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Análise crítica da Sustentabilidade
e da Pegada Ecológica
III Workshop Internacional de Produção Mais Limpa
UNIP, SP, 19 de maio de 2011
Conteúdo desta apresentação
1. Um mapa mental da sustentabilidade
2. Sustentabilidade e a Ecologia de Sistemas
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Mapa mental: O tripé da sustentabilidade
Economia
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ambiente Sociedade
Empreendimento
Tripé da sustentabilidade
Economia
Recursos
renováveis
Recursos
fósseis
Subsídios
ocultos
Tripé da sustentabilidade
Meio
ambiente
Recursos
físicos
locais
BiodiversidadeQualidade da
atmosfera
Tripé da sustentabilidade
Tamanho da
população
Sociedade
Distribuição
espacial
Distribuição do poder
e do ingresso
Tripé da sustentabilidade
Economia
Meio
ambiente
Tamanho da
população
Recursos
físicos
Biodiversidade
Sociedade
Empreendimento
Atmosfera
Distribuição
espacial
Renováveis
Distribuição
do poder e o
ingresso
Fósseis
Subsídios
ocultos
Perda das bases da sustentabilidade
Tamanho da
população
Distribuição
do poder e o
ingresso
Recursos
físicos
Biodiversidade
Atmosfera
Renováveis
Fósseis
Economia
Meio
ambiente
Biodiversidade
Atmosfera
RenováveisFósseis
Subsídios
ocultos
Sociedade
Empreendimento
Distribuição
espacial
Sem o tripé da sustentabilidade
Economia
Meio
ambiente
Sociedade
Empreendimento
.. o sistema global pode colapsar!
Agora usando o
banquinho de 4 pés
Economia
Meio
ambiente
Sociedade
Controle social dos
investimentos e dos
empreendimentos existentes
Representação política efetiva
de todas as classes sociais
Dívida com os
processos
geológicos,
biológicos e
históricos
Representação
dos interesses
da natureza
Governança
Empreendimento
Sem representatividade democrática de todos os
componentes do sistema ...... a estrutura rui!
Economia
Meio
ambiente
Sociedade
Não adianta colocar banquinhos de 4 pés
se os suportes dos pés forem desiguais.
Governança
Empreendimento
O metabolismo social e sua interação
com os ecossistemas e a biosfera
usando a modelagem de sistemas
Diagrama = Síntese = modelo do
funcionamento
energético do
ecossistema
Finalidades:
• Avaliar o desempenho atual do sistema
• Estudar cenários de futuro simulando
no computador novos arranjos das
forças produtivas e destrutivas.
Modelagem de sistemas:
A perspectiva científica
da Ecologia de Sistemas:
Na natureza se estabelece
um sistema cíclico através
do qual se consegue o
equilíbrio dinâmico entre os
consumidores e seu meio.
Os sistemas de Produção
e Consumo podem ser
sustentáveis ... mais eles
devem ser auto-regulados.
O consumo depende da
capacidade natural de
produção .. que é limitada!
O consumo se limita!
Ecologia dos
sistemas naturais
Desenvolvimento do
ecossistema em uma
cadeia de transformação
de energia e recursos.
Os seres humanos estão
nos níveis superiores da
cadeia trófica.
Ecologia dos
sistemas humanos
que utilizam
energia fóssil
Como usam estoques
finitos e geram
impactos grandes:
existe a possibilidade
de colapso!
A sociedade de
consumo deve virar
uma sociedade
consciente!
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da economia urbana
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Estoques
biológicos
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de fora
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Renováveis
em centenas
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não- renováveis
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Estoques da
biosfera:
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biológicos
Estoques
energéticos
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Renováveis
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em centenas
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não- sustentável
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Civilização atual
Produtores
Estoques da
biosfera:
atmosfera,
minerais,
sedimentos
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biológicos
Estoques
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Consumidor
sustentável
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anualmente
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Consumidor
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Estoques da
biosfera:
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Cultura
humana
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Folha de São Paulo (26/09/2009 - 09h25)
www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u629600.shtml
“... pois ela está destruindo a estabilidade ambiental
que existe desde 10 mil anos atrás e criando uma
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excedidos!”
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2. A perda da biodiversidade;
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Limites de resiliência excedidos
Podem ultrapassar seus limites,
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Os pesquisadores, entre eles um premio
Nobel, nos alertam:
"Transgredir a barreira do ciclo do
nitrogênio e do fósforo pode erodir a
resiliência dos ecossistemas marinhos,
reduzindo sua capacidade de absorver CO2
... e tornando eles emissores de CO2"
O que fazer?
Prever as situações de risco e discutir as medidas
para solucionar esses problemas.
A2
A1
A3
A2: Área para fornecer serviços ambientais locais e regionais
A1: Área para alimentos, fibra, animais e produção de energia
A3: Área para absorção do impacto social e ambiental.
A produção rural exige um projeto de Engenharia Ecológica
A redução do consumo exige um novo modelo social
Ajustar ou acoplar a
biocapacidade (produção)
e a pegada (consumo)
É tempo de novas idéias:
Eco-Socialismo + Decrescimento +
Recuperação dos ecossistemas.
1. Rever e renovar os conceitos de valor
2. Reavaliar todos os sistemas
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de Produção, Consumo e Reciclagem
4. Recuperar os ecossistemas naturais
5. Redistribuir os meios de produção
6. Re-localizar os sistemas humanos
7. Reduzir as escalas e colaborar sadiamente
Como entra nisso tudo a
Pegada Ecológica?
Quanto espaço é utilizado
para produzir os bens do
consumo humano e
também para absorver o
impacto produzido?
Ferramenta de quantificação de recursos
PEGADA ECOLÓGICAPEGADA ECOLÓGICA
Quantos hectares de terra e mar
bioprodutivos estão disponíveis?
Áreas que fazem fotossíntese,
geram biomassa e absorvem
resíduos
PEGADA ECOLÓGICA
VANTAGENS LIMITAÇÕES
Conceito bastante didático
Permite a comparação entre
países
Não distingue os usos
renovável e não-renovável
Pode ser uma metodologia
aplicada a políticas públicas
Fatores de conversão levam em
conta produtividade baseada no
uso de não-renováveis
Ainda não é capaz de incorporar
serviços ecossistêmicos
Ela não explica como é possível que
o consumo (a pegada) seja maior
que a biocapacidade
PEGADA ECOLÓGICA
Biocapacidade:
9,9 gha/capita
Pegada (consumo):
2,1 gha/capita
Living Planet Report – WWF: utilizando a metodologia de
Wackernagel and Rees, 1996. Dados de 2005 para o Brasil
Cultivo: 0,55 gha/capita
Pastagem: 0,60 gha/capita
Madeira e lenha: 0,44 gha/capita
Pesca: 0,06 gha/capita
CO2: 0,37 gha/capita
Nuclear: 0,02 gha/capita
Urbana: 0,10 gha/capita
Cultivo: 0,86 gha/capita
Pastagem: 1,19 gha/capita
Floresta: 7,70 gha/capita
Pesca: 0,09 gha/capita
África
1,1
Ásia /
Pacífico
1,3
A.Latina
/ Caribe
2,0 O.Médio
/ Ásia
Central
2,2
O que está implícito na Pegada Ecológica?
União
Européia
4,8
América
do Norte
9,4
Média
Mundial
2,23
Europa
(Não-EU)
3,8
*
Valores em hectares globais por pessoa (gha/cap)
EUA (Pop: 294,0 mi)
EF: 9,6 gha/cap
Biocapacidade: 4,7 gha/cap
Brasil (Pop: 178,5 mi)
EF: 2,1 gha/cap
Biocapacidade: 9,9 gha/cap
México (Pop: 103,5 mi)
EF: 2,6 gha/cap
Biocapacidade: 1,7 gha/cap
China (Pop: 1,30 bi)
EF: 1,6 gha/cap
Biocapacidade: 0,8 gha/cap
India (Pop: 1,06 bi)
EF: 0,8 gha/cap
Biocapacidade: 0,4 gha/cap
Emirados Árabes Unidos (Pop: 3,0 mi)
EF: 11,9 gha/cap
Biocapacidade: 0,8 gha/cap
PEGADA ECOLÓGICA
Pegada Ecológica de outros países:
PEGADA ECOLÓGICA
Outros resultados para o Brasil:
2,1 gha/cap 9,9 gha/cap
(WWF, 2006 – metodologia convencional)
15,05 gha/cap 29,16 gha/cap
(Venetoulis and Talberth, 2009 – usando NPP para os cálculos)
41,88 gha/cap 62,24 gha/cap
(Síntese dos métodos de pegada ecológica e análise emergética para
diagnóstico da sustentabilidade de países: o Brasil como estudo de caso.
Lucas Gonçalves Pereira. Tese de Mestrado, FEA/Unicamp, SP, 2008.
Aceito para publicação na Ecological Indicators)
4,38 gha/cap 5,13 gha/cap
(Tese de doutorado em andamento: Análise Multiescala e Multicritério da
sustentabilidade ecológica brasileira. Lucas Gonçalves Pereira, 2011)
COMPARAÇÃO ENTRE INDICADORES
(1) EF - Ecological Footprint (Rees, 1992; Wackernagel and Rees, 1996)
(2) ESI - Environmental Sustainability Index (Samuel-Johnson and Esty,
2000)
(3) EMPIs - Emergy Performance Indices (Odum, 1996)
(3.1.) REN - Renewability
(3.2.) EmSI - Emergy Sustainability Index (Brown and Ulgiati, 1997)
Siche, JR; Agostinho, F; Ortega, E; Romeiro, A.
Sustainability of nations by indices:
Comparative study between environmental
sustainability index, ecological footprint and the
emergy performance indices. Ecological
Economics, 66: 628-637, 2008
COMPARAÇÃO ENTRE INDICADORES
Os indicadores que mostraram maior consistência
entre os três métodos avaliados foram a pegada
ecológica (EF) e a renovabilidade emergética (REN).
A Pegada Ecológica fornece resultados
coerentes porque é um método biofísico que se
baseia na comparação entre o “Consumo” e a
“Produção de Recursos”. Mas não utiliza
informações sobre a sustentabilidade (perda de
solo, consumo de água fresca, energia da
biomassa, desmatamento).
A Pegada Ecológica pode ser aprimorada com
procedimentos da Metodologia Emergética de
cálculo da renovabilidade parcial dos recursos.
É um indicador interessante, mas não consegue
fazer o diagnóstico completo!
Observações
Recursos
renováveis
Recursos
fósseis
Subsídios
ocultos
Recursos
físicos
locais
Biodiversidade
Qualidade da
atmosfera
Tamanho da
população
Distribuição
espacial
Distribuição
do poder e do
ingresso
Controle social dos
investimentos e dos
empreendimentos existentes
Representação política efetiva
de todas as classes sociais
Cuidado com
os processos
geológicos,
biológicos e
históricos
Representação
dos interesses
da natureza
A solução deve incluir as questões críticas:
Obrigado!
Dr. Enrique Ortega Rodríguez
Laboratório de Engenharia Ecológica,
FEA/Unicamp

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Revista Mawé
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Desmatamento, emissões e desmatamento evitado. É possivel manter a floresta e...
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Desenvolvimento Sustentável
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05 sustentabilidade&pegada ecologica

  • 1. Análise crítica da Sustentabilidade e da Pegada Ecológica III Workshop Internacional de Produção Mais Limpa UNIP, SP, 19 de maio de 2011
  • 2. Conteúdo desta apresentação 1. Um mapa mental da sustentabilidade 2. Sustentabilidade e a Ecologia de Sistemas 3. Os limites do crescimento 4. A modelagem e a contabilidade de ecossistemas para fins de diagnóstico. 6. Dados de estudos realizados na Unicamp 7. O que devemos levar em conta? 5. A quem interessa a sustentabilidade e que é contra?
  • 3. Mapa mental: O tripé da sustentabilidade Economia Meio ambiente Sociedade Empreendimento
  • 6. Tripé da sustentabilidade Tamanho da população Sociedade Distribuição espacial Distribuição do poder e do ingresso
  • 7. Tripé da sustentabilidade Economia Meio ambiente Tamanho da população Recursos físicos Biodiversidade Sociedade Empreendimento Atmosfera Distribuição espacial Renováveis Distribuição do poder e o ingresso Fósseis Subsídios ocultos
  • 8. Perda das bases da sustentabilidade Tamanho da população Distribuição do poder e o ingresso Recursos físicos Biodiversidade Atmosfera Renováveis Fósseis Economia Meio ambiente Biodiversidade Atmosfera RenováveisFósseis Subsídios ocultos Sociedade Empreendimento Distribuição espacial
  • 9. Sem o tripé da sustentabilidade Economia Meio ambiente Sociedade Empreendimento .. o sistema global pode colapsar!
  • 10. Agora usando o banquinho de 4 pés Economia Meio ambiente Sociedade Controle social dos investimentos e dos empreendimentos existentes Representação política efetiva de todas as classes sociais Dívida com os processos geológicos, biológicos e históricos Representação dos interesses da natureza Governança Empreendimento
  • 11. Sem representatividade democrática de todos os componentes do sistema ...... a estrutura rui! Economia Meio ambiente Sociedade Não adianta colocar banquinhos de 4 pés se os suportes dos pés forem desiguais. Governança Empreendimento
  • 12. O metabolismo social e sua interação com os ecossistemas e a biosfera usando a modelagem de sistemas
  • 13. Diagrama = Síntese = modelo do funcionamento energético do ecossistema Finalidades: • Avaliar o desempenho atual do sistema • Estudar cenários de futuro simulando no computador novos arranjos das forças produtivas e destrutivas. Modelagem de sistemas:
  • 14. A perspectiva científica da Ecologia de Sistemas: Na natureza se estabelece um sistema cíclico através do qual se consegue o equilíbrio dinâmico entre os consumidores e seu meio. Os sistemas de Produção e Consumo podem ser sustentáveis ... mais eles devem ser auto-regulados. O consumo depende da capacidade natural de produção .. que é limitada! O consumo se limita!
  • 15. Ecologia dos sistemas naturais Desenvolvimento do ecossistema em uma cadeia de transformação de energia e recursos. Os seres humanos estão nos níveis superiores da cadeia trófica.
  • 16. Ecologia dos sistemas humanos que utilizam energia fóssil Como usam estoques finitos e geram impactos grandes: existe a possibilidade de colapso! A sociedade de consumo deve virar uma sociedade consciente!
  • 17. Metabolismo Campo-Cidade Serviços ambientais Alimentos, fibra e energia Efluentes, emissões Resíduos Produtos e serviços da economia urbana Materiais não renováveis Maiores efluentes e emissões (produção industrial com novas entradas Serviços ambientais adicionais (população maior) Efluentes, emissões Áreas de vegetação nativa
  • 18. Fontes externas de energia (limitadas) Sumidouro de Energia Sistema da Biosfera Evolução da biosfera: etapa inicial Produtores Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques energéticos fósseis Consumidor sustentável Renováveis anualmente Minerais Materiais de fora Saída de materiais Renováveis em centenas ou milhares de anos Fluxos Estoques não- renováveis Fluxos de energia e materiais na Biosfera
  • 19. Fontes externas de energia (limitadas) Sumidouro de Energia Sistema da Biosfera Civilização urbana não industrial Produtores Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques energéticos fósseis Consumidor sustentável Renováveis anualmente Minerais Materiais de fora Saída de materiais Renováveis em centenas ou milhares de anos Consumidor não- sustentável Fluxos Estoques
  • 20. Fontes externas de energia (limitadas) Sumidouro de Energia Sistema da Biosfera Civilização atual Produtores Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques energéticos fósseis Consumidor sustentável Renováveis anualmente Minerais Materiais de fora Emissões e Resíduos Saída de materiais Renováveis em centenas ou milhares de anos Consumidor não- sustentável Fluxos Estoques
  • 21. Fontes externas de energia (limitadas) Sumidouro de Energia Sistema da Biosfera Situação inicial do reajuste Produtores Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Energias fósseis Consumidor sustentável Renováveis anualmente Minerais Materiais de fora Emissões e Resíduos Saída de materiais Não Renováveis Consumidor não- sustentávelFluxos Estoques decrescentes Transferência de pessoas e recursos Senescência “Decoupling” “Degrowth”
  • 22. Tempo Seres anaeróbicos e atmosfera ácida - 10 000 Desenvolvimento Sustentável De 0 até 4 bilhões de anos da Terra Gráfico das mudanças nos estoques da Biosfera Biodiversidade, imobilização de Carbono 1500 2000 2100 Transição Recuperação dos ecossistemas Crescimento humano em detrimento de outras espécies, ainda sem uso de energéticos fósseis Crescimento industrial Ajuste da população e mudança dos sistemas de produção e consumo opções Apostar no Crescimento Manter o sistema como esta hoje Recuperar a resiliência e a sustentabilidade por meio da ruralização ecológica homeostase extinção Seres aeróbicos, atmosfera neutra termo-regulada e com O2 colapso
  • 23. Minerais Energia fóssil Monoculturas Extração predatória Duas visões em conflito Cultura humana ecológica Sistemas agro-químicos Biodiver- sidade Cultura humana industrial Sistemas agroecológicos Erosão Resíduos Emissões Perdas sociais e biológicas Mudanças climáticas Reciclagem, manejo sustentável Maior impacto social, ambiental e climático Produtos químicos, maquinaria, diesel, subsídios Maior produção, menor preço, mais gente Lucro com custos ocultos
  • 24. Concentração de CO2 na atmosfera 280 300 320 340 360 380 400 420 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 ppmdeCO2 Em 4 anos? Tem que ocorrer uma inversão da tendência! Como? Com inovação transdisciplinar e trabalho junto aos movimentos sociais para gerar um modelo para o desenvolvimento sustentável baseado em SIPAES
  • 25. SIPAES: sistema integrado de produção de alimentos, energia e serviços ambientais Policultura Reflorestamento Integração
  • 26. Na revista Nature, cientistas dizem que a Humanidade esgota seu "espaço de operação" Folha de São Paulo (26/09/2009 - 09h25) www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u629600.shtml “... pois ela está destruindo a estabilidade ambiental que existe desde 10 mil anos atrás e criando uma crise com conseqüências catastróficas". “Os limites de resiliência do planeta estão sendo excedidos!”
  • 27. 1. A mudança climática (aquecimento global); 2. A perda da biodiversidade; 3. A alteração no ciclo do nitrogênio; Limites de resiliência excedidos Podem ultrapassar seus limites, Sem informação suficiente, Revertido aos valores pré-industriais. 4. A poluição química; 5. O lançamento de aerossóis na atmosfera; 6. O uso de água doce; 7. A mudança no uso dos espaços terrestres; 8. A acidificação dos oceanos; 9. A destruição do ozônio estratosférico.
  • 28. Os pesquisadores, entre eles um premio Nobel, nos alertam: "Transgredir a barreira do ciclo do nitrogênio e do fósforo pode erodir a resiliência dos ecossistemas marinhos, reduzindo sua capacidade de absorver CO2 ... e tornando eles emissores de CO2"
  • 30. Prever as situações de risco e discutir as medidas para solucionar esses problemas.
  • 31. A2 A1 A3 A2: Área para fornecer serviços ambientais locais e regionais A1: Área para alimentos, fibra, animais e produção de energia A3: Área para absorção do impacto social e ambiental. A produção rural exige um projeto de Engenharia Ecológica A redução do consumo exige um novo modelo social
  • 32. Ajustar ou acoplar a biocapacidade (produção) e a pegada (consumo)
  • 33. É tempo de novas idéias: Eco-Socialismo + Decrescimento + Recuperação dos ecossistemas. 1. Rever e renovar os conceitos de valor 2. Reavaliar todos os sistemas 3. Re-estruturar ecologicamente os sistemas de Produção, Consumo e Reciclagem 4. Recuperar os ecossistemas naturais 5. Redistribuir os meios de produção 6. Re-localizar os sistemas humanos 7. Reduzir as escalas e colaborar sadiamente
  • 34. Como entra nisso tudo a Pegada Ecológica?
  • 35. Quanto espaço é utilizado para produzir os bens do consumo humano e também para absorver o impacto produzido? Ferramenta de quantificação de recursos PEGADA ECOLÓGICAPEGADA ECOLÓGICA Quantos hectares de terra e mar bioprodutivos estão disponíveis? Áreas que fazem fotossíntese, geram biomassa e absorvem resíduos
  • 36. PEGADA ECOLÓGICA VANTAGENS LIMITAÇÕES Conceito bastante didático Permite a comparação entre países Não distingue os usos renovável e não-renovável Pode ser uma metodologia aplicada a políticas públicas Fatores de conversão levam em conta produtividade baseada no uso de não-renováveis Ainda não é capaz de incorporar serviços ecossistêmicos Ela não explica como é possível que o consumo (a pegada) seja maior que a biocapacidade
  • 37. PEGADA ECOLÓGICA Biocapacidade: 9,9 gha/capita Pegada (consumo): 2,1 gha/capita Living Planet Report – WWF: utilizando a metodologia de Wackernagel and Rees, 1996. Dados de 2005 para o Brasil Cultivo: 0,55 gha/capita Pastagem: 0,60 gha/capita Madeira e lenha: 0,44 gha/capita Pesca: 0,06 gha/capita CO2: 0,37 gha/capita Nuclear: 0,02 gha/capita Urbana: 0,10 gha/capita Cultivo: 0,86 gha/capita Pastagem: 1,19 gha/capita Floresta: 7,70 gha/capita Pesca: 0,09 gha/capita
  • 38. África 1,1 Ásia / Pacífico 1,3 A.Latina / Caribe 2,0 O.Médio / Ásia Central 2,2 O que está implícito na Pegada Ecológica? União Européia 4,8 América do Norte 9,4 Média Mundial 2,23 Europa (Não-EU) 3,8 * Valores em hectares globais por pessoa (gha/cap)
  • 39. EUA (Pop: 294,0 mi) EF: 9,6 gha/cap Biocapacidade: 4,7 gha/cap Brasil (Pop: 178,5 mi) EF: 2,1 gha/cap Biocapacidade: 9,9 gha/cap México (Pop: 103,5 mi) EF: 2,6 gha/cap Biocapacidade: 1,7 gha/cap China (Pop: 1,30 bi) EF: 1,6 gha/cap Biocapacidade: 0,8 gha/cap India (Pop: 1,06 bi) EF: 0,8 gha/cap Biocapacidade: 0,4 gha/cap Emirados Árabes Unidos (Pop: 3,0 mi) EF: 11,9 gha/cap Biocapacidade: 0,8 gha/cap PEGADA ECOLÓGICA Pegada Ecológica de outros países:
  • 40. PEGADA ECOLÓGICA Outros resultados para o Brasil: 2,1 gha/cap 9,9 gha/cap (WWF, 2006 – metodologia convencional) 15,05 gha/cap 29,16 gha/cap (Venetoulis and Talberth, 2009 – usando NPP para os cálculos) 41,88 gha/cap 62,24 gha/cap (Síntese dos métodos de pegada ecológica e análise emergética para diagnóstico da sustentabilidade de países: o Brasil como estudo de caso. Lucas Gonçalves Pereira. Tese de Mestrado, FEA/Unicamp, SP, 2008. Aceito para publicação na Ecological Indicators) 4,38 gha/cap 5,13 gha/cap (Tese de doutorado em andamento: Análise Multiescala e Multicritério da sustentabilidade ecológica brasileira. Lucas Gonçalves Pereira, 2011)
  • 41. COMPARAÇÃO ENTRE INDICADORES (1) EF - Ecological Footprint (Rees, 1992; Wackernagel and Rees, 1996) (2) ESI - Environmental Sustainability Index (Samuel-Johnson and Esty, 2000) (3) EMPIs - Emergy Performance Indices (Odum, 1996) (3.1.) REN - Renewability (3.2.) EmSI - Emergy Sustainability Index (Brown and Ulgiati, 1997) Siche, JR; Agostinho, F; Ortega, E; Romeiro, A. Sustainability of nations by indices: Comparative study between environmental sustainability index, ecological footprint and the emergy performance indices. Ecological Economics, 66: 628-637, 2008
  • 42. COMPARAÇÃO ENTRE INDICADORES Os indicadores que mostraram maior consistência entre os três métodos avaliados foram a pegada ecológica (EF) e a renovabilidade emergética (REN).
  • 43. A Pegada Ecológica fornece resultados coerentes porque é um método biofísico que se baseia na comparação entre o “Consumo” e a “Produção de Recursos”. Mas não utiliza informações sobre a sustentabilidade (perda de solo, consumo de água fresca, energia da biomassa, desmatamento). A Pegada Ecológica pode ser aprimorada com procedimentos da Metodologia Emergética de cálculo da renovabilidade parcial dos recursos. É um indicador interessante, mas não consegue fazer o diagnóstico completo! Observações
  • 44. Recursos renováveis Recursos fósseis Subsídios ocultos Recursos físicos locais Biodiversidade Qualidade da atmosfera Tamanho da população Distribuição espacial Distribuição do poder e do ingresso Controle social dos investimentos e dos empreendimentos existentes Representação política efetiva de todas as classes sociais Cuidado com os processos geológicos, biológicos e históricos Representação dos interesses da natureza A solução deve incluir as questões críticas:
  • 45. Obrigado! Dr. Enrique Ortega Rodríguez Laboratório de Engenharia Ecológica, FEA/Unicamp