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Comunidades virtuais de rena m
1. Comunidades virtuais de Rena M. Palloff e Keith Pratt
Resumo extraído do site:
http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_e
scola=762
A pesquisa continua demonstrando que a construção de uma comunidade de aprendizagem,
com o instrutor participando como membro igual, é o veículo pelo qual a educação on-line é
mais bem-ministrada. Além disso, o foco na comunidade reduz o isolamento e aumenta o
sentido de inclusão democrática para todos os alunos do curso. Como desenvolver
comunidades de aprendizagem efetivas continua sendo um mistério para alguns. Este artigo
explora conceitos e técnicas específi cas que podem ser utilizadas em qualquer aula on-line
para desenvolver uma abordagem de comunidade de aprendizagem.
Focando na Comunidade
Mesmo instrutores experientes têm algo a aprender sobre a criação de uma comunidade de
aprendizagem on-line. Não é fácil livrar-se de valores e idéias tradicionais na arena acadêmica.
Comunidades de aprendizagem reduzem o isolamento do aprendiz e criam um espaço ara a
participação democrática no curso, pois todas as vozes têm o mesmo peso. Isso conduz aos
resultados desejados de aumento do pensamento crítico e da aprendizagem transformadora.
Contudo, os alunos não migrarão automaticamente para uma abordagem de comunidade de
aprendizagem. Existe a necessidade de ensinar os aprendizes a aprender. Três aspectos estão
relacionados a essa tarefa: ensinar os alunos a se tornarem melhores aprendizes, ensinar os
alunos a investigarem e construírem conhecimento e ensinar os alunos a se auto-orientarem.
Comunidades de aprendizagem podem ajudar nessa tarefa, razão pela qual a capacidade de
desenvolver e sustentar uma comunidade de aprendizagem torna-se uma competência
importante para instrutores on-line.
O Papel da Presença
Em nossos livros, discutimos não só o conceito de presença social e sua importância no
desenvolvimento de uma comunidade de aprendizagem (Palloff e Pratt, 1999, 2003, 2005,
2007), mas também a negociação de papéis como parte de sua implantação. Sem dúvida, para
que as pessoas na comunidade ajam de acordo com os papéis necessários para fazê-la
2. funcionar, deve haver um entendimento de quem é cada um como pessoa real, juntamente
com um forte sentido de inclusão. As tarefas incluem, em primeiro lugar, a seleção, a
organização e o desenho de conteúdos, atividades e avaliação e, em segundo lugar, a
facilitação do curso. Acreditamos que, para desenvolver uma comunidade de aprendizagem
on-line efetiva, todas essas funções precisam ser compartilhadas com os aprendizes: eles
precisam ter o poder de assumir responsabilidade pelo próprio aprendizado e pelo dos
colegas.
A presença social vem em primeiro lugar, pois a capacidade de formar vínculos como pessoas
constitui a base da comunidade de aprendizagem. Os papéis e as tarefas emergem daí e
dependem totalmente disso. Desenvolver uma comunidade de aprendizagem requer o
estabelecimento de um meio pelo qual essa conexão entre as pessoas possa ocorrer e o
desenvolvimento de atividades de aprendizagem que possam sustentar esse processo.
Engajamento On-Line
Nossa concepção de comunidade de aprendizagem on-line leva em conta as pessoas
envolvidas (presença social) e a função social, as políticas e os processos envolvidos, que
chamamos de fi nalidade e que coincide com a presença do professor, e o processo em si, que
inclui a interação e a comunicação que sustentam a presença cognitiva. Incluímos a
necessidade de prestar atenção à tecnologia na área de processo, pois sem isso não pode
haver comunicação on-line. Se esses elementos são considerados em uma aula on-line, o
resultado é o engajamento democrático dos alunos com o conteúdo, dos alunos uns com os
outros e dos alunos com o instrutor. Para determinar se a comunidade realmente se formou e
tornou-se parte integrante do curso, os seguintes resultados devem estar presentes:
interação ativa, envolvendo tanto o conteúdo do curso quanto a comunicação pessoal;
aprendizagem cooperativa, evidenciada por comentários aluno-aluno mais do que
alunoprofessor;
significado socialmente construído, evidenciado por concordância ou questionamento, com a
intenção de obter concordância em questões de significado;
compartilhamento de recursos entre os alunos;
troca de expressões de apoio e encorajamento os alunos, assim como disposição de avaliar
criticamente o trabalho dos outros (Palloff e Pratt, 1999, 2007).
3. Quando esses elementos são observáveis, o professor pode ter segurança de que os alunos
estão envolvidos no curso. O pensamento crítico é evidente, e a aprendizagem está ocorrendo.
Técnicas de Construção de Comunidade
Baseados em nossa experiência com o desenvolvimento e a sustentação de comunidades de
aprendizagem on-line, recomendamos as seguintes técnicas:
Inicie o curso pelo enfoque no desenvolvimento da presença social. A publicação de biografias
e apresentações pode ser promovida pelo uso de atividades de descontração, divertidas, cujo
intuito é ajudar os alunos a se conhecerem melhor.
Estabeleça diretrizes de engajamento. A publicação de um conjunto de diretrizes
desenvolvidas pelo professor e a solicitação aos alunos de uma resposta a elas ou do
desenvolvimento de suas próprias diretrizes pode auxiliar nesse processo.
Estabeleça diretrizes de participação mínima. A participação mínima que se espera deve ser
incluída nas diretrizes, com o entendimento de que, quanto maior, melhor.
Permita aos alunos discordar. A discordância profissional sobre questões é saudável e deve ser
estimulada.
Desenvolva um curso emocionante e instigante. Os alunos, quando têm a oportunidades de
trabalhar juntos, em pequenos subgrupos, desenvolvem a criatividade e a capacidade de
pensar criticamente.
Incorpore atividades cooperativas e oportunidades para reflexão. A atividade reflexiva deve
ser incorporada ao curso e serve para aprofundar seu impacto.
Considerações Finais
Acreditamos firmemente que a comunidade de aprendizagem on-line é o veículo pelo qual
ocorre a aprendizagem em um curso on-line, independentemente da matéria. A pesquisa
indica que, quando esse tipo de práticas instrucionais e o desenvolvimento de uma
comunidade de aprendizagem são o foco de uma aula on-line, a participação e a satisfação dos
alunos aumentam. A sua competência como aprendizes aumenta graças a essa abordagem, e o
resultado é uma aprendizagem vitalícia. A atenção ao desenvolvimento de uma comunidade
de aprendizagem no início de um curso on-line é um tempo bem-empregado.
4. Autores
Rena M. Palloff e Keith Pratt
Sócios-diretores do Crossroads Consulting Group e diretores do programa Ensinando na Sala
de Aula Virtual, da Fielding Graduate University (Estados Unidos).
Referências
Palloff, R.; Pratt, K. Building online learning communities: effective strategies for the virtual
classroom. San Francisco: Jossey-Bass, 2007.
Collaborating online: learning together in community. San Francisco: Jossey-Bass, 2005.
The virtual student: a profi le and guide. San Francisco: Jossey-Bass, 2003.
Lessons from the cyberspace classroom: the realities of online teaching. San Francisco: Jossey-
Bass, 2001.
Building learning communities in cyberspace: effective strategies for the online classroom. San
Francisco: Jossey-Bass, 1999.