Tema do 29º Domingo do Tempo Comum - Ano A
A liturgia do 29º Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir acerca da forma como devemos equacionar a relação entre as realidades de Deus e as realidades do mundo. Diz-nos que Deus é a nossa prioridade e que é a Ele que devemos subordinar toda a nossa existência; mas avisa-nos também que Deus nos convoca a um compromisso efectivo com a construção do mundo.
O Evangelho ensina que o homem, sem deixar de cumprir as suas obrigações com a comunidade em que está inserido, pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.
A primeira leitura sugere que Deus é o verdadeiro Senhor da história e que é Ele quem conduz a caminhada do seu Povo rumo à felicidade e à realização plena. Os homens que actuam e intervêm na história são apenas os instrumentos de que Deus se serve para concretizar os seus projectos de salvação.
A segunda leitura apresenta-nos o exemplo de uma comunidade cristã que colocou Deus no centro do seu caminho e que, apesar das dificuldades, se comprometeu de forma corajosa com os valores e os esquemas de Deus. Eleita por Deus para ser sua testemunha no meio do mundo, vive ancorada numa fé activa, numa caridade esforçada e numa esperança inabalável.
As violações das leis do Criador (material em pdf)
Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
1.
2. O Cristão é um cidadão
como todos os outros:
desfruta dos mesmos
direitos e tem
os mesmos deveres.
E os impostos,
ele é obrigado a pagar?
As Leituras nos dão
uma resposta...
Na 1ª Leitura,
um rei pagão foi
"instrumentos de Deus"
para libertar
seu povo
da escravidão
da Babilônia.
(Is 45,1.4-6)
3. Ciro, Rei da Pérsia, foi um excelente comandante e político iluminado.
Conquistou todos os impérios do oriente, inclusive a Babilônia.
No ano 538, depois de conquistar a Babilônia,
permitiu os judeus voltarem à própria terra e
começarem a reconstruir o templo e a cidade de Jerusalém.
O profeta chama o rei pagão de "ungido do Senhor".
Ciro torna-se instrumento de Deus, mesmo sem o conhecer,
sem mesmo ser membro do povo da Aliança.
4. * O texto sugere que Deus é
o verdadeiro "Senhor da História"
e que é ele quem conduz
a caminhada do seu Povo.
Deus pode se servir
de qualquer pessoa
para realizar seus projetos.
Pode se servir de dirigentes
até sem religião,
desde que sejam competentes,
honestos e saibam promover
o bem-estar e a paz.
- O contrário também
pode acontecer:
Nem toda pessoa "religiosa"
e bem intencionada
tem a necessária competência
para uma função pública.
5. Na 2ª Leitura,
Paulo louva o Senhor,
porque a Comunidade
de Tessalônica
abraçou
com entusiasmo
o Evangelho,
e pela ação
do Espírito Santo,
deu frutos de fé,
de amor e
de esperança.
(1Tes 1,1-5b)
É a carta mais antiga
de São Paulo.
6. No Evangelho, Jesus responde a uma pergunta política. (Mt 22,34-40)
Discípulos dos fariseus e herodianos, favoráveis ao poder romano,
fazem uma pergunta capciosa:
"É permitido ou não pagar o TRIBUTO a César?"
- Se dissesse SIM: apareceria como colaborador dos romanos.
Se dissesse NÃO: seria denunciado subversivo às autoridades.
- Jesus percebe a armadilha. Pede uma moeda e pergunta:
7. "De quem é essa imagem?
"Dai pois a César
o que é de César..."
e acrescenta:
"...e a Deus
o que é de Deus"
+ "Dar a César
o que é de César e
a Deus o que é de Deus"
"Dar" significa aqui
"devolver" a cada um
o que lhe pertence.
Não deve dar a César
o que não lhe pertence:
a ADORAÇÃO,
devida unicamente a Deus
(não aos imperadores...).
8. Jesus não nega o pagamento do tributo imperial.
O amor a Deus não tira as obrigações para com a nação.
Mas questiona a pretensão de César de se nivelar a Deus
e exigir dos súbditos culto só devido a Deus.
A resposta reduzia César às suas devidas dimensões.
9. + Um Perigo: Tirar o lugar de Deus.
- Uns reconhecem a autoridade do império,
por isso servem aos interesses dele, pagando o imposto;
- Outros querem reconhecer a autoridade de Deus,
mas deixam de lado o que é de Deus.
10. O dinheiro, o poder,
o êxito, a realização
profissional,
a ascensão social,
o clube de futebol…
podem tomar
o lugar de Deus
e passam a dirigir
e a condicionar
a vida de muitas
pessoas.
* Deus é, de fato,
nosso único
"Senhor",
a quem servimos?
11. + Conclusões da resposta de Jesus:
- "Dar a César..." (a imagem de César)
O Cristão tem obrigações com a Sociedade em que vive.
Nenhum país funciona se a população não der a César
o que é de César... O cristão deve ser um bom cidadão.
É uma obrigação moral, além de civil, contribuir
para o bem comum com o pagamento de impostos justos.
12. - "Dar a Deus"
(o homem foi criado
à "imagem" de Deus)
Por isso, seus direitos e
sua dignidade devem ser
respeitados por todos.
Nós somos o "seu Povo",
que não pode ser vendido
a nenhum César.
Se tiramos de Deus
o que lhe pertence,
devemos "devolver".
Só Deus é o "Senhor"
de nossa vida...
13. Participar na Vida e Ação
Evangelizadora e Missionária
da Igreja...
A Igreja no Brasil nos pede
que todos devemos:
"EVANGELIZAR, no Brasil
cada vez mais urbano, pelo
anúncio da Palavra de Deus,
formando discípulos e
discípulas de Jesus Cristo,
em comunidades
eclesiais missionárias,
à luz da evangélica opção
preferencial pelos pobres,
cuidando da Casa Comum
e testemunhando o Reino
de Deus rumo à Plenitude".
(DGAE 2019-2023)
- Dar à Comunidade cristã (como membro vivo e atuante):
14.
15. Colaborar pela sua manutenção, com o DÍZIMO...
A Bíblia fala e condena os que "sonegam" o tributo do templo...
Estamos, de fato, dando a César o que é de César
e a Deus o que é de Deus?
Não podemos "sonegar" o nosso tributo
nem a Deus, nem à Nação, nem à Comunidade...
Pe.AntônioGeraldoDallaCostaCS - 18.10.2020
16. Meditada por:
Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS
MEU DOMINGO
Com a Palavra de Deus
http://www.buscandonovasaguas.com
Ilustração: Nelso Geraldo Ferronatto
Música: É o Dizimo, Senhor
Pe. José Freitas Campos
CD: Dízimo é partilha