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UNIDADE III
PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

ACADÊMICOS:
APARECIDA FERREIRA DA SILVA R.A. 681400132-2
DÉBORA RONCOLATTO CHINCHETTE PAVAN R.A. 681745950-2
LUCIMARA NERES DE JESUS R.A. 129942896-8
VALÉRIA GONZALEZ PRIOLI R.A. 129972418-9

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
PROFESSOR ORIENTADOR:
JOÃO CANDIDO LIMA NETO

CAMPINAS, 21 DE OUTUBRO DE2013
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO

Aula-tema: A educação nos séculos XVIII e XIX. Concepções liberais do século XX.
Críticas à escola.

Com base nas discussões em sala de aula, bem como em grupo desenvolvemos a Etapa 3,
Passos 1, 2 e 3 disposta conforme abaixo:

1. Participação das Mulheres na Educação e na Sociedade.
a. Músicas e Poemas dedicados as Mulheres.
b. Considerações sobre a Participação da Mulher na Educação.
2. Entrevista com Docentes.
a. Educadora Recém-formada
b. Educadora Formada a mais de 20 anos
3. Texto Argumentativo
1. Participação das Mulheres na Educação e na Sociedade.
Ao analisar a História, podemos verificar que por muito tempo a educação
formal da mulher sempre foi esquecida. Até filósofos e pedagogos menosprezavam a
educação feminina, como Rousseau, que limitava a mulher somente ao ambiente
doméstico. Mas também teve exceções que apreciava a mulher como pessoa, como o
filósofo iluminista Condorcet, e ainda muitas mulheres que com muita luta não
aceitavam as restrições sofridas por elas.
“ A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. (...) Esses
direitos inalienáveis e naturais são a liberdade, a propriedade, a segurança e sobretudo
a resistência `a opressão. (...) O exercício dos direitos naturais da mulher só encontra
seus limites na tirania que o homem exerce sobre ela, essas limitações devem ser
reformadas pelas leis da natureza e da razão” ( OlympeGouges)
OlympeGouges foi uma corajosa escritora que foi guilhotinada no ano de 1793 “sob
acusação de esquecer suas qualidades femininas e querer se tornar um homem de
Estado”.
No século XIX, junto com os projetos de universalização da escola pública,
houve grande aumento nos movimentos feministas, que lutava pela autonomia da
mulher, pelo direito de oportunidades iguais de estudo e também pelo direito a
profissionalização e a participar da política. Nesta época as mulheres não podiam
votar, o direito ao voto só foi possível no século XX, (exceto Nova Zelândia que se
deu em 1883), já no Brasil foi no ano de 1932, pelo então presidente da República
Getúlio Vargas.
Considerando retrospectivamente a educação da mulher no Brasil, percebe-se
que na época colonial nenhum tipo de educação era atribuído a mulher, que no geral
eram analfabetas, pois os jesuítas empenhavam-se em somente catequizar os índios e
formar os filhos dos colonos.
Entre os anos de 1678 e 1685 pouquíssimas mulheres conseguiam educar-se em
alguns conventos.
No final do século XVIII o bispo Azeredo Coutinho, fundou no estado do
Pernambuco, o primeiro colégio para as filhas dos senhores de engenho e para as de
elite urbana.
Em 1808 surgiram algumas escolas para as garotas da elite. No ano de 1832
existia 20 escolas femininas em todo o império, já em 1873 eram 174 somente na
cidade de São Paulo. Nove anos depois, foi aceita a primeira mulher na Faculdade de
Medicina do Rio de Janeiro.
Até 1930 poucas mulheres atingiam o nível universitário, quando concluía,
geralmente escolhia a área da educação. Contudo, a partir de 1950 até agora, a mulher
tem sido presença crescente no ensino superior e em diversos campos de trabalho.
A desigualdade de gênero marcou profundamente a história do Brasil, mas as
mulheres brasileiras através de muita luta pela igualdade de direitos, reverteu muitas
dessas situações. Hoje, podemos ver casos de conquistas femininas como o de Dilma
Rousseff , que foi eleita pela sociedade brasileira, como Presidente da República.
Porém ainda há grandes batalhas a serem vencidas, como o fim da discriminação da
faixa salarial, que salvo algumas exceções, ainda é bem menor pelo desempenho da
mesma função.
a.POEMA
Retrato de Mulher Triste
Vestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas joias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)'
b.MÚSICAS

Mulheres de Atenas
Chico Buarque
Composição Augusto Boal.

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas
Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Geram pros seus maridos,
Os novos filhos de Atenas.
Elas não têm gosto ou vontade,
Nem defeito, nem qualidade;
Têm medo apenas.
Não tem sonhos, só tem presságios.
O seu homem, mares, naufrágios...
Lindas sirenas, morenas.
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Entre A Serpente E A Estrela
Zé Ramalho
Compositor: T.Stafford&P.Frazer versão Aldir Blanc

Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher
Ninguém sai com o coração sem sangrar
Ao tentar revê-la
Um ser maravilhoso
Entre a serpente e a estrela
Um grande amor do passado
Se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração
Não existe saudade mais cortante
Que a de um grande amor ausente
Dura feito diamante
Corta a ilusão da gente
Toco a vida pra frente
Fingindo não sofrer
Mas o peito dormente
Espera o bem-querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
O passado de volta
Num semblante de mulher
2. Entrevista
a. Realizada no Município de Hortolândia
Educadora: G. M. atua na Rede Municipal de Ensino – Hortolândia S.P
Acadêmica:
Qual a sua formação acadêmica e há quantos anos atua no ensino fundamental?
Educadora:
Pedagoga e cursando pós-graduação na USP em Éticos Valores e Cidadania na Escola,
leciono a2 anos.
Acadêmica:
Qual é o papel do Ensino Fundamental I na formação educacional da vida escolar do
aluno?
Educadora:
Oferecer um desenvolvimento integral do aluno, assegurando uma formação para o
exercício da cidadania e fornecer meios para que este aluno progrida na sua vida profissional
e em estudos posteriores.
Acadêmica:
Como você expressa a sua opinião sobre a educação como instrumento de crescimento
econômico implantado na década de 90?
Educadora:
Na década de 90, a educação é considerada, sobretudo, promotora de competitividade.
Essa educação que possibilita a competitividade dá ao indivíduo a condição de
empregabilidade e traz para a sociedade a modernidade associada ao desenvolvimento
sustentável.
Acadêmica:
Você consegue manter a disciplina em sala de aula? Como você introduz o valor
“disciplina” nos alunos e como eles interagem no cotidiano com esse conceito?
Educadora:
Sempre construo, no início do ano, um cartaz de regras com os alunos e coletivamente
estabelecemos o que é permitido e o que não é. Quando temos algum problema recorremos ao
cartaz de regras e conversamos sobre o ocorrido. Também faço uma avaliação no final do dia
e conversamos sobre o que foi positivo e negativo, dessa forma introduzo os valores. Sempre
dialogando.
Acadêmica:
Quanto ao sistema de avaliação, é eficiente na escola em que você leciona?
Educadora:
Na escola o sistema de avaliação é bimestral e a construção de um portfólio individual
por aluno.

b. Realizada no Município de Bauru
Educadora: Paula S. S. 42 anos de idade, atua na Rede Privada de Ensino – Bauru SP.

Acadêmica:
Qual a sua formação acadêmica e há quantos anos atua no ensino fundamental?
Educadora:
Sou formada em Pedagogia e Artes, com pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e
Institucional. Atuo no Ensino Fundamental há 23 anos.
Acadêmica:
Qual a importância da formação do educador?
Educadora:
A educação só terá de fato progresso, se partir deste conceito, pois quando temos
educadores mal formados, que não leem, não se reciclam, damos continuidade ao
conhecimento superficial. Sendo fundamental uma formação de qualidade, e acima de tudo o
compromisso do candidato a educador (a) com a educação.
Acadêmica:
Como você aborda os temas transversais em sala de aula?
Educadora:
Na prática os temas não são tão simples de serem aplicados, pois ainda há resistências
nas próprias instituições, que focam muito nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, porém avançamos a cada dia, particularmente introduzo tais abordagens nas
vivências dos próprios alunos, dando abertura para falarem de suas culturas, expor suas
diversas formas de artes e brincadeiras (vindas de casa), aos poucos trabalhamos os temas
propostos, sempre nas oportunidades do cotidiano e das rotinas de sala.
Um diferencial que procuro manter, e trazer sempre que possível uma divulgação de
alguma forma de arte (espetáculos infantil, exposições de telas), e através destes instrumentos
abordar os temas (principalmente inclusão social através da arte).
Acadêmica:
Como defini disciplina e indisciplina em sala de aula? Como passa este conceito?
Educadora:
Simplificando disciplina é o respeito (construído), as regras e combinados propostos,
sendo assim a indisciplina seu oposto. Trabalho este conceito de forma natural e com menos
desgaste possível, ao início do período construímos juntos alguns “combinados” e
apresentadode forma clara e simples as regras que será nossa base de bom relacionamento,
isso fortalece a relação aluno/professor.
Acadêmica:
Quanto ao sistema de avaliação, é eficiente na escola em que você leciona?
Educadora:
A avaliação é feita através de trabalho e provas bimestrais, realizadas em 2 etapas, a
primeira por disciplina, a segunda envolve todas as disciplinas e sempre é aplicada para
grupos. Creio que este método precisa ser reformulado.
3. Texto Argumentativo

As entrevistas apresentadas destacaram que os professores estabelecem uma
relação entre os discursos prescritos nos documentos oficias referente ao ensino fundamental
e os sentidos construídos pelos educadores que estão implantando em sua sala de aula. O
conteúdo de estudo é sempre baseado na história cultural com percepções políticas e práticas
educacionais.
Observou-se que nas duas entrevistas há uma preocupação com o conteúdo da
disciplina comportamental da sala de aula e transpor essa disciplina em todas as áreas de
convívio. A introdução dos valores de regras e éticas fica evidenciada na aprendizagem do
ensino fundamental, sempre com muito diálogo e frequência na abordagem. Foi interessante
constatar que o sistema de avaliação não fica restrito as notas obtidas tão somente nas
avaliações, e sim na conjectura individual de cada aluno como um indivíduo.
Em nossas entrevistas os professores não informaram as dificuldades que
encontram no sistema de aprendizagem implantado pelas delegacias de ensino. Mas sabemos
que os objetivos da educação mudaram muito nos últimos anos e os desafios encontrados pela
escola também, sendo muito mais exigentes hoje do que no passado.
Os objetivos da educação mudaram muito e com isso mudaram também os
desafios que a escola enfrenta, sendo estes hoje muito mais exigentes do que no passado. Hoje
é necessário que todos os jovens frequentem a escola e que todos aprendam. Esta mudança
nos objetivos da educação requer alterações profundas no sistema de ensino e até mesmo no
treinamento dos professores, nos princípios de organização das escolas e nos recursos e
responsabilidades das entidades educacionais. O resultado dessas mudanças são obtidas em
pesquisas somente quando feitas quer para o ENEM quanto para organizações mundiais na
área da educação e cultura.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ª Ed. São Paulo: Moderna,
2006.

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Fundamentos Filosóficos da Educação

  • 1. UNIDADE III PEDAGOGIA FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO ACADÊMICOS: APARECIDA FERREIRA DA SILVA R.A. 681400132-2 DÉBORA RONCOLATTO CHINCHETTE PAVAN R.A. 681745950-2 LUCIMARA NERES DE JESUS R.A. 129942896-8 VALÉRIA GONZALEZ PRIOLI R.A. 129972418-9 ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS PROFESSOR ORIENTADOR: JOÃO CANDIDO LIMA NETO CAMPINAS, 21 DE OUTUBRO DE2013
  • 2. ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO Aula-tema: A educação nos séculos XVIII e XIX. Concepções liberais do século XX. Críticas à escola. Com base nas discussões em sala de aula, bem como em grupo desenvolvemos a Etapa 3, Passos 1, 2 e 3 disposta conforme abaixo: 1. Participação das Mulheres na Educação e na Sociedade. a. Músicas e Poemas dedicados as Mulheres. b. Considerações sobre a Participação da Mulher na Educação. 2. Entrevista com Docentes. a. Educadora Recém-formada b. Educadora Formada a mais de 20 anos 3. Texto Argumentativo
  • 3. 1. Participação das Mulheres na Educação e na Sociedade. Ao analisar a História, podemos verificar que por muito tempo a educação formal da mulher sempre foi esquecida. Até filósofos e pedagogos menosprezavam a educação feminina, como Rousseau, que limitava a mulher somente ao ambiente doméstico. Mas também teve exceções que apreciava a mulher como pessoa, como o filósofo iluminista Condorcet, e ainda muitas mulheres que com muita luta não aceitavam as restrições sofridas por elas. “ A mulher nasce livre e permanece igual ao homem em direitos. (...) Esses direitos inalienáveis e naturais são a liberdade, a propriedade, a segurança e sobretudo a resistência `a opressão. (...) O exercício dos direitos naturais da mulher só encontra seus limites na tirania que o homem exerce sobre ela, essas limitações devem ser reformadas pelas leis da natureza e da razão” ( OlympeGouges) OlympeGouges foi uma corajosa escritora que foi guilhotinada no ano de 1793 “sob acusação de esquecer suas qualidades femininas e querer se tornar um homem de Estado”. No século XIX, junto com os projetos de universalização da escola pública, houve grande aumento nos movimentos feministas, que lutava pela autonomia da mulher, pelo direito de oportunidades iguais de estudo e também pelo direito a profissionalização e a participar da política. Nesta época as mulheres não podiam votar, o direito ao voto só foi possível no século XX, (exceto Nova Zelândia que se deu em 1883), já no Brasil foi no ano de 1932, pelo então presidente da República Getúlio Vargas. Considerando retrospectivamente a educação da mulher no Brasil, percebe-se que na época colonial nenhum tipo de educação era atribuído a mulher, que no geral eram analfabetas, pois os jesuítas empenhavam-se em somente catequizar os índios e formar os filhos dos colonos. Entre os anos de 1678 e 1685 pouquíssimas mulheres conseguiam educar-se em alguns conventos. No final do século XVIII o bispo Azeredo Coutinho, fundou no estado do Pernambuco, o primeiro colégio para as filhas dos senhores de engenho e para as de elite urbana. Em 1808 surgiram algumas escolas para as garotas da elite. No ano de 1832 existia 20 escolas femininas em todo o império, já em 1873 eram 174 somente na cidade de São Paulo. Nove anos depois, foi aceita a primeira mulher na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Até 1930 poucas mulheres atingiam o nível universitário, quando concluía, geralmente escolhia a área da educação. Contudo, a partir de 1950 até agora, a mulher tem sido presença crescente no ensino superior e em diversos campos de trabalho.
  • 4. A desigualdade de gênero marcou profundamente a história do Brasil, mas as mulheres brasileiras através de muita luta pela igualdade de direitos, reverteu muitas dessas situações. Hoje, podemos ver casos de conquistas femininas como o de Dilma Rousseff , que foi eleita pela sociedade brasileira, como Presidente da República. Porém ainda há grandes batalhas a serem vencidas, como o fim da discriminação da faixa salarial, que salvo algumas exceções, ainda é bem menor pelo desempenho da mesma função.
  • 5. a.POEMA Retrato de Mulher Triste Vestiu-se para um baile que não há. Sentou-se com suas últimas joias. E olha para o lado, imóvel. Está vendo os salões que se acabaram, embala-se em valsas que não dançou, levemente sorri para um homem. O homem que não existiu. Se alguém lhe disser que sonha, levantará com desdém o arco das sobrancelhas, Pois jamais se viveu com tanta plenitude. Mas para falar de sua vida tem de abaixar as quase infantis pestanas, e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas. Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)'
  • 6. b.MÚSICAS Mulheres de Atenas Chico Buarque Composição Augusto Boal. Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos Poder e força de Atenas Quando eles embarcam soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam, sedentos Querem arrancar, violentos Carícias plenas, obscenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos Bravos guerreiros de Atenas
  • 7. Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar um carinho De outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas, Helenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas: Geram pros seus maridos, Os novos filhos de Atenas. Elas não têm gosto ou vontade, Nem defeito, nem qualidade; Têm medo apenas. Não tem sonhos, só tem presságios. O seu homem, mares, naufrágios... Lindas sirenas, morenas. Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos Heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas Serenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos Orgulho e raça de Atenas
  • 8. Entre A Serpente E A Estrela Zé Ramalho Compositor: T.Stafford&P.Frazer versão Aldir Blanc Há um brilho de faca Onde o amor vier E ninguém tem o mapa Da alma da mulher Ninguém sai com o coração sem sangrar Ao tentar revê-la Um ser maravilhoso Entre a serpente e a estrela Um grande amor do passado Se transforma em aversão E os dois lado a lado Corroem o coração Não existe saudade mais cortante Que a de um grande amor ausente Dura feito diamante Corta a ilusão da gente Toco a vida pra frente Fingindo não sofrer Mas o peito dormente Espera o bem-querer E sei que não será surpresa Se o futuro me trouxer O passado de volta Num semblante de mulher O passado de volta Num semblante de mulher
  • 9. 2. Entrevista a. Realizada no Município de Hortolândia Educadora: G. M. atua na Rede Municipal de Ensino – Hortolândia S.P Acadêmica: Qual a sua formação acadêmica e há quantos anos atua no ensino fundamental? Educadora: Pedagoga e cursando pós-graduação na USP em Éticos Valores e Cidadania na Escola, leciono a2 anos. Acadêmica: Qual é o papel do Ensino Fundamental I na formação educacional da vida escolar do aluno? Educadora: Oferecer um desenvolvimento integral do aluno, assegurando uma formação para o exercício da cidadania e fornecer meios para que este aluno progrida na sua vida profissional e em estudos posteriores. Acadêmica: Como você expressa a sua opinião sobre a educação como instrumento de crescimento econômico implantado na década de 90? Educadora: Na década de 90, a educação é considerada, sobretudo, promotora de competitividade. Essa educação que possibilita a competitividade dá ao indivíduo a condição de empregabilidade e traz para a sociedade a modernidade associada ao desenvolvimento sustentável. Acadêmica: Você consegue manter a disciplina em sala de aula? Como você introduz o valor “disciplina” nos alunos e como eles interagem no cotidiano com esse conceito? Educadora: Sempre construo, no início do ano, um cartaz de regras com os alunos e coletivamente estabelecemos o que é permitido e o que não é. Quando temos algum problema recorremos ao cartaz de regras e conversamos sobre o ocorrido. Também faço uma avaliação no final do dia e conversamos sobre o que foi positivo e negativo, dessa forma introduzo os valores. Sempre dialogando.
  • 10. Acadêmica: Quanto ao sistema de avaliação, é eficiente na escola em que você leciona? Educadora: Na escola o sistema de avaliação é bimestral e a construção de um portfólio individual por aluno. b. Realizada no Município de Bauru Educadora: Paula S. S. 42 anos de idade, atua na Rede Privada de Ensino – Bauru SP. Acadêmica: Qual a sua formação acadêmica e há quantos anos atua no ensino fundamental? Educadora: Sou formada em Pedagogia e Artes, com pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Atuo no Ensino Fundamental há 23 anos. Acadêmica: Qual a importância da formação do educador? Educadora: A educação só terá de fato progresso, se partir deste conceito, pois quando temos educadores mal formados, que não leem, não se reciclam, damos continuidade ao conhecimento superficial. Sendo fundamental uma formação de qualidade, e acima de tudo o compromisso do candidato a educador (a) com a educação. Acadêmica: Como você aborda os temas transversais em sala de aula? Educadora: Na prática os temas não são tão simples de serem aplicados, pois ainda há resistências nas próprias instituições, que focam muito nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, porém avançamos a cada dia, particularmente introduzo tais abordagens nas vivências dos próprios alunos, dando abertura para falarem de suas culturas, expor suas diversas formas de artes e brincadeiras (vindas de casa), aos poucos trabalhamos os temas propostos, sempre nas oportunidades do cotidiano e das rotinas de sala. Um diferencial que procuro manter, e trazer sempre que possível uma divulgação de alguma forma de arte (espetáculos infantil, exposições de telas), e através destes instrumentos abordar os temas (principalmente inclusão social através da arte).
  • 11. Acadêmica: Como defini disciplina e indisciplina em sala de aula? Como passa este conceito? Educadora: Simplificando disciplina é o respeito (construído), as regras e combinados propostos, sendo assim a indisciplina seu oposto. Trabalho este conceito de forma natural e com menos desgaste possível, ao início do período construímos juntos alguns “combinados” e apresentadode forma clara e simples as regras que será nossa base de bom relacionamento, isso fortalece a relação aluno/professor. Acadêmica: Quanto ao sistema de avaliação, é eficiente na escola em que você leciona? Educadora: A avaliação é feita através de trabalho e provas bimestrais, realizadas em 2 etapas, a primeira por disciplina, a segunda envolve todas as disciplinas e sempre é aplicada para grupos. Creio que este método precisa ser reformulado.
  • 12. 3. Texto Argumentativo As entrevistas apresentadas destacaram que os professores estabelecem uma relação entre os discursos prescritos nos documentos oficias referente ao ensino fundamental e os sentidos construídos pelos educadores que estão implantando em sua sala de aula. O conteúdo de estudo é sempre baseado na história cultural com percepções políticas e práticas educacionais. Observou-se que nas duas entrevistas há uma preocupação com o conteúdo da disciplina comportamental da sala de aula e transpor essa disciplina em todas as áreas de convívio. A introdução dos valores de regras e éticas fica evidenciada na aprendizagem do ensino fundamental, sempre com muito diálogo e frequência na abordagem. Foi interessante constatar que o sistema de avaliação não fica restrito as notas obtidas tão somente nas avaliações, e sim na conjectura individual de cada aluno como um indivíduo. Em nossas entrevistas os professores não informaram as dificuldades que encontram no sistema de aprendizagem implantado pelas delegacias de ensino. Mas sabemos que os objetivos da educação mudaram muito nos últimos anos e os desafios encontrados pela escola também, sendo muito mais exigentes hoje do que no passado. Os objetivos da educação mudaram muito e com isso mudaram também os desafios que a escola enfrenta, sendo estes hoje muito mais exigentes do que no passado. Hoje é necessário que todos os jovens frequentem a escola e que todos aprendam. Esta mudança nos objetivos da educação requer alterações profundas no sistema de ensino e até mesmo no treinamento dos professores, nos princípios de organização das escolas e nos recursos e responsabilidades das entidades educacionais. O resultado dessas mudanças são obtidas em pesquisas somente quando feitas quer para o ENEM quanto para organizações mundiais na área da educação e cultura.
  • 13. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2006.