Caderno 3

1. Estudo de Caso
Situação número 4
“Eu tinha 17 anos, estava no 2º ano do Ensino Médio da Escola Eulália, em
Embu das Artes, na Grande São Paulo, e meus projetos profissionais iam da
computação à oceanografia. Durante um projeto desenvolvido na nossa escola,
em 2010 e 2011, com diversas oficinas, um grupo de 25 alunos, de várias
idades, da minha escola e de outras escolas da região, teve a ideia de criar a
Oficina de Quadrinhos. Depois que terminaram as oficinas, eu e três amigos
(Marcelo de Lima Felix, 19 anos; Julien, 19 anos e Renato Rodrigues da Silva,
20 anos) montamos em minha casa um espaço onde produzimos páginas para
a Web e trabalhos gráficos. Hoje, já alugamos uma casa e criamos um portal –
o Icult (Instituto Cultural) -, com um guia cultural da região de Embu e Taboão
da Serra. O portal exibe nossos quadrinhos e animações e divulga outros
artistas. As oficinas de quadrinhos feitas na escola deram um rumo novo à
minha vida. Minhas prioridades, agora, são fazer a faculdade de Engenharia
Eletrônica, criar um estúdio de desenhos animados e produzir revistas em
quadrinhos.”
Henrique Cesar Gallo, São Paulo.
Que fatores curriculares, pedagógicos e metodológicos, no contexto dessa
escola, podem ter contribuído para a visão empreendedora do aluno?
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2. Estudo de Caso
Situação número 5
“O que buscamos?
Todos os dias, ao chegar à escola, vejo desânimo no rosto de muitos
alunos e professores. E eu sempre me pergunto: É possível mudar isso? Como
jovem cheia de sonhos que sou, preciso acreditar que sim, afinal para que a
mudança aconteça não é necessário primeiro sonhar e acreditar?
Na escola dos meus sonhos há espaço para a descoberta: descoberta da
vocação, descoberta do que nos faz feliz, descoberta de quem somos e o que
queremos, descoberta do outro e do que nos rodeia. Mas, o que se faz
necessário no Ensino Médio hoje para que isso de fato aconteça?
Acredito que o primeiro passo é o acesso a conteúdos extra-curriculares
que direcionem os alunos a uma escolha vocacional e despertem a nossa
curiosidade, pois para aprender, é preciso que haja vontade. Como diz Adélia
Prado: “Não quero a faca e o queijo. Quero a fome”. A partir da escolha feita, o
currículo do aluno deveria ser montado a partir de seus próprios interesses,
como já ocorre em países como o México, por exemplo. O segundo passo,
seria transformar a escola em um lugar de acolhimento dos sonhos e
perspectivas, e que oferecesse condições para que eles se tornassem reais.
Porém essa preparação iria muito além de laboratórios equipados e acesso a
disciplinas diferenciadas.
Porém, para que o sonho se torne realidade, se faz necessário atitude por
parte de todos. Não só dos governantes para que invistam na educação, mas
também comprometimento dos estudantes, professores, pais e toda a
comunidade escolar.
Receber uma base para a vida é também aprender a fazer escolhas,
socializar, ter ética, respeitar o próximo, enfim, muito além da teoria dos livros,
pois a vida não tem manual de instruções.”
Aluna: YRF, 16 anos, Escola Estadual do Parque São Jorge, Uberlândia-MG
No ponto de vista do grupo, considerando o depoimento da aluna, a escola está
preparada para “aguçar a fome” da nossa juventude? Quais estratégias podem
contribuir para aumentar o espaço de participação e o interesse dos jovens pelas
atividades propostas na escola?
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