[1] O documento discute os princípios básicos de orientação usando uma bússola, incluindo os pontos cardeais, colaterais e a medição de azimutes. [2] Explica os componentes e funções de uma bússola Silva, o tipo de bússola mais comum para orientação. [3] Também menciona outros tipos de bússolas e discute conceitos como azimute e azimute reverso para navegação.
1. ORIENTANDO-SE PELA BÚSSOLA
Prefácio
Os meios de orientação são vários: o Sol, a
constelação do Cruzeiro do Sul (no hemisfério sul), a
bússola. Entretanto, para utilizar qualquer um deles, é
preciso conhecer os pontos cardeais, que são à base
desses meios de orientação. Os pontos cardeais são
quatro: norte, sul, leste e oeste.
Neste trabalho vamos nos conter a falar mais sobre
a bússola e seu uso e uma das formas de orientação mais
utilizada é a bússola, pois é um instrumento que permite
uma orientação mais precisa e pode ser usado com
facilidade e em qualquer lugar ou momento. De dia de
noite, com céu limpo ou com céu nublado.
A palavra bússola PE de origem italiana e significa
caixa de madeira de buxo, bússola – é um pequeno, prático
e eficiente instrumento de orientação inventado,
supostamente pelos chineses.
Nos permite encontrara ou determinar a direção dos
pontos cardeais e é constituída por uma agulha magnética
que nos indica a direção Norte, sempre que a
movimentamos.
A agulha sempre está apontada para o norte porque
ela funciona como um imã que é orientado segundo o
campo magnético da terra.
Estima-se que a bússola tenha sido inventada por
volta do ano 2000 a.C. Os árabes fizeram com que o
instrumento chegasse à Europa.
A bússola foi essencial para o sucesso da Era dos
Descobrimentos (1400-1600), período no qual navegadores
europeus se lançaram ao mar em busca de novas rotas de
comércio.
Como a bússola é um ímã, assim como o planeta
Terra. Todo ímã tem um polo norte e outro sul, sendo que
os opostos se atraem. Por isso, o polo norte magnético da
bússola (ponteiro pintado) aponta para o polo sul
magnético do planeta que, por coincidência, está perto do
pólo norte geográfico da Terra.
Devemos colocar a bússola sempre na horizontal:
para determinarmos com precisão a direção do azimute a
seguir ou quando a consultamos.
Devemos escolher e visar com precisão uma
referência do terreno - que se localize na direção a seguir e
que se encontre o mais longe possível - e caminharmos até
lá sem olhar para a bússola.
Chegando a esta referência devemos repetir
sucessivamente a operação até alcançarmos o nosso
destino - técnica das “visadas ou miras sucessivas”.
Não devemos confundir a seta de alinhamento com o
Norte, gravada na caixa móvel (“casa do Norte”) com a
“seta de direção” gravada na placa de suporte
transparente.
É esta última seta que nos indica a direção a seguir.
Em terreno complexo, muitas vezes é conveniente
fazermos a estimativa da distância a percorrer até ao
objetivo, utilizando a técnica do “duplo passo”, para evitar
passar na proximidade do ponto sem o ver (Aferição do
passo).
Devemos ainda evitar utilizar a bússola em locais
onde existam pontos de atração magnética – os postos de
alta tensão, a presença de uma mina ou um objeto metálico
que carreguemos num bolso, pode alterar a direção da
agulha da bússola - utilizá-la horizontalmente, com o braço
2. estendido para frente, à altura do peito e perpendicular a
este.
Introdução
Coordenadas geográficas
O que são coordenadas geográficas
As coordenadas geográficas consistem em linhas
imaginárias traçadas sobre o planeta, com a finalidade de
localizar qualquer lugar em sua superfície. Para isso,
utilizam-se dois tipos básicos de linhas, os paralelos e
meridianos.
Os paralelos e a latitude
Os paralelos são círculos imaginários que circundam
a Terra, em planos paralelos à linha do equador, que é o
maior deles.
Outros paralelos importantes são os trópicos de
Câncer e Capricórnio, e os círculos polares Ártico e
Antártico. Os paralelos são muito importantes para
encontrarmos as coordenadas de latitude e, como são
círculos, têm 360°. Latitude é a distância de qualquer
ponto da superfície terrestre em relação à linha do equador,
medida em ângulos (em graus, minutos e segundos).
A linha do equador está a 0° de latitude e é o ponto
de partida para a medição dos outros paralelos.
A latitude vai aumentando em direção ao polo norte,
até chegar a 90°, ou em direção ao polo sul, até chegar a
90°.
Com exceção da linha do equador, a medida em
graus da latitude deve ser acompanhada da referência
norte ou sul. Não basta dizer que um local está a 30° de
latitude. Deve-se explicitar se é 30° de latitude sul ou 30°
de latitude norte.
Os meridianos e a longitude
Os meridianos são semicírculos imaginários que vão
do polo norte ao polo sul da Terra. O principal deles é o
Meridiano de Greenwich, que divide a Terra em dois
hemisférios: ocidental (a oeste de Greenwich) e oriental (a
leste de Greenwich).
Cada meridiano possui um antemeridiano e, juntos,
formam um círculo inteiro pelo planeta. Os meridianos são
muito importantes para encontrarmos as coordenadas da
longitude e, como são semicírculos, têm 180°.
Longitude é a distância de qualquer ponto da
superfície terrestre em relação ao Meridiano de Greenwich,
medida em ângulos (em graus, minutos e segundos).
O meridiano de Greenwich está a 0° de longitude e é
o ponto de partida para a medição dos outros meridianos. A
longitude vai aumentando na direção oeste de Greenwich
(ocidente) até chegar a 180°, ou em direção a leste de
Greenwich (oriente) até chegar a 180°.
Com exceção do meridiano de Greenwich, a medida
em graus da longitude deve ser acompanhada da
referência leste ou oeste. Não é suficiente dizer que um
local está a 60° de longitude. É necessário especificar se é
600 de longitude leste ou 60° de longitude oeste.
Para localizar com precisão qualquer ponto na
superfície terrestre, necessitamos conhecer as
coordenadas de latitude e longitude.
3. Princípios básicos de orientação – Pontos cardeais
colaterais e graus
Para ser capaz de se orientar você precisa no
mínimo ter a noção dos pontos cardeais (norte, sul, leste e
oeste) e também dos colaterais (nordeste, nororeste,
sudeste, sudoeste).
Lembre-se das aulas de geografia do colégio, o sol
nasce sempre no Leste e se põe sempre no Oeste, com
isso é possível pela posição do sol determinar onde fica o
Leste ou Oeste e assim obter a direção do Norte e do Sul.
Ficando de pé aponte a sua mão direita para o sol
nascente, este ponto é o Leste. Sua mão esquerda estará
apontada para o Oeste e na sua frente estará o Norte e nas
suas costas o Sul.
Esse método elementar foi usado durante muito
tempo por povos primitivos, permitindo a orientação deles
quando saíam de um lugar para o outro.
Seria ótimo se pudéssemos nos orientar em um
terreno usando somente este conceito. Mas nem tudo é
perfeito e a nossa necessidade nos fez criar mais direções,
essas direções são conhecidas como “pontos colaterais”.
Os pontos colaterais situam-se entre um ponto
cardeal e outro, por exemplo, entre o Norte e o Leste temos
o ponto colateral chamado de Nordeste; entre o Sul e o
Leste temos o Sudeste; entre o Sul e o Oeste temos o
Sudoeste; e entre o Oeste e o Norte temos o Noroeste. A
figura abaixo, conhecida como Rosa dos Ventos mostra
como esses pontos são posicionados.
Os pontos cardeais e colaterais mostrados a cima,
costumam ser abreviados usando letras, essa abreviação
segue o padrão:
4. Pontos Cardeais
N – Norte
L ou E – Leste/East (onde o sol nasce)
S – Sul
O ou W – Oeste/West (onde o sol de põe)
Pontos Colaterais
Ficam entre os pontos cardeais e são:
NE – Nordeste, entre o Norte e o Leste;
SE – Sudeste, entre o Sul e o Leste;
SO – Sudoeste, entre o Sul e o Oeste;
NO – Noroeste, entre o Norte e o Oeste.
Tipos de bússolas
Existem dois tipos de bússolas.
Magnéticas
Que se baseiam no polo norte magnético da Terra
As bússolas magnéticas se baseiam em uma agulha
imantada que aponta para o Norte magnético que não é
exatamente igual ao norte geográfico.
Solares
Esses aparatos se parecem com relógios de sol e
utilizam a posição do astro para fazer a orientação. Uma
vez que o sol sempre nasce no leste e se põe no oeste, ela
é capaz de indicar esses pontos com certa precisão.
5. A Bússola Silva ou Cartográfica
A bússola que utilizamos para orientação costuma
ser aquela conhecida como bússola Silva ou Cartográfica,
um tipo de bússola diferente, que é montada em cima de
uma régua de acrílico. Nada impede que você use uma
bússola comum para se orientar, contudo, a tarefa fica
muito mais simples com o uso da bússola Silva.
Esse tipo de bússola é composto por vários itens
diferentes, conhecer e saber para que serve cada item
desses é fundamental, acompanhe o desenho abaixo e
veja como se chama cada parte de uma bússola Silva e
qual a função de cada uma delas.
O visual pode variar de modelo para modelo ou entre
fabricantes, mas a maioria das bússolas deste tipo
apresenta os recursos apresentados na figura a seguir,
com exceção de algumas que não possuem a escala de
declinação magnética.
Mas esta escala de declinação não é tão importante,
Funções
– Régua: serve para duas coisas: medir a distância entre
dois pontos para calcular a distância entre eles baseado na
escala do mapa; e traçar linhas retas entre dois pontos do
mapa para fins de navegação.
– Escalas: servem para simplificar o uso da régua, usando
as escalas você não precisa calcular a distância entre os
pontos, pois as escalas já são graduadas em metros ou
quilômetros de acordo com o padrão indicado próximo a
elas.
– Seta de direção ou azimute: é usada para localizar a
direção em graus de um determinado ponto, ou seja, o
azimute de um ponto (veremos depois o que isso significa).
– Limbo giratório: possui a marcação dos pontos cardeais
e dos graus, fundamental para o uso da bússola.
– Portão: uma marcação logo abaixo da marca do norte
que fica no limbo é usada no processo de navegação. Pode
ser uma seta como na foto ou duas marcas paralelas.
– Linhas meridionais: servem para alinhar a bússola com
as linhas do mapa, garantindo assim que ela esteja
apontando a direção exata.
– Escala de declinação: serve para ajustar a graduação
da bússola em relação à declinação magnética (diferença
entre o norte magnético e o verdadeiro norte).
– Agulha imantada: é a agulha que aponta o norte (parte
vermelha).
6. Partes de uma bússola
Silva
Bússola Militar
Alguns tipos de bússolas
Bússolas de bolso
7. Bússola de Estrato Clar
Bússola Geológica
Bússola Brunton
Bússola Freiberger de estrato para geólogo
8. Azimute
Azimute é um termo de origem árabe (as-sumut) que
significa “caminho ou direção”, para nós ele é uma
direção indicada em graus, indo de 0 até 360 graus.
Isso significa que é possível marcar a direção de um ponto
de referência através dos graus.
Com essa marcação, qualquer pessoa pode navegar
entre um ponto e outro se souber o azimute do ponto de
destino.
Imagine a seguinte situação: você está caminhando
por uma trilha e chega até um descampado, neste
descampado existem quatro opções de trilhas para seguir,
se você souber que a trilha certa está situada em 270º
basta pegar a sua bússola e encontrar onde está esta
direção, onde está o azimute para 270º.
Como usar o azimute
Se você já tem o valor do azimute basta fazer o
seguinte:
Vamos supor que você tenha um valor de 100º para
o azimute, para encontrar esta direção você deverá seguir
estes passos:
1. Gire o limbo da bússola até que o grau do azimute
(100º, no nosso exemplo) fique alinhado com a linha
de fé (seta vermelha no acrílico).
2. Segure a bússola em frente ao seu corpo de forma
que ela fique completamente reta (horizontalmente)
e estável.
3. Gire o seu corpo sobre os pés até que a ponta
vermelha da agulha fique alinhada com o portão da
bússola (ou com a marca N do limbo, é a mesma
coisa).
4. A direção apontada pela linha de fé da bússola é a
direção para onde você deve seguir, ou seja, é o seu
azimute de 100º.
Agora suponha que você quer descobrir o azimute de um
ponto de referência, uma montanha, por exemplo:
1. Aponte a linha de fé para a nossa montanha (nosso
ponto de referência).
2. Gire o limbo da bússola até que o portão (ou
marcação N no limbo) fique alinhado com a parte
vermelha da agulha magnética.
3. O grau que estiver alinhado com a linha de fé é o
azimute do nosso ponto de referência.
Azimute Reverso
Azimute reverso é uma direção em graus que
usamos para voltar até o ponto inicial de onde
partimos.
Imagine que você esteja em uma estrada e deseja ir
até um morro próximo. Você para e tira o azimute para o
morro e navega até onde quer chegar.
Chegando lá você vai voltar para o ponto onde tirou
o azimute e descobre que não tem uma referência visual
dele, pois a vegetação não lhe deixa vê-lo. Para voltar ao
9. seu ponto inicial de caminhada você deverá usar o azimute
reverso, um processo simples, observe:
Se o seu azimute usado na ida até o suposto morro
foi menor que 180º, pegue o valor deste azimute e some
com 180, o resultado será seu azimute reverso (o
azimute para voltar ao ponto inicial).
Exemplo:
Azimute usado na ida: 90º
Como a azimute é menor que 180º
Some 90º com 180º e encontre o azimute reverso: 270º
Se o seu azimute usado na ida até o morro foi maior
que 180º, pegue o valor deste azimute e diminua 180
para obter o seu azimute reverso.
Exemplo:
Azimute usado na ida: 200º
Como o azimute inicial é maior que 180º
Diminua 180 de 200 e obtenha o azimute reverso: 20º
Note que o azimute reverso de 180º pode ser 0º ou 360º, já
que estes dois graus (0 e 360) correspondem ao mesmo
ponto na bússola.
O azimute e o azimute reverso mostrados nestes
textos formam o princípio básico para chegar até um
ponto e retornar para o ponto de origem, com esses
conceitos bem praticados é possível se orientar entre
um ponto e outro usando referências visuais sem
problemas.
Em outro deste livreto eu pretendo falar sobre como
localizar a sua posição em um mapa e então navegar até
um ponto qualquer, mas isso será bem mais pra frente.
Declinação Magnética
Se fosse simples assim seria uma maravilha, não
teríamos pessoas perdidas por aí. Era só tirar um azimute
pra lá, calcular o outro pra cá e estaria tudo resolvido.
Contudo um pequeno detalhe nos desorienta um
pouco, trata-se da “declinação magnética”, isto é, a
diferença entre o Norte apontado pela bússola (norte
magnético) e o Norte verdadeiro ou geográfico –
que é o norte real do planeta.
Essa declinação magnética é uma diferença em
graus entre um Norte e outro que pode fazer uma pessoa
desviar, e muito, do norte verdadeiro. Entenda isso um
pouco melhor:
10. A linha imaginária que aponta o Ng do desenho
acima seria a direção para o Norte Verdadeiro da Terra, já
a linha representada pelo Nm é a que aponta a direção do
Norte Magnético (aquela direção apontada pela bússola). A
diferença entre elas é justamente a Declinação Magnética.
Em alguns pontos do planeta essa diferença pode
ser grande, o que faz a pessoa se orientar em direção a um
norte “falso”. Portanto, entender e saber lidar com a
declinação é uma coisa muito importante.
Essa declinação varia de um local para outro do
planeta tanto no valor do grau quanto na direção (leste ou
oeste). Além, disso a variação é anual e constante, isto é, a
cada ano aquele local sofrerá sempre uma variação de X
graus.
Esse valor pode ser obtido no rodapé da carta
topográfica (neste caso é necessário informar a sua
localização usando latitude e longitude, bem como a data).
Na imagem anterior temos a representação da
declinação magnética como ela costuma ser impressa nas
cartas topográficas do IBGE. Algumas informações
merecem destaque, são elas:
1. A data da carta: 1977
2. O valor da declinação: 18º 41′
3. O quanto à declinação cresce por ano: 8′
Com esses dados é possível calcular a declinação
atual da carta e saber com exatidão onde é o norte
verdadeiro.
Aliás, vamos ver como esses cálculos são feitos:
A declinação cresce 8′ (minutos) por ano, logo temos
um crescimento de (2009-1977)*8 = 256 minutos.
Dividimos este resultado por 60 para obter os graus, sendo
assim 256/60 = 4,266º.
Para ser exato é necessário multiplicar os dígitos
após a vírgula por 60, assim encontraremos os minutos
precisos.
Logo, 0,266*60 = 15.96 ou 16′. Pronto, achamos a
variação da declinação que devemos usar atualmente
neste mapa: 4º 16′ (uma variação de pouco mais de 4
graus nesse período entre 1977 e 2009). Assim basta
somar 18º 41′ com os 4º 16′ – o resultado (22º 57′) será a
declinação que deve ser usada para se orientar.
Esse valor de 4 graus não iria afetar uma orientação
geral, mas se a declinação fosse maior nesta região
teríamos uma diferença maior, portanto é importante saber
a declinação e aprender a calcular a atualização dela.
Aqui no Brasil a declinação é sempre para oeste
(declinação negativa) por isso ao olhar o norte apontado
pela bússola (norte magnético) você estará vendo um
11. ponto situado um pouco à esquerda do ponto do verdadeiro
norte.
Construindo uma Bússola
Materias:
Recipiente de vidro ou copo de plástico;
Agulha;
Cortiça ou isopor
Papel;
Agulha;
Linha;
Tesoura
Fita adesiva e um Imã.
Instruções:
• Corte a rolha de cortiça ou o pedaço de isopor,
deixando-o com cerca de um centímetro de altura,
formando um disco.
• Depois, magnetize a agulha: passe uma de suas
extremidades na parte lateral do ímã cerca de 20
vezes sempre no mesmo sentido, tomando o
cuidado de não fazer movimentos de ida e volta.
• Usando a fita adesiva, fixe a agulha no disco e
coloque-a sobre um vasilhame com água. Se estiver
tudo certo, quando você mexer na agulha, ela deve
voltar para a mesma posição, ou seja, indicando a
direção Norte-Sul.
• Pronto, você já pode fazer uso da mesma. Sua
bússola está pronta.
12. Rosa dos ventos
A Rosa dos ventos A Rosa dos Ventos é um
instrumento antigo utilizado para auxiliar na localização
relativa, isto é, como um ponto posiciona-se em relação a
outro. Ela também serve de referência para localização
absoluta em mapas e cartas. ... Os rumos dos ventos,
termo que originou a rosa dos ventos, são conhecidos
desde a Grécia Antiga.
Como se copõe a Rosa dos ventos
• Pontos cardeais: Norte (N), Sul (S), Leste (E) e
Oeste (O)
• Pontos Colaterais: Nordeste (NE), Sudeste (SE),
Noroeste (NO) e Sudoeste (SO).
• Pontos Subcolaterais: Norte-nordeste (NNE),
Norte-noroeste (NNO), Sul-sudeste (SSE), Sul-
sudoeste (SSO), Leste-nordeste (ENE), Leste-
sudeste (ESE), Oeste-noroeste (ONO) e Oeste-
sudoeste (OSO).
13. Posto Localização (entre os pontos) Sigla
Norte-Nordeste Norte Nordeste NNE
Leste-Nordeste Leste Nordeste ENE
Leste-Sudeste Leste Sudeste ESE
Sul-sudeste Sul Sudeste SSE
Sul-sudoeste Sul Sudoeste SSO
Oeste-sudoeste Oeste Sudoeste OSO
Oeste-noroeste Oeste Noroeste ONO
Norte-nordeste Norte Noroeste NNO
Norte (N) - Marca a direção do Pólo Norte geográfico da
Terra. Existem dois sinônimos: setentrional e boreal. O
referencial astronômico mais importante é a Estrela Polar.
Sul (S) - Marca a direção do Pólo Sul geográfico da Terra.
Existem dois sinônimos: meridional e austral. O referencial
astronômico mais conhecido é o Cruzeiro do Sul.
Leste (L) - O referencial aproximado é o "nascer do Sol".
Como a Terra gira de oeste para leste, visualiza-se o
nascente a leste. Durante o dia, tem-se a impressão de que
o Sol cruza o céu de leste (onde nasce) para oeste (onde
se põe), constituindo o movimento aparente do Sol. O
sinônimo mais conhecido é a palavra oriente.
Oeste (O) - O referencial aproximado é o "pôr do Sol". O
sinônimo mais difundido é a palavra ocidente. Os pontos
cardeais não são suficientes para nos orientarmos com
precisão sobre a superfície da Terra e, por essa razão, é
necessário utilizarmos também os pontos colaterais e os
subcolaterais, que se situam entre dois pontos cardeais.
Meios de orientação e localização
Quando você sai de seu bairro para outra cidade,
não deve se preocupar apenas com a distância entre esses
lugares ou com o tempo que vai gastar para percorrê-la.
É preciso também observar qual a direção a ser
tomada, pois é a partir do lugar onde você está que poderá
localizar o lugar para onde vai.
Os meios de orientação são vários: o Sol, a constelação
do Cruzeiro do Sul (no hemisfério sul), a bússola.
Entretanto, para utilizar qualquer um deles, é preciso
conhecer os pontos cardeais, que são a base desses meios
de orientação.
Orientação pelas estrelas
A orientação pelos astros e estrelas é uma maneira
primitiva de orientação geográfica.
É possível se orientar sem possuir em mãos
instrumentos de orientação como bússola, GPS, mapas
14. entre outros. A pessoa deve saber em que direção nasce o
sol (leste).
A orientação durante a noite é feita com a ajuda de
outras estrelas. A constelação do Cruzeiro do Sul pode ser
o nosso ponto de referência para a orientação durante
a noite. O Cruzeiro do Sul é composto de quatro estrelas
maiores e de uma menor, formando uma cruz.
Orientação pelo Sol
A pessoa deve saber em que direção nasce
o sol (leste). A partir daí é possível posicionar o braço
direito em direção ao sol, a parte frontal da pessoa
corresponde ao norte, automaticamente o sul se encontra
atrás e, consequentemente, o oeste encontra-se na direção
do braço esquerdo, na qual o sol se põe.
Desta feita, podemos nos orientar pelo sol, usando
os pontos cardiais, já que o Sol sempre sai pelo Leste.
Se olharmos para o sol do meio-dia, no hemisfério
norte, isso nos indica: o leste está à nossa esquerda, o
oeste à nossa direita, o sul à nossa frente e o norte às
nossas costas.
Se estivermos no hemisfério sul, olhando para o sol do
meio-dia, indicaremos o leste à nossa direita, o oeste à
nossa esquerda, o norte à nossa frente e o sul às nossas
costas.
Orientação pelo Cruzeiro do Sul
Estender por 4,5 vezes e meia a haste mais comprida
da Cruz, formado por Acrux e Gacrux
15. SEMÁFORA
Semáfora é um sistema de semáforo que transmite
informações à distância por meio de sinais visuais com
bandeiras.
Código semafórico
O alfabeto semafórico e composto por posições
diversas que podem ser feitas com duas bandeiras, sendo
uma em cada mão. As bandeiras têm que se de cor que
não se confundam com as corres comuns encontradas na
natureza, cores que chamem atenção para que a
mensagem seja devidamente recebida.
As bandeiras tem que ter tamanho suficiente para
que seja vista em uma distância aproxima de 300 a 500m
sendo ideal uma bandeira de 45X45 ou 50x50 cm, o cabo
em que está a bandeira pode ter 60 cm de comprimento.
(Podemos utilizar cabo de vassoura).
História do sistema de comunicação semafórico
Bom, dicas dadas sobre o material a ser utilizado,
vamos aprender um pouco sobre a história da comunicação
semafórica.O código semafórico foi inventado pelo francês
CLAUDE CHAPPE observemos um pouco da história do
código.
No início de sua história os homens das cavernas,
com seu cérebro rudimentar, deviam se comunicar através
de gestos, posturas, gritos e grunhidos, assim como os
demais animais não dotados da capacidade de expressão
mais refinada.
Com certeza, em um determinado momento desse
passado, esse homem aprendeu a relacionar objetos e seu
uso e a criar utensílios para caça e proteção e pode ter
passado isso aos demais, através de gestos e repetição do
processo, criando assim, uma forma primitiva e simples de
comunicação.
Com o tempo, essa comunicação foi adquirindo
formas mais claras e evoluídas, facilitando a comunicação
não só entre os povos de uma mesma tribo, como entre
tribos diferentes. As primeiras comunicações escritas
(desenhos) de que se têm notícias são das inscrições nas
cavernas 8.000 anos a.C.
Nessas comunicações os homens sempre buscaram
se comunicar e transmitir suas mensagens de maneira
confiável e rápida. Os estafetas e mensageiros, a pé ou a
cavalo, foram durante muito tempo a única forma disponível
de comunicação à distância, embora lentos e sujeitos a
acidentes de percurso.
16. Com o passar dos tempos, outras formas de
comunicação surgiram e felicitaram mais essa prática. Em
1763-1805, o inventor e engenheiro francês Claude
Chappe criou o primeiro sistema ótico de comunicação, que
eram postes sinalizadores dispostos em linha reta, a uma
distância que permitia que cada operador visualizasse a
anterior e a próxima, transmitindo assim mensagens por
meio de hastes móveis que assumiam diferentes posições.
Devido a sua influência, Chappe logo tomou
familiaridade com os telescópios. As coisas não estavam
fáceis e a Revolução Francesa estava a todo vapor, foi
então que Chappe e seus quatro irmãos desempregados
decidiram desenvolver um sistema prático de estações de
retransmissão de sinais ópticos, algo até antigo para a
época, mas até aquele momento nunca ninguém tinha feito.
O irmão de Claude, Ignace Chappe (1760-1829) era
membro da Assembleia Legislativa durante a Revolução
Francesa.
Com sua ajuda, a Assembleia apoiou a proposta de
construir uma linha de retransmissão de Paris a Lille
(quinze estações, por volta de 190 quilômetros) para
transmitir as mensagens da guerra.
Depois de algum tempo amadurecendo a ideia, a
primeira mensagem foi enviada por um sistema que
constava de uma série de 120 torres, dispostas em linha
reta entre Paris e a ilha de Lille.
Cada torre era dotada de um telescópio, os sinais
emitidos em cada uma era vista com facilidade pelo
operador da torre vizinha que os retransmitia para a
próxima torre, e assim a mensagem era passada de torre
em torre. Este tipo de sinalização baseava-se no telégrafo
de semáforos.
Rapidamente este sistema de comunicação se
espalhou por toda a Europa, permitindo que uma
mensagem de S. Petersburgo à Inglaterra demorasse
apenas um dia.
Os semáforos eram estruturas fixas com braços de
cores escuras, normalmente preto, que segundo as suas
posições relativas tinham o significado de sinais. A palavra
semáforo foi criada por ele para batizar o telégrafo ótico
que inventara.
Cometeu suicídio aos 42 anos, jogando-se no poço
de seu hotel. Ele era vítima de uma depressão causada por
doença e por alegações de rivais de que copiara sistemas
de sinalização militares, em Paris (1805).
O sistema de sinais homógrafos é baseado na
movimentação de um par de bandeiras seguras por um
sinaleiro com os braços esticados e normalmente ainda é
usado em comunicações entre navios ou por terra através
17. de grandes distâncias, obviamente à vista, quando por
qualquer razão não se pode ou não se quer usar
transmissões via rádio.
Os semáforos eram estruturas fixas com braços de
cores escuras, normalmente preta, que segundo as suas
posições relativas tinham o significado de sinais.
Com o passar dos anos as bandeirolas de cor preta
foi substituídas por outras de cores diferentes, pois
dificultava sua visualização.
Hoje, esse método que se denomina de semáfora é
um sistema óptico de sinalização baseado nas diversas
posições que duas bandeirolas coloridas podem assumir
quando empunhadas pelo transmissor.
Na terminologia semafórica, cada caractere (que
pode ser uma letra, um numeral ou um sinal de serviço) é
representado por uma posição diferente das bandeirolas,
formando, assim, um alfabeto próprio.
É uma técnica de transmissão barata que podemos
praticar em nossas atividades escoteiras.
Com muito pouco dinheiro compra-se todo o material
necessário para a confecção das bandeirolas.
Ao contrário das torres de rádio, não há necessidade
de manutenção nem de preocupação com a vida útil do
equipamento e as restrições regulamentares e legislação
são inexistentes! O único inconveniente da utilização da
semáfora está no fato que ela é impraticável à noite!
A semáfora é um meio de comunicação entre os
escoteiros onde exista o contato visual e em distâncias não
muito grandes. A consecutiva troca das posições das
bandeiras (cada posição representa uma letra) vai
formando as palavras e as frases que se deseja transmitir.
As Bandeirolas
O tamanho das bandeirolas deve permitir que elas
fossem visíveis de longe (entre 300 e 500m pelo menos)
contanto que não sejam grandes demais que cheguem a
atrapalhar.
Acontece que em situações de pouco vento as
bandeirolas não são bem visíveis. Assim, costuma-se fazer
também "bandeirolas duras": basta utilizar uma vareta na
transversal do cabo.
Uma bandeirola de 45 cm x 45 cm é considerada de
bom tamanho. As bandeirolas são normalmente feitas de
pano nas cores amarela e vermelha e enroladas no cabo
para transporte.
E essas podem ser facilmente confeccionadas por
sua patrulha.
As bandeirolas são tradicionalmente quadradas,
divididas diagonalmente em dois triângulos coloridos.
As cores devem sempre contrastar com a cor
predominante da natureza atrás do posto transmissor. Por
isso é que a combinação de cores preferida são vermelho
e branco, vermelho e amarelo, e preto e amarelo.
Tradicionalmente a cor mais escura (vermelho ou preto)
fica junto ao cabo.
18. Iniciando a transmissão de mensagens
Ao iniciarmos uma sequencia de letras devemos
sinalizar a letra “J” após fazermos o sinal de atenção
agitando as bandeiras 2 vezes a cima da cabeça. Para
iniciarmos uma sequencia de números utilizamos a letra
“T”, entre uma palavra e outras utilizaram o intervalo
(pausa). Para simbolizar que erramos uma letra ou palavra,
utilizamos o oposto da letra “K”.
A Aprendizagem
A única maneira de se aprender bem a semáfora é
visualizar, visualizar e visualizar!
Duas palavras podem resumir a técnica de
aprendizagem: memorização e treinando sempre.
Fora isso, você pode escolher algumas técnicas
alternativas de memorização:
Exemplo:
- Comece aprendendo ciclo por ciclo (A-G, H-N, O-S, etc.).
- Aprenda os sinais opostos (A e G, I e X, N e U, etc.).
- Memorize as letras mais frequentes primeiro (E, T, A, O, I,
N, S, R, L, D...) e forme o máximo de palavras a cada nova
letra.
Mas nunca use um espelho para aprender! Você vai
memorizar tudo ao contrário. A semáfora tem a
característica de se ter de aprender a transmitir e também a
receber.
São dois alfabetos diferentes. Aquele que você
transmite é o oposto daquele que você recebe -- mas o
espelho mostra o inverso. A melhor forma de praticar é com
um amigo.
Enquanto você estiver aprendendo os sinais (ou
caso o escoteiro da estação receptora seja também um
novato), você deve fazer o sinal de "pronto" ou de
"espaço" entre cada caractere.
À medida que você for ficando mais à vontade com
as bandeirolas, poderá usar o sinal de espaço apenas entre
as palavras.