1) A parábola do servo sem misericórdia ensina que aqueles que recebem perdão de Deus devem perdoar os outros, pois Deus tratará cada um da mesma forma que tratar o próximo.
2) Nossa dívida com Deus era muito grande por causa do pecado, mas Ele nos perdoou através da morte de Jesus. Devemos perdoar os outros pelas pequenas ofensas assim como fomos perdoados.
3) A falta de perdão causa danos espirituais e físicos, como condenação
2. Leitura: Mateus - 18 - 23 : 35 Na parábola Jesus conta que o Reino do Céu é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Trouxeram um servo que lhe devia um valor muito alto, mas não tinha condição de pagar, então o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo que ele possuísse fossem vendidos para pagar a dívida. O servo prostrou-se diante do senhor e implorou: “Tenha paciência comigo que eu lhe pagarei”. O senhor daquele servo teve compaixão dele e cancelou sua dívida, e o deixou ir. Saindo, aquele servo encontrou um de seus conservo que lhe devia cem denários, ou seja, um valor muito pequeno. O servo agarrou-o e espancou-o dizendo, “Pague-me!” O conservo ajoelhou-se diante dele e disse: “tenha paciência comigo que eu lhe pagarei.” Mas ele não quis, e mandou prender-lhe até que pagasse a dívida. Quando o senhor daquele servo ficou sabendo o que havia acontecido, chamou-o e disse: “Servo mau! Cancelei suas dívidas, você deveria ter tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você”. Irado, o senhor o entregou aos torturadores até que pagasse tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial se vocês não perdoarem de coração o seu irmão. Nossa dívida era muito alta, pois “o salário do pecado é a morte” conforme Romanos 6.23. Deus cancelou nossa dívida livrando-nos da prisão eterna enviando Seu Filho para morrer na cruz. O valor da dívida era realmente muito alto. Custou o sangue de um inocente conforme I Pedro 1.18-19. Os conservos são aquelas pessoas que nos ofendem, que nos caluniam e nos perseguem, e desejam a nossa derrota, produzindo assim uma dívida para conosco. São situações em que nossa reação deve ser, sem dúvida, de perdoar e de amar estas pessoas. Analisando o caráter do servo da parábola Analisando o caráter daquele servo, podemos observar a falta de várias qualidades importantíssimas para uma vivencia cristã, como: Falta de reconhecimento – não soube reconhecer o quanto foi perdoado pelo seu senhor. A dívida do servo era de 10.000 talentos e do conservo era de 100 denários. Numa linguagem de hoje, mesmo sem nos preocupar com a exatidão do valor dos talentos e dos denários, seria como se o servo devesse 1.000.000 de reais, e o conservo devesse 100 reais. Quando não conseguimos enxergar como foi grande o perdão de Deus em nossa vida, podemos cair nesse mesmo erro e não perdoar as falhas mais insignificantes que são cometidas contra nós. Falta de humanidade – O servo parece ter tido uma memória bastante curta. Ele esqueceu que não estava preso porque seu senhor usou de muita misericórdia para com ele. Isto também é um perigo quando esquecemos quem éramos e que se hoje somos alguma coisa é pela graça infinita de Deus. Explicação da parábola: O rei da parábola contada por Jesus é o Senhor Deus. Os servos com que Ele deseja acertar contas somos nós, conhecedores de sua palavra. Acertando contas 1 2
3. Não vive o perdão – Para vivermos o perdão é necessário perdoar. O servo mesmo sendo perdoado não conseguiu fazer o mesmo com seu conservo, preferiu condená-lo. Muitas pessoas não conseguem desfrutar do perdão, e deixam que o ódio e a sede de vingança dominem o seu coração. Certa vez uma pessoa me disse: “Agora que estou em um nível importante, todos os que me humilharam vão me pagar”. Ela não viveu a benção de ter sido promovida, mas encheu-se de amargura. Se o servo tivesse perdoado o conservo ele viveria o maravilhoso perdão dado pelo seu senhor, mas, condenando seu conservo, ele condenou a si próprio. Pois quando não perdoamos os outros, condenamos a nós mesmos. 1. O que causa a falta de perdão. A falta de perdão causa terríveis danos tanto no campo espiritual como no campo físico. No campo físico, doenças como úlcera nervosa, rigidez muscular, distúrbios emocionais, tristezas constantes. E no campo espiritual os danos são maiores ainda. Vejamos alguns principais. Condenação – Quando o servo condenou seu conservo ele também se condenou (Mateus 18.35). Jesus trata diretamente conosco: “Assim também lhes fará meu Pai Celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração o irmão”. Oração não respondida – Em Marcos 11.24 Jesus disse assim: “Tudo o que pedires em oração crendo que já receberam assim lhes sucederá”. Quando lemos este texto logo pensamos que basta apenas orar e imediatamente receberemos o que pedimos. Para melhor compreendermos esse texto devemos analisar também os versículos 25 e 26. “ Quando estiverdes orando perdoai se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai que está no céu vos perdoe; mas se vocês não perdoarem, vosso Pai que esta no céu não perdoará vocês também”. Agora que analisamos o texto por completo podemos afirmar que se não perdoarmos as nossas oração não serão ouvidas por Deus. O perdão de Deus de certa forma, depende de nosso – Ao afirmar que o perdão de Deus, de certa forma depende do nosso, não estou cometendo nenhuma heresia. Na conhecida oração do Pai Nosso em Mt. 6.9-15, o próprio Senhor Jesus declara no verso 12 o seguinte: “Perdoa nossas dívidas, assim como nós temos perdoado nossos devedores”. Ao dizer isto Jesus nos ensina que seremos perdoados o quanto perdoamos. Ou seja, na mesma medida que usamos para com o outro, é que obteremos ou não o perdão. Muitas pessoas conhecedoras da Palavra não exercem o perdão, achando que Deus está contente com elas. Estas pessoas poderão ter uma surpresa desagradável no juízo final e serem condenadas. Pois quem não perdoa, não será perdoado. 2. O perdão não tem limites. Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Quantas vezes deverei perdoar ao meu irmão quando ele pecar contra mim?Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Eu lhes digo: não até sete, mas até setenta vezes sete!” (Mt 8.21-22). A pergunta que o apóstolo Pedro faz a Jesus não nos é estranha, pois constantemente perguntamos: “Até quando vou perdoar esta pessoa? Até quando ela vai abusar de minha paciência? Já estou no limitei!” Mas o que precisamos entender é que perdão não tem limites. Alguns aspectos do perdão: 3 4
4. O perdão é imerecido. A pessoa que te ofende não merece seu perdão, mas você deve perdoá-la, pois, da mesma forma, nós também não merecemos o perdão de Deus, mas mesmo assim Ele nos perdoa. Alguém já disse: “O perdão tem a enlouquecedora qualidade de ser injusto e sem mérito”. O perdão é de graça para quem recebe, mas muito dispendioso para quem dá. O perdão exige muita humildade e muito amor. Vemos claramente no perdão que Deus nos dá: para nós foi de graça, mas para Ele custou preço de sangue. 3. O perdão tem memória. A conhecida frase “quem perdoa esquece”, está equivocada, pois quando perdoamos não, necessariamente, esquecemos ou precisamos esquecer. Por exemplo, quando alguém faz um grande mal a uma pessoa, a parte ofendida pode liberar perdão, porém ela dificilmente ira esquecer o episódio, a menos que está bata a cabeça e perca a memória. Pelo contrário, quando perdoamos estas lembranças produzem uma grande alegria, paz e sentimento de Deus dentro de nós: “como foi maravilhoso ter perdoado aquela ofensa.” Ademais, quando o perdão não é liberado, as lembranças do episódio trazem ao indivíduo muito sofrimento. Perdoe! Nesta lição que acabamos de estudar, aprendemos como é perigoso não perdoar e para onde isto poderá nos levar. Entendemos que o perdão é uma necessidade. Você pode dizer: “ É muito difícil perdoar”, mas abra o seu coração, deixe o Espírito Santo entrar e tire todo orgulho e vaidade para que você possa viver a maravilhosa graça de perdoar e ser perdoado. Jesus nos orienta que não sejamos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra, (Tiago 1.22). Agora que você já sabe que o perdão é fundamental para a vida cristã, peça e libere perdão e sinta seu tremendo pode reconciliador. Só para perdoar é que devemos pensar nas pessoas que nos fazem sofrer. Tenhamos certeza de que Deus serve-se delas para nos exercitar a humildade e a paciência. Um dia veremos como foram úteis os que nos maltrataram. 5 6 Adaptação Prof. Ramón Zazatt http://www.homerzatt.blogspot.com/