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Sumário
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA                                                     1

1.1 EMENTA                                                                     1
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL                                                        1
1.3 OBJETIVOS                                                                  1
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO                                                      1
1.5 METODOLOGIA                                                                1
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO                                                     2
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA                                                   2
CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR                    ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.

2. INTRODUÇÃO                                                                 3

2.1 A CONTABILIDADE DE CUSTOS                                                 3
2.1.1 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS                                    3
2.1.2 O DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS                            5
2.1.3 COMPARAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS                      7

3. CONCEITOS BÁSICOS                                                          8

3.1 TERMINOLOGIA CONTÁBIL                                                     8
3.2 GASTO                                                                     8
3.3 INVESTIMENTO                                                              9
3.4 CUSTO                                                                     9
3.5 DESPESA                                                                   9
3.6 DESEMBOLSO                                                               10
3.7 PERDA                                                                    10

4. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS                                                   12

4.1 CUSTO DIRETO                                                             12
4.2 CUSTO INDIRETO                                                           13
4.3 CUSTO FIXO                                                               14
ATE 4.4 CUSTO VARIÁVEL                                                       14
4.4 CUSTO VARIÁVEL                                                           15
4.5 CUSTO SEMI-FIXO                                                          16
4.6 CUSTO SEMI-VARIÁVEL                                                      17

5. CUSTOS PARA DETERMINAÇÃO DO LUCRO                                         18
5.1 INTRODUÇÃO                                                                18
5.1.1 GASTOS FABRIS                                                           18
5.1.2 GASTOS FABRIS E NÃO FABRIS                                              18
5.1.3 GASTOS NÃO FABRIS                                                       19
5.1.4 FLUXO DE DISPÊNDIO                                                      19
5.1.5 CUSTO PRIMÁRIO                                                          20
5.1.6 CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO                                                  20
5.1.7 CUSTO DE PRODUÇÃO                                                       20
5.1.8 CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS                                           20
5.1.9 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS                                             20
5.1.10. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA APURAÇÃO DO RESULTADO. 21

6. CUSTOS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE                                       22

6.1 CUSTOS PARA CONTROLE                                                     22
6.1.1 CUSTO-PADRÃO IDEAL                                                     22
6.1.2 CUSTO-PADRÃO ESTIMADO                                                  23
6.1.3 CUSTO-PADRÃO CORRENTE                                                  23

7. CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÕES                                            24

7.1 INTRODUÇÃO                                                               24
7.1.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO                                                   24
7.1.2 CUSTEIO DIRETO                                                         25
7.1.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO                                                 25
7.1.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS (DIRETO E POR ABSORÇÃO)                  26
7.1.5 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO PELO SISTEMA DE
CUSTEIO POR ABSORÇÃO                                                         29
7.1.6 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO PELO SISTEMA DE
CUSTEIO DIRETO                                                               30
7.1.7 A RELAÇÃO CUSTO – VOLUME – LUCRO                                       31
7.1.8 ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO                                         31
7.1.9 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL                                           31
7.1.10 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO                                         31
7.1.11 PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO                                        32

8. CUSTO ABC                                                                 36

8.1 INTRODUÇÃO                                                               36
8.2 OS BENEFÍCIOS E AS RESTRIÇÕES DO ABC                                     37
8.3 ATRIBUIÇÃO DE CUSTOS ÀS ATIVIDADES                                       38
8.4 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DOS DIRECIONADORES DE CUSTOS                     40

9. SISTEMAS DE TRADICIONAIS DE CUSTEIO                                       47

9.1 MÉTODOS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS                                         47
9.1.1 APROPRIAÇÃO DE CUSTOS POR PROCESSO                                     47
9.1.2 APROPRIAÇÃO DE CUSTOS POR ORDEM DE SERVIÇO                             48

10. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO                                                    52
EXERCÍCIO 01   52
EXERCÍCIO 02   55
EXERCÍCIO 03   56
EXERCÍCIO 04   57
EXERCÍCIO 05   59
EXERCÍCIO 06   62
EXERCÍCIO 07   63
EXERCÍCIO 08   64
1. Programa da disciplina
1.1 Ementa

Conceitos de custos e utilização de controles eficientes e eficazes como direcionadores
gerenciais visando à tomada de decisões seguras.


1.2 Carga horária total

80 horas.



1.3 Objetivos

Oferecer aos educandos, futuros bacharéis, subsídios e conhecimentos das práticas de
custos proporcionando assim menores riscos nas decisões deste âmbito.



1.4 Conteúdo programático
Custos – conceito e controle na nova economia. Terminologia contábil aplicada e
elementos de custo.
Contabilização dos custos e departamentalização.
Métodos de custeio – custeio por absorção, custeio direto, custeio por atividades.
Análise custo-volume-lucro – margem de contribuição e pontos de equilíbrio.
Gestão de custos: custos para planejamento e decisão.
Preço de venda – estrutura formação e cálculo.



1.5 Metodologia

Aulas expositivas e praticas variando a utilização de ferramentas e recursos (quadro,
datashow, etc).


                                                              Contabilidade de Custos
1.6 Critérios de avaliação

As provas G1 e G2 terão grau 7. Trabalhos, presenças e participação em aula
complementam os 3 pontos.


1.7 Bibliografia recomendada

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo, Atlas, 2003.


BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

BERBEL, J. D. Introdução a contabilidade e a análise de custos. São Paulo: Editora
STS, 2003.
COGAN, S. Activity- based costing ABC: a poderosa estratégia empresarial. Pioneira,
1998.
LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2000.
SCHIMIDT, P.; SANTOS, J. L.; PINHEIRO, P. R.. Fundamentos da gestão estratégica
de custos. São Paulo: Atlas, 2006.




                                                           Contabilidade de Custos
2. Introdução


2.1 A Contabilidade de Custos

A Contabilidade de Custos forma parcela ponderável da moderna Contabilidade
Administrativa, Gerencial ou Analítica.

Passaremos a expor alguns conceitos breves que nos auxiliarão a desenvolver a tese de
que as técnicas de Contabilidade de Custos constituem um poderoso instrumento nas
mãos do administrador para o eficiente desempenho de suas funções.

Importante notar que durante muito tempo se pensou que a Contabilidade de Custos se
referia apenas ao custeamento dos produtos e que servia somente às empresas
industriais. Todavia, atualmente, esse ramo da Contabilidade é constituído de técnicas
que podem ser aplicadas a muitas outras atividades, inclusive, e principalmente, aos
serviços públicos e ainda às empresas não-lucrativas.

Uma distinção clara entre Contabilidade Industrial e Contabilidade de Custos é
essencial neste ponto. Contabilidade Industrial é a aplicação dos princípios e preceitos
da Contabilidade Geral, ao registro, organização e controle das operações de uma
empresa industrial, assim como o são a Contabilidade Bancária, a de Transportes, a de
Seguros e assim por diante.

A Contabilidade de Custos, no entanto, engloba técnicas de Contabilidade Geral e
outras técnicas extra contábeis para o registro, organização, análise e interpretação dos
dados relacionados à produção ou à prestação de serviços, podendo ser aplicada
igualmente como detalhe da Contabilidade Industrial, da Contabilidade Bancária, da
Contabilidade de Transportes e de Seguros.


2.1.1 Objetivos da Contabilidade de Custos


A idéia básica de custos, atualmente, é de que eles devem ser determinados, tendo em
vista o uso a que se destinam. A “diversidade de objetivos da Contabilidade de Custos
torna difícil estabelecer um só tipo de custo da produção, que se adapte a todas as
necessidades. Cada utilização de custo requer, de fato, diferentes tipos de custos”. Por
isso, a Contabilidade de Custos, quando acumula os custos e os organiza em
informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: a determinação do
lucro, o controle das operações e a tomada de decisões.

Os dados de custos necessários para a determinação do lucro podem ser extraídos
diretamente dos registros convencionais da Contabilidade. Uma ou outra compilação

                                                                Contabilidade de Custos
deverá ser feita para transformá-los em informações úteis. Por exemplo, a separação dos
custos em aplicados e periódicos já vai fornecer resultados mais realísticos à
Administração. A acumulação dos custos por fases de fabricação, por departamentos e
por produtos resultará em apropriações mais racionais. O atendimento do princípio
contábil de que a toda renda devem ser computados os custos necessários para realizá-la
é a maneira mais usada e correta para o levantamento do lucro do período.

Considerando, ainda, os mesmos dados básicos, pode a Contabilidade, por meio de
classificações especiais, atender ao controle. Quando o contador acumula os custos por
centros de responsabilidade e dentro de cada centro classifica os custos por função, por
natureza e por possibilidade de controle, dota a Administração de meio eficaz para a
determinação dos custos por componente da organização e, conseqüentemente, para o
exercício de controle mais efetivo sobre o desempenho de cada um dos responsáveis por
esses mesmos componentes.

O sistema de custos-padrão, adotado pelas empresas industriais e que também pode ser
empregado para o controle de outras atividades, é instrumento valioso à disposição do
administrador o qual permite a criação de metas contra as quais medir os resultados.

A separação dos custos em relação ao volume, isto é, dos custos fixos e custos
variáveis, fornecerá ao contador meios para dar melhores informações à administração
em termos de controle (por exemplo, os orçamentos flexíveis) e em termos de auxílio ao
processo decisório (por exemplo, a análise do ponto de equilíbrio).

Tratando-se das relações entre a Contabilidade de Custos e o processo de decisão, vale
lembrar a existência de diversos tipos de custos que devem atender a várias finalidades.

Neste ponto é que reside a maior utilidade das técnicas de Custos. Os dados de custos
são manipulados de formas diferentes, objetivando emprestar-lhes a significação exigida
para a solução dos mais complexos problemas que enfrenta o administrador.

Na fixação do preço de venda de um produto devem ser computados todos os custos e,
principalmente, num regime inflacionário, os custos de reposição. A recuperação dos
custos através da venda servirá para cobrir os impostos, os juros, as despesas para
expansão, os dividendos e a reposição das matérias-primas e de outros fatores de
produção necessários para o reinício e manutenção do ciclo operacional.

O custeamento dos planos e das alternativas, das atividades de distribuição e dos
inventários por meio de tipos diferentes de custos, permitirá ao administrador tomar
decisões mais científicas.

É sabido que existem fatores qualitativos de extrema importância que devem ser levados
em conta ao se tomar uma decisão. Todavia, mesmo reconhecendo que existem
elementos imponderáveis na escolha de uma alternativa, este processo será mais válido
se auxiliado por fatores de natureza quantitativa.

Em resumo, a Contabilidade de Custos fornece informações para:

   1. A determinação dos custos dos fatores de produção;


                                                               Contabilidade de Custos
2. A determinação dos custos de qualquer natureza;
   3. A determinação dos custos dos setores de uma organização;
   4. A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade ou de
       setores da organização;
   5. O controle das operações e das atividades de qualquer organização;
   6. A administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou
       solucionar problemas especiais;
   7. O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da
       capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho
       necessário para conserto, dos serviços de garantia de produtos;
   8. A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é,
       quando as despesas de manutenção e reparos ultrapassam os benefícios advindos
       da utilização do equipamento;
   9. A determinação dos custos dos pedidos não satisfeitos;
   10. A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajudar o cálculo
       do estoque mínimo, do lote mais econômico de compra, da época de compra;
   11. O estabelecimento dos orçamentos.


2.1.2 O Desenvolvimento da Contabilidade de Custos


A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial. Sua principal função
era, então, registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar os inventários
e, conseqüentemente, a determinar mais corretamente as rendas e levantar os balanços.

Nesse tempo eram apenas computados os custos diretos: o valor do material consumido
e o valor da mão-de-obra aplicada.

No fim do século passado, vários fatores exigiram que o cantador de Custos desse mais
um grande passo em direção a um maior refinamento. Foi bastante difícil a adoção
generalizada da computação de valores estimados no custo de um produto. Os
contadores se restringiam a contabilizar apenas os custos reais. Era princípio rígido o
registro das transações e das operações somente pelas despesas realmente incorridas.

Com certo relaxamento deste princípio, quando se considerou que a Contabilidade de
Custos era voltada para as atividades internas da organização, foi possível o emprego de
taxas predeterminadas para a apropriação dos custos indiretos ao valor dos produtos,
dos inventários e dos serviços.

De qualquer modo, essa primeira fase se caracterizou pela preocupação com o registro
dos custos.

A partir da Primeira Grande Guerra, em face da intensificação da competição e ainda
após a Depressão, verificou-se que as informações de Contabilidade de Custos, se
organizadas adequadamente, poderiam servir como controle dos próprios custos e das
operações.




                                                               Contabilidade de Custos
A Contabilidade de Custos ganhou corpo, atingindo sua identidade específica e
começou a ser finalmente considerada como instrumento da Administração.

Com a Segunda Grande Guerra desenvolveram-se modernas técnicas de administração,
e novas concepções levaram à Contabilidade de Custos impulsos novos, aumentando
sua área de influência. As informações de Custo passaram a apoiar a Administração em
sua funções de planejamento e tomada de decisões. A Contabilidade de Custos cada vez
mais passou a responsabilizar-se pela análise e interpretação das informações
quantitativas a fim de fornecer à Administração instrumentos significativos e oportunos
para a gerência da organização.

O desenvolvimento paralelo da Pesquisa Operacional e da Computação Eletrônica veio
dar maior vigor à Contabilidade de Custos. Atualmente as informações são prestadas
mais rapidamente. Problemas, antes, de certo modo difíceis de serem solucionados,
agora o são pelo emprego de técnicas estatísticas e matemáticas mais sofisticadas, bem
como pelo uso crescente do equipamento eletrônico de processamento de dados. O
desafio do moderno contador reside exatamente no ponto de que ele agora dispõe de
maiores recursos para fazer parte do primeiro quadro na hierarquia administrativa. Por
isso mesmo, a Contabilidade de Custos passou a ser encarada como parcela essencial da
Contabilidade Gerencial.




                                                              Contabilidade de Custos
2.1.3 Comparação entre a Contabilidade Geral e de Custos


    Como resumo do que foi discutido até aqui, em relação à dissociação da Contabilidade,
    podemos estabelecer as características mais importantes de cada uma delas.


            Contabilidade Geral                        Contabilidade de Custos

•   Trata das relações externas da empresa;   •   Trata das relações internas da empresa;

•   Condiciona-se às imposições legais;       •   Não está condicionada às imposições
                                                  legais;

•   Deve acompanhar os princípios e •             Não precisa acompanhar os princípios e
    convenções    contábeis    geralmente         convenções contábeis geralmente aceitos;
    aceitos;
•   Apresenta os relatórios convencionais; •      Serve à Administração. É base para a
    Balanço Patrimonial, Demonstração de          emissão dos Relatórios que a empresa
    Resultado;                                    necessita para controle e planejamento
                                                  internos;

•   Utiliza-se de custos históricos;          •   Não precisa utilizar apenas os custos
                                                  históricos. Pode usar o tipo de custo que
                                                  mais convier à Administração para a
                                                  tomada de decisão;

•   Tem mais ligações com o que passou.       •   Tem mais ligações com o presente e com
                                                  o futuro.




                                                                   Contabilidade de Custos
3. Conceitos Básicos


3.1 Terminologia Contábil

O ponto inicial da exposição sobre custos está na terminologia. Infelizmente,
encontramos em todas as áreas, principalmente nas sociais (e econômicas em particular)
uma profusão de nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para
uma única palavra.



3.2 Gasto

Sacrifício que a entidade arca para obtenção de um bem ou serviço, representado por
entrega ou promessa de entrega de ativos.

O gasto se concretiza quando os serviços ou bens adquiridos são prestados ou passam a
ser de propriedade da empresa.

       EXEMPLOS:

       •   Gasto com mão-de-obra (salários e encargos sociais) = aquisição de serviços
           de mão de obra.
       •   Gasto com aquisição de mercadorias para revenda.
       •   Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização.
       •   Gasto com energia elétrica = aquisição de serviços de fornecimento de
           energia.
       •   Gasto com aluguel de edifício (aquisição de serviços).
       •   Gasto com Reorganização Administrativa (serviço).




                                                              Contabilidade de Custos
3.3 Investimento

Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a períodos futuros.

       EXEMPLOS:

       •   Aquisição de móveis e utensílios.
       •   Aquisição de imóveis.
       •   Despesas pré-operacionais.
       •   Aquisição de marcas e patentes.
       •   Aquisição de matéria-prima.
       •   Aquisição de material de escritório.



3.4 Custo

Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços: são
todos os gastos relativos à atividade de produção.

       EXEMPLOS:

       •   Salários do pessoal da produção.
       •   Matéria-prima utilizada no processo produtivo.
       •   Combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas da fábrica.
       •   Aluguéis e seguros do prédio da fábrica.
       •   Depreciação dos equipamentos da fábrica.
       •   Gastos com manutenção das máquinas da fábrica.



3.5 Despesa

Gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com
a finalidade de obtenção de receitas.

Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir Custos e Despesas. Pode-se,
entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos
realizados com o produto até que esteja pronto, são Custos; a partir daí, são Despesas.
Assim, por exemplo, gastos com embalagens são Custos se realizados no âmbito do
processo produtivo (o produto é vendido embalado); são Despesas, se realizados após a
produção (o produto pode ser vendido com ou sem embalagem).

                                                              Contabilidade de Custos
Todos os Custos que estão incorporados nos produtos acabados que são fabricados pela
empresa industrial são reconhecidos como Despesas no momento em que os produtos
são vendidos.

A matéria-prima industrial que, no momento da sua aquisição, representa um
Investimento (estoque de matéria-prima), continuará sendo considerada Investimento
enquanto estiver sendo consumida no processo fabril (estoque de produtos em processo)
continuando como Investimento enquanto estiver mantida no estoque de produtos
acabados, somente transformando-se em Custo, para efeito de apuração do resultado,
quando do processo de venda em que se torna Custo do Produto Vendido.

Os encargos financeiros incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes da
aquisição de insumos para a produção, são sempre considerados Despesas.

    EXEMPLO:

       •   Salários e encargos sociais do pessoal de vendas.
       •   Salários e encargos sociais do pessoal administrativo.
       •   Energia elétrica consumida na sede administrativa.
       •   Gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas.
       •   Conta telefônica da administração e de vendas.
       •   Aluguéis e seguros da sede administrativa.



3.6 Desembolso

Saídas de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes,
durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto.



3.7 Perda

É um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade
produtiva normal da empresa.

No 1º caso, são considerados da mesma natureza que as Despesas e são jogadas diretamente
contra o resultado do período.

       EXEMPLOS:

       •   Incêndio.
       •   Obsoletismo de estoques.
       •   Período de greve.
       •   Enchente.

                                                               Contabilidade de Custos
•   Furto/roubo.

No 2º caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na
produção industrial, integram o Custo de produção.

       EXEMPLO:

Uma indústria de estamparia que aproveita apenas 80% da chapa de aço e considera
20% como perda técnica. Da mesma forma, o camiseiro que considera o preço do pano
total comprado, como custo, não se importando com os retalhos. Em alguns casos
admite-se considerar dias parados por motivo de greve como “ociosidade” e incluí-los
nos gastos gerais de fabricação para rateio na formação do custo de todos os produtos.




                                                              Contabilidade de Custos
4. Classificação de Custos


4.1 Custo Direto

São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há
uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação.

      EXEMPLOS:

      • Matéria-prima              -   Normalmente, a empresa sabe qual a
                                       quantidade exata de matéria prima que está
                                       sendo utilizada para a produção de uma
                                       unidade do produto. Sabe-se o preço da
                                       matéria-prima, o custo daí resultante está
                                       associado diretamente ao produto.

      • Mão-de-Obra direta         - Trata-se dos custos com os trabalhadores
                                      utilizados diretamente na produção. Sabendo-se
                                      quanto tempo cada um trabalhou no produto e o
                                      preço da mão-de-obra, é possível apropriá-la
                                      diretamente ao produto.

      • Material de embalagem.

      • Depreciação de equipamento quando é utilizado para produzir apenas um tipo
        de produto.

      • Energia elétrica das máquinas, quando é possível saber quanto foi consumido
        na produção de cada produto.




                                                            Contabilidade de Custos
4.2 Custo Indireto

São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados
em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados indiretamente
aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério
de rateio.

       EXEMPLOS:

       •   Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de
           um produto.
       •   Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção.
       •   Aluguel da fábrica.
       •   Gastos com limpeza da fábrica.
       •   Energia elétrica que não pode ser associada ao produto.

       OBSERVAÇÕES:

       1. Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos.
       2. Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que não
          compensaria o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como
          indireto.
          Exemplo: Gastos com verniz e cola na fabricação de móveis.




                                                             Contabilidade de Custos
4.3 Custo Fixo

Custos Fixos são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume e
produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado
pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de produção, inclusive no caso da fábrica
nada produzir.

Observe que os Custos Fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem
variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre
reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez
que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos:
Imposto Predial, Depreciação dos equipamentos (pelo método linear), Salários de vigias
e porteiros da fábrica, Prêmios de seguro, etc.

    GRÁFICO REPRESENTATIVO DOS CUSTOS FIXOS (CF)
               Valor




                                                          CF



                                                        Quantidade




                                                               Contabilidade de Custos
4.4 Custo Variável

Custos Variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de
produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida. Se não houver quantidade
produzida, o Custo Variável será nulo. Os Custos Variáveis aumentam na medida em
que aumenta a produção.

      OUTROS EXEMPLOS:

      •   Materiais indiretos consumidos.
      •   Depreciação dos equipamentos (quando esta for feita em função das
          horas/máquina trabalhadas).
      •   Gastos com horas-extras na produção.


GRÁFICO REPRESENTATIVO DOS CUSTOS VARIÁVEIS (CV)

          Valor




                                                   CV




                                              Quantidade




                                                         Contabilidade de Custos
GRÁFICO CLÁSSICO DOS CUSTOS TOTAIS (CT)

          Valor

                                                                      CT



                                                                      CV




                                                                      CF



                                                         Quantidade




4.5 Custo Semi-Fixo

Custos Semi-Fixos são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas
que variam se há uma mudança nesta faixa.

Considere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma fábrica
expressa na tabela a seguir:

           Volume de        Quantidade Necessária       Custo em R$
            Produção          de Supervisores       (Salários + Encargos)
           0 – 20.000                1                     120.000
         20.001 – 40.000             2                     240.000
         40.001 – 60.000             3                     360.000
         60.001 – 80.000             4                     480.000




                                                           Contabilidade de Custos
4.6 Custo Semi-Variável

Custos Semi-Variáveis são custos que variam com o nível de produção, mas que,
entretanto, têm uma parcela fixa que existe mesmo que não haja produção. É o caso, por
exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma
taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor da conta dependa
do número de quilowatts consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa.
Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo
que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma
caldeira, que varia de acordo com o nível de atividade, mas que existirá, mesmo que
seja num valor mínimo, quando nada se produza, já que a caldeira não pode esfriar.




                                                              Contabilidade de Custos
5. Custos para Determinação do
Lucro


5.1 Introdução

Uma das funções básicas da Contabilidade de Custos é fornecer elementos para
avaliação dos estoques e apuração do resultado. Enfatizando os custos para
determinação do lucro podemos dividir os conceitos em três partes: Gastos Fabris,
Gastos Fabris e Não Fabris e Gastos Não Fabris.


5.1.1 Gastos Fabris


Como Gastos Fabris temos:

      •   Material direto (matéria-prima).
      •   Mão-de-obra direta.
      •   Gastos gerais de fabricação.


5.1.2 Gastos Fabris e Não Fabris


Estes gastos estão relacionados aos ativos (Ativo Permanente – Imobilizado). Temos
então como exemplo:

      •   Depreciação.
      •   Amortização.
      •   Exaustão.




                                                           Contabilidade de Custos
5.1.3 Gastos Não Fabris


Estes gastos estão relacionados com as áreas não produtivas.

       EXEMPLO:

       •      Despesas Administrativas.
       •      Despesas Comerciais.
       •      Despesas Financeiras.


5.1.4 Fluxo de Dispêndio




             DISPÊNDIOS                 DISPÊNDIOS                  DISPÊNDIOS
               FABRIS                  FABRIS E NÃO                 NÃO FABRIS
                                          FABRIS



           MATERIAL DIRETO +                                        DESPESAS
              MÃO-DE-OBRA
                 DIRETA                   ATIVOS                  ADMINISTRATI
           + GASTOS GERAIS DE              FIXOS                      VAS
              FABRICAÇÃO                                          E COMERCIAIS


            CUSTOS DOS                DEPRECIAÇÃO                    DESPESAS
             PRODUTOS                 AMORTIZAÇÃO                       DO
             VENDIDOS                  EXAUSTÃO                      PERÍODO




                                        RESULTADO
                                            DO
                                        EXERCÍCIO




                                                               Contabilidade de Custos
5.1.5 Custo Primário


É a soma da matéria-prima mais a mão-de-obra direta.


5.1.6 Custo de Transformação


Representa o esforço da empresa para transformar o material, adquirido do fornecedor,
em produto acabado. É a soma da mão-de-obra direta mais os Gastos Gerais de
Fabricação (GGF).


5.1.7 Custo de Produção


É o custo do que foi produzido no período. É composto por:

       •   Material Direto – matéria-prima, componentes diretos e embalagens
           identificadas ao produto que está sendo elaborado.
       •   Mão-de-Obra Direta – salário do operário que trabalha diretamente no
           produto.
       •   Gastos Gerais de Fabricação – custos de produção que não podem ser
           identificados no produto.


5.1.8 Custo dos Produtos Fabricados


Representa a soma dos custos dos produtos fabricados até o momento do encerramento
do exercício, ou seja, é o custo da produção do período mais o custo da produção dos
períodos anteriores ainda em estoque.


5.1.9 Custo dos Produtos Vendidos


É o custo dos produtos entregues aos clientes no período, ou seja, o custo dos produtos
acabados que saíram do depósito. Representa a parcela de custo confrontada com a
receita visando à apuração do resultado.




                                                              Contabilidade de Custos
5.1.10. Esquema básico da Contabilidade de Custos para Apuração do
Resultado.




        CUSTOS



                                           DESPESAS
INDIRETOS        DIRETOS                • ADMINISTRATIVAS
                                        • VENDAS
                                        • FINANCEIRAS



RATEIO
                                                              RECEITA
                   PRODUTO                                      DAS
                      A                                       VENDAS
                   PRODUTO
                      B

                   PROCUTO
                      C




                             ESTOQUE


                               CUSTO
                             PRODUTOS
                             VENDIDOS




                                                RESULTADO




                                                 Contabilidade de Custos
6. Custos                     para            Planejamento                         e
Controle


6.1 Custos para Controle

Como resultado do aumento cada vez maior da concorrência, o administrador necessita,
mais e mais, aperfeiçoar o controle das operações e dos custos de sua empresa. Para
isso, os objetivos são estabelecidos e os custos são controlados em função deles.

Servem os Custos-Padrão para o controle dos custos e das operações.

A administração estabelece planos e metas e, dentro dos vários níveis administrativos,
delega autoridade e responsabilidade necessárias para que tais objetivos sejam
atingidos.

O custeamento pela Responsabilidade acumula os custos por componente e por natureza
de gasto, permitindo que níveis mais altos da hierarquia administrativa controlem os
custos das operações dos setores que lhes ficam imediatamente subordinados. Em outras
palavras, os custos são classificados pelos gerentes responsáveis pelo seu controle e,
dentro de cada componente, são classificados por natureza.


6.1.1 Custo-Padrão Ideal


É um custo determinado da forma mais científica possível pela Engenharia de Produção
da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da
mão-de-obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos.




                                                              Contabilidade de Custos
6.1.2 Custo-Padrão Estimado


É aquele determinado simplesmente através de uma projeção, para o futuro, de uma
média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se
ocorreram ineficiências na produção.


6.1.3 Custo-Padrão Corrente


Situa-se entre o Ideal e o Estimado. Ao contrário deste último, para fixar o Corrente, a
empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por
outro lado, ao contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que
reconhecidamente existem, mas que não podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a
curto e médio prazo. Este tipo de Custo-Padrão pode ser considerado o mais adequado
para fins de controle.




                                                               Contabilidade de Custos
7. Custos para Tomada de Decisões


7.1 Introdução

Muitas vezes, a administração se vê colocada entre duas ou mais alternativas e necessita
tomar uma decisão que melhor atenda aos interesses da empresa. Tendo em vista que o
custo é um fator importante na realização dos objetivos de lucro da empresa, o custo de
cada alternativa deve ser considerado na medida em que afeta o custo total das
operações, isto é, tanto nas operações diárias como no planejamento a curto e a longo
prazo. Entre as principais áreas de decisões temos:

       •      Fazer versus comprar?
       •      A que preços vender?
       •      Qual o valor ideal a ser gasto em Propaganda e Promoção de Vendas?
       •      Serviços de Produtos diretos ou por agentes autorizados?
       •      Vendas diretas ou através de revendedores?
       •      Grandes armazéns centrais versus pequenos depósitos locais?
       •      Entregas diretas ou através de transportadoras?
       •      Um vendedor para produtos diversos versus vendedores especializados?
       •      Renovação de equipamento?


7.1.1 Custeio por Absorção


Custeio por Absorção significa a apropriação, aos produtos elaborados pela empresa, de
todos os custos incorridos no processo de fabricação, quer estejam diretamente
vinculados ao produto, quer se refiram à tarefa de produção em geral e só possam ser
alocados aos bens fabricados indiretamente, isto é, mediante rateio.

Passam a integrar o valor contábil dos produtos feitos, nesse método de custeio, tanto os
custos que são variáveis (que só existem quando cada unidade é feita) quanto os fixos
(que independem de cada unidade, relacionando-se mais com a criação das condições de
se produzir).



                                                                Contabilidade de Custos
No Custeio por Absorção é como se a empresa estivesse separada em duas partes: a
  fábrica e a atividade comercial, e é como se esta última estivesse a adquirir da fábrica os
  produtos por ela elaborados por um valor tal que cobrisse tudo o que a fábrica tenha
  gasto para produzi-los.

  Esses custos todos de fabricação são atribuídos a todos os produtos e só serão
  descarregados para despesa, afetando o resultado do período, quando forem vendidos.
  Deriva dessa concepção, inclusive, a distinção entre custo e despesa na empresa
  industrial.


  7.1.2 Custeio Direto


  Custeio Direto (ou Variável) é o método de se avaliar os estoques de produtos
  atribuindo-se a eles apenas e tão somente os custos variáveis de fabricação, sendo os
  custos fixos descarregados diretamente como despesas do período.


  7.1.3 Margem de Contribuição


  O conceito de Margem de Contribuição está associado à identificação do custo
  imediatamente “emergente” na produção de determinado produto. O custo que varia de
  acordo com a produção, ou seja, o que surge em função dela e que se chama “variável”
  vai nos possibilitar o cálculo do lucro marginal.



                      MARGEM DE                      PREÇO DE                    CUSTO
FÓRMULA:
                     CONTRIBUIÇÃO         =           VENDA
                                                                       -        VARIÁVEL



  Na verdade este lucro marginal só se converterá em lucro propriamente dito depois que
  forem deduzidos os custos fixos que, dependendo do seu valor, irá determinar o
  resultado final.




                                                                   Contabilidade de Custos
7.1.4 Comparação Entre os Critérios (Direto e por Absorção)


                      CUSTEIO DIRETO              CUSTEIO POR ABSORÇÃO
                    Destaca o custo fixo (que       Obedece ao princípio da
                    independe do processo           Competência, apropriando o
                    fabril).                        custo fixo à produção do
                    Não ocorre a prática de         período.
Vantagens
                    rateio por vezes errôneo.       É mais realista em termos de
                    Evita manipulações.             avaliação do estoque.
                    Fornece o Ponto de
                    Equilíbrio.
                    Não é aceito na elaboração      Não fornece informação
                    do Balanço Patrimonial na       gerencial, pois não permite a
                    medida em que fere a            identificação da relação custo
                    princípios de contabilidade     – volume – lucro.
Desvantagens
                    geralmente aceitos.
                    O valor do estoque não
                    contém relação com o custo
                    total.

Na prática pelo Custeio Direto somente os custos variáveis irão compor o valor da
produção e neste caso os custos fixos da produção serão debitados diretamente a
Resultado do Exercício.




                                                           Contabilidade de Custos
Esquema de Custeio por Absorção

                                 Matéria-Prima




                                                   Variáveis
                                 Mão–de-Obra
              Custos Produção




                                     Direta
                                 Energia (parte)                              Estoque
                                                               Produção em
                                                                Andamento    Produtos
                                                                             Acabados
                                Mão-de-Obra Ind.

                                                   Fixos
                                  Depreciação
                                    Aluguel                                                        Resultado
                                 Energia (parte)

                                                                                        (=)   Vendas
                                   Despesas
                                                   Fixas




                                                                                        (-)   Custos dos Produtos Vendidos
                                 Administrativas
Despesas Adm. e Vendas




                                                                                        (=)   Resultado Operacional Bruto

                                                                                        (-)   Despesas Operacionais:
                                                                                              . Administrativas
                                                   Variáveis




                                                                                              . Vendas
                                 Despesas com
                                   Vendas                                               (=)   Resultado Operacional Líquido
                                                   Fixas




                                  Despesas com
                                    Vendas




                                                                                                 Contabilidade de Custos
Esquema de Custeio por Direto


                                 Matéria-Prima




                                                   Variáveis
                                                               Produção em    Estoque
                                 Mão–de-Obra                                 Produtos
              Custos Produção




                                     Direta                     Andamento
                                                                             Acabados
                                 Energia (parte)


                                Mão-de-Obra Ind.
                                  Depreciação      Fixos
                                    Aluguel                                                         Resultado
                                 Energia (parte)
                                                                                        (=)   Vendas

                                                                                        (-)   Custo de Produção Variável
                                   Despesas
                                                   Fixas




                                                                                        (-)   Despesas Variáveis de Vendas
                                 Administrativas
Despesas Adm. e Vendas




                                                                                        (=)   Margem de Contribuição Bruta

                                                                                        (-)   Custos Fixos de Produção
                                                   Variáveis




                                 Despesas com                                           (-)   Despesas Fixas:
                                                                                              . Administrativas
                                   Vendas
                                                                                              . Vendas

                                                                                        (=)   Margem de Contribuição Líquida
                                                   Fixas




                                  Despesas com
                                    Vendas




                                                                                                 Contabilidade de Custos
7.1.5 Estrutura da Demonstração de Resultados do Exercício pelo Sistema de
Custeio por Absorção


        Receita Operacional Bruta
        (Produtos, Mercadorias e Serviços)

(-)     Deduções da Receita Bruta

           Devoluções, Abatimentos e Impostos Incidentes sobre Vendas

(=)     Receita Operacional Líquida

(-)     Custo das Vendas

           Custos Totais de Produção
             Matéria Prima
             Mão-de-Obra Direta
             Gastos Gerais de Fabricação

(=)     Resultado Operacional Bruto (Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto)

(-)     Despesas Operacionais

           Despesas de Vendas
           Despesas Administrativas
           Despesas e Receitas Financeiras (Resultado Financeiro Líquido)
           Outras Receitas e Despesas Operacionais

(=)     Resultado Operacional Líquido

(+/-)   Resultado não-operacional

(=)     Resultado do Exercício antes da Contribuição Social

(-)     Contribuição Social sobre Lucro Líquido

(=)     Resultado do Exercício antes do IR

(-)     Provisão para o IR

(=)     Resultado do Exercício depois do IR

(-)     Participações e Contribuições

(=)     Resultado Líquido do Exercício




                                                                            Contabilidade de Custos
7.1.6 Estrutura da Demonstração de Resultados do Exercício pelo Sistema de
Custeio Direto

        Receita Operacional Bruta
          (Produtos, Mercadorias e Serviços)

(-)     Deduções da Receita Bruta
          Devoluções, Abatimentos e Impostos Incidentes sobre Vendas

(=)     Receita Operacional Líquida

(-)     Custos e Despesas Variáveis das Vendas
          Custo de Produção Variável
             Matéria Prima
             Mão-de-Obra Direta
             Custos Indiretos Variáveis
          Despesas Variáveis de Vendas

(=)     Margem de Contribuição Operacional Bruta

(-)     Custos e Despesas Fixas
          Custo Fixo de Produção
          Despesas Administrativas
          Despesas de Vendas

(=)     Margem de Contribuição Operacional Líquida

(+/-)   Outras Receitas e Despesas

(+)       Receitas Financeiras
(-)       Despesas Financeiras

(=)     Margem de Contribuição Bruta

(+/-)   Outros Ganhos e Perdas Escriturais

(+/-)     Resultado Equiv. Patrimonial
(+)       Realização Reservas
(-)       Baixa de Alienação de Bens
(+/-)     Outros

(=)     Margem de Contribuição antes do IR

(-)     Provisão para o IR

(=)     Margem de Contribuição após IR




                                                                       Contabilidade de Custos
7.1.7 A Relação Custo – Volume – Lucro


Esta análise é um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido a diversos níveis de
produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificações no preço de
venda, nos custos ou em ambos. Ela é baseada no Custeio Variável e, através dela, pode-se estabelecer
qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender para que não incorra em prejuízo.

A quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender para que não tenha prejuízo, chama-se
Ponto de Equilíbrio.


7.1.8 Análise do Ponto de Equilíbrio


Uma vez separados os custos da empresa em fixos e variáveis, a Administração está de posse de
informações úteis para a preparação de instrumentos de análise que além de responderem a muitas
perguntas, auxiliarão no processo de tomada de decisões, no planejamento e no controle.

Um desses instrumentos é a Análise do Ponto de Equilíbrio, que, ultimamente, vem merecendo uma
vasta divulgação nos livros e nos periódicos.

O Ponto de Equilíbrio é uma conseqüência direta do comportamento dos custos diante do volume de
atividade. Eis o conceito mais simples do Ponto de Equilíbrio: é o ponto da atividade da empresa no
qual não há lucro nem prejuízo, isto é, o ponto em que a receita é igual ao custo total. Além do Ponto
de Equilíbrio, a empresa obterá lucro, abaixo do Ponto de Equilíbrio, a empresa terá prejuízo.


7.1.9 Ponto de Equilíbrio Contábil


Significa a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesas relativos aos
produtos vendidos.


7.1.10 Ponto de Equilíbrio Econômico


É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescida de uma
remuneração mínima (custo de oportunidade) sobre o capital investido pela empresa.




                                                                             Contabilidade de Custos
7.1.11 Ponto de Equilíbrio Financeiro


É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas que representam
desembolso financeiro para a empresa. Neste caso, os encargos da depreciação são exclusos por não
representarem desembolso para a empresa.

Levando-se em consideração os conceitos apresentados podemos caracterizar que o Ponto de
Equilíbrio Econômico é maior que o Ponto de Equilíbrio Contábil, que, por sua vez, é maior que o
Ponto de Equilíbrio Financeiro.




                    GRÁFICO REPRESENTATIVO DA RECEITA
                 Valor




                                                                       R




                                                          Quantidade




                                                                           Contabilidade de Custos
GRÁFICO REPRESENTATIVO DO PONTO DE EQUILÍBRIO

           Valor                                                         R



                                                                       CT
                                     PE

                                                                        CV




                                                                         CF




                                                          Quantidade



                            Prejuízo


                             Lucro




        Conforme se pode observar no gráfico anterior, no ponto de equilíbrio a receita total iguala os
custos totais, então podemos escrever a seguinte equação:


                          R total = C total


                          R total = C fixo + C variável


(qde no ponto de equil.) x (preço unit. de venda) = (custos fixos) + (qde no ponto de equil.) x (custo
unit. variável)

Ou,

(qde. no ponto de equil.) x [(preço unit. venda) – (custo unit. variável)] = (custos fixos)

então,

                                                                                  Contabilidade de Custos
Custos fixos
quantidade no ponto de equilíbrio =
                                              (preço unit. venda) – (custo unit. variável)

ou ainda,

                                                              Custos fixos
quantidade no ponto de equilíbrio =
                                                 Margem de Contribuição Unitária

Exemplo:

Preço de venda unitário       = R$ 0,60
Custo variável unitário       = R$ 0,50
Custos fixos                  = R$ 6.000,00

No ponto de equilíbrio:

Receita = Custos Fixos + Custos Variáveis, ou

[quantidade] x R$ 0,60 = R$ 6.000,00 + [quantidade] x R$ 0,50, ou ainda

[quantidade] x (0,60 – 0,50) = 6.000,00 ou,

                                                   6.000,00
quantidade no ponto de equilíbrio =                                    = 60.000 unidades
                                 (0,60 – 0,50)

e o valor no ponto de equilíbrio é dado por: 60.00,00 x R$ 0,60 = R$ 36.000,00
Aproveitando este exemplo vamos calcular os Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro:

Ponto de Equilíbrio Contábil

Preço de venda unitário       = R$ 0,60
Custo variável unitário       = R$ 0,50
Custos fixos                  = R$ 6.000,00 por ano

então,

                                          R$ 6.000,00/ano
Ponto de Equilíbrio Contábil =                                         =
                         (R$ 0,60/u –R$ 0,50/u)

= 60.000 u/ano ou R$ 36.000,00/ano de Vendas.

A fórmula do ponto de equilíbrio tal como deduzido anteriormente, que é o ponto onde o lucro é igual
a zero, representa o ponto de equilíbrio contábil.

Ponto de Equilíbrio Econômico

Supondo que a empresa tenha tido um patrimônio líquido, no início do ano, de R$ 20.000,00 e
colocado a render um mínimo de 10% ao ano tem-se um lucro líquido anual desejado de R$ 2.000,00.
                                                                                 Contabilidade de Custos
Neste caso, então, ao custo fixo deverão ser adicionados R$ 2.000,00, pois, no caso, o equilíbrio de
receitas e despesas só se dará no ponto de lucro igual a R$ 2.000,00 e não no do lucro igual a zero,
como no caso clássico.

                                      R$ 6.000,00 + R$ 2.000,00
Ponto de Equilíbrio Econômico =                                 =
                          (R$ 0,60/u –R$ 0,50/u)

= 80.000,00 u/ano ou R$ 48.000,00/ano de Vendas.

Ponto de Equilíbrio Financeiro

Supondo, por outro lado, que exista uma depreciação de R$ 1.000,00, e como não representa
desembolso de caixa, tudo se passa como se os fixos fossem de apenas R$ 5.000,00.

                                            R$ 5.000,00
Ponto de Equilíbrio Contábil =                                    =
                          (R$ 0,60/u –R$ 0,50/u)

= 50.000 u/ano ou R$ 30.000,00/ano de Vendas.




                                                                            Contabilidade de Custos
8. Custo ABC


8.1 Introdução

O custo ABC – Activity Based Costing é uma das maneiras que dispomos para calcular os custos da
empresa, mas não a única.

O Custo Baseado em Atividades (ABC) é uma metodologia que procura reduzir sensivelmente as
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.

O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta, e é
recomendável que o seja; mas não haverá, nesse caso, diferenças significativas em relação aos
chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos
indiretos.

Com o avanço tecnológico, diversidade de produtos e serviços, com quantidades e complexidades
variadas, que tendem a crescer com as necessidades dos clientes, as empresas caminham para a
produção personalizada ou pelo menos para uma vasta gama de itens direcionados para um grande
número de pequenos nichos de mercado.

Com equipamentos cada vez mais automatizados, a mão-de-obra direta tende a reduzir cada vez mais
enquanto os custos indiretos tendem a crescer tanto em valor como percentualmente em relação à mão-
de-obra direta. Esses custos indiretos são principalmente os de manutenção e depreciação desses
equipamentos. Os custos indiretos representavam cerca de 10% do custo de produção e hoje chegam a
50%, enquanto a mão-de-obra reduziu consideravelmente e em alguns casos pode chegar até a 5% do
custo de produção.

Tradicionalmente, os rateios dos custos indiretos de produção eram feitos em grande parte em relação
à mão-de-obra direta e como eram valores relativamente pequenos a serem rateados, não causava
grandes problemas no custo de produção mesmo que, não fossem absolutamente corretos.

Atualmente, a aplicação pura e simples desta sistemática pode causar sérias distorções no cálculo do
custo e, portanto no preço de venda dos produtos.

Note que estamos falando de rateios dos custos indiretos de produção. As despesas indiretas das
empresas, desde que não façam parte da cadeia logística do produto ou serviço, podem e devem
continuar a ser rateadas da maneira tradicional. Exemplo: honorários da diretoria, salários dos
funcionários do RH, etc..


                                                                            Contabilidade de Custos
O ABC iniciou com Kaplan e Cooper em Harvard e mostra as atividades que consomem recursos e
agregam ou não valor ao produto ou serviço. Ele utiliza direcionadores de custos, que permitem uma
melhor distribuição dos custos indiretos de produção ou do serviço.

Devem-se considerar também no custo dos produtos ou serviços, os referentes à sua cadeia logística,
desde que, possamos identificar os recursos consumidos por cada um deles. Por exemplo, custos de
compra, armazenagem, propaganda, vendas, marketing, fretes, etc..

Ele facilita a identificação dos custos das atividades que compõem os processos e facilita as decisões
de melhorias, pois, mostra as atividades que não agregam valor ao cliente ou a empresa e permite a
análise para reduzi-las ou mesmo eliminá-las.



8.2 Os Benefícios e as Restrições do ABC

O ABC estará em condições de apresentar resultados mais precisos sempre que:

       •      A empresa utilizar grande quantidade de recursos indiretos em seu processo;

       •      A empresa tenha significativa diversificação em produtos, processos de produção e
              clientes.

Um dos benefícios obtidos com o ABC é o de permitir uma melhoria nas decisões gerenciais, pois se
deixa de ter produtos “subcusteados” ou “supercusteados” permitindo-se a transparência exigida na
tomada de decisão empresarial, que busca, em última análise, melhorar a rentabilidade do negócio.

O ABC em sua forma mais detalhada pode não ser aplicável na prática, em virtude de exigir um
número excessivo de informações gerenciais que podem inviabilizar sua aplicação. O custo da coleta e
manipulação detalhada teria que justificar o seu benefício. As estimativas realizadas tornam o ABC
factível, consagrando-o como poderosa ferramenta de decisão gerencial.

Segundo Cooper e Kaplan (1991), as empresas que implantam o ABC usam três métodos para estimar
os custos que ocorrem na execução das atividades.

O método mais simples agrega os gastos em todos os recursos destinados àquela atividade particular,
tais como “setup” de máquinas ou emissão de ordens de compra, e divide esse dispêndio total pelo
número de vezes que a atividade foi realizada (n° de “setups”, n° de ordens de compras).

O segundo método utiliza a duração dos direcionadores de custos, isto é, o tempo requerido para a
realização de cada atividade, na alocação das despesas indiretas aos produtos, como por exemplo, o
tempo em horas ou minutos na execução do “setup”. É mais preciso que o anterior, porém mais
dispendioso. Os benefícios de uma maior precisão na medição das atividades consumidas deverão ser
balanceados com um custo mais elevado na coleta de dados.

O terceiro, e o mais preciso dos métodos, consiste em medir diretamente os recursos consumidos em
cada ocorrência da atividade. Pode-se, por exemplo, medir todos os recursos usados para uma
determinada modificação de engenharia ou para um trabalho específico de manutenção. A duração dos
direcionadores assume que as despesas são proporcionais ao tempo total que a atividade é executada.


                                                                             Contabilidade de Custos
8.3 Atribuição de custos às Atividades

O custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos necessários para desempenhá-la.
Deve incluir salários com os respectivos encargos sociais, materiais, depreciação, energia, uso de
instalações, etc..

Muitas vezes, é possível agrupar vários itens de custos em um só para refletir a natureza do gasto pelo
seu total, como por exemplo:

       • Salários + encargos + benefícios = custo da remuneração;

       • Aluguel + imposto predial + água + luz + gás = custo do uso das instalações;

       • Telefone + fax + internet + correio = custo das comunicações;

       • Passagens + locomoção + hotel + refeições = custos das viagens.

Outras vezes, pode ser recomendável desmembrar uma conta em várias subcontas para melhor
evidenciar os recursos utilizados por diversas atividades. A conta de mão-de-obra indireta pode ser
aberta para separar as quantias gastas nas diversas atividades.

A primeira fonte de dados para o custo por atividade é o razão geral da empresa. Geralmente, é
necessário, também, solicitar estudos da engenharia a realizar entrevistas com os responsáveis pelos
departamentos ou processos e até com os funcionários que executam as atividades para especificarmos
corretamente cada atividade.




                                                                              Contabilidade de Custos
A atribuição dos custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa possível, de acordo com a
seguinte ordem de prioridade:

       1.   Alocação Direta;

       2.   Rastreamento;

       3.   Rateio.

A Alocação Direta se faz quando existe uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de
custos com certas atividades. Pode ocorrer com salários, depreciação, viagens, material de consumo,
etc..

O Rastreamento é uma alocação com base na identificação da relação de causa e efeito entre a
ocorrência da atividade e a geração dos custos. Essa relação é expressa através de direcionadores de
custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos de recursos (isto é: de
recursos para as atividades). Alguns exemplos desses direcionadores são:

       •    Número de empregados;
       •    Área ocupada;
       •    Tempo de mão-de-obra (homem-hora);
       •    Tempo de máquina (hora-máquina);
       •    Quantidade de energia consumida (kWh).

O Rateio é realizado apenas quando não há possibilidade de utilizar nem a alocação direta nem o
rastreamento.

Tanto no Custo por Atividade como nos Sistemas Tradicionais, o simples fato da divisão de
departamentos em centros de custos já facilita o processo. No momento que se identifica bases mais
apropriadas para a alocação melhora-se a precisão do cálculo dos custos da empresa.

Porém, nem sempre num centro de custos se desenvolve uma atividade, isto é, os conceitos não são
necessariamente coincidentes. Podem ocorre três situações:

       1.   Um centro de custos executa uma atividade;

       2.   Um centro de custos executa parte de uma atividade;

       3.   Um centro de custos executa mais de uma atividade.

Portanto, devemos analisar a conveniência, ou não, de agregar dois ou mais centro de custos ou de
subdividir outros. Tudo vai depender do grau de precisão desejado, do escopo do projeto ABC, da
relação custo-benefício, etc..




                                                                              Contabilidade de Custos
8.4 Identificação e Seleção dos Direcionadores de Custos

O grande desafio, a verdadeira “arte” do ABC está na escolha dos direcionadores de custos.

Direcionador de custos é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como as atividades
exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos.
Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, conseqüentemente, da
existência de seus custos.

Algumas observações importantes:

A rigor, há que se distinguir dois tipos de direcionador: os de primeiro estágio, também chamados de
“direcionadores de recursos” e os de segundo estágio, chamados de “direcionadores de atividades”.

O primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear as
atividades, ou seja, demonstra a relação entre os recursos gastos e as atividades.

As atividades, ao serem executadas, consomem recursos que serão alocados a elas. Os direcionadores
de recursos responderão às seguintes perguntas:

       •   “O que determina ou influencia o uso deste recurso pela atividade?”
       •   “Como as atividades se utilizam deste recurso?”

Por exemplo: “Como a atividade Comprar Materiais consome materiais de escritório?”. A maneira
como essa atividade se utiliza deste recurso pode ser mensurada através das requisições feitas ao
almoxarifado; assim, as requisições de materiais identificam as quantidades utilizadas deste recurso
(material de escritório) para realizar aquela atividade (Comprar Materiais). O direcionador de recurso,
neste caso, é a quantidade necessária, e não as requisições, estas indicam o direcionador.

O segundo identifica a maneira como os produtos “consomem” atividades e servem para custear
produtos (ou outros custeamentos), ou seja, indica a relação entre as atividades e os produtos. Por
exemplo, o número de inspeções feitas nas diferentes linhas de produto define a proporção em que a
atividade Inspecionar Produção foi consumida pelos produtos.

Por exemplo: “Como os produtos consomem a atividade Comprar Materiais?”. O número de pedidos e
cotações emitidos para comprar um produto em relação ao número total de cotações e pedidos indica a
relação da atividade com aquele produto. Assim, o direcionador desta atividade (Comprar Materiais)
para os produtos é o número de pedidos e cotações emitidos.

Para efeito de custeio de produtos, o direcionador deve ser o fator que determina ou influencia a
maneira como os produtos “consomem” (utilizam) as atividades. Assim, o direcionador de custos será
a base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos.

A distinção conceitual entre direcionadores de recursos e direcionadores de atividades (primeiro e
segundo estágio) leva à distinção entre direcionadores de custos e medidores de saída de atividades.

A quantidade de direcionadores com que se vai trabalhar depende do grau de precisão desejado e da
relação custo-benefício.
                                                                              Contabilidade de Custos
Os direcionadores variam de uma empresa para outra, dependendo de como e porque as atividades são
executadas.

       EXEMPLO:

No caso do nosso exemplo, vamos admitir que fossem selecionadas as seguintes atividades relevantes:

                  Levantamento das Atividades Relevantes dos Departamentos

                    Departamentos                               Atividades
                       Compras                               Comprar Materiais
                                                          Desenvolver Fornecedores
                      Almoxarifado                           Receber Materiais
                                                           Movimentar Materiais
               Administração da Produção                    Programar Produção
                                                             Controlar Produção
                     Corte e Costura                               Cortar
                                                                  Costurar
                      Acabamento                                  Acabar
                                                            Despachar Produtos

É importante observar que para cada atividade devemos atribuir o respectivo custo e um direcionador.




                                                                             Contabilidade de Custos
Levantamento dos Custos de Atividades

      Departamentos                  Atividades                       Custos
         Compras                  Comprar Materiais                   16.000
                               Desenvolver Fornecedores               12.000
                                        Total                         28.000
       Almoxarifado               Receber Materiais                   12.350
                                Movimentar Materiais                  16.000
                                        Total                         28.350
Administração da Produção        Programar Produção                   16.000
                                  Controlar Produção                  13.850
                                        Total                         29.850
      Corte e Costura                   Cortar                        29.000
                                       Costurar                       28.600
                                        Total                         57.600
        Acabamento                     Acabar                         14.000
                                 Despachar Produtos                   32.200
                                        Total                         46.200

                         Levantamento dos Direcionadores de Atividades

      Departamentos                  Atividades                  Direcionadores
                                  Comprar Materiais               Nº de Pedidos
          Compras
                               Desenvolver Fornecedores        Nº de Fornecedores
                                  Receber Materiais            Nº de Recebimentos
       Almoxarifado
                                Movimentar Materiais            Nº de Requisições
                                 Programar Produção              Nº de Produtos
 Administração da Produção
                                  Controlar Produção               Nº de Lotes
                                        Cortar                   Tempo de Corte
       Corte e Costura
                                       Costurar                 Tempo de Costura
                                       Acabar                 Tempo de Acabamento
        Acabamento
                                 Despachar Produtos           Apontamento de Tempo

Para a atividade Comprar Materiais, admitindo-se que os pedidos são homogêneos, o direcionador a
ser utilizado é o número de pedidos de compra de material. Há casos em que os pedidos têm
características muito diferentes uns dos outros. Nestes casos, deve-se procurar outra medida de
atividade, tal como o tempo gasto por pedido, já que o “número de pedidos” não representa o esforço
requerido.

Para a atividade Desenvolver Fornecedores, o direcionador escolhido foi o número de fornecedores
para cada item de material (que é facilmente identificável com o produto). Assim, se um produto
possui mais fornecedores do que outro este produto “recebe” mais custo desta atividade do que um
produto que possua menos fornecedores.

Para a atividade Receber Materiais, o direcionador é o número de recebimentos, também facilmente
identificável com os produtos.

A atividade Movimentar Materiais será direcionada aos produtos conforme o número de requisições do
departamento de produção ao almoxarifado. Poderia ser também o peso de cada requisição.


                                                                           Contabilidade de Custos
Programar a Produção será direcionada de acordo com o número de linhas de produtos. No caso,
chegou-se à conclusão de que a melhor medida de saída desta atividade era o número de itens de
produtos a programar.

A atividade Controlar a Produção terá como direcionador o número de lotes produzidos. Admitiu-se
que o esforço exigido desta atividade estava relacionado ao número de lotes produzidos, portanto, a
serem controlados.

Para as atividades Cortar, Costurar e Acabar, os direcionadores são os tempos gastos em cada produto
para que a atividade seja efetuada.

Para a atividade Despachar Produtos, teremos como direcionador um levantamento do tempo gasto
com os despachos através do preenchimento de relatório de tempo gasto pelo funcionário.

       Exemplo de Método Tradicional x ABC
A fim de consolidar os conceitos e terminologias mostrados anteriormente e ilustrar a diferença
existente entre os métodos Tradicionais e o Custeio Baseado nas Atividades, apresentamos o exemplo
abaixo:

A empresa XYZ produz dois produtos específicos “A” e “B”. A manufatura consiste apenas na
montagem e encaixe de peças produzidas por terceiros, para comercializar no mercado. Os custos
indiretos, por sua vez, são três vezes maiores que a mão-de-obra direta e correspondem a um galpão de
armazenagem e expedição, alguns equipamentos de inspeção e pessoal para receber, inspecionar e
armazenar os componentes comprados.

Os custos dos produtos da empresa XYZ são calculados por métodos tradicionais incluindo a matéria-
prima e a mão-de-obra direta, adicionando-se R$ 3,00 para cada R$ 1,00 de mão-de-obra direta. Para
efeito do exemplo, consideraremos que os custos e as quantidades produzidas de cada produto são
idênticas:

               Item                         Produto A                  Produto B
Matéria-Prima                               500.000,00                 500.000,00
Mão-de-Obra Direta (montagem)               300.000,00                 300.000,00
Custos Indiretos (300% da MOD)              900.000,00                 900.000,00
Custo Total de Produção                    1.700.000,00               1.700.000,00
Total Produzido                            17.000 peças               17.000 peças
Custo Unitário (R$)                           100,00                     100,00

A empresa está considerando uma mudança no fornecedor dos componentes para o Produto B. O novo
fornecedor promete fornecer os componentes ao mesmo preço, porém com um nível de tolerância
maior, que facilita substancialmente a operação de montagem. Esta melhoria acaba gerando um
impacto de redução em 50% na mão-de-obra direta deste produto. Para efeito do exemplo, assume-se
que o ganho na redução da mão-de-obra direta é totalmente anulado, por um incremento dos custos
indiretos em expansão da área de armazenagem e pessoal para inspeção. Todos esses incrementos
foram ocasionados pelo Produto B, porém como a contabilidade de custos não é atualizada
mensalmente, não houve mudança no custo total do produto em questão.

Apesar de não haver nenhuma economia na alteração do fornecedor, a XYZ acredita que a substituição
irá incrementar a competitividade do produto no mercado, optando pela troca. Concomitantemente, a
área de custos da empresa elaborou o novo cálculo geral de custos, em função das alterações no
fornecimento. Nesta ocasião ficou evidenciado um incremento na taxa entre a mão-de-obra direta e
                                                                          Contabilidade de Custos
custo indireto. O novo valor da taxa é de 433 %, baseando-se no total de custos indiretos de R$
1.950.000,00 (incremento de R$ 150.000,00) e de R$ 450.000,00 para a mão-de-obra direta (redução
de R$ 150.000,00). O novo quadro de custos da XYZ ficou assim:

               Item                         Produto A                  Produto B
Matéria-Prima                               500.000,00                 500.000,00
Mão-de-Obra Direta (montagem)               300.000,00                 150.000,00
Custos Indiretos (433% da MOD)             1.300.000,00                650.000,00
Custo Total de Produção                    2.100.000,00               1.300.000,00
Total Produzido                            17.000 peças               17.000 peças
Custo Unitário (R$)                           124,00                      76,00

Na realidade, como se sabe, os custos dos produtos não deveriam ter variado, pois para o produto B,
simplesmente houve uma redução da mão-de-obra direta, seguida de um aumento igual no custo
indireto relacionado ao mesmo. A tabela anterior mostra que o produto A sofreu um acréscimo de
24%. Neste ponto é que os métodos tradicionais de custeio distorcem a informação, pressupondo que
os custos indiretos são uma função do custo direto. Em alguns tipos de indústria são, porém na grande
maioria esta premissa é totalmente falsa.

Receosos de seu sistema de custos, a empresa XYZ contratou uma consultoria especializada em
Gestão de Custos para programar a metodologia ABC. Após a análise e a obtenção de dados para a
construção do modelo conceitual, evidenciou-se os seguintes recursos que compõem o custo indireto:

                   Item                                       Valor (R$)
Aluguel do Depósito                                           R$ 400.000
Depreciação dos Equipamentos                                  R$ 550.000
Mão-de-Obra Indireta                                         R$ 1.000.000
Total dos Custos Indiretos                                   R$ 1.950.000

De acordo com o mapeamento, a mão-de-obra indireta está relacionada com as atividades de “receber
os componentes”, “inspecionar os componentes” e “armazenar os componentes”. O resultado dos
levantamentos dos direcionadores primários está apresentado na tabela a seguir.




                                                                            Contabilidade de Custos
Direcionadores de Recursos

      Atividades           Nº Funcionários           Área (m2)         Valor Residual
                            (mão-de-obra)            (aluguel)         (equipamentos)
Receber Materiais                 4                     500                 50.000
Inspecionar Materiais            24                     750                400.000
Estocar Materiais                12                    3.750               100.000
Total                            40                    5.000               550.000

De posse das tabelas acima, podemos calcular o custo alocado a cada uma das atividades suporte,
aplicando os direcionadores dos recursos nos valores totais de custos de cada um dos recursos:

                                 Recursos Alocados às Atividades

       Atividades             Salários       Aluguel       Depreciação         Total
Receber Materiais             100.000        40.000          50.000           190.000
Inspecionar Materiais         600.000         60.000         400.000         1.060.000
Estocar Materiais             300.000        300.000         100.000          700.000
Recursos                     1.000.000       400.000         550.000         1.950.000

Neste estágio, já efetuamos a 1ª fase da alocação dos custos, utilizando os dados dos recursos,
alocando às atividades mapeadas, utilizando os direcionadores específicos. A fim de completar a
alocação do ABC, é necessário que se aloque os custos das atividades acima para os produtos A e B.
Para tal, a equipe do projeto levantou os direcionadores de cada uma das atividades, buscando os
valores específicos para o período. Os resultados do mapeamento podem ser visualizados na tabela a
seguir:

      Atividade           Direcionador da Atividade      Valores p/o   Valores p/o %
                                                         Produto A     Produto B
Receber Materiais        Nº Componentes Recebidos          2.000         1.000     100
Inspecionar Materiais    Nº Componentes Inspecionados       100          1.000     100
Estocar Materiais        Nº Componentes Armazenados        12.000        12.000    100

Com os valores acima tabulados, podemos enfim montar a tabela dos custo dos produtos da XYZ com
base na metodologia ABC:

Descrição                              Produto A                    Produto B
Matéria-Prima                          $ 500.000                    $ 500.000
Mão-de-Obra Direta                     $ 300.000                    $ 150.000
Receber Materiais                      $ 127.000                     $ 63.000
Inspecionar Materiais                   $ 95.000                    $ 965.000
Estocar Materiais                      $ 350.000                    $ 350.000
Custo Total do Produto                $ 1.372.000                  $ 2.028.000
Quantidades Produzidas                17.000 peças                 17.000 peças
Custo Unitário                            $ 81                        $ 119


Comparando os resultados obtidos com os dois métodos:

                                     Produto A                   Produto B
                                                                           Contabilidade de Custos
Método Tradicional       $ 124     $ 76
Método ABC                $ 81    $ 119
Redução / Aumento (%)   34,68%   56,58%




                                          Contabilidade de Custos
9. Sistemas de Tradicionais de Custeio


9.1 Métodos de apropriação de custos

O método mais conveniente para apropriação de custos deve ser baseado no tipo do processo de
produção.

Os métodos de apropriação de custos mais comuns podem ser:

       • Por processo;
       • Por Ordem de Serviço.


9.1.1 Apropriação de custos por processo


Quando a produção de uma empresa industrial é realizada de forma contínua, repetitiva, seriada, adota-
se o método de apropriação de custos por processo.

O custo por processo caracteriza-se pela própria natureza do fluxo de produção. Os materiais são
submetidos à transformação contínua, através de várias etapas ou fases de fabricação, até atingir o
produto final.

Algumas indústrias podem utilizar o método de apropriação de custos por processo: Produção de
pregos, parafusos, extração de sal, moagem de trigo, assim como as que produzem em série: lâmpadas,
livros, ventiladores do mesmo tipo, tamanho e qualidade, etc.

Cada etapa ou fase de transformação há de corresponder a um centro de custos, mantendo-se controle
individualizado dos fatores de produção (mão-de-obra, materiais diretos, gastos diretos e uma parcela
de gastos indiretos distribuídos pro rata)

No método de apropriação de custos por processo, o custo total da fase anterior será o primeiro
componente de custos da fase seguinte, tornando-se indispensável o controle distinto e acumulado de
cada fase da produção (centro de custos).

A apropriação e controle de cada fase de produção, pelo método de custo por processo, deve abranger:

       a) Mão-de-obra (horas e valor);
       b) Materiais diretos;

                                                                             Contabilidade de Custos
c)   Gastos diretos;
       d)   Custo Primário (∑ a, b, c);
       e)   Custo Indireto;
       f)   Custo Total (∑ d, e);
       g)   Saldo anterior;
       h)   Produção concluída no mês;
       i)   Saldo atual (∑ g, f - h)
       j)   Quantidade produzida;
       k)   Custo médio unitário (h ÷ j)


Por mês devem ser apuradas as taxas horárias:

       a) Da Mão-de-obra Direta (THD);
       b) Do Custo Indireto (THI).

O método de apropriação de custos por processo deve propiciar informações, de modo a permitir o
controle permanente de:

       1.   Produção Acumulada (volume de unidades físicas produzida até o mês a que corresponde o
            relatório de custos);

       2.   Média Mensal da Produção (média mensal do volume de unidades físicas produzidas até o
            mês a que corresponde o relatório de custos);

       3.   Custo Médio Unitário (das unidades produzidas em cada mês do período).


9.1.2 Apropriação de custos por Ordem de Serviço


Esse método é bastante diferente do custo por processo.

A Ordem de Serviço, também denominada Ordem de Produção ou Fabricação, compreende um
formulário adequado (ou sistema de processamento eletrônico de dados), no qual se faz o controle do
custo incorrido em cada mês do período e seu total acumulado de todos os fatores envolvidos na
produção de um produto ou série de unidades do mesmo produto.




                                                                           Contabilidade de Custos
O controle da Ordem de Serviço deve prever informações, como as relatadas a seguir:

       a) Número da Ordem de Serviço;
       b) Descrição do Produto Fabricado;
       c) Quantidade de Produtos Fabricados (do mesmo tipo, marca, características e dimensões);
       d) Data da emissão da Ordem de Serviço;
       e) Data de início do serviço (prevista e efetiva);
       f) Data de término do Serviço (prevista e efetiva);
       g) Indicação se é para estoque ou para atender a encomenda específica. Neste último caso, a
          Ordem de Serviço deve relatar o nome e o endereço do cliente, assim como o nº CGC/CPF
          e Inscrição Estadual.
       h) Descrição dos serviços a serem executados, mencionando-se as unidades organizacionais
          que serão envolvidas no processo;
       i) Horas de trabalho para execução de cada tarefa do serviço de fabricação de um produto ou
          de lote (prevista e efetiva);
       j) Vistos (ou assinatura eletrônica) dos funcionários incumbidos dos vários controles.

Evidentemente, além das informações mencionadas, o controle deve prever, por mês e acumulado:

       a)   Mão-de-Obra Direta (horas consumidas e valor apropriado);
       b)   Mão-de-Obra Empreitada (horas consumidas e valor apropriado);
       c)   Total de Mão-de-Obra Direta (horas consumidas e valor apropriado);
       d)   Materiais Diretos (valor apropriado);
       e)   Gastos Diretos (valor apropriado);
       f)   Custo Primário (∑ c, d, e);
       g)   Gastos Indiretos;
       h)   Custo de Produção (∑ f, g)

Para efeito de distribuição do produto fabricado (expedição e vendas) o formulário da Ordem de
Serviço deve ter campos adequados para as seguintes informações:

       a)   Custo do Produto Fabricado;
       b)   Despesas de Acondicionamento;
       c)   Despesas de Frete e Seguro;
       d)   Despesas de Expedição;
       e)   Custo Total (∑ a, b, c, d);
       f)   Margem de Lucro (%)
       g)   Preço Final;
       h)   IPI;
       i)   ICMS;
       j)   Faturamento (Nº da Nota Fiscal e da Fatura e respectiva data de emissão).

Será relevante o controle de custos por unidade organizacional da produção, independentemente da sua
apropriação por Ordem de Serviço.

No final do mês, o relatório de custos pode revelar informações úteis sobre os custos apropriados em
cada unidade organizacional, relatando:

       a) Custo Primário

            •   Salários e Encargos;
                                                                              Contabilidade de Custos
•    Serviços de Empreitada;
      •    Materiais Diretos;
      •    Gastos Diretos.

  b) Custo Indireto

      •    Gastos Indiretos.

                Tipos de empresas e o custeio geralmente adotado

     Custeio por Processo              Custeio por Ordem de Serviço

            Auto-peças                             Móveis
            Montadoras                     Equipamentos Pesados
             Cimento                          Construção Civil
             Químicas                      Escritório de Auditoria
           Petroquímicas                        Consultorias
               Álcool                        Construção Naval
            Telefônica                     Indústria Farmacêutica
          Energia Elétrica                 Autorizada de Veículos

     Diferenciação entre o custeio por Ordem de Serviço e por Processo

     Custeio por Processo              Custeio por Ordem de Serviço

   Os custos são acumulados               Os custos são acumulados
    por fases de fabricação.                    por produto.

É utilizado em produção contínua.    É utilizado em produção descontínua.




                                                                     Contabilidade de Custos
Fatores positivos e negativos do custeamento por Processo

                 Vantagens                                       Desvantagens

           Menor trabalho e custo.                     Haver variações acentuadas entre o
                                                       custo real e o apurado, pois a base
                                                          do cálculo é o custo médio.

         Mais fácil determinação dos                Haver distorção no cálculo da produção
          componentes do custo.                   equivalente devido à avaliação do estágio da
                                                   produção (podem ter sido mal avaliadas).

 Maior conhecimento do processo produtivo.

  Melhor controle via departamentalização.


Fatores positivos e negativos do custeamento por Ordem de Serviço

                 Vantagens                                       Desvantagens

  As Ordens de Serviço terminadas servem           Elevadas despesas com o acompanhamento
  como base para futuras, desde que sejam         do sistema devido ao trabalho pormenorizado.
          iguais ou semelhantes.

     Permite a identificação do produto           O conhecimento do custo somente é possível
         de maior ou menor lucro.                      ao término da Ordem de Serviço.

     O acompanhamento do lançamento
 proporcionará ao administrador um controle
  que independerá do levantamento físico de
               seus estoques.

Fornecer meios ao departamento financeiro de
  estabelecer as épocas mais apropriadas de
receber as parcelas de receitas dos clientes de
   acordo com o andamento da Ordem de
                   Serviço




                                                                                Contabilidade de Custos
10. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

 Exercício 01

1.   Preencha as lacunas e assinale a opção que completa as afirmativas:
        I.    ......................... é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado para a produção de outros bens e
              serviços.
       II.    ......................... é o gasto produzido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.

 a. ( ) Despesa – Custo                                b. ( ) Perda – Despesa
 c. ( ) Custo – Despesa                                d. ( ) Custo – Perda

2.   O pagamento resultante da aquisição ou produção de um bem, serviço ou despesa é denominado:

 a. ( ) Gasto                                          b. ( ) Desembolso
 c. ( ) Custo                                          d. ( ) Perda

3.   ......................... é o gasto realizado na obtenção de um bem para o ativo da entidade (bem este ativado em
     função de sua vida útil ou porque serão atribuídos a exercícios futuros).

 a. ( ) Custo                                          b. ( ) Despesa
 c. ( ) Investimento                                   d. ( ) Desembolso

4.   O encargo financeiro efetuado por uma entidade com vistas à obtenção de um bem, para a produção de um
     bem ou para a obtenção de uma receita qualquer é o que denominamos:

 a. ( ) custo direto                                   b. ( ) Investimento
 c. ( ) Despesa                                        d. ( ) Custo indireto

5.   Entende-se como Mão-de-Obra Indireta, na Contabilidade de Custos, aquela:

 a. ( )   que diz respeito ao pessoal que trabalha e b. ( )     responsável pelas vendas dos produtos
          atua estritamente ligado ao produto que               fabricados.
          está sendo fabricado.
 c. ( )   relativa à manutenção, prevenção de d. ( )            relativa à administração dos escritórios e
          acidentes, supervisão, programação e                  contabilidade geral.
          controle da produção.




                                                                                         Contabilidade de Custos
6.       Coloque nos parênteses CD (para custos diretos) CI (para custos indiretos) e D (para despesas) ao
          lado de cada conta abaixo e após assinale a alternativa que corresponde corretamente à questão:

  (   )      Salário do Eletricista de Manutenção.
  (   )      Depreciação do Automóvel utilizado pelo Diretor da Empresa.
  (   )      Encargos Financeiros sobre Descontos de Títulos.
  (   )      Consumo de Aço numa Indústria Metalúrgica.
  (   )      Energia Elétrica (do painel luminoso instalado no centro da cidade).
  (   )      Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para o corte de lâminas que
             contém dispositivo para contagem do número de produtos produzidos no dia, bem
             como dispositivo para medição do consumo diário de energia).
  ( )        Gastos com Propaganda e Publicidade.
  ( )        Energia Elétrica (consumo de energia relativa às luminárias do teto do prédio da
             indústria, que servem para iluminação do ambiente).

  a. ( c ) CI-D-D-CD-D-CD-D-CI                        b. ( ) CD-D-D-CD-D-CI-D-CI
  c. ( ) CI-D-D-CD-D-CI-D-CI                          d. ( ) CD-D-D-CD-D-CI-CD-CI

 7.       Os custos indiretos (exemplo: aluguel da fábrica):

  a. ( ) são apropriados aos produtos na b. ( c são apropriados aos produtos através
         proporção exata de sua alocação a )        de     rateio    (adota-se   critérios
         cada unidade de produto fabricado.         proporcionais para atribuir-se estes
                                                    custos     às    diversas   unidades
                                                    produzidas).
  c. ( ) são apropriados aos produtos sempre d. ( ) são apropriados aos produtos através
         que a empresa industrial optar pela        de rateio, exclusivamente no caso em
         incorporação destes custos aos             que a empresa produza apenas um
         diferentes    tipos   de     produtos      tipo único de produto.
         fabricados pela empresa.

 8.       Os custos de manutenção do prédio da indústria, tais como aluguel, taxas de seguro, depreciação,
          aquecimento e luz, são:

  a. ( ) custo direto.                                b. ( c ) custo indireto.
  c. ( ) custo primário.                              d. ( ) custo direto ou indireto.

 9.       Em uma empresa que mantenha inalterável sua estrutura orgânica, aqueles gastos que se operam
          sempre dentro das mesmas medidas, qualquer que seja o volume de produção independentemente
          da natureza do trabalho, tais como seguro e aluguel, são denominados de:

  a. (     ) custos diretos.
  b. (     ) custos marginais.
  c. (     ) custos variáveis.
  d. (     ) custos fixos.
  e. (     ) custo padrão.

10.       Coloque nos parênteses CV (para custos variáveis) CF (para custos fixos) e D (para despesas) ao
          lado de cada conta abaixo e após assinale a alternativa que responde corretamente a questão:

  ( ) Salário do Eletricista de Manutenção (da fábrica).

                                                                                         Contabilidade de Custos
(   )
    Depreciação do Automóvel utilizado pelo Diretor da Empresa.
(   )
    Encargos Financeiros sobre Descontos de Títulos.
(   )
    Consumo de Aço numa Indústria Metalúrgica.
(   )
    Energia Elétrica (do painel luminoso instalado no centro da cidade).
(   )
    Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para corte de lâminas) (Esta
    máquina contém dispositivo para contagem do número de produtos produzidos no dia,
    bem como dispositivo para medição do consumo diário de energia).
( ) Gastos com Propaganda e Publicidade.
( ) Energia Elétrica (consumo de energia relativa às luminárias do teto do prédio da
    indústria, que servem para iluminação do ambiente).

a. ( ) CF-D-D-CV-CF-CV-D-CF                b. ( ) CF-D-D-CV-D-CV-D-CF
c. ( ) CF-D-D-CV-CV-D-D-CV                 d. ( ) CF-D-D-CV-D-CV-D-CV




                                                                       Contabilidade de Custos
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  • 1. Sumário 1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1 1.1 EMENTA 1 1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1 1.3 OBJETIVOS 1 1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 1.5 METODOLOGIA 1 1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2 1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 2 CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 2. INTRODUÇÃO 3 2.1 A CONTABILIDADE DE CUSTOS 3 2.1.1 OBJETIVOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 3 2.1.2 O DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 5 2.1.3 COMPARAÇÃO ENTRE A CONTABILIDADE GERAL E DE CUSTOS 7 3. CONCEITOS BÁSICOS 8 3.1 TERMINOLOGIA CONTÁBIL 8 3.2 GASTO 8 3.3 INVESTIMENTO 9 3.4 CUSTO 9 3.5 DESPESA 9 3.6 DESEMBOLSO 10 3.7 PERDA 10 4. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 12 4.1 CUSTO DIRETO 12 4.2 CUSTO INDIRETO 13 4.3 CUSTO FIXO 14 ATE 4.4 CUSTO VARIÁVEL 14 4.4 CUSTO VARIÁVEL 15 4.5 CUSTO SEMI-FIXO 16 4.6 CUSTO SEMI-VARIÁVEL 17 5. CUSTOS PARA DETERMINAÇÃO DO LUCRO 18
  • 2. 5.1 INTRODUÇÃO 18 5.1.1 GASTOS FABRIS 18 5.1.2 GASTOS FABRIS E NÃO FABRIS 18 5.1.3 GASTOS NÃO FABRIS 19 5.1.4 FLUXO DE DISPÊNDIO 19 5.1.5 CUSTO PRIMÁRIO 20 5.1.6 CUSTO DE TRANSFORMAÇÃO 20 5.1.7 CUSTO DE PRODUÇÃO 20 5.1.8 CUSTO DOS PRODUTOS FABRICADOS 20 5.1.9 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS 20 5.1.10. ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS PARA APURAÇÃO DO RESULTADO. 21 6. CUSTOS PARA PLANEJAMENTO E CONTROLE 22 6.1 CUSTOS PARA CONTROLE 22 6.1.1 CUSTO-PADRÃO IDEAL 22 6.1.2 CUSTO-PADRÃO ESTIMADO 23 6.1.3 CUSTO-PADRÃO CORRENTE 23 7. CUSTOS PARA TOMADA DE DECISÕES 24 7.1 INTRODUÇÃO 24 7.1.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 24 7.1.2 CUSTEIO DIRETO 25 7.1.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 25 7.1.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS (DIRETO E POR ABSORÇÃO) 26 7.1.5 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO PELO SISTEMA DE CUSTEIO POR ABSORÇÃO 29 7.1.6 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO PELO SISTEMA DE CUSTEIO DIRETO 30 7.1.7 A RELAÇÃO CUSTO – VOLUME – LUCRO 31 7.1.8 ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 31 7.1.9 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 31 7.1.10 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 31 7.1.11 PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 32 8. CUSTO ABC 36 8.1 INTRODUÇÃO 36 8.2 OS BENEFÍCIOS E AS RESTRIÇÕES DO ABC 37 8.3 ATRIBUIÇÃO DE CUSTOS ÀS ATIVIDADES 38 8.4 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DOS DIRECIONADORES DE CUSTOS 40 9. SISTEMAS DE TRADICIONAIS DE CUSTEIO 47 9.1 MÉTODOS DE APROPRIAÇÃO DE CUSTOS 47 9.1.1 APROPRIAÇÃO DE CUSTOS POR PROCESSO 47 9.1.2 APROPRIAÇÃO DE CUSTOS POR ORDEM DE SERVIÇO 48 10. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 52
  • 3. EXERCÍCIO 01 52 EXERCÍCIO 02 55 EXERCÍCIO 03 56 EXERCÍCIO 04 57 EXERCÍCIO 05 59 EXERCÍCIO 06 62 EXERCÍCIO 07 63 EXERCÍCIO 08 64
  • 4. 1. Programa da disciplina 1.1 Ementa Conceitos de custos e utilização de controles eficientes e eficazes como direcionadores gerenciais visando à tomada de decisões seguras. 1.2 Carga horária total 80 horas. 1.3 Objetivos Oferecer aos educandos, futuros bacharéis, subsídios e conhecimentos das práticas de custos proporcionando assim menores riscos nas decisões deste âmbito. 1.4 Conteúdo programático Custos – conceito e controle na nova economia. Terminologia contábil aplicada e elementos de custo. Contabilização dos custos e departamentalização. Métodos de custeio – custeio por absorção, custeio direto, custeio por atividades. Análise custo-volume-lucro – margem de contribuição e pontos de equilíbrio. Gestão de custos: custos para planejamento e decisão. Preço de venda – estrutura formação e cálculo. 1.5 Metodologia Aulas expositivas e praticas variando a utilização de ferramentas e recursos (quadro, datashow, etc). Contabilidade de Custos
  • 5. 1.6 Critérios de avaliação As provas G1 e G2 terão grau 7. Trabalhos, presenças e participação em aula complementam os 3 pontos. 1.7 Bibliografia recomendada BIBLIOGRAFIA BÁSICA: MARTINS, E. Contabilidade de Custos. São Paulo, Atlas, 2003. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BERBEL, J. D. Introdução a contabilidade e a análise de custos. São Paulo: Editora STS, 2003. COGAN, S. Activity- based costing ABC: a poderosa estratégia empresarial. Pioneira, 1998. LEONE, G. S. G. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2000. SCHIMIDT, P.; SANTOS, J. L.; PINHEIRO, P. R.. Fundamentos da gestão estratégica de custos. São Paulo: Atlas, 2006. Contabilidade de Custos
  • 6. 2. Introdução 2.1 A Contabilidade de Custos A Contabilidade de Custos forma parcela ponderável da moderna Contabilidade Administrativa, Gerencial ou Analítica. Passaremos a expor alguns conceitos breves que nos auxiliarão a desenvolver a tese de que as técnicas de Contabilidade de Custos constituem um poderoso instrumento nas mãos do administrador para o eficiente desempenho de suas funções. Importante notar que durante muito tempo se pensou que a Contabilidade de Custos se referia apenas ao custeamento dos produtos e que servia somente às empresas industriais. Todavia, atualmente, esse ramo da Contabilidade é constituído de técnicas que podem ser aplicadas a muitas outras atividades, inclusive, e principalmente, aos serviços públicos e ainda às empresas não-lucrativas. Uma distinção clara entre Contabilidade Industrial e Contabilidade de Custos é essencial neste ponto. Contabilidade Industrial é a aplicação dos princípios e preceitos da Contabilidade Geral, ao registro, organização e controle das operações de uma empresa industrial, assim como o são a Contabilidade Bancária, a de Transportes, a de Seguros e assim por diante. A Contabilidade de Custos, no entanto, engloba técnicas de Contabilidade Geral e outras técnicas extra contábeis para o registro, organização, análise e interpretação dos dados relacionados à produção ou à prestação de serviços, podendo ser aplicada igualmente como detalhe da Contabilidade Industrial, da Contabilidade Bancária, da Contabilidade de Transportes e de Seguros. 2.1.1 Objetivos da Contabilidade de Custos A idéia básica de custos, atualmente, é de que eles devem ser determinados, tendo em vista o uso a que se destinam. A “diversidade de objetivos da Contabilidade de Custos torna difícil estabelecer um só tipo de custo da produção, que se adapte a todas as necessidades. Cada utilização de custo requer, de fato, diferentes tipos de custos”. Por isso, a Contabilidade de Custos, quando acumula os custos e os organiza em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: a determinação do lucro, o controle das operações e a tomada de decisões. Os dados de custos necessários para a determinação do lucro podem ser extraídos diretamente dos registros convencionais da Contabilidade. Uma ou outra compilação Contabilidade de Custos
  • 7. deverá ser feita para transformá-los em informações úteis. Por exemplo, a separação dos custos em aplicados e periódicos já vai fornecer resultados mais realísticos à Administração. A acumulação dos custos por fases de fabricação, por departamentos e por produtos resultará em apropriações mais racionais. O atendimento do princípio contábil de que a toda renda devem ser computados os custos necessários para realizá-la é a maneira mais usada e correta para o levantamento do lucro do período. Considerando, ainda, os mesmos dados básicos, pode a Contabilidade, por meio de classificações especiais, atender ao controle. Quando o contador acumula os custos por centros de responsabilidade e dentro de cada centro classifica os custos por função, por natureza e por possibilidade de controle, dota a Administração de meio eficaz para a determinação dos custos por componente da organização e, conseqüentemente, para o exercício de controle mais efetivo sobre o desempenho de cada um dos responsáveis por esses mesmos componentes. O sistema de custos-padrão, adotado pelas empresas industriais e que também pode ser empregado para o controle de outras atividades, é instrumento valioso à disposição do administrador o qual permite a criação de metas contra as quais medir os resultados. A separação dos custos em relação ao volume, isto é, dos custos fixos e custos variáveis, fornecerá ao contador meios para dar melhores informações à administração em termos de controle (por exemplo, os orçamentos flexíveis) e em termos de auxílio ao processo decisório (por exemplo, a análise do ponto de equilíbrio). Tratando-se das relações entre a Contabilidade de Custos e o processo de decisão, vale lembrar a existência de diversos tipos de custos que devem atender a várias finalidades. Neste ponto é que reside a maior utilidade das técnicas de Custos. Os dados de custos são manipulados de formas diferentes, objetivando emprestar-lhes a significação exigida para a solução dos mais complexos problemas que enfrenta o administrador. Na fixação do preço de venda de um produto devem ser computados todos os custos e, principalmente, num regime inflacionário, os custos de reposição. A recuperação dos custos através da venda servirá para cobrir os impostos, os juros, as despesas para expansão, os dividendos e a reposição das matérias-primas e de outros fatores de produção necessários para o reinício e manutenção do ciclo operacional. O custeamento dos planos e das alternativas, das atividades de distribuição e dos inventários por meio de tipos diferentes de custos, permitirá ao administrador tomar decisões mais científicas. É sabido que existem fatores qualitativos de extrema importância que devem ser levados em conta ao se tomar uma decisão. Todavia, mesmo reconhecendo que existem elementos imponderáveis na escolha de uma alternativa, este processo será mais válido se auxiliado por fatores de natureza quantitativa. Em resumo, a Contabilidade de Custos fornece informações para: 1. A determinação dos custos dos fatores de produção; Contabilidade de Custos
  • 8. 2. A determinação dos custos de qualquer natureza; 3. A determinação dos custos dos setores de uma organização; 4. A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade ou de setores da organização; 5. O controle das operações e das atividades de qualquer organização; 6. A administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou solucionar problemas especiais; 7. O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário para conserto, dos serviços de garantia de produtos; 8. A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, quando as despesas de manutenção e reparos ultrapassam os benefícios advindos da utilização do equipamento; 9. A determinação dos custos dos pedidos não satisfeitos; 10. A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajudar o cálculo do estoque mínimo, do lote mais econômico de compra, da época de compra; 11. O estabelecimento dos orçamentos. 2.1.2 O Desenvolvimento da Contabilidade de Custos A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial. Sua principal função era, então, registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar os inventários e, conseqüentemente, a determinar mais corretamente as rendas e levantar os balanços. Nesse tempo eram apenas computados os custos diretos: o valor do material consumido e o valor da mão-de-obra aplicada. No fim do século passado, vários fatores exigiram que o cantador de Custos desse mais um grande passo em direção a um maior refinamento. Foi bastante difícil a adoção generalizada da computação de valores estimados no custo de um produto. Os contadores se restringiam a contabilizar apenas os custos reais. Era princípio rígido o registro das transações e das operações somente pelas despesas realmente incorridas. Com certo relaxamento deste princípio, quando se considerou que a Contabilidade de Custos era voltada para as atividades internas da organização, foi possível o emprego de taxas predeterminadas para a apropriação dos custos indiretos ao valor dos produtos, dos inventários e dos serviços. De qualquer modo, essa primeira fase se caracterizou pela preocupação com o registro dos custos. A partir da Primeira Grande Guerra, em face da intensificação da competição e ainda após a Depressão, verificou-se que as informações de Contabilidade de Custos, se organizadas adequadamente, poderiam servir como controle dos próprios custos e das operações. Contabilidade de Custos
  • 9. A Contabilidade de Custos ganhou corpo, atingindo sua identidade específica e começou a ser finalmente considerada como instrumento da Administração. Com a Segunda Grande Guerra desenvolveram-se modernas técnicas de administração, e novas concepções levaram à Contabilidade de Custos impulsos novos, aumentando sua área de influência. As informações de Custo passaram a apoiar a Administração em sua funções de planejamento e tomada de decisões. A Contabilidade de Custos cada vez mais passou a responsabilizar-se pela análise e interpretação das informações quantitativas a fim de fornecer à Administração instrumentos significativos e oportunos para a gerência da organização. O desenvolvimento paralelo da Pesquisa Operacional e da Computação Eletrônica veio dar maior vigor à Contabilidade de Custos. Atualmente as informações são prestadas mais rapidamente. Problemas, antes, de certo modo difíceis de serem solucionados, agora o são pelo emprego de técnicas estatísticas e matemáticas mais sofisticadas, bem como pelo uso crescente do equipamento eletrônico de processamento de dados. O desafio do moderno contador reside exatamente no ponto de que ele agora dispõe de maiores recursos para fazer parte do primeiro quadro na hierarquia administrativa. Por isso mesmo, a Contabilidade de Custos passou a ser encarada como parcela essencial da Contabilidade Gerencial. Contabilidade de Custos
  • 10. 2.1.3 Comparação entre a Contabilidade Geral e de Custos Como resumo do que foi discutido até aqui, em relação à dissociação da Contabilidade, podemos estabelecer as características mais importantes de cada uma delas. Contabilidade Geral Contabilidade de Custos • Trata das relações externas da empresa; • Trata das relações internas da empresa; • Condiciona-se às imposições legais; • Não está condicionada às imposições legais; • Deve acompanhar os princípios e • Não precisa acompanhar os princípios e convenções contábeis geralmente convenções contábeis geralmente aceitos; aceitos; • Apresenta os relatórios convencionais; • Serve à Administração. É base para a Balanço Patrimonial, Demonstração de emissão dos Relatórios que a empresa Resultado; necessita para controle e planejamento internos; • Utiliza-se de custos históricos; • Não precisa utilizar apenas os custos históricos. Pode usar o tipo de custo que mais convier à Administração para a tomada de decisão; • Tem mais ligações com o que passou. • Tem mais ligações com o presente e com o futuro. Contabilidade de Custos
  • 11. 3. Conceitos Básicos 3.1 Terminologia Contábil O ponto inicial da exposição sobre custos está na terminologia. Infelizmente, encontramos em todas as áreas, principalmente nas sociais (e econômicas em particular) uma profusão de nomes para um único conceito e também conceitos diferentes para uma única palavra. 3.2 Gasto Sacrifício que a entidade arca para obtenção de um bem ou serviço, representado por entrega ou promessa de entrega de ativos. O gasto se concretiza quando os serviços ou bens adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa. EXEMPLOS: • Gasto com mão-de-obra (salários e encargos sociais) = aquisição de serviços de mão de obra. • Gasto com aquisição de mercadorias para revenda. • Gasto com aquisição de matérias-primas para industrialização. • Gasto com energia elétrica = aquisição de serviços de fornecimento de energia. • Gasto com aluguel de edifício (aquisição de serviços). • Gasto com Reorganização Administrativa (serviço). Contabilidade de Custos
  • 12. 3.3 Investimento Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. EXEMPLOS: • Aquisição de móveis e utensílios. • Aquisição de imóveis. • Despesas pré-operacionais. • Aquisição de marcas e patentes. • Aquisição de matéria-prima. • Aquisição de material de escritório. 3.4 Custo Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços: são todos os gastos relativos à atividade de produção. EXEMPLOS: • Salários do pessoal da produção. • Matéria-prima utilizada no processo produtivo. • Combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas da fábrica. • Aluguéis e seguros do prédio da fábrica. • Depreciação dos equipamentos da fábrica. • Gastos com manutenção das máquinas da fábrica. 3.5 Despesa Gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir Custos e Despesas. Pode-se, entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos realizados com o produto até que esteja pronto, são Custos; a partir daí, são Despesas. Assim, por exemplo, gastos com embalagens são Custos se realizados no âmbito do processo produtivo (o produto é vendido embalado); são Despesas, se realizados após a produção (o produto pode ser vendido com ou sem embalagem). Contabilidade de Custos
  • 13. Todos os Custos que estão incorporados nos produtos acabados que são fabricados pela empresa industrial são reconhecidos como Despesas no momento em que os produtos são vendidos. A matéria-prima industrial que, no momento da sua aquisição, representa um Investimento (estoque de matéria-prima), continuará sendo considerada Investimento enquanto estiver sendo consumida no processo fabril (estoque de produtos em processo) continuando como Investimento enquanto estiver mantida no estoque de produtos acabados, somente transformando-se em Custo, para efeito de apuração do resultado, quando do processo de venda em que se torna Custo do Produto Vendido. Os encargos financeiros incorridos pela empresa, mesmo aqueles decorrentes da aquisição de insumos para a produção, são sempre considerados Despesas. EXEMPLO: • Salários e encargos sociais do pessoal de vendas. • Salários e encargos sociais do pessoal administrativo. • Energia elétrica consumida na sede administrativa. • Gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas. • Conta telefônica da administração e de vendas. • Aluguéis e seguros da sede administrativa. 3.6 Desembolso Saídas de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto. 3.7 Perda É um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva normal da empresa. No 1º caso, são considerados da mesma natureza que as Despesas e são jogadas diretamente contra o resultado do período. EXEMPLOS: • Incêndio. • Obsoletismo de estoques. • Período de greve. • Enchente. Contabilidade de Custos
  • 14. Furto/roubo. No 2º caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na produção industrial, integram o Custo de produção. EXEMPLO: Uma indústria de estamparia que aproveita apenas 80% da chapa de aço e considera 20% como perda técnica. Da mesma forma, o camiseiro que considera o preço do pano total comprado, como custo, não se importando com os retalhos. Em alguns casos admite-se considerar dias parados por motivo de greve como “ociosidade” e incluí-los nos gastos gerais de fabricação para rateio na formação do custo de todos os produtos. Contabilidade de Custos
  • 15. 4. Classificação de Custos 4.1 Custo Direto São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. EXEMPLOS: • Matéria-prima - Normalmente, a empresa sabe qual a quantidade exata de matéria prima que está sendo utilizada para a produção de uma unidade do produto. Sabe-se o preço da matéria-prima, o custo daí resultante está associado diretamente ao produto. • Mão-de-Obra direta - Trata-se dos custos com os trabalhadores utilizados diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um trabalhou no produto e o preço da mão-de-obra, é possível apropriá-la diretamente ao produto. • Material de embalagem. • Depreciação de equipamento quando é utilizado para produzir apenas um tipo de produto. • Energia elétrica das máquinas, quando é possível saber quanto foi consumido na produção de cada produto. Contabilidade de Custos
  • 16. 4.2 Custo Indireto São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados indiretamente aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio. EXEMPLOS: • Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto. • Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção. • Aluguel da fábrica. • Gastos com limpeza da fábrica. • Energia elétrica que não pode ser associada ao produto. OBSERVAÇÕES: 1. Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos. 2. Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que não compensaria o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como indireto. Exemplo: Gastos com verniz e cola na fabricação de móveis. Contabilidade de Custos
  • 17. 4.3 Custo Fixo Custos Fixos são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume e produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de produção, inclusive no caso da fábrica nada produzir. Observe que os Custos Fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos: Imposto Predial, Depreciação dos equipamentos (pelo método linear), Salários de vigias e porteiros da fábrica, Prêmios de seguro, etc. GRÁFICO REPRESENTATIVO DOS CUSTOS FIXOS (CF) Valor CF Quantidade Contabilidade de Custos
  • 18. 4.4 Custo Variável Custos Variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida. Se não houver quantidade produzida, o Custo Variável será nulo. Os Custos Variáveis aumentam na medida em que aumenta a produção. OUTROS EXEMPLOS: • Materiais indiretos consumidos. • Depreciação dos equipamentos (quando esta for feita em função das horas/máquina trabalhadas). • Gastos com horas-extras na produção. GRÁFICO REPRESENTATIVO DOS CUSTOS VARIÁVEIS (CV) Valor CV Quantidade Contabilidade de Custos
  • 19. GRÁFICO CLÁSSICO DOS CUSTOS TOTAIS (CT) Valor CT CV CF Quantidade 4.5 Custo Semi-Fixo Custos Semi-Fixos são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas que variam se há uma mudança nesta faixa. Considere, por exemplo, a necessidade de supervisores de produção de uma fábrica expressa na tabela a seguir: Volume de Quantidade Necessária Custo em R$ Produção de Supervisores (Salários + Encargos) 0 – 20.000 1 120.000 20.001 – 40.000 2 240.000 40.001 – 60.000 3 360.000 60.001 – 80.000 4 480.000 Contabilidade de Custos
  • 20. 4.6 Custo Semi-Variável Custos Semi-Variáveis são custos que variam com o nível de produção, mas que, entretanto, têm uma parcela fixa que existe mesmo que não haja produção. É o caso, por exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor da conta dependa do número de quilowatts consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa. Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma caldeira, que varia de acordo com o nível de atividade, mas que existirá, mesmo que seja num valor mínimo, quando nada se produza, já que a caldeira não pode esfriar. Contabilidade de Custos
  • 21. 5. Custos para Determinação do Lucro 5.1 Introdução Uma das funções básicas da Contabilidade de Custos é fornecer elementos para avaliação dos estoques e apuração do resultado. Enfatizando os custos para determinação do lucro podemos dividir os conceitos em três partes: Gastos Fabris, Gastos Fabris e Não Fabris e Gastos Não Fabris. 5.1.1 Gastos Fabris Como Gastos Fabris temos: • Material direto (matéria-prima). • Mão-de-obra direta. • Gastos gerais de fabricação. 5.1.2 Gastos Fabris e Não Fabris Estes gastos estão relacionados aos ativos (Ativo Permanente – Imobilizado). Temos então como exemplo: • Depreciação. • Amortização. • Exaustão. Contabilidade de Custos
  • 22. 5.1.3 Gastos Não Fabris Estes gastos estão relacionados com as áreas não produtivas. EXEMPLO: • Despesas Administrativas. • Despesas Comerciais. • Despesas Financeiras. 5.1.4 Fluxo de Dispêndio DISPÊNDIOS DISPÊNDIOS DISPÊNDIOS FABRIS FABRIS E NÃO NÃO FABRIS FABRIS MATERIAL DIRETO + DESPESAS MÃO-DE-OBRA DIRETA ATIVOS ADMINISTRATI + GASTOS GERAIS DE FIXOS VAS FABRICAÇÃO E COMERCIAIS CUSTOS DOS DEPRECIAÇÃO DESPESAS PRODUTOS AMORTIZAÇÃO DO VENDIDOS EXAUSTÃO PERÍODO RESULTADO DO EXERCÍCIO Contabilidade de Custos
  • 23. 5.1.5 Custo Primário É a soma da matéria-prima mais a mão-de-obra direta. 5.1.6 Custo de Transformação Representa o esforço da empresa para transformar o material, adquirido do fornecedor, em produto acabado. É a soma da mão-de-obra direta mais os Gastos Gerais de Fabricação (GGF). 5.1.7 Custo de Produção É o custo do que foi produzido no período. É composto por: • Material Direto – matéria-prima, componentes diretos e embalagens identificadas ao produto que está sendo elaborado. • Mão-de-Obra Direta – salário do operário que trabalha diretamente no produto. • Gastos Gerais de Fabricação – custos de produção que não podem ser identificados no produto. 5.1.8 Custo dos Produtos Fabricados Representa a soma dos custos dos produtos fabricados até o momento do encerramento do exercício, ou seja, é o custo da produção do período mais o custo da produção dos períodos anteriores ainda em estoque. 5.1.9 Custo dos Produtos Vendidos É o custo dos produtos entregues aos clientes no período, ou seja, o custo dos produtos acabados que saíram do depósito. Representa a parcela de custo confrontada com a receita visando à apuração do resultado. Contabilidade de Custos
  • 24. 5.1.10. Esquema básico da Contabilidade de Custos para Apuração do Resultado. CUSTOS DESPESAS INDIRETOS DIRETOS • ADMINISTRATIVAS • VENDAS • FINANCEIRAS RATEIO RECEITA PRODUTO DAS A VENDAS PRODUTO B PROCUTO C ESTOQUE CUSTO PRODUTOS VENDIDOS RESULTADO Contabilidade de Custos
  • 25. 6. Custos para Planejamento e Controle 6.1 Custos para Controle Como resultado do aumento cada vez maior da concorrência, o administrador necessita, mais e mais, aperfeiçoar o controle das operações e dos custos de sua empresa. Para isso, os objetivos são estabelecidos e os custos são controlados em função deles. Servem os Custos-Padrão para o controle dos custos e das operações. A administração estabelece planos e metas e, dentro dos vários níveis administrativos, delega autoridade e responsabilidade necessárias para que tais objetivos sejam atingidos. O custeamento pela Responsabilidade acumula os custos por componente e por natureza de gasto, permitindo que níveis mais altos da hierarquia administrativa controlem os custos das operações dos setores que lhes ficam imediatamente subordinados. Em outras palavras, os custos são classificados pelos gerentes responsáveis pelo seu controle e, dentro de cada componente, são classificados por natureza. 6.1.1 Custo-Padrão Ideal É um custo determinado da forma mais científica possível pela Engenharia de Produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão-de-obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos. Contabilidade de Custos
  • 26. 6.1.2 Custo-Padrão Estimado É aquele determinado simplesmente através de uma projeção, para o futuro, de uma média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se ocorreram ineficiências na produção. 6.1.3 Custo-Padrão Corrente Situa-se entre o Ideal e o Estimado. Ao contrário deste último, para fixar o Corrente, a empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por outro lado, ao contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que reconhecidamente existem, mas que não podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a curto e médio prazo. Este tipo de Custo-Padrão pode ser considerado o mais adequado para fins de controle. Contabilidade de Custos
  • 27. 7. Custos para Tomada de Decisões 7.1 Introdução Muitas vezes, a administração se vê colocada entre duas ou mais alternativas e necessita tomar uma decisão que melhor atenda aos interesses da empresa. Tendo em vista que o custo é um fator importante na realização dos objetivos de lucro da empresa, o custo de cada alternativa deve ser considerado na medida em que afeta o custo total das operações, isto é, tanto nas operações diárias como no planejamento a curto e a longo prazo. Entre as principais áreas de decisões temos: • Fazer versus comprar? • A que preços vender? • Qual o valor ideal a ser gasto em Propaganda e Promoção de Vendas? • Serviços de Produtos diretos ou por agentes autorizados? • Vendas diretas ou através de revendedores? • Grandes armazéns centrais versus pequenos depósitos locais? • Entregas diretas ou através de transportadoras? • Um vendedor para produtos diversos versus vendedores especializados? • Renovação de equipamento? 7.1.1 Custeio por Absorção Custeio por Absorção significa a apropriação, aos produtos elaborados pela empresa, de todos os custos incorridos no processo de fabricação, quer estejam diretamente vinculados ao produto, quer se refiram à tarefa de produção em geral e só possam ser alocados aos bens fabricados indiretamente, isto é, mediante rateio. Passam a integrar o valor contábil dos produtos feitos, nesse método de custeio, tanto os custos que são variáveis (que só existem quando cada unidade é feita) quanto os fixos (que independem de cada unidade, relacionando-se mais com a criação das condições de se produzir). Contabilidade de Custos
  • 28. No Custeio por Absorção é como se a empresa estivesse separada em duas partes: a fábrica e a atividade comercial, e é como se esta última estivesse a adquirir da fábrica os produtos por ela elaborados por um valor tal que cobrisse tudo o que a fábrica tenha gasto para produzi-los. Esses custos todos de fabricação são atribuídos a todos os produtos e só serão descarregados para despesa, afetando o resultado do período, quando forem vendidos. Deriva dessa concepção, inclusive, a distinção entre custo e despesa na empresa industrial. 7.1.2 Custeio Direto Custeio Direto (ou Variável) é o método de se avaliar os estoques de produtos atribuindo-se a eles apenas e tão somente os custos variáveis de fabricação, sendo os custos fixos descarregados diretamente como despesas do período. 7.1.3 Margem de Contribuição O conceito de Margem de Contribuição está associado à identificação do custo imediatamente “emergente” na produção de determinado produto. O custo que varia de acordo com a produção, ou seja, o que surge em função dela e que se chama “variável” vai nos possibilitar o cálculo do lucro marginal. MARGEM DE PREÇO DE CUSTO FÓRMULA: CONTRIBUIÇÃO = VENDA - VARIÁVEL Na verdade este lucro marginal só se converterá em lucro propriamente dito depois que forem deduzidos os custos fixos que, dependendo do seu valor, irá determinar o resultado final. Contabilidade de Custos
  • 29. 7.1.4 Comparação Entre os Critérios (Direto e por Absorção) CUSTEIO DIRETO CUSTEIO POR ABSORÇÃO Destaca o custo fixo (que Obedece ao princípio da independe do processo Competência, apropriando o fabril). custo fixo à produção do Não ocorre a prática de período. Vantagens rateio por vezes errôneo. É mais realista em termos de Evita manipulações. avaliação do estoque. Fornece o Ponto de Equilíbrio. Não é aceito na elaboração Não fornece informação do Balanço Patrimonial na gerencial, pois não permite a medida em que fere a identificação da relação custo princípios de contabilidade – volume – lucro. Desvantagens geralmente aceitos. O valor do estoque não contém relação com o custo total. Na prática pelo Custeio Direto somente os custos variáveis irão compor o valor da produção e neste caso os custos fixos da produção serão debitados diretamente a Resultado do Exercício. Contabilidade de Custos
  • 30. Esquema de Custeio por Absorção Matéria-Prima Variáveis Mão–de-Obra Custos Produção Direta Energia (parte) Estoque Produção em Andamento Produtos Acabados Mão-de-Obra Ind. Fixos Depreciação Aluguel Resultado Energia (parte) (=) Vendas Despesas Fixas (-) Custos dos Produtos Vendidos Administrativas Despesas Adm. e Vendas (=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais: . Administrativas Variáveis . Vendas Despesas com Vendas (=) Resultado Operacional Líquido Fixas Despesas com Vendas Contabilidade de Custos
  • 31. Esquema de Custeio por Direto Matéria-Prima Variáveis Produção em Estoque Mão–de-Obra Produtos Custos Produção Direta Andamento Acabados Energia (parte) Mão-de-Obra Ind. Depreciação Fixos Aluguel Resultado Energia (parte) (=) Vendas (-) Custo de Produção Variável Despesas Fixas (-) Despesas Variáveis de Vendas Administrativas Despesas Adm. e Vendas (=) Margem de Contribuição Bruta (-) Custos Fixos de Produção Variáveis Despesas com (-) Despesas Fixas: . Administrativas Vendas . Vendas (=) Margem de Contribuição Líquida Fixas Despesas com Vendas Contabilidade de Custos
  • 32. 7.1.5 Estrutura da Demonstração de Resultados do Exercício pelo Sistema de Custeio por Absorção Receita Operacional Bruta (Produtos, Mercadorias e Serviços) (-) Deduções da Receita Bruta Devoluções, Abatimentos e Impostos Incidentes sobre Vendas (=) Receita Operacional Líquida (-) Custo das Vendas Custos Totais de Produção Matéria Prima Mão-de-Obra Direta Gastos Gerais de Fabricação (=) Resultado Operacional Bruto (Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto) (-) Despesas Operacionais Despesas de Vendas Despesas Administrativas Despesas e Receitas Financeiras (Resultado Financeiro Líquido) Outras Receitas e Despesas Operacionais (=) Resultado Operacional Líquido (+/-) Resultado não-operacional (=) Resultado do Exercício antes da Contribuição Social (-) Contribuição Social sobre Lucro Líquido (=) Resultado do Exercício antes do IR (-) Provisão para o IR (=) Resultado do Exercício depois do IR (-) Participações e Contribuições (=) Resultado Líquido do Exercício Contabilidade de Custos
  • 33. 7.1.6 Estrutura da Demonstração de Resultados do Exercício pelo Sistema de Custeio Direto Receita Operacional Bruta (Produtos, Mercadorias e Serviços) (-) Deduções da Receita Bruta Devoluções, Abatimentos e Impostos Incidentes sobre Vendas (=) Receita Operacional Líquida (-) Custos e Despesas Variáveis das Vendas Custo de Produção Variável Matéria Prima Mão-de-Obra Direta Custos Indiretos Variáveis Despesas Variáveis de Vendas (=) Margem de Contribuição Operacional Bruta (-) Custos e Despesas Fixas Custo Fixo de Produção Despesas Administrativas Despesas de Vendas (=) Margem de Contribuição Operacional Líquida (+/-) Outras Receitas e Despesas (+) Receitas Financeiras (-) Despesas Financeiras (=) Margem de Contribuição Bruta (+/-) Outros Ganhos e Perdas Escriturais (+/-) Resultado Equiv. Patrimonial (+) Realização Reservas (-) Baixa de Alienação de Bens (+/-) Outros (=) Margem de Contribuição antes do IR (-) Provisão para o IR (=) Margem de Contribuição após IR Contabilidade de Custos
  • 34. 7.1.7 A Relação Custo – Volume – Lucro Esta análise é um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido a diversos níveis de produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificações no preço de venda, nos custos ou em ambos. Ela é baseada no Custeio Variável e, através dela, pode-se estabelecer qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender para que não incorra em prejuízo. A quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender para que não tenha prejuízo, chama-se Ponto de Equilíbrio. 7.1.8 Análise do Ponto de Equilíbrio Uma vez separados os custos da empresa em fixos e variáveis, a Administração está de posse de informações úteis para a preparação de instrumentos de análise que além de responderem a muitas perguntas, auxiliarão no processo de tomada de decisões, no planejamento e no controle. Um desses instrumentos é a Análise do Ponto de Equilíbrio, que, ultimamente, vem merecendo uma vasta divulgação nos livros e nos periódicos. O Ponto de Equilíbrio é uma conseqüência direta do comportamento dos custos diante do volume de atividade. Eis o conceito mais simples do Ponto de Equilíbrio: é o ponto da atividade da empresa no qual não há lucro nem prejuízo, isto é, o ponto em que a receita é igual ao custo total. Além do Ponto de Equilíbrio, a empresa obterá lucro, abaixo do Ponto de Equilíbrio, a empresa terá prejuízo. 7.1.9 Ponto de Equilíbrio Contábil Significa a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesas relativos aos produtos vendidos. 7.1.10 Ponto de Equilíbrio Econômico É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescida de uma remuneração mínima (custo de oportunidade) sobre o capital investido pela empresa. Contabilidade de Custos
  • 35. 7.1.11 Ponto de Equilíbrio Financeiro É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas que representam desembolso financeiro para a empresa. Neste caso, os encargos da depreciação são exclusos por não representarem desembolso para a empresa. Levando-se em consideração os conceitos apresentados podemos caracterizar que o Ponto de Equilíbrio Econômico é maior que o Ponto de Equilíbrio Contábil, que, por sua vez, é maior que o Ponto de Equilíbrio Financeiro. GRÁFICO REPRESENTATIVO DA RECEITA Valor R Quantidade Contabilidade de Custos
  • 36. GRÁFICO REPRESENTATIVO DO PONTO DE EQUILÍBRIO Valor R CT PE CV CF Quantidade Prejuízo Lucro Conforme se pode observar no gráfico anterior, no ponto de equilíbrio a receita total iguala os custos totais, então podemos escrever a seguinte equação: R total = C total R total = C fixo + C variável (qde no ponto de equil.) x (preço unit. de venda) = (custos fixos) + (qde no ponto de equil.) x (custo unit. variável) Ou, (qde. no ponto de equil.) x [(preço unit. venda) – (custo unit. variável)] = (custos fixos) então, Contabilidade de Custos
  • 37. Custos fixos quantidade no ponto de equilíbrio = (preço unit. venda) – (custo unit. variável) ou ainda, Custos fixos quantidade no ponto de equilíbrio = Margem de Contribuição Unitária Exemplo: Preço de venda unitário = R$ 0,60 Custo variável unitário = R$ 0,50 Custos fixos = R$ 6.000,00 No ponto de equilíbrio: Receita = Custos Fixos + Custos Variáveis, ou [quantidade] x R$ 0,60 = R$ 6.000,00 + [quantidade] x R$ 0,50, ou ainda [quantidade] x (0,60 – 0,50) = 6.000,00 ou, 6.000,00 quantidade no ponto de equilíbrio = = 60.000 unidades (0,60 – 0,50) e o valor no ponto de equilíbrio é dado por: 60.00,00 x R$ 0,60 = R$ 36.000,00 Aproveitando este exemplo vamos calcular os Pontos de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro: Ponto de Equilíbrio Contábil Preço de venda unitário = R$ 0,60 Custo variável unitário = R$ 0,50 Custos fixos = R$ 6.000,00 por ano então, R$ 6.000,00/ano Ponto de Equilíbrio Contábil = = (R$ 0,60/u –R$ 0,50/u) = 60.000 u/ano ou R$ 36.000,00/ano de Vendas. A fórmula do ponto de equilíbrio tal como deduzido anteriormente, que é o ponto onde o lucro é igual a zero, representa o ponto de equilíbrio contábil. Ponto de Equilíbrio Econômico Supondo que a empresa tenha tido um patrimônio líquido, no início do ano, de R$ 20.000,00 e colocado a render um mínimo de 10% ao ano tem-se um lucro líquido anual desejado de R$ 2.000,00. Contabilidade de Custos
  • 38. Neste caso, então, ao custo fixo deverão ser adicionados R$ 2.000,00, pois, no caso, o equilíbrio de receitas e despesas só se dará no ponto de lucro igual a R$ 2.000,00 e não no do lucro igual a zero, como no caso clássico. R$ 6.000,00 + R$ 2.000,00 Ponto de Equilíbrio Econômico = = (R$ 0,60/u –R$ 0,50/u) = 80.000,00 u/ano ou R$ 48.000,00/ano de Vendas. Ponto de Equilíbrio Financeiro Supondo, por outro lado, que exista uma depreciação de R$ 1.000,00, e como não representa desembolso de caixa, tudo se passa como se os fixos fossem de apenas R$ 5.000,00. R$ 5.000,00 Ponto de Equilíbrio Contábil = = (R$ 0,60/u –R$ 0,50/u) = 50.000 u/ano ou R$ 30.000,00/ano de Vendas. Contabilidade de Custos
  • 39. 8. Custo ABC 8.1 Introdução O custo ABC – Activity Based Costing é uma das maneiras que dispomos para calcular os custos da empresa, mas não a única. O Custo Baseado em Atividades (ABC) é uma metodologia que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, nesse caso, diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indiretos. Com o avanço tecnológico, diversidade de produtos e serviços, com quantidades e complexidades variadas, que tendem a crescer com as necessidades dos clientes, as empresas caminham para a produção personalizada ou pelo menos para uma vasta gama de itens direcionados para um grande número de pequenos nichos de mercado. Com equipamentos cada vez mais automatizados, a mão-de-obra direta tende a reduzir cada vez mais enquanto os custos indiretos tendem a crescer tanto em valor como percentualmente em relação à mão- de-obra direta. Esses custos indiretos são principalmente os de manutenção e depreciação desses equipamentos. Os custos indiretos representavam cerca de 10% do custo de produção e hoje chegam a 50%, enquanto a mão-de-obra reduziu consideravelmente e em alguns casos pode chegar até a 5% do custo de produção. Tradicionalmente, os rateios dos custos indiretos de produção eram feitos em grande parte em relação à mão-de-obra direta e como eram valores relativamente pequenos a serem rateados, não causava grandes problemas no custo de produção mesmo que, não fossem absolutamente corretos. Atualmente, a aplicação pura e simples desta sistemática pode causar sérias distorções no cálculo do custo e, portanto no preço de venda dos produtos. Note que estamos falando de rateios dos custos indiretos de produção. As despesas indiretas das empresas, desde que não façam parte da cadeia logística do produto ou serviço, podem e devem continuar a ser rateadas da maneira tradicional. Exemplo: honorários da diretoria, salários dos funcionários do RH, etc.. Contabilidade de Custos
  • 40. O ABC iniciou com Kaplan e Cooper em Harvard e mostra as atividades que consomem recursos e agregam ou não valor ao produto ou serviço. Ele utiliza direcionadores de custos, que permitem uma melhor distribuição dos custos indiretos de produção ou do serviço. Devem-se considerar também no custo dos produtos ou serviços, os referentes à sua cadeia logística, desde que, possamos identificar os recursos consumidos por cada um deles. Por exemplo, custos de compra, armazenagem, propaganda, vendas, marketing, fretes, etc.. Ele facilita a identificação dos custos das atividades que compõem os processos e facilita as decisões de melhorias, pois, mostra as atividades que não agregam valor ao cliente ou a empresa e permite a análise para reduzi-las ou mesmo eliminá-las. 8.2 Os Benefícios e as Restrições do ABC O ABC estará em condições de apresentar resultados mais precisos sempre que: • A empresa utilizar grande quantidade de recursos indiretos em seu processo; • A empresa tenha significativa diversificação em produtos, processos de produção e clientes. Um dos benefícios obtidos com o ABC é o de permitir uma melhoria nas decisões gerenciais, pois se deixa de ter produtos “subcusteados” ou “supercusteados” permitindo-se a transparência exigida na tomada de decisão empresarial, que busca, em última análise, melhorar a rentabilidade do negócio. O ABC em sua forma mais detalhada pode não ser aplicável na prática, em virtude de exigir um número excessivo de informações gerenciais que podem inviabilizar sua aplicação. O custo da coleta e manipulação detalhada teria que justificar o seu benefício. As estimativas realizadas tornam o ABC factível, consagrando-o como poderosa ferramenta de decisão gerencial. Segundo Cooper e Kaplan (1991), as empresas que implantam o ABC usam três métodos para estimar os custos que ocorrem na execução das atividades. O método mais simples agrega os gastos em todos os recursos destinados àquela atividade particular, tais como “setup” de máquinas ou emissão de ordens de compra, e divide esse dispêndio total pelo número de vezes que a atividade foi realizada (n° de “setups”, n° de ordens de compras). O segundo método utiliza a duração dos direcionadores de custos, isto é, o tempo requerido para a realização de cada atividade, na alocação das despesas indiretas aos produtos, como por exemplo, o tempo em horas ou minutos na execução do “setup”. É mais preciso que o anterior, porém mais dispendioso. Os benefícios de uma maior precisão na medição das atividades consumidas deverão ser balanceados com um custo mais elevado na coleta de dados. O terceiro, e o mais preciso dos métodos, consiste em medir diretamente os recursos consumidos em cada ocorrência da atividade. Pode-se, por exemplo, medir todos os recursos usados para uma determinada modificação de engenharia ou para um trabalho específico de manutenção. A duração dos direcionadores assume que as despesas são proporcionais ao tempo total que a atividade é executada. Contabilidade de Custos
  • 41. 8.3 Atribuição de custos às Atividades O custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos necessários para desempenhá-la. Deve incluir salários com os respectivos encargos sociais, materiais, depreciação, energia, uso de instalações, etc.. Muitas vezes, é possível agrupar vários itens de custos em um só para refletir a natureza do gasto pelo seu total, como por exemplo: • Salários + encargos + benefícios = custo da remuneração; • Aluguel + imposto predial + água + luz + gás = custo do uso das instalações; • Telefone + fax + internet + correio = custo das comunicações; • Passagens + locomoção + hotel + refeições = custos das viagens. Outras vezes, pode ser recomendável desmembrar uma conta em várias subcontas para melhor evidenciar os recursos utilizados por diversas atividades. A conta de mão-de-obra indireta pode ser aberta para separar as quantias gastas nas diversas atividades. A primeira fonte de dados para o custo por atividade é o razão geral da empresa. Geralmente, é necessário, também, solicitar estudos da engenharia a realizar entrevistas com os responsáveis pelos departamentos ou processos e até com os funcionários que executam as atividades para especificarmos corretamente cada atividade. Contabilidade de Custos
  • 42. A atribuição dos custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa possível, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: 1. Alocação Direta; 2. Rastreamento; 3. Rateio. A Alocação Direta se faz quando existe uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de custos com certas atividades. Pode ocorrer com salários, depreciação, viagens, material de consumo, etc.. O Rastreamento é uma alocação com base na identificação da relação de causa e efeito entre a ocorrência da atividade e a geração dos custos. Essa relação é expressa através de direcionadores de custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos de recursos (isto é: de recursos para as atividades). Alguns exemplos desses direcionadores são: • Número de empregados; • Área ocupada; • Tempo de mão-de-obra (homem-hora); • Tempo de máquina (hora-máquina); • Quantidade de energia consumida (kWh). O Rateio é realizado apenas quando não há possibilidade de utilizar nem a alocação direta nem o rastreamento. Tanto no Custo por Atividade como nos Sistemas Tradicionais, o simples fato da divisão de departamentos em centros de custos já facilita o processo. No momento que se identifica bases mais apropriadas para a alocação melhora-se a precisão do cálculo dos custos da empresa. Porém, nem sempre num centro de custos se desenvolve uma atividade, isto é, os conceitos não são necessariamente coincidentes. Podem ocorre três situações: 1. Um centro de custos executa uma atividade; 2. Um centro de custos executa parte de uma atividade; 3. Um centro de custos executa mais de uma atividade. Portanto, devemos analisar a conveniência, ou não, de agregar dois ou mais centro de custos ou de subdividir outros. Tudo vai depender do grau de precisão desejado, do escopo do projeto ABC, da relação custo-benefício, etc.. Contabilidade de Custos
  • 43. 8.4 Identificação e Seleção dos Direcionadores de Custos O grande desafio, a verdadeira “arte” do ABC está na escolha dos direcionadores de custos. Direcionador de custos é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como as atividades exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos. Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, conseqüentemente, da existência de seus custos. Algumas observações importantes: A rigor, há que se distinguir dois tipos de direcionador: os de primeiro estágio, também chamados de “direcionadores de recursos” e os de segundo estágio, chamados de “direcionadores de atividades”. O primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear as atividades, ou seja, demonstra a relação entre os recursos gastos e as atividades. As atividades, ao serem executadas, consomem recursos que serão alocados a elas. Os direcionadores de recursos responderão às seguintes perguntas: • “O que determina ou influencia o uso deste recurso pela atividade?” • “Como as atividades se utilizam deste recurso?” Por exemplo: “Como a atividade Comprar Materiais consome materiais de escritório?”. A maneira como essa atividade se utiliza deste recurso pode ser mensurada através das requisições feitas ao almoxarifado; assim, as requisições de materiais identificam as quantidades utilizadas deste recurso (material de escritório) para realizar aquela atividade (Comprar Materiais). O direcionador de recurso, neste caso, é a quantidade necessária, e não as requisições, estas indicam o direcionador. O segundo identifica a maneira como os produtos “consomem” atividades e servem para custear produtos (ou outros custeamentos), ou seja, indica a relação entre as atividades e os produtos. Por exemplo, o número de inspeções feitas nas diferentes linhas de produto define a proporção em que a atividade Inspecionar Produção foi consumida pelos produtos. Por exemplo: “Como os produtos consomem a atividade Comprar Materiais?”. O número de pedidos e cotações emitidos para comprar um produto em relação ao número total de cotações e pedidos indica a relação da atividade com aquele produto. Assim, o direcionador desta atividade (Comprar Materiais) para os produtos é o número de pedidos e cotações emitidos. Para efeito de custeio de produtos, o direcionador deve ser o fator que determina ou influencia a maneira como os produtos “consomem” (utilizam) as atividades. Assim, o direcionador de custos será a base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos. A distinção conceitual entre direcionadores de recursos e direcionadores de atividades (primeiro e segundo estágio) leva à distinção entre direcionadores de custos e medidores de saída de atividades. A quantidade de direcionadores com que se vai trabalhar depende do grau de precisão desejado e da relação custo-benefício. Contabilidade de Custos
  • 44. Os direcionadores variam de uma empresa para outra, dependendo de como e porque as atividades são executadas. EXEMPLO: No caso do nosso exemplo, vamos admitir que fossem selecionadas as seguintes atividades relevantes: Levantamento das Atividades Relevantes dos Departamentos Departamentos Atividades Compras Comprar Materiais Desenvolver Fornecedores Almoxarifado Receber Materiais Movimentar Materiais Administração da Produção Programar Produção Controlar Produção Corte e Costura Cortar Costurar Acabamento Acabar Despachar Produtos É importante observar que para cada atividade devemos atribuir o respectivo custo e um direcionador. Contabilidade de Custos
  • 45. Levantamento dos Custos de Atividades Departamentos Atividades Custos Compras Comprar Materiais 16.000 Desenvolver Fornecedores 12.000 Total 28.000 Almoxarifado Receber Materiais 12.350 Movimentar Materiais 16.000 Total 28.350 Administração da Produção Programar Produção 16.000 Controlar Produção 13.850 Total 29.850 Corte e Costura Cortar 29.000 Costurar 28.600 Total 57.600 Acabamento Acabar 14.000 Despachar Produtos 32.200 Total 46.200 Levantamento dos Direcionadores de Atividades Departamentos Atividades Direcionadores Comprar Materiais Nº de Pedidos Compras Desenvolver Fornecedores Nº de Fornecedores Receber Materiais Nº de Recebimentos Almoxarifado Movimentar Materiais Nº de Requisições Programar Produção Nº de Produtos Administração da Produção Controlar Produção Nº de Lotes Cortar Tempo de Corte Corte e Costura Costurar Tempo de Costura Acabar Tempo de Acabamento Acabamento Despachar Produtos Apontamento de Tempo Para a atividade Comprar Materiais, admitindo-se que os pedidos são homogêneos, o direcionador a ser utilizado é o número de pedidos de compra de material. Há casos em que os pedidos têm características muito diferentes uns dos outros. Nestes casos, deve-se procurar outra medida de atividade, tal como o tempo gasto por pedido, já que o “número de pedidos” não representa o esforço requerido. Para a atividade Desenvolver Fornecedores, o direcionador escolhido foi o número de fornecedores para cada item de material (que é facilmente identificável com o produto). Assim, se um produto possui mais fornecedores do que outro este produto “recebe” mais custo desta atividade do que um produto que possua menos fornecedores. Para a atividade Receber Materiais, o direcionador é o número de recebimentos, também facilmente identificável com os produtos. A atividade Movimentar Materiais será direcionada aos produtos conforme o número de requisições do departamento de produção ao almoxarifado. Poderia ser também o peso de cada requisição. Contabilidade de Custos
  • 46. Programar a Produção será direcionada de acordo com o número de linhas de produtos. No caso, chegou-se à conclusão de que a melhor medida de saída desta atividade era o número de itens de produtos a programar. A atividade Controlar a Produção terá como direcionador o número de lotes produzidos. Admitiu-se que o esforço exigido desta atividade estava relacionado ao número de lotes produzidos, portanto, a serem controlados. Para as atividades Cortar, Costurar e Acabar, os direcionadores são os tempos gastos em cada produto para que a atividade seja efetuada. Para a atividade Despachar Produtos, teremos como direcionador um levantamento do tempo gasto com os despachos através do preenchimento de relatório de tempo gasto pelo funcionário. Exemplo de Método Tradicional x ABC A fim de consolidar os conceitos e terminologias mostrados anteriormente e ilustrar a diferença existente entre os métodos Tradicionais e o Custeio Baseado nas Atividades, apresentamos o exemplo abaixo: A empresa XYZ produz dois produtos específicos “A” e “B”. A manufatura consiste apenas na montagem e encaixe de peças produzidas por terceiros, para comercializar no mercado. Os custos indiretos, por sua vez, são três vezes maiores que a mão-de-obra direta e correspondem a um galpão de armazenagem e expedição, alguns equipamentos de inspeção e pessoal para receber, inspecionar e armazenar os componentes comprados. Os custos dos produtos da empresa XYZ são calculados por métodos tradicionais incluindo a matéria- prima e a mão-de-obra direta, adicionando-se R$ 3,00 para cada R$ 1,00 de mão-de-obra direta. Para efeito do exemplo, consideraremos que os custos e as quantidades produzidas de cada produto são idênticas: Item Produto A Produto B Matéria-Prima 500.000,00 500.000,00 Mão-de-Obra Direta (montagem) 300.000,00 300.000,00 Custos Indiretos (300% da MOD) 900.000,00 900.000,00 Custo Total de Produção 1.700.000,00 1.700.000,00 Total Produzido 17.000 peças 17.000 peças Custo Unitário (R$) 100,00 100,00 A empresa está considerando uma mudança no fornecedor dos componentes para o Produto B. O novo fornecedor promete fornecer os componentes ao mesmo preço, porém com um nível de tolerância maior, que facilita substancialmente a operação de montagem. Esta melhoria acaba gerando um impacto de redução em 50% na mão-de-obra direta deste produto. Para efeito do exemplo, assume-se que o ganho na redução da mão-de-obra direta é totalmente anulado, por um incremento dos custos indiretos em expansão da área de armazenagem e pessoal para inspeção. Todos esses incrementos foram ocasionados pelo Produto B, porém como a contabilidade de custos não é atualizada mensalmente, não houve mudança no custo total do produto em questão. Apesar de não haver nenhuma economia na alteração do fornecedor, a XYZ acredita que a substituição irá incrementar a competitividade do produto no mercado, optando pela troca. Concomitantemente, a área de custos da empresa elaborou o novo cálculo geral de custos, em função das alterações no fornecimento. Nesta ocasião ficou evidenciado um incremento na taxa entre a mão-de-obra direta e Contabilidade de Custos
  • 47. custo indireto. O novo valor da taxa é de 433 %, baseando-se no total de custos indiretos de R$ 1.950.000,00 (incremento de R$ 150.000,00) e de R$ 450.000,00 para a mão-de-obra direta (redução de R$ 150.000,00). O novo quadro de custos da XYZ ficou assim: Item Produto A Produto B Matéria-Prima 500.000,00 500.000,00 Mão-de-Obra Direta (montagem) 300.000,00 150.000,00 Custos Indiretos (433% da MOD) 1.300.000,00 650.000,00 Custo Total de Produção 2.100.000,00 1.300.000,00 Total Produzido 17.000 peças 17.000 peças Custo Unitário (R$) 124,00 76,00 Na realidade, como se sabe, os custos dos produtos não deveriam ter variado, pois para o produto B, simplesmente houve uma redução da mão-de-obra direta, seguida de um aumento igual no custo indireto relacionado ao mesmo. A tabela anterior mostra que o produto A sofreu um acréscimo de 24%. Neste ponto é que os métodos tradicionais de custeio distorcem a informação, pressupondo que os custos indiretos são uma função do custo direto. Em alguns tipos de indústria são, porém na grande maioria esta premissa é totalmente falsa. Receosos de seu sistema de custos, a empresa XYZ contratou uma consultoria especializada em Gestão de Custos para programar a metodologia ABC. Após a análise e a obtenção de dados para a construção do modelo conceitual, evidenciou-se os seguintes recursos que compõem o custo indireto: Item Valor (R$) Aluguel do Depósito R$ 400.000 Depreciação dos Equipamentos R$ 550.000 Mão-de-Obra Indireta R$ 1.000.000 Total dos Custos Indiretos R$ 1.950.000 De acordo com o mapeamento, a mão-de-obra indireta está relacionada com as atividades de “receber os componentes”, “inspecionar os componentes” e “armazenar os componentes”. O resultado dos levantamentos dos direcionadores primários está apresentado na tabela a seguir. Contabilidade de Custos
  • 48. Direcionadores de Recursos Atividades Nº Funcionários Área (m2) Valor Residual (mão-de-obra) (aluguel) (equipamentos) Receber Materiais 4 500 50.000 Inspecionar Materiais 24 750 400.000 Estocar Materiais 12 3.750 100.000 Total 40 5.000 550.000 De posse das tabelas acima, podemos calcular o custo alocado a cada uma das atividades suporte, aplicando os direcionadores dos recursos nos valores totais de custos de cada um dos recursos: Recursos Alocados às Atividades Atividades Salários Aluguel Depreciação Total Receber Materiais 100.000 40.000 50.000 190.000 Inspecionar Materiais 600.000 60.000 400.000 1.060.000 Estocar Materiais 300.000 300.000 100.000 700.000 Recursos 1.000.000 400.000 550.000 1.950.000 Neste estágio, já efetuamos a 1ª fase da alocação dos custos, utilizando os dados dos recursos, alocando às atividades mapeadas, utilizando os direcionadores específicos. A fim de completar a alocação do ABC, é necessário que se aloque os custos das atividades acima para os produtos A e B. Para tal, a equipe do projeto levantou os direcionadores de cada uma das atividades, buscando os valores específicos para o período. Os resultados do mapeamento podem ser visualizados na tabela a seguir: Atividade Direcionador da Atividade Valores p/o Valores p/o % Produto A Produto B Receber Materiais Nº Componentes Recebidos 2.000 1.000 100 Inspecionar Materiais Nº Componentes Inspecionados 100 1.000 100 Estocar Materiais Nº Componentes Armazenados 12.000 12.000 100 Com os valores acima tabulados, podemos enfim montar a tabela dos custo dos produtos da XYZ com base na metodologia ABC: Descrição Produto A Produto B Matéria-Prima $ 500.000 $ 500.000 Mão-de-Obra Direta $ 300.000 $ 150.000 Receber Materiais $ 127.000 $ 63.000 Inspecionar Materiais $ 95.000 $ 965.000 Estocar Materiais $ 350.000 $ 350.000 Custo Total do Produto $ 1.372.000 $ 2.028.000 Quantidades Produzidas 17.000 peças 17.000 peças Custo Unitário $ 81 $ 119 Comparando os resultados obtidos com os dois métodos: Produto A Produto B Contabilidade de Custos
  • 49. Método Tradicional $ 124 $ 76 Método ABC $ 81 $ 119 Redução / Aumento (%) 34,68% 56,58% Contabilidade de Custos
  • 50. 9. Sistemas de Tradicionais de Custeio 9.1 Métodos de apropriação de custos O método mais conveniente para apropriação de custos deve ser baseado no tipo do processo de produção. Os métodos de apropriação de custos mais comuns podem ser: • Por processo; • Por Ordem de Serviço. 9.1.1 Apropriação de custos por processo Quando a produção de uma empresa industrial é realizada de forma contínua, repetitiva, seriada, adota- se o método de apropriação de custos por processo. O custo por processo caracteriza-se pela própria natureza do fluxo de produção. Os materiais são submetidos à transformação contínua, através de várias etapas ou fases de fabricação, até atingir o produto final. Algumas indústrias podem utilizar o método de apropriação de custos por processo: Produção de pregos, parafusos, extração de sal, moagem de trigo, assim como as que produzem em série: lâmpadas, livros, ventiladores do mesmo tipo, tamanho e qualidade, etc. Cada etapa ou fase de transformação há de corresponder a um centro de custos, mantendo-se controle individualizado dos fatores de produção (mão-de-obra, materiais diretos, gastos diretos e uma parcela de gastos indiretos distribuídos pro rata) No método de apropriação de custos por processo, o custo total da fase anterior será o primeiro componente de custos da fase seguinte, tornando-se indispensável o controle distinto e acumulado de cada fase da produção (centro de custos). A apropriação e controle de cada fase de produção, pelo método de custo por processo, deve abranger: a) Mão-de-obra (horas e valor); b) Materiais diretos; Contabilidade de Custos
  • 51. c) Gastos diretos; d) Custo Primário (∑ a, b, c); e) Custo Indireto; f) Custo Total (∑ d, e); g) Saldo anterior; h) Produção concluída no mês; i) Saldo atual (∑ g, f - h) j) Quantidade produzida; k) Custo médio unitário (h ÷ j) Por mês devem ser apuradas as taxas horárias: a) Da Mão-de-obra Direta (THD); b) Do Custo Indireto (THI). O método de apropriação de custos por processo deve propiciar informações, de modo a permitir o controle permanente de: 1. Produção Acumulada (volume de unidades físicas produzida até o mês a que corresponde o relatório de custos); 2. Média Mensal da Produção (média mensal do volume de unidades físicas produzidas até o mês a que corresponde o relatório de custos); 3. Custo Médio Unitário (das unidades produzidas em cada mês do período). 9.1.2 Apropriação de custos por Ordem de Serviço Esse método é bastante diferente do custo por processo. A Ordem de Serviço, também denominada Ordem de Produção ou Fabricação, compreende um formulário adequado (ou sistema de processamento eletrônico de dados), no qual se faz o controle do custo incorrido em cada mês do período e seu total acumulado de todos os fatores envolvidos na produção de um produto ou série de unidades do mesmo produto. Contabilidade de Custos
  • 52. O controle da Ordem de Serviço deve prever informações, como as relatadas a seguir: a) Número da Ordem de Serviço; b) Descrição do Produto Fabricado; c) Quantidade de Produtos Fabricados (do mesmo tipo, marca, características e dimensões); d) Data da emissão da Ordem de Serviço; e) Data de início do serviço (prevista e efetiva); f) Data de término do Serviço (prevista e efetiva); g) Indicação se é para estoque ou para atender a encomenda específica. Neste último caso, a Ordem de Serviço deve relatar o nome e o endereço do cliente, assim como o nº CGC/CPF e Inscrição Estadual. h) Descrição dos serviços a serem executados, mencionando-se as unidades organizacionais que serão envolvidas no processo; i) Horas de trabalho para execução de cada tarefa do serviço de fabricação de um produto ou de lote (prevista e efetiva); j) Vistos (ou assinatura eletrônica) dos funcionários incumbidos dos vários controles. Evidentemente, além das informações mencionadas, o controle deve prever, por mês e acumulado: a) Mão-de-Obra Direta (horas consumidas e valor apropriado); b) Mão-de-Obra Empreitada (horas consumidas e valor apropriado); c) Total de Mão-de-Obra Direta (horas consumidas e valor apropriado); d) Materiais Diretos (valor apropriado); e) Gastos Diretos (valor apropriado); f) Custo Primário (∑ c, d, e); g) Gastos Indiretos; h) Custo de Produção (∑ f, g) Para efeito de distribuição do produto fabricado (expedição e vendas) o formulário da Ordem de Serviço deve ter campos adequados para as seguintes informações: a) Custo do Produto Fabricado; b) Despesas de Acondicionamento; c) Despesas de Frete e Seguro; d) Despesas de Expedição; e) Custo Total (∑ a, b, c, d); f) Margem de Lucro (%) g) Preço Final; h) IPI; i) ICMS; j) Faturamento (Nº da Nota Fiscal e da Fatura e respectiva data de emissão). Será relevante o controle de custos por unidade organizacional da produção, independentemente da sua apropriação por Ordem de Serviço. No final do mês, o relatório de custos pode revelar informações úteis sobre os custos apropriados em cada unidade organizacional, relatando: a) Custo Primário • Salários e Encargos; Contabilidade de Custos
  • 53. Serviços de Empreitada; • Materiais Diretos; • Gastos Diretos. b) Custo Indireto • Gastos Indiretos. Tipos de empresas e o custeio geralmente adotado Custeio por Processo Custeio por Ordem de Serviço Auto-peças Móveis Montadoras Equipamentos Pesados Cimento Construção Civil Químicas Escritório de Auditoria Petroquímicas Consultorias Álcool Construção Naval Telefônica Indústria Farmacêutica Energia Elétrica Autorizada de Veículos Diferenciação entre o custeio por Ordem de Serviço e por Processo Custeio por Processo Custeio por Ordem de Serviço Os custos são acumulados Os custos são acumulados por fases de fabricação. por produto. É utilizado em produção contínua. É utilizado em produção descontínua. Contabilidade de Custos
  • 54. Fatores positivos e negativos do custeamento por Processo Vantagens Desvantagens Menor trabalho e custo. Haver variações acentuadas entre o custo real e o apurado, pois a base do cálculo é o custo médio. Mais fácil determinação dos Haver distorção no cálculo da produção componentes do custo. equivalente devido à avaliação do estágio da produção (podem ter sido mal avaliadas). Maior conhecimento do processo produtivo. Melhor controle via departamentalização. Fatores positivos e negativos do custeamento por Ordem de Serviço Vantagens Desvantagens As Ordens de Serviço terminadas servem Elevadas despesas com o acompanhamento como base para futuras, desde que sejam do sistema devido ao trabalho pormenorizado. iguais ou semelhantes. Permite a identificação do produto O conhecimento do custo somente é possível de maior ou menor lucro. ao término da Ordem de Serviço. O acompanhamento do lançamento proporcionará ao administrador um controle que independerá do levantamento físico de seus estoques. Fornecer meios ao departamento financeiro de estabelecer as épocas mais apropriadas de receber as parcelas de receitas dos clientes de acordo com o andamento da Ordem de Serviço Contabilidade de Custos
  • 55. 10. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Exercício 01 1. Preencha as lacunas e assinale a opção que completa as afirmativas: I. ......................... é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado para a produção de outros bens e serviços. II. ......................... é o gasto produzido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. a. ( ) Despesa – Custo b. ( ) Perda – Despesa c. ( ) Custo – Despesa d. ( ) Custo – Perda 2. O pagamento resultante da aquisição ou produção de um bem, serviço ou despesa é denominado: a. ( ) Gasto b. ( ) Desembolso c. ( ) Custo d. ( ) Perda 3. ......................... é o gasto realizado na obtenção de um bem para o ativo da entidade (bem este ativado em função de sua vida útil ou porque serão atribuídos a exercícios futuros). a. ( ) Custo b. ( ) Despesa c. ( ) Investimento d. ( ) Desembolso 4. O encargo financeiro efetuado por uma entidade com vistas à obtenção de um bem, para a produção de um bem ou para a obtenção de uma receita qualquer é o que denominamos: a. ( ) custo direto b. ( ) Investimento c. ( ) Despesa d. ( ) Custo indireto 5. Entende-se como Mão-de-Obra Indireta, na Contabilidade de Custos, aquela: a. ( ) que diz respeito ao pessoal que trabalha e b. ( ) responsável pelas vendas dos produtos atua estritamente ligado ao produto que fabricados. está sendo fabricado. c. ( ) relativa à manutenção, prevenção de d. ( ) relativa à administração dos escritórios e acidentes, supervisão, programação e contabilidade geral. controle da produção. Contabilidade de Custos
  • 56. 6. Coloque nos parênteses CD (para custos diretos) CI (para custos indiretos) e D (para despesas) ao lado de cada conta abaixo e após assinale a alternativa que corresponde corretamente à questão: ( ) Salário do Eletricista de Manutenção. ( ) Depreciação do Automóvel utilizado pelo Diretor da Empresa. ( ) Encargos Financeiros sobre Descontos de Títulos. ( ) Consumo de Aço numa Indústria Metalúrgica. ( ) Energia Elétrica (do painel luminoso instalado no centro da cidade). ( ) Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para o corte de lâminas que contém dispositivo para contagem do número de produtos produzidos no dia, bem como dispositivo para medição do consumo diário de energia). ( ) Gastos com Propaganda e Publicidade. ( ) Energia Elétrica (consumo de energia relativa às luminárias do teto do prédio da indústria, que servem para iluminação do ambiente). a. ( c ) CI-D-D-CD-D-CD-D-CI b. ( ) CD-D-D-CD-D-CI-D-CI c. ( ) CI-D-D-CD-D-CI-D-CI d. ( ) CD-D-D-CD-D-CI-CD-CI 7. Os custos indiretos (exemplo: aluguel da fábrica): a. ( ) são apropriados aos produtos na b. ( c são apropriados aos produtos através proporção exata de sua alocação a ) de rateio (adota-se critérios cada unidade de produto fabricado. proporcionais para atribuir-se estes custos às diversas unidades produzidas). c. ( ) são apropriados aos produtos sempre d. ( ) são apropriados aos produtos através que a empresa industrial optar pela de rateio, exclusivamente no caso em incorporação destes custos aos que a empresa produza apenas um diferentes tipos de produtos tipo único de produto. fabricados pela empresa. 8. Os custos de manutenção do prédio da indústria, tais como aluguel, taxas de seguro, depreciação, aquecimento e luz, são: a. ( ) custo direto. b. ( c ) custo indireto. c. ( ) custo primário. d. ( ) custo direto ou indireto. 9. Em uma empresa que mantenha inalterável sua estrutura orgânica, aqueles gastos que se operam sempre dentro das mesmas medidas, qualquer que seja o volume de produção independentemente da natureza do trabalho, tais como seguro e aluguel, são denominados de: a. ( ) custos diretos. b. ( ) custos marginais. c. ( ) custos variáveis. d. ( ) custos fixos. e. ( ) custo padrão. 10. Coloque nos parênteses CV (para custos variáveis) CF (para custos fixos) e D (para despesas) ao lado de cada conta abaixo e após assinale a alternativa que responde corretamente a questão: ( ) Salário do Eletricista de Manutenção (da fábrica). Contabilidade de Custos
  • 57. ( ) Depreciação do Automóvel utilizado pelo Diretor da Empresa. ( ) Encargos Financeiros sobre Descontos de Títulos. ( ) Consumo de Aço numa Indústria Metalúrgica. ( ) Energia Elétrica (do painel luminoso instalado no centro da cidade). ( ) Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para corte de lâminas) (Esta máquina contém dispositivo para contagem do número de produtos produzidos no dia, bem como dispositivo para medição do consumo diário de energia). ( ) Gastos com Propaganda e Publicidade. ( ) Energia Elétrica (consumo de energia relativa às luminárias do teto do prédio da indústria, que servem para iluminação do ambiente). a. ( ) CF-D-D-CV-CF-CV-D-CF b. ( ) CF-D-D-CV-D-CV-D-CF c. ( ) CF-D-D-CV-CV-D-D-CV d. ( ) CF-D-D-CV-D-CV-D-CV Contabilidade de Custos