1. Teoria do Campo Cristalino
A teoria está baseada em um simples modelo eletrostático: a de que cargas de
mesmo sinal se repelem. Assim, na TCC, os ligantes são tratados como se
fossem cargas pontuais negativas (esferas rígidas) interagindo com a
distribuição eletrônica da camada de valência do cátion metálico. Nesta
suposição, assumimos que as interações metal – ligantes seriam puramente
eletrostáticas, ou seja, sem sobreposição de orbitais e sem o compartilhamento
de elétrons. Mesmo sendo este quadro muito distante da realidade, ele ainda
produz resultados que nos ajudam a prever o comportamento dos complexos.
O modelo diz que os orbitais de valência do metal em um ambiente octaédrico
se desdobrarão em dois grupos, um de maior energia contendo dois orbitais e
um de menor energia contendo três orbitais (Figura 6.30). A série de maior
energia é denominada eg e a de menor energia t2g.
Por exemplo, considere o complexo [Ti(OH2)6]3+. Este complexo tem geometria
octaédrica, portanto o desdobramento dos orbitais é semelhante ao
representado na Figura 6.30. O íon Ti3+ apresenta configuração eletrônica
d1.No desdobramento octaédrico, este único elétron vai espontaneamente, em
condições normais, ocupar um dos orbitais da série de menor energia, ou seja
t2g.Se o fazermos passar para a série eg, e conseguirmos medir o quanto de
energia é necessário para isso, conseguiremos medir o valor de ΔO para este
caso.Isso pode ser conseguido através de espectroscopia eletrônica, ou seja
aquela que estuda, entre outras coisas, transições dos elétrons entre os
orbitais.Para este caso simples, pode-se utilizar a técnica de espectroscopia no
ultravioleta – visível.
O termo espectroscopia é a designação para toda técnica de levantamento de
dados físico-químicos através da transmissão, absorção ou reflexão da energia
radiante incidente em uma amostra. Por extensão, o termo espectroscopia
ainda é usado na técnica de espectroscopia de massas, onde íons
moleculares monovalentes são defletidos por um campo magnético. O
resultado gráfico de uma técnica espectroscópica qualquer, a resposta como
uma função do comprimento de onda - ou mais comumente a freqüência - é
chamado espectro. Sua impressão gráfica pode ser chamada espectrograma.
2. Conclusão
Ao realizar está pratica pode-se observar toda a teoria estudada em sala de
aula, conseguindo trazer a teoria a um nível palpável, sendo a Espectroscopia
uma técnica de referencia que nos permite extrair excelentes resultados de
diversas amostras, tendo assim conseguido iniciar o aprendizado na
interpretação de espectros.