragem;
é um livro autodestrutivo, no sentido de que, enquanto constrói propostas, as faz
escorrer pelos dedos, propondo novos arranjos e novas leituras;
uma mulher incomoda
é interditada
levada para o depósito
das mulheres que incomodam
loucas louquinhas
tantãs da cabeça
ataduras banhos frios
descargas elétricas
são porcas permanentes
mas como descobrem os maridos
enriquecidos subitamente
as porcas loucas trancafiadas
são muito convenientes
era uma vez uma mulher
e ela queria falar de gênero
3. SOBRE A OBRA...
a poesia que dá nome à obra (Um útero é do tamanho de um punho) estende-se
por oito páginas seguindo o mesmo padrão subversivo e imprevisível. O
simbolismo do órgão feminino é destrinchado na contraposição que ele
resguarda: sua potência e importância se voltam contra as próprias mulheres em
forma de impotência. A forma feminina é sua prisão — seu corpo não pertence a
si. É, ao mesmo tempo, sua fraqueza e sua força;
o cotidiano feminino pesado e invisível através de linhas tortas e imprevisíveis;
é recheada de força simbólica revestida de versos inteligentes e bem humorados;
é dividida em sete partes — todas conectadas a partir do olhar sobre a mulher,
evidenciando a violência naturalizada sobre ela.
“Um útero é do tamanho de um punho
Num útero cabem capelas
Cabem bancos hóstias crucifixos
Cabem padres de pau murcho
Cabem freiras de seios inquietos
Cabem senhoras católicas
Militando diante das clínicas
Às 6h na cidade do méxico”
uma mulher gorda incomoda muita gente uma mulher
gorda e bêbada incomoda muito mais
4. SOBRE A AUTORA...
Angélica Freitas nasceu no Rio Grande do Sul em 1973.
Ela é poeta e jornalista.
Publicou na América Latina, Estados Unidos e Europa e também
tem sido publicada em inúmeras revistas eletrônicas.
Angélica é coeditora da revista Modo de usar & Co, uma revista
para amantes da literatura.
Conhecida por praticar uma literatura comprometida com causas
do feminismo, Angélica, no entanto, não vê como uma obrigação o
posicionamento político do artista. Para ela, “cada um sabe o que
consegue fazer. Acho que ativismo político é muito importante
e algumas pessoas fazem isso melhor do que outras”.
5. linguagem simples, um tanto informal e às vezes comicamente didática, num tom constantemente
ironizante.
no âmbito da construção estética, Freitas se revela manipuladora exímia dos instrumentos poéticos de que
dispõe, transcendendo a arte engajada que se atém ao conteúdo e, por vezes, revela mais engajamento
que labor artístico.
construção metafórica de um discurso irônico.
não desconsidera as questões de gênero intrínsecas à obra.
a poetisa não se torna monotemática ou limitada, pois consegue abordar as questões do feminino sob
diversos aspectos e de modos sempre inovadores e contundentes – às vezes um pouco sem “modos”, em
“desacordo com a educação formal burguesa tradicional”.
Angélica Freitas, ao fazer a opção por “útero”, acentua essa associação metonimicamente, colocando no
mesmo plano sintático e semântico o coração (por ausência) e o útero: ambos são órgãos do corpo
humano, ambos têm função cinética; ambos têm ligação direta com a vida – o coração mantém a vida; o
útero guarda uma vida. Ambos são também ligados ao feminino: o coração é feminino no plano
sociocultural; o útero é feminino no fisiológico-científico.
SOBRE A ESTILÍSTICA DA AUTORA...
Um colega de aula, que acompanhava a minha “carreira”
de poeta, chegou e disse assim: “Olha, tem uma poeta
aqui que eu acho que tu tem que ler, tu vai gosta dela.”
Ele me entregou A teus pés, da Ana Cristina César. Eu
tinha 15 anos. Nunca tinha lido nada parecido e
imediatamente comecei a imitar a Ana Cristina Cesar.
Nos anos 1960 havia uma coleção bastante
popular, que se chamava “O mundo da criança”. Era uma
enciclopédia e, como a minha prima já estava grande, ela
me deu esse livro. Comecei a ler o primeiro volume, que
era justamente de poesia. E aí foi aquela emoção: “Oh,
meu Deus, o que é isso?” Não tinha lido poesia antes. E
nessa enciclopédia americana, que foi traduzida para o
português, tinham muitos autores de língua inglesa, entre
eles o Robert Louis Stevenson e o Edward Lear, este
último de poesia nonsense. E lembro que tinha bastante
coisa engraçada. Meu primeiro contato com a poesia foi
via essa poesia engraçada para crianças, com bastante
brincadeiras de palavras. E daí para escrever foi um pulo.
(Angélica Freitas)
[...] um (é bom destacar o uso desse artigo indefinido no título) útero [...] é
do tamanho de um punho, um punho cerrado, um punho pronto para o
soco, o murro. Punho é uma metáfora (gasta) da ideia de luta e de força –
comumente masculina, viril –, mas se associa também a “pulso”, que é
parte de outra expressão muito comum: é preciso ter pulso (firmeza,
coragem) para fazer algo. Com isso, as dicotomias sexuais e de gênero são
borradas. Mulher tem pulso. É forte, é firme. É mulher, tem útero. Tem
coração (PIETRANI, 2013, p. 30).
6. UMA ANÁLISE SOBRE A OBRA...
UMA MULHER LIMPA
Para iniciar sua luta, a mulher se mostra limpa; preparada. Quase todos os poemas desta seção
apresentam, desde os títulos, o vocábulo “mulher” ligado a uma caracterização ou a uma ação – exaltada
quando compreendida, tradicionalmente, como positiva e criticada quando entendida pelo senso comum
como negativa. Vale dizer que esses posicionamentos não refletem as opiniões da autora, mas sim uma
crítica irônica a tais ideias.
“e se ela é uma mulher limpa/ ela é uma mulhe
MULHER DE
Todos os poemas desta seção refletem, igualmente, expressões engessadas e lugares-comuns
relacionados à figura da mulher. No poema “mulher depois”, por mais de metade do texto, o gênero do
sujeito lírico é indeterminado – e, aliás, irrelevante, valorizando mais a forma do que o conteúdo, uma
premissa do respeito às diferenças.
pai, lembra quando você dizia
que eu parecia uma guria
e a mãe pedia: deixem disso?
7. UMA ANÁLISE SOBRE A OBRA...
A MULHER É UMA CONSTRUÇÃO
Partindo da dubiedade da palavra “construção”, que pode ser tanto uma construção social, um código de
conduta, quanto uma edificação concreta de engenharia civil, a autora particulariza -se, colocando-se
biograficamente, demarcando-se como jornalista – e apesar de sua posição social no mínimo confortável,
simbolicamente se coloca como marginalizada frente à ditadura do embelezamento. Freitas se coloca
como indivíduo defeituoso para as convenções sociais estabelecidas
“a mulher é uma construção/ com
buracos demais/ vaza”
UM ÚTERO É DO TAMANHO DE UM PUNHO
composição que nos faz lembrar a estética dadaísta, do princípio do século XX, ao elencar diversos
elementos de forma aparentemente aleatória ou pueril. A própria infantilização do discurso é já a crítica
sutil e irônica de Angélica introduzida em seus poemas.
[Jogos como o “piri qui” são] a língua do i, que é como a língua do p. Consiste em trocar as vogais por
i. É uma brincadeira da minha infância. [...] Acho que, de uma forma intuitiva, quis infantilizar partes
dos poemas. [...] Aconteceu. Depois de pronto, fez sentido. Porque realmente acho que a sociedade
trata a mulher assim, de forma infantilizada, inferiorizada. O tratamento com a mulher permite essas
gracinhas, miudezas; com o homem não (FREITAS apud CORTÊZ, 2012).
8. UMA ANÁLISE SOBRE A OBRA...
3 POEMAS COM O AUXÍLIO DO GOOGLE
Nesta parte do livro, Angélica Freitas leva adiante o que parece ser um projeto inspirado, de fato, nos
ideais dadaístas, que mantinham relação íntima com o aleatório. A aleatoriedade do que provém da
internet, como neste caso, é relativa. Estes resultados de pesquisa se adéquam ao projeto irônico-satírico
de Angélica Freitas para a condição social feminina também porque revelam, afinal, o que os internautas
procuram ou pensam a respeito da mulher.
“a mulher pensa com o coração”, “a mulher pensa
por metáforas”, “a mulher pensa em engravidar”
ARGENTINA
O tema que desenvolve é o churrasco, típico dos argentinos e dos gaúchos, o que talvez faça Freitas
sentir-se parte de ambas as partes. Esta seção tem importância biográfica da Argentina para Angélica
Freitas. “às mulheres as alfaces” – ideia reforçada pela inversão dos sintagmas nessa estrutura, trocada
então por “às alfaces as mulheres” refuta e ironiza um modelo de pensamento determinista, que parece
ainda vigorar no que tange à posição social da mulher.
“que suem as lindas na frente da churrasqueira/
e que piquem eles as folhas verdes”
9. UMA ANÁLISE SOBRE A OBRA...
O LIVRO ROSA DO CORAÇÃO DOS TROUXAS
Com sutileza e elegância, por meio de um artifício muito simples, Angélica Freitas outra vez reconfigura as
estruturas sociais no que tange às relações de gênero. A mera substituição da expressão “os homens” por
“as mulheres” em três pontos-chave do texto – que qualquer leitor é capaz de identificar quais sejam –
provocam um processo reflexivo que fatalmente conduz à seguinte conclusão: as diferenças entre homens
e mulheres são absolutamente culturais, impositivas e artificiais.
É possível ainda dizer, e com o endosso de Freitas, que qualquer mulher é capaz de tornar-se homem,
caso assim o deseje – sem alusões a procedimentos cirúrgicos na Tailândia, neste caso.
“eu tive uma namorada
Que não queria
Me convencer de que
A vida era uma merda”
10. REFERÊNCIAS...
JORNALISMO JÚNIOR – USP – Samantha Prado em: http://jornalismojunior.com.br/um-
utero-e-do-tamanho-de-um-punho-e-o-que-mais-cabe-dizer-sobre-a-mulher-em-
linhas-tortas/
https://notaterapia.com.br/2018/03/12/5-poemas-e-1-video-poema-de-um-utero-e-
tamanho-de-um-punho-de-angelica-freitas/ - vídeo-poesia (fragmento da obra “Um
útero é do tamanho de um punho”)
PIETRANI, Anélia Montechiari. Questões de gênero e política da imaginação na poesia de
Angélica Freitas. Revista Fórum Identidades. Itabaiana – UFS, v. 14, jul/dez 2013.
FREITAS, Angélica. Rilke shake. São Paulo: Cosac Naify, 2007. ______. Um útero é do
tamanho de um punho. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
https://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=03222 - Angélica Freitas
Biblioteca Pública do Paraná -
http://www.candido.bpp.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1574