Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Accao alcool
1. Projecto “Curte Bué, SEM Álcool”Acção de sensibilização sobre o consumo de álcool Margarida Soliz – Psicóloga da Unidade de Alcoologia do Norte, IDT,IP.
2. Como apareceu o álcool? Uma das mais antigas referências diz respeito a um baixo-relevo feito, muito provavelmente, 30 000 AC. Admite-se que, no período paleolítico, o Homem tomou conhecimento, de forma acidental, dos efeitos da ingestão do produto fermentado a que o mel, recolhido e armazenado em recipientes artesanais, dera origem. No período neolítico, a cerveja e o seu fabrico eram já do conhecimento do Homem. Egípcios, gregos e romanos são exemplo de povos que conheceram e desenvolveram as artes do fabrico de bebidas alcoólicas, assim como os efeitos do seu uso pelo Homem. A destilação do vinho, dando origem a bebidas mais alcoolizadas, parece ter-se generalizado na Europa a partir do século XI, tomando em França, por exemplo, extraordinário vulto com as facilidades concedidas pelo Estado aos “destiladores”.
5. Que propriedades é que tem o álcool que faz as pessoas ultrapassar os limites? Bebidas alcoólicas são bebidas que, como o seu nome indica, contêm álcool. O álcool etílico ou etanol, molécula de fórmula química CH3 CH2 OH é o principal álcool destas bebidas, que o contêm em diferentes concentrações. O etanol é um líquido incolor, volátil, de cheiro característico, de sabor queimoso e densidade 0,8. É miscível com a água, ferve a 78,5oe pode sepa- rar-se da água, por destilação.
6. 6 Alcoolémia - corresponde à taxa de álcool no sangue, que traduz a impregnação alcoólica do indivíduo num dado momento. Corresponde, por isso, aos gramas de álcool puro existentes por litro de sangue, em determinado momento. Avalia-se efectuando uma análise ao sangue e, de uma forma mais indirecta, utilizando um alcoolímetro (balão) que, com algum rigor, indica-nos a alcoolémia através do ar expirado.
8. Cerveja 6º - garrafa 250ml Wisky 40º – dose de 50ml Vodka frutos 25º – dose de 80ml
9. Twist – Pops de wisky – 1 garrafa Martini Metz – Pops de vermute – 1 garrafa Smirnoff mule – Pops de vodka – 1 garrafa
10. licores Bayley´s – licor de nata 17º – dose de 80ml Bols Blue – licor de curacau 24º – dose de 80ml Sheridan´s – licor de chocolate 19º – dose de 80ml Gold Strike – licor de flocos de ouro 50º – dose de 20ml
11. Cuba libre - 80ml (50ml rum 40º+30ml de cola) Vodka limão/laranja - 80ml (50ml vodka+30ml de sumo) Wisky com cola - 80ml (50ml wisky 40º+30ml de cola) Gin tónico - 80ml (50ml gin 38º+30ml de água tónica)
12. Safari- 80ml (50ml licor de futos 20º+30ml de cola) shots TGV - 60ml (20ml tequilla 38º+20ml gin 38º +20ml vodka 37º) B52 - 60ml (20ml licor café 26º +20ml licor nata 17º + 20ml de absinto 57º) Kalashnicov - 40ml (20ml vodka 37º+20ml de absinto 57º) Tequilla sunrise - 80ml (50ml tequilla 38º+30ml sumo laranja e groselha)
13. Para se sentir bem Para ter novos: sentimentos sensações experiências E Para as partilhar Para sesentir melhor Com menos: ansiedade preocupações medos depressão desespero
20. Consequências gerais no sistema digestivo: O percurso do álcool pelo tubo digestivo provoca diversos tipos de danos nos vários órgãos constituintes, diminuindo não só o apetite mas também a capacidade de absorção dos nutrientes. A BOCA A boca do consumidor abusivo, apresenta um mau estado geral e higiene deficiente. A LÍNGUA As papilas gustativas são destruídas, as gengivas dentais por vezes com hipertrofia, devido à proliferação inflamatória e bacteriana, dando origem à piorreia. 18
21. Consequências gerais no sistema digestivo: ESÓFAGO esofagite difusa refluxo gastro-esofágico úlceras esofágicas hemorragias digestivas cancro do esófago. ESTÔMAGO Gastrite (inflamação estômago) Estas condições facilitam a necessidade de cirurgia e aumentam o risco de neoplasias . PÂNCREAS Pancreatite difusa 19
22. Consequências gerais no sistema digestivo: INTESTINO DELGADO duodenite (inflamação do duodeno) bolbite (inflamação do bolbo duodenal) úlceras de difícil diagnóstico, são muito frequentes, dizendo-se o mesmo do perigo das hemorragias digestivas de origem duodenal. 20
23. Consequências gerais no sistema digestivo: FÍGADO Esteatose Hepática, ou infiltração gorda. Este é o primeiro passo para fazer o fígado funcionar deficientemente. Hepatite alcoólica Inflamação aguda, ou mais frequentemente crónica. Inicia-se com anorexia, náuseas e vómitos; surge dor abdominal ao fim de poucos dias, icterícia e febre. Cirrose hepática A inflamação crónica cria nódulos que desestruturam a rede celular do fígado, tornando-o insuficiente. Carcinoma Hepatocelular (Entre 5 a 15% dos pacientes com cirrose hepática) 21
24. Consequências gerais no sistema cardio-circulatório: 1 - O álcool provoca lesão directa da fibra muscular cardíaca (cardiomiopatia alcoólica aguda ou crónica). 2 - O álcool mais o défice de vitaminas, em especial vitamina B1, provocam uma insuficiência cardíaca grave. 3 - Certas cervejas contêm metais pesados (cobalto) e provocando também insuficiência cardíaca. 22
25.
26. facilidade de embolias, obstrução arterial e outras complicações, quer a nível cerebral, quer a nível cardíaco.23
27. Consequências gerais no sistema reprodutivo masculino: HIPOANDROGENISMO Diminuição da fertilidade (interfere na produção de espermatozóides e altera a sua forma) Hipogonadismo: atrofia dos testículos (↓ do peso) e do pénis (↓ do tamanho, volume e peso). Disfunção sexual (diminuição da libido, impotência, alterações da ejaculação). FEMINIZAÇÃO Ginecomastia Atrofia prostática 24
28. Consequências gerais no sistema reprodutivo feminino: Amenorreia Anovulação (infertilidade) Hiperprolactinémia (infertilidade) Patologia do ovario Menopausa precoce Abortamento espontâneo de repetição Disfunção sexual 25
29. Consequências ao nível do sistema nervoso central: Atrofia cerebral Diminuição da globalidade das células corticais com maior atingimento do córtex. A atrofia atinge 50 a 70% dos alcoólicos. As zonas da afectividade - conduz a desagregação da realidade e a pseudo demência, que pode ser diminuída com a abstinência a longo prazo e longo tratamento vitamínico. 26
30. 27 Áreas cerebrais mais atingidas no consumo juvenil: Efeitos do consumo a curto prazo: . Alterações da visão, da audição, da coordenação motora, e dos reflexos em geral . Alterações emocionais . Diminuição da capacidade de avaliação das situações . Enjoos, má disposição Efeitos a longo prazo: . Interferência nos processos de crescimento cerebral, com hipóteses de dificuldades irreversíveis . Perda de apetite e sérias deficiências vitamínicas; alterações hepáticas . Alterações da memória; limitações das funções cognitivas
31. Consumo juvenil Risco de dependência por ano de consumo antes do tempo: 14 anos 45 a 50% 18 anos 15 a 20% 21 anos 5% Associação Portuguesa de estudo do fígado
33. O álcool tem um efeito vaso-dilatador que é responsável pelo rubor e pela sensação de calor à superfície da pele. Na verdade, o que se verifica é um aumento da temperatura cutânea (por passar a haver uma maior circulação periférica de sangue) uma vez que a ingestão de álcool provoca uma vasodilatação cutânea.
34. O álcool tem uma acção euforizante e anestésica que encobre a fadiga muscular. A ingestão de bebidas alcoólicas, em vez de relaxamento, provoca euforia, adormece a sensação de fadiga e dá a ilusão de uma nova energia.
35. Ter sede é sinal de que se precisa de água. O álcool das bebidas alcoólicas provoca um aumento de perda de água pela urina.
36. Comer a ponto de ficar “cheio”, dificulta a digestão e é muitas vezes motivo para que se utilizem bebidas alcoólicas - digestivos (aguardente, whisky, etc.) com o intuito de ajudar a digerir os alimentos. O que acontece é que o álcool provoca um esvaziamento gástrico mais rápido, facilitando a passagem dos alimentos para o intestino, sem que estejam completamente digeridos.
37. Apesar do álcool fornecer 7 kilocalorias por grama, são consideradas vazias. Esta energia é pouco rentável quando comparada com a que é fornecida pelos nutrientes energéticos existentes nos alimentos.
38. Devido ao já falado efeito anestésico do etanol, alguns dos sintomas apresentados pelos indivíduos doentes são atenuados sob o efeito do álcool. No entanto, a verdade é que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, diminui drasticamente as defesas do organismo. Por outro lado, o tal efeito anestésico tem um efeito perverso, pois se aumenta a sensação de “bem-estar” do indivíduo, por outro, vai camuflar sintomas que são a forma de o organismo sinalizar alguns disfunções.
40. Alimentos e álcool “Ao acompanhar a refeição, o álcool não embriaga” O álcool, ao contrário dos alimentos, não precisa de ser digerido para ser absorvido e passar à circulação sanguínea. Cerca de 30% do álcool ingerido é absorvido pela mucosa gástrica, e os 70% restantes são absorvidos no intestino delgado. Após uma refeição, a passagem do álcool para o intestino é retardada e a sua concentração diminuída, e consequentemente a taxa de absorção para a corrente sanguínea é lentificada. No entanto, o álcool ingerido será na mesma absorvido!
41. Suar até ficar sóbrio “Se transpirar e depois tomar um duche frio, fico sóbrio” Do total de álcool absorvido, 95% é metabolizado a nível hepático. Os restantes 5% são eliminados pela urina (2%), respiração (2%) e transpiração (1%). Estas vias de eliminação contribuem apenas com 5%, independentemente da quantidade de álcool ingerida, logo é impossível ficar sóbrio só pela transpiração.
42. Cocktails “Estou bem, só bebi cocktails” O álcool, mesmo quando misturado com sumos de fruta ou outras bebidas não alcoólicas, continua a ser absorvido para a corrente sanguínea. Pode haver é uma redução da intensidade dos efeitos provocados pelo álcool, como resultado da diluição do álcool nas misturas. Algumas bebidas carbonatadas misturadas com o álcool provocam um esvaziamento gástrico mais rápido, o que levam a uma absorção mais rápida do álcool para a corrente sanguínea, sentindo-se o efeito ainda mais rapidamente. A mistura com outras bebidas não alcoólicas é comum, porque torna a bebida mais saborosa e reduz o efeito irritante sobre a mucosa digestiva, tornando-se mais tolerado.
43. Capacidade e resistência ao álcool “Já bebo há muitos anos, logo suporto melhor o álcool” Após exposições repetidas ao álcool, o indivíduo aprende a comportar-se normalmente, mesmo com níveis moderados de álcool no sangue, mas as capacidades motora, visual e auditiva estão alteradas. Com o consumo regular de álcool consegue-se aumentar a capacidade de metabolização hepática. Nestas condições, o bebedor pode aumentar a ingestão de álcool para conseguir sentir novamente os efeitos da embriaguez. No entanto, com o passar do tempo o álcool provoca danos orgânicos cada vez mais graves, o que vai reduzir a capacidade para o eliminar.
44. Conhecer o limite “Conheço perfeitamente o meu limite ...” Com o hábito de consumo, o indivíduo consegue disfarçar os efeitos que o álcool exerce. É difícil admitir que se está sobre o efeito do álcool, tendo em conta que é o cérebro que nos alerta para os sinais de intoxicação, e é este o primeiro a ser afectado!
45. Álcool e dimensão física “Sou pesado, logo aguento melhor o álcool” O nível de intoxicação é influenciado pela percentagem de álcool no sangue, logo as pessoas mais leves ficam mais intoxicadas que as de maior peso com a mesma quantidade de álcool. O fígado metaboliza até 1g de álcool / kg / dia. Mas o peso corporal não se refere a gordura, mas sim a massa muscular!
46. Tempo de espera para conduzir “ Já posso conduzir, não bebo nada há 1 hora” Os níveis de alcoolémia no sangue são resultantes de 3 factores: velocidade de esvaziamento gástrico; volume de repartição corporal; a metabolização do álcool pelo fígado (0,5-1g/Kg/dia) e a eliminação pela urina, transpiração e respiração (do álcool não transformado). Em jejum 15’ a 20’ após a ingestão de álcool, a concentração no sangue é de 75% do valor que foi ingerido, sendo máxima ao fim de 45’. Exemplo: 1 l de vinho a 10º num homem de 70 Kg, provoca ao fim de 45’ uma taxa de alcoolémia de 1,63 g/l. A anulação desta alcoolémia faz-se lentamente e são necessárias 11 a 16 horas para eliminar completamente o álcool do sangue.
47. Café para diminuir a embriaguez “Para ficar sóbrio bebo muito café...” Café, longas caminhadas ou ar fresco não alteram a taxa de metabolização do álcool ou o nível de intoxicação. Estimulantes como o café, tem um efeito contrário ao álcool que actua como depressor, a nível cerebral. O considerar-se sóbrio pode ser perigoso se o indivíduo está muito alcoolizado, pois os seus reflexos continuam a ser lentos.
48. Álcool disfarçado “Não sinto o sabor a álcool nesta bebida, não me pode embriagar” O impacto do álcool no organismo não é afectado pela sua mistura com outras bebidas não alcoólicas, como por exemplo sumos de fruta, apenas se verifica uma diminuição da sua concentração. O consumo destas bebidas deve ser consciente do seu real teor alcoólico.
49. Só Cerveja “Vou só beber uma cerveja ... Vou conduzir” Uma cerveja a 6º (250 ml) tem 12g de álcool o que é equivalente a 150ml de vinho a 10º e a 40ml de aguardente a 40º. Uma mulher de 45 Kg, bebendo uma cerveja fica com uma taxa de alcoolémia de 0,44 g/l !