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INTRODUÇÃO ÀS BEM – AVENTURANÇAS
Extraído/resumido/adaptado de “Estudos no Sermão do Monte”
Martyn Lloyde-Jones – Editora Fiel
1. Comecemos lendo o texto bíblico: “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e,
assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os
ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos
céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bemaventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm
fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os
misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de
coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por
causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando
vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha
causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque
assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mateus 5:1-12 BRP)
2. Bem-aventurados = “felizes”.
3. Poderíamos dizer: “verdadeiramente felizes”
4. O texto que temos diante de nós é uma descrição do crente em suas características
ou qualidades essenciais. O “crente” é assim, e, por ser assim, ele é verdadeiramente
feliz.
5. O grande alvo da humanidade é ser feliz. O mundo inteiro anela obter a felicidade.
Mas... quão trágico é observar como e onde as pessoas a estão procurando.
6. A grande maioria das pessoas busca a felicidade de uma maneira que essa busca só
produz infortúnio (desventura, infelicidade). Qualquer coisa que, mediante a evasão
das dificuldades, meramente torne as pessoas felizes por curto prazo, em última
análise só tende por intensificar a miséria e os problemas que elas enfrentam. E é aí
que entra o caráter totalmente enganador do pecado – sempre oferecendo felicidade,
mas sempre conduzindo à infelicidade.
7. No sermão do monte, entretanto, no início do mesmo, Jesus aponta o caminho certo
para quem quer ser realmente feliz. Somente os “bem –aventurados”, estes que Jesus
descreve aqui, é que são realmente felizes.
8. Estaremos estudando as bem-aventuranças de maneira detalhada, mas aqui, neste
presente estudo, estaremos fazendo uma análise geral, traçando algumas
considerações gerais.
9. Vamos a elas:
I. Todos os Crentes Devem Ser Assim
1. Nas bem-aventuranças Jesus descreve como todos os crentes deveriam ser. Ele não
descreve ali algum crente excepcionalmente virtuoso. Jesus não disse, em momento
algum, que estaria descrevendo certos personagens notáveis que podem existir neste
mundo. Ele estava descrevendo como deve ser todo e qualquer dos seus seguidores.
2. Não temos aqui uma descrição dos Hudson Taylors, dos George Müllers, dos
Whitefields, dos Wesleys ou dos apóstolos, pastores, mestres... Não! Temos aqui uma
descrição de todo e qualquer crente.
3. Quando estivermos estudando as bem-aventuranças, uma a uma, lembre-se disso e
diga a si mesmo: “EU devo ser assim”.
II. Espera-se de Todos os Crentes Que Manifestem Todas Essas Qualidades
1. Os irmãos entenderam a afirmação? – TODOS devem manifestar TODAS...
2. Não podemos ficar pensando que alguns há que vão ser mansos, outros humildes de
espírito, outros pacificadores... Não! Cada crente deve manifestar TODAS essas
qualidades.
3. E, na verdade, os irmãos perceberão quando estudarmos pormenorizadamente cada
uma das bem-aventuranças, que uma subentende a outra. Por exemplo, os irmãos
perceberão que:
a. ninguém pode ser “humilde de espírito” sem também “chorar”, no sentido
apresentado pelo texto bíblico;
b. ninguém pode “chorar”, sem ter “fome e sede” de justiça;
c. e ninguém pode ter essa atitude se também não for “manso” e “pacificador”.
... Então “uma chama a outra”, e o crente verdadeiro há de se descobrir possuidor
de todas essas características.
4. É verdade que enquanto aqui neste mundo, enquanto ainda não somos perfeitos, em
alguns crentes algumas qualidades se manifestam mais intensamente e outras menos
intensamente do que em outros. Mas essas qualidades devem estar todas elas
presentes no crente. As proporções relativas podem variar, mas todas elas estão
presentes no crente.
III. Nenhuma Dessas Descrições Refere-se Àquilo Que Poderíamos Chamar de
Tendências Naturais.
1. Essa é uma questão muito sutil, pois é fato que algumas pessoas reconhecidamente
não crentes em Jesus parecem ser tão “humildes de espírito”, outras tão “mansas”,
outras tão “misericordiosas”, “pacificadoras”... Mas, quando estivermos estudando as
bem-aventuranças em seus pormenores perceberemos que as qualidades ali
apresentadas não são qualidades naturais, mas uma disposição produzida pela graça
divina.
IV. Essas Descrições Demonstram Claramente Que o Crente e o Incrédulo São
Essencialmente Diferentes
1. Uma das grandes necessidades da igreja hoje é compreender essa diferença.
2. As distinções entre os crentes e os incrédulos nos dias atuais estão meio que
nubladas. A linha divisória já não é mais tão distinta como costumava ser. E a razão
está no fato de que o mundo tem entrado na igreja, a igreja tem se mundanizado.
3. Alguns há que têm apregoado que a igreja precisa se tornar mais atrativa para quem
está do lado de fora, e a idéia é a de que temos que nos tornar o máximo possível
parecidos com eles.
4. Mas a Bíblia não diz o contrário? Veja Romanos 12.1-2 e depois Romanos 8.29. Nós
temos que nos parecer com Cristo, e fato é que quanto mais nos tornarmos parecidos
com Cristo mais diferentes seremos dos que não são crentes.
5. Vejamos três exemplos:
a. O crente e o incrédulo são totalmente diferentes quanto àquilo que admiram.
i. Por exemplo, o crente admira quem é “humilde de espírito”, ao passo
que os filósofos gregos desprezavam a humildade, e todos que seguem
essa filosofia também desprezam a humildade de espírito. E são muitos
que a seguem – acreditam na auto-confiança, na auto-expressão, no ser
“dono do próprio nariz”. Mas o crente acredita em ser humilde de espírito.
b. Existe diferença entre aquilo que o crente e o incrédulo buscam.
i. “Bem-aventurados os que têm fome e sede...”
1. Do que?
2. De riquezas, de dinheiro, de posição social, de fama?
3. De modo nenhum; mas “... de justiça”.
4. Ora, a justiça aqui referida consiste em nos encontrarmos em
boas relações com Deus. Consideremos um indivíduo qualquer,
que não se afirme crente e nem esteja interessado pelo
cristianismo. Procure-se descobrir o que ele realmente quer e
busca...
c. Os incrédulos são absolutamente diferentes dos crentes naquilo que em geral
fazem, como fazem e porque fazem.
V. Fica Mais Que Claro Que o Crente e o Incrédulo Pertencem a Dois Reinos
Inteiramente Diversos.
1. Observe que a primeira e a última das bem-aventuranças prometem a mesma
recompensa: “... porque deles é o reino dos céus”.
2. Que significa isso?
3. Nosso Senhor começou e encerrou as bem-aventuranças com esse informe,
porquanto queria dizer que a primeira coisa que nos convém perceber, a respeito de
nós mesmos, é que pertencemos a outro reino que não o deste mundo. Os crentes
não são diferentes dos incrédulos somente quanto à essência; mas também são
pessoas que vivem, ao mesmo tempo, em dois mundos diferentes. O crente está no
mundo, mas não pertence a este mundo. É fato que o crente vive entre as pessoas
deste mundo; mas também é fato que ele é cidadão de um outro reino. Esta é a
questão vital estabelecida nesta passagem, da primeira à última linha.
4. Pertencer ao reino dos céus significa que, mesmo estando neste mundo, a nossa
obediência é ao poder vindouro, e sob as suas determinações é que vivemos.
5. Aos Filipenses Paulo escreveu: “... a nossa cidade está nos céus, donde também
esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo
abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de
sujeitar também a si todas as coisas. Portanto, meus amados e mui queridos irmãos,
minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados.” (Filipenses 3:20-4:1
RC)
===========================
Essas são apenas algumas considerações gerais sobre as bem-aventuranças. No
próximo estudo começaremos a analisar as mesmas de forma mais detalhada. Por ora,
paremos aqui, e que Deus nos abençoe.
Extraído/resumido/adaptado de “Estudos no Sermão do Monte”
Martyn Lloyde-Jones – Editora Fiel
Parque Imperatriz – Novembro de 2011
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Estudos no Sermão do Monte - 01 introdução às bem - aventuranças

  • 1. INTRODUÇÃO ÀS BEM – AVENTURANÇAS Extraído/resumido/adaptado de “Estudos no Sermão do Monte” Martyn Lloyde-Jones – Editora Fiel 1. Comecemos lendo o texto bíblico: “E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; Bemaventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus; Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mateus 5:1-12 BRP) 2. Bem-aventurados = “felizes”. 3. Poderíamos dizer: “verdadeiramente felizes” 4. O texto que temos diante de nós é uma descrição do crente em suas características ou qualidades essenciais. O “crente” é assim, e, por ser assim, ele é verdadeiramente feliz. 5. O grande alvo da humanidade é ser feliz. O mundo inteiro anela obter a felicidade. Mas... quão trágico é observar como e onde as pessoas a estão procurando. 6. A grande maioria das pessoas busca a felicidade de uma maneira que essa busca só produz infortúnio (desventura, infelicidade). Qualquer coisa que, mediante a evasão das dificuldades, meramente torne as pessoas felizes por curto prazo, em última análise só tende por intensificar a miséria e os problemas que elas enfrentam. E é aí que entra o caráter totalmente enganador do pecado – sempre oferecendo felicidade, mas sempre conduzindo à infelicidade. 7. No sermão do monte, entretanto, no início do mesmo, Jesus aponta o caminho certo para quem quer ser realmente feliz. Somente os “bem –aventurados”, estes que Jesus descreve aqui, é que são realmente felizes. 8. Estaremos estudando as bem-aventuranças de maneira detalhada, mas aqui, neste presente estudo, estaremos fazendo uma análise geral, traçando algumas considerações gerais. 9. Vamos a elas: I. Todos os Crentes Devem Ser Assim 1. Nas bem-aventuranças Jesus descreve como todos os crentes deveriam ser. Ele não descreve ali algum crente excepcionalmente virtuoso. Jesus não disse, em momento algum, que estaria descrevendo certos personagens notáveis que podem existir neste mundo. Ele estava descrevendo como deve ser todo e qualquer dos seus seguidores. 2. Não temos aqui uma descrição dos Hudson Taylors, dos George Müllers, dos Whitefields, dos Wesleys ou dos apóstolos, pastores, mestres... Não! Temos aqui uma descrição de todo e qualquer crente. 3. Quando estivermos estudando as bem-aventuranças, uma a uma, lembre-se disso e diga a si mesmo: “EU devo ser assim”. II. Espera-se de Todos os Crentes Que Manifestem Todas Essas Qualidades
  • 2. 1. Os irmãos entenderam a afirmação? – TODOS devem manifestar TODAS... 2. Não podemos ficar pensando que alguns há que vão ser mansos, outros humildes de espírito, outros pacificadores... Não! Cada crente deve manifestar TODAS essas qualidades. 3. E, na verdade, os irmãos perceberão quando estudarmos pormenorizadamente cada uma das bem-aventuranças, que uma subentende a outra. Por exemplo, os irmãos perceberão que: a. ninguém pode ser “humilde de espírito” sem também “chorar”, no sentido apresentado pelo texto bíblico; b. ninguém pode “chorar”, sem ter “fome e sede” de justiça; c. e ninguém pode ter essa atitude se também não for “manso” e “pacificador”. ... Então “uma chama a outra”, e o crente verdadeiro há de se descobrir possuidor de todas essas características. 4. É verdade que enquanto aqui neste mundo, enquanto ainda não somos perfeitos, em alguns crentes algumas qualidades se manifestam mais intensamente e outras menos intensamente do que em outros. Mas essas qualidades devem estar todas elas presentes no crente. As proporções relativas podem variar, mas todas elas estão presentes no crente. III. Nenhuma Dessas Descrições Refere-se Àquilo Que Poderíamos Chamar de Tendências Naturais. 1. Essa é uma questão muito sutil, pois é fato que algumas pessoas reconhecidamente não crentes em Jesus parecem ser tão “humildes de espírito”, outras tão “mansas”, outras tão “misericordiosas”, “pacificadoras”... Mas, quando estivermos estudando as bem-aventuranças em seus pormenores perceberemos que as qualidades ali apresentadas não são qualidades naturais, mas uma disposição produzida pela graça divina. IV. Essas Descrições Demonstram Claramente Que o Crente e o Incrédulo São Essencialmente Diferentes 1. Uma das grandes necessidades da igreja hoje é compreender essa diferença. 2. As distinções entre os crentes e os incrédulos nos dias atuais estão meio que nubladas. A linha divisória já não é mais tão distinta como costumava ser. E a razão está no fato de que o mundo tem entrado na igreja, a igreja tem se mundanizado. 3. Alguns há que têm apregoado que a igreja precisa se tornar mais atrativa para quem está do lado de fora, e a idéia é a de que temos que nos tornar o máximo possível parecidos com eles. 4. Mas a Bíblia não diz o contrário? Veja Romanos 12.1-2 e depois Romanos 8.29. Nós temos que nos parecer com Cristo, e fato é que quanto mais nos tornarmos parecidos com Cristo mais diferentes seremos dos que não são crentes. 5. Vejamos três exemplos: a. O crente e o incrédulo são totalmente diferentes quanto àquilo que admiram. i. Por exemplo, o crente admira quem é “humilde de espírito”, ao passo que os filósofos gregos desprezavam a humildade, e todos que seguem essa filosofia também desprezam a humildade de espírito. E são muitos que a seguem – acreditam na auto-confiança, na auto-expressão, no ser “dono do próprio nariz”. Mas o crente acredita em ser humilde de espírito.
  • 3. b. Existe diferença entre aquilo que o crente e o incrédulo buscam. i. “Bem-aventurados os que têm fome e sede...” 1. Do que? 2. De riquezas, de dinheiro, de posição social, de fama? 3. De modo nenhum; mas “... de justiça”. 4. Ora, a justiça aqui referida consiste em nos encontrarmos em boas relações com Deus. Consideremos um indivíduo qualquer, que não se afirme crente e nem esteja interessado pelo cristianismo. Procure-se descobrir o que ele realmente quer e busca... c. Os incrédulos são absolutamente diferentes dos crentes naquilo que em geral fazem, como fazem e porque fazem. V. Fica Mais Que Claro Que o Crente e o Incrédulo Pertencem a Dois Reinos Inteiramente Diversos. 1. Observe que a primeira e a última das bem-aventuranças prometem a mesma recompensa: “... porque deles é o reino dos céus”. 2. Que significa isso? 3. Nosso Senhor começou e encerrou as bem-aventuranças com esse informe, porquanto queria dizer que a primeira coisa que nos convém perceber, a respeito de nós mesmos, é que pertencemos a outro reino que não o deste mundo. Os crentes não são diferentes dos incrédulos somente quanto à essência; mas também são pessoas que vivem, ao mesmo tempo, em dois mundos diferentes. O crente está no mundo, mas não pertence a este mundo. É fato que o crente vive entre as pessoas deste mundo; mas também é fato que ele é cidadão de um outro reino. Esta é a questão vital estabelecida nesta passagem, da primeira à última linha. 4. Pertencer ao reino dos céus significa que, mesmo estando neste mundo, a nossa obediência é ao poder vindouro, e sob as suas determinações é que vivemos. 5. Aos Filipenses Paulo escreveu: “... a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas. Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados.” (Filipenses 3:20-4:1 RC) =========================== Essas são apenas algumas considerações gerais sobre as bem-aventuranças. No próximo estudo começaremos a analisar as mesmas de forma mais detalhada. Por ora, paremos aqui, e que Deus nos abençoe. Extraído/resumido/adaptado de “Estudos no Sermão do Monte” Martyn Lloyde-Jones – Editora Fiel Parque Imperatriz – Novembro de 2011 Muqui – Agosto de 2012