O documento discute o Sudário de Turim, um tecido que contém a imagem de um homem crucificado. Apresenta brevemente a história do Sudário, desde sua primeira menção no século VI até os estudos científicos realizados no século XX. Também discute as evidências de que a imagem pode ser de Jesus Cristo e as razões pelas quais o Sudário fascina muitas pessoas.
2. O QUE É O SUDÁRIO?
CALCULANDO PROBABILIDADES
A FASCINAÇÃO PELO SUDÁRIO
É JESUS?
UMA IMAGEM SINGULAR
O TESTE DO C -14
A HISTÓRIA (DOCUMENTADA) DO SUDÁRIO
A HISTÓRIA ANTES DA HISTÓRIA
O RETRATO DE CRISTO
IMITAÇÕES
CÓDEX PRAY
A CIÊNCIA E O SUDÁRIO
CÓDEX SKYLITÉS
A PAIXÃO SEGUNDO
O SUDÁRIO
MAN OF SORROWS
OS EVANGELHOS
O SUDÁRIO DE OVIEDO
CONCLUSÕES?
4. O que é o Sudário?
O sudário é uma peça de linho de 1,10 m de largura
por 4,36 m de comprimento, guardada a sete chaves
na Catedral de Turim, na Itália, e raramente exposta
ao público. É um dos mistérios mais fascinantes dos
nossos tempos.
5. É um tecido de puro linho, como outros encontrados em
sepulturas antigas do oriente médio. Firme e forte, de
tecedura rudimentar, fiado à mão.
Cada fio tem de 70 a 120 fibras.
O pano é amarelado, mas claro e a figura mal
aparece, por causa do amarelecimento superficial dos
fios.
Não há sinais de vernizes, nem de pigmentos, nem de
corantes de qualquer espécie.
6. Mostra uma imagem tênue, mas detalhada, de um homem
de traços semitas, barba e cabelos semi-longos; cerca de
1,83 m de estatura, constituição forte e musculosa, mãos e
pés longos; entre 30 e 35 anos, pesando uns 80 quilos...
Traz impresso, como num espelho, as figuras dorsal e
frontal de um homem torturado. São evidentes marcas de
sangue por todo o corpo; marcas de açoites, de uma coroa
de espinhos; pregos nos pulso e nos pés etc.
7. Apresenta duas listas escuras, que se alargam em oito manchas
simétricas: são as queimaduras produzidas por um incêndio na
capela de Chambery, na noite de 3 de dezembro de 1532, onde o
sudário era conservado num cofre revestido de prata.
Os oito pares de triângulos claros são os remendos feitos
nos buracos provocados pelo incêndio.
8. A água usada para apagar o incêndio ensopou o lençol, formando
os halos visíveis ao longo das bordas, acima da cabeça, na altura
do tórax, dos ombros e dos joelhos da figura do homem.
Apesar do calor e da água usada para apagar o incêndio, a
estabilidade da imagem não sofreu alteração.
11. Por que o Sudário fascina as pessoas?
Porque, segundo os fiéis e um
sem número de estudiosos, são
tantas as coincidências entre as
narrações dos Evangelhos e a
imagem do Sudário, que é
impossível não ver, nele, um
testemunho da paixão e morte de
Jesus.
Ou seja, o Sudário é o lençol
mortuário de Jesus.
12. Por que o Sudário fascina as pessoas?
Porque a imagem do Sudário
apresenta um altíssimo nível de
detalhes anatômicos, superando
o que normalmente se espera, e
se vê, nas reproduções de um
corpo humano feitas por mãos
humanas, só podendo ser
comparada a uma fotografia.
13. Por que o Sudário fascina as pessoas?
Porque quanto mais se estuda a
autenticidade do Sudário, menos
os cientistas parecem chegar a
uma conclusão definitiva sobre a
origem da figura.
Mesmo munidos da mais moderna
tecnologia, ninguém conseguiu,
até hoje, explicar a origem da
imagem
18. "Ninguém jamais tentou servir-se do Sudário de Turim para
provar a fé cristã. A fé não se funda sobre imagens, nem
sobre relíquias, nem sobre descobertas científicas. De outro
lado, se se pode demonstrar que o Sudário reproduz
realmente a imagem de Jesus Cristo, os não crentes terão
mais dificuldade para sustentar a incredulidade".
"A imagem nos apresenta o seguinte problema: estamos nós
contemplando mera criação artística, ou, ao contrário, a
verdadeira figura de Jesus como era após a sua Paixão e
Morte? Esta não é uma questão de fé. Os fiéis gozam de
absoluta liberdade para crer ou não crer nos dados
fornecidos”.
(Giovanne Saldarini, Cardeal de Turim, 1966)
19. "A ciência jamais poderá demonstrar que o homem
do Sudário seja Jesus Cristo, uma vez que não
existe um registro em arquivo algum que possa
confirmar tal identidade. A ciência diz apenas que
é extremamente provável que se trate de Jesus,
dado o número impressionante de coincidências
com os relatos de sua paixão no Novo
Testamento.“
(Luigi Gonella, pesquisador e consultor científico do
Cardeal Ballestrero, ex-arcebispo de Turim)
20. “O Sudário é anatomicamente exato; está de acordo,
historicamente, com os Evangelhos; tudo está de acordo
com o que sabemos. É um retrato exato da paixão e morte
de Cristo. Torna real que este foi um homem espancado,
açoitado e crucificado. Assim, a história está toda ali. Se o
Sudário é autêntico ou não, não tem importância. O que
você tem é o evangelho, a história do Cristo crucificado,
posta diante de você, em detalhes, para ver, apreciar e
refletir. Quem o fez é irrelevante. Portanto, a resposta final
não é realmente crucial, exceto como exercício
desafiador.”
Don Lynn, cientista
21. “Não temos dúvidas de que se trata da mortalha de Jesus
– achamos apenas que aquela impressão foi produzida por
um fenômeno fora do alcance da ciência.”
“Se ele não for o verdadeiro lençol fúnebre de Jesus, os
cristãos terão que admitir a possibilidade de outra pessoa
haver ressuscitado dos mortos”
Stenvenson e Habermas (STURP, 1983)
22. "O Sudário é um documento
que parecia esperar os nossos
tempos".
"Uma relíquia extraordinária e
misteriosa, e, se aceitarmos os
argumentos de muitos cientistas, uma
testemunha singularíssima da páscoa,
da paixão, da morte e da ressurreição.
Testemunha muda e, ao mesmo tempo,
surpreendentemente eloqüente!".
(Papa João Paulo II)
23. "Como fala o Sudário? Fala
com o sangue, e o sangue é
a vida! O Sudário é um ícone
escrito com sangue; o
sangue de um homem
açoitado, coroado com
espinhos, crucificado e ferido
do lado direito."
"Cada traço de sangue fala de amor e de vida. Especialmente
aquela mancha abundante próxima às costelas, feita de sangue
a água vertidos copiosamente de uma profunda ferida feita por
uma lança romana, aquele sangue e aquela água plenos de
vida. É como uma fonte que murmura em meio ao silêncio, e
nós podemos senti-la, podemos ouvi-la".
Papa Bento XVI
24. "Este rosto que tem os olhos fechados é o rosto de um
defunto, mas que, misteriosamente, olha para nós, fala em
silêncio. Como é possível?", "Esta imagem fala ao nosso
coração, nos leva a escalar o Monte do Calvário, a olhar a
madeira da cruz, a imergir no silêncio eloquente do amor".
"Escutemos o que esse
rosto quer dizer a nós,
no silêncio,
ultrapassando a própria
morte. Através do Santo
Sudário, recebemos a
palavra única e última de Deus: o amor feito homem,
encarnado na nossa história; o amor misericordioso de Deus
que pegou para si todo o mal do mundo".
Papa Francisco
26. O teste do carbono 14...
Teste utilizado para a datação de compostos orgânicos antigos.
Todos os compostos orgânicos são compostos de átomos de
C12 (forma estável do C).
Radiações vindas do espaço impregnam os materiais orgânicos
com C14, um isótopo de baixa radioatividade, instável e que se
transforma em C12.
A cada 5.700 anos metade de um conjunto de C14 transformase em C12. Assim, determinado-se a quantidade de C14
existente num determinado material, pode-se determinar a
quanto tempo ele vem se desintegrando. Quanto menos C14
houver, mais antigo é o material.
Os cálculos apresentam margem de erro de 200 anos.
Para se fazer o teste, incinera-se o material para a obtenção do
carbono a ser dosado.
27. Em 1987, três laboratórios,
com autorização da Igreja,
realizaram o teste do C14.
Os resultados, divulgados
em 1988, apontaram o
tecido do sudário como
oriundo do período entre os
anos 1260 e 1390.
No entanto, outros cientistas acham e até demonstram
que o método aplicado não foi o adequado para um tecido
como o sudário. Além do incêndio, a chama das velas, o
manuseio pelos devotos e até insetos podem ter
contribuído para “contaminar” o tecido, alterando a
quantidade de carbono existente. Alguns apontam erros
na coleta da amostra e outros, má-fé.
28. Os limites do método de
datação pelo C14 para um
objeto que, como o
Sudário, passou por
tantas vicissitudes e a
grande quantidades de
dados adquiridos, graças
a todas as outras
pesquisas científicas
multidisciplinares,
tornam razoável não
excluir a autenticidade do
Sudário.
A Igreja anuncia o resultado
De qualquer forma,
guardem essa datação:
“1260 a 1390”.
30. Se era de Jesus o
corpo envolto pelo
sudário é questão
que, por enquanto,
somente poderá ser
respondida
individualmente, à luz
do que nos diz a
história,
a ciência,
os evangelhos,
a nossa fé e a
revelação divina.
35. Margarida de Charny cede o
Sudário, que ficou oculto
quase um século, ao Duque
Ludovico de Savóia, que o
levou a Chambery, França
1453
Medalha comemorativa 1453
O Sudário é guardado numa
urna de prata, num nicho atrás
da sacristia da Santa Capela,
erigida para abrigá-lo.
Chambéry, 1502
36.
37.
38.
39.
40.
41. Durante a exposição, novas
fotos são tiradas por
Giuseppe Enrie, considerado
o melhor fotógrafo da Itália.
Os resultados confirmam a
validade do trabalho de Pia.
42.
43. Ian Wilson descobre, na
imagem do Sudário, um rabicho
de cabelo mais comprido nas
costas, costume judeu do séc. I.
Fios de tecido são retirados para
análise. Descoberta da natureza
superficial da imagem; datação do
tecido pela análise de tecnologia têxtil
e análise da origem e do percurso
histórico pelo estudo dos pólens
encontrados no tecido.
44.
45. Cientistas do STURP, em 120 horas e U$
2,5 MI em modernos equipamentos,
realizaram vários testes, exames e estudos
multidisciplinares. Entre os testes,
inúmeras fotos, microscopia eletrônica,
raio-X, análises químicas, espectroscopia,
fluorescência ultravioleta, termografia etc.
Mais fotos?
52. Primeiros anos...
Após Pentecostes, os judeus moveram impiedosa e exterminadora
perseguição aos cristãos. Maria foi residir em Éfeso, fora da Terra
Santa, com o apóstolo João. Os panos do sepultamento de Jesus
teriam ficado sob os seus cuidados. Não havia interesse em mostrálos.
• Para os judeus, um lençol fúnebre, que tivera contato com um
cadáver, era considerado impuro, assim como quem o tocasse.
• A lei judaica proibia as imagens religiosas.
• O pano revelava o castigo recebido por um criminoso.
A perseguição dos judeus diminui após a destruição de Jerusalém,
cedendo lugar às perseguições romanas iniciadas por Nero em 64.
Em 312, o Imperador Constantino aboliu o culto pagão e passou a
favorecer o cristianismo. Os cristãos puderam, então, professar sua
fé, sem o risco de serem mortos por rezar ou falar de Jesus.
53. 525 – Durante obras de
reconstrução, após uma
grande enchente, num
nicho sobre um dos
portões de Edessa, foi
encontrada uma imagem
do rosto de Cristo “não
feita por mão humana". É
o Mandyllion (Mortalha),
cujo rosto impresso era
semelhante ao que temos
no Sudário.
Mais como o Mandylion foi parar ali?
55. Eusébio, bispo de Cesaréia, em sua obra “Histórias Eclesiásticas”
(fins do século III), relata ter encontrado no arquivo real sírio uma
correspondência de grande importância, que consistia em duas
epístolas escritas em siríaco, trocadas pelo Rei Abgar Ukhama, de
Edessa, na Síria mesopotâmica, e Cristo. Eusébio copiou as cartas e
as traduziu para o grego.
Carta do Rei Abgar V a Jesus
Abgar, Príncipe de Edessa, a Cristo, bom Salvador, que apareceu em Jerusalém:
Chegou-me aos ouvidos a notícia de teu nome e das curas que operas sem ervas e
nem medicamentos. Corre a fama. Restituis aos cegos a vista, aos coxos o andar...
Os leprosos são curados, demônios e espíritos impuros são expelidos, doentes
oprimidos por enfermidades são curados e mesmo mortos são ressuscitados.
Quando ouvi tudo isto persuadi-me intimamente que és o verdadeiro Deus e o Filho
de Deus que desceu do céu para operar estes prodígios.
Por isto te escrevo rogando que nos venhas visitar e não te recuses curar nossas
enfermidades. Ouço também que os judeus te difamam e maquinam insídias contra ti.
Tenho uma cidade pequena , mas linda a qual é suficiente para ambos nós.
56. Resposta de Jesus a Abgar V
Bem-aventurado és, ó Abgar, porque
creste em mim sem me teres visto. De
mim está escrito: "Aqueles que me
viram não creram para que os que não
me viram , crendo, recebam a vida".
Visitar-te, como me rogas, não está em
mim pois devo cumprir tudo para que
fui enviado e, terminada esta obra, é
necessário que eu volte para Aquele me
enviou.
A respeito do teu pedido quanto antes
me ocuparei. Vou enviar-te um dos
meus discípulos que curará tua
moléstia e que conservará tua vida e a
dos teus.
57. Abgar V, Rei de Edessa, convertese ao cristianismo nascente, após
receber do discípulo Tadeu um
misterioso pano onde a imagem
do rosto de Jesus estaria
estampada e que o curou de uma
grave doença.
Em 57 A.D., Ma’nu, sucessor de
Abgar, rejeita o cristianismo e
passa a perseguir os cristãos.
O lençol é escondido e desaparece.
Tadeu presenteia o Rei Abgar com o retrato
de Jesus - Monastério de Santa Catarina,
Monte Sinai. C.950
58. FATOS HISTÓRICOS
Abgar V realmente existiu, e governou
Edessa entre 13 e 57 A.D.
A região de Edessa foi evangelizada logo
depois da partida de Jesus desta terra.
Havia uma tradição edessena segundo a
qual uma figura sagrada de Cristo estaria
associada a essa evangelização.
A lenda de Abgar é anterior ao achado do
Madyllion
59. Em 544 A.D. Edessa foi sitiada pelo rei persa Chosroes Nirhivan.
Durante o cerco, os cidadãos trouxeram a imagem e fizeram uma
procissão pelas amuradas. Os atacantes se retiraram.
Relato de Evragius, historiador, que viveu na Síria entre 527 a 600 A.D. Foi a primeira menção ao pano
como acheiropoietos (“não feito por mãos humanas”).
60. Século VI – Procissão Litúrgica na Catedral de Edessa, realizada no
domingo que antecedia a Quaresma.
61.
62. Afresco do século XII (Gradac, Sérvia), mostra a Sagrada
Face de Edessa como um bordado que deixa ver um rosto
no centro. Provavelmente era o Sudário dobrado. Veja, à
direita, como as medidas correspondem.
63. Um texto do século seis, chamado Atos de Tadeu, referese a tal imagem como um “tetradiplon”, uma palavra grega
que significa, literalmente, “dobrada quatro vezes” ou seja,
dobrada em oito camadas. Tal palavra grega não foi usada
para nenhum outro objeto.
Dr. John Jackson, físico da USAF, membro do STURP, descobriu que, dobrando
o pano 4 vezes a área da face ficará exposta. Além disso, Jackson achou o
padrão das dobras em oito.
68. A relíquia conseguiu sobreviver durante o conturbado
período da controvérsia iconoclasta dos séculos VIII e
IX, quando o Imperador Leo III (714-741) decretou a
destruição de todas as imagens religiosas,
considerando-as idolatria e heresia.
Papa Estevão III falou a favor do uso de imagens
sacradas no sínodo Laterano, em 769.
“Pois o Mediador entre Deus e homem ...estendeu o Seu Corpo
inteiro no pano branco como neve, no qual a Imagem gloriosa da
Face de Senhor e do Corpo inteiro dele foram tão divinamente
impressas, que era suficiente, para os que não puderam conhecer o
Senhor na carne, conhecer a impressão no pano.”
69. Em 787, o Segundo Concílio de Nicéia aprovou a veneração
(não a adoração) das imagens, e uma menção particular foi
feita à imagem de Edessa “não feita por mãos humanas”.
A imagem é referida pelos Padres da Igreja como um dos
principais argumentos para defender a legitimidade do uso
de imagens sacras.
Ícones depredados por iconoclastas c. 1100
70. Saltério do Monte Atos
O Patriarca Nicéforo está
sentado fora do edifício onde o
Concílio iconoclasta de 815
está reunido; ele levanta seu
braço direito rejeitando suas
decisões. Na outra mão, que
está oculta, segura um ícone
circular de Cristo ressuscitado,
cujo olhar intenso está fixado
sobre o imperador iconoclasta
Leo V, que convocou o concílio.
Esta cena ilustra o verso do
Salmo 26,5.
Miniatura em pergaminho do sec.IX, pós 843
“Odeio o ajuntamento de
malfeitores; não me sentarei
com os ímpios”.
71. 943 – O Imperador Bizantino
Romanus Lecapenus ordenou que o
pano fosse trazido a ele para proteger
Constantinopla de invasões inimigas.
Por 12.000 moedas de prata, a
liberdade de 200 prisioneiros e a
promessa de que Edessa seria
poupada de ataques, Lepecanus
comprou o Mandyjion do Emir que
governava Edessa.
72. Moeda bizantina ano 1000
Mandylion chega a Constantinopla
944 - A imagem chega a Constantinopla, onde foi desdobrada,
deixando ver o corpo inteiro da figura humana.
73. 1147 - Luís VII, Rei da
França, durante sua
visita a Constantinopla,
venerou o Sudário ali
custodiado.
1157 e 1201 - A peça
figurou no inventário
das relíquias do palácio
imperial.
74. 1204 - Durante a ocupação de
Constantinopla pelos Cruzados,
muitas relíquias dispersaram-se.
Nas crônicas da 4ª. cruzada
existem testemunhos dos
cruzados que dizem haver visto
o Sudário do Senhor.
O pano desapareceu quando
Constantinopla foi saqueada.
1207 – Há notícias, em crônicas da época, de o Sudário ter
sido visto em Atenas.
76. Após o saque de Constantinopla o Mandylion novamente
desapareceu, para nunca mais dele se ouvir notícia.
Historiadores acreditam que tenha sido levado e escondido
na Europa pelos templários, membros de uma poderosa
ordem de cavaleiros cruzados que foi dissolvida no século
XIV, acusada de praticar cultos não-cristãos.
77. Entre as acusações contra os templários,
cujo poder econômico e riqueza
desagradavam Filipe IV, rei da França,
estava a que eles adoravam uma cabeça
pálida e desbotada de um homem com
barba - Baphomet, ou a imagem do
demônio; e que veneravam falsos ícones
no lugar de Cristo.
Os iniciados eram deitados no chão e os chefes
levantavam sua cabeça rapidamente, para que
vissem, por instantes, a face do Senhor. Tudo
numa atmosfera de mistério.
78. Um documento histórico, o Pergaminho de Chinon, narra o
julgamento dos Templários por suposta heresia. Em depoimento, o
jovem templário Arnaut Sabbatier declara que, em 1287, na
cerimônia de sua iniciação, foi levado para um local secreto onde
lhe foi mostrado um longo lençol com a imagem corporal de um
homem, à qual teve de beijar os pés 3 vezes.
79. É realmente possível que tal imagem fosse o Sudário,
que se encontrava no seio da Ordem na França, ainda
dobrado em sua moldura bizantina, matriz da qual
cada uma das casas templárias fez sua cópia para
terem peça semelhante a ser usada em seus rituais
iniciáticos.
Escavações arqueológicas das ruínas templárias de Templecombe, Sommerset,
Inglaterra, por exemplo, revelaram uma pintura emoldurada semelhante ao sudário.
83. No sec. XI, o historiador bizantino Jean Skylitès relatou a mudança do
Mandyllion de Edessa para Constantinopla. Uma miniatura conservada
na Biblioteca Nacional de Madri explica, explicitamente, à maneira do
Codex Pray, que o Mandylion, ou visão de Cristo, era a visão de Cristo
impressa sobre um imenso lençol, do tamanho do Lençol de Turim.
96. O Sudário de Oviedo
5. Inclinou-se e viu ali os panos no chão, mas não entrou. 6. Chegou
Simão Pedro que o seguia, entrou no sepulcro e viu os panos postos no
chão. 7. Viu também o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus. Não
estava, porém, com os panos, mas enrolado num lugar à parte. 8. Então
entrou também o discípulo que havia chegado primeiro ao sepulcro. Viu e
creu. (Jo 20, 5-8)
Este sudário esteve na Palestina até pouco antes de 614, quando
Jerusalém foi conquistada por Chosroes II, rei da Pérsia.
Para evitar sua destruição, foi levado para Alexandria, depois
através do norte da África, quando Chosroes a conquistou (616).
84 x 53 cm
117. 1. Rusga transversal sobre a fronte
2. Quadrado delimitado por três lados
3. Um V sobre a base do nariz
4. Outro V, dentro do quadrado
5. Sobrancelha esquerda mais elevada do
que a direita
6. Pômulo direito muito acentuado
7. Maça do rosto esquerda mais acentuada
8. Glóbulo direito do nariz mais acentuado
9. Linha acentuada entre o nariz e o lábio
10. Linha horizontal acentuada sob o lábio
11. Espaço sem pelos entre os lábios e a
barba
12. Barba bilobulada
13. Rusga transversal sobre no pescoço
14. Olhos acentuados, “esbugalhados”
15. Duas mechas de cabelo na testa
118. Rusga transversal sobre a fronte
Duas mechas de cabelo
V na base do nariz
Triângulo no nariz
Sobrancelha esquerda levantada
Olhos de “coruja”, esbugalhados
Barba bilobulada
Lacuna na barba abaixo do lábio
inferior
Cristo Pantocrator. C. 1080-1100
(Igreja de Daphni, próximo a Atenas)
129. OS EVANGELHOS...
Síntese de Mt 27,57-61
Mc 15, 42-47
Lc 23, 50-56
Jo 19, 38-42
Sendo já hora tarda, chegou um ilustre membro do
Sinédrio, José de Arimatéia, que também esperava o Reino
de Deus.
...corajosamente foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de
Jesus.
Pilatos estranhou que
(Jesus) já estivesse morto.
Após chamar o centurião,
que o confirmou, deu a José
o corpo de Jesus.
130. Também Nicodemos foi e
levou perto de cem
libras de uma mistura de
mirra e aloés.
José comprou um lençol
novo, de linho, e, após
descer Jesus (da cruz),
envolveu-o no lençol, com
lençol
os aromas, como os
judeus costumam
sepultar...
131. ... e o colocou no sepulcro, que mandara escavar para si
numa rocha, e onde ainda ninguém havia sido depositado.
Depois, rolou uma pedra na entrada do sepulcro e foi
embora.
Era o dia da Preparação e já ia principiar o sábado.
132. VIU E CREU...
(João) inclinou-se e viu ali os
panos no chão, mas não entrou.
Chegou Simão Pedro que o
seguia, entrou no sepulcro e viu
os panos postos no chão.
Viu também o sudário que
estivera sobre a cabeça de Jesus.
Não estava, porém, com os panos,
mas enrolado num lugar à parte.
Então entrou também o discípulo
que havia chegado primeiro ao
sepulcro. Viu e creu. (Jo 20, 58)
133. VIU E CREU...
O que será que João viu e que o fez acreditar na
ressurreição de Jesus?
135. Com a ajuda de diversas técnicas modernas, numerosos
estudos científicos do Sudário foram e vem sendo efetuados,
buscando, em linhas gerais, determinar pelo menos três
pontos fundamentais:
a) Decifrar a história da imagem do homem que se encontra no
sudário, de suas características e sofrimentos, e determinar se
correspondem aos de Jesus de Nazaré.
b) Determinar a autenticidade da peça, estabelecendo sua
origem e a data em que foi produzida.
c) Determinar de que forma se produziu a impressão no tecido.
136. O primeiro segredo do
Sudário é revelado
O interesse da ciência moderna
em relação ao Sudário teve
início em 1898, quando
1898
Secondo Pia foi autorizado a
fotografá-lo. O que Pia
descobriu fez com que os olhos
da ciência nunca mais se
desviasse desse notável pano.
137. O que Pia descobriu, ao revelar a foto, foi que,
incontestavelmente, a imagem é um perfeito "negativo
fotográfico", extremamente detalhado, detalhes esses
que não podem ser percebidos no original e que
ninguém consegue explicar.
Mais?
138. A imagem do corpo é como um negativo, onde claro e
escuro estão invertidos em relação à nossa experência
visual diária. Estamos acostumados em ver as pessoas
com a partes iluminadas claras e as de sombras escuras.
Mas no Sudário, isto está invertido.
Como poderia o Sudário ser obra de um artista ou
desenhista da Idade Média? Tal pessoa teria que
trabalhar com conceitos de claro-escuro que eram
absolutamente desconhecidos e até antinaturais antes do
advento da fotografia.
Cientistas do mundo inteiro entram em ação e concluem
que a imagem de um homem gravada naquele pano
representa realmente um corpo vítima de crucificação.
139. Em 1902, Yves Delage, trabalhando nas fotos de Secundo
Pia, apontou, no Sudário, inúmeros detalhes “forenses” que
estão em perfeito acordo com a crucifixão do Jesus Cristo
histórico. Pierre Barbet, e mais tarde outros legistas,
confirmaram essas conclusões.
O primeiro estudo sobre o Sudário que se tornou público foi
a análise médico-científica feita pelo dr Pierre Barbet, em
1932. As conclusões foram impressionantes:
na face havia sinais de contusões, o nariz estava fraturado
na cartilagem descolado do osso;
no corpo foram contados 120 sinais de golpes de açoite,
produzidos por dois flageladores, um de cada lado da
vítima.
140. o flagelo utilizado foi o que se usava no Império
Romano, composto de duas ou três correias de couro,
terminando em pequenos ossos de pontas agudas, ou em
pequenas travas de chumbo com duas bolas nas
extremidades.
duas chagas marcavam o ombro direito e o omoplata
esquerdo;
o peito muito saliente denotava a terrível asfixia
suportada durante a agonia;
os pulsos apareciam perfurados, tendo o prego
secionado em parte o nervo mediano, fazendo contrair o
polegar para dentro da palma da mão;
141. pela a curvatura das pernas e as perfurações nos pés,
tem-se a nítida impressão de que o esquerdo foi
sobreposto ao direito e presos ao madeiro por um único
prego;
os dois joelhos estavam chagados;
havia um sinal de sangramento, produzido por uma
grande ferida, no lado direito do tórax;
por fim, havia 50 perfurações na fronte, cabeça e nuca,
compatíveis com uma coroação de espinhos...
142. Marca da coroa de espinhos (50)
Marcas de pancadas no rosto
Marcas do patibulum
Ferimento da lança
Sangue que escorreu dos pulsos
Sangue do ferimento da lança
Marca do prego no pulso
Polegares não são visíveis
Marca de queda nos joelhos
Marcas dos flagelos (120)
Marcas do prego e sangue nos pés
144. Max Frei, em 1973 e
depois em 1978,
encontrou, em fitas
adesivas que haviam sido
aplicadas em diferentes
pontos do Sudário, vários
tipos de pólens que só
são encontrados na
Palestina: alguns de
plantas hoje raras, outros
cada vez mais antigos e
alguns que só existiam na
época de Cristo.
145. Frei encontrou 58 espécies de pólens, 75% dos quais de
plantas do Oriente Médio e 25% de plantas européias. 16
espécies eram de plantas do deserto, que crescem
apenas na Palestina, na região do Neguev e do Mar
Morto.
Alguns desses pólens são transportados por insetos, não
pelo vento. Os pólens palestinos, mesmo carregados
pelos ventos, não chegariam á Europa, e nem mesmo ao
sudoeste da Turquia ou ao norte da Síria, regiões de
onde também foram encontrados pólens.
Pelo estudo do pólen das plantas que aparecem no
Sudário pode-se reconstituir o itinerário do Sudário: saiu
da Palestina, esteve em Edessa (Turquia), Chambéry
(França) e por fim Turim.
Frei concluiu que o Sudário foi exposto ao ar livre, em
algum momento de sua existência, em Jerusalém, ou
próximo dela, o único lugar onde ele deveria realmente
ter estado se ele é o autêntico lençol mortuário de Jesus.
146. No final dos anos 90, Alan e Mary
Whanger descobriram imagens de
28 diferentes espécies de flores no
Sudário.
Todas crescem em Jerusalém ou
nos seus arredores; 27 florescem
durante os meses de março e abril;
25 espécies confirmam as
descobertas de Max Frei (pólens)
As imagens dessas flores são
muitíssimo tênues e só puderam
ser observadas através de técnicas
avançadas de realce de imagens.
147. Em 1997, o Prof. Avinoam Danim, perito da Hebrew University,
confirmou a presença de pólens e flores da Palestina no Sudário.
Se o Sudário fosse um objeto medieval (12901360), que nunca esteve fora da Europa, como se
explicam os pólens e as plantas do Oriente Médio
que nele foram encontrados?
28 espécies de plantas que crescem em Israel...todas da área
entre Jerusalém e Jericó, e muitas são flores de
primavera...período da crucificação...
149. Em 1902, o químico francês Paul Vignon, estudando a
fotografia de Pia, observou que a intensidade da imagem do
Sudário parecia variar em relação à distância que teria existido
entre o corpo e o tecido. Ou seja, quanto mais perto do pano
estivesse o corpo por ele envolvido, mais intensa seria a
imagem daquela parte do corpo.
Apesar de não poder demonstrar quantitativamente tal
observação, Vignon, para explicar aquela correlação, propôs
que a imagem teria sido formada pelos vapores de amônia
emanados da superfície do corpo.
150. Em 1974, usando o
microdensímetro, a
hipótese de Vignon foi
confirmada, revelando
outro segredo do
Sudário que espantou a
todos, inclusive a
comunidade científica:
a figura do Sudário
contém dados
tridimensionais.
151. Em 1976, desta vez usando um
VP-8 Image Analyser, os
cientistas têm mais uma
confirmação de que a imagem,
projetada ortogonalmente sobre o
tecido, por processo ainda
desconhecido, mas semelhante a
um fenômeno foto-radiante,
codificou em si informação
tridimensional.
Mais?
153. A propriedade tridimensional da imagem é forte argumento
contra a possibilidade de ter sido obra de um artista. Experiências
controladas com artistas bem treinados demonstraram que o
sistema humano de coordenação olho-cérebro é incapaz de
reconhecer e criar, simultaneamente, a intensa correlação no
grau encontrado no Sudário, dentro da variações de contraste
visíveis na imagem.
Foram testadas no analisador de imagens VP-8 numerosas cópias
do Sudário produzidas ao longo dos séculos e, sem exceção, o
relevo dessas imagens apresentaram inúmeras distorções.
Além do mais, não se conhece, na história, qualquer exemplo de
artista que tenha, intencionalmente, codificado seu trabalho com
informações tridimensionais.
Ver “imitações”?
155. Em 1977, foram encontrados nas fotos vestígios de moedas colocadas
sobre as pálpebras. Pesquisas demonstram que esse era um costume do
funeral judaico. A moeda seria um lepton (dilepton lituus), cunhado sob
Pôncio Pilatos entre 29 e 32 d.C.
Com a técnica da sobreposição em luz polarizada, foram contados 74
pontos de congruência entre a moeda de Pilatos e a imagem sobre o olho
direito. Como comparação, pode-se considerar que, para identidade de duas
impressões digitais são suficientes 14 pontos coincidentes em sobreposição.
156. O lençol foi tecido de acordo com um
método próprio das regiões próximas a
Jerusalém com um tear do tipo dos
utilizados nos anos imediatamente
anteriores e posteriores ao início da era
cristã.
O tecido contém alguns vestígios de
algodão, mas não foram encontradas
fibras de lã ou qualquer outra de origem
animal.
A propósito....
157. Tanto o pano quanto a imagem nele contida contêm numerosas
características inteiramente consistentes com um funeral judaico do
1º. Século.
O homem do Sudário tem a aparência de um típico representante da
raça judaica, que foi submetido a um funeral tipicamente judaico.
Em particular, o sangue do homem do Sudário não foi limpo antes do
enterro, conforme determinava a Lei para aquele que sofresse morte
violenta.
O Sudário mostra
que o homem nele
envolto usava uma
espécie de rabode-cavalo
158. Na região próxima de onde estão os pés foram detectados traços
de uma composição mineral rara, a aragonita, que é encontrada
nas redondezas de Jerusalém.
Ainda nos pés, é possível perceber as impressões digitais
daqueles que o carregaram após a retirada da cruz.
160. O homem sofreu uma crucifixão romana do século I, com
particularidades desconhecidas na Idade Média, mas em
sintonia com as descobertas histórico-arqueológicas
posteriores e conformes os tormentos descritos nos
evangelhos, inclusive nas particularidades "personalizadas".
O sangue é verdadeiro sangue, humano, do tipo AB, e se
coagulou sobre a pele ferida e passou para o tecido por
fibrinólise, com modalidades irreproduzíveis com pincel.
O cadáver, posto no lençol cerca de duas horas depois da
morte, nele permaneceu por 30 a 36 horas, sem sinais de
putrefação.
161. O rosto levou golpes violentos. Tem um inchaço no pômulo
direito. A cartilagem do nariz quebrado por um golpe de vara.
Um espinho atravessou uma sobrancelha, ferindo a pálpebra.
Marcas de sangue em todo o corpo (lembremo-nos da
exsudação no Horto das Oliveiras, além dos açoites). Há
também sulcos de sangue no rosto, que correspondem a veias
furadas por espinhos.
Nos ombros da imagem há sinais de feridas e escoriações
causadas pela pressão de um objeto pesado e duro:
certamente a travessa grande de madeira da cruz.
Pela ferida do costado, dá para definir a trajetória da lança:
inclinação de 29 ° entre a 5ª e 6ª costelas.
162. A ferida nos pulsos, no chamado buraco de Destot,
corresponde ao local onde foram colocados os pregos. A
palma da mão não sustentaria o corpo, e rasgar-se-ia com o
peso deste.
163. No total 121 chicotadas, por todo o corpo, principalmente nas
costas, que foram feitas pelo "flagrum" romano, um chicote
com dupla ponta de ferro.
Tem terra no calcanhar, joelhos e ponta do nariz, invisíveis a
olho nu, das quedas carregando a cruz.
Um só prego atravessou ambos os pés.
A perna esquerda está levemente dobrada no joelho e os pés
estão unidos um sobre o outro. Assim era a crucificação
romana.
164. Continua em estudo o
abundante material recolhido,
com cada dia maiores
confirmações e novas
descobertas.
“A assinatura”
“A segunda face”
166. A figura humana é composta por
manchas de dois tipos e cores diferentes:
A imagem do corpo é de cor amarelada e
difere do pano de fundo apenas em razão
da densidade das fibras. Nas bordas da
figura a cor desaparece gradativamente.
As manchas de sangue são avermelhadas
e se formaram por contato direto.
A imagem se formou por algum tipo de
projeção e não está presente debaixo
das manchas de sangue.
Nem o calor do incêndio, nem a água
alteraram a estabilidade da imagem
167. A imagem é composta de "fibrilas
amarelas". A coloração é produto
de uma desidratação da celulose de
origem desconhecida que faz
pensar numa espécie queimadura
provocada por uma fonte de calor.
As fibras não estão "pintadas“,
apenas superficialmente
queimadas, sem impregnação. Este
"queimado" aparente do tecido que
constitui a imagem, principal
característica visual, não afetou as
fibras dos fios mas apenas e de
maneira seletiva às fibrilas,
mensuráveis em cerca de dezenas
de microns.
168. A imagem é superficial, não atravessa o pano de lado a lado. A sua
coloração não penetra nos fios; a imagem toca apenas as fibras
superiores da trama do lençol, o que exclui qualquer impregnação
de líquidos e mesmo qualquer técnica de impregnação de
imagens. Ao contrário da imagem, o sangue penetrou o tecido.
169. Superficialidade
Fibras profundas dentro
de fios incolores
Fibras superficiais
coloridas
Num mesmo fio, fibras coloridas
estão lado a lado a fibras sem cor.
Numa mesma fibra áreas coloridas e
áreas incolores.
Descontinuidade
170. A imagem não apresenta
indícios de direcionalidade.
Nenhum "traço direcional"
(golpe de pincel) foi
identificado sobre o lençol.
Obras pintadas pela mão do homem deixam aparecer, após um
exame e tratamento de imagem, um sentido de execução, com
pontos ou zonas de arranque, movimentos ou vestígios direcionais
que designadas "freqüências espaciais preferenciais". Nenhuma
destas freqüências foi detectada pelos computadores no Sudário.
171. A origem e o modo de impressão da coloração da imagem não
são identificáveis pelos meios técnicos atuais. Várias hipóteses
já foram formuladas e até combinadas, mas nenhuma delas é
satisfatória.
Teoria do contato: o corpo do homem do sudário,
contato
aspergido por uma solução de aloés e mirra, pelo
contato direto com o pano deu lugar às marcas,
modificando a coloração natural das fibras.
Teoria do vapor: os vapores emanados do cadáver
vapor
reagem com a solução de aloés e mirra, provocando
uma variação de cores no pano.
Teoria da energia radiante: energia do tipo térmico ou
radiante
eletro-magnético age sobre a solução de aloés e
mirra, provocando as modificações das cores do
tecido.
172. A imagem do lençol é o resultado de uma
projeção vertical ortogonal, isto exclui
qualquer forma de vaporização.
A difusão e a radiação devem ser excluídas,
porque tais mecanismos de transferência,
por atuarem através do espaço, produziriam
imagens borradas.
173. A correlação entre a distância e a intensidade da figura revela
uma ordem matemática na formação da imagem, o que
permite a suposição de que a imagem do Sudário é resultado
de um processo físico de alguma espécie.
Essa correlação afasta a hipótese de ser a imagem resultado
de contato direto do corpo com o pano. É possível ver imagens
mesmo onde o corpo certamente não teve contato com o pano.
174. A imagem dorsal (costas)
não é mais densa como
deveria no caso de a
imagem ter sido formada
por contato direto.
175. Os resultados da pesquisa afastam qualquer hipótese de falsificação: não
há vestígios de pigmentos, tintas ou corantes de origem mineral ou
orgânica (usados pelos pintores), nem de qualquer líquido (exceto o
sangue e seus componentes).
Não foram encontradas pinturas, tinturas ou manchas nas fibras.
Radiografia, fluorescência e micro-química aplicadas às fibras excluíram
a possibilidade de pintura como método de criação da imagem. Não há
vestígios de qualquer ação química no tecido. Não se trata de estampa,
nem chamuscadura. A imagem está presente apenas nas fibras mais
externas, que sofreram processo de desidratação e oxidação, e não há
evidência de ação capilar. Avaliação por raios ultra-violeta e infravermelhos confirmam estes estudos.
Qualquer teoria de impregnação é absurda. Aliás, pela própria análise do
Lençol, o corpo envolvido no lençol já estava morto na cruz. O sangue
está todo coagulado. É inadmissível a impregnação por sangue, pois este
teria que estar líquido. Nem se trata de impregnação por ungüentos.
176. A avaliação micro-química não indicou qualquer evidência de especiarias,
óleos ou elementos bioquímicos conhecidos passíveis de serem produzidos
pelo corpo em vida ou na morte. Está claro que houve um contato direto do
Sudário com um corpo, o que explica certas características, como marcas
de açoite e de sangue.
Entretanto, enquanto este tipo de contato poderia explicar algumas das
características do torso, é totalmente incapaz de explicar a imagem da face
com a alta resolução amplamente demonstrada através de fotografia.
As manchas de sangue são autênticas, compostas de hemoglobina. Ou
autênticas
seja: o sangue é verdadeiro sangue humano, e do tipo AB. São também
autênticas as marcas de vazamento de líquido pleural, assim como é
acusada a presença de moléculas despejadas pelo organismo em
situações de extremo estado estressante. O fenômeno da capilaridade e a
estressante
gravidade aplica-se ao sangue, mas não à imagem, que é superficial.
Enquanto as impressões do Homem do Sudário estão gravadas em
negativo com efeito tridimensional, as manchas de sangue são gravadas
em positivo.
177. Algumas áreas da imagem estão claramente em partes do tecido que não
estariam tocando o corpo, e até duas polegadas de distância, portanto
eliminando o contato como explicação única. A impressão é uniforme e
dependendo da distância, maior ou menor, do corpo. Não há marcas de
decomposição.
Esse lençol não tem sinais de deslocamentos; ele se afrouxou e se
abaixou porque ficou vazio. O corpo foi inexplicavelmente removido do
pano que o envolvia. Como os médicos legistas revelam, o corpo que
envolvia
deixou manchas de sangue foi removido sem “perturbar” as manchas, o
manchas
que, para os mesmos especialistas, é fisicamente impossível.
impossível
Seguramente as feridas do corpo atestam uma crucificação romana. O
lençol envolveu o cadáver de um homem martirizado, flagelado, coroado
de espinhos, crucificado com cravos, com o lado traspassado,
apresentando escoriações no joelho esquerdo, causado por queda,
feridas, inchaços, sangue coagulado no rosto e septo nasal quebrado.
178. COMPARANDO AS TEORIAS DE FORMAÇÃO DA
FIGURA E SUAS CARACTERÍSTICAS
TEORIAS
Vapor
Contato
direto e
vapor
Calor ou luz
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
POSSÍVEL
POSSÍVEL
ESTABILIDADE TÉRMICA
NÃO
POSSÍVEL
NÃO
POSSÍVEL
SIM
SEM CORANTES
NÃO
POSSÍVEL
SIM
SIM
SIM
TRIDIMENSIONAL
NÃO
NÃO
NÃO
NÃO
SIM
NEGATIVA
SIM
POSSÍVEL
POSSÍVEL
POSSÍVEL
SIM
NÃO-DIRECIONAL
POSSÍVEL
POSSÍVEL
SIM
SIM
SIM
QUIMICAMENTE ESTÁVEL
POSSÍVEL
POSSÍVEL
NÃO
NÃO
SIM
ESTÁVEL SOB AÇÃO DA ÁGUA
POSSÍVEL
POSSÍVEL
NÃO
NÃO
SIM
Pintura,
tinta ou pó
Contato
direto
SUPERFICIAL
NÃO
DETALHADA
CARACTERÍSTICAS
179. " Uma explicação satisfatória para a imagem do Sudário tem
que ser cientificamente razoável do ponto-de-vista físico,
químico, biológico e médico. No presente, esse tipo de solução
não parece estar ao alcance daqueles que estudam o Sudário.
Além disso, experiências realizadas em física e química com
linho velho não têm sido capazes de reproduzir o fenômeno do
Sudário de Turim adequadamente.
180. Tais mudanças podem ser reproduzidas no laboratório por
certos processos químicos e físicos. Um tipo semelhante de
mudança em linho pode ser obtido com ácido sulfúrico ou
calor. Porém, nenhum método químico ou físico conhecido
pode responder pela totalidade da imagem, nem o pode
qualquer combinação de circunstâncias físicas, químicas,
biológicas ou médicas adequadamente ".
181. O consenso científico é que a imagem foi produzida por
algo que resultou em oxidação, desidratação e
conjugação da estrutura polissacarídica das
microfibras do próprio linho.
182. O Sudário é uma peça única no mundo. Não é conhecido em toda a
história nenhum outro objeto de características semelhantes. Não
há nenhum vestígio de um fato semelhante em nenhuma outra
civilização, seja ocidental, oriental...
Para os cientistas, o Sudário é um mistério. Eles ainda não sabem
como ou o quê formou a imagem, nem foram capazes de fazer uma
simples cópia, mesmo aproximativa, com as mesmas propriedades.
183. A única conclusão possível é que a imagem de Sudário é a real
forma humana de um homem açoitado e crucificado e não o
produto da mão de um artista ou falsário.
Assim, a resposta para a pergunta de como a imagem foi produzida
ou o que a produziu permanece hoje, como no passado, um
mistério. Até que sejam feitos estudos adicionais, talvez pelos
cientistas atuais ou talvez por cientistas do futuro, o mistério
permanecerá não solucionado.
184. Para alguns cientistas (Ashe -1966 e Willis -1969), a conclusão
irrefutável para explicar o modo como foi "impresso" o Sudário e
que tal impressão deu- se por uma radiação luminosa-térmica.
luminosa-térmica
Mais tarde (1977) essa descoberta foi confirmada pelos
especialistas da NASA: É uma projeção do corpo, a qual codificou
em si informação tridimensional e é como se houvesse sido
impressa no tecido por um fenômeno foto-radiante, uma radiação
foto-radiante
emanada do corpo de curtíssima duração.
185. A hipótese para explicar essa possível radiação nos leva à ressurreição:
ressurreição
ao ressuscitar, ou seja, quando o corpo morto passa ao estado vivo e
glorioso, haveria uma espantosa produção de energia, que se pode
comparar a uma explosão atômica. “Uma explosão atômica controlada”.
Em relevo, segundo a profundidade da queimadura. E está de acordo,
ponto por ponto, com a distância do corpo que "explodiu atomicamente".
“Luz", como aconteceu com a explosão atômica em Hiroshima!... E
"queimou" só a parte interna e mais superficial do pano.
A impressão tridimensional (caso único dentre todos os objetos analisados
pela NASA até hoje) do Sudário, deu-se por radiação de um milionésimo
de segundo. Mais um milionésimo de segundo de exposição a tão forte
radiação térmico-luminosa e teria sido volatilizado todo o lençol !
187. O SEPULTAMENTO DE UM CONDENADO A CRUZ
A COROA DE ESPINHOS NUM CRUCIFICADO
O CONDENADO CARREGOU O PATÍBULO
O USO DE CRAVOS NA CRUCIFICAÇÃO
A MORTE FOI CERTIFICADA COM UM LANÇAÇO
O RITUAL DE SEPULTAMENTO NÃO OBEDECIDO
NÃO HÁ SINAIS DE DECOMPOSIÇÃO
188. ISSO SIGNIFICA QUE DE
200 BILHÕES
DE EVENTUAIS CRUFICICADOS,
UM E SÓ UM
POSSUIRIA AS 7 CARACTERÍSTICAS DO
“HOMEM DO SUDÁRIO”.
SUDÁRIO
Concluir?
S
N
191. "Ele entrou em agonia e
orava ainda com mais
instância, e seu suor
tornou-se como gotas de
sangue a escorrer pela
terra".
(Lc 22,44)
O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com precisão
clínica: suar sangue, ou "hematidrose" (Excreção de suor sanguinolento), é um
fenômeno raríssimo. Produz-se em condições excepcionais, na presença de
grande fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento, causado
por uma profunda emoção, por um grande medo.
192. "Ele entrou em agonia e
orava ainda com mais
instância, e seu suor
tornou-se como gotas de
sangue a escorrer pela
terra".
(Lc 22,44)
O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados
dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o
rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas
sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então
escorre por todo o corpo até a terra.
193. "Então a coorte, o tribuno e os
guardas dos judeus prenderam
Jesus e o ataram". (Jo 18,12)
"A estas palavras, um dos
guardas presentes deu uma
bofetada em Jesus, dizendo: É
assim que respondes ao sumo
sacerdote?" (Jo 18,22)
"Pilatos mandou então flagelar
Jesus". (Jo 19,1)
194. Os soldados
despojam Jesus e o
prendem pelo pulso a
uma coluna do pátio.
A flagelação se efetua
com tiras de couro
múltiplas sobre as
quais são fixadas
bolinhas de chumbo e
de pequenos ossos.
195. Os carrascos são dois, um de cada lado, e de diferente estatura.
Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de
microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera
e se rompe; o sangue espirra.
196. Os golpes
dos flagelos,
cerca de
120,
produziram
mais de 600
ferimentos.
Cada um
deles abriu
e arrancou a
pele da
vítima,
produzindo
hemorragia.
198. A cada golpe Jesus reage
em um sobressalto de
dor. As forças se esvaem;
um suor frio lhe impregna
a fronte, a cabeça gira em
uma vertigem de náusea,
calafrios lhe correm ao
longo das costas. Se não
estivesse preso pelos
pulsos, cairia em uma
poça de sangue.
199. Depois, o escárnio da coroação. Com longos e duros espinhos, os
algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a
cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar.
200. "Os soldados teceram de espinhos uma coroa e puseram-lha
sobre a cabeça e cobriram-no com um manto de púrpura".
(Jo 19,2)
202. “Aproximavam-se dele e diziam: Salve, rei dos judeus!
E davam-lhe bofetadas”. (Jo 19,3)
Equimose por queda com
pequena tumefação por
pancada
Tumefação do zigoma
Tumefação na face
Sangue das
perfurações pelos
espinhos
Inchaço na área
supraciliar
Septo nasal
deformado com
cartilagem rompida
Tumefação no lábio
superior
Tumefação na
mandíbula
Pedaços da barba foram
arrancados
204. Depois que o escarneceram, despojara-no do manto e lhe
tornaram a colocar as vestes dele. E o levaram para crucificar
(Mt. 27, 31)
Escoriações
nas costas
Ele próprio
carregava a sua
cruz para fora da
cidade, em
direção ao lugar
chamado Calvário,
em hebraico
Gólgota. (Jo 19,
17b)
205. “Depois
que o escarneceram, despojaram-no do manto e lhe
tornaram a colocar as vestes dele. E o levaram para crucificar”.
(Mt. 27, 31)
“Ele próprio carregava a sua cruz para fora da cidade, em direção
ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota”.
(Jo 19, 17b)
206. Jesus caminha com os pés descalços
pelas ruas de terreno irregular, cheias
de pedregulhos.
O percurso é de cerca de 600 metros.
Os soldados os puxam com cordas.
207. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre
os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando
ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.
208. Saindo, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, a
quem obrigaram a levar a cruz de Jesus". (Mt 27,32)
210. Sobre o Calvário tem
início a crucificação. Os
carrascos despojam o
condenado, mas a sua
túnica está colada nas
chagas e tirá-la é
insuportável.
Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a
túnica, se laceram as terminações nervosas postas em
descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão
violento. A dor é atroz. O sangue começa a escorrer.
211. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de
pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal
da cruz.
Os carrascos
pegam um
prego (um longo
prego pontudo e
quadrado), o
apóiam sobre o
pulso de Jesus,
com um golpe
certeiro de
martelo o
plantam e o
rebatem sobre a
madeira.
212. Um prego através da palma vai rasgar a carne pois não
há estrutura para suportar o peso do corpo
O pulso consiste em vários ossos pequenos. Os
romanos sabiam desse espaço no meio de quatro ossos
213. Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e
não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e
não introduzir a minha mão no seu lado, não
acreditarei!
(Jo 20,25c)
Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No
mesmo instante o seu polegar, com um movimento
violento se posicionou opostamente na palma da mão; o
nervo mediano foi lesado.
214. "Era a hora terceira quando o crucificaram".
(Mc 15,25)
215. O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da
trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e
depois em pé; fazendo-o tombar para trás e encostar na
estaca vertical. A dor nos medianos...
Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz
sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram
dolorosamente sobre a madeira áspera.
218. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu
vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio
inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele
não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta
de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre
os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.
219. Um indescritível fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os
músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se
acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os
dedos se curvam.
É a tetania, quando os sintomas se
generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas
imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e
os respiratórios.
220. A respiração se faz, pouco a pouco mais
curta. O ar entra com um sibilo, mas não
consegue mais sair. Jesus respira com o
ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como
um asmático em plena crise, seu rosto
pálido pouco a pouco se torna vermelho,
depois se transforma num violeta purpúreo
e enfim em cianótico. Jesus, atingido pela
asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não
podem mais se esvaziar. A fronte está
impregnada de suor, os olhos saem fora de
órbita. Que dores atrozes devem ter
martelado o seu crânio!
221. A agonia continua. Lentamente com um esforço sobrehumano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos
pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a
tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A
respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se
esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
Porque este esforço? Porque Jesus quer falar:
"Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a
asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases
pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar,
deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés,
inimaginável! Enxames de moscas, grandes moscas verdes
e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu
rosto, mas ele não pode enxotá-las.
222.
223. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a
temperatura se abaixa. Logo serão três da tarde.
Jesus luta sempre: de vez em quando se eleve para respirar. É
a asfixia que o está destroçando. Uma tortura que dura três
horas. Dor, sede, cãibras, asfixia, os nervos medianos
latejando... Mas Ele ainda encontra forças para para rezar:
Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?
"Tudo está consumado!".
"Pai, nas tuas mãos
entrego o meu espírito".
...E morre.
(Sl 21,2)
224.
225. ... não lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados abriu-lhe
o lado com uma lança e,
imediatamente, saiu sangue e
água. (Jo 19, 33b-34)
226. ... não lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados abriu-lhe
o lado com uma lança e,
imediatamente, saiu sangue e
água. (Jo 19, 33b-34)
227. José comprou um lençol novo, de linho, e, após
descer Jesus (da cruz), envolveu-o no lençol, com
os aromas, como os judeus costumam sepultar...
228. ...e o colocou no sepulcro, que mandara escavar para si
numa rocha, e onde ainda ninguém havia sido depositado.
231. O Sudário é uma peça única no mundo. Não é conhecido em toda
a história nenhum outro objeto de características semelhantes.
Não há nenhum vestígio de um fato semelhante em nenhum
lugar ou civilização do planeta.
Para os cientistas, o Sudário é um mistério. Eles ainda não
sabem como ou o quê formou a imagem, nem foram capazes de
fazer uma simples cópia, mesmo aproximativa, com as mesmas
propriedades.
232. O Sudário é o pano que envolveu o
corpo de Jesus na sepultura?
O Sudário é autêntico?
Ou é um artefato das mãos do homem?
Afinal, como se formou a figura? E quando?
O que dizem os Evangelhos?
O que diz a ciência?
O que diz a nossa fé?
233. Conclusões possíveis...
O Sudário é um produto de mãos humanas, do séc.
XIV ou mesmo antes, feito com material e técnicas
desconhecidas, cujos vestígios não puderam ser
encontrados pela ciência do século XX e XXI.
Ou
O Sudário é fruto de uma ocorrência natural, por
um processo ainda não identificado, que formou a
figura a partir de uma vítima real de crucifixão.
Ou
O homem do Sudário é Jesus de Nazaré e sua figura
ficou gravado no Sudário em razão de um processo
desconhecido, além do conhecimento científico
atual , por se tratar de um ato de DEUS que está
fora das leis da natureza.
234. Conclusões possíveis...
As características do Sudário impedem que se
reconheça qualquer possibilidade de tratar-se de
obra de mãos humanas.
A tridimensionalidade da figura, seu caráter de
negativo fotográfico, sua não-direcionalidade,
superficialidade, estabilidade térmica e química, e
seu extremo detalhamento, dificultam qualquer
explicação natural e científica para a sua formação.
O hipótese de ressurreição, causa “extra-natural”,
de mecanismo cujo conhecimento extrapola as
possibilidades da ciência, poderia explicar como a
figura ficou gravado no Sudário.
235. A Ressurreição é um evento real, um fato histórico.
A posição reconhecida dos Evangelhos como
documentos normais antigos.
Os discípulos estavam desesperados. Tivera fim
toda a sua esperança.
Nem o sepulcro vazio foi suficiente para suscitar a
fé.
“Algo” aconteceu, que mudou as atitudes dos
discípulos.
A nova atitude dos discípulos: coragem e
desafiadora, pregando a Boa Nova mesmo em
Jerusalém, abertamente.
236. A Ressurreição é um evento real, um fato histórico.
O túmulo vazio.
As testemunhas oculares (1Cor 15, 6).
O nascimento da nova Igreja.
A ressurreição como centro da pregação cristã
primitiva, não como lenda posterior (1Cor 15, 5-8).
Os chefes judeus não conseguem proibir ou desdizer.
As conversões de Tiago e de Paulo (1Cor 15, 7-8).
O domingo se torna o dia do culto cristão.
237. O Sudário e a Ressurreição...
Há uma estreita correspondência entre o Sudário,
os Evangelhos e a história.
O corpo, que já sofria os efeitos do rigor mortis,
não se decompôs enquanto esteve envolvido pelo
sudário.
Não há sinal de remoção: as manchas de sangue
ficaram intactas.
“Algo” aconteceu, possibilitando a formação da
figura a partir de um corpo morto.
239. As exigências do Sudário...
... O Sudário parece sugerir que Jesus morreu
exatamente como as escrituras relatam. Se assim o
for, ele deve ter ressuscitado dos mortos tal qual
as Escrituras dizem que ele ressuscitou.
... E, se Jesus ressuscitou, Ele venceu a morte e
está vivo! Sua mensagem do Reino de Deus se
confirmou, e o convite à nossa decisão pessoal em
relação ao nosso destino eterno se impõe.
... Não podemos mais, à luz dos fatos, rejeitar a
salvação que nos é oferecida.
240. "Olho esse rosto e todas as vezes que o olho,
o coração me diz: é Ele. É o Senhor."
"Grande sorte, portanto, a nossa, uma vez
que essa figura do santo sudário nos permite
contemplar alguns traços autênticos da
adorável figura física de nosso Senhor Jesus
Cristo e socorre o nosso desejo, hoje tão
ardente, de poder conhecê-lo também
visivelmente!
(Papa Paulo VI)