Tecnologia Assistiva e Acessibilidade na Educação Superior
1. PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA, TECNOLOGIA
ASSISTIVA E
ACESSIBILIZAÇÃO
José Antonio Borges
Instituto Tércio Pacitti (NCE/UFRJ)
Agosto/2013
Seminário Nacional da Pessoa com Deficiência no Ensino Superior
Balanço e Perspectivas
Universidade Federal do ABC - 2013
2. O ALUNO COM DEFICIÊNCIA E A
UNIVERSIDADE INCLUSIVA
Inclusão do aluno não é trivial: grande parte
dos professores e funcionários não está
preparado para receber.
O preconceito existe e é muito forte
Ex.: professores que se recusam a dar aula
para cegos.
A maioria das universidade não dispõe de
recursos tecnológicos adequados.
Tecnologia existe, é grátis em muitos casos, mas
a estrutura universitária não conhece.
3. Eliminação de barreiras arquitetônicas
Acesso à informação interna
Locomoção até a Universidade
Adaptação curricular
Adaptação de materiais
Tecnologia assistiva adequada
DIFICULDADES ESPECÍFICAS
QUE PRECISAM SER
ENCARADAS PELA
UNIVERSIDADE:
4. Necessidade de apoio em tempo real
Surdos (intérpretes)
Tetraplégicos (acompanhantes)
outros casos específicos
5. TEMPO: O GRANDE DESAFIO
O tempo usado para realizar as tarefas
pode ser muito diferentes.
Ex.: escrever em Braille x Tinta
paralisado cerebral fazendo prova oral
Tempo de aprendizado pode ser muito
diferente
Ex.: uma pessoa com S. Down demorou 10
anos para completar seu curso de pedagogia.
6. ACESSIBILIDADE DOS ITENS DE
CULTURA
A universidade tem a obrigação de garantir
que que TODOS os que necessitam possam
aceder a TODAS as informações
Independente da situação física
Como poderia alguém que não mexe nenhum
músculo do corpo ter acesso à Internet ou ler um
livro?
Como pode alguém que não enxerga ou não mexe
nenhum músculo ter acesso à Internet?
É MAIS FÁCIL, COM TECNOLOGIA
ADEQUADA
7. TECNOLOGIA ASSISTIVA: TORNANDO O
IMPOSSÍVEL POSSÍVEL PARA AS PD
Produtos
Recursos
Metodologias
Estratégias,
Práticas
Serviços
• Melhoram a autonomia,
independência, qualidade
de vida e inclusão social das
pessoas com deficiência.
8. PROBLEMA: CADA TIPO DE
DEFICIÊNCIA TEM SUAS
LIMITAÇÕES ESPECÍFICAS
As soluções são radicalmente
diferentes para
Deficiência visual
Deficiência auditiva
Deficiência motora
Paralisia cerebral
Deficiência cognitiva/mental/psicológica
Deficiências múltiplas (ex: Surdo-
cegueira)
Superdotação
9. DEFICIÊNCIA VISUAL
É a área das deficiências com maior número de
artefatos de tecnologia assistiva
A área onde mais se desenvolveram no Brasil nos
últimos anos.
10. DOSVOX
Ambiente operacional
para pessoas cegas
Não é um leitor de telas
Muito simples de usar
Um dos projetos mais
conhecidos da UFRJ
60000 usuários
100+ programas
12. FERRAMENTAS DO DOSVOX
Editor e leitor de textos
Sistema de navegação para arquivos
Impressor para tinta e Braille
Acesso a Internet facilitado
E-mail, WebBrowser, Youtube, Google
Redes sociais facilitadas
Twitter, Facebook
Jogos & Jogavox
Leitor de telas simples
13. NVDA
Leitor de Telas gratuito, originário da
Austrália
Traduzido para português
Suportam Windows na forma nativa,
incluindo Office e Internet, com grande
acessibilidade.
Adequado para uso universitário
Exige treinamento específico mais demorado
do que o Dosvox
Alternativas pagas: Jaws e Virtual Vision
14. O CEGO E AS CIÊNCIAS COM BASE
MATEMÁTICA
Dificuldades
leitura e escrita de materiais matemáticos
leitura e escrita de gráficos
leitura de resultados de experimentos nos aparelhos
atuais
Dependência grande de terceiros
16. BRAILLE FÁCIL
Permite impressão Braille sem necessidade de conhecer
profundamente este código.
Automatização total, incluindo desenhos.
Padrão de impressão de grandes centros no Brasil e
Portugal (MEC)
19. MECDAISY
Livros falados com reprodução sincronizada texto-áudio
Texto lido em síntese de voz ou gravação
Padrão NISO Daisy (digital acessível)
É fácil transcrever para o formato Daisy
Não constitui pirataria (direito protegido pela legislação)
21. Acima: Menu e
ícones de atalho
Área central:
escrita musical
braille
Abaixo: Tradução
automática para
partitura
MUSIBRAILLE
22. DEFICIÊNCIA MOTORA
(TETRAPLEGIA)
• Dispositivos mecânicos (ex. para virar páginas)
• Equipamentos especiais para acionamento do
computador (ex. teclados, mouse especiais)
• Controle do computador pela voz
• Adaptações no sistema
operacional
Especificações:
Terapeuta ocupacional
23. MOTRIX
Deficientes Motores
Tetraplégicos
Reconhecimento de Voz
Vocabulário limitado
reconhecedor Microsoft (inglês)
24. FUNCIONAMENTO DO MOTRIX
Funções
Movimento automatizado do mouse
Acionamento de programas
Controle de janelas e menus
Ditado por soletragem (alfabeto de aviação)
Automatização (Linguagem de scripts)
25. MICROFENIX
• Para estudantes com gravíssima falta de
movimentos
– Sistema de varredura automática
– Acionamento por ruído, botão ou chave
28. DEFICIÊNCIA AUDITIVA
• Surdos de nascença
– Libras é a sua língua
– Português é dificílimo de aprender
– Intérprete é fundamental no convívio
– Leitura labial - máximo 40% de percepção
• Surdez adquirida
– Aparelhos de surdez e implante coclear
• Problemas físicos em sala de aula
– Closed Caption e SAP
– Estenotipia
29. COMUNICAÇÃO COM O ALUNO
SURDO É UM ENORME PROBLEMA
• Quando o aluno é surdo de nascença:
– A língua é outra.
– Não fala, pode emitir sons.
– Pessoa não quer usar Português.
– Intérprete de libras é fundamental.
• Materiais textuais
– Mesmo com o intérprete diversas dificuldades persistem:
– leituras de textos impressos (aluno não lê bem Português).
– provas (aluno não escreve bem).
• Uso do computador é relativamente simples, mas
fortemente apoiado por figuras.
30. SUPORTE AO SURDO NA SALA DE
AULA
Sistemas de amplificação indutiva do som
Em ambientes ruidosos o aparelho de surdez não
funciona bem
Intérprete de Libras
Sistemas computadorizados de tradução (em
desenvolvimento)
32. DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS
Se apropriam de tecnologias de diversas áreas
ex.: surdo-cegueira
Intérprete de datilologia e outros
Uso de linhas Braille para intermediação
33. TECNOASSIST
Capacitação em T.A. para MEC
Professores das escolas públicas aprenderão nossa
tecnologia
Curso à Distância
Projeto para todo Brasil
A partir de 2014 – 1000 professores multiplicadores
por ano
34. LUTA CONSTANTE:
ACESSIBILIDADE NA WEB
Importância pedagógica:
– Muita informação hoje está na Internet
– Dificuldade das pessoas com deficiência
frequentarem cursos à distância
Legislação pró-acessibilidade na WEB
– No Brasil as homepages de entidades públicas têm
que ter acessibilidade.
– Os cursos na WEB tem que ter acessibilidade
35. HÁ MUITO QUE FALAR
MAS HÁ MUITO MAIS QUE
FAZER...
36. Obrigado por sua atenção
José Antonio Borges
Instituto Tércio Pacitti (NCE/UFRJ)
http://intervox.nce.ufrj.br
antonio2@nce.ufrj.br
(21) 2598-3339