Este documento resume as negociações salariais dos bancários no Brasil. A proposta da associação dos bancos oferece apenas um reajuste de 8% a 8,5%, aquém do lucro dos bancos. Além disso, os bancos querem compensar os dias de greve, punindo os grevistas. O documento defende a continuação da greve para conseguir uma proposta melhor que melhore as condições de trabalho.
1. Este é um boletim da Oposição Bancária – Rio Especial Banco do Brasil
VAMOS MUDAR O RUMO DA
CAMPANHA SALARIAL DESTE ANO!
Vamos dizer NÃO a este acordo rebaixado e à compensação dos dias de greve!
Depois de 22 dias de greve a proposta da Fenaban se resume ao reajuste rebaixado de
8% e 8,5% no piso. Esse reajuste está muito aquém das possibilidades dos bancos que
lucram cada vez mais bilhões. Porém, está de acordo com a ganância dos banqueiros e com
roteiro da Contraf/CUT, que rebaixa os interesses da categoria à farsa de um
mínimo aumento real ou da “unidade da categoria”. E, mesmo assim, sequer o piso de 8,5%
está sendo estendido aos bancos públicos.
Dias de greve: Nós não temos que pagar nada!
As negociações ficaram travadas por horas devido a um impasse na questão dos dias de
greve e, por fim, foi fechada mais uma vez uma proposta que fala da compensação das horas
de greve. Os bancos usam a compensação para punir os grevistas e jogar os bancários contra
este instrumento legítimo de luta dos trabalhadores. A greve se estende devido à
intransigência dos banqueiros e do governo em negociar com os bancários! Por isso,
queremos o que é justo: o abono total dos dias de greve!
Queremos negociações específicas de verdade!
Nas questões específicas dos bancos públicos não houve avanços. Depois de fechada a
negociação com a Fenaban, no meio da madrugada desta sexta-feira, ocorreram, às pressas,
as negociações com o BB e a Caixa. As propostas foram divulgadas no início da manhã e a
Contraf/CUT está orientando sua aprovação.
Desde o início da greve afirmamos que a nossa luta não é por mais 1 ou 2% no
índice da Fenaban! Não é também só pelo índice! É, sobretudo, pelas questões
específicas!
Vamos exigir do governo federal negociações de verdade no BB e na Caixa, que
discutam as questões mais importantes para seus funcionários e atendam suas
reivindicações.
As ruas apontam o caminho! Esse é o momento para uma greve de verdade!
Vivemos um momento único na conjuntura do país. A nossa greve acontece em um
contexto diferente dos outros anos. Há lutas fortes de várias categorias por toda parte, com
destaque para a educação do Rio de Janeiro que protagoniza uma greve histórica contra os
governos de Eduardo Paes e Sérgio Cabral.
Precisamos aproveitar este momento e arrancar uma proposta compatível com os lucros
que produzimos, que nos traga direitos e que transforme de fato as condições de trabalho
cada vez mais massacrantes que vivemos dentro dos bancos.
VAMOS REJEITAR A PROPOSTA E AMPLIAR E FORTALECER A GREVE!
BB: BOM PRA QUEM?
O BB faz 205 anos neste sábado, dia 12/10. O seu maior patrimônio é o
funcionalismo que constrói todos os dias os resultados alcançados por essa empresa. E,
BB: BOM PRA QUEM?
Um chamado a tod@s @s bancári@s!
A partir daqui, se a assembleia deliberar pela continuidade da greve, é fundamental a
presença de todos os diretores do sindicato e demais bancários nas atividades da greve e
na sua condução.
Aqueles que ainda não aderiram à greve devem aderir! Aqueles que já aderiram, mas
ainda não estão participando das atividades da greve, devem participar!
Sabemos qual tem sido o papel das direções dos sindicatos da CUT: de desmontar a greve
quando o Comando Nacional orienta a aceitação das propostas. Por isso, devemos tomar
em nossas mãos o controle da greve e pressionar o sindicato que cumpra o seu papel de
garantir as decisões tomadas pela base da categoria.
Somente com a participação de todos os bancários seremos capazes de dar um novo rumo
à campanha salarial e à nossa greve, capaz de nos trazer conquistas de fato.
2. BB: BOM PRA QUEM?
O BB faz 205 anos neste sábado, dia 12/10. O seu maior patrimônio é o funcionalismo
que constrói todos os dias os resultados alcançados por essa empresa. E, justamente, na
véspera de completar os seus 205 anos, qual presente o BB nos reserva? Se nega a avançar
nas principais reivindicações do funcionalismo e cumpre um papel terrível na mesa da
Fenaban, querendo de todas as formas impor a punição aos grevistas através da
compensação dos dias de greve. Representantes do Comando Nacional informaram que o BB
foi quem insistiu na cláusula de compensação durante as negociações.
Nesta sexta-feira, véspera dos 205 anos do BB, não temos nada a comemorar!
Uma proposta sem avanços
A proposta apresentada pelo banco e divulgada na manhã de hoje pela Contraf/CUT
parece mais uma carta de intenções do que um acordo coletivo a ser assinado por duas
partes. Está repleta de itens que não entrarão como cláusula do acordo. A Contraf,
defendendo esta proposta, está nos dizendo para confiar nas boas intenções da atual direção
do BB. Mas a experiência que temos nos aponta para o contrário. Nos recordamos bem o que
o banco fez com o Plano de Funções no ano passado. Entrou na proposta como um
compromisso e depois se transformou em um ataque aos nossos direitos. A direção do
banco não cumpre nem o que está escrito no acordo, como aconteceu com a exigência de
3 avaliações ruins para descomissionamento, e quer que acreditemos que irá cumprir
com aquilo que não consta no acordo. Além disso, mais uma vez o BB pretende reajustar
o piso em um índice inferior ao da Fenaban!
Na prática, o único avanço que houve foi o meio ponto para os caixas-executivos
no PCR. Todo o restante não configura como "novos direitos".
E a questão mais importante para o funcionalismo neste momento, que se refere ao
assédio moral e os descomissionamentos, não obteve nenhum avanço concreto. Não
conseguimos sequer a reversão da GDP vinculada a metas individuais. O Banco se
comprometeu, também sem cláusula no acordo, que levará em consideração as
demandas de Ouvidoria “procedentes” na seleção de gestores para a rede de agências.
No entanto, sabemos que os Comitês de Ética são totalmente controlados pelo BB e que
na definição de denúncia “procedente” não são considerados critérios objetivos.
A proposta do BB não tem nenhum avanço significativo. É mais uma enrolação,
para que ele possa manter o seu modelo de gestão, baseado em muito assédio moral
sobre o funcionalismo.
Este não é o limite do BB e está muito aquém das nossas necessidades.
Assim, propomos a seguinte contraproposta a ser apresentada à direção do
banco:
*Jornada de 6 horas sem redução salarial;
* Fim das reestruturações e terceirizações na área meio;
* Reajuste do piso igual ao do BRB (R$2.250,00);
* Fim das metas individuais como critério de avaliação na GDP;
* Fim da lateralidade e a volta das substituições;
*Incorporação das comissões aos salários após 10 anos;
*Fim dos descomissionamentos e demissões por ato de gestão;
*Nos PSO's, a extinção do conceito de caixa lider, nomeação de todos os caixas
substitutos e aumento de 30% da dotação (Gemod e Caiex) do PSO nas SOP;
*Abono total dos dias de greve.
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