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Governo do Estado de São Paulo 
Geraldo Alckmin Governador 
Secretaria de Estado do Meio Ambiente 
José Goldemberg Secretário 
Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico 
e Educação Ambiental 
Lúcia Bastos Ribeiro de Sena Coordenadora 
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 
Rubens Lara Diretor Presidente
3 
Ficha catalográfica
4 
SUMÁRIO 
1. APRESENTAÇÃO 
2. O QUE É UM ATERRO EM VALAS 
3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ÁREAS 
4. CÁLCULO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO 
5. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO 
6. OPERAÇÃO DO ATERRO EM VALAS 
7. MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS PELO PROGRAMA ATERRO EM VALAS 
8. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS 
9. REFERÊNCIAS: 
· LEGISLAÇÃO 
· BIBLIOGRÁFICA 
ANEXO: MODELO DE PROJETO EXECUTIVO DE ATERRO EM VALAS
5 
1.APRESENTAÇÃO 
O adequado gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos municípios, sejam estes 
de pequeno ou grande porte, apresenta-se como um dos principais desafios a ser 
enfrentado pelos administradores públicos. 
A avaliação dos dados relativos aos Índices de Qualidade de Resíduos – IQR, 
elaborados conforme levantamentos realizados pela Companhia de Tecnologia de 
Saneamento Ambiental – CETESB em 1997, 1998 e 1999, demonstrou que os 
municípios em situação irregular, na sua grande maioria constituídos por uma 
população inferior a 25.000 habitantes, geram menos que 10 toneladas de resíduos por 
dia, acarretando graves consequências ambientais e de saúde pública. 
Para viabilizar novos empreendimentos, ou mesmo recuperar os atuais, estes 
municípios enfrentam dificuldades de ordem técnica, operacional e financeira. 
Face a estas questões, o governador Mário Covas, através do Decreto nº 44.760, de 
13 de março de 2.000 e do Decreto nº 45.001, de 27 de junho de 2000, fixou como 
meta, mediante a liberação de recursos financeiros, atender 80% desses municípios, 
nos quais os resíduos sólidos domiciliares devem receber tratamento adequado. 
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a CETESB estabeleceram um Plano de 
Ação, no qual, considerando o porte dos municípios contemplados, a Implantação de 
Aterro em Valas foi definida como a solução técnica mais adequada para a disposição 
dos resíduos sólidos gerados nesse municípios. 
O presente texto pretende oferecer subsídios aos prefeitos e técnicos municipais para 
viabilizar a habilitação e a efetiva implantação do Programa Aterro Sanitário em Valas. 
O acompanhamento da execução dos convênios celebrados permitiu à Coordenação 
de Implantação constatar inúmeros procedimentos incorretos, tanto com relação aos 
quesitos administrativos e financeiros quanto aos quesitos técnicos. 
As incorreções mais freqüentes nos procedimentos administrativos e financeiros, em 
geral constatadas nas prestações de contas, consistem em: 
· não apresentação de todos os documentos comprobatórios das despesas realizadas; 
· não apresentação de documentos comprobatórios da movimentação bancária da 
conta vinculada ao convênio; 
· não aplicação financeira dos recursos transferidos ao município;
· não apresentação dos relatórios (Anexos) exigidos pelo Termo de Convênio; 
· preenchimento incorreto dos relatórios exigidos pelo Termo de Convênio; 
· falta de assinaturas dos representantes municipais designados para acompanhar a 
execução do acordo, tornando sem efeito os relatórios e a prestação de contas 
apresentados; 
· descumprimento do Plano de Trabalho, tanto no que diz respeito à execução física 
6 
quanto aos prazos propostos para cada atividade inclusa no PT; 
· utilização dos recursos com caráter indenizatório. 
Tais incorreções, além de outras menos freqüentes, têm o condão de retardar a 
execução do objeto do convênio, implicando procedimentos adicionais - a prorrogação 
do prazo de vigência do acordo é um exemplo típico. Como agravante, há incorreções 
que caracterizam infringência às cláusulas do contrato, penalizando o município. 
Por seu lado, o acompanhamento técnico realizado por meio de vistorias nos aterros, 
permitiu à Coordenação Técnica constatar que cerca de 40% deles apresentaram 
condições operacionais inadequadas ou irregulares. As desconformidades constatadas 
com maior freqüência são as seguintes: 
· valas abertas em desacordo com o projeto executivo aprovado pela Cesteb; 
· resíduos dispostos fora das valas, a céu-aberto; 
· abertura e fechamento de valas em desacordo com os procedimentos técnicos; 
· não recobrimento diário dos resíduos dispostos na valas; 
· queima de resíduos a céu-aberto; 
· disposição de resíduos hospitalares em aterro destinado a resíduos domiciliares; 
· presença de aves e outros animais; 
· presença de catadores; 
· separação de resíduos recicláveis na área do aterro. 
A observância das diretrizes propostas possibilitará otimizar os prazos de execução 
do convênio, tanto por parte da SMA, quanto por parte dos municípios.
7 
2. O QUE É UM ATERRO EM VALAS 
O maior problema encontrado pelos municípios de pequeno porte e de escassos 
recursos financeiros para a construção de aterros sanitários é o da disponibilidade de 
equipamentos para a sua operação. Os tratores de esteiras, utilizados nos aterros, têm 
custo de aquisição e manutenção muito altos. Deve-se considerar, também, que o 
menor trator de esteiras disponível no mercado nacional tem capacidade para operar 
até 150 toneladas de resíduos por dia. Assim, para as cidades que geram quantidades 
de lixo muito inferiores a esse limite, teremos longos períodos de ociosidade do 
equipamento, o que, invariavelmente, resultará na utilização desse equipamento em 
outras obras no município. Logo, o aterramento dos resíduos fica relegado a um plano 
secundário, com a conseqüente transformação do aterro num simples depósito a céu 
aberto. Esse é o grande obstáculo oferecido por todos os tipos de aterro, quando 
aplicados a pequenas comunidades, exceto aqueles desenvolvidos em valas e 
operados sem a utilização de equipamentos. 
Esta técnica consiste no preenchimento de valas escavadas com dimensões 
apropriadas, onde os resíduos são depositados sem compactação e a sua cobertura 
com terra é realizada manualmente. Os equipamentos são, portanto, imprescindíveis 
apenas na fase de abertura das valas. 
O confinamento dos resíduos sem compactação impede o aproveitamento integral da 
área a ser aterrada, fato que torna esse processo de utilização não recomendada para 
a maioria das comunidades com produção de resíduos superior a 10 toneladas por dia. 
Acima dessa produção, a sua utilização implica na abertura constante de valas, 
tornando-o inviável técnica e economicamente. 
A escavação de valas exige também condições favoráveis tanto no que se refere à 
profundidade e uso do lençol freático, como na constituição do solo. Os terrenos com 
lençol freático aflorante ou muito próximo da superfície são impróprios para a 
construção desses aterros, uma vez que possibilitam a contaminação dos aqüíferos. Os 
terrenos rochosos também não são indicados devido às dificuldades de escavação. 
Outro fator limitante são os solos excessivamente arenosos, já que estes não 
apresentam coesão suficiente, causando o desmoronamento das paredes das valas. 
Quando as condições forem semelhantes às descritas, recomenda-se o estudo de 
outras alternativas construtivas para os aterros sanitários, a despeito da eventual 
inviabilidade econômica. 
Nas escavações das valas pode ser utilizado praticamente qualquer um dos 
equipamentos que têm capacidade de escavação. Entretanto, deve-se ter em mente 
que as comunidades de pequeno porte e escassos recursos financeiros dispõem 
apenas de máquinas leves, como as retroescavadeiras, devendo, portanto, essa
operação estar condicionada aos limites de capacidade desses equipamentos (Figura 
1). 
8 
Figura 1 - Abertura de valas estreitas e compridas, com acúmulo de terra apenas 
em um dos lados. 
Os resíduos são descarregados pelo lado livre das valas, sem o ingresso dos veículos 
no seu interior, iniciando-se por uma das extremidades da mesma (Figura 2). 
Figura 2 – Os resíduos são descarregados em um único ponto da vala, até que 
esteja totalmente preenchido. 
À medida que são depositados, os resíduos são nivelados e cobertos manualmente, 
utilizando-se a terra acumulada ao lado da vala. O nivelamento e a cobertura dos 
resíduos devem ser realizados diariamente, tolerando-se freqüências menores apenas 
em circunstâncias especiais (Figura 3).
9 
Figura 3 
Assim que o primeiro trecho da vala estiver totalmente preenchido, passa-se para outro, 
repetindo-se as mesmas operações. O nivelamento final da vala deve ficar numa cota 
superior à do terreno, prevendo-se prováveis recalques. (Figura 4). 
Figura 4 
Após o completo aterramento da vala, se o município dispor de equipamentos dotados 
de esteiras, poderá promover uma melhor compactação dos resíduos, passando 
diversas vezes sobre o local aterrado. Quando não há essa possibilidade, a abertura da 
vala seguinte deve ser realizada de tal forma que a terra de escavação seja acumulada 
sobre as valas já aterradas, acelerando os recalques e impondo uma certa 
compactação aos resíduos. 
2.1. INSTALAÇÕES DE APOIO 
As instalações de apoio são estruturas auxiliares que têm por objetivo garantir o 
funcionamento do aterro, dentro dos padrões estabelecidos pelas técnicas da 
engenharia e do saneamento ambiental. Os aterros sanitários em valas, por serem 
obras de pequenas dimensões, exigem um mínimo possível de instalações de apoio, 
necessárias apenas ao correto funcionamento da obra. De forma geral, essas 
instalações nos aterros em valas são compostas pelos seguintes elementos:
2.1.1. Isolamentos 
O isolamento do aterro é imprescindível para manutenção da ordem e do bom 
andamento da operação. Devem ser instaladas cercas de arame ao redor de toda a 
área, impedindo, assim, a entrada de catadores, animais ou outros elementos que 
possam prejudicar o desenvolvimento dos serviços. Essas cercas devem ser 
construídas em material resistente, como arame farpado e mourões de concreto. 
Recomenda-se ainda a construção de uma faixa de isolamento, de 5 a 10 metros de 
largura, composta por arbustos e árvores que impeçam a visualização constante do 
aterro. Esse isolamento tem como função evitar o surgimento de reclamações por parte 
de transeuntes e moradores da circunvizinhança, motivadas pela visualização 
constante das frentes de operação. 
Nas regiões onde são intensos os ventos, recomenda-se a instalação de uma cerca de 
tela, de forma a interceptar os materiais leves que poderiam ser arrastados até os 
terrenos vizinhos ao aterro. Essa cerca deve ser móvel, com a possibilidade de ser 
deslocada na medida do avanço da frente de operação. 
2.1.2. Portaria 
Nos aterros em geral, sua função é controlar a entrada e a saída de veículos na área do 
aterro, assim como dos materiais a serem aterrados, especialmente de resíduos que 
poderiam prejudicar a adequada operação do aterro, colocar em risco a saúde dos 
operadores, ou causar danos ao meio ambiente, como por exemplo: lodos tóxicos, 
materiais graxos ou oleosos e líquidos em geral. 
A entrada desses materiais não deve ser impedida sumariamente, pois eles poderiam 
vir a ser descarregados clandestinamente em outros locais, causando dano ainda 
maior. Uma vez identificados os produtores e transportadores, devem ser prevenidas as 
autoridades competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis. 
Nos aterros em valas, esta instalação resume-se num portão de entrada com uma 
guarita onde, se possível, deverá permanecer um vigia. Quando o aterro for localizado 
distante de comunidades, sendo improvável a presença de catadores, é admissível que 
a portaria resuma-se num portão fechado, ficando a chave de posse do motorista do 
veículo coletor e do encarregado dos serviços de limpeza pública. 
2.1.3. Estradas Internas 
As estradas internas têm como função permitir a interligação entre os diversos pontos 
da área do aterro, bem como garantir a chegada dos resíduos até as frentes de 
10
descarga. Essas estradas devem suportar o trânsito de veículos mesmo durante os 
períodos de chuva e, por isso, devem ser mantidas nas melhores condições de 
operação. Os trechos que apresentam menor capacidade de suporte ou aderência 
deverão sofrer mudança de solo ou revestimento com brita ou cascalho. Sempre que 
necessário, em toda a sua extensão, deverão ser construídas canaletas de drenagem 
para captação de águas de escoamento superficial, revestidas com material resistente 
nos trechos de maior declividade. 
2.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL 
A decomposição da matéria orgânica presente no aterro resulta na formação de um 
líquido de cor escura, odor desagradável e elevado potencial poluidor, denominado 
chorume. A percolação das águas de chuva através da massa de resíduos arrasta 
consigo o chorume, bem como outros materiais em solução ou suspensão, 
constituindo-se nos chamados líquidos percolados dos aterros. 
Esses líquidos percolados são formados ainda pela umidade natural dos resíduos; pela 
água presente em alguns materiais, liberada pela compactação ou pela própria 
decomposição destes; pelos líquidos gerados no processo biológico de decomposição 
de determinados tipos de resíduos; pela contribuição de nascentes, bem como pela 
água de chuva precipitada sobre o aterro. As duas últimas parcelas são normalmente 
muito superiores às demais, sendo que é comum a não formação desses líquidos nos 
aterros implantados em locais secos, onde a taxa de evapotranspiração é maior que a 
de precipitação. 
Além da DBO — Demanda Bioquímica de Oxigênio, isto é, a quantidade de oxigênio 
requerida por organismos aeróbios para estabilizar a matéria orgânica presente num 
determinado meio, que atinge valores da ordem de 10 a 100 vezes superiores aos do 
esgoto doméstico (DBO = 300 mg/l), os líquidos percolados dos aterros apresentam 
ainda altos teores de cloretos, nitratos, sulfatos, zinco e outras substâncias, 
dependendo da composição dos resíduos aterrados e da presença de resíduos 
industriais. Também é alta a concentração de microrganismos patogênicos, 
determinada pela presença de coliformes fecais, na ordem de 10 
11 
6 
a 10 
8 
NMP/100 ml. 
Quando esses líquidos atingem os mananciais de águas subterrâneas ou superficiais, 
podem alterar de modo significativo as suas características, tornando-as impróprias ao 
consumo ou à sobrevivência de organismos aquáticos. 
Portanto, ao se construir um aterro é primordial reduzir o volume dos líquidos 
percolados, através de uma adequada drenagem de águas de chuvas e de nascentes, 
visando a reduzir os custos de implantação e operação de um sistema de tratamento 
desses líquidos. 
Em decorrência da decomposição dos resíduos confinados nos aterros, são gerados
ainda gases, entre eles o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4), que é combustível. 
Esses gases são gerados em grandes volumes, podendo acumular-se em bolsões no 
interior dos aterros, sair de forma descontrolada pelos taludes e superfícies ou, mesmo, 
infiltrar-se pelo solo e atingir redes de afastamento de esgotos, fossas e poços rasos 
causando problemas dado o risco de explosões. 
As instalações de proteção ambiental são, portanto, obras que têm por objetivo garantir 
a condição de segurança e salubridade do aterro sanitário, impedindo o contato direto 
dos resíduos aterrados e dos subprodutos de sua decomposição com os aqüíferos, 
bem como assegurar a drenagem dos gases gerados. Didaticamente, essas estruturas 
podem ser divididas nos seguintes sistemas, conforme descritos a seguir. 
2.3. IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO 
A impermeabilização do solo, no caso dos aterros sanitários, devido à extensão das 
áreas a serem tratadas, é um processo caro e de controle difícil, devendo, sempre que 
possível, ser evitada. 
É aconselhável que na escolha da área sejam evitados os locais que apresentem solos 
excessivamente permeáveis ou com lençol freático no seu nível máximo muito próximo 
da superfície. 
A camada de solo que servirá de base para o aterro deve ser a mais homogênea e 
trabalhável (possível), isenta de blocos grandes e matacões, com permeabilidade em 
torno de K = 10 
12 
-7 
cm/s, como os depósitos de argilas, siltes e suas misturas. 
A consistência ideal deve ser de média a dura (índice de consistência entre 0,5 e 1,00), 
2 
com resistência à compressão simples situada entre 0,50 e 4,00 kgf/cm 
. 
Quanto à granulometria, é conveniente que o solo apresente uma porcentagem de 
partículas, passando pela peneira nº 200 da ASTM, superior a 30% (Análise 
Granulométrica por Peneiramento e Sedimentação — MB 32/1968 — ABNT). 
O limite de liquidez deve ser maior ou igual a 30% (Ensaio de Determinação do Limite 
de Liquidez — MB 30/1969 — ABNT) e o índice de plasticidade deve ser maior ou igual 
a 15 unidades. 
O projeto de norma PN 1:603.06.006 — “Aterros de Resíduos não Perigosos — 
Critérios para Projeto, Construção e Operação”, elaborado pela ABNT — Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, estabelece critérios para a construção de aterros para 
resíduos classe II. Como os resíduos domiciliares, pelas suas características, também 
podem ser enquadrados nesta classe, este projeto de norma poderá ser utilizado como 
exigência mínima a ser seguida nos projetos de aterros sanitários.
Esse projeto de norma estabelece que o sítio onde será implantado o aterro deverá 
apresentar um manto de solo homogêneo de 3,0 (três) metros de espessura com um 
-6 
coeficiente de permeabilidade K = 10 
cm/s. Contudo, é considerada aceitável uma 
distância mínima entre a base do aterro e a cota máxima do aqüífero freático igual a 1,5 
(um e meio) metro, para um coeficiente de permeabilidade K = 5 x 10 
-5 
cm/s. A critério 
do órgão de controle da poluição ambiental, poderá ser exigida uma impermeabilização 
suplementar, visando maior proteção do aqüífero freático. Estabelece ainda que, em 
-4 
áreas com predominância de solos com coeficiente de permeabilidade K = 10 
cm/s, 
não é recomendada a construção de aterros, mesmo utilizando-se impermeabilizações 
complementares. 
Quanto à impermeabilização do terreno, podem ser utilizadas camadas de solos 
argilosos compactados e membranas sintéticas, também conhecidas como 
geomembranas. Seja qual for o tipo de material adotado, este deverá, além de conferir 
estanqueidade, apresentar resistência mecânica e química à eventual agressividade 
dos materiais aterrados e dos líquidos e gases gerados. Esse material também deverá 
apresentar uma vida útil longa, suficiente para que ocorram todos os processos naturais 
de estabilização dos resíduos. 
No caso do aterros em valas, a utilização de solos argilosos compactados como 
material impermeabilizante, é inviável devido à técnica construtiva e às dimensões 
reduzidas das valas, devendo-se, obrigatoriamente, escolher-se áreas que 
naturalmente reunam condições de permeabilidade favoráveis à implantação do aterro 
sem o uso de impermeabilizações. 
Nos casos da impossibilidade de localização de áreas adequadas à implantação do 
aterro em valas, pode ser necessária a impermeabilização do solo. A única alternativa é 
o uso de materiais sintéticos, como as mantas de PEAD — Polietileno de Alta 
Densidade, de 2,0 (dois) milímetros de espessura. Esse procedimento encarecerá a 
obra, porém, em certas regiões constituí-se na única opção para viabilização 
desse tipo de aterro. 
13
14 
3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ÁREAS 
Topografia 
· As áreas devem ter características planas, com inclinação máxima em torno 
de 10%. Evitar terrenos em topos de morros. 
Dimensões 
· Devem ser coerentes com a vida útil pretendida. Como base de cálculo 
primária, estimar 1 m² por tonelada de resíduo a ser aterrada por dia. 
Solo 
· Deve ter composição predominantemente homogênea e argilosa. Evitar 
terrenos com matacões e rochas aflorantes. 
Proteção contra enchentes 
· Devem ser evitadas áreas sujeitas a inundações e flutuações excessivas de 
lençol freático como as várzeas de rios, pântanos e mangues. 
Distância de corpos de água 
· Deve ser mantida distância mínima de 200m de corpos de água. 
Profundidade do lençol freático 
· A cota máxima do lençol freático deve estar o mais distante possível da 
cota de fundo da vala. Para solos argilosos recomenda-se 3m e para solos 
arenosos, distâncias superiores. A avaliação final será realizada por 
técnicos especializados contratados pela Prefeitura. 
Distância de residências 
· Apesar de não existir legislação específica, recomenda-se distâncias 
mínimas de 500m de residências isoladas e 2.000m de áreas urbanizadas. 
Obstáculos naturais como elevações de terrenos e matas podem ser 
consideradas atenuantes das interferências negativas. 
Ventos predominantes 
· A direção dos ventos predominantes não deve possibilitar o transporte de 
poeira ou maus odores para núcleos habitacionais. 
Outros 
Deve-se, ainda observar: 
· as legislações de uso do solo e de proteção dos recursos naturais; 
· as possibilidades de fácil acesso em qualquer época do ano; e 
· a menor distância possível entre a área escolhida e os geradores de 
resíduos.
15 
4. CÁLCULO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO 
População Urbana: 10.000 habitantes 
Período Administrativo: 10 anos 
Quantidade de Lixo Gerado: 10.000 hab. x 0,4kg / hab. dia = 4 t/dia 
Largura de Vala Ideal: 3 metros (para facilidade de cobrimento) 
Altura de Vala Ideal: 3 metros (para segurança) 
Peso Específico do Lixo: 0,5t/m³ 
Comprimento Variável: 
10.000 hab x 0,0004t / hab. dia x 30 dias = 240 m³ = volume da vala 
O, 5 t/ m³ 
:. 240 = Cv = 27 metros = comprimento da vala 
3x3 
Quantidade de Lixo para Aterramento: 
4 t x 30 dias x 12 meses x 10 anos = 14.400 t 
14.400 t: 0,5 t/m3 = 28.800 m³ de lixo 
28.800 m³ : 240 m3 = 120 valas 
Área Necessária por Vala: 
27 x 3 = 81 m² 
81 m² x 120 valas = 9.720 m² 
Área livre, de circulação, cinturão verde, etc. ideal = 9.490 m² 
ÁREA TOTAL NECESSÁRIA PARA O EMPREENDIMENTO: 19.210 m² 
Pode-se concluir que 19.210 m² : 10 anos = 1.921 m² ou seja, para cada ano de 
vida útil do aterro são necessários aproximadamente 2.000 m² de área.
16 
Exemplo: 
10 anos - 20.000 m² 
15 anos - 30.000 m² 
Quantidade de Terra Escavada: 120 valas x 240 m³ = 28.800 m³ 
Quantidade de Terra de Cobertura: 3 x 27 x 0,15 x 2 camadas = 24 m³ 
(20% a 25% do volume de lixo) 3 x 27 x 0,40 x 1 camada = 32 m³ 
Total = 56 m³ 
56 m³ x 120 valas 6.720 m³ 
Terra Excedente para Outros Usos = 28.800 m³ - 6.720 m³ = 22.080 m³
17 
5. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO 
Após licenciamento do empreendimento, o aterro sanitário tem sua implantação 
realizada em duas fases distintas, descritas a seguir. 
1ª Fase 
. Limpeza do terreno 
. Cercamento da área / portão de entrada e saída 
. Proteção vegetal 
. Portaria 
. Acessos, área para manobras e estacionamento 
. Drenagem superficial 
. Instalação de marcos de referência 
2ª Fase 
. Limpeza do terreno 
. Implantação de acessos provisórios 
. Drenagem superficial e proteção com grama 
. Escavação e reaterro de valas 
A seguir, são apresentados dados quanto à caracterização dos serviços supra 
citados e, quando o caso específico, sua metodologia de execução. 
5.1. LIMPEZA DO TERRENO 
O serviço de limpeza do terreno consiste na retirada de árvores, arbustos e toda 
vegetação nas áreas onde serão implantados os acessos provisórios. sistemas de 
drenagem e nos locais onde serão escavadas as valas. 
O material de limpeza do terreno deverá ser removido para local fora da área do 
aterro sanitário. 
5.2. IMPLANTAÇÃO DE ACESSOS PROVISÓRIOS 
Os acessos provisórios, executados a partir do acesso principal, visam possibilitar
o acesso dos caminhões coletores até a vala em operação e serão modificados de 
acordo com a posição da mesma, seguindo a seqüência das valas estabelecida 
em projeto. 
A construção dos acessos deverá obedecer o definido nos documentos do projeto 
principalmente no que diz respeito à: Declividade máxima de 10% na rampa. 
O pavimento terá revestimento de brita e pó-de-pedra ou areia, assentado 
diretamente sobre o terreno nivelado, o que constituirá a base do pavimento. Esta 
base terá que ser tratada quanto à umidade e compactada. O revestimento de 
brita e pó-de-pedra ou areia será compactado com rolo compactador primeiro a 
seco e depois, com a ajuda de água. 
O agregado graúdo (brita) deverá atender uma das seguintes faixas 
granulométricas: 
18 
PENEIRAS DE MALHAS QUADRADAS PENEIRAS DE MALHAS QUADRADAS 
MM POL Faixa A Faixa B Faixa C 
100 4 100 - 
90 3 1/2 90-100 - 
76 3 - 100 - 
64 2 1/2 25-60 90-100 100 
50 2 - 35-70 90-100 
38 I 1/2 0-15 0-15 35-70 
25 1 - - 0-15 
19 3/4 0-5 0-5 - 
12,5 1/2 - - 0-5 
O agregado de material de enchimento (pó-de-pedra) deve satisfazer às seguintes 
faixas granulométricas, sendo que a Faixa I deverá ser utilizada para material de 
enchimento do agregado graúdo da Faixa A. enquanto que a Faixa 2 deverá ser 
utilizada com o agregado graúdo das Faixas B e C. 
PENEIRAS DE MALHAS 
QUADRADAS 
PORCENTAGEM EM PESO 
QUE PASSA PELA PENEIRA 
MM POL Faixa I Faixa 2 
19 3/4 100 - 
12.5 1/2 85-100 - 
9,5 3/8 - 100 
4,8 # 4 - 85-100 
0,15 # 100 10 - 30 10 - 30
Poderá ser utilizado agregado com faixa contínua (graúdo e miúdo) substituindo 
as faixas granulométricas acima, desde que atenda à seguinte granulometria: 
19 
PENEIRAS DE MALHAS 
QUADRADAS 
mm pol 
PORCENTAGEM EM PESO QUE PASSA PELA PENEIRA 
100 4 100 
90 3 1/2 90-100 
76 3 50-100 
64 2 1/2 25-100 
50 2 15-100 
38 1 1/2 10-75 
25 1 5-40 
19 3/4 4-30 
12,5 1/2 4-25 
9,5 3/8 3-20 
4,8 # 4 2-18 
0,15 # 100 1-15 
5.3. DRENAGEM SUPERFICIAL E PROTEÇÃO COM GRAMA 
Ao longo do período de operação, tornar-se-á necessária a execução de sistemas 
e dispositivos de drenagem superficial, afim de manter a área do aterro sanitário 
em condições normais de operação. Este sistema de drenagem, previsto e 
indicado nos desenhos de projeto, compõe-se de: 
5.3.1. Canaleta triangular de grama 
Este tipo de canaleta é implantado entre valas, logo que as duas valas estejam 
encerradas (vide desenhos de projeto). 
Essas canaletas serão executadas através de uma primeira escavação manual a 
partir do terreno natural, obedecendo a inclinação de I V:2H, a largura de 20 cm de 
base, e profundidade de 40 cm, contada do nível do terreno até a base da 
escavação, como definido em projeto. É executado então, reaterro com solo 
argiloso, compactando-o manualmente, até atingir a conformação original do 
terreno, fechando assim a seção escavada. 
Executa-se a seguir uma segunda escavação, com a finalidade de implantar as 
canaletas em grama neste reaterro de solo argiloso compactado, obedecendo ao 
formato triangular e as dimensões de 60 cm de abertura (boca), e 30 cm de 
profundidade, conforme determinado no projeto. A inclinação das paredes laterais 
da canaleta triangular, de I V: I H, deverá ser observada. 
Após o preparo do terreno deverá ser realizado o plantio de grama, que não se
resumirá à canaleta, mas abrangerá toda a cobertura das valas e a área entre 
elas. 
O solo argiloso especificado para a implantação das canaletas poderá ser 
proveniente das camadas superficiais do próprio terreno do aterro sanitário, já que 
este tipo de solo é encontrado no local. Quando da abertura dos acessos e dos 
serviços de instalação do aterro, o solo das camadas superficiais do terreno 
poderá ser retirado e estocado para servir a esta utilidade. 
5.3.2. Canaleta de concreto 
Este tipo de canaleta objetiva captar e conduzir as águas proveníentes das 
canaletas triangulares de grama, através de caixas de passagem e tubos em 
concreto armado, para o desague final fora da área do aterro sanitário. 
5.3.3. Outros dispositivos 
Entre os demais dispositivos de drenagem previstos em projeto, citam-se: 
20 
· Caixas de passagem 
· Tubulação em concreto 
· Muro de ala em concreto 
· Dissipador em pedra ou rachão 
Maiores pormenores constam dos documentos do Projeto. 
5.4. ESCAVAÇÃO E REATERRO DE VALAS 
A execução das valas deverá seguir a seqüência estabelecida em projeto, em 
ordem crescente da vala nº 1 até a última vala projetada. 
A escavação de vala terá início assim que sua locação estiver concluída, sendo 
escavado cerca de 50% do comprimento da vala, com a manutenção de septos 
impermeáveis com 1 m de comprimento a cada 9,5 m escavados. 
Somente após o início da disposição dos resíduos nesta vala, procede-se ao 
término da escavação, observando-se a manutenção dos septos. O equipamento 
de escavação (retroescavadeira) deverá se posicionar sobre a vala a ser 
escavada, na direção de sua maior dimensão (comprimento). 
A retroescavadeira deverá retirar o solo e depositá-Io sobre a vala em operação, 
no trecho já preenchido com os resíduos até o nível do terreno. A altura máxima 
de solo disposto pela retroescavadeira sobre a vala em operação deverá se limitar
a 1,70 m. Deve-se prever ainda, o armazenamento de uma quantidade de solo ao 
lado da vala fechada para servir futuramente à cobertura diária dos resíduos da 
vala que está sendo aberta. 
No momento em que a vala já estiver coberta com solo até 1,70 m de altura e o 
solo para cobertura diária já estiver armazenado, todo o solo restante deverá ser 
removido, da área do aterro sanitário e encaminhado a usos e locais que não 
causem quaisquer impactos ambientais. 
Uma possível utilização para o excesso de solo proveniente da escavação de 
valas está apresentada em projeto, com a execução de aterro, em área anexa ao 
aterro projetado sobre o qual poderão ser escavadas outras valas para 
continuidade da disposição mesmas. Este aterro será de responsabilidade da 
Prefeitura, e executado observando-se o controle da compactação, conforme as 
normas vigentes. 
Será também de responsabilidade da Prefeitura, a garantia de permanência de 
solo em quantidade suficiente ao controle ambienta! e operacional do aterro. A 
inobservância desta recomendação poderá implicar na autuação da própria 
Prefeitura. 
21
22 
6. OPERAÇÃO DO ATERRO EM VALAS 
A seguir são apresentadas as normas e procedimentos cujo atendimento levará a 
uma correta operação do aterro, dentro das condições técnicas e ambientais 
desejáveis. 
6.1. CONTROLE DO ACESSO AO ATERRO 
A implantação do aterro levou em consideração o seu isolamento (pelo 
fechamento da área com cercas de arame e cerca viva) e o seu controle de 
acesso através de portaria. 
O acesso dos caminhões coletores à área será feito através de portaria, que 
contará com uma guarita ocupada por funcionário que fará o controle de entrada e 
saída dos coletores, bem com o registro das descargas. Deverá ser anotado o 
horário de chegada do coletor e o número da vala onde será feita a descarga. Só 
deverá ser permitido o acesso ao aterro dos coletores cadastrados na Prefeitura, 
no horário estabelecido pela mesma e a descarga de resíduos domiciliares 
provenientes da coleta do município. 
Caso seja improvável a presença de catadores na área do aterro, poderá ser 
dispensada a permanência de vigia, sendo que o controle e registro passarão a 
ser feitos pelo próprio motorista do veículo coletor, o qual possuirá cópia da chave 
do portão e da guarita. 
6.2. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS 
A disposição dos resíduos na vala aberta deverá ser sempre iniciada pelo mesmo 
lado que a vala começou a ser escavada, com o caminhão coletor se 
posicionando de ré, perpendicularmente ao comprimento da vala. 
O coletor ou caminhão de transporte de resíduos deverá se aproximar ao máximo 
da vala, de maneira a garantir o lançamento diretamente na vala, evitando o 
espalhamento em outros locais. 
Imediatamente após a descarga dos resíduos deverá se proceder à varrição de 
todos os resíduos que possam eventualmente ter se desprendido, além do 
imediato cobrimento sanitário com solo, dos resíduos recém-lançados. 
Não deverá se utilizar o solo estocado sobre a vala anterior, e sim aquele 
estocado entre as duas valas.
Os resíduos deverão ser sempre lançados em um mesmo ponto até que se atinja 
o nível do terreno, quando o coletor se deslocará para a posição imediatamente 
adjacente à anterior. 
Deve-se ainda evitar o lançamento em diferentes pontos dentro de uma mesma 
vala, bem como dispor simultaneamente em duas ou mais valas. 
6.3. CONTROLE DE AVES 
Para o controle de aves, será impositivo o cobrimento de todos os resíduos com 
solo após cada descarga, impedindo a exposição do lixo e evitando atrativos, quer 
seja de resíduos orgânicos, quer seja de moscas que poderão atrair aves de 
menor porte. 
Além desses procedimentos, dever-se-á prever a utilização de instrumentos 
sonoros (fogos de artifício ou sirenes) para afugentar as aves, de maneira a evitar, 
a qualquer custo a permanência das mesmas na área do aterro. 
Poder-se-á, ainda, implantar telas removíveis sobre o topo das valas. 
6.4 ENCERRAMENTO DO ATERRO 
Os aterros sanitários geralmente ocupam grandes áreas, alterando a topografia, 
as condições de escoamento das águas superficiais e subterrâneas, bem como 
outras características da região, sofrendo, conseqüentemente, uma ação intensa 
das próprias forças da natureza, que tendem a alterar ou assimilar a nova 
condição. Por isso, os aterros, mesmo aqueles já encerrados, exigem obras 
especiais que protejam as suas estruturas durante um tempo mais ou menos 
longo, que depende das dimensões e características construtivas do aterro, até 
que o mesmo esteja totalmente integrado ao ambiente local e, portanto, em 
condições de relativa estabilidade. 
No caso dos aterros sanitários em valas, os problemas poderão ser minorados 
com algumas medidas simples, tais como a manutenção final dos acessos e dos 
sub-sistemas de drenagem pluvial, desobstrução de canais e canaletas, aparo da 
grama, recondicionamento dos acessos, etc. 
A questão ambiental, isto é o dano ambiental eventualmente causado por esse 
tipo de aterro, é constantemente levantada, uma vez que as técnicas utilizadas 
são relativamente simples. De fato, os problemas dessa ordem devem ser 
resolvidos logo na escolha da área a ser utilizada, observando-se, no mínimo, as 
recomendações apresentadas no Item 3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE 
ÁREAS. Quando a área é escolhida de forma equivocada, sempre surgem 
problemas que exigem soluções gradativamente mais complexas, tornando-se 
necessárias estruturas caras, que podem ser incompatíveis com esse tipo de 
23
aterro. 
A operação criteriosa é a segunda condição para o sucesso desse tipo de aterro, 
jamais devendo ser desprezada. 
Se forem seguidas as orientações apresentadas no item 6. OPERAÇÃO DO 
ATERRO EM VALAS, o encerramento do aterro consistirá em operações 
relativamente fáceis de serem executadas e de custo pouco expressivo. 
Geralmente, a superfície do terreno fica alterada por pequenas elevações 
resultantes da terra de escavação das valas mantidas em excesso no local. 
Também ocorrerão recalques na superfície das valas aterradas. Esses problemas 
podem ser solucionados realizando-se um nivelamento da área, de forma a impor 
uma configuração harmoniosa, compatível com a região. Para tanto, podem ser 
utilizados equipamentos leves, como as motoniveladoras, que têm uso 
relativamente comum nos municípios. 
Algumas culturas que não apresentam raízes profundas, não têm contato direto 
com o solo, nem são consumidas in natura por pessoas, como por exemplo a 
cana-de-açúcar e o milho, podem ocupar imediatamente a área após o 
encerramento das atividades, facilitando a reintegração da mesma à paisagem 
regional, reduzindo os custos do aterro e evitando a manutenção de estruturas de 
isolamento e proteção do local. Outra opção interessante a ser considerada é a 
possibilidade de aproveitamento da área à medida que o aterro vai sendo 
executado. Alguns meses após o aterramento de um conjunto de valas, e tendo 
sido o terreno convenientemente terraplenado, pode-se deslocar as cercas 
diminuindo a área isolada, que fica restrita apenas ao trecho em operação e 
àquele que ainda será utilizado. O trecho de terreno descartado, anteriormente 
utilizado para o aterramento do lixo, pode ser absorvido pelas culturas do entorno. 
Evidentemente, em cada situação particular, recomenda-se a consulta a um 
engenheiro agrônomo, para avaliação exata da viabilidade desse tipo de 
procedimento. 
A experiência tem demonstrado que não são necessárias outras providências, 
além das mencionadas, no encerramento das atividades dos aterros sanitários em 
valas. 
24
25 
7. MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS PELO PROGRAMA 
ATERRO EM VALAS 
O Governador do Estado de São Paulo, MÁRIO COVAS, considerando que o meio 
ambiente equilibrado é direito de todos, impondo-se ao Poder Público o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, que é competência 
comum do Estado e dos Municípios a proteção do meio ambiente e levando em 
consideração o interesse de assegurar que as ações desenvolvidas pelo Estado e 
pelos Municípios no campo do controle ambiental ocorram de forma articulada e 
integrada promulgou o Decreto nº 44.760, de 13 de março de 2.000 e do 
Decreto nº 45.001, de 27 de junho de 2000. 
A Secretaria do Meio Ambiente fica autorizada a, representando o Estado, 
celebrar convênios com municípios do Estado de São Paulo, integrantes do Vale 
do Ribeira na Tabela I (Decreto nº 44.760) e os relacionados na Tabela II 
(Decreto nº 45.001), visando à implantação de aterros sanitários em valas para 
destinação de resíduos sólidos domiciliares, mediante a utilização de recursos 
provenientes da aplicação de multas decorrentes do Programa de Restrição à 
Circulação de Veículos Automotores. 
TABELA I - Decreto nº 44.760 
MUNICÍPIO 
1 Apiaí 
2 Barra do Chapéu 
3 Barra do Turvo 
4 Cajati 
5 Cananéia 
6 Eldorado 
7 Iguape 
8 Ilha Comprida 
9 Iporanga 
10 Itaoca 
11 Itapirapuã Paulista 
12 Itariri 
13 Jacupiranga 
14 Juquiá 
15 Juquitiba 
16 Miracatu 
17 Pariquera-Açu 
18 Pedro de Toledo 
19 Registro 
20 Ribeira 
21 Sete Barras 
22 Tapiraí
26 
TABELA II - Decreto nº 45.001 
MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO 
1. ADOLFO 
2. AGUAÍ 
3. ÁGUAS DA PRATA 
4. ÁGUAS DE LINDÓIA 
5. ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA 
6. ÁGUAS DE SÃO PEDRO 
7. ALAMBARI 
8. ALTAIR 
9. ALUMÍNIO 
10. ÁLVARES MACHADO 
11. AMÉRICO BRASILIENSE 
12. AMÉRICO DE CAMPOS 
13. ANALÂNDIA 
14. ANGATUBA 
15. ANHEMBI 
16. ANHUMAS 
17. APARECIDA D’OESTE 
18. ARAÇOIABA DA SERRA 
19. ARAMINA 
20. ARANDU 
21. ARIRANHA 
22. ARTUR NOGUEIRA 
23. ASPÁSIA 
24. AURIFLAMA 
25. AVANHANDAVA 
26. BALBINOS 
27. BÁLSAMO 
28. BARBOSA 
29. BARIRI 
30. BARRINHA 
31. BASTOS 
32. BENTO DE ABREU 
33. BERNARDINO DE CAMPOS 
34. BERTIOGA 
35. BIRITIBA-MIRIM 
36. BOFETE 
37. BOITUVA 
38. BOM JESUS DOS PERDÕES 
39. BOM SUCESSO DE ITARARÉ 
40. BORBOREMA 
41. BRAÚNA 
42. BRODÓSQUI 
43. BURI 
44. BURITAMA 
45. BURITIZAL 
46. CABREÚVA 
47. CACHOEIRA PAULISTA 
48. CACONDE 
49. CAFELÂNDIA 
50. CAIUÁ 
51. CAJURU 
52. CANITAR 
53. CAPELA DO ALTO 
54. CARDOSO 
55. CASA BRANCA 
56. CASTILHO 
57. CESÁRIO LANGE 
58. CHAVANTES 
59. COLÔMBIA 
60. CONCHAL 
61. CONCHAS 
62. CORDEIRÓPOLIS 
63. CORONEL MACEDO 
64. COSMORAMA 
65. CUNHA 
66. CRUZÁLIA 
67. DESCALVADO 
68. DOBRADA 
69. DOLCINÓPOLIS 
70. DUMONT 
71. ELIAS FAUSTO 
72. ELISIÁRIO 
73. EMILIANÓPOLIS 
74. ENGENHEIRO COELHO 
75. ESTIVA GERBI 
76. ESTRELA DO NORTE 
77. ESTRELA D’OESTE 
78. EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA 
79. FLORA RICA 
80. FLOREAL 
81. GABRIEL MONTEIRO 
82. GÁLIA 
83. GASTÃO VIDIGAL 
84. GUAPIARA 
85. GUAPIAÇÚ 
86. GUARAÇAÍ 
87. GUARACI 
88. GUARANTÃ 
89. GUARAREMA 
90. GUAREÍ 
91. GUZOLÂNDIA 
92. HERCULÂNDIA 
93. IACRI 
94. IBATÉ 
95. IBIRÁ 
96. IBIÚNA 
97. ICÉM 
98. IGARAÇU DO TIETÊ 
99. IGARAPAVA 
100. ILHABELA 
101. INDIANA 
102. INÚBIA PAULISTA 
103. IPAUÇU 
104. IPERÓ 
105. IPUÃ 
106. IRAPURU 
107. ITAÍ 
108. ITAJOBI 
109. ITAPURA 
110. ITIRAPINA 
111. ITUPEVA 
112. ITOBI 
113. JAGUARIÚNA 
114. JARDINÓPOLIS 
115. JARINU 
116. JERIQUARA 
117. JUMIRIM 
118. JUNQUEIRÓPOLIS 
119. LAVÍNIA 
120. LINDÓIA 
121. LOUVEIRA 
122. LUTÉCIA 
123. LUIZIÂNIA 
124. MACAUBAL 
125. MACEDÔNIA 
126. MAGDA 
127. MANDURI 
128. MARAPOAMA 
129. MARIÁPOLIS 
130. MENDONÇA 
131. MERIDIANO 
132. MESÓPOLIS 
133. MIGUELÓPOLIS 
134. MINEIROS DO TIETÊ 
135. MIRANTE DE PARANAPANEMA 
136. MIRASSOLÂNDIA 
137. MOMBUCA 
138. MONÇÕES 
139. MONTE ALEGRE DO SUL 
140. MONTE APRAZÍVEL 
141. MONTE AZUL PAULISTA 
142. MURITINGA DO SUL 
143. MORUNGABA 
144. NARANDIBA 
145. NATIVIDADE DA SERRA 
146. NOVA ALIANÇA 
147. NOVA CAMPINA 
148. NOVA GRANADA 
149. NOVA INDEPENDÊNCIA 
150. NOVA LUZITÂNIA 
151. NUPORANGA 
152. OURO VERDE 
153. PALESTINA 
154. PANORAMA 
155. PARAIBUNA 
156. PARANAPANEMA 
157. PARANAPUÃ 
158. PARDINHO 
159. PAULICÉIA 
160. PEDRANÓPOLIS 
161. PEDREGULHO 
162. PEREIRAS 
163. PIEDADE 
164. PILAR DO SUL 
165. PIQUEROBI 
166. PIQUETE 
167. PIRAJU 
168. PIRAJUÍ 
169. PIRAPORA DO BOM JESUS 
170. PIRAPOZINHO 
171. PONGAÍ 
172. POPULINA 
173. PORANGABA 
174. POTIRENDABA 
175. PRADÓPOLIS 
176. PRESIDENTE BERNARDES 
177. PROMISSÃO 
178. QUADRA 
179. QUATÁ 
180. QUEIRÓZ 
181. QUELUZ 
182. RAFARD 
183. REGENTE FEIJÓ 
184. REGINÓPOLIS 
185. RESTINGA 
186. RIBEIRÃO BONITO 
187. RIBEIRÃO BRANCO 
188. RIBEIRÃO CORRENTE 
189. RIBEIRÃO GRANDE 
190. RIBEIRÃO DO SUL 
191. RIFAINA 
192. RINCÃO 
193. RINÓPOLIS 
194. RIOLÂNDIA 
195. RIVERSUL 
196. ROSEIRA 
197. RUBIÁCEA 
198. SABINO 
199. SAGRES 
200. SALES DE OLIVEIRA 
201. SALESÓPOLIS 
202. SALMOURÃO 
203. SALTINHO 
204. SANTA ALBERTINA 
205. SANTA BRANCA 
206. SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO 
207. SANTA CRUZ DA ESPERANÇA 
208. SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS 
209. SANTA FÉ DO SUL 
210. SANTA GERTRUDES 
211. SANTA MERCEDES 
212. SANTA RITA DO PASSA QUATRO 
213. SANTA ROSA DE VITERBO 
214. SANTA SALETE 
215. SANTO ANASTÁCIO 
216. SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 
217. SANTO ANTÔNIO DE POSSE 
218. SANTO ANTÔNIO DO JARDIM 
219. SANTO EXPEDITO 
220. SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ 
221. SÃO BENTO DO SAPUCAÍ 
222. SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO 
223. SÃO JOSÉ DO BARREIRO 
224. SÃO JOSÉ DA BELA VISTA 
225. SÃO LOURENÇO DA SERRA 
226. SÃO LUÍS DO PARAITINGA 
227. SÃO MIGUEL ARCANJO 
228. SÃO PEDRO 
229. SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA 
230. SÃO SIMÃO 
231. SARAPUÍ 
232. SARUTAIÁ 
233. SERRA AZUL 
234. SERRA NEGRA 
235. SEVERÍNIA 
236. SOCORRO 
237. SUD MENNUCCI 
238. SUZANÓPOLIS 
239. TAGUAÍ 
240. TAIAÇU 
241. TAMBAÚ 
242. TAPIRATIBA 
243. TAQUARIVAÍ 
244. TARABAÍ 
245. TEJUPÁ 
246. TEODORO SAMPAIO 
247. TERRA ROXA 
248. TIETÊ 
249. TIMBURI 
250. TORRE DE PEDRA 
251. TRABIJU 
252. TRÊS FONTEIRAS 
253. TUPI PAULISTA 
254. TURIÚBA 
255. TURMALINA 
256. UCHOA 
257. UNIÃO PAULISTA 
258. VERA CRUZ 
259. VIRADOURO
A implantação dos Aterros Sanitários em Valas está a cargo da Coordenadoria de 
Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental - CPLEA, conforme a 
Resolução SMA nº 24, de 23 de maio de 2.003, e suas atribuições são 
acompanhar, fiscalizar, controlar e avaliar o desempenho do Projeto, observada a 
relação dos beneficiários constantes dos respectivos diplomas legais. 
A Coordenação de Implantação do Projeto, responsável pela execução dos 
objetivos acima, e composta por: 
· Coordenação Técnica; que responde pelo acompanhamento técnico; e 
· Coordenação Administrativa e Financeira: que responde pelo 
27 
acompanhamento administrativo e financeiro. 
Até julho de 2005 foram celebrados 202 convênios, dos quais 74 ainda 
permaneciam em trâmite na mesma data. Dos 128 convênios restantes, 38 
tiveram todas as fases do plano de trabalho executadas com recursos do Estado. 
Considerando a melhoria do IQR verificada nos municípios conveniados, conclui-se 
que a ação da SMA alcançou resultados positivos. 
Os demais 90 convênios foram encerrados por razões diversas. Na maior parte 
deles a participação da SMA na execução do empreendimento foi parcial, 
principalmente porque parte do aterro já havia sido executada antes da celebração 
do convênio. Nesses casos também foi observada a melhora dos IQRs municipais, 
significando resultados positivos da participação da SMA. 
Os convênios restantes foram objeto de encerramento, sem a participação do 
Estado, em virtude dos municípios não apresentarem condições de cumprir as 
exigências da avença, implicando a sua rescisão. 
A Coordenação de Implantação do Projeto é responsável pela formalização do 
convênio, conforme Minuta de Termo de Convênio e Plano de Trabalho.
8. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS 
1. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA A FORMALIZAÇÃO DO 
28 
CONVÊNIO 
A formalização de convênio poderá ser solicitada pelos municípios relacionados 
no Anexo I dos seguintes decretos estaduais: 
Decreto Nº 44.760, de 13 de março de 2000, que se refere a municípios 
integrantes do Vale do Ribeira; 
Decreto Nº 45.001, de 27 de junho de 2000, que se refere a outros municípios 
paulistas não integrantes do Vale do Ribeira. 
A solicitação de formalização deve ser dirigida ao Senhor Secretário de Estado do 
Meio Ambiente. Essa solicitação deve estar devidamente fundamentada, 
explicitando a necessidade do empreendimento e de recursos estaduais para sua 
implantação. 
A formalização do convênio modelo A (referente ao Decreto Nº 44.760) e 
modelo B (referente ao Decreto Nº 45.001) exige a apresentação de toda a 
documentação necessária nos termos da legislação que rege a matéria. A Lista 
de Documentos necessários inclui lei municipal autorizando a celebração do 
convênio, além de declarações firmadas pela Prefeitura. Tanto a lei municipal 
quanto as declarações devem ser elaboradas em consonância com os modelo A 
(referente ao Decreto Nº 44.760) e modelo B (referente ao Decreto Nº 45.001) 
fornecidos pela SMA. Também são necessárias certidões fornecidas por órgãos 
públicos, atestando situação de regularidade do município perante aqueles 
órgãos. Essa documentação deve estar devidamente atualizada, principalmente 
as certidões de regularidade, as quais não podem estar com sua validade 
expirada. 
A documentação constante da lista de documentos deve ser encaminhada 
somente após o deferimento da formalização do convênio, mediante solicitação e 
instruções da Coordenação do Projeto Aterro Sanitário em Valas. 
O convênio deve ser celebrado nos termos do Anexo II aos decretos já 
mencionados. Tratando-se de parte integrante dos respectivos decretos, os 
termos da avença são imutáveis. 
O Plano de Trabalho modelo A (referente ao Decreto Nº 44.760) e modelo B 
(referente ao Decreto Nº 45.001), integrante do Termo de Convênio é parte 
fundamental do acordo, tendo em vista ser o documento que fornece as diretrizes 
para a execução do objeto do convênio. Sua leitura e entendimento são 
fundamentais para a adequada execução da avença.
2. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS DURANTE A 
29 
EXECUÇÃO DO OBJETO DO CONVÊNIO 
Formalizado o convênio, sua execução deve se pautar pelo Plano de Trabalho 
integrante do convênio. Especial atenção deve ser dada aos prazos para 
execução de cada uma das etapas, tanto no que diz respeito à execução física do 
empreendimento quanto à prestação de contas dos recursos repassados pelo 
Estado. Deve ser dada especial atenção ao procedimento de prestação de contas, 
as quais devem ser apresentadas levando em conta o caderno de Informações 
Básicas para a Apresentação de Prestação de Contas.
30 
9. REFERÊNCIAS: 
· LEGISLAÇÃO: 
a) Decreto nº 44.760, de 13 de março de 2.000. 
b) Decreto nº 45.001, de 27 de junho de 2.000. 
c) Resolução SMA nº 24, de 23 de maio de 2.003. 
· BIBLIOGRÁFIA: 
a) Manual Ambiental – Procedimentos para Implantação de Aterro em 
Valas Equipe Responsável: Elidio Alves de Souza, João Antonio Fuzaro, 
Giuseppe Giulio Michelino, Geraldo Velardo Neto, Lady Virginia T. M. 
Rodrigues, Denise Soletto, Célia Regina Buono Palis Poeta e Antonio Luiz 
Lima de Queiroz. 
b) Apostila – Aterros Sanitários em Valas 
Autor: Eng. João Antonio Fuzaro.
31 
ANEXO: 
MODELO DE PROJETO EXECUTIVO DE ATERRO EM 
VALA
32
33
34

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Aterro em valas

  • 1. 1
  • 2. 2 Governo do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin Governador Secretaria de Estado do Meio Ambiente José Goldemberg Secretário Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental Lúcia Bastos Ribeiro de Sena Coordenadora CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Rubens Lara Diretor Presidente
  • 4. 4 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 2. O QUE É UM ATERRO EM VALAS 3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ÁREAS 4. CÁLCULO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO 5. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO 6. OPERAÇÃO DO ATERRO EM VALAS 7. MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS PELO PROGRAMA ATERRO EM VALAS 8. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS 9. REFERÊNCIAS: · LEGISLAÇÃO · BIBLIOGRÁFICA ANEXO: MODELO DE PROJETO EXECUTIVO DE ATERRO EM VALAS
  • 5. 5 1.APRESENTAÇÃO O adequado gerenciamento dos resíduos sólidos gerados nos municípios, sejam estes de pequeno ou grande porte, apresenta-se como um dos principais desafios a ser enfrentado pelos administradores públicos. A avaliação dos dados relativos aos Índices de Qualidade de Resíduos – IQR, elaborados conforme levantamentos realizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB em 1997, 1998 e 1999, demonstrou que os municípios em situação irregular, na sua grande maioria constituídos por uma população inferior a 25.000 habitantes, geram menos que 10 toneladas de resíduos por dia, acarretando graves consequências ambientais e de saúde pública. Para viabilizar novos empreendimentos, ou mesmo recuperar os atuais, estes municípios enfrentam dificuldades de ordem técnica, operacional e financeira. Face a estas questões, o governador Mário Covas, através do Decreto nº 44.760, de 13 de março de 2.000 e do Decreto nº 45.001, de 27 de junho de 2000, fixou como meta, mediante a liberação de recursos financeiros, atender 80% desses municípios, nos quais os resíduos sólidos domiciliares devem receber tratamento adequado. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e a CETESB estabeleceram um Plano de Ação, no qual, considerando o porte dos municípios contemplados, a Implantação de Aterro em Valas foi definida como a solução técnica mais adequada para a disposição dos resíduos sólidos gerados nesse municípios. O presente texto pretende oferecer subsídios aos prefeitos e técnicos municipais para viabilizar a habilitação e a efetiva implantação do Programa Aterro Sanitário em Valas. O acompanhamento da execução dos convênios celebrados permitiu à Coordenação de Implantação constatar inúmeros procedimentos incorretos, tanto com relação aos quesitos administrativos e financeiros quanto aos quesitos técnicos. As incorreções mais freqüentes nos procedimentos administrativos e financeiros, em geral constatadas nas prestações de contas, consistem em: · não apresentação de todos os documentos comprobatórios das despesas realizadas; · não apresentação de documentos comprobatórios da movimentação bancária da conta vinculada ao convênio; · não aplicação financeira dos recursos transferidos ao município;
  • 6. · não apresentação dos relatórios (Anexos) exigidos pelo Termo de Convênio; · preenchimento incorreto dos relatórios exigidos pelo Termo de Convênio; · falta de assinaturas dos representantes municipais designados para acompanhar a execução do acordo, tornando sem efeito os relatórios e a prestação de contas apresentados; · descumprimento do Plano de Trabalho, tanto no que diz respeito à execução física 6 quanto aos prazos propostos para cada atividade inclusa no PT; · utilização dos recursos com caráter indenizatório. Tais incorreções, além de outras menos freqüentes, têm o condão de retardar a execução do objeto do convênio, implicando procedimentos adicionais - a prorrogação do prazo de vigência do acordo é um exemplo típico. Como agravante, há incorreções que caracterizam infringência às cláusulas do contrato, penalizando o município. Por seu lado, o acompanhamento técnico realizado por meio de vistorias nos aterros, permitiu à Coordenação Técnica constatar que cerca de 40% deles apresentaram condições operacionais inadequadas ou irregulares. As desconformidades constatadas com maior freqüência são as seguintes: · valas abertas em desacordo com o projeto executivo aprovado pela Cesteb; · resíduos dispostos fora das valas, a céu-aberto; · abertura e fechamento de valas em desacordo com os procedimentos técnicos; · não recobrimento diário dos resíduos dispostos na valas; · queima de resíduos a céu-aberto; · disposição de resíduos hospitalares em aterro destinado a resíduos domiciliares; · presença de aves e outros animais; · presença de catadores; · separação de resíduos recicláveis na área do aterro. A observância das diretrizes propostas possibilitará otimizar os prazos de execução do convênio, tanto por parte da SMA, quanto por parte dos municípios.
  • 7. 7 2. O QUE É UM ATERRO EM VALAS O maior problema encontrado pelos municípios de pequeno porte e de escassos recursos financeiros para a construção de aterros sanitários é o da disponibilidade de equipamentos para a sua operação. Os tratores de esteiras, utilizados nos aterros, têm custo de aquisição e manutenção muito altos. Deve-se considerar, também, que o menor trator de esteiras disponível no mercado nacional tem capacidade para operar até 150 toneladas de resíduos por dia. Assim, para as cidades que geram quantidades de lixo muito inferiores a esse limite, teremos longos períodos de ociosidade do equipamento, o que, invariavelmente, resultará na utilização desse equipamento em outras obras no município. Logo, o aterramento dos resíduos fica relegado a um plano secundário, com a conseqüente transformação do aterro num simples depósito a céu aberto. Esse é o grande obstáculo oferecido por todos os tipos de aterro, quando aplicados a pequenas comunidades, exceto aqueles desenvolvidos em valas e operados sem a utilização de equipamentos. Esta técnica consiste no preenchimento de valas escavadas com dimensões apropriadas, onde os resíduos são depositados sem compactação e a sua cobertura com terra é realizada manualmente. Os equipamentos são, portanto, imprescindíveis apenas na fase de abertura das valas. O confinamento dos resíduos sem compactação impede o aproveitamento integral da área a ser aterrada, fato que torna esse processo de utilização não recomendada para a maioria das comunidades com produção de resíduos superior a 10 toneladas por dia. Acima dessa produção, a sua utilização implica na abertura constante de valas, tornando-o inviável técnica e economicamente. A escavação de valas exige também condições favoráveis tanto no que se refere à profundidade e uso do lençol freático, como na constituição do solo. Os terrenos com lençol freático aflorante ou muito próximo da superfície são impróprios para a construção desses aterros, uma vez que possibilitam a contaminação dos aqüíferos. Os terrenos rochosos também não são indicados devido às dificuldades de escavação. Outro fator limitante são os solos excessivamente arenosos, já que estes não apresentam coesão suficiente, causando o desmoronamento das paredes das valas. Quando as condições forem semelhantes às descritas, recomenda-se o estudo de outras alternativas construtivas para os aterros sanitários, a despeito da eventual inviabilidade econômica. Nas escavações das valas pode ser utilizado praticamente qualquer um dos equipamentos que têm capacidade de escavação. Entretanto, deve-se ter em mente que as comunidades de pequeno porte e escassos recursos financeiros dispõem apenas de máquinas leves, como as retroescavadeiras, devendo, portanto, essa
  • 8. operação estar condicionada aos limites de capacidade desses equipamentos (Figura 1). 8 Figura 1 - Abertura de valas estreitas e compridas, com acúmulo de terra apenas em um dos lados. Os resíduos são descarregados pelo lado livre das valas, sem o ingresso dos veículos no seu interior, iniciando-se por uma das extremidades da mesma (Figura 2). Figura 2 – Os resíduos são descarregados em um único ponto da vala, até que esteja totalmente preenchido. À medida que são depositados, os resíduos são nivelados e cobertos manualmente, utilizando-se a terra acumulada ao lado da vala. O nivelamento e a cobertura dos resíduos devem ser realizados diariamente, tolerando-se freqüências menores apenas em circunstâncias especiais (Figura 3).
  • 9. 9 Figura 3 Assim que o primeiro trecho da vala estiver totalmente preenchido, passa-se para outro, repetindo-se as mesmas operações. O nivelamento final da vala deve ficar numa cota superior à do terreno, prevendo-se prováveis recalques. (Figura 4). Figura 4 Após o completo aterramento da vala, se o município dispor de equipamentos dotados de esteiras, poderá promover uma melhor compactação dos resíduos, passando diversas vezes sobre o local aterrado. Quando não há essa possibilidade, a abertura da vala seguinte deve ser realizada de tal forma que a terra de escavação seja acumulada sobre as valas já aterradas, acelerando os recalques e impondo uma certa compactação aos resíduos. 2.1. INSTALAÇÕES DE APOIO As instalações de apoio são estruturas auxiliares que têm por objetivo garantir o funcionamento do aterro, dentro dos padrões estabelecidos pelas técnicas da engenharia e do saneamento ambiental. Os aterros sanitários em valas, por serem obras de pequenas dimensões, exigem um mínimo possível de instalações de apoio, necessárias apenas ao correto funcionamento da obra. De forma geral, essas instalações nos aterros em valas são compostas pelos seguintes elementos:
  • 10. 2.1.1. Isolamentos O isolamento do aterro é imprescindível para manutenção da ordem e do bom andamento da operação. Devem ser instaladas cercas de arame ao redor de toda a área, impedindo, assim, a entrada de catadores, animais ou outros elementos que possam prejudicar o desenvolvimento dos serviços. Essas cercas devem ser construídas em material resistente, como arame farpado e mourões de concreto. Recomenda-se ainda a construção de uma faixa de isolamento, de 5 a 10 metros de largura, composta por arbustos e árvores que impeçam a visualização constante do aterro. Esse isolamento tem como função evitar o surgimento de reclamações por parte de transeuntes e moradores da circunvizinhança, motivadas pela visualização constante das frentes de operação. Nas regiões onde são intensos os ventos, recomenda-se a instalação de uma cerca de tela, de forma a interceptar os materiais leves que poderiam ser arrastados até os terrenos vizinhos ao aterro. Essa cerca deve ser móvel, com a possibilidade de ser deslocada na medida do avanço da frente de operação. 2.1.2. Portaria Nos aterros em geral, sua função é controlar a entrada e a saída de veículos na área do aterro, assim como dos materiais a serem aterrados, especialmente de resíduos que poderiam prejudicar a adequada operação do aterro, colocar em risco a saúde dos operadores, ou causar danos ao meio ambiente, como por exemplo: lodos tóxicos, materiais graxos ou oleosos e líquidos em geral. A entrada desses materiais não deve ser impedida sumariamente, pois eles poderiam vir a ser descarregados clandestinamente em outros locais, causando dano ainda maior. Uma vez identificados os produtores e transportadores, devem ser prevenidas as autoridades competentes para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Nos aterros em valas, esta instalação resume-se num portão de entrada com uma guarita onde, se possível, deverá permanecer um vigia. Quando o aterro for localizado distante de comunidades, sendo improvável a presença de catadores, é admissível que a portaria resuma-se num portão fechado, ficando a chave de posse do motorista do veículo coletor e do encarregado dos serviços de limpeza pública. 2.1.3. Estradas Internas As estradas internas têm como função permitir a interligação entre os diversos pontos da área do aterro, bem como garantir a chegada dos resíduos até as frentes de 10
  • 11. descarga. Essas estradas devem suportar o trânsito de veículos mesmo durante os períodos de chuva e, por isso, devem ser mantidas nas melhores condições de operação. Os trechos que apresentam menor capacidade de suporte ou aderência deverão sofrer mudança de solo ou revestimento com brita ou cascalho. Sempre que necessário, em toda a sua extensão, deverão ser construídas canaletas de drenagem para captação de águas de escoamento superficial, revestidas com material resistente nos trechos de maior declividade. 2.2. MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL A decomposição da matéria orgânica presente no aterro resulta na formação de um líquido de cor escura, odor desagradável e elevado potencial poluidor, denominado chorume. A percolação das águas de chuva através da massa de resíduos arrasta consigo o chorume, bem como outros materiais em solução ou suspensão, constituindo-se nos chamados líquidos percolados dos aterros. Esses líquidos percolados são formados ainda pela umidade natural dos resíduos; pela água presente em alguns materiais, liberada pela compactação ou pela própria decomposição destes; pelos líquidos gerados no processo biológico de decomposição de determinados tipos de resíduos; pela contribuição de nascentes, bem como pela água de chuva precipitada sobre o aterro. As duas últimas parcelas são normalmente muito superiores às demais, sendo que é comum a não formação desses líquidos nos aterros implantados em locais secos, onde a taxa de evapotranspiração é maior que a de precipitação. Além da DBO — Demanda Bioquímica de Oxigênio, isto é, a quantidade de oxigênio requerida por organismos aeróbios para estabilizar a matéria orgânica presente num determinado meio, que atinge valores da ordem de 10 a 100 vezes superiores aos do esgoto doméstico (DBO = 300 mg/l), os líquidos percolados dos aterros apresentam ainda altos teores de cloretos, nitratos, sulfatos, zinco e outras substâncias, dependendo da composição dos resíduos aterrados e da presença de resíduos industriais. Também é alta a concentração de microrganismos patogênicos, determinada pela presença de coliformes fecais, na ordem de 10 11 6 a 10 8 NMP/100 ml. Quando esses líquidos atingem os mananciais de águas subterrâneas ou superficiais, podem alterar de modo significativo as suas características, tornando-as impróprias ao consumo ou à sobrevivência de organismos aquáticos. Portanto, ao se construir um aterro é primordial reduzir o volume dos líquidos percolados, através de uma adequada drenagem de águas de chuvas e de nascentes, visando a reduzir os custos de implantação e operação de um sistema de tratamento desses líquidos. Em decorrência da decomposição dos resíduos confinados nos aterros, são gerados
  • 12. ainda gases, entre eles o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4), que é combustível. Esses gases são gerados em grandes volumes, podendo acumular-se em bolsões no interior dos aterros, sair de forma descontrolada pelos taludes e superfícies ou, mesmo, infiltrar-se pelo solo e atingir redes de afastamento de esgotos, fossas e poços rasos causando problemas dado o risco de explosões. As instalações de proteção ambiental são, portanto, obras que têm por objetivo garantir a condição de segurança e salubridade do aterro sanitário, impedindo o contato direto dos resíduos aterrados e dos subprodutos de sua decomposição com os aqüíferos, bem como assegurar a drenagem dos gases gerados. Didaticamente, essas estruturas podem ser divididas nos seguintes sistemas, conforme descritos a seguir. 2.3. IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO A impermeabilização do solo, no caso dos aterros sanitários, devido à extensão das áreas a serem tratadas, é um processo caro e de controle difícil, devendo, sempre que possível, ser evitada. É aconselhável que na escolha da área sejam evitados os locais que apresentem solos excessivamente permeáveis ou com lençol freático no seu nível máximo muito próximo da superfície. A camada de solo que servirá de base para o aterro deve ser a mais homogênea e trabalhável (possível), isenta de blocos grandes e matacões, com permeabilidade em torno de K = 10 12 -7 cm/s, como os depósitos de argilas, siltes e suas misturas. A consistência ideal deve ser de média a dura (índice de consistência entre 0,5 e 1,00), 2 com resistência à compressão simples situada entre 0,50 e 4,00 kgf/cm . Quanto à granulometria, é conveniente que o solo apresente uma porcentagem de partículas, passando pela peneira nº 200 da ASTM, superior a 30% (Análise Granulométrica por Peneiramento e Sedimentação — MB 32/1968 — ABNT). O limite de liquidez deve ser maior ou igual a 30% (Ensaio de Determinação do Limite de Liquidez — MB 30/1969 — ABNT) e o índice de plasticidade deve ser maior ou igual a 15 unidades. O projeto de norma PN 1:603.06.006 — “Aterros de Resíduos não Perigosos — Critérios para Projeto, Construção e Operação”, elaborado pela ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas, estabelece critérios para a construção de aterros para resíduos classe II. Como os resíduos domiciliares, pelas suas características, também podem ser enquadrados nesta classe, este projeto de norma poderá ser utilizado como exigência mínima a ser seguida nos projetos de aterros sanitários.
  • 13. Esse projeto de norma estabelece que o sítio onde será implantado o aterro deverá apresentar um manto de solo homogêneo de 3,0 (três) metros de espessura com um -6 coeficiente de permeabilidade K = 10 cm/s. Contudo, é considerada aceitável uma distância mínima entre a base do aterro e a cota máxima do aqüífero freático igual a 1,5 (um e meio) metro, para um coeficiente de permeabilidade K = 5 x 10 -5 cm/s. A critério do órgão de controle da poluição ambiental, poderá ser exigida uma impermeabilização suplementar, visando maior proteção do aqüífero freático. Estabelece ainda que, em -4 áreas com predominância de solos com coeficiente de permeabilidade K = 10 cm/s, não é recomendada a construção de aterros, mesmo utilizando-se impermeabilizações complementares. Quanto à impermeabilização do terreno, podem ser utilizadas camadas de solos argilosos compactados e membranas sintéticas, também conhecidas como geomembranas. Seja qual for o tipo de material adotado, este deverá, além de conferir estanqueidade, apresentar resistência mecânica e química à eventual agressividade dos materiais aterrados e dos líquidos e gases gerados. Esse material também deverá apresentar uma vida útil longa, suficiente para que ocorram todos os processos naturais de estabilização dos resíduos. No caso do aterros em valas, a utilização de solos argilosos compactados como material impermeabilizante, é inviável devido à técnica construtiva e às dimensões reduzidas das valas, devendo-se, obrigatoriamente, escolher-se áreas que naturalmente reunam condições de permeabilidade favoráveis à implantação do aterro sem o uso de impermeabilizações. Nos casos da impossibilidade de localização de áreas adequadas à implantação do aterro em valas, pode ser necessária a impermeabilização do solo. A única alternativa é o uso de materiais sintéticos, como as mantas de PEAD — Polietileno de Alta Densidade, de 2,0 (dois) milímetros de espessura. Esse procedimento encarecerá a obra, porém, em certas regiões constituí-se na única opção para viabilização desse tipo de aterro. 13
  • 14. 14 3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ÁREAS Topografia · As áreas devem ter características planas, com inclinação máxima em torno de 10%. Evitar terrenos em topos de morros. Dimensões · Devem ser coerentes com a vida útil pretendida. Como base de cálculo primária, estimar 1 m² por tonelada de resíduo a ser aterrada por dia. Solo · Deve ter composição predominantemente homogênea e argilosa. Evitar terrenos com matacões e rochas aflorantes. Proteção contra enchentes · Devem ser evitadas áreas sujeitas a inundações e flutuações excessivas de lençol freático como as várzeas de rios, pântanos e mangues. Distância de corpos de água · Deve ser mantida distância mínima de 200m de corpos de água. Profundidade do lençol freático · A cota máxima do lençol freático deve estar o mais distante possível da cota de fundo da vala. Para solos argilosos recomenda-se 3m e para solos arenosos, distâncias superiores. A avaliação final será realizada por técnicos especializados contratados pela Prefeitura. Distância de residências · Apesar de não existir legislação específica, recomenda-se distâncias mínimas de 500m de residências isoladas e 2.000m de áreas urbanizadas. Obstáculos naturais como elevações de terrenos e matas podem ser consideradas atenuantes das interferências negativas. Ventos predominantes · A direção dos ventos predominantes não deve possibilitar o transporte de poeira ou maus odores para núcleos habitacionais. Outros Deve-se, ainda observar: · as legislações de uso do solo e de proteção dos recursos naturais; · as possibilidades de fácil acesso em qualquer época do ano; e · a menor distância possível entre a área escolhida e os geradores de resíduos.
  • 15. 15 4. CÁLCULO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO População Urbana: 10.000 habitantes Período Administrativo: 10 anos Quantidade de Lixo Gerado: 10.000 hab. x 0,4kg / hab. dia = 4 t/dia Largura de Vala Ideal: 3 metros (para facilidade de cobrimento) Altura de Vala Ideal: 3 metros (para segurança) Peso Específico do Lixo: 0,5t/m³ Comprimento Variável: 10.000 hab x 0,0004t / hab. dia x 30 dias = 240 m³ = volume da vala O, 5 t/ m³ :. 240 = Cv = 27 metros = comprimento da vala 3x3 Quantidade de Lixo para Aterramento: 4 t x 30 dias x 12 meses x 10 anos = 14.400 t 14.400 t: 0,5 t/m3 = 28.800 m³ de lixo 28.800 m³ : 240 m3 = 120 valas Área Necessária por Vala: 27 x 3 = 81 m² 81 m² x 120 valas = 9.720 m² Área livre, de circulação, cinturão verde, etc. ideal = 9.490 m² ÁREA TOTAL NECESSÁRIA PARA O EMPREENDIMENTO: 19.210 m² Pode-se concluir que 19.210 m² : 10 anos = 1.921 m² ou seja, para cada ano de vida útil do aterro são necessários aproximadamente 2.000 m² de área.
  • 16. 16 Exemplo: 10 anos - 20.000 m² 15 anos - 30.000 m² Quantidade de Terra Escavada: 120 valas x 240 m³ = 28.800 m³ Quantidade de Terra de Cobertura: 3 x 27 x 0,15 x 2 camadas = 24 m³ (20% a 25% do volume de lixo) 3 x 27 x 0,40 x 1 camada = 32 m³ Total = 56 m³ 56 m³ x 120 valas 6.720 m³ Terra Excedente para Outros Usos = 28.800 m³ - 6.720 m³ = 22.080 m³
  • 17. 17 5. IMPLANTAÇÃO DO PROJETO Após licenciamento do empreendimento, o aterro sanitário tem sua implantação realizada em duas fases distintas, descritas a seguir. 1ª Fase . Limpeza do terreno . Cercamento da área / portão de entrada e saída . Proteção vegetal . Portaria . Acessos, área para manobras e estacionamento . Drenagem superficial . Instalação de marcos de referência 2ª Fase . Limpeza do terreno . Implantação de acessos provisórios . Drenagem superficial e proteção com grama . Escavação e reaterro de valas A seguir, são apresentados dados quanto à caracterização dos serviços supra citados e, quando o caso específico, sua metodologia de execução. 5.1. LIMPEZA DO TERRENO O serviço de limpeza do terreno consiste na retirada de árvores, arbustos e toda vegetação nas áreas onde serão implantados os acessos provisórios. sistemas de drenagem e nos locais onde serão escavadas as valas. O material de limpeza do terreno deverá ser removido para local fora da área do aterro sanitário. 5.2. IMPLANTAÇÃO DE ACESSOS PROVISÓRIOS Os acessos provisórios, executados a partir do acesso principal, visam possibilitar
  • 18. o acesso dos caminhões coletores até a vala em operação e serão modificados de acordo com a posição da mesma, seguindo a seqüência das valas estabelecida em projeto. A construção dos acessos deverá obedecer o definido nos documentos do projeto principalmente no que diz respeito à: Declividade máxima de 10% na rampa. O pavimento terá revestimento de brita e pó-de-pedra ou areia, assentado diretamente sobre o terreno nivelado, o que constituirá a base do pavimento. Esta base terá que ser tratada quanto à umidade e compactada. O revestimento de brita e pó-de-pedra ou areia será compactado com rolo compactador primeiro a seco e depois, com a ajuda de água. O agregado graúdo (brita) deverá atender uma das seguintes faixas granulométricas: 18 PENEIRAS DE MALHAS QUADRADAS PENEIRAS DE MALHAS QUADRADAS MM POL Faixa A Faixa B Faixa C 100 4 100 - 90 3 1/2 90-100 - 76 3 - 100 - 64 2 1/2 25-60 90-100 100 50 2 - 35-70 90-100 38 I 1/2 0-15 0-15 35-70 25 1 - - 0-15 19 3/4 0-5 0-5 - 12,5 1/2 - - 0-5 O agregado de material de enchimento (pó-de-pedra) deve satisfazer às seguintes faixas granulométricas, sendo que a Faixa I deverá ser utilizada para material de enchimento do agregado graúdo da Faixa A. enquanto que a Faixa 2 deverá ser utilizada com o agregado graúdo das Faixas B e C. PENEIRAS DE MALHAS QUADRADAS PORCENTAGEM EM PESO QUE PASSA PELA PENEIRA MM POL Faixa I Faixa 2 19 3/4 100 - 12.5 1/2 85-100 - 9,5 3/8 - 100 4,8 # 4 - 85-100 0,15 # 100 10 - 30 10 - 30
  • 19. Poderá ser utilizado agregado com faixa contínua (graúdo e miúdo) substituindo as faixas granulométricas acima, desde que atenda à seguinte granulometria: 19 PENEIRAS DE MALHAS QUADRADAS mm pol PORCENTAGEM EM PESO QUE PASSA PELA PENEIRA 100 4 100 90 3 1/2 90-100 76 3 50-100 64 2 1/2 25-100 50 2 15-100 38 1 1/2 10-75 25 1 5-40 19 3/4 4-30 12,5 1/2 4-25 9,5 3/8 3-20 4,8 # 4 2-18 0,15 # 100 1-15 5.3. DRENAGEM SUPERFICIAL E PROTEÇÃO COM GRAMA Ao longo do período de operação, tornar-se-á necessária a execução de sistemas e dispositivos de drenagem superficial, afim de manter a área do aterro sanitário em condições normais de operação. Este sistema de drenagem, previsto e indicado nos desenhos de projeto, compõe-se de: 5.3.1. Canaleta triangular de grama Este tipo de canaleta é implantado entre valas, logo que as duas valas estejam encerradas (vide desenhos de projeto). Essas canaletas serão executadas através de uma primeira escavação manual a partir do terreno natural, obedecendo a inclinação de I V:2H, a largura de 20 cm de base, e profundidade de 40 cm, contada do nível do terreno até a base da escavação, como definido em projeto. É executado então, reaterro com solo argiloso, compactando-o manualmente, até atingir a conformação original do terreno, fechando assim a seção escavada. Executa-se a seguir uma segunda escavação, com a finalidade de implantar as canaletas em grama neste reaterro de solo argiloso compactado, obedecendo ao formato triangular e as dimensões de 60 cm de abertura (boca), e 30 cm de profundidade, conforme determinado no projeto. A inclinação das paredes laterais da canaleta triangular, de I V: I H, deverá ser observada. Após o preparo do terreno deverá ser realizado o plantio de grama, que não se
  • 20. resumirá à canaleta, mas abrangerá toda a cobertura das valas e a área entre elas. O solo argiloso especificado para a implantação das canaletas poderá ser proveniente das camadas superficiais do próprio terreno do aterro sanitário, já que este tipo de solo é encontrado no local. Quando da abertura dos acessos e dos serviços de instalação do aterro, o solo das camadas superficiais do terreno poderá ser retirado e estocado para servir a esta utilidade. 5.3.2. Canaleta de concreto Este tipo de canaleta objetiva captar e conduzir as águas proveníentes das canaletas triangulares de grama, através de caixas de passagem e tubos em concreto armado, para o desague final fora da área do aterro sanitário. 5.3.3. Outros dispositivos Entre os demais dispositivos de drenagem previstos em projeto, citam-se: 20 · Caixas de passagem · Tubulação em concreto · Muro de ala em concreto · Dissipador em pedra ou rachão Maiores pormenores constam dos documentos do Projeto. 5.4. ESCAVAÇÃO E REATERRO DE VALAS A execução das valas deverá seguir a seqüência estabelecida em projeto, em ordem crescente da vala nº 1 até a última vala projetada. A escavação de vala terá início assim que sua locação estiver concluída, sendo escavado cerca de 50% do comprimento da vala, com a manutenção de septos impermeáveis com 1 m de comprimento a cada 9,5 m escavados. Somente após o início da disposição dos resíduos nesta vala, procede-se ao término da escavação, observando-se a manutenção dos septos. O equipamento de escavação (retroescavadeira) deverá se posicionar sobre a vala a ser escavada, na direção de sua maior dimensão (comprimento). A retroescavadeira deverá retirar o solo e depositá-Io sobre a vala em operação, no trecho já preenchido com os resíduos até o nível do terreno. A altura máxima de solo disposto pela retroescavadeira sobre a vala em operação deverá se limitar
  • 21. a 1,70 m. Deve-se prever ainda, o armazenamento de uma quantidade de solo ao lado da vala fechada para servir futuramente à cobertura diária dos resíduos da vala que está sendo aberta. No momento em que a vala já estiver coberta com solo até 1,70 m de altura e o solo para cobertura diária já estiver armazenado, todo o solo restante deverá ser removido, da área do aterro sanitário e encaminhado a usos e locais que não causem quaisquer impactos ambientais. Uma possível utilização para o excesso de solo proveniente da escavação de valas está apresentada em projeto, com a execução de aterro, em área anexa ao aterro projetado sobre o qual poderão ser escavadas outras valas para continuidade da disposição mesmas. Este aterro será de responsabilidade da Prefeitura, e executado observando-se o controle da compactação, conforme as normas vigentes. Será também de responsabilidade da Prefeitura, a garantia de permanência de solo em quantidade suficiente ao controle ambienta! e operacional do aterro. A inobservância desta recomendação poderá implicar na autuação da própria Prefeitura. 21
  • 22. 22 6. OPERAÇÃO DO ATERRO EM VALAS A seguir são apresentadas as normas e procedimentos cujo atendimento levará a uma correta operação do aterro, dentro das condições técnicas e ambientais desejáveis. 6.1. CONTROLE DO ACESSO AO ATERRO A implantação do aterro levou em consideração o seu isolamento (pelo fechamento da área com cercas de arame e cerca viva) e o seu controle de acesso através de portaria. O acesso dos caminhões coletores à área será feito através de portaria, que contará com uma guarita ocupada por funcionário que fará o controle de entrada e saída dos coletores, bem com o registro das descargas. Deverá ser anotado o horário de chegada do coletor e o número da vala onde será feita a descarga. Só deverá ser permitido o acesso ao aterro dos coletores cadastrados na Prefeitura, no horário estabelecido pela mesma e a descarga de resíduos domiciliares provenientes da coleta do município. Caso seja improvável a presença de catadores na área do aterro, poderá ser dispensada a permanência de vigia, sendo que o controle e registro passarão a ser feitos pelo próprio motorista do veículo coletor, o qual possuirá cópia da chave do portão e da guarita. 6.2. DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS A disposição dos resíduos na vala aberta deverá ser sempre iniciada pelo mesmo lado que a vala começou a ser escavada, com o caminhão coletor se posicionando de ré, perpendicularmente ao comprimento da vala. O coletor ou caminhão de transporte de resíduos deverá se aproximar ao máximo da vala, de maneira a garantir o lançamento diretamente na vala, evitando o espalhamento em outros locais. Imediatamente após a descarga dos resíduos deverá se proceder à varrição de todos os resíduos que possam eventualmente ter se desprendido, além do imediato cobrimento sanitário com solo, dos resíduos recém-lançados. Não deverá se utilizar o solo estocado sobre a vala anterior, e sim aquele estocado entre as duas valas.
  • 23. Os resíduos deverão ser sempre lançados em um mesmo ponto até que se atinja o nível do terreno, quando o coletor se deslocará para a posição imediatamente adjacente à anterior. Deve-se ainda evitar o lançamento em diferentes pontos dentro de uma mesma vala, bem como dispor simultaneamente em duas ou mais valas. 6.3. CONTROLE DE AVES Para o controle de aves, será impositivo o cobrimento de todos os resíduos com solo após cada descarga, impedindo a exposição do lixo e evitando atrativos, quer seja de resíduos orgânicos, quer seja de moscas que poderão atrair aves de menor porte. Além desses procedimentos, dever-se-á prever a utilização de instrumentos sonoros (fogos de artifício ou sirenes) para afugentar as aves, de maneira a evitar, a qualquer custo a permanência das mesmas na área do aterro. Poder-se-á, ainda, implantar telas removíveis sobre o topo das valas. 6.4 ENCERRAMENTO DO ATERRO Os aterros sanitários geralmente ocupam grandes áreas, alterando a topografia, as condições de escoamento das águas superficiais e subterrâneas, bem como outras características da região, sofrendo, conseqüentemente, uma ação intensa das próprias forças da natureza, que tendem a alterar ou assimilar a nova condição. Por isso, os aterros, mesmo aqueles já encerrados, exigem obras especiais que protejam as suas estruturas durante um tempo mais ou menos longo, que depende das dimensões e características construtivas do aterro, até que o mesmo esteja totalmente integrado ao ambiente local e, portanto, em condições de relativa estabilidade. No caso dos aterros sanitários em valas, os problemas poderão ser minorados com algumas medidas simples, tais como a manutenção final dos acessos e dos sub-sistemas de drenagem pluvial, desobstrução de canais e canaletas, aparo da grama, recondicionamento dos acessos, etc. A questão ambiental, isto é o dano ambiental eventualmente causado por esse tipo de aterro, é constantemente levantada, uma vez que as técnicas utilizadas são relativamente simples. De fato, os problemas dessa ordem devem ser resolvidos logo na escolha da área a ser utilizada, observando-se, no mínimo, as recomendações apresentadas no Item 3. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE ÁREAS. Quando a área é escolhida de forma equivocada, sempre surgem problemas que exigem soluções gradativamente mais complexas, tornando-se necessárias estruturas caras, que podem ser incompatíveis com esse tipo de 23
  • 24. aterro. A operação criteriosa é a segunda condição para o sucesso desse tipo de aterro, jamais devendo ser desprezada. Se forem seguidas as orientações apresentadas no item 6. OPERAÇÃO DO ATERRO EM VALAS, o encerramento do aterro consistirá em operações relativamente fáceis de serem executadas e de custo pouco expressivo. Geralmente, a superfície do terreno fica alterada por pequenas elevações resultantes da terra de escavação das valas mantidas em excesso no local. Também ocorrerão recalques na superfície das valas aterradas. Esses problemas podem ser solucionados realizando-se um nivelamento da área, de forma a impor uma configuração harmoniosa, compatível com a região. Para tanto, podem ser utilizados equipamentos leves, como as motoniveladoras, que têm uso relativamente comum nos municípios. Algumas culturas que não apresentam raízes profundas, não têm contato direto com o solo, nem são consumidas in natura por pessoas, como por exemplo a cana-de-açúcar e o milho, podem ocupar imediatamente a área após o encerramento das atividades, facilitando a reintegração da mesma à paisagem regional, reduzindo os custos do aterro e evitando a manutenção de estruturas de isolamento e proteção do local. Outra opção interessante a ser considerada é a possibilidade de aproveitamento da área à medida que o aterro vai sendo executado. Alguns meses após o aterramento de um conjunto de valas, e tendo sido o terreno convenientemente terraplenado, pode-se deslocar as cercas diminuindo a área isolada, que fica restrita apenas ao trecho em operação e àquele que ainda será utilizado. O trecho de terreno descartado, anteriormente utilizado para o aterramento do lixo, pode ser absorvido pelas culturas do entorno. Evidentemente, em cada situação particular, recomenda-se a consulta a um engenheiro agrônomo, para avaliação exata da viabilidade desse tipo de procedimento. A experiência tem demonstrado que não são necessárias outras providências, além das mencionadas, no encerramento das atividades dos aterros sanitários em valas. 24
  • 25. 25 7. MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS PELO PROGRAMA ATERRO EM VALAS O Governador do Estado de São Paulo, MÁRIO COVAS, considerando que o meio ambiente equilibrado é direito de todos, impondo-se ao Poder Público o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, que é competência comum do Estado e dos Municípios a proteção do meio ambiente e levando em consideração o interesse de assegurar que as ações desenvolvidas pelo Estado e pelos Municípios no campo do controle ambiental ocorram de forma articulada e integrada promulgou o Decreto nº 44.760, de 13 de março de 2.000 e do Decreto nº 45.001, de 27 de junho de 2000. A Secretaria do Meio Ambiente fica autorizada a, representando o Estado, celebrar convênios com municípios do Estado de São Paulo, integrantes do Vale do Ribeira na Tabela I (Decreto nº 44.760) e os relacionados na Tabela II (Decreto nº 45.001), visando à implantação de aterros sanitários em valas para destinação de resíduos sólidos domiciliares, mediante a utilização de recursos provenientes da aplicação de multas decorrentes do Programa de Restrição à Circulação de Veículos Automotores. TABELA I - Decreto nº 44.760 MUNICÍPIO 1 Apiaí 2 Barra do Chapéu 3 Barra do Turvo 4 Cajati 5 Cananéia 6 Eldorado 7 Iguape 8 Ilha Comprida 9 Iporanga 10 Itaoca 11 Itapirapuã Paulista 12 Itariri 13 Jacupiranga 14 Juquiá 15 Juquitiba 16 Miracatu 17 Pariquera-Açu 18 Pedro de Toledo 19 Registro 20 Ribeira 21 Sete Barras 22 Tapiraí
  • 26. 26 TABELA II - Decreto nº 45.001 MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO MUNICÍPIO 1. ADOLFO 2. AGUAÍ 3. ÁGUAS DA PRATA 4. ÁGUAS DE LINDÓIA 5. ÁGUAS DE SANTA BÁRBARA 6. ÁGUAS DE SÃO PEDRO 7. ALAMBARI 8. ALTAIR 9. ALUMÍNIO 10. ÁLVARES MACHADO 11. AMÉRICO BRASILIENSE 12. AMÉRICO DE CAMPOS 13. ANALÂNDIA 14. ANGATUBA 15. ANHEMBI 16. ANHUMAS 17. APARECIDA D’OESTE 18. ARAÇOIABA DA SERRA 19. ARAMINA 20. ARANDU 21. ARIRANHA 22. ARTUR NOGUEIRA 23. ASPÁSIA 24. AURIFLAMA 25. AVANHANDAVA 26. BALBINOS 27. BÁLSAMO 28. BARBOSA 29. BARIRI 30. BARRINHA 31. BASTOS 32. BENTO DE ABREU 33. BERNARDINO DE CAMPOS 34. BERTIOGA 35. BIRITIBA-MIRIM 36. BOFETE 37. BOITUVA 38. BOM JESUS DOS PERDÕES 39. BOM SUCESSO DE ITARARÉ 40. BORBOREMA 41. BRAÚNA 42. BRODÓSQUI 43. BURI 44. BURITAMA 45. BURITIZAL 46. CABREÚVA 47. CACHOEIRA PAULISTA 48. CACONDE 49. CAFELÂNDIA 50. CAIUÁ 51. CAJURU 52. CANITAR 53. CAPELA DO ALTO 54. CARDOSO 55. CASA BRANCA 56. CASTILHO 57. CESÁRIO LANGE 58. CHAVANTES 59. COLÔMBIA 60. CONCHAL 61. CONCHAS 62. CORDEIRÓPOLIS 63. CORONEL MACEDO 64. COSMORAMA 65. CUNHA 66. CRUZÁLIA 67. DESCALVADO 68. DOBRADA 69. DOLCINÓPOLIS 70. DUMONT 71. ELIAS FAUSTO 72. ELISIÁRIO 73. EMILIANÓPOLIS 74. ENGENHEIRO COELHO 75. ESTIVA GERBI 76. ESTRELA DO NORTE 77. ESTRELA D’OESTE 78. EUCLIDES DA CUNHA PAULISTA 79. FLORA RICA 80. FLOREAL 81. GABRIEL MONTEIRO 82. GÁLIA 83. GASTÃO VIDIGAL 84. GUAPIARA 85. GUAPIAÇÚ 86. GUARAÇAÍ 87. GUARACI 88. GUARANTÃ 89. GUARAREMA 90. GUAREÍ 91. GUZOLÂNDIA 92. HERCULÂNDIA 93. IACRI 94. IBATÉ 95. IBIRÁ 96. IBIÚNA 97. ICÉM 98. IGARAÇU DO TIETÊ 99. IGARAPAVA 100. ILHABELA 101. INDIANA 102. INÚBIA PAULISTA 103. IPAUÇU 104. IPERÓ 105. IPUÃ 106. IRAPURU 107. ITAÍ 108. ITAJOBI 109. ITAPURA 110. ITIRAPINA 111. ITUPEVA 112. ITOBI 113. JAGUARIÚNA 114. JARDINÓPOLIS 115. JARINU 116. JERIQUARA 117. JUMIRIM 118. JUNQUEIRÓPOLIS 119. LAVÍNIA 120. LINDÓIA 121. LOUVEIRA 122. LUTÉCIA 123. LUIZIÂNIA 124. MACAUBAL 125. MACEDÔNIA 126. MAGDA 127. MANDURI 128. MARAPOAMA 129. MARIÁPOLIS 130. MENDONÇA 131. MERIDIANO 132. MESÓPOLIS 133. MIGUELÓPOLIS 134. MINEIROS DO TIETÊ 135. MIRANTE DE PARANAPANEMA 136. MIRASSOLÂNDIA 137. MOMBUCA 138. MONÇÕES 139. MONTE ALEGRE DO SUL 140. MONTE APRAZÍVEL 141. MONTE AZUL PAULISTA 142. MURITINGA DO SUL 143. MORUNGABA 144. NARANDIBA 145. NATIVIDADE DA SERRA 146. NOVA ALIANÇA 147. NOVA CAMPINA 148. NOVA GRANADA 149. NOVA INDEPENDÊNCIA 150. NOVA LUZITÂNIA 151. NUPORANGA 152. OURO VERDE 153. PALESTINA 154. PANORAMA 155. PARAIBUNA 156. PARANAPANEMA 157. PARANAPUÃ 158. PARDINHO 159. PAULICÉIA 160. PEDRANÓPOLIS 161. PEDREGULHO 162. PEREIRAS 163. PIEDADE 164. PILAR DO SUL 165. PIQUEROBI 166. PIQUETE 167. PIRAJU 168. PIRAJUÍ 169. PIRAPORA DO BOM JESUS 170. PIRAPOZINHO 171. PONGAÍ 172. POPULINA 173. PORANGABA 174. POTIRENDABA 175. PRADÓPOLIS 176. PRESIDENTE BERNARDES 177. PROMISSÃO 178. QUADRA 179. QUATÁ 180. QUEIRÓZ 181. QUELUZ 182. RAFARD 183. REGENTE FEIJÓ 184. REGINÓPOLIS 185. RESTINGA 186. RIBEIRÃO BONITO 187. RIBEIRÃO BRANCO 188. RIBEIRÃO CORRENTE 189. RIBEIRÃO GRANDE 190. RIBEIRÃO DO SUL 191. RIFAINA 192. RINCÃO 193. RINÓPOLIS 194. RIOLÂNDIA 195. RIVERSUL 196. ROSEIRA 197. RUBIÁCEA 198. SABINO 199. SAGRES 200. SALES DE OLIVEIRA 201. SALESÓPOLIS 202. SALMOURÃO 203. SALTINHO 204. SANTA ALBERTINA 205. SANTA BRANCA 206. SANTA CRUZ DA CONCEIÇÃO 207. SANTA CRUZ DA ESPERANÇA 208. SANTA CRUZ DAS PALMEIRAS 209. SANTA FÉ DO SUL 210. SANTA GERTRUDES 211. SANTA MERCEDES 212. SANTA RITA DO PASSA QUATRO 213. SANTA ROSA DE VITERBO 214. SANTA SALETE 215. SANTO ANASTÁCIO 216. SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 217. SANTO ANTÔNIO DE POSSE 218. SANTO ANTÔNIO DO JARDIM 219. SANTO EXPEDITO 220. SANTÓPOLIS DO AGUAPEÍ 221. SÃO BENTO DO SAPUCAÍ 222. SÃO JOÃO DO PAU D'ALHO 223. SÃO JOSÉ DO BARREIRO 224. SÃO JOSÉ DA BELA VISTA 225. SÃO LOURENÇO DA SERRA 226. SÃO LUÍS DO PARAITINGA 227. SÃO MIGUEL ARCANJO 228. SÃO PEDRO 229. SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA 230. SÃO SIMÃO 231. SARAPUÍ 232. SARUTAIÁ 233. SERRA AZUL 234. SERRA NEGRA 235. SEVERÍNIA 236. SOCORRO 237. SUD MENNUCCI 238. SUZANÓPOLIS 239. TAGUAÍ 240. TAIAÇU 241. TAMBAÚ 242. TAPIRATIBA 243. TAQUARIVAÍ 244. TARABAÍ 245. TEJUPÁ 246. TEODORO SAMPAIO 247. TERRA ROXA 248. TIETÊ 249. TIMBURI 250. TORRE DE PEDRA 251. TRABIJU 252. TRÊS FONTEIRAS 253. TUPI PAULISTA 254. TURIÚBA 255. TURMALINA 256. UCHOA 257. UNIÃO PAULISTA 258. VERA CRUZ 259. VIRADOURO
  • 27. A implantação dos Aterros Sanitários em Valas está a cargo da Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratégico e Educação Ambiental - CPLEA, conforme a Resolução SMA nº 24, de 23 de maio de 2.003, e suas atribuições são acompanhar, fiscalizar, controlar e avaliar o desempenho do Projeto, observada a relação dos beneficiários constantes dos respectivos diplomas legais. A Coordenação de Implantação do Projeto, responsável pela execução dos objetivos acima, e composta por: · Coordenação Técnica; que responde pelo acompanhamento técnico; e · Coordenação Administrativa e Financeira: que responde pelo 27 acompanhamento administrativo e financeiro. Até julho de 2005 foram celebrados 202 convênios, dos quais 74 ainda permaneciam em trâmite na mesma data. Dos 128 convênios restantes, 38 tiveram todas as fases do plano de trabalho executadas com recursos do Estado. Considerando a melhoria do IQR verificada nos municípios conveniados, conclui-se que a ação da SMA alcançou resultados positivos. Os demais 90 convênios foram encerrados por razões diversas. Na maior parte deles a participação da SMA na execução do empreendimento foi parcial, principalmente porque parte do aterro já havia sido executada antes da celebração do convênio. Nesses casos também foi observada a melhora dos IQRs municipais, significando resultados positivos da participação da SMA. Os convênios restantes foram objeto de encerramento, sem a participação do Estado, em virtude dos municípios não apresentarem condições de cumprir as exigências da avença, implicando a sua rescisão. A Coordenação de Implantação do Projeto é responsável pela formalização do convênio, conforme Minuta de Termo de Convênio e Plano de Trabalho.
  • 28. 8. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS 1. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA A FORMALIZAÇÃO DO 28 CONVÊNIO A formalização de convênio poderá ser solicitada pelos municípios relacionados no Anexo I dos seguintes decretos estaduais: Decreto Nº 44.760, de 13 de março de 2000, que se refere a municípios integrantes do Vale do Ribeira; Decreto Nº 45.001, de 27 de junho de 2000, que se refere a outros municípios paulistas não integrantes do Vale do Ribeira. A solicitação de formalização deve ser dirigida ao Senhor Secretário de Estado do Meio Ambiente. Essa solicitação deve estar devidamente fundamentada, explicitando a necessidade do empreendimento e de recursos estaduais para sua implantação. A formalização do convênio modelo A (referente ao Decreto Nº 44.760) e modelo B (referente ao Decreto Nº 45.001) exige a apresentação de toda a documentação necessária nos termos da legislação que rege a matéria. A Lista de Documentos necessários inclui lei municipal autorizando a celebração do convênio, além de declarações firmadas pela Prefeitura. Tanto a lei municipal quanto as declarações devem ser elaboradas em consonância com os modelo A (referente ao Decreto Nº 44.760) e modelo B (referente ao Decreto Nº 45.001) fornecidos pela SMA. Também são necessárias certidões fornecidas por órgãos públicos, atestando situação de regularidade do município perante aqueles órgãos. Essa documentação deve estar devidamente atualizada, principalmente as certidões de regularidade, as quais não podem estar com sua validade expirada. A documentação constante da lista de documentos deve ser encaminhada somente após o deferimento da formalização do convênio, mediante solicitação e instruções da Coordenação do Projeto Aterro Sanitário em Valas. O convênio deve ser celebrado nos termos do Anexo II aos decretos já mencionados. Tratando-se de parte integrante dos respectivos decretos, os termos da avença são imutáveis. O Plano de Trabalho modelo A (referente ao Decreto Nº 44.760) e modelo B (referente ao Decreto Nº 45.001), integrante do Termo de Convênio é parte fundamental do acordo, tendo em vista ser o documento que fornece as diretrizes para a execução do objeto do convênio. Sua leitura e entendimento são fundamentais para a adequada execução da avença.
  • 29. 2. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS DURANTE A 29 EXECUÇÃO DO OBJETO DO CONVÊNIO Formalizado o convênio, sua execução deve se pautar pelo Plano de Trabalho integrante do convênio. Especial atenção deve ser dada aos prazos para execução de cada uma das etapas, tanto no que diz respeito à execução física do empreendimento quanto à prestação de contas dos recursos repassados pelo Estado. Deve ser dada especial atenção ao procedimento de prestação de contas, as quais devem ser apresentadas levando em conta o caderno de Informações Básicas para a Apresentação de Prestação de Contas.
  • 30. 30 9. REFERÊNCIAS: · LEGISLAÇÃO: a) Decreto nº 44.760, de 13 de março de 2.000. b) Decreto nº 45.001, de 27 de junho de 2.000. c) Resolução SMA nº 24, de 23 de maio de 2.003. · BIBLIOGRÁFIA: a) Manual Ambiental – Procedimentos para Implantação de Aterro em Valas Equipe Responsável: Elidio Alves de Souza, João Antonio Fuzaro, Giuseppe Giulio Michelino, Geraldo Velardo Neto, Lady Virginia T. M. Rodrigues, Denise Soletto, Célia Regina Buono Palis Poeta e Antonio Luiz Lima de Queiroz. b) Apostila – Aterros Sanitários em Valas Autor: Eng. João Antonio Fuzaro.
  • 31. 31 ANEXO: MODELO DE PROJETO EXECUTIVO DE ATERRO EM VALA
  • 32. 32
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