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1
EXEGESE POÉTICA
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
2
AO LEITOR
Um livro de poemas sem compromisso
maior que o de transmitir o que nasceu
de u’a mente que ama a vida e vê nela
um verdadeiro poema de amor.
Neste livro o leitor sentirá o otimismo e
o sabor da própria natureza.
A melancolia e a tristeza nele são partes
da vida e, por isso mesmo, não significam
de forma alguma descontentamento e
desamor por tudo de belo e puro que a vida
nos oferece.
Ele quer significar uma manifestação da
própria vida, uma dádiva oferecida a nós
pelo Criador.
DO AUTOR.
3
RECORDE ESTAS
PALAVRAS...
(Inspirado no conto homônimo do
livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO,
de GONZÁLEZ PECOTCHE).
Velava o pai doce sono
de seu filhinho querido,
inspirado nesse amor,
escreveu-lhe estes conselhos:
Não deixe de se alimentar,
para nutrir seu corpinho.
Flexível e vigoroso
há de ser ele todinho.
Brinque, brinque, brinque muito,
mas, porém seja ordenado,
neste mundo que é só seu,
sem deixar nada jogado.
4
À noite quando deitar,
leve aquilo que mais gosta
com ele fique até que durma,
guia será em seus sonhos,
e alegre o seu despertar.
Não acarinhe o mais da conta
com suas vestes e roupinha
e as conserve em bom estado.
Mude-as quando
estragadinhas.
Obedeça aos seus pais.
Ceda e fique quietinho,
quando não tenhas razão.
Umas vezes a terás,
entretanto, em outras não.
5
Faça da vida um estudo.
Dele a mente necessita
pra fortalecer o espírito,
alimento indispensável.
Seja sempre dócil a tudo,
que é indicado pra seu bem.
Obedeça à professora
e ao seu sentir também.
Quando seja obrigado
mudar por qualquer motivo,
os seus jogos preferidos,
manifeste o seu valor
tendo muita paciência
e não perca o bom humor.
O que afete o seu sentir,
não devem ver seus olhinhos,
A vazias palavrinhas,
também não dê ouvidinhos.
6
Busque sempre a seleção,
daqueles seus amiguinhos.
E procure ficar junto
desses bons companheirinhos.
Pergunte sempre a seus pais,
o que você quer saber,
mas não distraia a atenção
nas coisas que não interessam.
Seja muito cuidadoso
com seus cadernos e livros,
anotando o que aprender
e evitará com isso,
muitas coisas esquecer.
Acostume a não mentir,
mesmo que com isto sofra
injustiças e tristeza.
Preservará seu sentir.
7
Quando grande você for,
ensinarei como deve
defender-se com valor
dos indivíduos que mentem
sempre pra prejudicar.
Refreia sempre os impulsos.
Sê enérgico e não violento,
justo sem ser exigente,
dos outros tolere as faltas,
com rigor reprime as suas.
demonstrando ser valente.
***
8
‘‘A DISCRIÇÃO DO
ARTÍFICE”
(Inspirado no conto homônimo
do livro INTERMÉDIO
LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ
PECOTCHE).
Tinha um escultor por costume,
quebrar pedras noite e dia
e aos que por ali passavam
que indagavam, respondia:
- corto essas pedras porque
nada tanto me entretém
que contar os pedacinhos.
Isso muito me convém.
9
Passado, então, algum tempo
a todos surpreendeu,
o laborioso artífice.
Vejam só o que aconteceu!
Diante de olhos assombrados
fez que o véu descerrassem,
de grande e formosa estátua,
pra que eles a admirassem.
E assim falou o escultor:
- se tivesse anunciado
o que fazer me propunha
teria algo realizado?
Com conselhos dispersivos
teriam me importunado
e certamente o trabalho
não teria terminado.
10
E deste relato surge
a real necessidade
de não expor os projetos.
Isso é uma realidade
Deve ser bem protegido,
todo projeto valioso
com o véu da discrição,
dos olhos do curioso.
É preferível mostrar
a real fecundidade
do nascente pensamento
com fatos e sem alarde.
***
11
“A MOSCA”
(Inspirado em conto homônimo
do livro INTERMÉDIO
LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ
PECOTCHE).
Pela sujeira e o esterco
depois de muito voar,
sobre um potinho de mel,
uma mosca foi pousar.
Ficaram presas as patinhas
nesse suco coloidal,
sentiu que afundando ia
cada vez que remexia.
Uma e outra vez voar
sem resultado, tentou.
Cansada e sem esperanças
ali mesmo agonizou.
12
Quantos há igual que a mosca,
pela doce sugestão,
atraídos às coisas fáceis
nelas afundando vão.
Incapazes o mistério,
encerrado perceber,
no domínio do objeto,
presumiram exercer.
***
13
“HISTÓRIA DE CINCO
ROSAS”
(Inspirado em conto homônimo
do livro INTERMÉDIO
LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ
PECOTCHE).
Florescia uma roseira,
num parque, em belo jardim,
em meio a dálias e cravos,
jacintos e um jasmim.
Tão formosa e bela planta,
cinco rosas nela havia.
A mão do homem dentre todas,
as mais belas escolhia.
Um casal enamorado,
em gesto de eterno amor,
desprendeu do tenro talo
a obsequiosa flor.
14
Aquela rosa murchou,
com carinho foi guardada
dentre as prendas mais queridas
da menina enamorada.
Junto à roseira um vaidoso
passou, retirando u’a rosa
e a colocou na lapela,
indo embora todo prosa.
Não bem a rosa murchou,
perdeu a finalidade,
no lixo ele a jogou,
não mais convinha à vaidade.
Beijando a terceira rosa,
a mãe sofrida a pegou,
nas mãos do filho inerte
em pranto a depositou.
15
Foi achada a quarta rosa
entre as mãos de um suicida.
Cena triste dolorosa.
Epílogo de uma vida.
Em seu talo a quinta rosa
sempre ali permanecia
para contar essa história,
nos anos que renascia.
Perguntaram à quinta rosa,
- por que não conta você
a sua história também,
nesse eterno florescer?
Turbada a flor legendária,
revelando o seu sofrer,
- sou a alma deste corpo,
em constante padecer.
16
Nem todas as minhas rosas
têm elas igual destino,
nem posso levar a culpa
de tão cruel desatino.
_______
O pai não pode ter culpa,
por filhos haver gerado,
que não souberam o seu nome
conservar e tê-lo honrado.
Sempre por aparências
é temeroso julgar.
Há muitos segredos íntimos,
que as flores vêm a guarda.
***
17
“MUITOS PODEM MAIS
DO QUE UM”
(Inspirado em conto homônimo
do livro INTERMÉDIO
LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ
PECOTCHE).
Certa vez, faz muitos anos,
um rude homem caminhava,
subindo alta montanha
e com a riqueza sonhava.
Logo encontrou uma pedra,
que segundo pressentiu,
ocultava um tesouro
e empurrá-la decidiu.
18
Com energia e muita força
a empurrava noite e dia,
entretanto a enorme pedra
nem por instante se movia.
Muito velho e quase exausto
os anos foram passando,
com o mesmo resultado
seguia ainda empurrando.
Passou por ali um dia
um ser mais inteligente
que aquele ancião tão rude,
interrogando o motivo
de obstinada atitude.
Inteirando-se do assunto,
ao esgotado velhinho,
buscou que outros o ajudassem
a liberar o caminho.
19
A pedra ocultava u’a gruta,
que um tesouro guardava.
O rude homem em sua luta
morreu antes da empreitada.
Todos, então, empurraram
e a grande pedra cedeu
e pra surpresa das gentes
o tesouro apareceu.
“Muitos podem mais do que um”.
Daí se extrai a lição
de como é muito importante
o esforço com união.
A ignorância é a pedra
que devemos derrubar,
com o concurso de muitos,
para o saber encontrar.
20
Descoberto esse tesouro,
também da felicidade,
ele muito servirá
para o bem da humanidade.
***
21
BASES DA BOA CONDUTA
(Inspirado no livro BASES PARA
TUA CONDUTA, de GONZÁLEZ
PECOTCHE).
Surgem somente as idéias
quando há esforço mental.
Essa só linguagem entendem.
Isso é muito natural.
Não se queixe nunca, nunca,
por muito ter que fazer.
Isso o tornará simpático,
mas sincero deve ser.
A inteligência ao esforço,
muito unidos devem ser,
para trabalhando menos,
mil coisas poder fazer.
22
O trabalho quando é feito,
com alegria e vontade,
nos faz desfrutar da vida
e nos traz felicidade.
Uma conduta meritória
é a única oração
que Deus admitiria
do fundo do coração.
É sinal de consciência
o uso da atenção.
É de vital importância
para a nossa evolução.
Só pelo conhecimento
de Deus me aproximarei,
e pela via sensível
sua presença sentirei.
23
Devem reger nossa vida,
como verdades os conceitos,
que a evolução ajudam,
conscientemente aceitos.
Sempre é bom fazer o bem
para o mal eliminar,
deve ser a nossa luta
que evita o endividar.
Todas elas passageiras,
as reações devem ser,
e não durem mais que um tempo
se eu as não puder conter.
Ser útil em todo momento,
é algo recomendável
dentro da realidade,
de acordo com o razoável.
24
De cada fracasso eu devo
extrair o elemento
que me faltou pra vencer
com a luz do conhecimento.
Quando a luta seja amarga
otimista eu devo ser
pra transformá-la em doce
e o meu ser fortalecer.
Tem que ser tudo na vida
feito com muito valor
que é uma força estimulante,
antítese do temor.
Ser valente é demonstrar
segurança pessoal,
pois está ela apoiada
em grande valor moral.
25
É sentida pelo ser,
quando se troca o temor,
a alegria de viver,
pela força que é o valor.
Da natureza devemos,
o seu exemplo seguir,
ao renovar como os rios
as águas do existir.
A felicidade é algo
que a vida nos oferece;
pequenas porções de bem
que com saber permanece.
Razão de ser da existência
do homem aqui nesta terra:
é o saber, sua tarefa,
que grande estímulo encerra.
26
É exigência da lei,
ser grato ao bem recebido,
e merecedor será
do que lhe é oferecido.
***
27
QUERIDA PROFESSORA
Dentre as artes que existem,
uma mais bela não há,
e nem mais gratificante,
que é a arte de ensinar.
Não basta com transmitir,
para alguns conhecimento,
é preciso que a vida
seja todo um ensinamento.
No seio da Criação,
não existe ser vivente,
com faculdade tão nobre,
esse dom de ser docente.
28
A professora que ensina,
com a mente e o coração,
o que sabe aos seus alunos,
nossa eterna gratidão.
***
29
A NOBRE MISSÃO DOS PAIS
Pai e Mãe, em harmonia,
os filhos têm que educar,
pois cabe ao casal humano,
tão nobre missão cuidar.
Pelo pensar e sentir,
cabem aos pais encaminhar,
os passos dos pequeninos,
nos caminhos do andar.
Sábios conselhos levar,
necessária advertência,
aos filhos devem chegar,
colhidos da experiência.
Mas tudo isso, entretanto,
é mil vezes compensado,
ao vermos em nossos filhos,
um sorriso estampado.
30
Não resta aos pais outra coisa,
que ao Criador agradecer,
pela divina missão
de educar um novo ser.
***
31
O AMOR
Necessita o amor
pra que seu volume aumente,
de uma fonte de estímulo,
direto e bem consciente.
E do verdadeiro amor
nunca devem se ausentar,
abnegação, sacrifício,
necessários cultivar.
***
32
A ALEGRIA DO TRIUNFO
A alegria do triunfo
não posso experimentar,
se não me disponho sempre,
em todo instante lutar.
***
33
PARA SER ALGUÉM...
Pra ser alguém é preciso,
sobressair ao vulgar,
ser verdadeiro em tudo,
e o propósito alcançar.
De que valem os esforços,
e as energias também,
se inexiste a orientação,
pra conquista deste bem!
Unida a força de um,
aos demais maior será,
fortalece assim o espírito,
pra nessa luta marchar.
34
Na busca deste ideal,
de se ser o que se quer,
deve se deixar de ser,
tudo aquilo que se é.
***
35
UMA GOTINHA...
Se uma gotinha falasse,
o que iria dizer?
- unida a muitas gotinhas
ao rio faço crescer.
Se uma gotinha falasse,
o que iria dizer?
- ao cair num copo cheio
a água não pode conter.
Se uma gotinha falasse,
o que iria dizer?
- após uma noite o orvalho
nas folhas você me vê.
36
Se uma gotinha falasse,
o que iria dizer?
- sozinha sou pequenina
junto a muitas posso SER.
Se uma gotinha falasse,
o que iria dizer?
- dos raios do lindo sol
em mim consigo reter.
Se uma gotinha falasse,
o que iria dizer?
- evaporo, formo as nuvens
e caio ao solo ao chover.
Se uma gotinha falasse,
tanto iria dizer!
* * *
37
PERSONAGENS MENTAIS
Inspirado no livro
MINHA CASA MENTAL de
GONZÁLEZ PECOTCHE
Dedicado às crianças .
A mente dos pequeninos
com uma casa se parece
cada um deve aprender
a cuidá-la e a defender.
Vivem nela os pensamentos,
com caracteres lindos,
por vezes, entrando alguns,
que não devem ser bem-vindos.
38
A portinha desta casa,
com valentia e bravura,
é importante defender,
construindo uma fechadura.
Muitos são esses marotos,
os seus nomes vou dizer
pra você os conhecer
e mais tarde os combater.
LOROTINHA é o mentiroso.
Um velhaco assim não há.
Faz esconder u'a mentira,
pondo outra no lugar.
Eis agora o TRAPACINHA,
da honestidade inimigo,
do engano, fazendo arte
e dos ardis muito amigo.
39
De tipo desarrumado
dos personagens mentais,
destaca-se o SUJEIRINHA,
que na lambança é dos tais.
É feroz como ele só.
FAISQUINHA é o seu nome.
Torna agressivas as crianças
e na violência as consome.
MÃO-DE-GATO é um covarde.
Um mestre em dissimular,
encobridor da verdade,
com medo de a revelar.
É um palhacinho o TORÍBIO.
Gosta muito de algazarras,
sempre convida o menino,
pra tomar parte em suas farras.
40
CORCUNDINHA é uma feiura,
além de tudo enganoso,
ao feliz o desfigura,
transformando-o em invejoso.
TESOURINHA é um tagarela,
de todos mal quer falar,
quem o coloca em sua mente
vive a vida a criticar.
Quem é o tal PIRRACINHA?
Imprime em algum rostinho,
devido às repreensões,
um feio e longo biquinho.
Rei da desobediência
e muito mau conselheiro
DUCONTRA não deve ser,
das crianças companheiro.
41
"Ó XERETINHA infeliz
em tudo mete o nariz
e recebe o que não quis".
Da ordem é inimigo,
gosta do que é descuidado,
procura a mente, TUM TUM,
do que é desordenado.
Dorminhoco nunca vi.
Não gosta da atividade.
BOMBO é grande preguiçoso,
que não traz felicidade.
Sempre quer ser mais que os outros.
GARGANTINHA quer brilhar,
infunde uma ostentação
custe muito o que custar.
42
O que quiser ser feliz
dos deveres cumpridor
deve acolher ABELHINHA,
na mente com muito amor.
Pensamento estudioso,
nas mentes deve ficar
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* * *

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Mais de MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS (20)

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A alegria do saber e da evolução

  • 1. 1 EXEGESE POÉTICA Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
  • 2. 2 AO LEITOR Um livro de poemas sem compromisso maior que o de transmitir o que nasceu de u’a mente que ama a vida e vê nela um verdadeiro poema de amor. Neste livro o leitor sentirá o otimismo e o sabor da própria natureza. A melancolia e a tristeza nele são partes da vida e, por isso mesmo, não significam de forma alguma descontentamento e desamor por tudo de belo e puro que a vida nos oferece. Ele quer significar uma manifestação da própria vida, uma dádiva oferecida a nós pelo Criador. DO AUTOR.
  • 3. 3 RECORDE ESTAS PALAVRAS... (Inspirado no conto homônimo do livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ PECOTCHE). Velava o pai doce sono de seu filhinho querido, inspirado nesse amor, escreveu-lhe estes conselhos: Não deixe de se alimentar, para nutrir seu corpinho. Flexível e vigoroso há de ser ele todinho. Brinque, brinque, brinque muito, mas, porém seja ordenado, neste mundo que é só seu, sem deixar nada jogado.
  • 4. 4 À noite quando deitar, leve aquilo que mais gosta com ele fique até que durma, guia será em seus sonhos, e alegre o seu despertar. Não acarinhe o mais da conta com suas vestes e roupinha e as conserve em bom estado. Mude-as quando estragadinhas. Obedeça aos seus pais. Ceda e fique quietinho, quando não tenhas razão. Umas vezes a terás, entretanto, em outras não.
  • 5. 5 Faça da vida um estudo. Dele a mente necessita pra fortalecer o espírito, alimento indispensável. Seja sempre dócil a tudo, que é indicado pra seu bem. Obedeça à professora e ao seu sentir também. Quando seja obrigado mudar por qualquer motivo, os seus jogos preferidos, manifeste o seu valor tendo muita paciência e não perca o bom humor. O que afete o seu sentir, não devem ver seus olhinhos, A vazias palavrinhas, também não dê ouvidinhos.
  • 6. 6 Busque sempre a seleção, daqueles seus amiguinhos. E procure ficar junto desses bons companheirinhos. Pergunte sempre a seus pais, o que você quer saber, mas não distraia a atenção nas coisas que não interessam. Seja muito cuidadoso com seus cadernos e livros, anotando o que aprender e evitará com isso, muitas coisas esquecer. Acostume a não mentir, mesmo que com isto sofra injustiças e tristeza. Preservará seu sentir.
  • 7. 7 Quando grande você for, ensinarei como deve defender-se com valor dos indivíduos que mentem sempre pra prejudicar. Refreia sempre os impulsos. Sê enérgico e não violento, justo sem ser exigente, dos outros tolere as faltas, com rigor reprime as suas. demonstrando ser valente. ***
  • 8. 8 ‘‘A DISCRIÇÃO DO ARTÍFICE” (Inspirado no conto homônimo do livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ PECOTCHE). Tinha um escultor por costume, quebrar pedras noite e dia e aos que por ali passavam que indagavam, respondia: - corto essas pedras porque nada tanto me entretém que contar os pedacinhos. Isso muito me convém.
  • 9. 9 Passado, então, algum tempo a todos surpreendeu, o laborioso artífice. Vejam só o que aconteceu! Diante de olhos assombrados fez que o véu descerrassem, de grande e formosa estátua, pra que eles a admirassem. E assim falou o escultor: - se tivesse anunciado o que fazer me propunha teria algo realizado? Com conselhos dispersivos teriam me importunado e certamente o trabalho não teria terminado.
  • 10. 10 E deste relato surge a real necessidade de não expor os projetos. Isso é uma realidade Deve ser bem protegido, todo projeto valioso com o véu da discrição, dos olhos do curioso. É preferível mostrar a real fecundidade do nascente pensamento com fatos e sem alarde. ***
  • 11. 11 “A MOSCA” (Inspirado em conto homônimo do livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ PECOTCHE). Pela sujeira e o esterco depois de muito voar, sobre um potinho de mel, uma mosca foi pousar. Ficaram presas as patinhas nesse suco coloidal, sentiu que afundando ia cada vez que remexia. Uma e outra vez voar sem resultado, tentou. Cansada e sem esperanças ali mesmo agonizou.
  • 12. 12 Quantos há igual que a mosca, pela doce sugestão, atraídos às coisas fáceis nelas afundando vão. Incapazes o mistério, encerrado perceber, no domínio do objeto, presumiram exercer. ***
  • 13. 13 “HISTÓRIA DE CINCO ROSAS” (Inspirado em conto homônimo do livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ PECOTCHE). Florescia uma roseira, num parque, em belo jardim, em meio a dálias e cravos, jacintos e um jasmim. Tão formosa e bela planta, cinco rosas nela havia. A mão do homem dentre todas, as mais belas escolhia. Um casal enamorado, em gesto de eterno amor, desprendeu do tenro talo a obsequiosa flor.
  • 14. 14 Aquela rosa murchou, com carinho foi guardada dentre as prendas mais queridas da menina enamorada. Junto à roseira um vaidoso passou, retirando u’a rosa e a colocou na lapela, indo embora todo prosa. Não bem a rosa murchou, perdeu a finalidade, no lixo ele a jogou, não mais convinha à vaidade. Beijando a terceira rosa, a mãe sofrida a pegou, nas mãos do filho inerte em pranto a depositou.
  • 15. 15 Foi achada a quarta rosa entre as mãos de um suicida. Cena triste dolorosa. Epílogo de uma vida. Em seu talo a quinta rosa sempre ali permanecia para contar essa história, nos anos que renascia. Perguntaram à quinta rosa, - por que não conta você a sua história também, nesse eterno florescer? Turbada a flor legendária, revelando o seu sofrer, - sou a alma deste corpo, em constante padecer.
  • 16. 16 Nem todas as minhas rosas têm elas igual destino, nem posso levar a culpa de tão cruel desatino. _______ O pai não pode ter culpa, por filhos haver gerado, que não souberam o seu nome conservar e tê-lo honrado. Sempre por aparências é temeroso julgar. Há muitos segredos íntimos, que as flores vêm a guarda. ***
  • 17. 17 “MUITOS PODEM MAIS DO QUE UM” (Inspirado em conto homônimo do livro INTERMÉDIO LOGOSÓFICO, de GONZÁLEZ PECOTCHE). Certa vez, faz muitos anos, um rude homem caminhava, subindo alta montanha e com a riqueza sonhava. Logo encontrou uma pedra, que segundo pressentiu, ocultava um tesouro e empurrá-la decidiu.
  • 18. 18 Com energia e muita força a empurrava noite e dia, entretanto a enorme pedra nem por instante se movia. Muito velho e quase exausto os anos foram passando, com o mesmo resultado seguia ainda empurrando. Passou por ali um dia um ser mais inteligente que aquele ancião tão rude, interrogando o motivo de obstinada atitude. Inteirando-se do assunto, ao esgotado velhinho, buscou que outros o ajudassem a liberar o caminho.
  • 19. 19 A pedra ocultava u’a gruta, que um tesouro guardava. O rude homem em sua luta morreu antes da empreitada. Todos, então, empurraram e a grande pedra cedeu e pra surpresa das gentes o tesouro apareceu. “Muitos podem mais do que um”. Daí se extrai a lição de como é muito importante o esforço com união. A ignorância é a pedra que devemos derrubar, com o concurso de muitos, para o saber encontrar.
  • 20. 20 Descoberto esse tesouro, também da felicidade, ele muito servirá para o bem da humanidade. ***
  • 21. 21 BASES DA BOA CONDUTA (Inspirado no livro BASES PARA TUA CONDUTA, de GONZÁLEZ PECOTCHE). Surgem somente as idéias quando há esforço mental. Essa só linguagem entendem. Isso é muito natural. Não se queixe nunca, nunca, por muito ter que fazer. Isso o tornará simpático, mas sincero deve ser. A inteligência ao esforço, muito unidos devem ser, para trabalhando menos, mil coisas poder fazer.
  • 22. 22 O trabalho quando é feito, com alegria e vontade, nos faz desfrutar da vida e nos traz felicidade. Uma conduta meritória é a única oração que Deus admitiria do fundo do coração. É sinal de consciência o uso da atenção. É de vital importância para a nossa evolução. Só pelo conhecimento de Deus me aproximarei, e pela via sensível sua presença sentirei.
  • 23. 23 Devem reger nossa vida, como verdades os conceitos, que a evolução ajudam, conscientemente aceitos. Sempre é bom fazer o bem para o mal eliminar, deve ser a nossa luta que evita o endividar. Todas elas passageiras, as reações devem ser, e não durem mais que um tempo se eu as não puder conter. Ser útil em todo momento, é algo recomendável dentro da realidade, de acordo com o razoável.
  • 24. 24 De cada fracasso eu devo extrair o elemento que me faltou pra vencer com a luz do conhecimento. Quando a luta seja amarga otimista eu devo ser pra transformá-la em doce e o meu ser fortalecer. Tem que ser tudo na vida feito com muito valor que é uma força estimulante, antítese do temor. Ser valente é demonstrar segurança pessoal, pois está ela apoiada em grande valor moral.
  • 25. 25 É sentida pelo ser, quando se troca o temor, a alegria de viver, pela força que é o valor. Da natureza devemos, o seu exemplo seguir, ao renovar como os rios as águas do existir. A felicidade é algo que a vida nos oferece; pequenas porções de bem que com saber permanece. Razão de ser da existência do homem aqui nesta terra: é o saber, sua tarefa, que grande estímulo encerra.
  • 26. 26 É exigência da lei, ser grato ao bem recebido, e merecedor será do que lhe é oferecido. ***
  • 27. 27 QUERIDA PROFESSORA Dentre as artes que existem, uma mais bela não há, e nem mais gratificante, que é a arte de ensinar. Não basta com transmitir, para alguns conhecimento, é preciso que a vida seja todo um ensinamento. No seio da Criação, não existe ser vivente, com faculdade tão nobre, esse dom de ser docente.
  • 28. 28 A professora que ensina, com a mente e o coração, o que sabe aos seus alunos, nossa eterna gratidão. ***
  • 29. 29 A NOBRE MISSÃO DOS PAIS Pai e Mãe, em harmonia, os filhos têm que educar, pois cabe ao casal humano, tão nobre missão cuidar. Pelo pensar e sentir, cabem aos pais encaminhar, os passos dos pequeninos, nos caminhos do andar. Sábios conselhos levar, necessária advertência, aos filhos devem chegar, colhidos da experiência. Mas tudo isso, entretanto, é mil vezes compensado, ao vermos em nossos filhos, um sorriso estampado.
  • 30. 30 Não resta aos pais outra coisa, que ao Criador agradecer, pela divina missão de educar um novo ser. ***
  • 31. 31 O AMOR Necessita o amor pra que seu volume aumente, de uma fonte de estímulo, direto e bem consciente. E do verdadeiro amor nunca devem se ausentar, abnegação, sacrifício, necessários cultivar. ***
  • 32. 32 A ALEGRIA DO TRIUNFO A alegria do triunfo não posso experimentar, se não me disponho sempre, em todo instante lutar. ***
  • 33. 33 PARA SER ALGUÉM... Pra ser alguém é preciso, sobressair ao vulgar, ser verdadeiro em tudo, e o propósito alcançar. De que valem os esforços, e as energias também, se inexiste a orientação, pra conquista deste bem! Unida a força de um, aos demais maior será, fortalece assim o espírito, pra nessa luta marchar.
  • 34. 34 Na busca deste ideal, de se ser o que se quer, deve se deixar de ser, tudo aquilo que se é. ***
  • 35. 35 UMA GOTINHA... Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - unida a muitas gotinhas ao rio faço crescer. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - ao cair num copo cheio a água não pode conter. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - após uma noite o orvalho nas folhas você me vê.
  • 36. 36 Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - sozinha sou pequenina junto a muitas posso SER. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - dos raios do lindo sol em mim consigo reter. Se uma gotinha falasse, o que iria dizer? - evaporo, formo as nuvens e caio ao solo ao chover. Se uma gotinha falasse, tanto iria dizer! * * *
  • 37. 37 PERSONAGENS MENTAIS Inspirado no livro MINHA CASA MENTAL de GONZÁLEZ PECOTCHE Dedicado às crianças . A mente dos pequeninos com uma casa se parece cada um deve aprender a cuidá-la e a defender. Vivem nela os pensamentos, com caracteres lindos, por vezes, entrando alguns, que não devem ser bem-vindos.
  • 38. 38 A portinha desta casa, com valentia e bravura, é importante defender, construindo uma fechadura. Muitos são esses marotos, os seus nomes vou dizer pra você os conhecer e mais tarde os combater. LOROTINHA é o mentiroso. Um velhaco assim não há. Faz esconder u'a mentira, pondo outra no lugar. Eis agora o TRAPACINHA, da honestidade inimigo, do engano, fazendo arte e dos ardis muito amigo.
  • 39. 39 De tipo desarrumado dos personagens mentais, destaca-se o SUJEIRINHA, que na lambança é dos tais. É feroz como ele só. FAISQUINHA é o seu nome. Torna agressivas as crianças e na violência as consome. MÃO-DE-GATO é um covarde. Um mestre em dissimular, encobridor da verdade, com medo de a revelar. É um palhacinho o TORÍBIO. Gosta muito de algazarras, sempre convida o menino, pra tomar parte em suas farras.
  • 40. 40 CORCUNDINHA é uma feiura, além de tudo enganoso, ao feliz o desfigura, transformando-o em invejoso. TESOURINHA é um tagarela, de todos mal quer falar, quem o coloca em sua mente vive a vida a criticar. Quem é o tal PIRRACINHA? Imprime em algum rostinho, devido às repreensões, um feio e longo biquinho. Rei da desobediência e muito mau conselheiro DUCONTRA não deve ser, das crianças companheiro.
  • 41. 41 "Ó XERETINHA infeliz em tudo mete o nariz e recebe o que não quis". Da ordem é inimigo, gosta do que é descuidado, procura a mente, TUM TUM, do que é desordenado. Dorminhoco nunca vi. Não gosta da atividade. BOMBO é grande preguiçoso, que não traz felicidade. Sempre quer ser mais que os outros. GARGANTINHA quer brilhar, infunde uma ostentação custe muito o que custar.
  • 42. 42 O que quiser ser feliz dos deveres cumpridor deve acolher ABELHINHA, na mente com muito amor. Pensamento estudioso, nas mentes deve ficar LUZEIRINHO, valioso, o que brilha e faz brilhar. * * *