Este estudo analisa a parábola do administrador desonesto em Lucas 16:1-9. A parábola trata de um administrador que desperdiçava os bens de seu patrão e foi demitido, mas conseguiu assegurar sua sobrevivência futura perdoando dívidas de outros. Embora a ação do administrador pareça desonesta, Jesus elogia sua astúcia em cuidar de si mesmo. O estudo explica que a parábola na verdade ensina sobre administrar recursos de forma a ganhar amigos para o reino de De
1. Estudo PGs 24/09/2015
Tema: As parábolas do Mestre
Estudo 14: A parábola do administrador desonesto
O ensino
Jesus disse aos seus discípulos:
"O administrador de um homem rico foi acusado de estar desperdiçando os seus
bens. Então ele o chamou e lhe perguntou: ‘Que é isso que estou ouvindo a seu
respeito? Preste contas da sua administração, porque você não pode continuar
sendo o administrador’.
"O administradordisse a si mesmo: ‘Meu senhor está medespedindo. Que farei?
Para cavar não tenho força, e tenho vergonha de mendigar... Já sei o que vou
fazer para que, quando perder o meu emprego aqui, as pessoas me recebam
em suas casas’.
"Então chamou cada um dos devedores do seu senhor. Perguntou ao primeiro:
‘Quanto você deve ao meu senhor? ’
‘Cem potes de azeite’, respondeu ele.
"O administrador lhe disse: ‘Tome a sua conta, sente-se depressa e escreva
cinqüenta’.
"A seguir ele perguntou ao segundo: ‘E você, quanto deve? ’
‘Cem tonéis de trigo’, respondeu ele.
"Ele lhe disse: ‘Tome a sua conta e escreva oitenta’.
"O senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu astutamente. Pois os
filhos deste mundo são mais astutos no trato entre si do que os filhos da luz. Por
isso, eu lhes digo: usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de
forma que, quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas
Lucas 16:1-9
Entendendo a parábola
A parábola do administrador desonesto é uma parábola que tem trazido muitas
interpretações ao longo dos tempos. Uma coisa que é clara é que a parábola foi
ensinada para o crescimento dos discípulos: o termo “administrador” é associado
por Lucas aos discípulos em Lc. 12.42, e por Paulo, seu mestre na fé, em 1 Co.
4.1,2, em associação ao ministério de Jesus.
A parábola, inicialmente, parece polêmica: Jesus novamente parece elogiar a
atitude desonesta de uma pessoa, acusada de desperdiçar os bens de seu
2. patrão. Preocupado com as consequências de uma possível demissão, o
administrador acaba caindo no pecado a que era acusado e falsifica os recibos
de dívida de algumas pessoas, buscando fazer amizades no processo. A atitude
do administrador de fazer amigos com as dívidas parcialmente perdoadas
merece elogios do patrão, por ter agido astutamente ao garantir benevolência
com algumas pessoas, de forma a conseguir amparo caso fosse mandado
embora.
A parábola, porém, se explica na sequência, nos vv. 9-13: O texto fala sobre a
relação do cristão com o dinheiro e as riquezas terrenas. Neste caso,
compreende-se que o homem rico é Deus, que apresenta a nós, seus servos e
administradores, alguns bens e riquezas terrenas para administrarmos para ele.
A acusação original de desperdício dos bens é contrastado com o elogio do uso
dos recursos para fazer amigos que irão receber o administrador nas moradas
eternas, indicando um uso dos recursos na obra de Deus e de evangelização
dos perdidos.
Um detalhe do texto é que a parábola não condena a utilização dos recursos
pelo administrador, mas deixa claro que há uma razão de ser de recebermos os
recursos para administrarmos: Aplicarmos eles na evangelização e na busca
pelas almas perdidas. Este é o uso mais excelente que podemos fazer dos
recursos que recebemos da parte de Deus.
A parábola em nossas vidas
1. Quem é o senhor de sua vida? O v. 13 mostra Jesus falando que não
há como o homem servir a Deus e às riquezas. Nos dias de hoje, sabemos
que a busca por uma melhora de vida, de status, leva muitas pessoas a
investirem todo o seu tempo na busca por melhores condições
financeiras, negligenciando a busca por uma vida com Deus. Faça uma
planilha com a sua divisão semanal de tempo, separando investimento na
busca profissional e investimento em outras atividades (relacionamento
com Deus, relacionamento familiar, relacionamento social). Sua vida está
balanceada? Quem é o seu senhor?
2. Cuidado com os desperdícios. Muitas pessoas não conseguem dizimar
ou ofertar na obra de Deus porque seus orçamentos não permitem.
Contudo, se fizessem uma planilha de seus gastos, perceberiam que
muito dinheiro é desperdiçado com atividades supérfluas ou não
edificantes no reino. Se você tem desejado investir no reino mas tem tido
dificuldades em ver uma folga orçamentária para isso, planilhe suas
despesas e avalie se algumas delas são realmente necessárias e se
valem a troca por algumas vidas que talvez deixaram de ser alcançadas.
3. Foco nas almas perdidas. Como igreja, precisamos ter sempre em
mente que uma das razões da igreja existir é trabalhar como uma agência
do Reino de Deus na busca daqueles que ainda não conhecem Cristo
como seu senhor e salvador. A evangelização deve estar sempre na
mente da igreja quando investir seus recursos.
Próximo estudo: A parábola da ovelha perdida (Lc. 15.1-7)