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Nota: Exceto quando registrados de outra forma, as comparações expressas por meio de variações percentuais têm por base o mesmo período de 2019.
Z
Destaques do 1T20
Forte crescimento do resultado operacional,
apesar da queda dos volumes
▪ Receitas: R$1.092,6 milhões, redução de 14,7% em relação ao 1T19,
sendo que a queda de 24,2% dos volumes foi parcialmente mitigada pela
desvalorização cambial e aumento da participação de produtos usinados
e em CGI;
▪ Resultado operacional: lucro bruto de R$192,6 milhões, crescimento de
12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem de
17,6%, vs 13,4% no 1T19. O lucro operacional (antes de impairments)
aumentou 38,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior,
resultado decorrente de inúmeras iniciativas implementadas pela nova
estrutura, nos últimos 12 meses;
▪ EBITDA Ajustado: R$164,6 milhões, aumento de 20,2%, com margem de
15,1% (crescimento de 440 pontos-base vs 1T19);
▪ Lucro Líquido: prejuízo de R$207,5 milhões, decorrente de (i) impairment
de ativos intangíveis (R$34,4 milhões); (ii) marcação a mercado de
instrumentos derivativos utilizados no cálculo de créditos da Eletrobrás e
operações de hedge (R$193,6 milhões, líquido da variação cambial
positiva nas contas do balanço); e (iii) variação cambial sobre impostos
diferidos das operações no México, sem efeito caixa (R$70,1 milhões);
▪ Posição de caixa: R$1.365,0 milhões, aumento de R$524,9 milhões em
relação a 31 de dezembro de 2019, impactado pela captação de
empréstimos bancários e variação cambial sobre o caixa em moeda
estrangeira.
Teleconferência de
resultados
Data: 30/06/2020
Português/Inglês
11h00 (Brasília) / 10h00 (EST)
Dial in Brasil: +55 11 3181-8565
Dial in Brasil: +55 11 4210-1803
Dial in EUA: +1 412 717-9627
Toll free EUA: + 1 844 204-8942
Código: Tupy
Site: www.tupy.com.br/ri
Relações com Investidores
Thiago Fontoura Struminski
VP de Finanças e Administração
Diretor de Relações com Investidores
Hugo Zierth
Gerente de RI
Renan Oliveira
Analista de RI
dri@tupy.com.br
+55 (11) 2763-7844
TUPY S.A. | Release 2
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Os desdobramentos da pandemia de COVID-19 evoluíram rápido e a prioridade da Tupy foi preservar
a saúde e segurança dos nossos funcionários e comunidades nas quais estamos inseridos, bem como
implementar um conjunto de ações para preservar a posição financeira sólida da Companhia.
A intensidade dessa crise mostrou, mais uma vez, que empresas com governança, gestão de riscos e
disciplina financeira têm mais condições de atravessar momentos como esse. Os clientes, por sua vez,
valorizarão cada vez mais esses atributos em suas decisões, dados os possíveis impactos nas cadeias
globais de fornecimento. Ter um mapeamento claro dos riscos que permeiam toda a Companhia e um
comitê de crise organizado e atuante fez a diferença para que pudéssemos, rapidamente, elencar
nossas prioridades e nos antecipar às medidas a serem adotadas.
Iniciamos 2020 com excelente desempenho operacional e, mesmo com as últimas três semanas do
trimestre sendo impactadas pela pandemia e importante redução de volume, concluímos o período
com grandes avanços em indicadores de eficiência fabril e das atividades de Compras. Estes resultados,
tanto no Brasil quanto no México, refletem o amadurecimento do sistema operacional, dos novos
processos adotados e, principalmente, o desempenho do nosso time, incluindo os novos talentos
incorporados à Tupy.
Em resposta à redução de demanda e às paradas bruscas das operações de nossos clientes em todo o
mundo, acionamos os nossos anéis de defesa, um conjunto amplo de ações pré-definidas para reduzir
custos e preservar o caixa da Companhia, destacando-se:
1. Flexibilização da produção, com transferência de produtos entre linhas;
2. Redução de jornadas e salários e suspensão temporária de contratos de trabalho;
3. Suspensão temporária de investimentos, excetuando aqueles vinculados à segurança do
trabalho e ao meio ambiente;
4. Redução em contratos de serviços;
5. Criação de torres de controle para avaliar todas as despesas;
6. Incremento da posição de caixa em aproximadamente 494 milhões de reais, após termos
encerrado 2019 com uma posição de caixa de 840 milhões de reais e com a dívida com
vencimento majoritariamente em 2024.
Nossos clientes são grandes players globais do setor de bens de capital, ou seja, fabricantes de
máquinas, veículos e equipamentos que servem aos setores de transporte de carga, em todos os
modais, infraestrutura, agronegócio e geração de energia. Por isso, temos que garantir que o possível
descasamento geográfico na cadeia de valor, causado pelo comportamento diferenciado da pandemia
em cada região, não resulte em desabastecimento ou em altos custos logísticos. Assim, aumentamos
estoques de produtos acabados e procuramos mantê-los próximos dos nossos clientes.
Apesar do aumento temporário do capital de giro, essas iniciativas de mitigação de riscos são
necessárias para garantir a produção de equipamentos essenciais para o enfrentamento do novo
Coronavírus e que têm um papel fundamental na recuperação da economia global. São produtos que
contribuem com a qualidade de vida das pessoas, promovendo o acesso à saúde, ao saneamento
básico, à água potável, à produção e distribuição de alimentos e mercadorias.
TUPY S.A. | Release 3
Desde março, nossos colaboradores que fazem parte do grupo de risco e mães com filhos menores de
10 anos estão afastados, de forma a garantir seu isolamento social. Em todas as operações, revisamos
a configuração dos fluxos produtivos e áreas comuns, em acordo com as recomendações das entidades
de saúde. No Brasil, retomamos gradativamente a partir de abril e, no México, a partir de maio.
Essas ações não podem ser dissociadas da sustentabilidade do ecossistema das comunidades nas quais
vivemos, atuamos e ocupamos o nosso papel de liderança. Investimos em múltiplas ações e buscamos
outras empresas e voluntários para enfrentar o Coronavírus conosco. Para contribuir com o sistema
público de saúde, criamos em nossa sede recreativa, em parceria com o governo municipal de Joinville,
o Centro de Triagem e Testagem COVID-19, que tem capacidade para atender 150 pessoas/hora. Desta
forma, evitamos a superlotação em hospitais, que podem se dedicar ao tratamento dos casos
confirmados.
Além disso, no Brasil e no México, doamos alimentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI),
fabricamos equipamentos hospitalares e compartilhamos conhecimento – o nosso time de TI
estabeleceu parceira com a secretaria de saúde para desenvolver uma plataforma de coleção e
tratamento de dados de hospitalização e incidência da doença. Assim, facilitamos o sistema de
informações local e colaboramos com decisões mais rápidas e eficientes das autoridades locais.
Quando olhamos para o futuro, há ainda muitas incertezas, pois, nunca passamos por uma crise desta
natureza, mas sabemos que seus efeitos terão consequências duradouras no comportamento das
pessoas e na forma de fazer negócios. Provavelmente, observaremos uma mudança no perfil do
consumo, por exemplo, com o crescimento do comércio eletrônico, que depende de centros de
distribuição e gera demanda para novas construções, equipamentos de movimentação de materiais e
veículos de distribuição.
A pandemia também tem trazido à tona muitos problemas que não estavam na pauta de discussão e
que não respeitam fronteiras territoriais. Questões relacionadas ao saneamento básico, água potável,
hospitais e infraestrutura que permita uma condição de vida digna demandarão investimentos em
todo o mundo. São esses movimentos e a necessidade ainda mais latente de que haja recursos
direcionados ao que é essencial à sociedade que mantêm a nossa crença de que o “novo normal” nos
trará oportunidades nos diversos setores em que estamos presentes
Temos uma longa caminhada pela frente e sou muito grato pelo apoio que recebemos de nossos
acionistas, Conselho de Administração e de um time bastante unido e preparado.
Em casa ou no trabalho, #somostodosTupy.
TUPY S.A. | Release 4
SÍNTESE DE RESULTADOS
Consolidado (R$ Mil)
RESUMO 1T20 1T19 Var. [%]
Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7%
Custo dos produtos vendidos (900.002) (1.110.440) -19,0%
Lucro Bruto 192.562 171.089 12,6%
% sobre as Receitas 17,6% 13,4%
Despesas operacionais (99.841) (97.083) 2,8%
Outras despesas operacionais (27.326) (26.784) 2,0%
Lucro Operacional 65.395 47.222 38,5%
Impairments (34.400) - -
Lucro antes do Resultado Financ. 30.995 47.222 -34,4%
% sobre as Receitas 2,8% 3,7%
Resultado financeiro líquido (218.491) 13.246 -
Lucro antes dos Efeitos Fiscais (187.496) 60.468 -
% sobre as Receitas - 4,7%
Imposto de renda e contrib. social (20.021) 19.974 -
Lucro Líquido (207.517) 80.442 -
% sobre as Receitas - 6,3%
EBITDA (Inst. CVM 527/12) 115.931 125.378 -7,5%
% sobre as Receitas 10,6% 9,8%
EBITDA Ajustado 164.567 136.947 20,2%
% sobre as Receitas 15,1% 10,7%
Taxa de câmbio média (BRL/USD) 4,47 3,77 18,5%
Taxa de câmbio média (BRL/EUR) 4,92 4,28 15,0%
TUPY S.A. | Release 5
VOLUME FÍSICO DE VENDAS
Consolidado (ton)
1T20 1T19 Var. [%]
Mercado Interno 19.965 29.660 -32,7%
Transporte, Infraestrutura & Agricultura 17.495 26.274 -33,4%
Hidráulico 2.470 3.386 -27,1%
Mercado Externo 91.177 116.972 -22,1%
Transporte, Infraestrutura & Agricultura 89.171 114.596 -22,2%
Hidráulico 2.005 2.377 -15,6%
Vendas Físicas Totais 111.141 146.632 -24,2%
As vendas foram afetadas principalmente a partir da metade de mês março pela redução dos pedidos
dos clientes no Brasil e exterior ocasionada pela pandemia de COVID-19 e seus reflexos na demanda,
sendo que diversos clientes paralisaram suas unidades produtivas ao longo do mês com o intuito de
proteger os seus funcionários.
O volume físico de vendas do 1T20 recuou 24,2% ante o 1T19, afetado sobretudo pelos seguintes
fatores:
▪ Redução de 33,4% das vendas no segmento de Transporte, Infraestrutura & Agricultura no
mercado interno, decorrente, principalmente, da redução das exportações indiretas e phase
out de produtos já contemplados no planejamento da Companhia;
▪ Queda de 22,2% das vendas no mercado externo nos segmentos de Transporte, Infraestrutura
& Agricultura, refletindo principalmente além dos efeitos da pandemia, o desempenho de
aplicações off-road, ocasionada pela postergação de investimentos decorrente de incertezas
políticas, bem como paradas temporárias para manutenção em linhas de produção de alguns
clientes.
▪ No segmento de Hidráulica, reduções de 27,1% e 15,6%, nos mercados interno e externo,
respectivamente, reflexo da estratégia de recomposição de preços e de preocupações com o
cenário político e impactos da COVID-19 no Brasil e no exterior.
TUPY S.A. | Release 6
Aumento de participação de produtos em ferro vermicular (CGI – Compacted Graphite Iron) e
usinagem:
▪ A carteira do segmento de Transporte, Infraestrutura & Agricultura foi constituída por 25% de
produtos, parcial ou totalmente usinados (vs 23% no 1T19). A distribuição dos produtos, por
tipo de material, aponta para 23% de volume de vendas de produtos em ferro vermicular
(CGI), sendo que, no 1T19, esse percentual foi de 20%.
O aumento das participações reflete a estratégia comercial da Companhia de ampliar a presença na
cadeia global de fornecimento por meio da oferta de produtos e serviços de alto valor agregado.
RECEITAS
As receitas apresentaram uma redução de 14,7%, sendo que a receita/kg aumentou 12,5% na
comparação com o 1T19.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var.[%]
Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7%
Mercado Interno 174.405 237.268 -26,5%
Participação % 16,0% 18,5%
Mercado Externo 918.159 1.044.261 -12,1%
Participação % 84,0% 81,5%
Receitas por segmento 1.092.564 1.281.529 -14,7%
Transporte, Infraestrutura & Agricultura 1.048.185 1.233.695 -15,0%
Participação % 95,9% 96,3%
Hidráulica 44.379 47.834 -7,2%
Participação % 4,1% 3,7%
TUPY S.A. | Release 7
Receitas por mercado de atuação e evolução no período
No 1T20, 66,9% das receitas tiveram origem na América do Norte. Por sua vez, as Américas do Sul e
Central representaram 16,8% e a Europa, 13,0%. Os demais 3,3% provieram da Ásia, África e Oceania.
É importante destacar que diversos clientes localizados nos Estados Unidos exportam seus produtos
para inúmeros países. Desta forma, uma parcela relevante das vendas para esta região atende à
demanda global por veículos comerciais, máquinas e equipamentos.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var. [%]
Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7%
Mercado Interno 174.405 237.268 -26,5%
Transporte, Infraestrutura & Agricultura 149.406 206.372 -27,6%
Carros de passeio 35.764 46.091 -22,4%
Veículos comerciais 91.240 137.073 -33,4%
Off-road 22.402 23.208 -3,5%
Hidráulica 24.999 30.896 -19,1%
Mercado Externo 918.159 1.044.261 -12,1%
Transporte, Infraestrutura & Agricultura 898.779 1.027.323 -12,5%
Carros de passeio 45.941 54.419 -15,6%
Veículos comerciais leves 427.190 485.893 -12,1%
Veículos comerciais médios e pesados 194.065 204.835 -5,3%
Off-road 231.583 282.177 -17,9%
Hidráulica 19.380 16.938 14,4%
Nota: A divisão entre aplicações considera nossa melhor inferência para casos onde um mesmo produto está em duas aplicações.
TUPY S.A. | Release 8
MERCADO INTERNO (MI)
Carros de passeio
As receitas de vendas para esta aplicação registraram queda de 22,4% no trimestre em relação ao
mesmo período do ano anterior, refletindo a redução da produção de veículos leves no Brasil ao longo
dos meses de fevereiro e março, bem como o phase out de produtos, já contemplado no planejamento
da Companhia.
Veículos Comerciais
As receitas oriundas de aplicações para veículos comerciais apresentaram recuo de 33,4% em
comparação ao mesmo período do ano anterior, decorrente da redução de exportações indiretas para
o mercado europeu, refletindo o impacto da pandemia na região, bem como de aplicações que são
utilizadas em caminhões Classe 8 nos Estados Unidos. Observou-se também a paralisação prolongada
de um cliente devido problemas operacionais em uma das suas plantas, com consequente queda na
demanda.
TUPY S.A. | Release 9
Off-road
As receitas da Tupy com vendas para máquinas e veículos fora-de-estrada recuaram 3,5% no 1T20,
devido principalmente à queda das exportações indiretas para os mercados europeu e norte-
americano. Esse efeito foi mitigado pela desvalorização do Real ante o Dólar, dado que alguns
contratos apresentam receita em moeda estrangeira.
Hidráulica
Durante o primeiro trimestre de 2020, as receitas de vendas no segmento de Hidráulica apresentaram
redução de 19,1% em relação ao mesmo período de 2019. A queda dos volumes decorrente de um
cenário de incertezas, oriundo de ambiente político interno e da pandemia COVID-19.
TUPY S.A. | Release 10
MERCADO EXTERNO (ME)
Carros de passeio
As receitas com produtos para carros de passeio apresentaram redução de 15,6% em comparação com
o 1T19 decorrente da paralisação de clientes na Europa e EUA ocasionada pela pandemia afetando,
além dos volumes, o percentual de componentes produzidos em CGI.
Veículos comerciais leves
Assim como nos trimestres anteriores, observamos elevada participação de pick-ups e SUVs nas
vendas da categoria “veículos leves” nos EUA (74% vs 71% no 1T19).
A comparação anual foi afetada pelo arrefecimento da demanda ocasionada pela pandemia, além do
phase out de alguns produtos, já contemplados no planejamento da Companhia, bem como pela
paralisação temporária de clientes relacionada à substituição de equipamentos nas linhas de produção
e interrupções em suas cadeias de fornecimentos.
TUPY S.A. | Release 11
Veículos comerciais médios e pesados
A redução dos volumes no primeiro trimestre de 2020 é decorrente da retração cíclica de mercados
relevantes como o europeu e o de caminhões Classe 8 nos EUA, acentuada pelos impactos da
pandemia do COVID-19 na demanda e nas cadeias de fornecimento, impactando a cadência de
produção de motores. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela desvalorização cambial e
phase in de produto.
Off-road
As vendas para aplicações off-road no 1T20 registraram queda de 17,9% em comparação ao mesmo
período de 2019, decorrentes da queda geral dos mercados, especialmente nos setores de petróleo &
gás nos Estados Unidos e construção na Ásia, além da redução de investimento por parte das
mineradoras. O segmento do agronegócio, por sua vez, foi impactado pelas incertezas políticas na
relação entre Estados Unidos e China.
TUPY S.A. | Release 12
Hidráulica
Durante o primeiro trimestre de 2020, observamos aumento de 14,4% na receita líquida oriunda das
vendas de conexões e perfis. Apesar da redução de volume, observamos elevação na receita devido à
melhor mix de produtos, desvalorização cambial e realizações de preços.
IMPACTOS NOS MESES DE ABRIL E MAIO
O resultado do 2T20 tem sido afetado pela paralisação e redução dos volumes dos nossos clientes no
Brasil e no exterior, especialmente ao longo dos meses de abril e maio. Desta forma, o bimestre
compreendido por esses meses apresentou reduções de aproximadamente 69% e 64% no volume
físico de vendas e nas receitas, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.
CUSTOS DE PRODUTOS VENDIDOS E DESPESAS OPERACIONAIS
O custo dos produtos vendidos (CPV) no 1T20 totalizou R$900,0 milhões, montante 19,0% inferior ao
observado no 1T19.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var. [%]
Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7%
Custo dos produtos vendidos (900.002) (1.110.440) -19,0%
Matéria-prima (428.350) (627.004) -31,7%
Mão de obra, participação no resultado
e benefícios sociais
(237.531) (247.343) -4,0%
Materiais de manutenção e terceiros (94.040) (98.973) -5,0%
Energia (57.515) (61.811) -7,0%
Depreciação (68.744) (59.922) 14,7%
Outros (13.822) (15.387) -10,2%
Lucro bruto 192.562 171.089 12,6%
% sobre as Receitas 17,6% 13,4%
Despesas operacionais (99.841) (97.083) 2,8%
% sobre as Receitas 9,1% 7,6%
TUPY S.A. | Release 13
A margem bruta foi de 17,6% no período, percentual que caracteriza melhora de 4,2 pontos
percentuais em relação ao 1T19, sendo que ao longo de março implementamos diversas iniciativas
para mitigar o efeito da queda dos volumes nas nossas margens, tais como a transferência da
produção para linhas que apresentam maior eficiência, otimização do uso e custo de materiais,
adoção de férias coletivas redução de horas extras e readequação de custos e despesas fixas ao novo
cenário.
▪ Redução de 31,7% no custo com matéria-prima, a despeito da desvalorização do Real no
período e da maior participação de produtos usinados e CGI, que demandam materiais mais
nobres. Além da queda dos volumes, observamos redução nos preços de diversos insumos,
consequência da queda da demanda decorrente dos efeitos da pandemia ao redor do mundo,
bem como da implementação de projetos de ganhos de eficiência, incluindo a maior utilização
de areia regenerada no México. A base de comparação também foi afetada pelos custos
observados nos meses de janeiro e fevereiro de 2019 relacionados ao início de operações de
usinagem no México e readequação do processo produtivo, decorrente do prolongamento da
manutenção programada em um dos nossos fornos no Brasil.
▪ Retração de 4,0% na conta de mão de obra, ocasionada, principalmente, pela redução de
headcount e volume de horas extras, fatores que mitigaram os efeitos da negociação da data-
base e da variação cambial.
▪ Diminuição de 5,0% dos custos com materiais de manutenção e terceiros, sendo que ganhos
de eficiência obtidos no período compensaram o efeito da variação cambial e da menor
diluição de custos fixos;
▪ Queda de 7,0% nos gastos com energia. A despeito da queda do volume produzido, os custos
com energia foram impactados pelo aumento das tarifas de geração e distribuição na
comparação anual e pelo efeito cambial, uma vez que parte dos contratos de energia no
México são denominados em Dólar.
As despesas operacionais, englobando despesas administrativas e comerciais, representaram 9,1% das
receitas líquidas, atingindo R$99,8 milhões, aumento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2019.
TUPY S.A. | Release 14
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
O resultado da conta de outras despesas operacionais líquidas foi de R$27,3 milhões no 1T20, ante
R$26,8 milhões no 1T19, correspondente a um aumento de 2,0%.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var. [%]
Depreciação de ativos não operacionais (168) (223) -24,7%
Amortização de ativos intangíveis (12.922) (14.992) -13,8%
Outros (14.236) (11.569) 23,1%
Outras despesas operacionais líquidas (27.326) (26.784) 2,0%
Constituição de impairment de intangíveis (34.400) - -
Total dos ajustes por impairment (34.400) - -
As despesas com amortização de ativos intangíveis apresentaram redução de 13,8%, decorrente da
redução da base de ativos ocasionada pela constituição de impairment em dezembro de 2019, no valor
de R$45,5 milhões.
Impairment – Impacto COVID-19
Em decorrência da queda dos volumes observada no período e da visibilidade limitada para os
trimestres seguintes, realizou-se novo teste que acarretou na constituição de impairment no valor de
R$34,4 milhões.
A Companhia reconhece como ativo intangível o relacionamento contratual com clientes, oriundo da
aquisição das unidades mexicanas em 2012, o qual foi valorizado com base na expectativa mínima de
manutenção da carteira, considerando volumes de venda praticados em períodos anteriores à
aquisição, bem como com as perspectivas de mercado disponíveis à época. O agregado das carteiras
que compõem o ativo apresenta, e projeta no longo prazo, volumes e rentabilidade significativamente
superiores às que sustentaram o reconhecimento inicial do ativo, que fazem a rentabilidade das
plantas alcançarem o patamar adequado. Todavia, uma vez que o ativo intangível foi reconhecido por
carteira e a norma não permite a compensação entre elas, foi elaborada nova análise individual e
observamos retração da demanda de algumas carteiras, as quais tem baixa probabilidade de atingir os
volumes projetados até o término no período de amortização (abril de 2022), acarretando no
reconhecimento do referido impairment.
O saldo de ativos intangíveis relacionados a contratos com clientes era de R$85,8 milhões (US$16,5
milhões em 31 de março de 2020. Após o impairment, o valor mensal da depreciação destes ativos
passa de US$0,9 milhão para US$0,7 milhão.
A linha “Outros” é composta por (i) R$2,6 milhões de atualização/constituição de provisões (vs R$9,4
milhões no 1T19) e (ii) R$11,6 milhões referentes à baixa de bens do ativo imobilizado e venda de
inservíveis (vs R$2,1 milhões no 1T19).
TUPY S.A. | Release 15
RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO
Durante o 1T20, o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$218,5 milhões, ante receita de
R$13,2 milhões no 1T19.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var. [%]
Despesas financeiras (91.715) (24.980) 267,2%
Receitas financeiras 12.071 25.144 -52,0%
Variações monetárias e cambiais líquidas (138.847) 13.082 -
Resultado Financeiro Líquido (218.491) 13.246 -
O aumento de R$66,7 milhões das despesas financeiras decorre, principalmente, da atualização do
valor do instrumento derivativo utilizado para ajustar o valor presente dos créditos a receber da
Eletrobrás, sem efeito caixa. Tendo como base atual jurisprudência adotada pelos tribunais superiores,
a Companhia considera serem possíveis as chances de recebimento do crédito mediante a entrega
pela Eletrobrás de ações de sua emissão, em quantidade baseada no seu valor patrimonial. O ajuste,
no montante de R$54,8 milhões, reflete a queda do valor das ações da Companhia (ELET6) e o aumento
da volatilidade, variáveis utilizadas no cálculo do valor da opção com base no modelo Black-Scholes.
O resultado também foi impactado pela desvalorização do BRL frente ao USD (taxa média de câmbio
de 4,47 no 1T20 vs. 3,77 no 1T19) no período, com efeito sobre o reconhecimento de juros dos
empréstimos em Dólar Norte Americano.
Queda de 52,0% nas receitas financeiras, que atingiram R$12,1 milhões no período. Além da queda da
taxa de juros que remunera nossas aplicações financeiras, a base de comparação em relação ao 1T19
foi impactada pela redução da atualização monetária dos créditos da Eletrobrás, dado o recebimento
de R$63,0 milhões em dezembro de 2019.
As despesas com variações monetárias e cambiais líquidas, no valor de R$138,8 milhões, são
decorrentes de (i) variações positivas contas do balanço patrimonial, no valor de R$106,1 milhões e (ii)
resultado de operações de hedge (liquidação de contratos e marcação a mercado), correspondente a
despesa de R$245,0 milhões no período.
Operações com Derivativos
Desde 2016, a Companhia realiza operações de hedge com o intuito de mitigar os riscos da variação
cambial no seu fluxo de caixa futuro, decorrentes do descasamento de receitas e custos em relação à
moeda funcional utilizada em cada país. Sendo que cerca de 70% da receita de componentes
produzidos no Brasil é denominada em Dólar, com custos majoritariamente em Reais. Por sua vez, as
receitas no México são dolarizadas, enquanto aproximadamente 40% dos custos estão denominados
em Pesos.
Para tal finalidade, utiliza-se instrumento conhecido como zero-cost collar (“ZCC”), que consiste de (i)
compra de uma opção de venda (put) e venda de uma opção de compra (call), estabelecendo limites
inferiores e superiores para a taxa de câmbio, podendo ocorrer três cenários no vencimento da
operação:
TUPY S.A. | Release 16
(i) Caso a cotação do Dólar permaneça dentro dos limites estabelecidos, a Companhia não
recebe nem paga ajustes financeiros;
(ii) Caso a cotação fique abaixo do limite inferior, a Companhia recebe ajustes financeiros,
mitigando o efeito da desvalorização do Dólar no resultado operacional;
(iii) Caso a cotação fique acima do limite superior da banda, a Companhia paga ajustes
financeiros, limitando o ganho operacional decorrente da valorização do Dólar.
Enquanto os ajustes (efeito caixa) são realizados apenas no vencimento das operações, a marcação a
mercado é atualizada mensalmente, com ambos efeitos registrados contabilmente como receitas ou
despesas na linha de variações monetárias e cambiais. Dessa forma, uma vez que o hedge é realizado
para proteger receitas futuras (não materializadas), a oscilação abrupta na taxa de câmbio impacta o
resultado financeiro, sem a contrapartida no resultado operacional. Do valor de R$245,0 milhões
reconhecidos como despesa no 1T20, o desembolso de caixa decorrente de operações encerradas no
período foi de R$17,6 milhões, valor compensado pelo impacto positivo da depreciação cambial no
resultado operacional. É importante ressaltar que o ZCC não demanda chamada de margem nem
permite liquidação antecipada pela contraparte. A Companhia possui operações contratadas até
dezembro de 2020, sendo que, desde março de 2020, não tem montado novas posições dada a
incerteza em relação à recuperação da economia global, com reflexo na demanda, além da volatilidade
atípica da taxa de câmbio.
LUCRO ANTES DOS EFEITOS FISCAIS E LUCRO LÍQUIDO
O resultado líquido da Companhia foi prejuízo de R$207,5 milhões, ante lucro de R$80,4 milhões no
1T19.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var. [%]
Lucro antes dos Efeitos Fiscais (187.496) 60.468 -
Efeitos fiscais antes de impactos cambiais 50.059 11.367 340,4%
Lucro antes dos Efeitos cambiais sobre base tributária (137.437) 71.835 -
Efeitos cambiais sobre base tributária (70.080) 8.607 -
Lucro Líquido (207.517) 80.442 -
% sobre as Receitas -19,0% 6,3%
Apesar do crescimento do resultado operacional, o lucro antes dos efeitos fiscais foi afetado pelos
seguintes fatores, os quais estão relacionados aos efeitos da pandemia:
(i) Impairment de ativos intangíveis no México, decorrente da queda do volume de algumas
carteiras e visibilidade limitada dos efeitos da COVID-19, com impacto de R$34,4 milhões,
sem efeito caixa;
(ii) Marcação a mercado do instrumento utilizado para ajustar o valor dos créditos a receber da
Eletrobrás, ocasionado pela desvalorização das ações da Companhia e aumento da
volatilidade (variáveis utilizadas no modelo de precificação), com impacto de R$54,8 milhões,
sem efeito caixa;
TUPY S.A. | Release 17
(iii) Efeito líquido da variação cambial nas contas do balanço e marcação do mercado de
derivativos (zero cost collar), no valor de R$138,8 milhões, com efeito caixa de R$17,6
milhões. É importante ressaltar que a contabilização destas contas leva em consideração a
cotação do último dia útil do trimestre (R$5,20, variação de 33,4% vs 1T19). Enquanto as
receitas são afetadas pelo câmbio médio do período (R$4,47, variação de 18,5% em relação
ao mesmo período do ano anterior).
A Companhia registrou efeitos fiscais antes de impactos cambiais no montante de R$50,1 milhões,
resultante da diferença da despesa à alíquota (34%) sobre o lucro antes dos efeitos fiscais e dos efeitos
de adições/exclusões permanentes, sendo que a base de comparação foi afetada pelo benefício fiscal
de R$34,0 milhões referente ao pagamento de juros sobre capital próprio, reconhecido no 1T19.
As bases tributárias dos ativos e passivos das empresas localizadas no México, onde a moeda funcional
é o Dólar, são mantidas em Pesos Mexicanos por seus valores históricos. As flutuações nas taxas de
câmbio modificam as bases tributárias e consequentemente efeitos cambiais são reconhecidos como
receitas e/ou despesas de imposto de renda diferido. No 1T20 foi registrada despesa de R$70,1
milhões, sem efeito caixa, em virtude da desvalorização de 24,1% do Peso Mexicano frente ao Dólar,
em relação ao trimestre imediatamente anterior (4T19).
O lucro líquido ajustado por esses efeitos foi de R$14,5 milhões, conforme observado no gráfico
abaixo:
1
Alíquota de 34% sobre a variação cambial sobre o resultado financeiro e marcação a mercado dos créditos
Eletrobrás; alíquota de 30% sobre o impairment de ativos intangíveis.
TUPY S.A. | Release 18
EBITDA
A combinação dos fatores supramencionados resultou em EBITDA de R$115,9 milhões, redução de
7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O indicador foi impactado pelo impairment de ativos intangíveis, no valor de R$34,4 milhões. Excluindo
esse efeito, o EBITDA do período atingiu R$150,3 milhões, crescimento de 19,9% em relação ao mesmo
período do ano anterior, com margem de 13,8%
O EBITDA Ajustado pelo efeito de constituição/atualização de provisões, baixa de bens do ativo
imobilizado, venda de inservíveis e do impairment atingiu R$164,6 milhões, com margem de 15,1% e
aumento de 20,2% ante o 1T19.
Consolidado (R$ Mil)
RECONCILIAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO C/ EBITDA 1T20 1T19 Var. [%]
Lucro Líquido (Prejuízo) do Exercício (207.517) 80.442 -
(+) Resultado financeiro líquido 218.491 (13.246) -
(+) Imposto de renda e contribuição social 20.021 (19.974) -
(+) Depreciações, amortizações 84.936 78.156 8,7%
EBITDA (Instr. CVM 527/12) 115.931 125.378 -7,5%
% sobre as receitas 10,6% 9,8%
(+) Outras Despesas Operacionais Líquidas 14.236 11.569 23,1%
(–) Constituição de impairment (34.400) - -
EBITDA Ajustado 164.567 136.947 20,2%
% sobre as receitas 15,1% 10,7%
Os ajustes realizados no EBITDA têm como objetivo expurgar os efeitos de itens que apresentam
menor correlação com o negócio da Companhia, não apresentam efeito caixa ou não recorrentes. Estas
despesas totalizaram R$14,2 milhões no 1T20 e são constituídas por (i) R$2,6 milhões de
atualizações/constituições de provisões (vs R$9,4 milhões no 1T19) e (ii) R$11,6 milhões referentes a
baixa de bens do ativo imobilizado e venda de ativos inservíveis (vs R$2,1 milhões no 1T19).
INVESTIMENTOS NO ATIVO IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
O total de investimentos nos ativos imobilizado e intangível foi de R$37,8 milhões no 1T20.
Consolidado (R$ Mil)
1T20 1T19 Var. [%]
Ativo imobilizado
Investimentos estratégicos 7.087 16.680 -57,5%
Sustentação e modernização 26.623 24.326 9,4%
Meio Ambiente 1.174 1.012 16,0%
Juros e encargos financeiros 435 389 11,8%
Ativo intangível
Software 1.483 3.618 -59,0%
Projetos em desenvolvimento 966 652 48,2%
Total 37.768 46.678 -19,1%
% sobre as Receitas 3,5% 3,6%
TUPY S.A. | Release 19
A comparação anual, que apresentou redução de 19,1%, foi impactada pelo volume de investimentos
realizados no 1T19, incluindo nova regeneradora de areia e adequações realizadas para novos
produtos.
Dado cenário de incertezas em relação ao prolongamento dos e feitos da pandemia, a Companhia tem
reduzido significantemente os seus investimentos desde o mês de maio, priorizando projetos
relacionados à segurança e meio ambiente.
CAPITAL DE GIRO
Consolidado (R$ Mil)
1T20 4T19 3T19 2T19 1T19
Balanço Patrimonial
Contas a receber 796.215 672.356 909.148 890.013 813.127
Estoques 825.971 654.107 584.464 522.374 513.142
Contas a pagar 645.820 627.565 642.209 643.790 677.581
Prazo médio de recebimento [dias] 58 48 63 62 59
Estoques [dias] 73 55 48 43 44
Prazo médio de pagamento [dias] 55 52 52 53 58
Ciclo de conversão de caixa [dias] 76 51 59 52 45
Observou-se aumento de 25 dias do capital de giro no período em relação ao trimestre anterior
(4T19), ocasionado principalmente pela queda das vendas na segunda quinzena de março e formação
de estoque próximos às plantas dos nossos clientes, dada a localização em países com estágios
distintos da pandemia e a relevância dos nossos produtos na cadeia de fornecimento. As principais
linhas de capital de giro apresentaram as seguintes variações:
▪ Aumento de R$123,9 milhões na linha de contas a receber, com elevação em 10 dias de
vendas, sendo que se observou no 4T19 o recebimento de ferramentais no montante de
R$48,1 milhões, o que representou uma redução de 3,8 dias de vendas naquele período. Esse
incremento deve-se, principalmente à desvalorização cambial de 29,0% com efeito sobre
nossas contas a receber em moeda estrangeira, que correspondem à aproximadamente 90,0%
do total. Alguns clientes, por sua vez, paralisaram suas atividades ao longo do mês de março e
não receberam produtos já fabricados.
▪ Elevação dos estoques no montante de R$171,9 milhões, aumento de 18 dias em relação ao
custo dos produtos vendidos, estratégia que contribuiu para a eliminação de riscos de
fornecimentos aos nossos clientes e preparação das fábricas para a retomada. Entre as
medidas adotadas para mitigar os riscos operacionais decorrentes da pandemia, aumentamos
o estoque de produtos críticos e intensificamos iniciativas de flexibilização da produção entre
as plantas com o intuito de aumentar a eficiência operacional. Em relação às matérias-primas,
continuamos recebendo alguns insumos após a paralisação das operações no Brasil (iniciada
em 19 de março). Por fim, destaca-se o efeito da desvalorização cambial (29,0%) dos estoques
em moeda estrangeira, que no 1T20 corresponderam a 67,0% do total;
TUPY S.A. | Release 20
▪ Aumento de R$18,3 milhões na linha de contas a pagar, representando elevação em 3 dias em
relação ao trimestre anterior, decorrente de diversas ações promovidas para alongamento do
prazo de pagamento junto aos atuais fornecedores. Nosso programa de adiantamento a
fornecedores realizado por instituições financeiras que tem como contrapartida o aumento do
prazo para pagamento atingiu 290 fornecedores no 1T20, aumento de 45% em relação ao ano
anterior.
FLUXO DE CAIXA
Consolidado (R$ Mil)
RESUMO DO FLUXO DE CAIXA 1T20 1T19 Var.[%]
Caixa e equivalentes de caixa do início do período 840.030 713.733 17,7%
Caixa oriundo das atividades operacionais (34.296) (6.161) 456,7%
Caixa aplicado nas atividades de investimentos (41.906) (41.396) 1,2%
Caixa aplicado nas atividades de financiamentos 486.454 (131.356) -
Efeito cambial no caixa do exercício 114.693 (2.431) -
Diminuição da disponibilidade de caixa 524.945 (181.344) -
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 1.364.975 532.389 156,4%
No 1T20, a Companhia consumiu R$34,3 milhões de caixa oriundos das atividades operacionais, ante
consumo de R$6,2 milhões no 1T19. O resultado do período foi impactado, principalmente, pela
variação do capital de giro, especialmente nas linhas de estoque e fornecedores, decorrente da
estratégia da Companhia de preparação para a crise e suas de consequências nos processos de
produção e abastecimento dos clientes.
Em relação às atividades de investimentos, foram consumidos R$41,9 milhões no 1T20, aumento de
1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No que tange às atividades de financiamentos, durante o 1T20, verificou-se geração de R$486,5
milhões, decorrente, principalmente, da captação de empréstimos bancários no valor de R$494,4
milhões. A despeito da sólida posição de caixa e estrutura de endividamento da Companhia, a captação
tem como objetivo aumentar a liquidez diante do cenário de incertezas em relação à recuperação da
economia global.
A combinação desses fatores somada à variação cambial sobre o caixa, no valor de R$114,7 milhões,
resultou no aumento da disponibilidade de caixa no montante de R$525,0 milhões no período. Assim,
encerramos o primeiro trimestre de 2020 com saldo de R$1.365,0 milhões.
ENDIVIDAMENTO
A Companhia encerrou o 1T20 com endividamento líquido de R$1.234,8 milhões, ou seja, a relação
entre dívida líquida e EBITDA Ajustado correspondeu a 1,70, nos últimos 12 meses. O aumento em
relação ao trimestres anteriores foi ocasionado pela forte valorização do dólar no final do trimestre,
TUPY S.A. | Release 21
sendo que a dívida é calculada com base na cotação de fechamento do trimestre (USD/BRL 5,20),
enquanto o EBITDA é afetado pela cotação média do período (US$/R$ 4,47).
Na segunda quinzena de março, a Companhia contratou empréstimos bancários no montante de
R$494,4 milhões, com prazo médio de 12,3 meses e custos ponderados de aproximadamente
CDI+3,7%.
As obrigações em moeda estrangeira representam 80,1% do total (sendo 12,7% do curto prazo e 87,3%
do longo prazo), enquanto 19,9% do endividamento estão denominados em BRL (74,8% do curto prazo
e 25,2% do longo prazo). Quanto ao saldo de caixa, 64,3% são denominados em reais e 35,7% em
moeda estrangeira.
Consolidado (R$ Mil)
ENDIVIDAMENTO 1T20 4T19 3T19 2T19 1T19
Curto prazo 651.268 62.920 41.557 59.589 31.008
Financiamentos e empréstimos 420.833 62.920 38.776 59.003 28.488
Instrum.financeiros e derivativos 230.435 - 2.781 586 2.520
Longo prazo 1.948.534 1.421.061 1.468.802 1.356.083 1.391.251
Endividamento bruto 2.599.802 1.483.981 1.510.359 1.415.672 1.422.259
Caixa e equivalentes de caixa 1.364.975 840.030 611.186 492.259 532.389
Instrum.financeiros e derivativos - 4.751 408 2.291 131
Endividamento líquido 1.234.827 639.200 898.765 921.122 889.739
Dívida bruta/EBITDA Ajustado 3,57x 2,12x 2,16x 2,05x 2,14x
Dívida líquida/EBITDA Ajustado 1,70x 0,91x 1,29x 1,34x 1,34x
O perfil do endividamento da Companhia é o que segue:
Todos os valores em R$ milhões.
TUPY S.A. | Release 22
ESTRUTURA ACIONÁRIA
A posição acionária da Tupy em 31 de março de 2020 estava dividida da seguinte forma:
TUPY S.A. | Release 23
Anexo I – Produção e vendas de veículos comerciais no Brasil
(Unidades)
1T20 1T19 Var. (%)
Produção
Caminhões
Semileves 243 247 -1,6%
Leves 4.080 4.633 -11,9%
Médios 938 1.121 -16,3%
Semipesados 6.450 5.694 13,3%
Pesados 12.995 13.066 -0,5%
Total Caminhões 24.706 24.761 -0,2%
Ônibus 5.974 6.116 -2,3%
Veículos Comerciais 30.680 30.877 -0,6%
Licenciamentos de nacionais
Caminhões
Semileves 1.043 1.388 -24,9%
Leves 2.205 2.577 -14,4%
Médios 1.787 2.190 -18,4%
Semipesados 4.905 4.625 6,1%
Pesados 10.195 10.684 -4,6%
Total Caminhões 20.135 21.464 -6,2%
Ônibus 3.661 4.680 -21,8%
Veículos Comerciais 23.796 26.144 -9,0%
Exportações
Caminhões
Semileves 17 24 -29,2%
Leves 402 611 -34,2%
Médios 187 161 16,1%
Semipesados 745 845 -11,8%
Pesados 1.408 878 60,4%
Total Caminhões 2.759 2.519 9,5%
Ônibus 1.009 2.080 -51,5%
Veículos Comerciais 3.768 4.599 -18,1%
Fonte: ANFAVEA
TUPY S.A. | Release 24
Anexo II – Produção e vendas de veículos leves e comerciais nos mercados internacionais
(Unidades)
1T20 1T19 Var. (%)
América do Norte
Produção
Automóveis 1.033.884 1.209.166 -14,5%
Comerciais Leves – Classe 1-3 2.807.771 3.019.477 -7,0%
% Comerciais Leves 73,1% 71,4% +1,7p.p.
Comerciais – Classe 4-5 26.136 18.310 42,7%
Comerciais – Classe 6-7 28.542 40.701 -29,9%
Comerciais – Classe 8 56.893 78.263 -27,3%
Comerciais Médios e Pesados¹ 111.571 137.274 -18,7%
Estados Unidos
Vendas
Automóveis 923.465 1.218.279 -24,2%
Comerciais Leves – Classe 1-3 2.589.931 2.795.698 -7,4%
% Comerciais Leves 73,7% 69,6% +4,1p.p.
Comerciais – Classe 4-5 30.047 27.836 7,9%
Comerciais – Classe 6-7 25.946 34.558 -24,9%
Comerciais – Classe 8 47.616 62.911 -24,3%
Comerciais Médios e Pesados¹ 103.609 125.305 -17,3%
União Europeia
Vendas
Automóveis 2.480.855 3.332.515 -25,6%
Fonte: Automotive News; Bloomberg; ACEA
TUPY S.A. | Release 25
Anexo III – Produção e vendas de máquinas agrícolas nos mercados globais
(Unidades)
1T20 1T19 Var. (%)
Produção
Américas
Brasil 10.347 10.816 -4,3%
Vendas
Américas
Brasil 9.460 9.285 1,9%
Estados Unidos e Canadá 45.669 50.149 -8,9%
Europa
Reino Unido 2.815 3.050 -7,7%
Fonte: ANFAVEA; Bloomberg; AEM
Note: Except when otherwise recorded, comparisons expressed by percentage changes are based on the same period of 2019.
Z
1Q20 Highlights
Strong growth in operating income, despite
lower volumes
▪ Revenues: R$1,092.6 million, down 14.7% over 1Q19, with the drop of
24.2% in volumes partially offset by currency depreciation and the higher
share of machined and CGI goods;
▪ Operating result: gross profit of R$192.6 million, up 12.6% over last year,
with a margin of 17.6%, vs. 13.4% in 1Q19. Operating profit (before
impairments) increased 38.5, result of several initiatives implemented by
the new organizational structure in the last 12 months;
▪ Adjusted EBITDA: R$164.6 million, an increase of 20.2%, with a margin of
15.1% (growth of 440 bps vs. 1Q19);
▪ Net Income: loss of R$207.5 million, due to (i) impairment of intangible
assets (R$34.4 million); (ii) mark-to-market of derivative instruments used
in the calculation of credits receivable from Eletrobrás and hedge
operations (R$193.6 million, net of positive effect of exchange variation
on the balance sheet); and (iii) exchange rate variation on deferred taxes
of Mexican operations, with no cash effect (R$70.1 million);
▪ Cash position: R$1,365.0 million, an increase of R$524.9 million
compared to December 31, 2019, impacted by the contracting of bank
loans and foreign exchange rate variation on cash in foreign currency.
Earnings Conference Call
Date: June 30, 2020
English/Portuguese
10:00 a.m. (EST) / 11:00 a.m. (BRT)
Dial in U.S.: +1 412 717-9627
Toll free U.S.: + 1 844 204-8942
Dial in Brazil: +55 11 3181-8565
Dial in Brazil: +55 11 4210-1803
Code: Tupy
Website: www.tupy.com.br/ir
Investor Relations
Thiago Fontoura Struminski
Vice President of Finance and
Administration
Investor Relations Officer
Hugo Zierth
IR Manager
Renan Oliveira
IR Analyst
dri@tupy.com.br
+55 (11) 2763-7844
TUPY S.A. | Release 2
MESSAGE FROM MANAGEMENT
The COVID-19 pandemic evolved rapidly and Tupy’s main priority was to ensure the health and safety
of our employees and the communities in which we operate, as well as the implementation of a set of
actions to preserve the Company’s solid financial position.
The severity of this crisis showed, once again, that companies focused on good corporate governance,
risk management and financial discipline are better able to overcome this type of challenge. In turn,
clients will increasingly value these attributes in their purchasing decisions, given the possible impacts
on global supply chains. The Company’s clear mapping of the risks that permeate all areas of operation
and its organized and active crisis committee made a difference so we could quickly identify our
priorities and anticipate the measures to be adopted.
We started 2020 with excellent operational performance and, even with the impact of the pandemic
and a significant reduction in volume in the last three weeks of the quarter, we ended the period with
important advances in manufacturing efficiency indicators and in purchasing performance. These
results, both in Brazil and Mexico, reflect the maturity of our operating system, the new processes
adopted and, mainly, our team’s performance, including the new talents incorporated into Tupy.
In response to the reduced demand and abrupt stops of our clients’ operations worldwide, we
implemented our protective rings, a wide range of pre-defined actions to reduce costs and preserve
the Company’s cash position, such as:
1. Production flexibility, with transfer of products among lines;
2. Reduction of working hours and salaries and temporary suspension of employment contracts;
3. Temporary suspension of investments, except those related to work safety and the
environment;
4. Reduction in service contracts;
5. Creation of control towers to assess all expenses;
6. Increase of cash position by approximately R$494 million, after ending 2019 with cash position
of R$840 million and the majority of debt maturing in 2024.
Our clients are major global players in the capital goods sector, that is, manufacturers of machinery,
vehicles and equipment that serve the freight transportation sectors, in all modals, infrastructure,
agribusiness and power generation. Therefore, we must ensure that the possible geographic mismatch
in the value chain, due to the different behavior of the pandemic in each region, does not lead to
shortages or high logistical costs. As a result, we increased inventories of finished goods and kept them
close to our clients.
Despite the temporary increase in working capital, these risk mitigation initiatives are necessary to
ensure the production of equipment which are essential for tackling the new Coronavirus pandemic
and play a fundamental role in the global economic recovery, contributing to people’s quality of life,
providing access to health, basic sanitation, drinking water, as well as the production and distribution
of food and goods.
Since March, employees who are part of the high-risk group and mothers with children under the age
of 10 years old have been on leave, in order to ensure they are able to follow social distancing
TUPY S.A. | Release 3
measures. We reviewed the configuration of production flows and common areas within all
operations, in accordance with the recommendations of health authorities. In Brazil, we gradually
resumed activities from April and in Mexico, from May.
We also carried out actions to ensure the sustainability of the ecosystem of the communities in which
we live, operate and play a leadership role. We invested in multiple initiatives and joined forces with
other companies and volunteers to tackle Coronavirus together. In order to contribute to the public
health system, we set up, at our recreational headquarters and in partnership with the municipal
government of Joinville, the COVID-19 Screening and Testing Center, with capacity to assist 150
people/hour. By doing so, we avoid overcrowding hospitals, which can then focus on the treatment of
already confirmed cases.
In addition, in Brazil and Mexico, we donated food and Personal Protective Equipment (PPE),
manufactured hospital equipment and shared knowledge – our IT team has partnered with the health
department to develop a platform for the collection and processing of data regarding hospitalization
and disease incidence. Therefore, we support the local information system and collaborate with faster
and more efficient decisions by local authorities.
Looking forward, we still see many uncertainties, as we have never experienced a crisis of this nature,
but we know that its effects will have long-term consequences on people’s behavior and the way of
doing business. We will probably see changes in consumption patterns, with the growth of e-
commerce websites, for example, which depends on distribution centers and generates demand for
new construction works, material handling equipment and distribution vehicles.
The pandemic has also brought to light many problems that were not under discussion and that do not
respect territorial boundaries. Issues related to basic sanitation, drinking water, hospital facilities and
infrastructure that enables decent living conditions will require investments around the world. These
movements and an even more pressing need for resources directed to what is essential to society lead
us to believe that the “new normal” will bring us opportunities in the different sectors in which we
operate.
We still have a long journey ahead of us and I am very grateful for the support we received from our
shareholders, the Board of Directors and a very united and prepared team.
At home or at work, #wearealltupy
MAIN INDICATORS
TUPY S.A. | Release 4
Consolidated (R$ thousand)
SUMMARY 1Q20 1Q19 Var. [%]
Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7%
Cost of goods sold (900,002) (1,110,440) -19.0%
Gross Profit 192,562 171,089 12.6%
% on Revenues 17.6% 13.4%
Operating expenses (99,841) (97,083) 2.8%
Other operating expenses (27,326) (26,784) 2.0%
Operating Profit 65,395 47,222 38.5%
Impairments (34,400) - -
Income before Financial Result 30,995 47,222 -34.4%
% on Revenues 2.8% 3.7%
Net financial result (218,491) 13,246 -
Income before Taxes (187,496) 60,468 -
% on Revenues - 4.7%
Income tax and social contribution (20,021) 19,974 -
Net Income (207,517) 80,442 -
% on Revenues - 6.3%
EBITDA (CVM Instruction 527/12) 115,931 125,378 -7.5%
% on Revenues 10.6% 9.8%
Adjusted EBITDA 164,567 136,947 20.2%
% on Revenues 15.1% 10.7%
Average exchange rate (BRL/USD) 4.47 3.77 18.5%
Average exchange rate (BRL/EUR) 4.92 4.28 15.0%
TUPY S.A. | Release 5
SALES VOLUME
Consolidated (ton)
1Q20 1Q19 Var. [%]
Domestic market 19,965 29,660 -32.7%
Transportation, Infrastructure & Agriculture 17,495 26,274 -33.4%
Hydraulics 2,470 3,386 -27.1%
Foreign market 91,177 116,972 -22.1%
Transportation, Infrastructure & Agriculture 89,171 114,596 -22.2%
Hydraulics 2,005 2,377 -15.6%
Total Sales Volume 111,141 146,632 -24.2%
Sales were particularly affected from the middle of March due to the reduction in client orders in Brazil
and abroad as a result of the COVID-19 pandemic and its effects on demand, since several clients
stopped their production operations throughout the month in order to protect their employees.
Sales volume in 1Q20 decreased by 24.2% over 1Q19, mainly due to the following factors:
▪ Sales in the Transportation, Infrastructure & Agriculture segment in the domestic market
dropped by 33.4%, mainly due to lower indirect exports and the phase out of products, which
was already included in the Company’s plan;
▪ Sales in the Transportation, Infrastructure & Agriculture segment in the foreign market
dropped by 22.2%, mainly reflecting, in addition to the effects of the pandemic, the
performance of applications in the off-road segment, as a result of postponed investments due
to political uncertainties, as well as temporary maintenance shutdowns in the production lines
of some clients;
▪ The Hydraulics segment decreased by 27.1% and 15.6%, in the domestic and foreign markets,
respectively, due to the price recovery strategy and concerns about the political scenario and
impacts of COVID-19 in Brazil and abroad.
TUPY S.A. | Release 6
Increased share of CGI (Compacted Graphite Iron) and machined goods:
▪ Partially or fully machined goods accounted for 25% of the portfolio of the Transportation,
Infrastructure & Agriculture segment (vs. 23% in 1Q19). The distribution of goods by type of
material shows that CGI goods accounted for 23% of sales volume (vs. 20% in 1Q19).
This increase reflects the Company’s commercial strategy to expand its presence in the global supply
chain by offering high value-added products and services.
REVENUES
Revenues decreased by 14.7%, and revenue/kilo rose by 12.5% compared to 1Q19.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var.[%]
Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7%
Domestic market 174,405 237,268 -26.5%
Share % 16.0% 18.5%
Foreign market 918,159 1,044,261 -12.1%
Share % 84.0% 81.5%
Revenues per segment 1,092,564 1,281,529 -14.7%
Transportation, Infrastructure & Agriculture 1,048,185 1,233,695 -15.0%
Share % 95.9% 96.3%
Hydraulics 44,379 47,834 -7.2%
Share % 4.1% 3.7%
TUPY S.A. | Release 7
Revenues by market and performance in the period
In 1Q20, 66.9% of revenues came from North America; 16.8% from South and Central America; 13.0%
from Europe; and the remaining 3.3% from Asia, Africa and Oceania.
It is worth noting that multiple clients in the U.S. export their goods to other countries. Therefore, a
substantial portion of sales to this region meets the global demand for commercial vehicles, machinery
and equipment.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var. [%]
Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7%
Domestic market 174,405 237,268 -26.5%
Transportation, Infrastructure & Agriculture 149,406 206,372 -27.6%
Passenger Cars 35,764 46,091 -22.4%
Commercial vehicles 91,240 137,073 -33.4%
Off-road 22,402 23,208 -3.5%
Hydraulics 24,999 30,896 -19.1%
Foreign market 918,159 1,044,261 -12.1%
Transportation, Infrastructure & Agriculture 898,779 1,027,323 -12.5%
Passenger Cars 45,941 54,419 -15.6%
Light Commercial Vehicles 427,190 485,893 -12.1%
Medium and Heavy Commercial Vehicles 194,065 204,835 -5.3%
Off-road 231,583 282,177 -17.9%
Hydraulics 19,380 16,938 14.4%
Note: The division between commercial and off-road vehicles considers our best inference of the same product for these two applications.
TUPY S.A. | Release 8
DOMESTIC MARKET (DM)
Passenger Cars
Revenues from sales of passenger car applications decreased by 22.4% year-on-year in 1Q20, due to
the reduction in the production of light vehicles in Brazil in February and March, as well as the phase
out of goods, which was already included in the Company’s plan.
Commercial Vehicles
Revenues from commercial vehicles decreased by 33.4% year-on-year in 1Q20, due to lower indirect
exports to the European market, reflecting the impact of the pandemic in the region, as well as a
reduction in exports of applications used in Class 8 trucks in the U.S. In addition, the prolonged
shutdown of one of our client’s production plant due to operational problems led to a drop in demand.
TUPY S.A. | Release 9
Off-road
Tupy’s revenues from sales of machinery and off-road vehicles decreased by 3.5% in 1Q20, mainly due
to lower indirect exports to the European and North American markets. This effect was offset by the
depreciation of the BRL against the USD, given that the revenues from some contracts are
denominated in foreign currency.
Hydraulics
In 1Q20, sales revenues from the Hydraulics segment decreased by 19.1% year-on-year, due to a
scenario of uncertainty regarding the internal political environment and the COVID-19 pandemic.
TUPY S.A. | Release 10
FOREIGN MARKET (FM)
Passenger Cars
Revenues from products for passenger cars decreased by 15.6% in the quarter compared to 1Q19, due
to the stoppage of our clients’ operations in Europe and the U.S. as a result of the pandemic, affecting
volumes and the share of CGI goods.
Light Commercial Vehicles
As in previous quarters, we observed a high share of pick-ups and SUVs in the U.S. sales of light
commercial vehicles (74% vs. 71% in 1Q19).
The annual comparison was affected by the lower demand as a result of the pandemic, the phase out
of some goods, which was already included in the Company’s plan, as well as the temporary shutdown
of some clients’ production lines related to the replacement of equipment and interruptions in their
supply chains.
TUPY S.A. | Release 11
Medium and Heavy Commercial Vehicles
The reduction in volumes in 1Q20 is due to the cyclical downturn in relevant markets such as Europe
and Class 8 trucks in the U.S., intensified by the COVID-19 pandemic’s impact on demand and supply
chains, affecting the pace of engine production. These effects were partially offset by currency
depreciation and product phase in.
Off-road
Sales from off-road applications declined by 17.9% year-on-year in 1Q20, due to the general fall in the
markets, especially in the oil & gas sector in the U.S. and the construction sector in Asia, as well as the
reduction in investment by mining companies. The agribusiness segment, in turn, was impacted by
political uncertainties related to the U.S.-China relationship.
TUPY S.A. | Release 12
Hydraulics
In 1Q20, we observed a 14.4% increase in net revenues from pipe fittings and iron bars. Despite the
reduction in volume, revenues increased as a result of better product mix, currency depreciation and
price adjustments.
IMPACTS IN APRIL AND MAY
The 2Q20 result has been affected by the stoppage and reduction in the volumes of our clients in Brazil
and abroad, especially in April and May. Therefore, the two-month period showed a reduction of
approximately 69% and 64% in sales volume and revenues, respectively, compared to the same period
of the previous year.
COST OF GOODS SOLD AND OPERATING EXPENSES
The cost of goods sold (COGS) in 1Q20 totaled R$900.0 million, down 19.0% over 1Q19.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var. [%]
Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7%
Cost of goods sold (900,002) (1,110,440) -19.0%
Raw material (428,350) (627,004) -31.7%
Labor, profit sharing and social benefits (237,531) (247,343) -4.0%
Maintenance and third parties (94,040) (98,973) -5.0%
Energy (57,515) (61,811) -7.0%
Depreciation (68,744) (59,922) 14.7%
Other (13,822) (15,387) -10.2%
Gross profit 192,562 171,089 12.6%
% on Revenues 17.6% 13.4%
Operating expenses (99,841) (97,083) 2.8%
% on Revenues 9.1% 7.6%
TUPY S.A. | Release 13
Gross margin was 17.6% in the period, an increase of 4.2 percentage point compared to 1Q19.
Throughout March, we implemented several initiatives to mitigate the effect of lower volumes on
our margins, such as transferring production to more efficient lines, optimizing the use and cost of
materials, adopting collective vacations, reducing overtime and readjusting fixed costs and expenses
to the new scenario.
▪ Reduction of 31.7% in raw material costs, despite the depreciation of the BRL in the period
and the increased share of CGI and machined goods, which require more noble materials. In
addition to the reduction in volumes, we observed a decline in the prices of several inputs, as
a result of lower demand due to the effects of the pandemic around the world, as well as the
implementation of efficiency gains projects, including the greater use of regenerated sand in
Mexico. The basis of comparison was also affected by the costs observed in January and
February 2019, related to the start of machining operations in Mexico and the readjustment
of the production process, due to the extension of scheduled maintenance in one of our
furnaces in Brazil.
▪ Reduction of 4.0% in the labor costs, mainly due to lower headcount and overtime volume,
which mitigated the effects of the collective bargaining agreement and the exchange rate
variation.
▪ Decrease of 5.0% in maintenance supply and third-party costs. Efficiency gains in the period
offset the effect of exchange rate variations and the lower dilution of fixed costs.
▪ Decrease of 7.0% in energy costs. Despite the lower volume produced, energy costs were
affected by the increase in distribution and generation tariffs in the annual comparison, as well
as by the exchange rate variation, since part of the energy contracts in Mexico are
denominated in USD.
Operating expenses, including selling and administrative expenses, accounted for 9.1% of net
revenues, totaling R$99.8 million, an increase of 2.8% over the same period in 2019.
OTHER OPERATING INCOME (EXPENSES)
Other net operating expenses totaled R$27.3 million in 1Q20, versus an expense of R$26.8 million in
1Q19, an increase of 2.0%.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var. [%]
Depreciation of non-operating assets (168) (223) -24.7%
Amortization of intangible assets (12,922) (14,992) -13.8%
Other (14,236) (11,569) 23.1%
Other net operating expenses (27,326) (26,784) 2.0%
Reversal (constitution) of impairment (34,400) - -
Total impairment adjustments (34,400) - -
TUPY S.A. | Release 14
Expenses related to the amortization of intangible assets decreased by 13.8%, due to the reduction in
the asset base as a result of the recognition of impairment in December 2019, in the amount of R$45.5
million.
Impairment – Impact of COVID-19
Due to the lower volumes observed in the period and the limited visibility for the following quarters,
a new assessment was carried out which resulted in the constitution of impairment in the amount of
R$34.4 million.
The Company recognizes the contractual relationship with clients arising from the acquisition of
Mexican operations in 2012 as intangible asset, which was appreciated based on the minimum
expectation of maintenance of the client portfolio, considering the sale volumes in periods prior to the
acquisition, as well as the market prospects available at the time. The aggregate of the portfolios that
make up the asset presents and projects, in the long term, volumes and profitability significantly higher
than those that sustained the initial recognition of the asset, which make the profitability of the plants
reach the appropriate level. However, since the intangible asset was recognized per portfolio and the
rule does not allow compensation among them, we carried out an individual analysis and observed a
decline in the demand of some portfolios, which have a low probability of reaching the projected
volumes until the end of the amortization period (April 2022), resulting in the recognition of said
impairment.
The balance of intangible assets related to contracts with clients was R$85.8 million (US$16.5 million
on March 31, 2020). After the recognition of the impairment, the monthly depreciation value of these
assets changes from US$0.9 million to US$0.6 million.
The “Others” line consists of (i) R$2.6 million in restatement/constitution of provisions (vs. R$9.4
million in 1Q19) and (ii) R$11.6 million related to the write-off of property, plant and equipment and
the sale of unserviceable assets (vs. R$2.1 million in 1Q19).
NET FINANCIAL INCOME (LOSS)
In 1Q20, the Company recorded net financial loss of R$218.5 million, versus revenue of R$13.2 million
in 1Q19.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var. [%]
Financial expenses (91,715) (24,980) 267.2%
Financial revenues 12,071 25,144 -52.0%
Net monetary and exchange rate
variations
(138,847) 13,082 -
Net Financial Income/Loss (218,491) 13,246 -
Financial expenses increased by R$66.7 million, mainly due to the restatement of the amount related
to the derivative instrument used to adjust the accounts receivable from Eletrobrás at present value,
with no cash effect. Based on current jurisprudence adopted by higher courts, the Company considers
it possible to receive the credits through the delivery of shares issued by Eletrobrás in the amount
based on its book value. The adjustment, in the amount of R$54.8 million, reflects the drop in
TUPY S.A. | Release 15
Eletrobrás’ shares price (ELET6) and the increase in volatility, variables used in the calculation of the
prices of options based on the Black-Scholes model.
The net financial result was also impacted by the depreciation of the BRL against the USD in the period
(average exchange rate of R$4.47 in 1Q20 vs. R$3.77 in 1Q19), which affected the recognition of
interest on loans denominated in USD.
Financial revenues fell 52.0%, to R$12.1 million in the period. In addition to the drop in the interest
rates that remunerates our financial investments, the year-on-year comparison was impacted by the
reduction in monetary adjustments of accounts receivable from Eletrobrás credits, due to the cash
inflow of R$63.0 million in December 2019.
The result of net monetary and exchange variations, in the amount of R$138.8 million, was due to (i)
a positive impact of R$106.1 million in the balance sheet accounts in the period, and (ii) the result of
hedging operations (settlement of contracts and mark-to-market), corresponding to an expense of
R$245.0 million in the period.
Derivatives
Since 2016, the Company has carried out hedging operations in order to mitigate the risks of exchange
rate variations in its future cash flow, resulting from the mismatch in the recognition of revenues and
costs in relation to the functional currency of each country. About 70% of the revenue from goods
produced in Brazil is denominated in USD, and costs are mostly denominated in BRL. On the other
hand, revenues in Mexico are denominated in USD, while approximately 40% of costs are denominated
in Pesos.
For this purpose, the Company uses an instrument known as zero-cost collar (“ZCC”), which consists
of (i) the purchase of a put option and the sale of a call option, establishing lower and upper limits for
the exchange rate variation, leading to three possible scenarios at the maturity of the operation:
(i) If the USD exchange rate remains within the established limits, the Company does not
receive or pay financial adjustments;
(ii) If the exchange rate is below the lower limit, the Company receives financial adjustments,
mitigating the effect of the USD depreciation on the operating result;
(iii) If the exchange rate is above the upper limit, the Company pays financial adjustments,
limiting the operational gain resulting from the USD appreciation.
The adjustments (cash effect) are made only when the operations mature, while the mark-to-market
is updated monthly, and both effects are recorded as revenues or expenses in the “Net monetary and
exchange rate variations” line. Therefore, once the hedging operation is carried out to protect future
(non-materialized) revenues, a sharp exchange rate fluctuation impacts the financial result, with no
counterpart in the operating result. Of a total of R$245.0 million recognized as expenses in 1Q20, cash
disbursement related to operations closed in the period was R$17.6 million, which was offset by the
positive impact of BRL devaluation on the operating result. It is worth noting that the ZCC strategy is
not subject to margin calls nor allows the early settlement by the counterparty. The Company has
operations contracted until December 2020, and since March 2020, it has not initiated new positions
due to the uncertainty regarding the global economic recovery, reflected in demand, in addition to the
atypical volatility of the exchange rate.
TUPY S.A. | Release 16
EARNINGS BEFORE TAXES AND NET INCOME
The Company recorded net loss of R$207.5 million, compared to net income of R$80.4 million in 1Q19.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var. [%]
Income before tax effects (187,496) 60,468 -
Tax effects before foreign exchange impacts 50,059 11,367 340.4%
Gains before exchange effects on the tax base (137,437) 71,835 -
Exchange effects on the tax base (70,080) 8,607 -
Net income (207,517) 80,442 -
% on Revenues -19.0% 6.3%
Despite the growth in operating income, earnings before tax effects were affected by the following
factors related to the pandemic:
(i) Impairment of intangible assets in Mexico, due to the lower volume of some portfolios and
limited visibility as a result of the effects of the COVID-19 pandemic, with an impact of R$34.4
million, with no cash effect;
(ii) Mark-to-market of the instrument used to adjust the credits receivable from Eletrobrás, due
to the devaluation of the Company’s shares and increased volatility (variables used in the
pricing model), with an impact of R$54.8 million, with no cash effect;
(iii) Net effect of the exchange rate variation on the balance sheet and the mark-to-market of
derivatives (zero cost collar), in the amount of R$138.8 million, with a cash effect of R$17.6
million. It is worth noting that these accounts are recorded considering the exchange rate on
the last business day of the quarter (R$5.20, variation of 33.4% vs. 1Q19), while revenues are
affected by the average exchange rate for the period (R$4.47, variation of 18.5% in relation
to the same period of the previous year).
The Company recorded tax effects before foreign exchange impacts in the amount of R$50.1 million,
resulting from the difference in expenses at the rate of 34% on profit before tax effects and the effects
of permanent additions/exclusions. The year-on-year comparison was impacted by the tax benefit of
R$34.0 million related to the payment of interest on equity recognized in 1Q19.
The tax bases of the assets and liabilities of Mexican operations, which functional currency is the USD,
are calculated in Mexican Pesos at their historical values. Fluctuations in exchange rates modify tax
bases and, consequently, exchange effects are recognized as deferred income tax profit and/or loss.
In 1Q20, a loss of R$70.1 million was recorded, with no cash effect, due to the 24.1% depreciation of
the Mexican Peso against the USD, in relation to the immediately previous quarter (4Q19).
TUPY S.A. | Release 17
Adjusted net income for these effects was R$14.5 million, as shown in the chart below:
1
Rate of 34% on the exchange rate on the financial result and mark-to-market of Eletrobrás credits; rate of 30%
on the impairment of intangible assets.
EBITDA
The combination of the above-mentioned factors resulted in an EBITDA of R$115.9 million, a reduction
of 7.5% over the same period of the previous year.
The indicator was impacted by the impairment of intangible assets, in the amount of R$34.4 million.
Excluding this effect, EBITDA for the period reached R$150.3 million, an increase of 19.9% over the
same period last year, with a margin of 13.8%.
The EBITDA adjusted by the effects of the restatement/constitution of provisions, the write-off of
property, plant and equipment, the sale of unserviceable assets and the impairment totaled R$164.6
million, with a margin of 15.1%, an increase of 20.2% compared to 1Q19.
TUPY S.A. | Release 18
Consolidated (R$ thousand)
RECONCILIATION OF NET INCOME TO EBITDA 1Q20 1Q19 Var. [%]
Net Income (Loss) for the Period (207,517) 80,442 -
(+) Net financial results 218,491 (13,246) -
(+) Income and social contribution taxes 20,021 (19,974) -
(+) Depreciation and amortization 84,936 78,156 8.7%
EBITDA (CVM Instruction 527/12) 115,931 125,378 -7.5%
% on Revenues 10.6% 9.8%
(+) Other net operating expenses 14,236 11,569 23.1%
(–) Impairment (34,400) - -
Adjusted EBITDA 164,567 136,947 20.2%
% on Revenues 15.1% 10.7%
The adjustments made to EBITDA have the purpose of offsetting the effects of items that present less
correlation with the Company’s business, have no cash effect or are non-recurring. These expenses
totaled R$14.2 million in 1Q20 and comprise (i) R$2.6 million of restatement/constitution of provisions
(vs. R$9.4 million in 1Q19) and (ii) R$11.6 million related to write-off of property, plant and equipment
and sale of unserviceable assets (vs. R$2.1 million in 1Q19).
INVESTMENTS IN PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT AND INTANGIBLE ASSETS
Investments in property, plant and equipment and intangible assets totaled R$37.8 million in 1Q20.
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 1Q19 Var. [%]
PP&E
Strategic investments 7,087 16,680 -57.5%
Maintenance and sustenance 26,623 24,326 9.4%
Environment 1,174 1,012 16.0%
Interest and financial expenses 435 389 11.8%
Intangible assets
Software 1,483 3,618 -59.0%
Projects under development 966 652 48.2%
Total 37,768 46,678 -19.1%
% on Revenues 3.5% 3.6%
The annual comparison, which showed a decrease of 19.1%, was impacted by the volume of
investments made in 1Q19, including a new sand regenerator and adjustments made for new products.
Due to the scenario of uncertainty given the long-lasting effects of the pandemic, the Company has
significantly reduced its investments since May, prioritizing safety and environmental projects.
TUPY S.A. | Release 19
WORKING CAPITAL
Consolidated (R$ thousand)
1Q20 4Q19 3Q19 2Q19 1Q19
Balance sheet
Accounts receivables 796,215 672,356 909,148 890,013 813,127
Inventories 825,971 654,107 584,464 522,374 513,142
Accounts payable 645,820 627,565 642,209 643,790 677,581
Sales outstanding [days] 58 48 63 62 59
Inventories outstanding [days] 73 55 48 43 44
Payables outstanding [days] 55 52 52 53 58
Cash conversion cycle [days] 76 51 59 52 45
There was a 25-day increase in working capital in the period compared to the previous quarter (4Q19),
mainly due to the drop in sales in the second half of March and the build-up of inventory close to our
clients’ plants, given the different stages of the pandemic in each country and the relevance of our
products in the supply chain. The main working capital lines presented the following variations:
▪ Increase of R$123.9 million in accounts receivables, representing a 10-day increase in sales,
given the receipt of R$48.1 million related to tool production in 4Q19, which represented a
reduction of 3.8 days in sales in that period. This increase is mainly due to the 29.0% exchange
devaluation effect on our accounts receivable in foreign currency, which correspond to
approximately 90.0% of the total. In turn, some clients stopped their activities in March and
did not receive products already manufactured.
▪ Increase of R$171.9 million in inventory, representing an 18-day increase in relation to the cost
of products sold, a strategy that contributed to the elimination of risks related to supply to our
clients and the preparation for the resumption of factories. Among the measures adopted to
mitigate the operational risks arising from the pandemic, we increased the inventory of critical
products and intensified initiatives to make production more flexible between plants in order
to improve operational efficiency. Regarding raw materials, we continue to receive some
inputs after the shutdown of operations in Brazil (from March 19). We also highlight the effect
of the exchange rate devaluation (29.0%) on foreign currency inventories, which in 1Q20
corresponded to 67.0% of the total;
▪ Increase of R$18.3 million in accounts payable, representing a 3-day increase in relation to the
previous quarter, due to several actions promoted to extend the payment deadline with
current suppliers. Our advances to supplier program carried out by financial institutions which
counterpart was the extension in the payment deadline reached 290 suppliers in 1Q20, 45%
more compared to the previous year.
TUPY S.A. | Release 20
CASH FLOW
Consolidated (R$ thousand)
CASH FLOW SUMMARY 1Q20 1Q19 Var.[%]
Cash and equivalents at the beginning of the period 840,030 713,733 17.7%
Cash from operating activities (34,296) (6,161) 456.7%
Cash used in investments (41,906) (41,396) 1.2%
Cash used in financing activities 486,454 (131,356) -
Effects of exchange rate on cash for the period 114,693 (2,431) -
Increase (decrease) in cash and equivalents 524,945 (181,344) -
Cash and equivalents at the end of the period 1,364,975 532,389 156.4%
In 1Q20, the Company consumed R$34.3 million in cash from operating activities, compared to R$6.2
million in 1Q19. The result of the period was mainly impacted by the variation in working capital,
especially in the inventory and supplier lines, as a result of the Company’s strategy to prepare for the
crisis and its consequences in the production and supply processes of clients.
Investment activities consumed R$41.9 million in 1Q20, a 1.2% increase over the same period of the
previous year.
Financing activities generated R$486.5 million in 1Q20, mainly due to the contracting of bank loans in
the amount of R$494.4 million. Despite the Company's solid cash position and debt structure, the
raising of funds aims to increase liquidity given uncertainties in relation to the global economic
recovery.
The combination between these factors and the effects of the exchange rate variation on cash, totaling
R$114.7 million, led to an increase of R$525.0 million in cash and cash equivalents in the period.
Therefore, we ended the first quarter of 2020 with a cash balance of R$1,365.0 million.
INDEBTEDNESS
The Company closed 1Q20 with net debt of R$1,234.8 million and a net debt/LTM adjusted EBITDA
ratio of 1.70x. The increase in relation to previous quarters reflects the significant appreciation of the
USD at the end of the quarter, given that the debt is calculated based on the closing price of the quarter
(USD/BRL 5.20), while EBITDA is affected by the average price for the period (USD/BRL 4.47).
In the second half of March, the Company contracted bank loans totaling R$494.4 million, with an
average term of 12.3 months and weighted costs of approximately CDI+3.7%.
Foreign currency liabilities represented 80.1% of the total (12.7% short-term and 87.3% long-term
debt), while 19.9% of the debt is denominated in BRL (74.8% short-term and 25.2% long-term debt).
Regarding the cash balance, 64.3% is denominated in BRL and 35.7% in foreign currency.
TUPY S.A. | Release 21
Consolidated (R$ thousand)
INDEBTEDNESS 1Q20 4Q19 3Q19 2Q19 1Q19
Short term 651,268 62,920 41,557 59,589 31,008
Financing and loans 420,833 62,920 38,776 59,003 28,488
Derivative financial instruments 230,435 - 2,781 586 2,520
Long term 1,948,534 1,421,061 1,468,802 1,356,083 1,391,251
Gross debt 2,599,802 1,483,981 1,510,359 1,415,672 1,422,259
Cash and cash equivalents 1,364,975 840,030 611,186 492,259 532,389
Derivative financial instruments - 4,751 408 2,291 131
Net debt 1,234,827 639,200 898,765 921,122 889,739
Gross debt/adjusted EBITDA 3.57x 2.12x 2.16x 2.05x 2.14x
Net debt/adjusted EBITDA 1.70x 0.91x 1.29x 1.34x 1.34x
The Company’s debt profile is as follows:
All amounts in R$ million.
TUPY S.A. | Release 22
OWNERSHIP STRUCTURE
Tupy’s ownership structure as of March 31, 2020 was as follows:
TUPY S.A. | Release 23
Attachment I – Commercial vehicle production and sales in Brazil
(Units)
1Q20 1Q19 Var. (%)
Production
Trucks
Semi-light 243 247 -1.6%
Light 4,080 4,633 -11.9%
Medium 938 1,121 -16.3%
Semi-heavy 6,450 5,694 13.3%
Heavy 12,995 13,066 -0.5%
Total trucks 24,706 24,761 -0.2%
Buses 5,974 6,116 -2.3%
Commercial vehicles 30,680 30,877 -0.6%
Sales
Trucks
Semi-light 1,043 1,388 -24.9%
Light 2,205 2,577 -14.4%
Medium 1,787 2,190 -18.4%
Semi-heavy 4,905 4,625 6.1%
Heavy 10,195 10,684 -4.6%
Total trucks 20,135 21,464 -6.2%
Buses 3,661 4,680 -21.8%
Commercial vehicles 23,796 26,144 -9.0%
Exports
Trucks
Semi-light 17 24 -29.2%
Light 402 611 -34.2%
Medium 187 161 16.1%
Semi-heavy 745 845 -11.8%
Heavy 1,408 878 60.4%
Total trucks 2,759 2,519 9.5%
Buses 1,009 2,080 -51.5%
Commercial vehicles 3,768 4,599 -18.1%
Source: ANFAVEA
TUPY S.A. | Release 24
Attachment II – Production and sales of light and commercial vehicles in foreign markets
(Units)
1Q20 1Q19 Var. (%)
North America
Production
Passenger cars 1,033,884 1,209,166 -14.5%
Light commercial vehicles – Class 1-3 2,807,771 3,019,477 -7.0%
% Light commercial vehicles 73,1% 71,4% +1.7p.p.
Light Duty – Class 4-5 26,136 18,310 42.7%
Medium Duty – Class 6-7 28,542 40,701 -29.9%
Heavy Duty – Class 8 56,893 78,263 -27.3%
Medium & Heavy Duty¹ 111,571 137,274 -18.7%
United States
Sales
Passenger cars 923,465 1,218,279 -24.2%
Light commercial vehicles – Class 1-3 2,589,931 2,795,698 -7.4%
% Light commercial vehicles 73,7% 69,6% +4.1p.p.
Light Duty – Class 4-5 30,047 27,836 7.9%
Medium Duty – Class 6-7 25,946 34,558 -24.9%
Heavy Duty – Class 8 47,616 62,911 -24.3%
Medium & Heavy Duty¹ 103,609 125,305 -17.3%
Europe
Sales
Passenger cars 2,480,855 3,332,515 -25.6%
Source: Automotive News; Bloomberg; ACEA
TUPY S.A. | Release 25
Attachment III – Production and sales of agricultural machinery in global markets
(Units)
1Q20 1Q19 Var. (%)
Production
Americas
Brazil 10,347 10,816 -4.3%
Sales
Americas
Brazil 9,460 9,285 1.9%
United States and Canada 45,669 50,149 -8.9%
Europe
United Kingdom 2,815 3,050 -7.7%
Source: ANFAVEA; Bloomberg; AEM

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Forte crescimento operacional da Tupy no 1T20 apesar da queda de volumes

  • 1. Nota: Exceto quando registrados de outra forma, as comparações expressas por meio de variações percentuais têm por base o mesmo período de 2019. Z Destaques do 1T20 Forte crescimento do resultado operacional, apesar da queda dos volumes ▪ Receitas: R$1.092,6 milhões, redução de 14,7% em relação ao 1T19, sendo que a queda de 24,2% dos volumes foi parcialmente mitigada pela desvalorização cambial e aumento da participação de produtos usinados e em CGI; ▪ Resultado operacional: lucro bruto de R$192,6 milhões, crescimento de 12,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem de 17,6%, vs 13,4% no 1T19. O lucro operacional (antes de impairments) aumentou 38,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, resultado decorrente de inúmeras iniciativas implementadas pela nova estrutura, nos últimos 12 meses; ▪ EBITDA Ajustado: R$164,6 milhões, aumento de 20,2%, com margem de 15,1% (crescimento de 440 pontos-base vs 1T19); ▪ Lucro Líquido: prejuízo de R$207,5 milhões, decorrente de (i) impairment de ativos intangíveis (R$34,4 milhões); (ii) marcação a mercado de instrumentos derivativos utilizados no cálculo de créditos da Eletrobrás e operações de hedge (R$193,6 milhões, líquido da variação cambial positiva nas contas do balanço); e (iii) variação cambial sobre impostos diferidos das operações no México, sem efeito caixa (R$70,1 milhões); ▪ Posição de caixa: R$1.365,0 milhões, aumento de R$524,9 milhões em relação a 31 de dezembro de 2019, impactado pela captação de empréstimos bancários e variação cambial sobre o caixa em moeda estrangeira. Teleconferência de resultados Data: 30/06/2020 Português/Inglês 11h00 (Brasília) / 10h00 (EST) Dial in Brasil: +55 11 3181-8565 Dial in Brasil: +55 11 4210-1803 Dial in EUA: +1 412 717-9627 Toll free EUA: + 1 844 204-8942 Código: Tupy Site: www.tupy.com.br/ri Relações com Investidores Thiago Fontoura Struminski VP de Finanças e Administração Diretor de Relações com Investidores Hugo Zierth Gerente de RI Renan Oliveira Analista de RI dri@tupy.com.br +55 (11) 2763-7844
  • 2. TUPY S.A. | Release 2 MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO Os desdobramentos da pandemia de COVID-19 evoluíram rápido e a prioridade da Tupy foi preservar a saúde e segurança dos nossos funcionários e comunidades nas quais estamos inseridos, bem como implementar um conjunto de ações para preservar a posição financeira sólida da Companhia. A intensidade dessa crise mostrou, mais uma vez, que empresas com governança, gestão de riscos e disciplina financeira têm mais condições de atravessar momentos como esse. Os clientes, por sua vez, valorizarão cada vez mais esses atributos em suas decisões, dados os possíveis impactos nas cadeias globais de fornecimento. Ter um mapeamento claro dos riscos que permeiam toda a Companhia e um comitê de crise organizado e atuante fez a diferença para que pudéssemos, rapidamente, elencar nossas prioridades e nos antecipar às medidas a serem adotadas. Iniciamos 2020 com excelente desempenho operacional e, mesmo com as últimas três semanas do trimestre sendo impactadas pela pandemia e importante redução de volume, concluímos o período com grandes avanços em indicadores de eficiência fabril e das atividades de Compras. Estes resultados, tanto no Brasil quanto no México, refletem o amadurecimento do sistema operacional, dos novos processos adotados e, principalmente, o desempenho do nosso time, incluindo os novos talentos incorporados à Tupy. Em resposta à redução de demanda e às paradas bruscas das operações de nossos clientes em todo o mundo, acionamos os nossos anéis de defesa, um conjunto amplo de ações pré-definidas para reduzir custos e preservar o caixa da Companhia, destacando-se: 1. Flexibilização da produção, com transferência de produtos entre linhas; 2. Redução de jornadas e salários e suspensão temporária de contratos de trabalho; 3. Suspensão temporária de investimentos, excetuando aqueles vinculados à segurança do trabalho e ao meio ambiente; 4. Redução em contratos de serviços; 5. Criação de torres de controle para avaliar todas as despesas; 6. Incremento da posição de caixa em aproximadamente 494 milhões de reais, após termos encerrado 2019 com uma posição de caixa de 840 milhões de reais e com a dívida com vencimento majoritariamente em 2024. Nossos clientes são grandes players globais do setor de bens de capital, ou seja, fabricantes de máquinas, veículos e equipamentos que servem aos setores de transporte de carga, em todos os modais, infraestrutura, agronegócio e geração de energia. Por isso, temos que garantir que o possível descasamento geográfico na cadeia de valor, causado pelo comportamento diferenciado da pandemia em cada região, não resulte em desabastecimento ou em altos custos logísticos. Assim, aumentamos estoques de produtos acabados e procuramos mantê-los próximos dos nossos clientes. Apesar do aumento temporário do capital de giro, essas iniciativas de mitigação de riscos são necessárias para garantir a produção de equipamentos essenciais para o enfrentamento do novo Coronavírus e que têm um papel fundamental na recuperação da economia global. São produtos que contribuem com a qualidade de vida das pessoas, promovendo o acesso à saúde, ao saneamento básico, à água potável, à produção e distribuição de alimentos e mercadorias.
  • 3. TUPY S.A. | Release 3 Desde março, nossos colaboradores que fazem parte do grupo de risco e mães com filhos menores de 10 anos estão afastados, de forma a garantir seu isolamento social. Em todas as operações, revisamos a configuração dos fluxos produtivos e áreas comuns, em acordo com as recomendações das entidades de saúde. No Brasil, retomamos gradativamente a partir de abril e, no México, a partir de maio. Essas ações não podem ser dissociadas da sustentabilidade do ecossistema das comunidades nas quais vivemos, atuamos e ocupamos o nosso papel de liderança. Investimos em múltiplas ações e buscamos outras empresas e voluntários para enfrentar o Coronavírus conosco. Para contribuir com o sistema público de saúde, criamos em nossa sede recreativa, em parceria com o governo municipal de Joinville, o Centro de Triagem e Testagem COVID-19, que tem capacidade para atender 150 pessoas/hora. Desta forma, evitamos a superlotação em hospitais, que podem se dedicar ao tratamento dos casos confirmados. Além disso, no Brasil e no México, doamos alimentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), fabricamos equipamentos hospitalares e compartilhamos conhecimento – o nosso time de TI estabeleceu parceira com a secretaria de saúde para desenvolver uma plataforma de coleção e tratamento de dados de hospitalização e incidência da doença. Assim, facilitamos o sistema de informações local e colaboramos com decisões mais rápidas e eficientes das autoridades locais. Quando olhamos para o futuro, há ainda muitas incertezas, pois, nunca passamos por uma crise desta natureza, mas sabemos que seus efeitos terão consequências duradouras no comportamento das pessoas e na forma de fazer negócios. Provavelmente, observaremos uma mudança no perfil do consumo, por exemplo, com o crescimento do comércio eletrônico, que depende de centros de distribuição e gera demanda para novas construções, equipamentos de movimentação de materiais e veículos de distribuição. A pandemia também tem trazido à tona muitos problemas que não estavam na pauta de discussão e que não respeitam fronteiras territoriais. Questões relacionadas ao saneamento básico, água potável, hospitais e infraestrutura que permita uma condição de vida digna demandarão investimentos em todo o mundo. São esses movimentos e a necessidade ainda mais latente de que haja recursos direcionados ao que é essencial à sociedade que mantêm a nossa crença de que o “novo normal” nos trará oportunidades nos diversos setores em que estamos presentes Temos uma longa caminhada pela frente e sou muito grato pelo apoio que recebemos de nossos acionistas, Conselho de Administração e de um time bastante unido e preparado. Em casa ou no trabalho, #somostodosTupy.
  • 4. TUPY S.A. | Release 4 SÍNTESE DE RESULTADOS Consolidado (R$ Mil) RESUMO 1T20 1T19 Var. [%] Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7% Custo dos produtos vendidos (900.002) (1.110.440) -19,0% Lucro Bruto 192.562 171.089 12,6% % sobre as Receitas 17,6% 13,4% Despesas operacionais (99.841) (97.083) 2,8% Outras despesas operacionais (27.326) (26.784) 2,0% Lucro Operacional 65.395 47.222 38,5% Impairments (34.400) - - Lucro antes do Resultado Financ. 30.995 47.222 -34,4% % sobre as Receitas 2,8% 3,7% Resultado financeiro líquido (218.491) 13.246 - Lucro antes dos Efeitos Fiscais (187.496) 60.468 - % sobre as Receitas - 4,7% Imposto de renda e contrib. social (20.021) 19.974 - Lucro Líquido (207.517) 80.442 - % sobre as Receitas - 6,3% EBITDA (Inst. CVM 527/12) 115.931 125.378 -7,5% % sobre as Receitas 10,6% 9,8% EBITDA Ajustado 164.567 136.947 20,2% % sobre as Receitas 15,1% 10,7% Taxa de câmbio média (BRL/USD) 4,47 3,77 18,5% Taxa de câmbio média (BRL/EUR) 4,92 4,28 15,0%
  • 5. TUPY S.A. | Release 5 VOLUME FÍSICO DE VENDAS Consolidado (ton) 1T20 1T19 Var. [%] Mercado Interno 19.965 29.660 -32,7% Transporte, Infraestrutura & Agricultura 17.495 26.274 -33,4% Hidráulico 2.470 3.386 -27,1% Mercado Externo 91.177 116.972 -22,1% Transporte, Infraestrutura & Agricultura 89.171 114.596 -22,2% Hidráulico 2.005 2.377 -15,6% Vendas Físicas Totais 111.141 146.632 -24,2% As vendas foram afetadas principalmente a partir da metade de mês março pela redução dos pedidos dos clientes no Brasil e exterior ocasionada pela pandemia de COVID-19 e seus reflexos na demanda, sendo que diversos clientes paralisaram suas unidades produtivas ao longo do mês com o intuito de proteger os seus funcionários. O volume físico de vendas do 1T20 recuou 24,2% ante o 1T19, afetado sobretudo pelos seguintes fatores: ▪ Redução de 33,4% das vendas no segmento de Transporte, Infraestrutura & Agricultura no mercado interno, decorrente, principalmente, da redução das exportações indiretas e phase out de produtos já contemplados no planejamento da Companhia; ▪ Queda de 22,2% das vendas no mercado externo nos segmentos de Transporte, Infraestrutura & Agricultura, refletindo principalmente além dos efeitos da pandemia, o desempenho de aplicações off-road, ocasionada pela postergação de investimentos decorrente de incertezas políticas, bem como paradas temporárias para manutenção em linhas de produção de alguns clientes. ▪ No segmento de Hidráulica, reduções de 27,1% e 15,6%, nos mercados interno e externo, respectivamente, reflexo da estratégia de recomposição de preços e de preocupações com o cenário político e impactos da COVID-19 no Brasil e no exterior.
  • 6. TUPY S.A. | Release 6 Aumento de participação de produtos em ferro vermicular (CGI – Compacted Graphite Iron) e usinagem: ▪ A carteira do segmento de Transporte, Infraestrutura & Agricultura foi constituída por 25% de produtos, parcial ou totalmente usinados (vs 23% no 1T19). A distribuição dos produtos, por tipo de material, aponta para 23% de volume de vendas de produtos em ferro vermicular (CGI), sendo que, no 1T19, esse percentual foi de 20%. O aumento das participações reflete a estratégia comercial da Companhia de ampliar a presença na cadeia global de fornecimento por meio da oferta de produtos e serviços de alto valor agregado. RECEITAS As receitas apresentaram uma redução de 14,7%, sendo que a receita/kg aumentou 12,5% na comparação com o 1T19. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var.[%] Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7% Mercado Interno 174.405 237.268 -26,5% Participação % 16,0% 18,5% Mercado Externo 918.159 1.044.261 -12,1% Participação % 84,0% 81,5% Receitas por segmento 1.092.564 1.281.529 -14,7% Transporte, Infraestrutura & Agricultura 1.048.185 1.233.695 -15,0% Participação % 95,9% 96,3% Hidráulica 44.379 47.834 -7,2% Participação % 4,1% 3,7%
  • 7. TUPY S.A. | Release 7 Receitas por mercado de atuação e evolução no período No 1T20, 66,9% das receitas tiveram origem na América do Norte. Por sua vez, as Américas do Sul e Central representaram 16,8% e a Europa, 13,0%. Os demais 3,3% provieram da Ásia, África e Oceania. É importante destacar que diversos clientes localizados nos Estados Unidos exportam seus produtos para inúmeros países. Desta forma, uma parcela relevante das vendas para esta região atende à demanda global por veículos comerciais, máquinas e equipamentos. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var. [%] Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7% Mercado Interno 174.405 237.268 -26,5% Transporte, Infraestrutura & Agricultura 149.406 206.372 -27,6% Carros de passeio 35.764 46.091 -22,4% Veículos comerciais 91.240 137.073 -33,4% Off-road 22.402 23.208 -3,5% Hidráulica 24.999 30.896 -19,1% Mercado Externo 918.159 1.044.261 -12,1% Transporte, Infraestrutura & Agricultura 898.779 1.027.323 -12,5% Carros de passeio 45.941 54.419 -15,6% Veículos comerciais leves 427.190 485.893 -12,1% Veículos comerciais médios e pesados 194.065 204.835 -5,3% Off-road 231.583 282.177 -17,9% Hidráulica 19.380 16.938 14,4% Nota: A divisão entre aplicações considera nossa melhor inferência para casos onde um mesmo produto está em duas aplicações.
  • 8. TUPY S.A. | Release 8 MERCADO INTERNO (MI) Carros de passeio As receitas de vendas para esta aplicação registraram queda de 22,4% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a redução da produção de veículos leves no Brasil ao longo dos meses de fevereiro e março, bem como o phase out de produtos, já contemplado no planejamento da Companhia. Veículos Comerciais As receitas oriundas de aplicações para veículos comerciais apresentaram recuo de 33,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, decorrente da redução de exportações indiretas para o mercado europeu, refletindo o impacto da pandemia na região, bem como de aplicações que são utilizadas em caminhões Classe 8 nos Estados Unidos. Observou-se também a paralisação prolongada de um cliente devido problemas operacionais em uma das suas plantas, com consequente queda na demanda.
  • 9. TUPY S.A. | Release 9 Off-road As receitas da Tupy com vendas para máquinas e veículos fora-de-estrada recuaram 3,5% no 1T20, devido principalmente à queda das exportações indiretas para os mercados europeu e norte- americano. Esse efeito foi mitigado pela desvalorização do Real ante o Dólar, dado que alguns contratos apresentam receita em moeda estrangeira. Hidráulica Durante o primeiro trimestre de 2020, as receitas de vendas no segmento de Hidráulica apresentaram redução de 19,1% em relação ao mesmo período de 2019. A queda dos volumes decorrente de um cenário de incertezas, oriundo de ambiente político interno e da pandemia COVID-19.
  • 10. TUPY S.A. | Release 10 MERCADO EXTERNO (ME) Carros de passeio As receitas com produtos para carros de passeio apresentaram redução de 15,6% em comparação com o 1T19 decorrente da paralisação de clientes na Europa e EUA ocasionada pela pandemia afetando, além dos volumes, o percentual de componentes produzidos em CGI. Veículos comerciais leves Assim como nos trimestres anteriores, observamos elevada participação de pick-ups e SUVs nas vendas da categoria “veículos leves” nos EUA (74% vs 71% no 1T19). A comparação anual foi afetada pelo arrefecimento da demanda ocasionada pela pandemia, além do phase out de alguns produtos, já contemplados no planejamento da Companhia, bem como pela paralisação temporária de clientes relacionada à substituição de equipamentos nas linhas de produção e interrupções em suas cadeias de fornecimentos.
  • 11. TUPY S.A. | Release 11 Veículos comerciais médios e pesados A redução dos volumes no primeiro trimestre de 2020 é decorrente da retração cíclica de mercados relevantes como o europeu e o de caminhões Classe 8 nos EUA, acentuada pelos impactos da pandemia do COVID-19 na demanda e nas cadeias de fornecimento, impactando a cadência de produção de motores. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela desvalorização cambial e phase in de produto. Off-road As vendas para aplicações off-road no 1T20 registraram queda de 17,9% em comparação ao mesmo período de 2019, decorrentes da queda geral dos mercados, especialmente nos setores de petróleo & gás nos Estados Unidos e construção na Ásia, além da redução de investimento por parte das mineradoras. O segmento do agronegócio, por sua vez, foi impactado pelas incertezas políticas na relação entre Estados Unidos e China.
  • 12. TUPY S.A. | Release 12 Hidráulica Durante o primeiro trimestre de 2020, observamos aumento de 14,4% na receita líquida oriunda das vendas de conexões e perfis. Apesar da redução de volume, observamos elevação na receita devido à melhor mix de produtos, desvalorização cambial e realizações de preços. IMPACTOS NOS MESES DE ABRIL E MAIO O resultado do 2T20 tem sido afetado pela paralisação e redução dos volumes dos nossos clientes no Brasil e no exterior, especialmente ao longo dos meses de abril e maio. Desta forma, o bimestre compreendido por esses meses apresentou reduções de aproximadamente 69% e 64% no volume físico de vendas e nas receitas, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. CUSTOS DE PRODUTOS VENDIDOS E DESPESAS OPERACIONAIS O custo dos produtos vendidos (CPV) no 1T20 totalizou R$900,0 milhões, montante 19,0% inferior ao observado no 1T19. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var. [%] Receitas 1.092.564 1.281.529 -14,7% Custo dos produtos vendidos (900.002) (1.110.440) -19,0% Matéria-prima (428.350) (627.004) -31,7% Mão de obra, participação no resultado e benefícios sociais (237.531) (247.343) -4,0% Materiais de manutenção e terceiros (94.040) (98.973) -5,0% Energia (57.515) (61.811) -7,0% Depreciação (68.744) (59.922) 14,7% Outros (13.822) (15.387) -10,2% Lucro bruto 192.562 171.089 12,6% % sobre as Receitas 17,6% 13,4% Despesas operacionais (99.841) (97.083) 2,8% % sobre as Receitas 9,1% 7,6%
  • 13. TUPY S.A. | Release 13 A margem bruta foi de 17,6% no período, percentual que caracteriza melhora de 4,2 pontos percentuais em relação ao 1T19, sendo que ao longo de março implementamos diversas iniciativas para mitigar o efeito da queda dos volumes nas nossas margens, tais como a transferência da produção para linhas que apresentam maior eficiência, otimização do uso e custo de materiais, adoção de férias coletivas redução de horas extras e readequação de custos e despesas fixas ao novo cenário. ▪ Redução de 31,7% no custo com matéria-prima, a despeito da desvalorização do Real no período e da maior participação de produtos usinados e CGI, que demandam materiais mais nobres. Além da queda dos volumes, observamos redução nos preços de diversos insumos, consequência da queda da demanda decorrente dos efeitos da pandemia ao redor do mundo, bem como da implementação de projetos de ganhos de eficiência, incluindo a maior utilização de areia regenerada no México. A base de comparação também foi afetada pelos custos observados nos meses de janeiro e fevereiro de 2019 relacionados ao início de operações de usinagem no México e readequação do processo produtivo, decorrente do prolongamento da manutenção programada em um dos nossos fornos no Brasil. ▪ Retração de 4,0% na conta de mão de obra, ocasionada, principalmente, pela redução de headcount e volume de horas extras, fatores que mitigaram os efeitos da negociação da data- base e da variação cambial. ▪ Diminuição de 5,0% dos custos com materiais de manutenção e terceiros, sendo que ganhos de eficiência obtidos no período compensaram o efeito da variação cambial e da menor diluição de custos fixos; ▪ Queda de 7,0% nos gastos com energia. A despeito da queda do volume produzido, os custos com energia foram impactados pelo aumento das tarifas de geração e distribuição na comparação anual e pelo efeito cambial, uma vez que parte dos contratos de energia no México são denominados em Dólar. As despesas operacionais, englobando despesas administrativas e comerciais, representaram 9,1% das receitas líquidas, atingindo R$99,8 milhões, aumento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2019.
  • 14. TUPY S.A. | Release 14 OUTRAS RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS O resultado da conta de outras despesas operacionais líquidas foi de R$27,3 milhões no 1T20, ante R$26,8 milhões no 1T19, correspondente a um aumento de 2,0%. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var. [%] Depreciação de ativos não operacionais (168) (223) -24,7% Amortização de ativos intangíveis (12.922) (14.992) -13,8% Outros (14.236) (11.569) 23,1% Outras despesas operacionais líquidas (27.326) (26.784) 2,0% Constituição de impairment de intangíveis (34.400) - - Total dos ajustes por impairment (34.400) - - As despesas com amortização de ativos intangíveis apresentaram redução de 13,8%, decorrente da redução da base de ativos ocasionada pela constituição de impairment em dezembro de 2019, no valor de R$45,5 milhões. Impairment – Impacto COVID-19 Em decorrência da queda dos volumes observada no período e da visibilidade limitada para os trimestres seguintes, realizou-se novo teste que acarretou na constituição de impairment no valor de R$34,4 milhões. A Companhia reconhece como ativo intangível o relacionamento contratual com clientes, oriundo da aquisição das unidades mexicanas em 2012, o qual foi valorizado com base na expectativa mínima de manutenção da carteira, considerando volumes de venda praticados em períodos anteriores à aquisição, bem como com as perspectivas de mercado disponíveis à época. O agregado das carteiras que compõem o ativo apresenta, e projeta no longo prazo, volumes e rentabilidade significativamente superiores às que sustentaram o reconhecimento inicial do ativo, que fazem a rentabilidade das plantas alcançarem o patamar adequado. Todavia, uma vez que o ativo intangível foi reconhecido por carteira e a norma não permite a compensação entre elas, foi elaborada nova análise individual e observamos retração da demanda de algumas carteiras, as quais tem baixa probabilidade de atingir os volumes projetados até o término no período de amortização (abril de 2022), acarretando no reconhecimento do referido impairment. O saldo de ativos intangíveis relacionados a contratos com clientes era de R$85,8 milhões (US$16,5 milhões em 31 de março de 2020. Após o impairment, o valor mensal da depreciação destes ativos passa de US$0,9 milhão para US$0,7 milhão. A linha “Outros” é composta por (i) R$2,6 milhões de atualização/constituição de provisões (vs R$9,4 milhões no 1T19) e (ii) R$11,6 milhões referentes à baixa de bens do ativo imobilizado e venda de inservíveis (vs R$2,1 milhões no 1T19).
  • 15. TUPY S.A. | Release 15 RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO Durante o 1T20, o resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$218,5 milhões, ante receita de R$13,2 milhões no 1T19. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var. [%] Despesas financeiras (91.715) (24.980) 267,2% Receitas financeiras 12.071 25.144 -52,0% Variações monetárias e cambiais líquidas (138.847) 13.082 - Resultado Financeiro Líquido (218.491) 13.246 - O aumento de R$66,7 milhões das despesas financeiras decorre, principalmente, da atualização do valor do instrumento derivativo utilizado para ajustar o valor presente dos créditos a receber da Eletrobrás, sem efeito caixa. Tendo como base atual jurisprudência adotada pelos tribunais superiores, a Companhia considera serem possíveis as chances de recebimento do crédito mediante a entrega pela Eletrobrás de ações de sua emissão, em quantidade baseada no seu valor patrimonial. O ajuste, no montante de R$54,8 milhões, reflete a queda do valor das ações da Companhia (ELET6) e o aumento da volatilidade, variáveis utilizadas no cálculo do valor da opção com base no modelo Black-Scholes. O resultado também foi impactado pela desvalorização do BRL frente ao USD (taxa média de câmbio de 4,47 no 1T20 vs. 3,77 no 1T19) no período, com efeito sobre o reconhecimento de juros dos empréstimos em Dólar Norte Americano. Queda de 52,0% nas receitas financeiras, que atingiram R$12,1 milhões no período. Além da queda da taxa de juros que remunera nossas aplicações financeiras, a base de comparação em relação ao 1T19 foi impactada pela redução da atualização monetária dos créditos da Eletrobrás, dado o recebimento de R$63,0 milhões em dezembro de 2019. As despesas com variações monetárias e cambiais líquidas, no valor de R$138,8 milhões, são decorrentes de (i) variações positivas contas do balanço patrimonial, no valor de R$106,1 milhões e (ii) resultado de operações de hedge (liquidação de contratos e marcação a mercado), correspondente a despesa de R$245,0 milhões no período. Operações com Derivativos Desde 2016, a Companhia realiza operações de hedge com o intuito de mitigar os riscos da variação cambial no seu fluxo de caixa futuro, decorrentes do descasamento de receitas e custos em relação à moeda funcional utilizada em cada país. Sendo que cerca de 70% da receita de componentes produzidos no Brasil é denominada em Dólar, com custos majoritariamente em Reais. Por sua vez, as receitas no México são dolarizadas, enquanto aproximadamente 40% dos custos estão denominados em Pesos. Para tal finalidade, utiliza-se instrumento conhecido como zero-cost collar (“ZCC”), que consiste de (i) compra de uma opção de venda (put) e venda de uma opção de compra (call), estabelecendo limites inferiores e superiores para a taxa de câmbio, podendo ocorrer três cenários no vencimento da operação:
  • 16. TUPY S.A. | Release 16 (i) Caso a cotação do Dólar permaneça dentro dos limites estabelecidos, a Companhia não recebe nem paga ajustes financeiros; (ii) Caso a cotação fique abaixo do limite inferior, a Companhia recebe ajustes financeiros, mitigando o efeito da desvalorização do Dólar no resultado operacional; (iii) Caso a cotação fique acima do limite superior da banda, a Companhia paga ajustes financeiros, limitando o ganho operacional decorrente da valorização do Dólar. Enquanto os ajustes (efeito caixa) são realizados apenas no vencimento das operações, a marcação a mercado é atualizada mensalmente, com ambos efeitos registrados contabilmente como receitas ou despesas na linha de variações monetárias e cambiais. Dessa forma, uma vez que o hedge é realizado para proteger receitas futuras (não materializadas), a oscilação abrupta na taxa de câmbio impacta o resultado financeiro, sem a contrapartida no resultado operacional. Do valor de R$245,0 milhões reconhecidos como despesa no 1T20, o desembolso de caixa decorrente de operações encerradas no período foi de R$17,6 milhões, valor compensado pelo impacto positivo da depreciação cambial no resultado operacional. É importante ressaltar que o ZCC não demanda chamada de margem nem permite liquidação antecipada pela contraparte. A Companhia possui operações contratadas até dezembro de 2020, sendo que, desde março de 2020, não tem montado novas posições dada a incerteza em relação à recuperação da economia global, com reflexo na demanda, além da volatilidade atípica da taxa de câmbio. LUCRO ANTES DOS EFEITOS FISCAIS E LUCRO LÍQUIDO O resultado líquido da Companhia foi prejuízo de R$207,5 milhões, ante lucro de R$80,4 milhões no 1T19. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var. [%] Lucro antes dos Efeitos Fiscais (187.496) 60.468 - Efeitos fiscais antes de impactos cambiais 50.059 11.367 340,4% Lucro antes dos Efeitos cambiais sobre base tributária (137.437) 71.835 - Efeitos cambiais sobre base tributária (70.080) 8.607 - Lucro Líquido (207.517) 80.442 - % sobre as Receitas -19,0% 6,3% Apesar do crescimento do resultado operacional, o lucro antes dos efeitos fiscais foi afetado pelos seguintes fatores, os quais estão relacionados aos efeitos da pandemia: (i) Impairment de ativos intangíveis no México, decorrente da queda do volume de algumas carteiras e visibilidade limitada dos efeitos da COVID-19, com impacto de R$34,4 milhões, sem efeito caixa; (ii) Marcação a mercado do instrumento utilizado para ajustar o valor dos créditos a receber da Eletrobrás, ocasionado pela desvalorização das ações da Companhia e aumento da volatilidade (variáveis utilizadas no modelo de precificação), com impacto de R$54,8 milhões, sem efeito caixa;
  • 17. TUPY S.A. | Release 17 (iii) Efeito líquido da variação cambial nas contas do balanço e marcação do mercado de derivativos (zero cost collar), no valor de R$138,8 milhões, com efeito caixa de R$17,6 milhões. É importante ressaltar que a contabilização destas contas leva em consideração a cotação do último dia útil do trimestre (R$5,20, variação de 33,4% vs 1T19). Enquanto as receitas são afetadas pelo câmbio médio do período (R$4,47, variação de 18,5% em relação ao mesmo período do ano anterior). A Companhia registrou efeitos fiscais antes de impactos cambiais no montante de R$50,1 milhões, resultante da diferença da despesa à alíquota (34%) sobre o lucro antes dos efeitos fiscais e dos efeitos de adições/exclusões permanentes, sendo que a base de comparação foi afetada pelo benefício fiscal de R$34,0 milhões referente ao pagamento de juros sobre capital próprio, reconhecido no 1T19. As bases tributárias dos ativos e passivos das empresas localizadas no México, onde a moeda funcional é o Dólar, são mantidas em Pesos Mexicanos por seus valores históricos. As flutuações nas taxas de câmbio modificam as bases tributárias e consequentemente efeitos cambiais são reconhecidos como receitas e/ou despesas de imposto de renda diferido. No 1T20 foi registrada despesa de R$70,1 milhões, sem efeito caixa, em virtude da desvalorização de 24,1% do Peso Mexicano frente ao Dólar, em relação ao trimestre imediatamente anterior (4T19). O lucro líquido ajustado por esses efeitos foi de R$14,5 milhões, conforme observado no gráfico abaixo: 1 Alíquota de 34% sobre a variação cambial sobre o resultado financeiro e marcação a mercado dos créditos Eletrobrás; alíquota de 30% sobre o impairment de ativos intangíveis.
  • 18. TUPY S.A. | Release 18 EBITDA A combinação dos fatores supramencionados resultou em EBITDA de R$115,9 milhões, redução de 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O indicador foi impactado pelo impairment de ativos intangíveis, no valor de R$34,4 milhões. Excluindo esse efeito, o EBITDA do período atingiu R$150,3 milhões, crescimento de 19,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem de 13,8% O EBITDA Ajustado pelo efeito de constituição/atualização de provisões, baixa de bens do ativo imobilizado, venda de inservíveis e do impairment atingiu R$164,6 milhões, com margem de 15,1% e aumento de 20,2% ante o 1T19. Consolidado (R$ Mil) RECONCILIAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO C/ EBITDA 1T20 1T19 Var. [%] Lucro Líquido (Prejuízo) do Exercício (207.517) 80.442 - (+) Resultado financeiro líquido 218.491 (13.246) - (+) Imposto de renda e contribuição social 20.021 (19.974) - (+) Depreciações, amortizações 84.936 78.156 8,7% EBITDA (Instr. CVM 527/12) 115.931 125.378 -7,5% % sobre as receitas 10,6% 9,8% (+) Outras Despesas Operacionais Líquidas 14.236 11.569 23,1% (–) Constituição de impairment (34.400) - - EBITDA Ajustado 164.567 136.947 20,2% % sobre as receitas 15,1% 10,7% Os ajustes realizados no EBITDA têm como objetivo expurgar os efeitos de itens que apresentam menor correlação com o negócio da Companhia, não apresentam efeito caixa ou não recorrentes. Estas despesas totalizaram R$14,2 milhões no 1T20 e são constituídas por (i) R$2,6 milhões de atualizações/constituições de provisões (vs R$9,4 milhões no 1T19) e (ii) R$11,6 milhões referentes a baixa de bens do ativo imobilizado e venda de ativos inservíveis (vs R$2,1 milhões no 1T19). INVESTIMENTOS NO ATIVO IMOBILIZADO E INTANGÍVEL O total de investimentos nos ativos imobilizado e intangível foi de R$37,8 milhões no 1T20. Consolidado (R$ Mil) 1T20 1T19 Var. [%] Ativo imobilizado Investimentos estratégicos 7.087 16.680 -57,5% Sustentação e modernização 26.623 24.326 9,4% Meio Ambiente 1.174 1.012 16,0% Juros e encargos financeiros 435 389 11,8% Ativo intangível Software 1.483 3.618 -59,0% Projetos em desenvolvimento 966 652 48,2% Total 37.768 46.678 -19,1% % sobre as Receitas 3,5% 3,6%
  • 19. TUPY S.A. | Release 19 A comparação anual, que apresentou redução de 19,1%, foi impactada pelo volume de investimentos realizados no 1T19, incluindo nova regeneradora de areia e adequações realizadas para novos produtos. Dado cenário de incertezas em relação ao prolongamento dos e feitos da pandemia, a Companhia tem reduzido significantemente os seus investimentos desde o mês de maio, priorizando projetos relacionados à segurança e meio ambiente. CAPITAL DE GIRO Consolidado (R$ Mil) 1T20 4T19 3T19 2T19 1T19 Balanço Patrimonial Contas a receber 796.215 672.356 909.148 890.013 813.127 Estoques 825.971 654.107 584.464 522.374 513.142 Contas a pagar 645.820 627.565 642.209 643.790 677.581 Prazo médio de recebimento [dias] 58 48 63 62 59 Estoques [dias] 73 55 48 43 44 Prazo médio de pagamento [dias] 55 52 52 53 58 Ciclo de conversão de caixa [dias] 76 51 59 52 45 Observou-se aumento de 25 dias do capital de giro no período em relação ao trimestre anterior (4T19), ocasionado principalmente pela queda das vendas na segunda quinzena de março e formação de estoque próximos às plantas dos nossos clientes, dada a localização em países com estágios distintos da pandemia e a relevância dos nossos produtos na cadeia de fornecimento. As principais linhas de capital de giro apresentaram as seguintes variações: ▪ Aumento de R$123,9 milhões na linha de contas a receber, com elevação em 10 dias de vendas, sendo que se observou no 4T19 o recebimento de ferramentais no montante de R$48,1 milhões, o que representou uma redução de 3,8 dias de vendas naquele período. Esse incremento deve-se, principalmente à desvalorização cambial de 29,0% com efeito sobre nossas contas a receber em moeda estrangeira, que correspondem à aproximadamente 90,0% do total. Alguns clientes, por sua vez, paralisaram suas atividades ao longo do mês de março e não receberam produtos já fabricados. ▪ Elevação dos estoques no montante de R$171,9 milhões, aumento de 18 dias em relação ao custo dos produtos vendidos, estratégia que contribuiu para a eliminação de riscos de fornecimentos aos nossos clientes e preparação das fábricas para a retomada. Entre as medidas adotadas para mitigar os riscos operacionais decorrentes da pandemia, aumentamos o estoque de produtos críticos e intensificamos iniciativas de flexibilização da produção entre as plantas com o intuito de aumentar a eficiência operacional. Em relação às matérias-primas, continuamos recebendo alguns insumos após a paralisação das operações no Brasil (iniciada em 19 de março). Por fim, destaca-se o efeito da desvalorização cambial (29,0%) dos estoques em moeda estrangeira, que no 1T20 corresponderam a 67,0% do total;
  • 20. TUPY S.A. | Release 20 ▪ Aumento de R$18,3 milhões na linha de contas a pagar, representando elevação em 3 dias em relação ao trimestre anterior, decorrente de diversas ações promovidas para alongamento do prazo de pagamento junto aos atuais fornecedores. Nosso programa de adiantamento a fornecedores realizado por instituições financeiras que tem como contrapartida o aumento do prazo para pagamento atingiu 290 fornecedores no 1T20, aumento de 45% em relação ao ano anterior. FLUXO DE CAIXA Consolidado (R$ Mil) RESUMO DO FLUXO DE CAIXA 1T20 1T19 Var.[%] Caixa e equivalentes de caixa do início do período 840.030 713.733 17,7% Caixa oriundo das atividades operacionais (34.296) (6.161) 456,7% Caixa aplicado nas atividades de investimentos (41.906) (41.396) 1,2% Caixa aplicado nas atividades de financiamentos 486.454 (131.356) - Efeito cambial no caixa do exercício 114.693 (2.431) - Diminuição da disponibilidade de caixa 524.945 (181.344) - Caixa e equivalentes de caixa no final do período 1.364.975 532.389 156,4% No 1T20, a Companhia consumiu R$34,3 milhões de caixa oriundos das atividades operacionais, ante consumo de R$6,2 milhões no 1T19. O resultado do período foi impactado, principalmente, pela variação do capital de giro, especialmente nas linhas de estoque e fornecedores, decorrente da estratégia da Companhia de preparação para a crise e suas de consequências nos processos de produção e abastecimento dos clientes. Em relação às atividades de investimentos, foram consumidos R$41,9 milhões no 1T20, aumento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No que tange às atividades de financiamentos, durante o 1T20, verificou-se geração de R$486,5 milhões, decorrente, principalmente, da captação de empréstimos bancários no valor de R$494,4 milhões. A despeito da sólida posição de caixa e estrutura de endividamento da Companhia, a captação tem como objetivo aumentar a liquidez diante do cenário de incertezas em relação à recuperação da economia global. A combinação desses fatores somada à variação cambial sobre o caixa, no valor de R$114,7 milhões, resultou no aumento da disponibilidade de caixa no montante de R$525,0 milhões no período. Assim, encerramos o primeiro trimestre de 2020 com saldo de R$1.365,0 milhões. ENDIVIDAMENTO A Companhia encerrou o 1T20 com endividamento líquido de R$1.234,8 milhões, ou seja, a relação entre dívida líquida e EBITDA Ajustado correspondeu a 1,70, nos últimos 12 meses. O aumento em relação ao trimestres anteriores foi ocasionado pela forte valorização do dólar no final do trimestre,
  • 21. TUPY S.A. | Release 21 sendo que a dívida é calculada com base na cotação de fechamento do trimestre (USD/BRL 5,20), enquanto o EBITDA é afetado pela cotação média do período (US$/R$ 4,47). Na segunda quinzena de março, a Companhia contratou empréstimos bancários no montante de R$494,4 milhões, com prazo médio de 12,3 meses e custos ponderados de aproximadamente CDI+3,7%. As obrigações em moeda estrangeira representam 80,1% do total (sendo 12,7% do curto prazo e 87,3% do longo prazo), enquanto 19,9% do endividamento estão denominados em BRL (74,8% do curto prazo e 25,2% do longo prazo). Quanto ao saldo de caixa, 64,3% são denominados em reais e 35,7% em moeda estrangeira. Consolidado (R$ Mil) ENDIVIDAMENTO 1T20 4T19 3T19 2T19 1T19 Curto prazo 651.268 62.920 41.557 59.589 31.008 Financiamentos e empréstimos 420.833 62.920 38.776 59.003 28.488 Instrum.financeiros e derivativos 230.435 - 2.781 586 2.520 Longo prazo 1.948.534 1.421.061 1.468.802 1.356.083 1.391.251 Endividamento bruto 2.599.802 1.483.981 1.510.359 1.415.672 1.422.259 Caixa e equivalentes de caixa 1.364.975 840.030 611.186 492.259 532.389 Instrum.financeiros e derivativos - 4.751 408 2.291 131 Endividamento líquido 1.234.827 639.200 898.765 921.122 889.739 Dívida bruta/EBITDA Ajustado 3,57x 2,12x 2,16x 2,05x 2,14x Dívida líquida/EBITDA Ajustado 1,70x 0,91x 1,29x 1,34x 1,34x O perfil do endividamento da Companhia é o que segue: Todos os valores em R$ milhões.
  • 22. TUPY S.A. | Release 22 ESTRUTURA ACIONÁRIA A posição acionária da Tupy em 31 de março de 2020 estava dividida da seguinte forma:
  • 23. TUPY S.A. | Release 23 Anexo I – Produção e vendas de veículos comerciais no Brasil (Unidades) 1T20 1T19 Var. (%) Produção Caminhões Semileves 243 247 -1,6% Leves 4.080 4.633 -11,9% Médios 938 1.121 -16,3% Semipesados 6.450 5.694 13,3% Pesados 12.995 13.066 -0,5% Total Caminhões 24.706 24.761 -0,2% Ônibus 5.974 6.116 -2,3% Veículos Comerciais 30.680 30.877 -0,6% Licenciamentos de nacionais Caminhões Semileves 1.043 1.388 -24,9% Leves 2.205 2.577 -14,4% Médios 1.787 2.190 -18,4% Semipesados 4.905 4.625 6,1% Pesados 10.195 10.684 -4,6% Total Caminhões 20.135 21.464 -6,2% Ônibus 3.661 4.680 -21,8% Veículos Comerciais 23.796 26.144 -9,0% Exportações Caminhões Semileves 17 24 -29,2% Leves 402 611 -34,2% Médios 187 161 16,1% Semipesados 745 845 -11,8% Pesados 1.408 878 60,4% Total Caminhões 2.759 2.519 9,5% Ônibus 1.009 2.080 -51,5% Veículos Comerciais 3.768 4.599 -18,1% Fonte: ANFAVEA
  • 24. TUPY S.A. | Release 24 Anexo II – Produção e vendas de veículos leves e comerciais nos mercados internacionais (Unidades) 1T20 1T19 Var. (%) América do Norte Produção Automóveis 1.033.884 1.209.166 -14,5% Comerciais Leves – Classe 1-3 2.807.771 3.019.477 -7,0% % Comerciais Leves 73,1% 71,4% +1,7p.p. Comerciais – Classe 4-5 26.136 18.310 42,7% Comerciais – Classe 6-7 28.542 40.701 -29,9% Comerciais – Classe 8 56.893 78.263 -27,3% Comerciais Médios e Pesados¹ 111.571 137.274 -18,7% Estados Unidos Vendas Automóveis 923.465 1.218.279 -24,2% Comerciais Leves – Classe 1-3 2.589.931 2.795.698 -7,4% % Comerciais Leves 73,7% 69,6% +4,1p.p. Comerciais – Classe 4-5 30.047 27.836 7,9% Comerciais – Classe 6-7 25.946 34.558 -24,9% Comerciais – Classe 8 47.616 62.911 -24,3% Comerciais Médios e Pesados¹ 103.609 125.305 -17,3% União Europeia Vendas Automóveis 2.480.855 3.332.515 -25,6% Fonte: Automotive News; Bloomberg; ACEA
  • 25. TUPY S.A. | Release 25 Anexo III – Produção e vendas de máquinas agrícolas nos mercados globais (Unidades) 1T20 1T19 Var. (%) Produção Américas Brasil 10.347 10.816 -4,3% Vendas Américas Brasil 9.460 9.285 1,9% Estados Unidos e Canadá 45.669 50.149 -8,9% Europa Reino Unido 2.815 3.050 -7,7% Fonte: ANFAVEA; Bloomberg; AEM
  • 26. Note: Except when otherwise recorded, comparisons expressed by percentage changes are based on the same period of 2019. Z 1Q20 Highlights Strong growth in operating income, despite lower volumes ▪ Revenues: R$1,092.6 million, down 14.7% over 1Q19, with the drop of 24.2% in volumes partially offset by currency depreciation and the higher share of machined and CGI goods; ▪ Operating result: gross profit of R$192.6 million, up 12.6% over last year, with a margin of 17.6%, vs. 13.4% in 1Q19. Operating profit (before impairments) increased 38.5, result of several initiatives implemented by the new organizational structure in the last 12 months; ▪ Adjusted EBITDA: R$164.6 million, an increase of 20.2%, with a margin of 15.1% (growth of 440 bps vs. 1Q19); ▪ Net Income: loss of R$207.5 million, due to (i) impairment of intangible assets (R$34.4 million); (ii) mark-to-market of derivative instruments used in the calculation of credits receivable from Eletrobrás and hedge operations (R$193.6 million, net of positive effect of exchange variation on the balance sheet); and (iii) exchange rate variation on deferred taxes of Mexican operations, with no cash effect (R$70.1 million); ▪ Cash position: R$1,365.0 million, an increase of R$524.9 million compared to December 31, 2019, impacted by the contracting of bank loans and foreign exchange rate variation on cash in foreign currency. Earnings Conference Call Date: June 30, 2020 English/Portuguese 10:00 a.m. (EST) / 11:00 a.m. (BRT) Dial in U.S.: +1 412 717-9627 Toll free U.S.: + 1 844 204-8942 Dial in Brazil: +55 11 3181-8565 Dial in Brazil: +55 11 4210-1803 Code: Tupy Website: www.tupy.com.br/ir Investor Relations Thiago Fontoura Struminski Vice President of Finance and Administration Investor Relations Officer Hugo Zierth IR Manager Renan Oliveira IR Analyst dri@tupy.com.br +55 (11) 2763-7844
  • 27. TUPY S.A. | Release 2 MESSAGE FROM MANAGEMENT The COVID-19 pandemic evolved rapidly and Tupy’s main priority was to ensure the health and safety of our employees and the communities in which we operate, as well as the implementation of a set of actions to preserve the Company’s solid financial position. The severity of this crisis showed, once again, that companies focused on good corporate governance, risk management and financial discipline are better able to overcome this type of challenge. In turn, clients will increasingly value these attributes in their purchasing decisions, given the possible impacts on global supply chains. The Company’s clear mapping of the risks that permeate all areas of operation and its organized and active crisis committee made a difference so we could quickly identify our priorities and anticipate the measures to be adopted. We started 2020 with excellent operational performance and, even with the impact of the pandemic and a significant reduction in volume in the last three weeks of the quarter, we ended the period with important advances in manufacturing efficiency indicators and in purchasing performance. These results, both in Brazil and Mexico, reflect the maturity of our operating system, the new processes adopted and, mainly, our team’s performance, including the new talents incorporated into Tupy. In response to the reduced demand and abrupt stops of our clients’ operations worldwide, we implemented our protective rings, a wide range of pre-defined actions to reduce costs and preserve the Company’s cash position, such as: 1. Production flexibility, with transfer of products among lines; 2. Reduction of working hours and salaries and temporary suspension of employment contracts; 3. Temporary suspension of investments, except those related to work safety and the environment; 4. Reduction in service contracts; 5. Creation of control towers to assess all expenses; 6. Increase of cash position by approximately R$494 million, after ending 2019 with cash position of R$840 million and the majority of debt maturing in 2024. Our clients are major global players in the capital goods sector, that is, manufacturers of machinery, vehicles and equipment that serve the freight transportation sectors, in all modals, infrastructure, agribusiness and power generation. Therefore, we must ensure that the possible geographic mismatch in the value chain, due to the different behavior of the pandemic in each region, does not lead to shortages or high logistical costs. As a result, we increased inventories of finished goods and kept them close to our clients. Despite the temporary increase in working capital, these risk mitigation initiatives are necessary to ensure the production of equipment which are essential for tackling the new Coronavirus pandemic and play a fundamental role in the global economic recovery, contributing to people’s quality of life, providing access to health, basic sanitation, drinking water, as well as the production and distribution of food and goods. Since March, employees who are part of the high-risk group and mothers with children under the age of 10 years old have been on leave, in order to ensure they are able to follow social distancing
  • 28. TUPY S.A. | Release 3 measures. We reviewed the configuration of production flows and common areas within all operations, in accordance with the recommendations of health authorities. In Brazil, we gradually resumed activities from April and in Mexico, from May. We also carried out actions to ensure the sustainability of the ecosystem of the communities in which we live, operate and play a leadership role. We invested in multiple initiatives and joined forces with other companies and volunteers to tackle Coronavirus together. In order to contribute to the public health system, we set up, at our recreational headquarters and in partnership with the municipal government of Joinville, the COVID-19 Screening and Testing Center, with capacity to assist 150 people/hour. By doing so, we avoid overcrowding hospitals, which can then focus on the treatment of already confirmed cases. In addition, in Brazil and Mexico, we donated food and Personal Protective Equipment (PPE), manufactured hospital equipment and shared knowledge – our IT team has partnered with the health department to develop a platform for the collection and processing of data regarding hospitalization and disease incidence. Therefore, we support the local information system and collaborate with faster and more efficient decisions by local authorities. Looking forward, we still see many uncertainties, as we have never experienced a crisis of this nature, but we know that its effects will have long-term consequences on people’s behavior and the way of doing business. We will probably see changes in consumption patterns, with the growth of e- commerce websites, for example, which depends on distribution centers and generates demand for new construction works, material handling equipment and distribution vehicles. The pandemic has also brought to light many problems that were not under discussion and that do not respect territorial boundaries. Issues related to basic sanitation, drinking water, hospital facilities and infrastructure that enables decent living conditions will require investments around the world. These movements and an even more pressing need for resources directed to what is essential to society lead us to believe that the “new normal” will bring us opportunities in the different sectors in which we operate. We still have a long journey ahead of us and I am very grateful for the support we received from our shareholders, the Board of Directors and a very united and prepared team. At home or at work, #wearealltupy MAIN INDICATORS
  • 29. TUPY S.A. | Release 4 Consolidated (R$ thousand) SUMMARY 1Q20 1Q19 Var. [%] Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7% Cost of goods sold (900,002) (1,110,440) -19.0% Gross Profit 192,562 171,089 12.6% % on Revenues 17.6% 13.4% Operating expenses (99,841) (97,083) 2.8% Other operating expenses (27,326) (26,784) 2.0% Operating Profit 65,395 47,222 38.5% Impairments (34,400) - - Income before Financial Result 30,995 47,222 -34.4% % on Revenues 2.8% 3.7% Net financial result (218,491) 13,246 - Income before Taxes (187,496) 60,468 - % on Revenues - 4.7% Income tax and social contribution (20,021) 19,974 - Net Income (207,517) 80,442 - % on Revenues - 6.3% EBITDA (CVM Instruction 527/12) 115,931 125,378 -7.5% % on Revenues 10.6% 9.8% Adjusted EBITDA 164,567 136,947 20.2% % on Revenues 15.1% 10.7% Average exchange rate (BRL/USD) 4.47 3.77 18.5% Average exchange rate (BRL/EUR) 4.92 4.28 15.0%
  • 30. TUPY S.A. | Release 5 SALES VOLUME Consolidated (ton) 1Q20 1Q19 Var. [%] Domestic market 19,965 29,660 -32.7% Transportation, Infrastructure & Agriculture 17,495 26,274 -33.4% Hydraulics 2,470 3,386 -27.1% Foreign market 91,177 116,972 -22.1% Transportation, Infrastructure & Agriculture 89,171 114,596 -22.2% Hydraulics 2,005 2,377 -15.6% Total Sales Volume 111,141 146,632 -24.2% Sales were particularly affected from the middle of March due to the reduction in client orders in Brazil and abroad as a result of the COVID-19 pandemic and its effects on demand, since several clients stopped their production operations throughout the month in order to protect their employees. Sales volume in 1Q20 decreased by 24.2% over 1Q19, mainly due to the following factors: ▪ Sales in the Transportation, Infrastructure & Agriculture segment in the domestic market dropped by 33.4%, mainly due to lower indirect exports and the phase out of products, which was already included in the Company’s plan; ▪ Sales in the Transportation, Infrastructure & Agriculture segment in the foreign market dropped by 22.2%, mainly reflecting, in addition to the effects of the pandemic, the performance of applications in the off-road segment, as a result of postponed investments due to political uncertainties, as well as temporary maintenance shutdowns in the production lines of some clients; ▪ The Hydraulics segment decreased by 27.1% and 15.6%, in the domestic and foreign markets, respectively, due to the price recovery strategy and concerns about the political scenario and impacts of COVID-19 in Brazil and abroad.
  • 31. TUPY S.A. | Release 6 Increased share of CGI (Compacted Graphite Iron) and machined goods: ▪ Partially or fully machined goods accounted for 25% of the portfolio of the Transportation, Infrastructure & Agriculture segment (vs. 23% in 1Q19). The distribution of goods by type of material shows that CGI goods accounted for 23% of sales volume (vs. 20% in 1Q19). This increase reflects the Company’s commercial strategy to expand its presence in the global supply chain by offering high value-added products and services. REVENUES Revenues decreased by 14.7%, and revenue/kilo rose by 12.5% compared to 1Q19. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var.[%] Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7% Domestic market 174,405 237,268 -26.5% Share % 16.0% 18.5% Foreign market 918,159 1,044,261 -12.1% Share % 84.0% 81.5% Revenues per segment 1,092,564 1,281,529 -14.7% Transportation, Infrastructure & Agriculture 1,048,185 1,233,695 -15.0% Share % 95.9% 96.3% Hydraulics 44,379 47,834 -7.2% Share % 4.1% 3.7%
  • 32. TUPY S.A. | Release 7 Revenues by market and performance in the period In 1Q20, 66.9% of revenues came from North America; 16.8% from South and Central America; 13.0% from Europe; and the remaining 3.3% from Asia, Africa and Oceania. It is worth noting that multiple clients in the U.S. export their goods to other countries. Therefore, a substantial portion of sales to this region meets the global demand for commercial vehicles, machinery and equipment. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var. [%] Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7% Domestic market 174,405 237,268 -26.5% Transportation, Infrastructure & Agriculture 149,406 206,372 -27.6% Passenger Cars 35,764 46,091 -22.4% Commercial vehicles 91,240 137,073 -33.4% Off-road 22,402 23,208 -3.5% Hydraulics 24,999 30,896 -19.1% Foreign market 918,159 1,044,261 -12.1% Transportation, Infrastructure & Agriculture 898,779 1,027,323 -12.5% Passenger Cars 45,941 54,419 -15.6% Light Commercial Vehicles 427,190 485,893 -12.1% Medium and Heavy Commercial Vehicles 194,065 204,835 -5.3% Off-road 231,583 282,177 -17.9% Hydraulics 19,380 16,938 14.4% Note: The division between commercial and off-road vehicles considers our best inference of the same product for these two applications.
  • 33. TUPY S.A. | Release 8 DOMESTIC MARKET (DM) Passenger Cars Revenues from sales of passenger car applications decreased by 22.4% year-on-year in 1Q20, due to the reduction in the production of light vehicles in Brazil in February and March, as well as the phase out of goods, which was already included in the Company’s plan. Commercial Vehicles Revenues from commercial vehicles decreased by 33.4% year-on-year in 1Q20, due to lower indirect exports to the European market, reflecting the impact of the pandemic in the region, as well as a reduction in exports of applications used in Class 8 trucks in the U.S. In addition, the prolonged shutdown of one of our client’s production plant due to operational problems led to a drop in demand.
  • 34. TUPY S.A. | Release 9 Off-road Tupy’s revenues from sales of machinery and off-road vehicles decreased by 3.5% in 1Q20, mainly due to lower indirect exports to the European and North American markets. This effect was offset by the depreciation of the BRL against the USD, given that the revenues from some contracts are denominated in foreign currency. Hydraulics In 1Q20, sales revenues from the Hydraulics segment decreased by 19.1% year-on-year, due to a scenario of uncertainty regarding the internal political environment and the COVID-19 pandemic.
  • 35. TUPY S.A. | Release 10 FOREIGN MARKET (FM) Passenger Cars Revenues from products for passenger cars decreased by 15.6% in the quarter compared to 1Q19, due to the stoppage of our clients’ operations in Europe and the U.S. as a result of the pandemic, affecting volumes and the share of CGI goods. Light Commercial Vehicles As in previous quarters, we observed a high share of pick-ups and SUVs in the U.S. sales of light commercial vehicles (74% vs. 71% in 1Q19). The annual comparison was affected by the lower demand as a result of the pandemic, the phase out of some goods, which was already included in the Company’s plan, as well as the temporary shutdown of some clients’ production lines related to the replacement of equipment and interruptions in their supply chains.
  • 36. TUPY S.A. | Release 11 Medium and Heavy Commercial Vehicles The reduction in volumes in 1Q20 is due to the cyclical downturn in relevant markets such as Europe and Class 8 trucks in the U.S., intensified by the COVID-19 pandemic’s impact on demand and supply chains, affecting the pace of engine production. These effects were partially offset by currency depreciation and product phase in. Off-road Sales from off-road applications declined by 17.9% year-on-year in 1Q20, due to the general fall in the markets, especially in the oil & gas sector in the U.S. and the construction sector in Asia, as well as the reduction in investment by mining companies. The agribusiness segment, in turn, was impacted by political uncertainties related to the U.S.-China relationship.
  • 37. TUPY S.A. | Release 12 Hydraulics In 1Q20, we observed a 14.4% increase in net revenues from pipe fittings and iron bars. Despite the reduction in volume, revenues increased as a result of better product mix, currency depreciation and price adjustments. IMPACTS IN APRIL AND MAY The 2Q20 result has been affected by the stoppage and reduction in the volumes of our clients in Brazil and abroad, especially in April and May. Therefore, the two-month period showed a reduction of approximately 69% and 64% in sales volume and revenues, respectively, compared to the same period of the previous year. COST OF GOODS SOLD AND OPERATING EXPENSES The cost of goods sold (COGS) in 1Q20 totaled R$900.0 million, down 19.0% over 1Q19. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var. [%] Revenues 1,092,564 1,281,529 -14.7% Cost of goods sold (900,002) (1,110,440) -19.0% Raw material (428,350) (627,004) -31.7% Labor, profit sharing and social benefits (237,531) (247,343) -4.0% Maintenance and third parties (94,040) (98,973) -5.0% Energy (57,515) (61,811) -7.0% Depreciation (68,744) (59,922) 14.7% Other (13,822) (15,387) -10.2% Gross profit 192,562 171,089 12.6% % on Revenues 17.6% 13.4% Operating expenses (99,841) (97,083) 2.8% % on Revenues 9.1% 7.6%
  • 38. TUPY S.A. | Release 13 Gross margin was 17.6% in the period, an increase of 4.2 percentage point compared to 1Q19. Throughout March, we implemented several initiatives to mitigate the effect of lower volumes on our margins, such as transferring production to more efficient lines, optimizing the use and cost of materials, adopting collective vacations, reducing overtime and readjusting fixed costs and expenses to the new scenario. ▪ Reduction of 31.7% in raw material costs, despite the depreciation of the BRL in the period and the increased share of CGI and machined goods, which require more noble materials. In addition to the reduction in volumes, we observed a decline in the prices of several inputs, as a result of lower demand due to the effects of the pandemic around the world, as well as the implementation of efficiency gains projects, including the greater use of regenerated sand in Mexico. The basis of comparison was also affected by the costs observed in January and February 2019, related to the start of machining operations in Mexico and the readjustment of the production process, due to the extension of scheduled maintenance in one of our furnaces in Brazil. ▪ Reduction of 4.0% in the labor costs, mainly due to lower headcount and overtime volume, which mitigated the effects of the collective bargaining agreement and the exchange rate variation. ▪ Decrease of 5.0% in maintenance supply and third-party costs. Efficiency gains in the period offset the effect of exchange rate variations and the lower dilution of fixed costs. ▪ Decrease of 7.0% in energy costs. Despite the lower volume produced, energy costs were affected by the increase in distribution and generation tariffs in the annual comparison, as well as by the exchange rate variation, since part of the energy contracts in Mexico are denominated in USD. Operating expenses, including selling and administrative expenses, accounted for 9.1% of net revenues, totaling R$99.8 million, an increase of 2.8% over the same period in 2019. OTHER OPERATING INCOME (EXPENSES) Other net operating expenses totaled R$27.3 million in 1Q20, versus an expense of R$26.8 million in 1Q19, an increase of 2.0%. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var. [%] Depreciation of non-operating assets (168) (223) -24.7% Amortization of intangible assets (12,922) (14,992) -13.8% Other (14,236) (11,569) 23.1% Other net operating expenses (27,326) (26,784) 2.0% Reversal (constitution) of impairment (34,400) - - Total impairment adjustments (34,400) - -
  • 39. TUPY S.A. | Release 14 Expenses related to the amortization of intangible assets decreased by 13.8%, due to the reduction in the asset base as a result of the recognition of impairment in December 2019, in the amount of R$45.5 million. Impairment – Impact of COVID-19 Due to the lower volumes observed in the period and the limited visibility for the following quarters, a new assessment was carried out which resulted in the constitution of impairment in the amount of R$34.4 million. The Company recognizes the contractual relationship with clients arising from the acquisition of Mexican operations in 2012 as intangible asset, which was appreciated based on the minimum expectation of maintenance of the client portfolio, considering the sale volumes in periods prior to the acquisition, as well as the market prospects available at the time. The aggregate of the portfolios that make up the asset presents and projects, in the long term, volumes and profitability significantly higher than those that sustained the initial recognition of the asset, which make the profitability of the plants reach the appropriate level. However, since the intangible asset was recognized per portfolio and the rule does not allow compensation among them, we carried out an individual analysis and observed a decline in the demand of some portfolios, which have a low probability of reaching the projected volumes until the end of the amortization period (April 2022), resulting in the recognition of said impairment. The balance of intangible assets related to contracts with clients was R$85.8 million (US$16.5 million on March 31, 2020). After the recognition of the impairment, the monthly depreciation value of these assets changes from US$0.9 million to US$0.6 million. The “Others” line consists of (i) R$2.6 million in restatement/constitution of provisions (vs. R$9.4 million in 1Q19) and (ii) R$11.6 million related to the write-off of property, plant and equipment and the sale of unserviceable assets (vs. R$2.1 million in 1Q19). NET FINANCIAL INCOME (LOSS) In 1Q20, the Company recorded net financial loss of R$218.5 million, versus revenue of R$13.2 million in 1Q19. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var. [%] Financial expenses (91,715) (24,980) 267.2% Financial revenues 12,071 25,144 -52.0% Net monetary and exchange rate variations (138,847) 13,082 - Net Financial Income/Loss (218,491) 13,246 - Financial expenses increased by R$66.7 million, mainly due to the restatement of the amount related to the derivative instrument used to adjust the accounts receivable from Eletrobrás at present value, with no cash effect. Based on current jurisprudence adopted by higher courts, the Company considers it possible to receive the credits through the delivery of shares issued by Eletrobrás in the amount based on its book value. The adjustment, in the amount of R$54.8 million, reflects the drop in
  • 40. TUPY S.A. | Release 15 Eletrobrás’ shares price (ELET6) and the increase in volatility, variables used in the calculation of the prices of options based on the Black-Scholes model. The net financial result was also impacted by the depreciation of the BRL against the USD in the period (average exchange rate of R$4.47 in 1Q20 vs. R$3.77 in 1Q19), which affected the recognition of interest on loans denominated in USD. Financial revenues fell 52.0%, to R$12.1 million in the period. In addition to the drop in the interest rates that remunerates our financial investments, the year-on-year comparison was impacted by the reduction in monetary adjustments of accounts receivable from Eletrobrás credits, due to the cash inflow of R$63.0 million in December 2019. The result of net monetary and exchange variations, in the amount of R$138.8 million, was due to (i) a positive impact of R$106.1 million in the balance sheet accounts in the period, and (ii) the result of hedging operations (settlement of contracts and mark-to-market), corresponding to an expense of R$245.0 million in the period. Derivatives Since 2016, the Company has carried out hedging operations in order to mitigate the risks of exchange rate variations in its future cash flow, resulting from the mismatch in the recognition of revenues and costs in relation to the functional currency of each country. About 70% of the revenue from goods produced in Brazil is denominated in USD, and costs are mostly denominated in BRL. On the other hand, revenues in Mexico are denominated in USD, while approximately 40% of costs are denominated in Pesos. For this purpose, the Company uses an instrument known as zero-cost collar (“ZCC”), which consists of (i) the purchase of a put option and the sale of a call option, establishing lower and upper limits for the exchange rate variation, leading to three possible scenarios at the maturity of the operation: (i) If the USD exchange rate remains within the established limits, the Company does not receive or pay financial adjustments; (ii) If the exchange rate is below the lower limit, the Company receives financial adjustments, mitigating the effect of the USD depreciation on the operating result; (iii) If the exchange rate is above the upper limit, the Company pays financial adjustments, limiting the operational gain resulting from the USD appreciation. The adjustments (cash effect) are made only when the operations mature, while the mark-to-market is updated monthly, and both effects are recorded as revenues or expenses in the “Net monetary and exchange rate variations” line. Therefore, once the hedging operation is carried out to protect future (non-materialized) revenues, a sharp exchange rate fluctuation impacts the financial result, with no counterpart in the operating result. Of a total of R$245.0 million recognized as expenses in 1Q20, cash disbursement related to operations closed in the period was R$17.6 million, which was offset by the positive impact of BRL devaluation on the operating result. It is worth noting that the ZCC strategy is not subject to margin calls nor allows the early settlement by the counterparty. The Company has operations contracted until December 2020, and since March 2020, it has not initiated new positions due to the uncertainty regarding the global economic recovery, reflected in demand, in addition to the atypical volatility of the exchange rate.
  • 41. TUPY S.A. | Release 16 EARNINGS BEFORE TAXES AND NET INCOME The Company recorded net loss of R$207.5 million, compared to net income of R$80.4 million in 1Q19. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var. [%] Income before tax effects (187,496) 60,468 - Tax effects before foreign exchange impacts 50,059 11,367 340.4% Gains before exchange effects on the tax base (137,437) 71,835 - Exchange effects on the tax base (70,080) 8,607 - Net income (207,517) 80,442 - % on Revenues -19.0% 6.3% Despite the growth in operating income, earnings before tax effects were affected by the following factors related to the pandemic: (i) Impairment of intangible assets in Mexico, due to the lower volume of some portfolios and limited visibility as a result of the effects of the COVID-19 pandemic, with an impact of R$34.4 million, with no cash effect; (ii) Mark-to-market of the instrument used to adjust the credits receivable from Eletrobrás, due to the devaluation of the Company’s shares and increased volatility (variables used in the pricing model), with an impact of R$54.8 million, with no cash effect; (iii) Net effect of the exchange rate variation on the balance sheet and the mark-to-market of derivatives (zero cost collar), in the amount of R$138.8 million, with a cash effect of R$17.6 million. It is worth noting that these accounts are recorded considering the exchange rate on the last business day of the quarter (R$5.20, variation of 33.4% vs. 1Q19), while revenues are affected by the average exchange rate for the period (R$4.47, variation of 18.5% in relation to the same period of the previous year). The Company recorded tax effects before foreign exchange impacts in the amount of R$50.1 million, resulting from the difference in expenses at the rate of 34% on profit before tax effects and the effects of permanent additions/exclusions. The year-on-year comparison was impacted by the tax benefit of R$34.0 million related to the payment of interest on equity recognized in 1Q19. The tax bases of the assets and liabilities of Mexican operations, which functional currency is the USD, are calculated in Mexican Pesos at their historical values. Fluctuations in exchange rates modify tax bases and, consequently, exchange effects are recognized as deferred income tax profit and/or loss. In 1Q20, a loss of R$70.1 million was recorded, with no cash effect, due to the 24.1% depreciation of the Mexican Peso against the USD, in relation to the immediately previous quarter (4Q19).
  • 42. TUPY S.A. | Release 17 Adjusted net income for these effects was R$14.5 million, as shown in the chart below: 1 Rate of 34% on the exchange rate on the financial result and mark-to-market of Eletrobrás credits; rate of 30% on the impairment of intangible assets. EBITDA The combination of the above-mentioned factors resulted in an EBITDA of R$115.9 million, a reduction of 7.5% over the same period of the previous year. The indicator was impacted by the impairment of intangible assets, in the amount of R$34.4 million. Excluding this effect, EBITDA for the period reached R$150.3 million, an increase of 19.9% over the same period last year, with a margin of 13.8%. The EBITDA adjusted by the effects of the restatement/constitution of provisions, the write-off of property, plant and equipment, the sale of unserviceable assets and the impairment totaled R$164.6 million, with a margin of 15.1%, an increase of 20.2% compared to 1Q19.
  • 43. TUPY S.A. | Release 18 Consolidated (R$ thousand) RECONCILIATION OF NET INCOME TO EBITDA 1Q20 1Q19 Var. [%] Net Income (Loss) for the Period (207,517) 80,442 - (+) Net financial results 218,491 (13,246) - (+) Income and social contribution taxes 20,021 (19,974) - (+) Depreciation and amortization 84,936 78,156 8.7% EBITDA (CVM Instruction 527/12) 115,931 125,378 -7.5% % on Revenues 10.6% 9.8% (+) Other net operating expenses 14,236 11,569 23.1% (–) Impairment (34,400) - - Adjusted EBITDA 164,567 136,947 20.2% % on Revenues 15.1% 10.7% The adjustments made to EBITDA have the purpose of offsetting the effects of items that present less correlation with the Company’s business, have no cash effect or are non-recurring. These expenses totaled R$14.2 million in 1Q20 and comprise (i) R$2.6 million of restatement/constitution of provisions (vs. R$9.4 million in 1Q19) and (ii) R$11.6 million related to write-off of property, plant and equipment and sale of unserviceable assets (vs. R$2.1 million in 1Q19). INVESTMENTS IN PROPERTY, PLANT AND EQUIPMENT AND INTANGIBLE ASSETS Investments in property, plant and equipment and intangible assets totaled R$37.8 million in 1Q20. Consolidated (R$ thousand) 1Q20 1Q19 Var. [%] PP&E Strategic investments 7,087 16,680 -57.5% Maintenance and sustenance 26,623 24,326 9.4% Environment 1,174 1,012 16.0% Interest and financial expenses 435 389 11.8% Intangible assets Software 1,483 3,618 -59.0% Projects under development 966 652 48.2% Total 37,768 46,678 -19.1% % on Revenues 3.5% 3.6% The annual comparison, which showed a decrease of 19.1%, was impacted by the volume of investments made in 1Q19, including a new sand regenerator and adjustments made for new products. Due to the scenario of uncertainty given the long-lasting effects of the pandemic, the Company has significantly reduced its investments since May, prioritizing safety and environmental projects.
  • 44. TUPY S.A. | Release 19 WORKING CAPITAL Consolidated (R$ thousand) 1Q20 4Q19 3Q19 2Q19 1Q19 Balance sheet Accounts receivables 796,215 672,356 909,148 890,013 813,127 Inventories 825,971 654,107 584,464 522,374 513,142 Accounts payable 645,820 627,565 642,209 643,790 677,581 Sales outstanding [days] 58 48 63 62 59 Inventories outstanding [days] 73 55 48 43 44 Payables outstanding [days] 55 52 52 53 58 Cash conversion cycle [days] 76 51 59 52 45 There was a 25-day increase in working capital in the period compared to the previous quarter (4Q19), mainly due to the drop in sales in the second half of March and the build-up of inventory close to our clients’ plants, given the different stages of the pandemic in each country and the relevance of our products in the supply chain. The main working capital lines presented the following variations: ▪ Increase of R$123.9 million in accounts receivables, representing a 10-day increase in sales, given the receipt of R$48.1 million related to tool production in 4Q19, which represented a reduction of 3.8 days in sales in that period. This increase is mainly due to the 29.0% exchange devaluation effect on our accounts receivable in foreign currency, which correspond to approximately 90.0% of the total. In turn, some clients stopped their activities in March and did not receive products already manufactured. ▪ Increase of R$171.9 million in inventory, representing an 18-day increase in relation to the cost of products sold, a strategy that contributed to the elimination of risks related to supply to our clients and the preparation for the resumption of factories. Among the measures adopted to mitigate the operational risks arising from the pandemic, we increased the inventory of critical products and intensified initiatives to make production more flexible between plants in order to improve operational efficiency. Regarding raw materials, we continue to receive some inputs after the shutdown of operations in Brazil (from March 19). We also highlight the effect of the exchange rate devaluation (29.0%) on foreign currency inventories, which in 1Q20 corresponded to 67.0% of the total; ▪ Increase of R$18.3 million in accounts payable, representing a 3-day increase in relation to the previous quarter, due to several actions promoted to extend the payment deadline with current suppliers. Our advances to supplier program carried out by financial institutions which counterpart was the extension in the payment deadline reached 290 suppliers in 1Q20, 45% more compared to the previous year.
  • 45. TUPY S.A. | Release 20 CASH FLOW Consolidated (R$ thousand) CASH FLOW SUMMARY 1Q20 1Q19 Var.[%] Cash and equivalents at the beginning of the period 840,030 713,733 17.7% Cash from operating activities (34,296) (6,161) 456.7% Cash used in investments (41,906) (41,396) 1.2% Cash used in financing activities 486,454 (131,356) - Effects of exchange rate on cash for the period 114,693 (2,431) - Increase (decrease) in cash and equivalents 524,945 (181,344) - Cash and equivalents at the end of the period 1,364,975 532,389 156.4% In 1Q20, the Company consumed R$34.3 million in cash from operating activities, compared to R$6.2 million in 1Q19. The result of the period was mainly impacted by the variation in working capital, especially in the inventory and supplier lines, as a result of the Company’s strategy to prepare for the crisis and its consequences in the production and supply processes of clients. Investment activities consumed R$41.9 million in 1Q20, a 1.2% increase over the same period of the previous year. Financing activities generated R$486.5 million in 1Q20, mainly due to the contracting of bank loans in the amount of R$494.4 million. Despite the Company's solid cash position and debt structure, the raising of funds aims to increase liquidity given uncertainties in relation to the global economic recovery. The combination between these factors and the effects of the exchange rate variation on cash, totaling R$114.7 million, led to an increase of R$525.0 million in cash and cash equivalents in the period. Therefore, we ended the first quarter of 2020 with a cash balance of R$1,365.0 million. INDEBTEDNESS The Company closed 1Q20 with net debt of R$1,234.8 million and a net debt/LTM adjusted EBITDA ratio of 1.70x. The increase in relation to previous quarters reflects the significant appreciation of the USD at the end of the quarter, given that the debt is calculated based on the closing price of the quarter (USD/BRL 5.20), while EBITDA is affected by the average price for the period (USD/BRL 4.47). In the second half of March, the Company contracted bank loans totaling R$494.4 million, with an average term of 12.3 months and weighted costs of approximately CDI+3.7%. Foreign currency liabilities represented 80.1% of the total (12.7% short-term and 87.3% long-term debt), while 19.9% of the debt is denominated in BRL (74.8% short-term and 25.2% long-term debt). Regarding the cash balance, 64.3% is denominated in BRL and 35.7% in foreign currency.
  • 46. TUPY S.A. | Release 21 Consolidated (R$ thousand) INDEBTEDNESS 1Q20 4Q19 3Q19 2Q19 1Q19 Short term 651,268 62,920 41,557 59,589 31,008 Financing and loans 420,833 62,920 38,776 59,003 28,488 Derivative financial instruments 230,435 - 2,781 586 2,520 Long term 1,948,534 1,421,061 1,468,802 1,356,083 1,391,251 Gross debt 2,599,802 1,483,981 1,510,359 1,415,672 1,422,259 Cash and cash equivalents 1,364,975 840,030 611,186 492,259 532,389 Derivative financial instruments - 4,751 408 2,291 131 Net debt 1,234,827 639,200 898,765 921,122 889,739 Gross debt/adjusted EBITDA 3.57x 2.12x 2.16x 2.05x 2.14x Net debt/adjusted EBITDA 1.70x 0.91x 1.29x 1.34x 1.34x The Company’s debt profile is as follows: All amounts in R$ million.
  • 47. TUPY S.A. | Release 22 OWNERSHIP STRUCTURE Tupy’s ownership structure as of March 31, 2020 was as follows:
  • 48. TUPY S.A. | Release 23 Attachment I – Commercial vehicle production and sales in Brazil (Units) 1Q20 1Q19 Var. (%) Production Trucks Semi-light 243 247 -1.6% Light 4,080 4,633 -11.9% Medium 938 1,121 -16.3% Semi-heavy 6,450 5,694 13.3% Heavy 12,995 13,066 -0.5% Total trucks 24,706 24,761 -0.2% Buses 5,974 6,116 -2.3% Commercial vehicles 30,680 30,877 -0.6% Sales Trucks Semi-light 1,043 1,388 -24.9% Light 2,205 2,577 -14.4% Medium 1,787 2,190 -18.4% Semi-heavy 4,905 4,625 6.1% Heavy 10,195 10,684 -4.6% Total trucks 20,135 21,464 -6.2% Buses 3,661 4,680 -21.8% Commercial vehicles 23,796 26,144 -9.0% Exports Trucks Semi-light 17 24 -29.2% Light 402 611 -34.2% Medium 187 161 16.1% Semi-heavy 745 845 -11.8% Heavy 1,408 878 60.4% Total trucks 2,759 2,519 9.5% Buses 1,009 2,080 -51.5% Commercial vehicles 3,768 4,599 -18.1% Source: ANFAVEA
  • 49. TUPY S.A. | Release 24 Attachment II – Production and sales of light and commercial vehicles in foreign markets (Units) 1Q20 1Q19 Var. (%) North America Production Passenger cars 1,033,884 1,209,166 -14.5% Light commercial vehicles – Class 1-3 2,807,771 3,019,477 -7.0% % Light commercial vehicles 73,1% 71,4% +1.7p.p. Light Duty – Class 4-5 26,136 18,310 42.7% Medium Duty – Class 6-7 28,542 40,701 -29.9% Heavy Duty – Class 8 56,893 78,263 -27.3% Medium & Heavy Duty¹ 111,571 137,274 -18.7% United States Sales Passenger cars 923,465 1,218,279 -24.2% Light commercial vehicles – Class 1-3 2,589,931 2,795,698 -7.4% % Light commercial vehicles 73,7% 69,6% +4.1p.p. Light Duty – Class 4-5 30,047 27,836 7.9% Medium Duty – Class 6-7 25,946 34,558 -24.9% Heavy Duty – Class 8 47,616 62,911 -24.3% Medium & Heavy Duty¹ 103,609 125,305 -17.3% Europe Sales Passenger cars 2,480,855 3,332,515 -25.6% Source: Automotive News; Bloomberg; ACEA
  • 50. TUPY S.A. | Release 25 Attachment III – Production and sales of agricultural machinery in global markets (Units) 1Q20 1Q19 Var. (%) Production Americas Brazil 10,347 10,816 -4.3% Sales Americas Brazil 9,460 9,285 1.9% United States and Canada 45,669 50,149 -8.9% Europe United Kingdom 2,815 3,050 -7.7% Source: ANFAVEA; Bloomberg; AEM