MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
Lição 3 ebd- a santissima trindade
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5. A doutrina da Trindade é a
verdade mais crucial do
pensamento cristão, mas como
conciliar o monoteísmo revelado
no Antigo Testamento com a
divindade de cada pessoa da
Trindade? Esse é o enfoque da
presente lição.
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7. I - CONSTRUÇÕES BÍBLICAS TRINITÁRIAS
1. A unidade na Trindade (1 Co 12.4-6)
Uma leitura superficial dessa passagem pode levar
alguém a argumentar que o texto não diz que cada uma
dessas pessoas é Deus, como costumam fazer
determinados grupos tidos como cristãos.
O apóstolo Paulo se refere à Trindade usando outra
linguagem. Ele afirma a unidade de Deus, uma só
essência e substância, em diversidade de manifestações
de cada Pessoa distinta.
E declara que o Espírito é o mesmo, o Senhor é o
mesmo e o Deus Pai é o mesmo. É a unidade na
diversidade.
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10. 3. O Deus trino e uno revelado (Ef 4.4-6).
Temos aqui a diversidade de operações e funções
na unidade de Deus.
É Deus quem nos chama por meio do Espírito
Santo. Jesus é o nosso Senhor, a fonte de nossa fé
e esperança.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são iguais em
poder, glória e majestade, que subsistem desde a
eternidade em uma só substância indivisível, mas
manifestos na história salvífica em formas
pessoais e funções distintas (1 Pe 1.2).
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13. 2. A Trindade
A Trindade está presente na Bíblia desde o Antigo Testamento
(Gn 1.26; 3.22; Is 6.8).
O Senhor Jesus apresenta o Pai e o Espírito Santo num tipo de
relacionamento "eu, tu ele" (Jo 16.7-16).
Antes de sua ascensão ao céu, Jesus mandou que os discípulos
batizassem "em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo"
(Mt 28.19). Essa é a passagem bíblica mais contundente em
favor da Trindade.
Temos aqui um conceito trinitário muito claro e vívido. Trata-se
de um resumo da realidade divina ensinada durante seu
ministério acerca de si mesmo e do Pai (Mt 11.27) e do Espírito
Santo (Mt 12.28).
A Igreja, desde a antiguidade, resume essas passagens bíblicas
na fé em um só Deus que subsiste eternamente em três pessoas
distintas.
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15. II - O DEUS TRINO E UNO
• 1. Uma questão crucial
• A Bíblia mostra com clareza meridiana a divindade do Filho: "e
o Verbo era Deus" (Jo 1.1,14).
• Trata-se de uma divindade plena e absoluta: "porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.8,9).
• As Escrituras afirmam também que o Espírito Santo é Deus: "Não
sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?" (1 Co 3.16); e é também Senhor: "Ora, o
SENHOR é o Espírito" (2 Co 3.17, ARA).
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21. III - AS CRENÇAS INADEQUADAS
• 1. Os monarquianistas dinâmicos
• Trata-se de um movimento que surgiu após a metade do
segundo século em torno do monoteísmo cristão.
• Tertuliano, um dos líderes cristãos daquela geração, polemizou
com eles, chamando-os de monarquianistas (do grego,
monarchia, "governo exercido por um único soberano").
• Eles ensinavam que Jesus recebeu a dynamis, "poder", em
grego, por ocasião do seu batismo no rio Jordão; outros
afirmavam que Jesus se tornou divino por ocasião de sua
ressurreição.
• Todas as ideias do movimento negavam a deidade absoluta de
Jesus e contrariavam a crença desde a Era Apostólica, que
considerava Jesus "o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo
5.20). Eles são os ancestrais do arianismo.
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27. IV - RESPOSTA ÀS OBJEÇÕES ACERCA DA TRINDADE
1. Esclarecimento
Os unicistas modernos pregam que a doutrina da Trindade é
uma invenção do Concílio de Niceia, por ordem de um
imperador romano pagão.
Mas esses movimentos estão equivocados, pois mais de cem
anos antes Tertuliano já havia formulado a doutrina da
Trindade.
Além disso, o tema do referido Concílio, o Filho, reafirma a
deidade de Jesus e a sua consubstancialidade com o Pai.
O Credo não traz informação alguma sobre o Espírito Santo. O
documento aprovado em Niceia tornou-se ponto de partida, ao
invés de ponto de chegada.
A controvérsia prosseguiu por duas razões principais: a volta
do arianismo e a indefinição sobre o Espírito Santo.
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29. 2. A definição de Tertuliano
Tertuliano (em latim: Quintus Septimius Florens
Tertullianus; c. 160 — c. 220 (60 anos). Ele foi o
neologista da Igreja que criou o termo
"Trindade", na seguinte declaração: "Todos são
um, por unidade de substância, embora ainda
esteja oculto o mistério da dispensação que
distribui a unidade numa Trindade, colocando em
sua ordem os três, Pai, Filho e Espírito Santo;
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31. 3. Formulação definitiva da Trindade
Isso só aconteceu no Concílio de Constantinopla em
381, com base nos trabalhos de Atanásio que
combateram os arianistas e também os grupos
contrários à doutrina do Espírito Santo;
e com base nas obras dos chamados pais capadócios:
Basílio de Cesaréia, Gregório de Nissa e Gregório de
Nazianzo.
O Credo Niceno-Constantinopolitano reafirma o Credo
de Nicéia e define a divindade do Espírito Santo,
estabelecendo de uma vez por todas a doutrina da
Santíssima Trindade.
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34. CONCLUSÃO
•Diante do exposto, está claro que
a doutrina da Trindade é bíblica
e está presente desde o Gênesis
até o Apocalipse.