1. Minicurso: Logística e Sustentabilidade
Apresentação
• Prof. Dr. José Carlos Lázaro da SILVA-
FILHO
– Doutor em Planejamento Ambiental na Technische
Universitaet Berlin- Alemanha (Dr.-Ing.);
Berlin- (Dr.- Ing.);
– Mestre em Administração PPGA-UFRGS
Administraç PPGA-
– Engenheiro Químico:
Quí
• seis anos de experiencia em Producao em uma unidade da SIEMENS
(ICOTRON, hoje da joint Venture EPCOS)
– Professor Adjunto, UFC
• Departamento de Administração – FEAAC
Administraç
• PPAC – Programa de Pós-Graduação em Administração e Control.
Pó Graduaç Administraç Control.
• GESLOG – Mestrado em Gestão Logística
Logí
• Pesquisador LECoS: Laboratório de Estudos em
LECoS: Laborató
Competitividade e Sustentabilidade: Sustentabilidade
Organizacional, Fair Trade, Logística Reversa.
Trade, Logí
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2. Programa
• 2 Blocos de 2hs
8hs às 10hs
– Sustentabilidade
• Sustentabilidade
• Sustentabilidade Organizacional;
– Logística e Sustentabilidade
• Questões
• Transporte
10hs -12hs
– Logística Reversa
• Conceito e Exemplos
1. Sustentantabilidade
• Desenvolvimento Sustentável;
• Gestão Ambiental na Empresa: Porque?:
– Barreira ou Oportunidade e Competitividade?
– Consumidor e Cidadão: Qualidade de vida e
Modernidade
• Modelos e Instrumentos de Gestão Ambiental
(P+L, TQEM, Gestão Integrada - ISO14001)
• Sustentabilidade,
• Triple Bottom Line: “Sustentabildade Empresarial”
• RSE: Responsabilidade Social Empresarial
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3. Sustentabilidade da Sociedade:
Dimensão Ambiental
• Pré-História: Sanitarismo, Externalidade
Pré Histó Sanitarismo,
• Mudança de Paradigma:
– Meio ambiente como variável socioeconômica
variá
• Estocolmo 1972 (Conferência das Nações Unidas
Naç
para o Meio Ambiente Humano
• Nosso Futuro Comum (1988)
– Desenvolvimento Sustentável
Sustentá
– Sustentabilidade (três dimensões, três pilares, ...8 ...):
» Dimensão Econômica
» Dimensão Ambiental
» Dimensão Social
Sustentabilidade
• Rio 1992
(Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Naç
Desenvolvimento –CNUMAD)
• Convenção Sobre a Mudança do Clima
– (->1994)
• Conference of the Parties... COP-3 Quioto 12/1997
Parties... COP-
• Rio+10 (Johannesburg 2002): Água e
Pobreza ... Muito desinteressante....
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4. Pós Johannesburg
2002 - Início do século
• Aquecimento Global: IPCC, Al Gore ...
21.06.2007
Sustentabilidade Empresarial:
Princípios relacionados a dimensão
ambiental
• Externalidade: 1920 – Economista Pigou
– Positiva: Flores – Abelhas;
– Negativa: Poluição do Ar – Doencas
respiratórias
• Poluidor-Pagador
– Ciclo de Vida de um produto.
• Valoração Ambiental
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5. Meio Ambiente e
Organizações Empresariais: Histórico
• Década de 1970
• Governo (+ ativismo social)
• Década de 1980
• Aumento da pressão política “ambientalista”
• Até ca. 1985 (integração/adaptação “resistente”)
• Responsible Care (Ind. Química Canadense)
• 1990 Integração nas Estratégias: SGAs
• GEMI-TQEM(1990),
• ICC (1991),
• Ecoeficiência(1992),
• EMAS (1993),
• Michael Porter e Van Linden (1995): Vantagem Competitiva
Ambiental
Porque a Gestão Ambiental nas
Empresas?
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6. Porque Gestão Ambiental nas
Empresas?
• A finalidade da empresa é gerar lucro através de oportunidades de
mercado;
– „Falhas de Mercado“ podem ser oportunidades ... Sim?
– Extremo: Isso justifica até o tráfico de drogas ...
– A sociedade define seus parametros ... Recentemente: madereiras, mas
podemos pensar na Coca na Bolivia ou no sertao do Pernambuco ...
• No entanto, a empresa não está só, isolada, na sociedade, essas
pressões indicam que existem outras partes interessadas
(Stakeholders*) no “empreendimento”, com diversidade de valores
– Acionistas (“o dono”)
– Sociedade/Estado (que recebem suas externalidades)
– Comunidade
– Clientes, Fornecedores (locais e globais),
– Funcionários/Colaboradores
• Atenção com a evolução do conceito Stakeholders ... Geralmente se separa Estado, Clientes e
Acionistas (talvez erroneamente) desse grupos ... Ou se usa o termos “Estado, Clientes, Acionistas
e outros stakeholders” para diferenciar claramente os interesses ... Referenciar o termo.
GRAFICAMENTE ......
Conforme Barbieri, 2004
Note ... “Influências”
Ou pesquisando mais ... Isso é praticamente consolidado,
variando a terminologia (Donaire Maimon, Stakeholders ...)
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7. Porque a Gestão Ambiental nas
Empresas?
• (3) Razões Centrais: E Porque não fazer ...
– Controle da Estado Falha de Estado:
• Legislação regulando o equilíbrio de direitos Falta de Comando ou
entre os membros da sociedade. Controle;
• Equilíbrio das “externalidades” ; Falha de Mercado:
– Econômica: Commodities Internacionais
• Interna: Redução de Desperdício; não levam em conta a
internalização de custos
• Mercado: Oportunidade de diferenciação. sociais/ Globalização
Redução do risco. Predatória; Pequenas
– Sociedade: Ética/ Comunitária: empresas não trabalham com
perspectivas de risco
• Valores da Empresa/Pessoal (dono,
acionistas) Falha(?) ética ....
• “consciência ambiental” (conhecimento e Desconhecimento ético, visão
reflexão) de mundo, do empresário e
da sociedade , política...
• Interação Socioambiental
• Visão Sistêmica
Porque a Gestão Ambiental nas
Empresas?
• Pressões motivadoras:
– Controle da Sociedade/Estado
• Efetividade e credibilidade da legislação e dos órgãos de
legislaç
controle;
– Econômica:
• Interna: Competitividade por custo – capacidade de redução
reduç
de custos e inovação;
inovaç
• Mercado: exigências e barreiras de mercados mais
“conscientes”, diferenciados. (Normas, Selos Ambientais)
conscientes”
– Ética/ Comunitária:
Comunitá
• Acionistas com valores éticos ambientais altos;
• Comunidade informada e auto-determinada;
auto-
• Percepção de uma pós-modernidade; “evolução social”, ou
Percepç pó evoluç social”
ambientalismo das raízes (Grassroots...)
raí (Grassroots...)
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8. Porque a Gestão Ambiental nas
Empresas?
• Exemplos de pressões:
– Controle da Estado – Sociedade indiretamente
• Legislação Federal: Resolução nº 237/1997 CONAMA
Legislaç Resoluç
• Legislação Estadual: Resolução n° 02 /2002 COEMA (CE)
Legislaç Resoluç n°
– Controle:
Pensem nas leis de trânsito!
– Econômica:
• Interna: Fábrica de Calçados: resíduos EVA e os processos de
Fá Calç resí
prensa ou injeção. Carga de resíduos em componente novo.
injeç resí
• Mercado: ISO 14000, Selo Blau Engel, certificação de Madeira de
Engel, certificaç
floresta plantada, produto orgânico.
– Sociedade/ Comunitária –diretamente (Ética):
Comunitá (É
• Percepção do valor do meio ambiente;
Percepç
• Educação Ambiental
Educaç
• Ruptura do “pacto com o diabo”.
diabo”
– Caso Riocell ...
Logística
• Processo de planejamento, implantação e
controle de fluxo eficiente e eficaz de
mercadorias, serviços e das informações
relativas desde o ponto de origem até o
ponto de consumo com o propósito de
atender às exigências dos clientes.
(CLM))
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9. Atividades Logística (CLM)
Atividades-Chave Atividades de Suporte
• Serviços ao Cliente; • Armazenagem;
• Transporte • Manuseio de
• Gerencia de Materiais;
Estoques • Compras;
• Fluxos de • Embalagem;
Informação e • Cooperação com
Processamento de Operações/Produção
Pedidos
• Manutenção de
informações
Cadeia/Rede de Suprimentos
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11. Pausa
Gestão Ambiental e Logística
Temas centrais
• Transporte
• Serviço ao Cliente: Valor,
• Embalagem
Pois, Ciclo de Vida de um Produto (ACV)
• Logística Reversa
• Embalagens: Casos: Garrafas, Latas
• Produto: Casos: Pilhas, Pneus (devolução)
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12. Transporte
• Um dos “vilões” do aquecimento global:
geração de gases do efeito estufa.
• Oportunidade: MDL (caso da Acelor)
Há muitas alternativas
• BIODiesel, Etanol,
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13. Ciclo de Vida de um Produto
• A Análise de Ciclo de Vida serve para
identificar tudo que envolve a “vida” de um
produto “do berço ao túmulo”.
– Com isso se define melhor o impacto de
produtos e o comparativo ambiental dos
mesmo;
Geração de Resíduos
Embalagem: De acordo com Bowersox (2001),as principais funções
da embalagem são: contenção, proteção e comunicação.
Quanto à classificação, a mais referenciada é a que classifica de
acordo com as funções em primária, secundária, terciária,
quaternária e de quinto nível.
a) Primária: é a embalagem que está em contato com o produto, que o
contém. Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, lata de leite
condensado.
b) Secundária: é aquele que protege a embalagem primária. Exemplo:
o fundo de papelão, com unidades de caixa de leite envolvidas num
plástico. É geralmente a unidade de venda no varejo.
c) Terciária: São as caixas, de madeira, papelão, plástico.
d) Quaternária: São embalagens que facilitam a movimentação e a
armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Exemplo: Contêiner
e) Embalagem de Quinto nível: é a embalagem conteinerizada, ou
embalagens especiais para envio a longa distância.
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14. Logística Reversa
• O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina quando, após
serem usados pelos consumidores, são descartados.
– Numa visão ecológica, as empresas pensam com seriedade em
um cliente preocupado com seus descartes, sendo estes
sempre vistos como uma agressão à natureza. Desta forma
surge uma Logística Verde baseada nos conceitos da Logística
Reversa do Pós-consumo.
– Numa visão estratégica, a preocupação fica por conta do
aumento da confiança do cliente, com políticas de Logística
Reversa do Pós-venda ou Administração de Devoluções. Desta
forma a empresa se responsabiliza pele troca imediata do
produto, logo após a venda.
– Outro foco dado à logística reversa é o reaproveitamento e
remoção de refugo, feito logo após o processo produtivo.
Motivos da Logística Reversa
Principais razões que levam as empresas a atuarem em
Logística Reversa
1) Legislação Ambiental que força as empresas a retornarem seus
produtos e cuidar do tratamento necessário;
2) benefícios econômicos do uso de produtos que retornam ao
processo de produção, ao invés dos altos custos do correto
descarte do lixo;
3) a crescente conscientização ambiental dos consumidores;
4) Razões competitivas – Diferenciação por serviço;
5) limpeza do canal de distribuição;
6) proteção de Margem de Lucro;
7) recaptura de valor e recuperação de ativos.
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16. Logística Reversa
• Pós-Consumo
– Garrafas;
• Histórico: Leite, Cerveja,
– Latas;
– Alumínio e Aço;
– Sacolas plásticas;
• “Nova temática” ....
• Pós-Venda
– Produto: Copiadora Xerox
Posição das Empresas de Serviço
da Cadeia de Suprimentos
- Abordagem da Cadeia de Suprimento,
duas questões:
Cadeia de Suprimento (Expandida);
Papel da Empresa: Coordenadora ou
“coordenada”;
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17. Coordenação da Cadeia
• Exemplos
– Lubnor (é Petrobrás)
• Fornecedores ISO14000
– Gerdau (Cearense)
• Ex. Caminhões
– Walmart (veja na Exame)
• Produtos Sustentáveis
Logística Reversa de
Computadores
Dr. José Carlos Lázaro da Silva Filho
José Lá
Silva.filho@pq.cnpq.br
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18. Produto: Computador+Video
• Segundo a Environmental Protection Administration EPA
(1995) os produtos químicos utilizados em maior
quantidade na fabricação de computadores são
– acetona, amoníaco, diclorometano, éter de glicol, metanol, metil
etil cetona, freon 113, ácido sulfúrico, tolueno, tricloroetileno e
xileno.
• Os materiais mais abundantes em um computador são:
– plásticos, aço, silício e alumínio,
• mas também se utilizam
– metais pesados como o chumbo, cádmio e mercúrio,
principalmente na fabricação de chips e placas, onde se utiliza
elevado número de substâncias químicas poluentes e com
efeitos cancerígenos.
– Resumidamente: 75% dos componentes de um computador
podem ser aproveitados, mas 25% desses componentes é
composto de elementos perigosos como o chumbo e o cádmio,
que causam danos no organismo.
Lixo Informático
• a produção de lixo eletrônico cresce três vezes
mais rápido que de lixo urbano,
• um exemplo disto é o volume de lixo informático
que cresce entre 16% e 28% a cada cinco anos.
• Da mesma forma 90% dos equipamentos
informáticos obsoletos terminam nos aterros
sanitários sem nenhum tratamento prévio para
que não polua o meio ambiente.
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19. Caso Logística Reversa
Informática
“Sistemas de Logística Reversa”
Fatores determinantes
Econômicos
Legislação
Consciência Social
Meio Ambiente e pensamento “Verde”
Objetivo da Log. Reversa
• Caminhos alternativos de ação para
produtos no fim da vida “útil”
– Placa-Mãe : Brinquedos eletrônicos
• Questão Chave: design
– Ex. Computador Siemens
• 1987: 87 partes
– Montagem 33min, desmontagem 18min
• 1993: 29 partes
– 7 min, 4 min;
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20. “Stakeholders” Integrados da
Cadeia Reversa
• Pontos de Coleta;
• Locais de Armazenamento;
• Desmanche e reciclagem
• Mercado de Material de 2ª Mão (ou
tratamento final, Aterro)
• Recondicionamento e Re-manufatura
3 possíveis ciclo de vida
• a via original ou a primeira vida do produto
(quando está sendo usando pelo primeiro
usuário) e
• até duas vidas a mais dependo do reuso.
– A duração do primeiro ciclo de vida do produto é:
• 2 a 4 anos para usuários corporativos, e
• 2 a 5 anos para usuários domésticos.
• Assim, o fim de vida útil do produto começa no
período que é descartado pelo primeiro usuário
até quando o equipamento vai ser reciclado ou
enviado para o aterro sanitário.
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21. Sistema de Logística Reversa
Caso Distribuidora X
• 35% de um país da Am. Lat.
– Preocupação com o serviço pós-venda –
diferenciação.
• Cadeia:
– Miami, China ou Coréia
• Compra com “estoque tampão” para “quebras”
• Logística Reversa: Pós-venda
• Sem preocupação pós consumo.
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22. Caso 2 Cartuchos Toners -
Portugal
• Em 2002 cerca de 2 milhões de cartuchos eram lançados
mensalmente para o lixo em Portugal, comparativamente com os
300 mil de 1994.
• Cartuchos reciclados em Portugal, é de apenas 1%,
– Estados unidos >50%,
– Espanha e França 7-10%,
– Alemanha 22%,
– Suíça 28%
• É de realçar o caso interessante dos Estados Unidos da América:
– além de terem a mais alta taxa de reciclagem do Mundo (superior a
50%) existem modelos de tinteiros e toners com preços idênticos, entre
reciclados e originais, com vendas superiores para os reciclados, o que
demonstra a qualidade dos mesmos e a preocupação ambientalista
esclarecida dos utilizadores.
Caso Recitoner - Portugal
• Porquê Reciclar
• Preocupação Econômica
até 2,5 € por cartucho vazio.
• Preocupação Ambiental
Proteger o ambiente diminuindo o impacto negativo do lixo
(cartuchos) no planeta, pelo facto de que:
– Estes produtos não são biodegradáveis: cada cartucho leva mais de
500 anos a degradar-se.
– Os materiais que entram na sua composição são matérias-primas
escassas (exemplo: cada cartucho necessita de 5 litros de petróleo
para ser fabricado).
• A poupança destes materiais é potenciada pelo fato de que cada
cartucho de tinta pode ser reutilizado até 6 vezes.
• Preocupação com o crescimento do "mercado deste lixo
informático"
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23. Obrigado pela presença!
• José(ZÉ) Carlos Lázaro SILVA-FILHO
lazaro@ufc.br
PPAC
GESLOG
FEAAC - LECOS
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