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O SÉTIMO SELO-FILME 
Ingmar Bergmann 
“Os sete selos do Apocalipse” 
“Todos os dias são iguais; não há nada de diferente”. 
“A fé é uma aflição dolorosa”. “O amor nada mais é do que uma luxúria”. 
“Nunca vou ter respostas”- pelo fato de questionar. 
“Deus está em algum lugar, deve estar”. 
“ Que seria do homem sem a fantasia”? 
Sagrada família. 
Comentário do filme: O Sétimo Selo (1957). 
Bergmann utiliza-se de elementos da cultura medieval, para falar de suas 
angustias, recalques, problemas o pai dele, etc. 
O filme trata também das questões do pós-guerra como também das dificuldades 
que as pessoas estavam enfrentando naquele momento; os desafios que estavam tendo 
que enfrentar... as angustias, conflitos,etc. 
Outro aspecto interessante do filme é a viagem: começa no mar e, o filme 
termina no mar. 
A morte também, é outra realidade que está muito presente no filme. 
Jogo de xadrez: jogo do poder, jogo da morte: ninguém quer perder. 
-“Pintor da morte”: dança macabra. 
-Jogar xadrez: tentativa de ludibriar a morte. 
Sagrada família: é única que salva; com a simplicidade e a ingenuidade 
sobressai. 
Na idade média, a ideia é de realização da paz e não de organização como nós 
pensamos hoje.
Floresta: lugar do medo da insegurança, do conflito; o chapeuzinho vermelho foi 
atacado na floresta. 
(Google.com. br pesquisado em 28/09/2013): “Ernest Ingmar Bergmann foi 
dramaturgo e cineasta sueco. Estudou na universidade de Estolcomo, onde se interessou 
por teatro e, mais tarde, por cinema. Iniciou a carreira em 1941 escrevendo a peça 
teatral “morte de Kasper”. 
Nascimento: 14/07/1918- Uppsala, Suécia. Falecimento: 30/07/2007-Faro, 
Suécia.Filhos: Linn Ullmann, Anna Bergmann, Eva Bergmann, Daniel Bergmann, Mets 
Bergmann, Lena Bergmann, Maria Von Rosen, Jean Bergmann e Ingmar Bergmann 
Júnior. 
Prêmios: Palma de Ouro, oscar de melhor filme estrangeiro, Urso de Ouro, etc. 
Indicações: oscar de melhor filme, Oscar de melhor diretor, etc. Filmes: vários. 
“O Sétimo Selo” (1957)- Bergmann ambienta uma história no século XIV, para 
obviamente falar do tempo nuclear do pós-guerra. O mundo visto pelo cavaleiro, 
interpretado por Marx Von Sydow é um tema devastado pela peste, pela intolerância 
religiosa. Um mundo obscuro, no qual a luz vê apenas de uma humilde família de saltin 
bancos, como a dizer que a redenção (se alguma é possível), só virá através da arte. Mas 
a morte é o limite implacável e ela joga seu xadrez com o cavaleiro, que luta no partida 
perdida de antemão. Política e metafísica, aqui, comparecem e interagem. 
Ele fez outros filmes: Mônica e o desejo (1952), Morangos Silvestres (1957), O 
silêncio (1962), Persona (1966), Gritos de sussurros (1978), Fanny e Alexander (1982) e 
Sarabend (2003) (Google, 28/09/2013).Também a enciclopédia La russ cultural v.4, 
p.79, Abril Cultural, 1998 diz: “Ingmar Bergmann cineasta e diretor de teatro sueco 
(Uppsala, 1918). Desenvolveu ao mesmo tempo duas atividades artísticas 
complementares ( de um lado, a encenação de peças teatrais balés e óperas; de outro, a 
realização de numerosos filmes para o cinema e televisão) tornou se um dos artistas 
mais justamente respeitados de sua época. Sua obra cinematográfica aborda a angustia 
do homem de temas como Deus, o bem e o mau e o sentido da vida e tece sutis 
variações sobre a incomunicabilidade do casal humano. O estilo de Bergmann, de inicio 
realista e depois alegórico, despojou-se progressivamente para tentar apreender o
essencial, sem com isso renunciar às pesquisas formais. Sem seus principais filmes 
(...)”, já mencionou-se acima. 
Crer-se que se faz interessante antes de refletir se e considerar-se algo sobre o 
filme “ O Sétimo Selo” meditar-se algo sobre Ap 6,1-17; O capitulo seis inteiro 
portanto. 
Por que o cineasta não falou ou trabalhou um dos seis capítulos, ou seis selos 
que o autor apocalíptico trata? Por que ele foi trabalhar o sétimo selo? “Um sétimo 
selo”? Não se sabe; mais, pode se comentar alguma coisa dos seis selos, antes de se 
falar do filme propriamente. 
No texto bíblico Ap 6,1 diz: “Vi o cordeiro que abria os primeiros dos sete selos 
estão no capitulo seis; e só no capitulo oito de Ap, é que o escritor bíblico vai tratar do 
sétimo selo”! E, mais à frente em Ap 8,6 o evangelista João coloca “sete trombetas”, e 
sete anjos se preparando para tocá- las. 
Antes se comentar algo sobre os sete selos do Ap, deve se primeiro comentar 
sobre o próprio livro do Apocalipse. 
Este, segundo a tradição bíblica, foi escrito pelo evangelista João, que estava 
preso na Ilha de Patmos, perseguido ele e, os cristãos pelos imperadores romanos. E, o 
Apocalipse foi escrito para animar, encorajar, fortalecer e incentivar os cristãos a 
continuarem na luta, pregando o evangelho e, não desistirem. 
Quem le o Apocalipse, vai perceber que em todo ele,-do começo ao fim-, o 
evangelista vai mostrar o cristo ressuscitado presente junto às comunidades cristãs e, 
fortalecendo a esperança das mesma e de todos aqueles que forem (eram) fieis. Aos 
infiéis, estão reservados o castigo, as penas. Na abertura dos selos, vê-se a recompensa 
dos justos e as penas/castigos para os injustos. Os sete selos (fazendo uma interpretação 
livre), pode se dizer que é também uma alusão às “sete pragas do Egito”, quando os 
egípcios foram castigados (infiéis) e os hebreus (fieis) foram recompensados. 
Mais, é bom que se veja a explicação literal do capitulo 6, que a própria Bíblia 
(NT) “Bíblia do peregrino” traz; 
Ap 6,1: “ A visão que corresponde aos sete selos está articulada numa primeira 
serie de cavaleiros, mais duas cenas contrastadas. A visão correspondente ao sétimos
selo é adiada, dando lugar a uma pausa de proteção ( cap. 7)”. Aqui no capitulo 7, esta 
pausa é para dizer quais são os que se salvam.E, no capitulo 8 é apresentado o sétimo 
selo.Vê-se assim uma sequencia: sete selos, sete trombetas e, a interpretação livre, “sete 
pragas do Egito”. 
Os números impares para a tradição bíblica judaico-cristã, significa infinitude; 
aqueles que forem castigados serão eternamente. 
Vê-se como o evangelista coloca no trono Alguém assentado (Deus) e o 
cordeiro (o Cristo), que estão sempre ao lado dos fieis. A Bíblia é um livro riquíssimo 
no que se trata da questão da simbologia; e,naqueles livros de caráter apocalíptico, esses 
símbolos se acentuam mais ficam mais fortes. É o caso do ultimo livro bíblico do qual 
se está falando. Isto se concretiza na explicação literal do capitulo 8, 1-5 de Ap: “ o 
sétimo selo cumpre três funções. Completa a liturgia celeste com o perfume das ações 
(5,5), desencadeiam a conflagração à semelhança do incêndio de Jerusalém ( Ez 10,2) e 
serve para ligar ao setinário dos selos e os setinários das trombetas (...) recorde se o 
longo silencio expectante dos amigos de Jó, (JO 2,13)”. 
Em 8,6 “A serie das trombetas tem uma articulação semelhante à dos selos”; e “ 
o material é tomado das pragas do Egito e de outros textos proféticos ou escatológicos, 
e é submetido a uma elaboração fantástica, por vezes mais intelectual que realmente 
imaginativa(...). O que afirmei anteriormente falando das sete pragas do Egito, que 
estava fazendo uma interpretação livre, retiro. A explicação ultima, foi retirada de 
explicações de rodapé na Bíblia do peregrino (NT). 
Agora, vai se tentar falar um pouco do criador e da criatura: Bergmann e “O 
Sétimo Selo”. 
De acordo com o texto de MACEDO & MONGELI, “A idade média no 
cinema”, Bergmann foi criado de forma rígida, severa e sob opressora orientação 
religiosa”(p.87 do texto); “filho de um pastor luterano que depois foi capelão na corte 
sueca e de uma dona de casa, mulher forte e temperamental,com quem ele manteve 
tempestuosa relação (...)”. 
Por aqui já se percebe que foi uma criança extremamente reprimida, teve uma 
infância difícil, e, isso, de certa forma, influenciou toda a vida dele. O filme, deixa 
muito bem, isto transparecer, seus conflitos, suas angustias; embora não trate só disso.
Muitos pensadores tiveram problemas com os pais na infância: Freud, 
Kikegaard, e muitos outros. No caso de Freud, na biografia dele, o mesmo relata que o 
pai era uma pessoa “sem pulso”, isto é, uma pessoa que não reagia diante das 
adversidades da vida; ele admirava muito a mãe, Ana Bernays. 
Mais, o mesmo criador da psicanálise, mais tarde vai analisar estas questões com 
mais profundidade e, vai dizer que essas pessoas geniais, que se sobressaíram no campo 
da artes, é porque elas sublimaram o seus conflitos e dores; assim, pode se dizer que 
Bergmann é uma dessas figuras. Ele mesmo deixa isso transparecer quando afirma: “ De 
repente percebi que a maioria dos meus filmes foram concebidos nas profundezas da 
minha alma, em meu coração, meu cérebro, meus nervos,meu sexo, não menos em 
minhas entranhas. Um obscuro desejo gerou-os. Outro desejo, que talvez possa ser 
chamado ‘de trazer do artífice’”,conduzi os àquele passo mais adiante, de onde foram 
exibidos ao mundo (...). “A verdade é que estou para sempre vivendo em minha 
infância” (...) e “para certas pessoas, expressar se implica escrever livros, escalar 
montanhas, espancar crianças ou dançar samba. Eu me expresso fazendo filmes”(p.83 
do texto). 
O filme, “O Sétimo Selo”, dura em média 1 hora e 40 minutos; é branco e preto, 
lento, de um modo geral, chega ser até cansativo. Não é um filme que dá prazer assistir, 
não é um filme alegre. Trabalha o tempo todo com o imaginário; sobretudo, o 
imaginário medieval.Aborda temas como: Deus, demônio, céu, inferno, alegria 
(...)!Tristeza, dor, angustia, medo, insegurança, tentativa de escapar da morte, jogo de 
xadrez! Quem de nós não queria escapar dela?! Retrata, portanto o desejo de vida 
duradoura. 
Mas, o filme não trata especificamente da idade média; esta, funciona como 
“pano de fundo”.É produzido em 1957, doze anos após o termino da Segunda grande 
Guerra (eu tinha 8 anos de idade). O cineasta aqui quis mostrar os medos, as incertezas, 
inseguranças, as crises, os malefícios do durante do pós-guerra. A peste negra; quanta 
gente não ficou arrebentada, com sequelas da guerra: traumas, viuvez, dores psíquicas, 
doenças, pessoas mutiladas, física e psicologicamente. 
Outro aspecto interessante do filme é: começa e termina na praia; quer nos falar 
do ciclo da vida. Não tem escapatória: todos nascemos,crescemos e morreremos.
Pintor da morte: “dança macabra”; fala das inquietações do homem suas 
angustias, medos e incertezas frente à morte. E, à vida também: quem tem certeza do 
amanhã? 
Na idade média, a ideia era de realização da paz e não organização como se 
pensa hoje. Mas quem não imagina hoje, apesar de tudo, sabendo que a vida não é fácil, 
com uma tranquilidade de vida, paz, aconchego no lar e vida calma, é o sonho que se 
tem ou não? Mesmo se sabendo que este “ paraíso na terra”, não é real! 
Floresta: aparece no filme; lugar de medo, de insegurança, perdição do homem 
ingênuo; a mata não traz tranquilidade para ninguém. Aqui, não se trata não se está 
falando de questões ecológicas, evidentemente. Não foi na mata que o lobo mal comeu o 
chapeuzinho vermelho? 
Para terminar, seria bom apresentar um pensamento do próprio Bergmann: “ Nós 
artistas, representamos as coisas mais serias- a vida e a morte- mas é tudo um 
jogo”(texto p.84). 
Jogo , que nos acorda, recorda o livro, O Jogo das Contas de Vidro, de Hermann 
Hessen, onde o autor trata da fragilidade/ seriedade da vida, das coisas do viver, em fim; 
tudo é serio mais passa como as nuvens levadas pelo vento. 
O filme não é prazeroso para se ver, mas faz nos pensar; e muito! No entanto, 
“parece uma brincadeira” que faz a gente se inquietar. 
REFERÊNCIAS: 
Google.com.br pesquisado em 28/09/2013. 
_____________________________pesquisado em 28/09/2013. 
MACEDO, José Rivail& MONGELLI, Lenia Márcia. Ingmar Bergmann e o jogo da 
morte In: A idade média no cinema. São Paulo, Ateliê Editorial, 2009. 
SCHOKEL. Luis Alonso. Bíblia do Peregrino (NT). São Paulo, Paullus:2000.
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O sétimo selo (1)

  • 1. O SÉTIMO SELO-FILME Ingmar Bergmann “Os sete selos do Apocalipse” “Todos os dias são iguais; não há nada de diferente”. “A fé é uma aflição dolorosa”. “O amor nada mais é do que uma luxúria”. “Nunca vou ter respostas”- pelo fato de questionar. “Deus está em algum lugar, deve estar”. “ Que seria do homem sem a fantasia”? Sagrada família. Comentário do filme: O Sétimo Selo (1957). Bergmann utiliza-se de elementos da cultura medieval, para falar de suas angustias, recalques, problemas o pai dele, etc. O filme trata também das questões do pós-guerra como também das dificuldades que as pessoas estavam enfrentando naquele momento; os desafios que estavam tendo que enfrentar... as angustias, conflitos,etc. Outro aspecto interessante do filme é a viagem: começa no mar e, o filme termina no mar. A morte também, é outra realidade que está muito presente no filme. Jogo de xadrez: jogo do poder, jogo da morte: ninguém quer perder. -“Pintor da morte”: dança macabra. -Jogar xadrez: tentativa de ludibriar a morte. Sagrada família: é única que salva; com a simplicidade e a ingenuidade sobressai. Na idade média, a ideia é de realização da paz e não de organização como nós pensamos hoje.
  • 2. Floresta: lugar do medo da insegurança, do conflito; o chapeuzinho vermelho foi atacado na floresta. (Google.com. br pesquisado em 28/09/2013): “Ernest Ingmar Bergmann foi dramaturgo e cineasta sueco. Estudou na universidade de Estolcomo, onde se interessou por teatro e, mais tarde, por cinema. Iniciou a carreira em 1941 escrevendo a peça teatral “morte de Kasper”. Nascimento: 14/07/1918- Uppsala, Suécia. Falecimento: 30/07/2007-Faro, Suécia.Filhos: Linn Ullmann, Anna Bergmann, Eva Bergmann, Daniel Bergmann, Mets Bergmann, Lena Bergmann, Maria Von Rosen, Jean Bergmann e Ingmar Bergmann Júnior. Prêmios: Palma de Ouro, oscar de melhor filme estrangeiro, Urso de Ouro, etc. Indicações: oscar de melhor filme, Oscar de melhor diretor, etc. Filmes: vários. “O Sétimo Selo” (1957)- Bergmann ambienta uma história no século XIV, para obviamente falar do tempo nuclear do pós-guerra. O mundo visto pelo cavaleiro, interpretado por Marx Von Sydow é um tema devastado pela peste, pela intolerância religiosa. Um mundo obscuro, no qual a luz vê apenas de uma humilde família de saltin bancos, como a dizer que a redenção (se alguma é possível), só virá através da arte. Mas a morte é o limite implacável e ela joga seu xadrez com o cavaleiro, que luta no partida perdida de antemão. Política e metafísica, aqui, comparecem e interagem. Ele fez outros filmes: Mônica e o desejo (1952), Morangos Silvestres (1957), O silêncio (1962), Persona (1966), Gritos de sussurros (1978), Fanny e Alexander (1982) e Sarabend (2003) (Google, 28/09/2013).Também a enciclopédia La russ cultural v.4, p.79, Abril Cultural, 1998 diz: “Ingmar Bergmann cineasta e diretor de teatro sueco (Uppsala, 1918). Desenvolveu ao mesmo tempo duas atividades artísticas complementares ( de um lado, a encenação de peças teatrais balés e óperas; de outro, a realização de numerosos filmes para o cinema e televisão) tornou se um dos artistas mais justamente respeitados de sua época. Sua obra cinematográfica aborda a angustia do homem de temas como Deus, o bem e o mau e o sentido da vida e tece sutis variações sobre a incomunicabilidade do casal humano. O estilo de Bergmann, de inicio realista e depois alegórico, despojou-se progressivamente para tentar apreender o
  • 3. essencial, sem com isso renunciar às pesquisas formais. Sem seus principais filmes (...)”, já mencionou-se acima. Crer-se que se faz interessante antes de refletir se e considerar-se algo sobre o filme “ O Sétimo Selo” meditar-se algo sobre Ap 6,1-17; O capitulo seis inteiro portanto. Por que o cineasta não falou ou trabalhou um dos seis capítulos, ou seis selos que o autor apocalíptico trata? Por que ele foi trabalhar o sétimo selo? “Um sétimo selo”? Não se sabe; mais, pode se comentar alguma coisa dos seis selos, antes de se falar do filme propriamente. No texto bíblico Ap 6,1 diz: “Vi o cordeiro que abria os primeiros dos sete selos estão no capitulo seis; e só no capitulo oito de Ap, é que o escritor bíblico vai tratar do sétimo selo”! E, mais à frente em Ap 8,6 o evangelista João coloca “sete trombetas”, e sete anjos se preparando para tocá- las. Antes se comentar algo sobre os sete selos do Ap, deve se primeiro comentar sobre o próprio livro do Apocalipse. Este, segundo a tradição bíblica, foi escrito pelo evangelista João, que estava preso na Ilha de Patmos, perseguido ele e, os cristãos pelos imperadores romanos. E, o Apocalipse foi escrito para animar, encorajar, fortalecer e incentivar os cristãos a continuarem na luta, pregando o evangelho e, não desistirem. Quem le o Apocalipse, vai perceber que em todo ele,-do começo ao fim-, o evangelista vai mostrar o cristo ressuscitado presente junto às comunidades cristãs e, fortalecendo a esperança das mesma e de todos aqueles que forem (eram) fieis. Aos infiéis, estão reservados o castigo, as penas. Na abertura dos selos, vê-se a recompensa dos justos e as penas/castigos para os injustos. Os sete selos (fazendo uma interpretação livre), pode se dizer que é também uma alusão às “sete pragas do Egito”, quando os egípcios foram castigados (infiéis) e os hebreus (fieis) foram recompensados. Mais, é bom que se veja a explicação literal do capitulo 6, que a própria Bíblia (NT) “Bíblia do peregrino” traz; Ap 6,1: “ A visão que corresponde aos sete selos está articulada numa primeira serie de cavaleiros, mais duas cenas contrastadas. A visão correspondente ao sétimos
  • 4. selo é adiada, dando lugar a uma pausa de proteção ( cap. 7)”. Aqui no capitulo 7, esta pausa é para dizer quais são os que se salvam.E, no capitulo 8 é apresentado o sétimo selo.Vê-se assim uma sequencia: sete selos, sete trombetas e, a interpretação livre, “sete pragas do Egito”. Os números impares para a tradição bíblica judaico-cristã, significa infinitude; aqueles que forem castigados serão eternamente. Vê-se como o evangelista coloca no trono Alguém assentado (Deus) e o cordeiro (o Cristo), que estão sempre ao lado dos fieis. A Bíblia é um livro riquíssimo no que se trata da questão da simbologia; e,naqueles livros de caráter apocalíptico, esses símbolos se acentuam mais ficam mais fortes. É o caso do ultimo livro bíblico do qual se está falando. Isto se concretiza na explicação literal do capitulo 8, 1-5 de Ap: “ o sétimo selo cumpre três funções. Completa a liturgia celeste com o perfume das ações (5,5), desencadeiam a conflagração à semelhança do incêndio de Jerusalém ( Ez 10,2) e serve para ligar ao setinário dos selos e os setinários das trombetas (...) recorde se o longo silencio expectante dos amigos de Jó, (JO 2,13)”. Em 8,6 “A serie das trombetas tem uma articulação semelhante à dos selos”; e “ o material é tomado das pragas do Egito e de outros textos proféticos ou escatológicos, e é submetido a uma elaboração fantástica, por vezes mais intelectual que realmente imaginativa(...). O que afirmei anteriormente falando das sete pragas do Egito, que estava fazendo uma interpretação livre, retiro. A explicação ultima, foi retirada de explicações de rodapé na Bíblia do peregrino (NT). Agora, vai se tentar falar um pouco do criador e da criatura: Bergmann e “O Sétimo Selo”. De acordo com o texto de MACEDO & MONGELI, “A idade média no cinema”, Bergmann foi criado de forma rígida, severa e sob opressora orientação religiosa”(p.87 do texto); “filho de um pastor luterano que depois foi capelão na corte sueca e de uma dona de casa, mulher forte e temperamental,com quem ele manteve tempestuosa relação (...)”. Por aqui já se percebe que foi uma criança extremamente reprimida, teve uma infância difícil, e, isso, de certa forma, influenciou toda a vida dele. O filme, deixa muito bem, isto transparecer, seus conflitos, suas angustias; embora não trate só disso.
  • 5. Muitos pensadores tiveram problemas com os pais na infância: Freud, Kikegaard, e muitos outros. No caso de Freud, na biografia dele, o mesmo relata que o pai era uma pessoa “sem pulso”, isto é, uma pessoa que não reagia diante das adversidades da vida; ele admirava muito a mãe, Ana Bernays. Mais, o mesmo criador da psicanálise, mais tarde vai analisar estas questões com mais profundidade e, vai dizer que essas pessoas geniais, que se sobressaíram no campo da artes, é porque elas sublimaram o seus conflitos e dores; assim, pode se dizer que Bergmann é uma dessas figuras. Ele mesmo deixa isso transparecer quando afirma: “ De repente percebi que a maioria dos meus filmes foram concebidos nas profundezas da minha alma, em meu coração, meu cérebro, meus nervos,meu sexo, não menos em minhas entranhas. Um obscuro desejo gerou-os. Outro desejo, que talvez possa ser chamado ‘de trazer do artífice’”,conduzi os àquele passo mais adiante, de onde foram exibidos ao mundo (...). “A verdade é que estou para sempre vivendo em minha infância” (...) e “para certas pessoas, expressar se implica escrever livros, escalar montanhas, espancar crianças ou dançar samba. Eu me expresso fazendo filmes”(p.83 do texto). O filme, “O Sétimo Selo”, dura em média 1 hora e 40 minutos; é branco e preto, lento, de um modo geral, chega ser até cansativo. Não é um filme que dá prazer assistir, não é um filme alegre. Trabalha o tempo todo com o imaginário; sobretudo, o imaginário medieval.Aborda temas como: Deus, demônio, céu, inferno, alegria (...)!Tristeza, dor, angustia, medo, insegurança, tentativa de escapar da morte, jogo de xadrez! Quem de nós não queria escapar dela?! Retrata, portanto o desejo de vida duradoura. Mas, o filme não trata especificamente da idade média; esta, funciona como “pano de fundo”.É produzido em 1957, doze anos após o termino da Segunda grande Guerra (eu tinha 8 anos de idade). O cineasta aqui quis mostrar os medos, as incertezas, inseguranças, as crises, os malefícios do durante do pós-guerra. A peste negra; quanta gente não ficou arrebentada, com sequelas da guerra: traumas, viuvez, dores psíquicas, doenças, pessoas mutiladas, física e psicologicamente. Outro aspecto interessante do filme é: começa e termina na praia; quer nos falar do ciclo da vida. Não tem escapatória: todos nascemos,crescemos e morreremos.
  • 6. Pintor da morte: “dança macabra”; fala das inquietações do homem suas angustias, medos e incertezas frente à morte. E, à vida também: quem tem certeza do amanhã? Na idade média, a ideia era de realização da paz e não organização como se pensa hoje. Mas quem não imagina hoje, apesar de tudo, sabendo que a vida não é fácil, com uma tranquilidade de vida, paz, aconchego no lar e vida calma, é o sonho que se tem ou não? Mesmo se sabendo que este “ paraíso na terra”, não é real! Floresta: aparece no filme; lugar de medo, de insegurança, perdição do homem ingênuo; a mata não traz tranquilidade para ninguém. Aqui, não se trata não se está falando de questões ecológicas, evidentemente. Não foi na mata que o lobo mal comeu o chapeuzinho vermelho? Para terminar, seria bom apresentar um pensamento do próprio Bergmann: “ Nós artistas, representamos as coisas mais serias- a vida e a morte- mas é tudo um jogo”(texto p.84). Jogo , que nos acorda, recorda o livro, O Jogo das Contas de Vidro, de Hermann Hessen, onde o autor trata da fragilidade/ seriedade da vida, das coisas do viver, em fim; tudo é serio mais passa como as nuvens levadas pelo vento. O filme não é prazeroso para se ver, mas faz nos pensar; e muito! No entanto, “parece uma brincadeira” que faz a gente se inquietar. REFERÊNCIAS: Google.com.br pesquisado em 28/09/2013. _____________________________pesquisado em 28/09/2013. MACEDO, José Rivail& MONGELLI, Lenia Márcia. Ingmar Bergmann e o jogo da morte In: A idade média no cinema. São Paulo, Ateliê Editorial, 2009. SCHOKEL. Luis Alonso. Bíblia do Peregrino (NT). São Paulo, Paullus:2000.