7. RESGATANDO...
-Essa obra temos a aventura do Pequeno Príncipe em seu pequeno asteroide
“B612”, onde ele tem suas aventuras com os Baobás, os vulcões e também a
Rosa.
- Conflito com a Rosa
- Encontra em seu caminho personagens bastante inusitados: O Rei, o
Bêbado, o Negociante de Estrelas, o Acendedor de Lampiões e o Geógrafo,
que recomenda conhecer a Terra.
- Chegando na Terra ele tem alguns contatos bem significantes, como a
cobra, que se oferece para ajudar, caso ele queira voltar ao seu planeta,
através de seu veneno; com um Jardim com 5 mil rosas, que gera bastante
angústia nele; e com a Raposa, que lhe trás importantes diálogos e reflexões.
8. CATIVAR
A relação que o pequeno
príncipe estabelece com a
Raposa trás então várias
reflexões, mas, acredito que
a mais importante, é quando
ele pergunta:
O QUE É CATIVAR?
9. - Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se
voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem
bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão
triste
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me
cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
10. - Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho - Que quer
dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem
incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa
interessante que eles fazem. - Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer
dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa
"criar laços.
- Criar laços?
11. - Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim
senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros
garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens
também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de
uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me
cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim o único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma
flor... Eu creio que ela me cativou ...
- É possível, disse a raposa.
12. - Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens
me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens
se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco.
Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de
sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente
dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da
terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse
música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu
não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo
não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens
cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me
tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de
ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
13. - Por favor... CATIVA-ME, disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho
muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a
conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a
raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa
alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não
existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, CATIVA-ME!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás
primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te
olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A
linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te
14. CATIVAR
Cativar é fazer com que uma coisa deixe de ser o seu
comum numa massa de elementos iguais, para ter um
valor único.
Quando vamos falar desse “valor único” estamos falando
de sentimentos.
Segundo a visão da raposa, então, Cativar se baseia em
algo que está naturalmente no coração dos seres
humanos e que isso pode ser construído, ampliado,
desenvolvido para incluir outras pessoas, para incluir
outros interesses, para incluir outros valores à nossa
vida.
Então cativar tem a ver com isso: tirar da massa comum
do qual as coisas pertencem para lhe dar um elemento
15. E COMO COMEÇAR A CATIVAR?
A raposa também dá
uma dica em relação a
isso...
16. No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa.
Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três
eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando,
mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei
inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se
tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de
preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
17. - É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o
que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma
hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo,
possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da
aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou
passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer
dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
18. RITOS
* O rito é uma construção;
* A entrega tem que ter um sentido que você compreenda e
que tenha que ter uma motivação de coração, que gira em
torno de uma ação totalmente prática, para que as coisas vão,
pouco a pouco, fazendo cada vez mais sentido.
* Ritos são necessários para se construir relações humanas,
para adequadamente nos conhecermos uns aos outros, para
constituir uma identidade social.
19. RITOS
* Qual nossa identidade social?
* O ritual nos permite entender sabermos quem somos.
* Fazemos o que fazemos mecanicamente ou temos um rito?
* Nossa vida é exatamente um dia igual ao outro?
* Qual o sentimento que colocamos naquilo que fazemos e
vivemos no dia a dia?
20. E a raposa recomenda ao pequeno príncipe:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única
no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei
presente de um segredo.
21. E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples:
só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os
olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o
principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão
importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o
principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas
tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente
responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela
rosa...
22. O ESSENCIAL É INVISÍVEL PARA OS
OLHOS...
* Enfim, essa obra nos trás um grau de consciência sobre
exemplos importantes: SINGELEZA, CARINHO, AFETO...
* Podemos aprender com a obra, que temos diversos
desafios (individuais, grupais, coletivos) diários.
* Precisamos voltar a nos conectar com a sabedoria..
precisamos aprender a criar laços, ritmo e esforço...
* Cativar = qualificar nosso tempo.. fazer um ritmo de
momentos que nos fazem melhores.
* Precisamos criar elos entre as pessoas..
23. A partir dessa obra, o
que podemos, então,
levar para nossas
práticas diárias?
28. DOM HELDER CÂMARA
“Quando dou comida aos pobres, me
chamam de santo. Quando pergunto
porque eles são pobres, chamam-me de
comunista”.
29. DOM HELDER CÂMARA
* Foi um religioso, bispo católico e arcebispo emérito de Olinda e
Recife. Ficou conhecido internacionalmente pela defesa dos
direitos humanos. Recebeu diversos prêmios, entre eles, o
Prêmio Martin Luther King, nos Estados Unidos e o Prêmio
Popular da Paz, na Noruega.
* Publicou 23 livros, sendo 19 deles traduzidos para 16 idiomas.
Recebeu 30 títulos de Cidadão Honorário, 28 de cidades
brasileiras, um da cidade de São Nicolau, na Suíça em 1985, e
outro de Rocamadour, na França em 1987. Ao todo foram 716
títulos de homenagens e condecorações. No final da década de
90, com o apoio de diversas instituições filantrópicas, lançou
oficialmente a campanha “Ano 2000 Sem Miséria”.
* A Lei nº 13 581, de 26 de dezembro de 2017, declarou Dom
Helder Câmara como Patrono Brasileiro dos Direitos Humanos.
30. DOM HELDER CÂMARA
* A principal contribuição de Dom Helder com a Educação,
e fazendo ponte com a metodologia de Paulo Freire, foi a
EDUCAÇÃO LIBERTADORA, que estabelecia que os trabalhos
nas Comunidades Eclesiais de Base estivessem baseados na
AÇÃO, REFLEXÃO E ORAÇÃO. * Para ele o trabalho realizado
nas comunidades deveria gerar um processo de
transformação, que consistia na criação de uma sociedade
justa para homens, mulheres, crianças e idosos.
* Um aspecto relevante no trabalho nessas comunidades era
que todos os que iam trabalhar para o povo não iam
trabalhar para o povo, mas trabalhar com o povo: todos
aprendiam, ensinavam e vivenciavam os problemas e juntos
procuravam propor soluções para os problemas
apresentados.
31. DOM HELDER CÂMARA
* Para Dom Helder, as trocas de informações entre o povo das
comunidades e os que iam trabalhar eram a alma dessa ação
comunitária, que tornava todos educadores, cada um com sua
peculiaridade e sua experiência de vida.
* Para Dom Helder, “o verdadeiro educador é muito mais quem
um despertador. É alguém que vem acordar aquilo que está
meio adormecido dentro de nós”.
* No trabalho político educacional de Dom Helder nas CEBs, o
educar tinha um senso comunitário; as pessoas não agiam como
indivíduos isolados, mas como membros de um grupo, em
33. PAULO FREIRE
“Transformar os alunos em objetos
receptores é uma tentativa de controlar o
pensamento e a ação, leva homens e
mulheres a ajustarem-se ao mundo e inibe
o seu poder criativo.”
34. PAULO FREIRE
* Educador e pedagogo pernambucano que ganhou atenção na década de
1950. Ele recebeu o título de patrono da educação brasileira em 2012 e
foi o brasileiro mais homenageado da história por títulos de Doutor
Honoris Causa . O educador recebeu 48 desses títulos de universidades
brasileiras e estrangeiras, além de ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz
em 1995 e ganhar o prêmio de Educação para a Paz da Organização das
Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (UNESCO) em 1986.
* Paulo Freire é um dos intelectuais brasileiros mais referenciados do
mundo — está entre os 100 mais citados em estudos e o seu livro mais
famoso, Pedagogia do Oprimido, é a terceira obra mais citada em
trabalhos acadêmicos da área de humanas.
* Ao redor do globo, o educador é tido como referência mundial em
qualidade de ensino e já foi homenageado em diversos países. O Centro
Paulo Freire Finlândia é um espaço dedicado à discussão da obra do
escritor brasileiro. Há também centros de estudos semelhantes em
35. PAULO FREIRE
* Professor de língua portuguesa, Freire aplicou, em 1963,
um método próprio de alfabetização em Angicos, cidade do
interior do Rio Grande do Norte. O projeto foi um sucesso,
conseguindo alfabetizar 300 adultos em um tempo muito curto
(45 dias), partindo do conhecimento prévio que essas pessoas já
possuíam. Por conta dos resultados eficazes, o governo brasileiro
— que estava realizando as Reformas de Base — aprovou a
multiplicação dessa primeira experiência em um Plano Nacional
de Alfabetização.
* Em 1964, meses após a implementação do Plano Nacional de
Alfabetização, a ditadura militar extinguiu o projeto pois
enxergou na filosofia freireana um risco de revolta, já que Freire
acreditava na educação como ferramenta de transformação social
e como forma de reconhecer e reivindicar direitos. Freire foi preso
36. PAULO FREIRE
* A metodologia de Paulo Freire consiste em uma maneira de
educar conectada ao cotidiano dos estudantes e às
experiências que eles têm - e por isso, também ligado à
política, especialmente porque Freire trabalhou com a
alfabetização de adultos.
* Sua filosofia baseia-se no diálogo entre professor e aluno,
procurando transformar o estudante em um aprendiz ativo.
* Nesse sentido, ele criticava os métodos de ensino em que o
professor era tido como o detentor de todo o conhecimento,
e o aluno apenas um “depositório” - o que ele chamava de
“educação bancária”.
37. PAULO FREIRE
* Em seu livro Pedagogia do Oprimido, Freire coloca o papel
da educação como um ato político, que liberta os indivíduos por
meio da “consciência crítica, transformadora e diferencial, que
emerge da educação como uma prática de liberdade”.
* Ele defende uma educação que incentive a criticidade do aluno,
indo além do português e da matemática.
“Não existe tal coisa como um processo de educação neutra.
Educação ou funciona como um instrumento que é usado para
facilitar a integração das gerações na lógica do atual sistema e
trazer conformidade com ele, ou ela se torna a ‘prática da
liberdade’, o meio pelo qual homens e mulheres lidam de forma
crítica com a realidade e descobrem como participar na
transformação do seu mundo.”
38. PAULO FREIRE
* Em seu livro Pedagogia da Esperança, Freire diz que “os
professores não são iguais aos alunos”.
* Sua tentativa de aproximar a relação entre professor e aluno
não seria, segundo os que o defendem, um empecilho para uma
boa dinâmica de aula, mas um combate ao autoritarismo que
alguns professores usam e às táticas de disciplina baseadas no
medo e nas ameaças.
“O professor que desrespeita a curiosidade do educando, (…) que
ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que ‘ele se ponha em
seu lugar’ ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto
quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever
de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de
39. EDUCAÇÃO LIBERTADORA
- A Educação é um processo de formação voltada para a
intervenção social que deve a todo momento nos fazer refletir:
Qual o objetivo daquilo que ensino?
- Para Paulo Freire e Dom Helder, a educação deve ser vista e
entendida como forma de transformação no mundo: É
NECESSERÁRIO AGIR PARA TRANSFORMAR A REALIDADE QUE SE
VIVE.
- Vivemos um momento de crise educacional, onde se perdeu a
questão da importância da formação humana...
- Há necessidade de uma discussão mais profunda sobre o papel
da educação, sobre o papel do profissional da educação e sobre
como lidar com a criança e adolescente.
40. APONTAMENTOS A PARTIR DE
PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO
LIBERTADORA
* Educação a partir de uma preocupação
* Educação como um processo de conscientização
* Possibilitar que as pessoas tenham acesso a um
entendimento, principalmente a partir de sua própria
experiência. (Ensinar a partir daquilo que faz parte do
próprio cotidiano)
* Uma educação preocupada com que as pessoas tenham
uma consciência e um entendimento de um mundo, da vida e
da sociedade a qual ela vive.
41. APONTAMENTOS A PARTIR DE
PAULO FREIRE PARA A EDUCAÇÃO
LIBERTADORA
* Pedagogia da pergunta = eu preciso saber das coisas...
* Baseada na participação ativa do educando
* Todo educando tem e traz seu próprio conhecimento.
* As pessoas precisam ter o seu “poder de fala” garantido.
* O aluno precisa se sentir sujeito da história e não objeto da
história.
* O educador tem que rever suas práticas pedagógicas no
decorrer de sua vida educacional.
42. APONTAMENTOS A PARTIR DE D.
HELDER CÂMARA PARA A
EDUCAÇÃO LIBERTADORA
* Precisamos ser profissionais que se preocupam com os
“pequeninos” (os excluídos, os oprimidos)
* Trabalhar na educação é não deixar de ter ESPERANÇA
* Para ser educador tem que ter ESPERANÇA e UTOPIA
43. “TUTTI FRATELLI” – PAPA
FRANCISCO
* A encíclica “Fratelli tutti” traça um percurso para a
fraternidade universal e a amizade social.
44. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
1. As sombras dum mundo fechado:
O primeiro passo é compreender alguns aspectos da
realidade que vivemos; uma realidade dura, de exclusão,
violências e falta de fraternidade, mas que não deve nos
fazer perder a esperança.
“A esperança é ousada, sabe olhar para além das
comodidades pessoais, das pequenas seguranças e
compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos
grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna.
45. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
2. Um estranho no caminho
Para esse percurso, o Papa Francisco nos convida a seguir o
exemplo do Bom Samaritano:
“Hoje temos à nossa frente a grande ocasião de expressar o
nosso ser irmãos, de ser outros bons samaritanos que
tomam sobre si a dor dos fracassos, em vez de fomentar
ódios e ressentimentos. Como o viandante ocasional da
nossa história, é preciso apenas o desejo gratuito, puro e
simples de ser povo, de ser constantes e incansáveis no
compromisso de incluir, integrar, levantar quem está caído”
46. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
3. Pensar e gerar um mundo aberto
No terceiro capítulo, o Papa Francisco nos exorta a romper o
egoísmo e o individualismo para viver a dimensão do amor
universal:
“Assim, nos dinamismos da história – independentemente da
diversidade das etnias, das sociedades e das culturas –,
vemos semeada a vocação a formar uma comunidade feita de
irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos
outros” [96].
47. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
4. Um coração aberto ao mundo inteiro
A construção da fraternidade – entre as pessoas e entre os
países – passa pela acolhida e pelo respeito às diferenças
para um intercâmbio sadio e enriquecedor:
“Esta abordagem exige, em última análise, que se aceite com
alegria que nenhum povo, nenhuma cultura, nenhum
indivíduo, pode obter tudo de si mesmo. Os outros são,
constitutivamente, necessários para a construção de uma
vida plena” [150].
48. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
5. A política melhor
“Para se tornar possível o desenvolvimento de uma
comunidade mundial capaz de realizar a fraternidade a partir
de povos e nações que vivam a amizade social, é necessária
a política melhor, a política colocada ao serviço do
verdadeiro bem comum” [154].
Para o Papa Francisco, a política não pode se restringir ao
que dita o mercado, mas deve pautar-se na caridade, na
proteção aos mais fragilizados e no bem do povo.
49. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
6. Diálogo e amizade social
A comunicação, baseada na verdade, na disponibilidade para
a escuta e na fraternidade, também é tratada na encíclica:
“O diálogo perseverante e corajoso não faz notícia como as
desavenças e os conflitos; e, contudo, de forma discreta, mas
muito mais do que possamos notar, ajuda o mundo a viver
melhor” [198].
50. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
7. Percursos dum novo encontro
Neste capítulo, somos convidados a ser artesãos da paz,
promovendo o diálogo, defendendo a justiça e
compreendendo o significado do perdão:
“A verdadeira reconciliação não escapa do conflito, mas
alcança-se dentro do conflito, superando-o através do
diálogo e de negociações transparentes, sinceras e pacientes.
A luta entre diferentes setores, ‘quando livre de inimizades e
ódio mútuo, transforma-se pouco a pouco numa
51. “TUTTI FRATELLI” –
PRINCIPAIS TÓPICOS
8. As religiões ao serviço da fraternidade no mundo
Por fim, o Papa Francisco condena os conflitos promovidos
em nome das confissões religiosas, e afirma que um caminho
de paz entre as religiões, por meio do diálogo, é possível e
necessário:
“As várias religiões, ao partir do reconhecimento do valor de
cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho ou
filha de Deus, oferecem uma preciosa contribuição para a
construção da fraternidade e a defesa da justiça na
52.
53. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- A principal reflexão desta CF é para que possamos olhar a
EDUCAÇÃO DE FORMA INTEGRAL, sobretudo com os desafios
agravados, ainda mais, pela pandemia sanitária da Covid-19.
- Objetivo Geral: Promover diálogos a partir da realidade
educativa do Brasil, à luz da fé cristã, propondo caminhos em
favor do humanismo integral e solidário.
Para alcançar esse objetivo, é necessário “trilhar” um
caminho, ou seja, entender os objetivos específicos da CF
2022, que são:
54. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
1. Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus
desafios potencializados pela pandemia.
2. Verificar o impacto das políticas públicas na educação.
3. Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da
Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora na
perspectiva do Reino de Deus.
4. Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da
sociedade no processo educativo, com a colaboração dos
educadores e das instituições de ensino.
55. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
5. Incentivar propostas educativas que, enraizadas no
Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do
transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa
comum.
6. Estimular a organização do serviço pastoral junto a
escolas, universidades, centros comunitários e outros
espaços educativos, em especial das instituições católicas de
ensino.
7. Promover uma educação comprometida com novas formas
de economia, de política e de progresso verdadeiramente a
56. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- Educar é estimular a capacidade de aprendizagem, é exercitar
essa belíssima capacidade, própria de nós, seres humanos.
- A vida ensina, a família ensina, a escola ensina, uma boa
amizade também ensina... Por fim, é preciso aprender, de fato,
com a beleza da vida.
- O convite da CF 2022, é que, durante suas reflexões, pense
sobre a importância do papel da educação na vida das pessoas e
se pergunte: como é que nós podemos, por meio de uma prática
Cristã, ajudar a transformar esse cenário que desafia a todos nós?
- A educação nos salva de diversas formas de pobreza e também
da pobreza espiritual e existencial.
57.
58. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
A educação reconduz o coração, reorienta a vida, olha a
pessoa nas suas circunstâncias e na sua singularidade,
anuncia a verdade...
- o Tradicional método da CF, “Ver, Julgar e Agir”, é
apresentado no texto-base a partir das pedagogias do Papa
Francisco: “Escutar, discernir e agir”.
- Porque escutar? A escuta faz parte da nossa consciência de
mundo. Escutar é muito importante. Ver a realidade, mas
também escutar aqueles que estão sofrendo os grandes
59. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- O que devemos escutar, de fato, ao responder (ou buscar
respostas) sobre essa pergunta:
“O que a pandemia da covid-19 revelou da nossa cultura no
que diz respeito à educação?”
60. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- Pensar a educação é pensar para além de uma carreira
profissional, que é muito importante, é pensar a educação para
além do ensino técnico-científico, que também é muito
importante. Pensar na educação integral é também pensar na
educação para os valores da vida, nos valores humanos. Pensar a
educação de forma integral, para que ela possa gerar um mundo
novo.
- Daí a importância da educação, que ela ajuda a restituir a
dignidade da vida humana. É conduzir a pessoa à consciência de
si mesma. É exercitar esse olhar de compaixão, o coração de
61. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- No momento do discernir, apresentada no texto-base da
CF, ilumina aquela realidade que nós escutamos, a partir do
Evangelho, a partir de Jesus, visto como Divino Mestre,
Divino Educador, que educa pela qualidade da sua presença.
A força de sua Palavra educa e por isso transforma. O seu
jeito de educar, pelas parábolas, pelos exemplos, pela
proximidade, pela verdade... reconduzindo os corações a
uma vida nova, nos ajudando a compreender a beleza da
vida, vivendo entre as coisas que passam, mas buscando
aquelas que não passam, as coisas eternas.
62. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- A tradição da Igreja, nesse contexto educacional, trás
reflexões para que nós possamos rever também qual é o
papel das instituições de ensino, da sociedade, da Igreja e,
principalmente, a tarefa educativa das famílias.
As famílias que, muitas vezes, foram alijadas (foram
“desobrigadas”) da sua missão devem assumir um
protagonismo também no horizonte educacional, pensando
para além do aspecto técnico-científico, mas pensando a
educação de forma integral, a um papel irrenunciável e
intransferível da família no processo educacional.
63. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- Sobre o momento do agir: É preciso pensar em iniciar
processos que possam contribuir para uma educação melhor
em todos os âmbitos.
- É preciso, por isso, pensar em projetos de vida, resgatar a
construção de projetos de vida, mas em relação à sociedade.
- Um projeto de vida que ajude a construir uma sociedade
melhor a partir dos valores cristãos/humanizados.
64. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
E a grande pergunta é justamente essa:
É POSSÍVEL UMA NOVA REALIDADE PARA A EDUCAÇÃO?
65. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança.
- Hoje, essa aldeia é composta de diversos atores, cada um com
seu papel, com sua a importância, mas todos com os olhos fixos
naquela que é a proposta principal: a vida e a vida em
abundância.
- Para que a vida plena possa ser realidade, é preciso então um
caminho educacional, que olhe para as diversas realidades,
sobretudo dos mais pobres, que pense na escola, que pense na
educação básica, que inicie processos de transformação, então,
da realidade.
- O processo a que se propõe então é esse: Pensar realmente qual
66. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- Por fim, a partir dessa reflexão e trabalho da CF de 2022, é
importante que não nos esqueçamos: Educar é muito mais
do que transmitir conhecimento.
- Educar é suscitar, é despertar esse interesse pela
aprendizagem e acompanhar esse interesse com a qualidade
da nossa presença.
- É preciso educar em vista da cultura do encontro, para que
a gente possa superar aquela crise do compromisso
comunitário. É preciso, então, educar.
67. “FRATERNIDADE E
EDUCAÇÃO”
FALA COM SABEDORIA, ENSINO COM AMOR
(CF2022)
- Por fim, a partir dessa reflexão e trabalho da CF de 2022, é
importante que não nos esqueçamos: Educar é muito mais do que
transmitir conhecimento.
- Educar é suscitar, é despertar esse interesse pela aprendizagem
e acompanhar esse interesse com a qualidade da nossa presença.
É preciso educar em vista da cultura do encontro, para que a
gente possa superar aquela crise do compromisso comunitário. É
preciso, então, educar. A educação, ela abrange pertencimento.
Educar é servir, e o verdadeiro serviço da educação é a educação
a serviço do próximo. Educar é um ato de amor e de esperança no
68. “EDUCAR É UM ATO DE
AMOR E DE ESPERANÇA
AO SER HUMANO”
AQUI, SE COUBER E SE DER TEMPO, FAZER A ATIVIDADE 02 PROPOSTA NO ROTEIRO (06 GRUPOS REFLETINDO E RESPONDENDO PERGUNTAS).
PARA INTRODUZIR A ATIVIDADE, FALAR UM POUCO SOBRE O CENÁRIO DA EDUCAÇÃO TANTO NO BRASIL QUANTO EM NOSSA REALIDADE LOCAL..
- Cartaz da CF: é inspirado no Evangelho de João, Capítulo 8, dos versículos 1 a 11. Aqui mostra Jesus que educa todos os envolvidos nessa realidade, uma educação que vai além da sala de aula, mas acontece no coração da vida.
Aquela mulher, surpreendida em flagrante adultério, é levada até Jesus, que, com um olhar misericordioso, uma presença de ternura, é capaz de acolher, reorientar e reconduzir a vida daquela mulher.
“Aquele que não tiver pecado, seja o primeiro a atirar uma pedra”. E o final da história, nós sabemos, é muito bonito, Jesus então convida para que ela possa iniciar um novo caminho: “Vai e, de agora em diante, não peque mais.”