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20
•Violência e cobiça
pela Amazônia
CF - 2018
•Articulação da Amazônia
•COMISSÃO PASTORAL DA TERRA
•RONDÔNIA
A uma campanha da fraternidade sobre a natureza
(CF2017) segue outra sobre a violência (CF2018).
21
As raízes da
violência no
campo
22
•Violência contra os trabalhadores rurais
e contra os povos tradicionais.
•No Brasil, a violência no campo tem
suas raízes no passado colonial.
•Além do genocídio indígena e da
tragédia homicida que foi a escravidão,
o país se muniu, durante os séculos XIX
e XX, de instrumentos legais para privar
pobres e afrodescendentes do acesso à
terra. (CF 2018)
Esta violência no campo começa pela injusta
distribuição das terras, uma des-ordem
estabelecida.
23
Campanha Fraternidade, texto base:
•O bem comum da terra foi
destinado prioritariamente à
formação dos grandes
latifúndios.
•Enquanto os mais pobres foram
submetidos a trabalhos
extenuantes, sem receber em
troca qualquer garantia social.
• Essa violência e injustiça, que
predominou por décadas, vem
se intensificando em tempos
recentes. (CF 2018)
24
Na Amazônia sofre a
natureza e sofrem os
povos.
•A floresta é
devastada.
•Povos tradicionais,
posseiros e
pequenos
agricultores são
expulsos dos seus
territórios e
condenados ao
subemprego nas
periferias urbanas. 25
Comunidade Santa Ana, Coroatá MA
Acampamento Boa Sorte, Candeias Jamari
Até planos de manejo “sustentável” de madeira e
de crédito de carbono expulsam seringueiros das
florestas do Acre.
26
Riozinho do Rola,
Rio Branco AC
27
A madeira clandestina provoca violência e morte
na Amazônia.
•Amazônia é um dos
biomas mais cobiçados
internacionalmente.
• Considerada uma das
últimas reservas de terra
“agriculturáveis” do
mundo.
•Um dos principais motivo
da expansão das
pastagens é a grilagem de
terras para especulação
fundiária.
28
29
Fonte: W.Pignati
UFMT
30
•A destruição
ambiental é
resultado de um
modelo devastador
e excludente.
•Que transforma a
terra do povo em
terra de negócio e
de lucro apenas
para alguns.
A grilagem de terras é a
primeira causa do
desmatamento
•“Na região, é comum a
máxima “dono é quem
desmata”,
•De fato as terras
desmatadas ilegalmente
acabam integradas ao
mercado,
•e quem derrubou a floresta
é reconhecido como dono,
lucrando muito com a
venda ou a exploração da
terra grilada.”
• (Mauricio Torres e Sue Branford)
31
AJ Vilela, que tem o recorde da maior
multa aplicada pelo Ibama a um indivíduo
por crimes ambientais: R$332,765,736.50
32
Pasto atacado por
invasoras.
S. Miguel do G. Ro
Degradação
do solo.
•Depois do
desmatamento os
melhores nutrientes
esgotam rapidamente.
•O plantio de capim
(braquiarão) impede a
floresta recuperar e
proteger o solo com
cobertura vegetal.
•Com excesso de gado e
compactação do chão,
os pastos são atacados
por invasoras e
degradam-se em
poucos anos.
33
Erosão e
desertificação.
•Com o corte raso
permanente a parte
orgânica do solo é
rapidamente lavado
pela chuva após
perder a proteção da
cobertura vegetal.
•Elementos como
manganês e alumínio
são pouco solúveis,
por isso, resistem as
chuvas e deixando o
solo ácido (lixiviação)
e infértil para o
plantio.
34
• A difícil
regeneração das
pastagens
também empurra
a pecuária para
novas frentes de
desmatamento
da floresta.
• Atrás dela vem a
mecanização as
monoculturas e o
agrotóxico.
35
Indígena tupari
TI R Branco
Agricultura tradicional
amazônica
•Enquanto a
agricultura
tradicional indígena
de derrubada e
queima da floresta é
rotatória.
•Abandonando a roça
depois do primeiro
ou segundo ano de
produção, dando
tempo a floresta de
se recuperar.
36
•Utiliza as praias na
vazante dos
grandes rios
dispensando o uso
de adubação,
irrigação e
aplicação de
herbicidas, o que
favorece o cultivo
agroecológico.
•A um custo de
produção
consideravelmente
baixo.
• (fonte Embrapa RO)
Agricultura
tradicional de várzea
•População ÁREA (Km2) %
•Povos indígenes 1.034.831,67 20,54
•Com. Quilombolas 5.669,82 0,11
•Extrat. e riberinhos 71.666,21 1,42
•Posseiros e colonos 242.413,93 4,81
•Assentados 144.741,01 2,87
•Ocupações 4.050,07 0,08
•TOTAL 1.503.372,71 29,83
37
Estimativa de territórios
ocupados na Amazônia em
2006 (IBGE):
Unidades de conservação:
•TIPO ÁREA (Km2) %
- UCs federais
de proteção integral 262.271,23 5,24
- UCs federais
De uso sustentável 320.708,30 6,41-
- UCs- Estatais
de proteção integral 45.579,15 0,91
- UCs estaduaiss
De Uso Sustentável 204.907,84 4,10
- TOTAL 833.466,52 16,66
38
Grandes propiedades:
39
•TIPO ÁREA (Km2) %
Medias propiedades 247.078,79 4,90
Grandes propiedades 1.319.214,02 6,19
Árees griladas 704.629,58 13,99
•TOTAL 2.270.922,37 45,08
• Fonte: IPAM
40
Atualmente cerca de
8% do território dos
estados amazônicos
(41,8 milhões de
hectares)
encontra-se
destinado
aos 3.589
assentamentos de
reforma agrária.
39% do número de
assentamentos e
81% da área
destinada a reforma
agrária no país.
Fonte ISA/Prodes
41
•Os camponeses mais conscientes lutam por
alternativas de produção, sem agrotóxico,
respeitar o meio ambiente, proteger as águas e
o chão, e valorizar a cultura camponesa.
•“Produzir sem destruir”.
JOSÉ OSSAK, SERINGUEIRAS 42
Pela conservação das águas, recuperação de
nascentes, matas ciliares e igarapés assoreados.
SERINGUEIRAS
43
P. Natureza Viva
Seringueiras
Br 429, São Domingos dio
Guaporé
•Mecanização,
agronegócio e
agrotóxicos.
•A terra barata
amazônica faz avançar
as monoculturas, como
a soja, o dendê, o arroz,
o milho, o algodão e o
eucaliptus.
•Monoculturas e os
agrotóxicos expulsam o
povo e são o ecocídio
de biodiversidade.
45
Fonte: Impactos da
moratória da soja sobre a
dinâmica da soja e do
desmatamento em Mato
Grosso, Brasil. Greenpeace.
De 2002 a 2012 a
presença da soja
cresceu mais de
20% na região
Amazônica.
46
•A soja passou de
180.000 Ha em 1996
para 670.000 Ha em
2006.
•Aumento de 370%.
(greenpeace)
•A cotação
internacional do preço
da soja faz aumentar
ou reduzir o valor da
terra em todo o Brasil.
• provocando maior
desforestação,
especulação e
grilagem de terras.
47
A mudança climática e o aquecimento global
provoca um cenário de "savanização“
(conversão em cerrados) da Amazônia.
48
Resex Angelim
Machadinho, RO 2016
Nem as Unidades de Conservação escapam ao
saque da madeira e a depredação dos grileiros
Muitas unidades de
conservação da Amazônia,
estão seriamente
comprometidas por saques
de madeira e
desmatamento.Entre elas
duas de Rondônia: a Resex
Rio Preto Jacundá
(Machadinho). Fonte: Imazon. 49
(Mapa: Imazon)
E a Resex de
Jaci Paraná
(Porto
Velho)
Fonte:
Imazon.
50
51
Por causa dos saques de
madeira e a grilagem, muitos
indígenas, seringueiros e
extrativistas são perseguidos,
ameaçados e assassinados.
Resex Massaranduba /
Machadinho RO
52
O ARCO DO DESMATAMENTO
A desforestação avança
por um “arco de fogo”
para o interior da
Amazônia.
E a violência no
campo
acompanha
também o Arco
do
Desmatamento
53
54
ATLAS DE CONFLITOS
DA AMAZONIA
55
 Somente em
2016 foram
registradas na
Amazônia Legal
74.692 famílias
atingidas por
ocorrências de
conflitos pela
terra.
Acampamento Quintino Lira,
Santa Luzia PA
56
57
Despejo
seringal
Catapará AC
 Na Amazônia, em 2016 foram
1.210 famílias expulsas sem
ordem judicial e 4.348
famílias despejadas
judicialmente; ameaças de
expulsão ou de despejo
28.254 famílias.
TD Urupã, Machadinho do Oeste, junho 2017
58
Incêndio
acampamentos
Em Cacaulândia
RO em
05/042016
E em Anapu PA
20.10.16
Atingidas por
pistolagem
11.354 famílias.
59
Ataque em Nova
Guarita MT
•Com milhares
de roças,
pertences e
casas
destruídas
60
Fazenda Sabiá Caxias
MA
•Com ocorrência de violência – envolvendo
ameaças, mortes, prisões, agressões
físicas e ações judiciais contra
comunidades e lideranças camponesas,
indígenas e sindicais.
•É o avanço truculento do capital
em toda a Amazônia, onde o
Estado usa dos investimentos
públicos para abrir caminho
para a expansão dos setores que
buscam controlar e explorar as
riquezas naturais existentes. 61
Garimpo diamantes
indígenas Cinta Larga
RO
•A flexibilização da legislação ambiental para
pecuária, construções de hidrelétricas,
hidrovias, ferrovias, portos, mineração,
prioridade dos investimentos públicos.
62
Belo Monte Rio Xingu PA
63
•E o saque dos recursos naturais, facilitado
pelas autoridades.
A pressão das mineradoras.
•Quase 80% das pesquisas minerais no
Pará estão em áreas de uso restrito,
como assentamentos rurais, áreas de
preservação ambiental, territórios
indígenas e quilombolas.
64
•Os grandes projetos que chegam à Amazônia
estão voltados para interesses externos.
•A exportação de madeira, do minério, da
carne, da soja e até de energia
65
66
Ferreira Gomes AM
•Para países que não
querem arcar com os
custos
socioambientais
dessas atividades e
exercem enorme
pressão sobre as
populações locais,
ribeirinhos, posseiros,
extrativistas,
pequenos agricultores
e indígenas.
•Tudo isso deságua em
violência no campo,
devastação ambiental
e impactos sociais.
67
A indústria da
soja transforma
Amazônia em
um tabuleiro de
grandes obras. (The
Intercept)
• F: W. Pignati UFMT
68
E envenena
nosso chão
69
Soja em Vilhena RO
O crescimento de
conflitos pela água e os
provocados pelo avanço
da soja, do agronegócio
e da mineração
parecem andar de mãos
dadas.
As usinas hidrelétricas
não pretendem apenas
produzir energia, mas
escoar grãos e minério.
70
Encontro de
acampados em
Nova Guarita MT
•Grande parte da
violência se dá em
torno das terras
públicas do Estado e
da União,
•Griladas por grandes
fazendeiros e
empresários que
perceberam que o
crime compensa
porque a
impunidade é a
regra.
•A presença de
pistoleiros, capangas,
coronéis e jagunços, e de
milícias de policiais está
presente em toda a
Amazônia, cruzando os
estados,
•defendendo o latifúndio,
madeireiros, fazendeiros
e grupos políticos a
qualquer custo.
71
Armas
apreendidas em
fazenda de
Cujubim RO em
2016
•Os agricultores, ribeirinhos e seringueiros chamam o munic
de Boca do Acre, como “terra sem lei”. A polícia a serviço do
latifúndio constantemente faz reintegrações de posses de fo
violenta queimando e derrubando casas, queimando planta
e utilizando da força brutal para retirar as famílias do local.
72
Grupo de Boca do Acre
Conflitos em Rondônia
73
FONTE: ATLAS DE CONFLITOS NA AMAZONIA, CPT 74
75
76
77
•Atualmente 35
municípios possuem
conflitos no campo
do total de 52
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em Rondônia (IBGE,
2017), ou seja, 67%
dos municípios no
estado de Rondônia
estão envolvidos em
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•F: ATLAS DE
CONFLITOS DA
AMAZONIA, CPT
Acamp. Jhones Santos
/Faz. Amarelina
L. 206 de Ji Paraná
•A crise política
brasileira dos últimos
anos (golpe),
agravada por
escândalos de
corrupção e golpe da
direita neocolonial
em meados de 2016,
•forma parte da
realidade de conflitos
e violência na
Amazônia e dos
grandes desafios para
os próximos anos.
78
79
•O atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha, é acusado de grilagem de terras
dentro do Parque Serra Ricardo Franco,
unidade de conservação localizada no Mato
Grosso. (The Intercept)
80
Comunidade Santana Coroatá MA
•“Há um ambiente muito mais favorável para
grilagem em Brasília” (The Intercept)
•“A estratégia do setor rural, representada
pela Frente Parlamentar da Agropecuária, é
fragilizar e neutralizar o alcance da legislação
ambiental e dos direitos territoriais dos
povos e comunidades tradicionais.”
• Adriana Ramos, ISA
•As mudanças políticas complicam ainda mais a
implementação das agrária e regularização fundiária das
comunidades tradicionais.
•Esse retrocesso tem gerado impactos direto nas demandas
das grupos acampados por políticas públicas da reforma
agrária, ocupações e grupos de posseiros. 81
Acampamento
Fidel Castro,
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RO
•A maioria dos
processos
administrativos de
regularização
fundiária,
reconhecimento de
territórios indígenas,
quilombolas e de
criação de
assentamentos de
reforma agrária no
INCRA e Terra Legal
estagnaram.
Comunidade quilom
Pedras Negras. S Fc
RO
Forte Príncipe da Beira,
Costa Marques
Santo Antônio do Guaporé,
S Fco. Do Guaporé
83
Protesto de indígenas
no Maranhão
•De 778 conflitos registrados por terra e por
águas na Amazônia, a maioria atinge os mais
antigos moradores da região.
•212 ocorrências de conflitos correspondem a
comunidades tradicionais (extrativistas,
seringueiros, ribeirinhos, pescadores e
quilombolas)
• 09 grupos atingidos por barragens.
84
Boca do Acre
•202 conflitos com posseiros e
•73 de pequenos agricultores
(assentados, pequenos
proprietários e trabalhadores
rurais).
Na Amazônia houve menos de um terço
(29,38%) do total de novas ocupações de terras
de todo o Brasil, e apenas 18% das famílias
brasileiras engajadas em novas lutas pela terra.
85
Acampamento em Natal Feliz MT
Amazônia em disputa
86
Linha 50 Nova
Brasilândia RO
Porém 90% da área em
disputa de todo o Brasil
em 2016,
22.810.488 hectares,
está na Amazônia.
87
•192 camponeses presos e 257
detentos ou ameaçados de
prisão.
Criminalização da luta
pela terra
Linha 204, Ouro Preto do O. RO
Em RO: Presos 88
Detidos ou ameaçados de
prisão
121
89
As providências são
tratar os conflitos agrários
apenas como problema
policial e concentraram-
se no sentido de reprimir
a demanda dos
camponeses, em
reintegrações de posse,
perseguição e prisões.
Dona Margarida, da
Associação Água Viva, de
Chupinguaia RO, posseira
condenada a 9 anos e 10
meses por tentar retornar a
sua casa.
Se concentraram na região amazônica
•48 dos 61 assassinatos do Brasil (79%),
•tentativas de assassinato (68%);
•ameaças de morte registradas (86%);
•agressões físicas (68%).
Em 2016 a Amazônia Legal foi a região
do Brasil mais atingida pela violência contra
camponeses. 90
Assassinato de dois jovens sem terra em
Cujubim, RO 2016
91
•A luta pela conquista da terra
concentrou a maior parte das
mortes (60%), vitimando de forma
predominante lideranças e
agricultores sem terra (29 mortes).
•Com exceção do Estado Maranhão,
onde a violência foi maior contra
indígenas (09 assassinatos) e
quilombolas (02 assassinatos)
empenhados na retomada dos
seus territórios.
92
93
94
•Rondônia concentrou os piores registros de violência e
de mortes no campo em 2015 e 2016 de todo o Brasil.
•Especialmente virulenta com registro em Rondônia de
mais de 41 assassinatos de camponeses em conflitos
no campo, de total de 101 no Brasil (40,5%).
95
Izaque e Edilene
13/09/2016
96
•Com poucas exceções, a
maioria de crimes contra
camponeses restam
impunes.
Impunidade
Fórum Ariquemes, Outubro 2017
A violência no campo de Rondônia
Acampamento Enilson Ribeiro / Fazenda Bom Futuro
Seringueiras
•Rondônia concentrou os piores registros de
violência e de mortes no campo em 2015 e
2016 de todo o Brasil.
•Acompanhando toda a região amazônica, que
liderou a violência no campo do Brasil nestes
anos.
•Especialmente virulenta com registro em
Rondônia de mais de 41 assassinatos de
camponeses em conflitos no campo, de total
de 101 no Brasil (40,5%) em 2015 e 2016.
•Mais de 17 assassinatos em 2017
100
•Em Rondônia, a região de Ariquemes, no Vale do
Jamari é o olho do furacão, onde aconteceram 17 da
21 mortes do estado em 2016 e a maioria de 2017.
•A região explodiu numa espiral de violência.
Dados de violência contra a pessoa de 2016
RONDÔNIA
Violência contra a pessoa 2016
Nº de conflitos 172
Assassinatos 21
Tentativas de assassinatos 10
Ameaçados de morte 40
Agredidos fisicamente 141
Presos 88
Detidos ou ameaçados de prisão 121
102
•Pelo menos 20
das mortes
entre 2015 e
2016 são
relacionadas ao
movimento do
LCP, entre eles
um dos seus
coordenadores,
Enilson Ribeiro
dos Santos.
103
•Nove posseiros do P.A. Taquaruçu do Norte,
assassinados por quatro pistoleiros contratados por
um empresário madeireiro.
•O grupo chegou à comunidade, invadiu os barracos
e matou, com tiros de armas calibre 12 e golpes de
facão, quem estava dentro.
•Algumas vítimas foram mortas enquanto
trabalhavam na terra.
•De acordo com a perícia, houve tortura, pois vários
corpos estavam amarrados e dois foram degolados.
•A região é alvo de intenso conflito agrário em razão
de seu elevado potencial madeireiro e minerário.
2017 está marcado pela chacina da Gleba
Taquaruçu do Norte, em Colniza MT, no dia 19
de abril.
E de Pau d Arco, Pará, no dia 24 de maio de
2017.
104
Ataque ao Povo Indígena Gamela, Maranhão.
105
A ação mais violenta ocorreu em 30 de
abril do ano 2017 quando os indígenas foram
atacados por pistoleiros e fazendeiros que,
juntamente com políticos incitaram e
convocaram populares para pôr fim ao que
chamam de “invasões feitas por falsos
índios”. Nesse ataque ficaram feridos 22
indígenas, cinco foram baleados e dentre
estes dois tiveram mãos decepadas.
106
•A violência no campo
está acompanhada da
não menos importante
guerra de propagando
na mídia, sendo a
maior parte das
informações originadas
pelos fazendeiros e por
fontes policiais,
inflamadas por uma
coorte de
comentaristas virtuais,
que estigmatizam todo
apoio à causa dos sem
terra.
•As ações são atribuídas a qualquer grupo sem-
terra e indiscriminadamente todos os movimentos
sociais e defensores dos direitos humanos.
•Todos os movimentos sociais e defensores dos
direitos humanos acabamos sendo igualmente
tratados como “criminosos” e “terroristas”. 108
Lideranças do
rio Arapiuns e
agentes da
CPT de
Santarém
processados
2012 934 846 817
1012
2012 2013 2014 2015 2016
Manifestações Linear (Manifestações)
Total
314.615
Manifestações 2012 - 2016
Cresce a repressão. Mas também a
resistência.
BR 163, Sinop MT, novembro 2017 110
A CPT todo ano
publica o
CADERNO DE
CONFLITOS NO
CAMPO
Na Amazônia
publicamos o
ATLAS DE
CONFLITOS NA
AMAZÔNIA
(www.cptnacional.
Registrando
assassinatos,
agressões,
ameaças,
violência contra
bens, casas, posses
contra
camponeses por
problemas agrários
ou de gestão dos
territórios.
112
•“O sangue derramado
pelos verdadeiros
pastores e pastoras
que deram a vida pela
vida dos irmãos, nos
desafia e nos anima a
acreditar…”
• A. Maria Rizante e Sandro
Gallazzi / Caderno de Conflitos
no Campo 2016.
Romaria Padre Ezequiel Ramín (+24/7/1985)
Rondolândia MT 21/7/2017
114
• COMISSÃO PASTORAL DA TERRA de RONDÔNIA
• ARTICULAÇÃO DA AMAZÔNIA
• zezinhocptro@gmail.com
articulacaodaamazonia@gmail.com
http://cptnacional.org.br
http://cptrondonia.blogspot.com

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Campanha de Fraternidade 2018 e violência no campo em Rondônia (Brasil)

  • 1. 20 •Violência e cobiça pela Amazônia CF - 2018 •Articulação da Amazônia •COMISSÃO PASTORAL DA TERRA •RONDÔNIA
  • 2. A uma campanha da fraternidade sobre a natureza (CF2017) segue outra sobre a violência (CF2018). 21
  • 3. As raízes da violência no campo 22 •Violência contra os trabalhadores rurais e contra os povos tradicionais. •No Brasil, a violência no campo tem suas raízes no passado colonial. •Além do genocídio indígena e da tragédia homicida que foi a escravidão, o país se muniu, durante os séculos XIX e XX, de instrumentos legais para privar pobres e afrodescendentes do acesso à terra. (CF 2018)
  • 4. Esta violência no campo começa pela injusta distribuição das terras, uma des-ordem estabelecida. 23
  • 5. Campanha Fraternidade, texto base: •O bem comum da terra foi destinado prioritariamente à formação dos grandes latifúndios. •Enquanto os mais pobres foram submetidos a trabalhos extenuantes, sem receber em troca qualquer garantia social. • Essa violência e injustiça, que predominou por décadas, vem se intensificando em tempos recentes. (CF 2018) 24
  • 6. Na Amazônia sofre a natureza e sofrem os povos. •A floresta é devastada. •Povos tradicionais, posseiros e pequenos agricultores são expulsos dos seus territórios e condenados ao subemprego nas periferias urbanas. 25 Comunidade Santa Ana, Coroatá MA Acampamento Boa Sorte, Candeias Jamari
  • 7. Até planos de manejo “sustentável” de madeira e de crédito de carbono expulsam seringueiros das florestas do Acre. 26 Riozinho do Rola, Rio Branco AC
  • 8. 27 A madeira clandestina provoca violência e morte na Amazônia.
  • 9. •Amazônia é um dos biomas mais cobiçados internacionalmente. • Considerada uma das últimas reservas de terra “agriculturáveis” do mundo. •Um dos principais motivo da expansão das pastagens é a grilagem de terras para especulação fundiária. 28
  • 11. 30 •A destruição ambiental é resultado de um modelo devastador e excludente. •Que transforma a terra do povo em terra de negócio e de lucro apenas para alguns.
  • 12. A grilagem de terras é a primeira causa do desmatamento •“Na região, é comum a máxima “dono é quem desmata”, •De fato as terras desmatadas ilegalmente acabam integradas ao mercado, •e quem derrubou a floresta é reconhecido como dono, lucrando muito com a venda ou a exploração da terra grilada.” • (Mauricio Torres e Sue Branford) 31 AJ Vilela, que tem o recorde da maior multa aplicada pelo Ibama a um indivíduo por crimes ambientais: R$332,765,736.50
  • 13. 32 Pasto atacado por invasoras. S. Miguel do G. Ro Degradação do solo. •Depois do desmatamento os melhores nutrientes esgotam rapidamente. •O plantio de capim (braquiarão) impede a floresta recuperar e proteger o solo com cobertura vegetal. •Com excesso de gado e compactação do chão, os pastos são atacados por invasoras e degradam-se em poucos anos.
  • 14. 33 Erosão e desertificação. •Com o corte raso permanente a parte orgânica do solo é rapidamente lavado pela chuva após perder a proteção da cobertura vegetal. •Elementos como manganês e alumínio são pouco solúveis, por isso, resistem as chuvas e deixando o solo ácido (lixiviação) e infértil para o plantio.
  • 15. 34 • A difícil regeneração das pastagens também empurra a pecuária para novas frentes de desmatamento da floresta. • Atrás dela vem a mecanização as monoculturas e o agrotóxico.
  • 16. 35 Indígena tupari TI R Branco Agricultura tradicional amazônica •Enquanto a agricultura tradicional indígena de derrubada e queima da floresta é rotatória. •Abandonando a roça depois do primeiro ou segundo ano de produção, dando tempo a floresta de se recuperar.
  • 17. 36 •Utiliza as praias na vazante dos grandes rios dispensando o uso de adubação, irrigação e aplicação de herbicidas, o que favorece o cultivo agroecológico. •A um custo de produção consideravelmente baixo. • (fonte Embrapa RO) Agricultura tradicional de várzea
  • 18. •População ÁREA (Km2) % •Povos indígenes 1.034.831,67 20,54 •Com. Quilombolas 5.669,82 0,11 •Extrat. e riberinhos 71.666,21 1,42 •Posseiros e colonos 242.413,93 4,81 •Assentados 144.741,01 2,87 •Ocupações 4.050,07 0,08 •TOTAL 1.503.372,71 29,83 37 Estimativa de territórios ocupados na Amazônia em 2006 (IBGE):
  • 19. Unidades de conservação: •TIPO ÁREA (Km2) % - UCs federais de proteção integral 262.271,23 5,24 - UCs federais De uso sustentável 320.708,30 6,41- - UCs- Estatais de proteção integral 45.579,15 0,91 - UCs estaduaiss De Uso Sustentável 204.907,84 4,10 - TOTAL 833.466,52 16,66 38
  • 20. Grandes propiedades: 39 •TIPO ÁREA (Km2) % Medias propiedades 247.078,79 4,90 Grandes propiedades 1.319.214,02 6,19 Árees griladas 704.629,58 13,99 •TOTAL 2.270.922,37 45,08
  • 21. • Fonte: IPAM 40 Atualmente cerca de 8% do território dos estados amazônicos (41,8 milhões de hectares) encontra-se destinado aos 3.589 assentamentos de reforma agrária. 39% do número de assentamentos e 81% da área destinada a reforma agrária no país.
  • 23. •Os camponeses mais conscientes lutam por alternativas de produção, sem agrotóxico, respeitar o meio ambiente, proteger as águas e o chão, e valorizar a cultura camponesa. •“Produzir sem destruir”. JOSÉ OSSAK, SERINGUEIRAS 42
  • 24. Pela conservação das águas, recuperação de nascentes, matas ciliares e igarapés assoreados. SERINGUEIRAS 43 P. Natureza Viva Seringueiras
  • 25. Br 429, São Domingos dio Guaporé •Mecanização, agronegócio e agrotóxicos. •A terra barata amazônica faz avançar as monoculturas, como a soja, o dendê, o arroz, o milho, o algodão e o eucaliptus. •Monoculturas e os agrotóxicos expulsam o povo e são o ecocídio de biodiversidade.
  • 26. 45 Fonte: Impactos da moratória da soja sobre a dinâmica da soja e do desmatamento em Mato Grosso, Brasil. Greenpeace. De 2002 a 2012 a presença da soja cresceu mais de 20% na região Amazônica.
  • 27. 46 •A soja passou de 180.000 Ha em 1996 para 670.000 Ha em 2006. •Aumento de 370%. (greenpeace) •A cotação internacional do preço da soja faz aumentar ou reduzir o valor da terra em todo o Brasil. • provocando maior desforestação, especulação e grilagem de terras.
  • 28. 47 A mudança climática e o aquecimento global provoca um cenário de "savanização“ (conversão em cerrados) da Amazônia.
  • 29. 48 Resex Angelim Machadinho, RO 2016 Nem as Unidades de Conservação escapam ao saque da madeira e a depredação dos grileiros
  • 30. Muitas unidades de conservação da Amazônia, estão seriamente comprometidas por saques de madeira e desmatamento.Entre elas duas de Rondônia: a Resex Rio Preto Jacundá (Machadinho). Fonte: Imazon. 49 (Mapa: Imazon)
  • 31. E a Resex de Jaci Paraná (Porto Velho) Fonte: Imazon. 50
  • 32. 51 Por causa dos saques de madeira e a grilagem, muitos indígenas, seringueiros e extrativistas são perseguidos, ameaçados e assassinados. Resex Massaranduba / Machadinho RO
  • 33. 52 O ARCO DO DESMATAMENTO A desforestação avança por um “arco de fogo” para o interior da Amazônia.
  • 34. E a violência no campo acompanha também o Arco do Desmatamento 53
  • 36. 55
  • 37.  Somente em 2016 foram registradas na Amazônia Legal 74.692 famílias atingidas por ocorrências de conflitos pela terra. Acampamento Quintino Lira, Santa Luzia PA 56
  • 38. 57 Despejo seringal Catapará AC  Na Amazônia, em 2016 foram 1.210 famílias expulsas sem ordem judicial e 4.348 famílias despejadas judicialmente; ameaças de expulsão ou de despejo 28.254 famílias. TD Urupã, Machadinho do Oeste, junho 2017
  • 39. 58 Incêndio acampamentos Em Cacaulândia RO em 05/042016 E em Anapu PA 20.10.16 Atingidas por pistolagem 11.354 famílias.
  • 40. 59 Ataque em Nova Guarita MT •Com milhares de roças, pertences e casas destruídas
  • 41. 60 Fazenda Sabiá Caxias MA •Com ocorrência de violência – envolvendo ameaças, mortes, prisões, agressões físicas e ações judiciais contra comunidades e lideranças camponesas, indígenas e sindicais.
  • 42. •É o avanço truculento do capital em toda a Amazônia, onde o Estado usa dos investimentos públicos para abrir caminho para a expansão dos setores que buscam controlar e explorar as riquezas naturais existentes. 61 Garimpo diamantes indígenas Cinta Larga RO
  • 43. •A flexibilização da legislação ambiental para pecuária, construções de hidrelétricas, hidrovias, ferrovias, portos, mineração, prioridade dos investimentos públicos. 62 Belo Monte Rio Xingu PA
  • 44. 63 •E o saque dos recursos naturais, facilitado pelas autoridades.
  • 45. A pressão das mineradoras. •Quase 80% das pesquisas minerais no Pará estão em áreas de uso restrito, como assentamentos rurais, áreas de preservação ambiental, territórios indígenas e quilombolas. 64
  • 46. •Os grandes projetos que chegam à Amazônia estão voltados para interesses externos. •A exportação de madeira, do minério, da carne, da soja e até de energia 65
  • 47. 66 Ferreira Gomes AM •Para países que não querem arcar com os custos socioambientais dessas atividades e exercem enorme pressão sobre as populações locais, ribeirinhos, posseiros, extrativistas, pequenos agricultores e indígenas. •Tudo isso deságua em violência no campo, devastação ambiental e impactos sociais.
  • 48. 67 A indústria da soja transforma Amazônia em um tabuleiro de grandes obras. (The Intercept)
  • 49. • F: W. Pignati UFMT 68 E envenena nosso chão
  • 50. 69 Soja em Vilhena RO O crescimento de conflitos pela água e os provocados pelo avanço da soja, do agronegócio e da mineração parecem andar de mãos dadas. As usinas hidrelétricas não pretendem apenas produzir energia, mas escoar grãos e minério.
  • 51. 70 Encontro de acampados em Nova Guarita MT •Grande parte da violência se dá em torno das terras públicas do Estado e da União, •Griladas por grandes fazendeiros e empresários que perceberam que o crime compensa porque a impunidade é a regra.
  • 52. •A presença de pistoleiros, capangas, coronéis e jagunços, e de milícias de policiais está presente em toda a Amazônia, cruzando os estados, •defendendo o latifúndio, madeireiros, fazendeiros e grupos políticos a qualquer custo. 71 Armas apreendidas em fazenda de Cujubim RO em 2016
  • 53. •Os agricultores, ribeirinhos e seringueiros chamam o munic de Boca do Acre, como “terra sem lei”. A polícia a serviço do latifúndio constantemente faz reintegrações de posses de fo violenta queimando e derrubando casas, queimando planta e utilizando da força brutal para retirar as famílias do local. 72 Grupo de Boca do Acre
  • 55. FONTE: ATLAS DE CONFLITOS NA AMAZONIA, CPT 74
  • 56. 75
  • 57. 76
  • 58. 77 •Atualmente 35 municípios possuem conflitos no campo do total de 52 municípios existentes em Rondônia (IBGE, 2017), ou seja, 67% dos municípios no estado de Rondônia estão envolvidos em conflitos no campo. •F: ATLAS DE CONFLITOS DA AMAZONIA, CPT Acamp. Jhones Santos /Faz. Amarelina L. 206 de Ji Paraná
  • 59. •A crise política brasileira dos últimos anos (golpe), agravada por escândalos de corrupção e golpe da direita neocolonial em meados de 2016, •forma parte da realidade de conflitos e violência na Amazônia e dos grandes desafios para os próximos anos. 78
  • 60. 79 •O atual ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, é acusado de grilagem de terras dentro do Parque Serra Ricardo Franco, unidade de conservação localizada no Mato Grosso. (The Intercept)
  • 61. 80 Comunidade Santana Coroatá MA •“Há um ambiente muito mais favorável para grilagem em Brasília” (The Intercept) •“A estratégia do setor rural, representada pela Frente Parlamentar da Agropecuária, é fragilizar e neutralizar o alcance da legislação ambiental e dos direitos territoriais dos povos e comunidades tradicionais.” • Adriana Ramos, ISA
  • 62. •As mudanças políticas complicam ainda mais a implementação das agrária e regularização fundiária das comunidades tradicionais. •Esse retrocesso tem gerado impactos direto nas demandas das grupos acampados por políticas públicas da reforma agrária, ocupações e grupos de posseiros. 81 Acampamento Fidel Castro, Mirante da Serra RO
  • 63. •A maioria dos processos administrativos de regularização fundiária, reconhecimento de territórios indígenas, quilombolas e de criação de assentamentos de reforma agrária no INCRA e Terra Legal estagnaram. Comunidade quilom Pedras Negras. S Fc RO Forte Príncipe da Beira, Costa Marques Santo Antônio do Guaporé, S Fco. Do Guaporé
  • 64. 83 Protesto de indígenas no Maranhão •De 778 conflitos registrados por terra e por águas na Amazônia, a maioria atinge os mais antigos moradores da região. •212 ocorrências de conflitos correspondem a comunidades tradicionais (extrativistas, seringueiros, ribeirinhos, pescadores e quilombolas) • 09 grupos atingidos por barragens.
  • 65. 84 Boca do Acre •202 conflitos com posseiros e •73 de pequenos agricultores (assentados, pequenos proprietários e trabalhadores rurais).
  • 66. Na Amazônia houve menos de um terço (29,38%) do total de novas ocupações de terras de todo o Brasil, e apenas 18% das famílias brasileiras engajadas em novas lutas pela terra. 85 Acampamento em Natal Feliz MT
  • 67. Amazônia em disputa 86 Linha 50 Nova Brasilândia RO Porém 90% da área em disputa de todo o Brasil em 2016, 22.810.488 hectares, está na Amazônia.
  • 68. 87 •192 camponeses presos e 257 detentos ou ameaçados de prisão. Criminalização da luta pela terra Linha 204, Ouro Preto do O. RO
  • 69. Em RO: Presos 88 Detidos ou ameaçados de prisão 121
  • 70. 89 As providências são tratar os conflitos agrários apenas como problema policial e concentraram- se no sentido de reprimir a demanda dos camponeses, em reintegrações de posse, perseguição e prisões. Dona Margarida, da Associação Água Viva, de Chupinguaia RO, posseira condenada a 9 anos e 10 meses por tentar retornar a sua casa.
  • 71. Se concentraram na região amazônica •48 dos 61 assassinatos do Brasil (79%), •tentativas de assassinato (68%); •ameaças de morte registradas (86%); •agressões físicas (68%). Em 2016 a Amazônia Legal foi a região do Brasil mais atingida pela violência contra camponeses. 90 Assassinato de dois jovens sem terra em Cujubim, RO 2016
  • 72. 91 •A luta pela conquista da terra concentrou a maior parte das mortes (60%), vitimando de forma predominante lideranças e agricultores sem terra (29 mortes). •Com exceção do Estado Maranhão, onde a violência foi maior contra indígenas (09 assassinatos) e quilombolas (02 assassinatos) empenhados na retomada dos seus territórios.
  • 73. 92
  • 74. 93
  • 75. 94
  • 76. •Rondônia concentrou os piores registros de violência e de mortes no campo em 2015 e 2016 de todo o Brasil. •Especialmente virulenta com registro em Rondônia de mais de 41 assassinatos de camponeses em conflitos no campo, de total de 101 no Brasil (40,5%). 95 Izaque e Edilene 13/09/2016
  • 77. 96 •Com poucas exceções, a maioria de crimes contra camponeses restam impunes. Impunidade Fórum Ariquemes, Outubro 2017
  • 78. A violência no campo de Rondônia Acampamento Enilson Ribeiro / Fazenda Bom Futuro Seringueiras
  • 79.
  • 80. •Rondônia concentrou os piores registros de violência e de mortes no campo em 2015 e 2016 de todo o Brasil. •Acompanhando toda a região amazônica, que liderou a violência no campo do Brasil nestes anos. •Especialmente virulenta com registro em Rondônia de mais de 41 assassinatos de camponeses em conflitos no campo, de total de 101 no Brasil (40,5%) em 2015 e 2016. •Mais de 17 assassinatos em 2017
  • 81. 100 •Em Rondônia, a região de Ariquemes, no Vale do Jamari é o olho do furacão, onde aconteceram 17 da 21 mortes do estado em 2016 e a maioria de 2017. •A região explodiu numa espiral de violência.
  • 82. Dados de violência contra a pessoa de 2016 RONDÔNIA Violência contra a pessoa 2016 Nº de conflitos 172 Assassinatos 21 Tentativas de assassinatos 10 Ameaçados de morte 40 Agredidos fisicamente 141 Presos 88 Detidos ou ameaçados de prisão 121
  • 83. 102 •Pelo menos 20 das mortes entre 2015 e 2016 são relacionadas ao movimento do LCP, entre eles um dos seus coordenadores, Enilson Ribeiro dos Santos.
  • 84. 103 •Nove posseiros do P.A. Taquaruçu do Norte, assassinados por quatro pistoleiros contratados por um empresário madeireiro. •O grupo chegou à comunidade, invadiu os barracos e matou, com tiros de armas calibre 12 e golpes de facão, quem estava dentro. •Algumas vítimas foram mortas enquanto trabalhavam na terra. •De acordo com a perícia, houve tortura, pois vários corpos estavam amarrados e dois foram degolados. •A região é alvo de intenso conflito agrário em razão de seu elevado potencial madeireiro e minerário. 2017 está marcado pela chacina da Gleba Taquaruçu do Norte, em Colniza MT, no dia 19 de abril.
  • 85. E de Pau d Arco, Pará, no dia 24 de maio de 2017. 104
  • 86. Ataque ao Povo Indígena Gamela, Maranhão. 105 A ação mais violenta ocorreu em 30 de abril do ano 2017 quando os indígenas foram atacados por pistoleiros e fazendeiros que, juntamente com políticos incitaram e convocaram populares para pôr fim ao que chamam de “invasões feitas por falsos índios”. Nesse ataque ficaram feridos 22 indígenas, cinco foram baleados e dentre estes dois tiveram mãos decepadas.
  • 87. 106 •A violência no campo está acompanhada da não menos importante guerra de propagando na mídia, sendo a maior parte das informações originadas pelos fazendeiros e por fontes policiais, inflamadas por uma coorte de comentaristas virtuais, que estigmatizam todo apoio à causa dos sem terra.
  • 88. •As ações são atribuídas a qualquer grupo sem- terra e indiscriminadamente todos os movimentos sociais e defensores dos direitos humanos.
  • 89. •Todos os movimentos sociais e defensores dos direitos humanos acabamos sendo igualmente tratados como “criminosos” e “terroristas”. 108 Lideranças do rio Arapiuns e agentes da CPT de Santarém processados
  • 90. 2012 934 846 817 1012 2012 2013 2014 2015 2016 Manifestações Linear (Manifestações) Total 314.615 Manifestações 2012 - 2016 Cresce a repressão. Mas também a resistência.
  • 91. BR 163, Sinop MT, novembro 2017 110
  • 92. A CPT todo ano publica o CADERNO DE CONFLITOS NO CAMPO Na Amazônia publicamos o ATLAS DE CONFLITOS NA AMAZÔNIA (www.cptnacional.
  • 93. Registrando assassinatos, agressões, ameaças, violência contra bens, casas, posses contra camponeses por problemas agrários ou de gestão dos territórios. 112
  • 94. •“O sangue derramado pelos verdadeiros pastores e pastoras que deram a vida pela vida dos irmãos, nos desafia e nos anima a acreditar…” • A. Maria Rizante e Sandro Gallazzi / Caderno de Conflitos no Campo 2016. Romaria Padre Ezequiel Ramín (+24/7/1985) Rondolândia MT 21/7/2017
  • 95. 114 • COMISSÃO PASTORAL DA TERRA de RONDÔNIA • ARTICULAÇÃO DA AMAZÔNIA • zezinhocptro@gmail.com articulacaodaamazonia@gmail.com http://cptnacional.org.br http://cptrondonia.blogspot.com