2. Cerav ta l em umapequenaempr de engenhaia
t ez, r bahei esa r.
oi á
F l que fiquei conhecendo um r pa cha do M uro Ee er
a z ma a o. l a
gr ndahã e gost v de fa br deir s com os out os, sempr
a l o a a zer inca a r e
pr ndo pequena peç s.
ega s a
3. Ha iat mbé o Ena que er um pouco
v a m r ni, a ma v ho que o r o do gr
is el est upo.
Sempr quiet inofensiv àpat Ena cost v comero seu l nche sozinho,
e o, o, re, r ni uma a a
num ca o dasaa
nt l.
Ee nã pat v da br deir s que fa í mos a ó o amoç sendo que, a
l o ricipa a s inca a za p s l o, o
t mina ar ç o, sempr sent v sozinho deba
er r efei ã e aa ixo de umaáv e ma
r or is
dist nt
a e.
4. Dev aesse seu compora o, Ena er o av naur lda
ido t ment r ni a l o t a s
br deir s e pia s do gr Or el encont a aum sa namamit ,
inca a da upo. a e rv po r a
or um r t moro em seu cha é Eo que a á a ma incrv éque
a ao t p u. ch v mos is í el
el sempr a a aa o sem fica br v
e e ceit v quil r a o.
5. E um fer do pr onga M ur r v irpesca no Pa a l A es, nos
m ia ol do, a o esol eu r nt na. nt
pr eu que, se conseguisse sucesso, ir da um pouco do r t do dapesca
omet ia r esula
paaca um de nó
r da s.
No seu r or fica t muit a dos qua v que el ha ia
et no, mos odos o nima ndo imos e v
pesca aguns dour dos enor
do l a mes.
6. M ur entet nt l ou- paaum ca o e nos disse que t
a o, r a o, ev nos r nt inha
pr r do uma
epaa boapeç paaa ica no Ena
a r pl r r ni.
M ur div aos dour dos, fa
a o idir a zendo pa es com umaboapor ã paaca um
cot ç o r da
de nós.
M s, a'peç ' pr a daer que el
a a ogr ma a e ha iasepaa os r os dos
v r do est
peixes num pa e ma , àpat
cot ior re.
7. Vai ser muito engraçado quando o Ernani
desembrulhar esse 'presente' e encontrar
espinhas, peles e vísceras!,
disse-nos Mauro, que já estava
se divertindo com aquilo.
8. ao ã r
M ur ent o distibuiu os pa es
cot no hor r do amoç
áio l o.
Ca um de nó que iaa indo o seu pa e cont umabel por ã
da s, br cot endo a ço
ã
de peixe, ent o dizia Obrig ado!
:
M s o ma pa e de t
a ior cot odos, el deixou porút
e limo.
Eapaao Ena
r r r ni.
9. Todos nós já estávamos quase explodindo de vontade de rir,
sendo que Mauro exibia um ar especial, de grande satisfação.
Como sempre, Ernani estava sentado sozinho, no lado mais
afastado da grande mesa.
Mauro então levou o pacote para perto dele, e todos ficamos na
expectativa do que estava para acontecer.
Ernani não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tão pouco que,
muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto. Em três
anos, ele provavelmente não tinha dito nem cem palavras ao
todo.
Por isso, o que aconteceu a seguir nos pegou de surpresa.
10. cot mement na mã
Ee pegou o pa e fir
l e s os e o l a ou dev ga, com um
ev nt a r
gr nde soriso no r o.
a r ost
oi ã
F ent o que not mos que seus
a ol est v m br ha
hos a a il ndo.
Poraguns moment o seu pomo de A ã se mov paacimae paaba
l os, do eu r r ixo,
aéel conseguircontol rsuaemoç o.
t e ra ã
11. Eu sabia que você não ia se esquecer
de mim disse com a voz embargada. Eu
sabia, você é grandalhão e gosta de
fazer brincadeiras, mas sempre soube
que você tem um bom coração.
Ele engoliu em seco novamente,
e continuou falando, dessa vez
para todos nós.
12. Eu sei que não tenho sido muito participativo
com vocês, mas nunca foi por má intenção.
Sabem... Eu tenho cinco filhos em casa, e
uma esposa inválida, que há quatro anos
está presa na cama. E estou ciente de
que ela nunca mais vai melhorar.
Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que
ficar a noite inteira acordado, cuidando dela.
E a maior parte do meu salário tem sido
para os seus médicos e os remédios.
13. As crianças fazem o que podem para ajudar,
mas tem sido difícil colocar comida
para todos na mesa.
Vocês talvez achem esquisito que eu vá comer
o meu almoço sozinho, num canto...
Bem, é que eu fico meio envergonhado,
porque na maioria das vezes eu não tenho
nada para pôr no meu sanduíche.
Ou, como hoje, eu tinha somente uma
batata na minha marmita.
14. Mas eu quero que saibam que essa porção de
peixe representa, realmente, muito para mim.
Provavelmente muito mais do que para
qualquer um de vocês, porque hoje
à noite os meus filhos...
Ele limpou as lágrimas dos olhos com
as costas das mãos.
Hoje à noite os meus filhos vão ter,
realmente, depois de alguns anos...
e ele começou a abrir o pacote...
15. Nó tnha est do pr a t nt aenç o no Ena enqua o el faa a
s í mos a est ndo a a t ã r ni, nt e l v ,
que nem ha í mos not do ar ç o do M ur
va a ea ã a o.
a gor , odos cebemos asuaa iç o qua el sat e t ou pega o
M s a a t per fl ã ndo e lou ent r
pa e da mã do Ena M s er t r dema
cot s os r ni. a a ade is.
r ni á inha bero cot da ç
Ena j t a t e pa e e est v , a a exa ndo ca pedao de espinha ca
a a gor , mina , da
por ã de pel e de vscer s, l a a ca r bo de peixe.
ço e í a ev nt ndo da a
16. Eapaat sido t o engr ç do, ma ningué r T nó fica ol ndo paa
r r er ã aa s m iu. odos s mos ha r
ba Eapiorpat foi qua Ena t a sorir faou amesmacoisaque
ixo. re ndo r ni, ent ndo r , l
t nó ha í mos dit a er ment Obrig ado!
odos s va o nt ior e:
m ê
E sil ncio, um aum, ca um dos col s pegou o seu pa e e o col na
da ega cot ocou
fr e do Ena por depois de muit a nó ha í mos, de r e,
ent r ni, que os nos s va epent
ent
endido quem er r l e o Ena
a eament r ni.
17. Umasema depois, aesposa
na de Ena faeceu.
r ni l
Ca um de nó da e gr pa
da s, quel upo, ssou ent o aauda a cinco cr nç s.
ã j rs ia a
rçs o a í it ut í m, oda ogr a
Gaa a gr nde espr o de l aque el s possua t s pr edir m muit
a o:
18. Cal
rinhos, o ma nov
is o, t nou- um impora e mé
or se t nt dico.
ó io
F na , Pa ae L mont r m o seu pr pr e bem-
er nda ul uisa aa sucedido negó el s
cio: a
produzem e vendem doces e saga paapa r s e super ca
l dos r daia mer dos.
is el r ni ú , mou-
Oma v ho, Ena Jnior for se em E ngenhaia sendo que, hoj éo Dir or
r; e, et
G a damesmaempr em que eu, Ena e
er l esa r ni os nossos col s
ega
ta l á a
r bah v mos.
19. M ur hoj a
a o, e posent do,
a cont fa
inua zendo br deir s;
inca a
ent et nt sã de um t muit difer e:
r a o, o ipo o ent
e upos ol áios
el or nizou nov gr de v unt r
e ga que dist ibuem br
r inquedos paa
r
cr nç s hospit l da e a ent et m com j
ia a aiza s s r ê óia
ogos, est r s e out os
r
div t os.
eriment
20. Às vezes, convivemos por muitos anos
com uma pessoa, para só então percebermos
que mal a conhecemos.
Nunca lhe demos a devida atenção; não
demonstramos qualquer interesse pelas coisas
dela;
ignoramos suas ansiedades ou seus
problemas.
21. Que possa ma ersempr v o,
mos nt e iv em nossa ment
s es,
o ensina o de
ment Jesus
Cristo:
“Como Eu vos amei, amai-vos
também uns aos out os”.
r
João 13:34
22. Repasso a história de Ernani, para
que vejamos se não somos um pouco como
Mauro e seus companheiros.
Se formos... por favor,
há tempo de mudar sem dor.
Eu não sei se a história é real.
Eu sei que serve de lição para a vida.