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Texto do pr. Jurandir
Introdução 
O problema focalizado por Paulo nos capítulos 8 a 
10 desta Primeira Carta aos Coríntios relaciona-se 
com o uso para alimentação da carne sacrificada 
aos ídolos. A pergunta era esta: É lícito crentes 
comerem dessa carne? Não estão cometendo um 
pecado contra Deus, alimentando-se do que fora 
dedicado a falsos deuses? Alguns crentes não viam 
mal algum. 
A carne em si mesma não tinha qualquer impureza, 
argumentavam. Outros crentes escandalizavam-se 
com esse comportamento de irmãos. Qual devia ser 
a atitude cristã diante do problema? Paulo responde 
essas questões, ensinando como devem os crentes 
proceder diante de situações semelhantes.
O limite da liberdade cristã é o amor cristão. Há 
coisas que não trazem mal a quem delas 
participe. Mas essa participação enfraquece o 
testemunho e escandaliza o irmão mais fraco. 
Por amor ao irmão, para não escandalizá-lo, 
para não colocarmos tropeço diante dele, 
abstenhamo-nos dessas coisas “Se com o nosso 
comportamento descuidado ofendemos a 
consciência dele, pecamos contra Cristo.
Versos 8 a 13 - Relembremos em poucas 
palavras o problema da carne sacrificada aos 
ídolos em Corinto. Uma parte da carne, depois 
de derramado o sangue do animal, era entregue 
aos sacerdotes, e usada em sua alimentação. 
Outra parte era dada aos que tinham pedido o 
sacrifício. Estes a usavam para banquetes em 
suas casas ou no templo. Nesses banquetes, os 
participantes se entregavam a todo o tipo de 
licenciosidade e imoralidade. Os cultuadores 
pobres, quando recebiam de volta uma parte da 
carne dedicada, vendiam-na nos açougues. Os 
crentes corriam o risco de comer dessa carne, 
convidados para os banquetes, ou comprando-as 
nos mercados.
A igreja estava dividida quanto a esse procedimento. 
Os crentes de origem judia viam nisso um grande 
pecado: servos de Deus comendo daquilo que se 
oferecia aos falsos deuses. Outros crentes invocavam 
a liberdade cristã, achando que comer não fazia 
diferença, desde que não cultuavam aos ídolos. 
Argumentavam dizendo que um ídolo nada é. 
Sacrificar a ídolos é sacrificar a coisa nenhuma. 
Paulo não concorda com a posição desses crentes. 
Ele não recomenda em nenhum lugar que os crentes 
participem desses banquetes. O culto a ídolos é no 
fundo um culto aos demônios. Veja o que está dito 
em 10.19, 20: “Mas que digo? Que o sacrifício ao 
ídolo é alguma coisa? Ou que ídolo é alguma coisa? 
Antes digo que as coisas que eles sacrificam, 
sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não 
quero que sejais participantes com os demônios”.
O apóstolo invoca outra razão para que os 
crentes se abstenham dessa carne: É o amor ao 
irmão mais fraco. Se comer ou deixar de comer 
não faz diferença diante de Deus, porque não 
nos abstemos, pensando no irmão mais novo e 
mais fraco. A liberdade cristã tem limite. Sou 
livre mas minha liberdade esbarra no meu irmão. 
Se eu tenho ciência e conhecimento, e creio que 
tal coisa não me faz mal, mas o meu 
comportamento põe um tropeço diante do outro, 
então eu peco contra Cristo. A palavra escândalo 
é transiteração do grego que significa tropeço. 
Escandalizar ou colocar tropeço diante do irmão 
é pecar contra Deus.
Há um fato a ser levado em consideração: O 
irmão prejudicado é alguém por quem Cristo 
morreu. Veja a inconveniência de nosso 
comportamento. Cristo morreu para salvar o 
nosso irmão, mas nós colocamos pedra no 
caminho dele. A decisão tomada por Paulo 
precisa ser a nossa também “Se a comida fizer 
tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei 
carne, para não servir de tropeço a meu irmão”. 
Onde aparece comida e comer carne podem ser 
colocadas outras coisas que, talvez em si 
mesmas, não constituam pecado, mas 
escandalizam outros crentes, e nos leva a 
cometer pecado contra o Salvador Jesus.
Verso 23 - Naturalmente , Paulo fala das coisas 
contra as quais não há mandamento expresso de 
Deus. Há coisas não lícitas, a respeito das quais 
não há dúvida quanto à condenação divina. Por 
exemplo: a adoração de deuses falsos, o 
adultério, a mentira, a maledicência, o uso de 
palavras torpes, a ausência do amor. Paulo 
jamais diria que tais coisas seriam lícitas. Suas 
palavras têm de ser entendidas à luz do contexto 
dos coríntios, do problema que enfrentavam. 
Mesmo assim coisas lícitas podem ser 
inconvenientes e inadequadas. O crente precisa 
tomar cuidado para que não esteja fazendo uso 
do inconveniente em sua vida cristã.
Verso 24 - Lembra Paulo que não vivemos 
somente para nós. Fazemos parte de uma 
comunidade cristã, da família de Deus. Ao tomar 
uma decisão, ao praticar um ato, não devo 
pensar em meu próprio proveito, mas levar em 
consideração que meus atos podem implicar 
outros irmãos. Eu serei um egoísta, se invocar os 
direitos de minha liberdade cristã, sem levar em 
consideração os meus irmãos.
Versos 25 e 26 - A parte da carne vendida no 
mercado não era mais sacrifício aos falsos 
deuses, mas uma mercadoria para alimentação. 
Nesse caso, o crente podia comprá-la, sem 
perguntar a sua origem. Deus criou a terra com 
animais e vegetais, para a alimentação do ser 
humano. Nenhum alimento em si mesmo é 
impuro. Mas a carne servida nos banquetes, 
com que os adoradores de falsos deuses 
continuavam cultuando os ídolos, era 
inconveniente para os crentes.
Versos 27 a 30 - Paulo fala aqui de um 
compromisso de natureza social, um convite 
para uma refeição com um incrédulo. O crente 
podia aceitá-lo e comer do que se pusesse à 
frente. Ele não precisa perguntar a origem do 
alimento. Mas se um irmão viesse e dissesse que 
o alimento fora sacrificado, seria melhor o 
crente não comer. Comer não influiria nada em 
sua consciência. Mas prejudicaria a do irmão, 
mais fraco. O crente continua livre, mas o amor 
leva-o a restringir, a auto-limitar-se em atenção 
ao irmão.
Se por um lado, devo, devo por causa do amor 
abster-me de coisas que escandalizam o meu 
irmão, por outro lado, não têm os outros o 
direito de me julgarem no meu procedimento se 
eu busco fazer a vontade de Deus, se posso dar 
graças naquilo que faço. Da mesma forma não 
me cabe policiar e fiscalizar a vida do irmão meu 
em Cristo. Se existe verdadeiro amor cristão 
(uma rara peça hoje convenhamos). e se nós 
estamos em busca da vontade do Senhor, esses 
problemas podem ser enfrentados e vencidos na 
comunidade cristã.
Versos 31 a 34 - Ao final da discussão deste 
assunto, Paulo estabelece o princípio maior para 
nosso procedimento cristão. É difícil estabelecer 
regras. Quando se estabelece uma, abriu-se o 
caminho para um inifinidade de delas. A 
disciplina na igreja não deve guiar-se por um 
código de regras, mas pela obediência a Deus, 
pelo amor cristão. O procedimento do crente 
deve buscar o cumprimento desse princípio 
maior, mencionado por Paulo, a glória de Deus. 
Fazendo tudo para a glória de Deus não 
ofenderemos o irmão, não poremos tropeço aos 
crentes e à igreja, e agradaremos sobremaneira 
ao Senhor.
Disponível em: 
http://www.ebdweb.com.br/2009/05/21/coisas-sacrificadas- 
aos-idolos-pr-jurandir/ 
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Comer carne sacrificada aos ídolos

  • 1. Texto do pr. Jurandir
  • 2. Introdução O problema focalizado por Paulo nos capítulos 8 a 10 desta Primeira Carta aos Coríntios relaciona-se com o uso para alimentação da carne sacrificada aos ídolos. A pergunta era esta: É lícito crentes comerem dessa carne? Não estão cometendo um pecado contra Deus, alimentando-se do que fora dedicado a falsos deuses? Alguns crentes não viam mal algum. A carne em si mesma não tinha qualquer impureza, argumentavam. Outros crentes escandalizavam-se com esse comportamento de irmãos. Qual devia ser a atitude cristã diante do problema? Paulo responde essas questões, ensinando como devem os crentes proceder diante de situações semelhantes.
  • 3. O limite da liberdade cristã é o amor cristão. Há coisas que não trazem mal a quem delas participe. Mas essa participação enfraquece o testemunho e escandaliza o irmão mais fraco. Por amor ao irmão, para não escandalizá-lo, para não colocarmos tropeço diante dele, abstenhamo-nos dessas coisas “Se com o nosso comportamento descuidado ofendemos a consciência dele, pecamos contra Cristo.
  • 4. Versos 8 a 13 - Relembremos em poucas palavras o problema da carne sacrificada aos ídolos em Corinto. Uma parte da carne, depois de derramado o sangue do animal, era entregue aos sacerdotes, e usada em sua alimentação. Outra parte era dada aos que tinham pedido o sacrifício. Estes a usavam para banquetes em suas casas ou no templo. Nesses banquetes, os participantes se entregavam a todo o tipo de licenciosidade e imoralidade. Os cultuadores pobres, quando recebiam de volta uma parte da carne dedicada, vendiam-na nos açougues. Os crentes corriam o risco de comer dessa carne, convidados para os banquetes, ou comprando-as nos mercados.
  • 5. A igreja estava dividida quanto a esse procedimento. Os crentes de origem judia viam nisso um grande pecado: servos de Deus comendo daquilo que se oferecia aos falsos deuses. Outros crentes invocavam a liberdade cristã, achando que comer não fazia diferença, desde que não cultuavam aos ídolos. Argumentavam dizendo que um ídolo nada é. Sacrificar a ídolos é sacrificar a coisa nenhuma. Paulo não concorda com a posição desses crentes. Ele não recomenda em nenhum lugar que os crentes participem desses banquetes. O culto a ídolos é no fundo um culto aos demônios. Veja o que está dito em 10.19, 20: “Mas que digo? Que o sacrifício ao ídolo é alguma coisa? Ou que ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que eles sacrificam, sacrificam-nas a demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios”.
  • 6. O apóstolo invoca outra razão para que os crentes se abstenham dessa carne: É o amor ao irmão mais fraco. Se comer ou deixar de comer não faz diferença diante de Deus, porque não nos abstemos, pensando no irmão mais novo e mais fraco. A liberdade cristã tem limite. Sou livre mas minha liberdade esbarra no meu irmão. Se eu tenho ciência e conhecimento, e creio que tal coisa não me faz mal, mas o meu comportamento põe um tropeço diante do outro, então eu peco contra Cristo. A palavra escândalo é transiteração do grego que significa tropeço. Escandalizar ou colocar tropeço diante do irmão é pecar contra Deus.
  • 7. Há um fato a ser levado em consideração: O irmão prejudicado é alguém por quem Cristo morreu. Veja a inconveniência de nosso comportamento. Cristo morreu para salvar o nosso irmão, mas nós colocamos pedra no caminho dele. A decisão tomada por Paulo precisa ser a nossa também “Se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para não servir de tropeço a meu irmão”. Onde aparece comida e comer carne podem ser colocadas outras coisas que, talvez em si mesmas, não constituam pecado, mas escandalizam outros crentes, e nos leva a cometer pecado contra o Salvador Jesus.
  • 8. Verso 23 - Naturalmente , Paulo fala das coisas contra as quais não há mandamento expresso de Deus. Há coisas não lícitas, a respeito das quais não há dúvida quanto à condenação divina. Por exemplo: a adoração de deuses falsos, o adultério, a mentira, a maledicência, o uso de palavras torpes, a ausência do amor. Paulo jamais diria que tais coisas seriam lícitas. Suas palavras têm de ser entendidas à luz do contexto dos coríntios, do problema que enfrentavam. Mesmo assim coisas lícitas podem ser inconvenientes e inadequadas. O crente precisa tomar cuidado para que não esteja fazendo uso do inconveniente em sua vida cristã.
  • 9. Verso 24 - Lembra Paulo que não vivemos somente para nós. Fazemos parte de uma comunidade cristã, da família de Deus. Ao tomar uma decisão, ao praticar um ato, não devo pensar em meu próprio proveito, mas levar em consideração que meus atos podem implicar outros irmãos. Eu serei um egoísta, se invocar os direitos de minha liberdade cristã, sem levar em consideração os meus irmãos.
  • 10. Versos 25 e 26 - A parte da carne vendida no mercado não era mais sacrifício aos falsos deuses, mas uma mercadoria para alimentação. Nesse caso, o crente podia comprá-la, sem perguntar a sua origem. Deus criou a terra com animais e vegetais, para a alimentação do ser humano. Nenhum alimento em si mesmo é impuro. Mas a carne servida nos banquetes, com que os adoradores de falsos deuses continuavam cultuando os ídolos, era inconveniente para os crentes.
  • 11. Versos 27 a 30 - Paulo fala aqui de um compromisso de natureza social, um convite para uma refeição com um incrédulo. O crente podia aceitá-lo e comer do que se pusesse à frente. Ele não precisa perguntar a origem do alimento. Mas se um irmão viesse e dissesse que o alimento fora sacrificado, seria melhor o crente não comer. Comer não influiria nada em sua consciência. Mas prejudicaria a do irmão, mais fraco. O crente continua livre, mas o amor leva-o a restringir, a auto-limitar-se em atenção ao irmão.
  • 12. Se por um lado, devo, devo por causa do amor abster-me de coisas que escandalizam o meu irmão, por outro lado, não têm os outros o direito de me julgarem no meu procedimento se eu busco fazer a vontade de Deus, se posso dar graças naquilo que faço. Da mesma forma não me cabe policiar e fiscalizar a vida do irmão meu em Cristo. Se existe verdadeiro amor cristão (uma rara peça hoje convenhamos). e se nós estamos em busca da vontade do Senhor, esses problemas podem ser enfrentados e vencidos na comunidade cristã.
  • 13. Versos 31 a 34 - Ao final da discussão deste assunto, Paulo estabelece o princípio maior para nosso procedimento cristão. É difícil estabelecer regras. Quando se estabelece uma, abriu-se o caminho para um inifinidade de delas. A disciplina na igreja não deve guiar-se por um código de regras, mas pela obediência a Deus, pelo amor cristão. O procedimento do crente deve buscar o cumprimento desse princípio maior, mencionado por Paulo, a glória de Deus. Fazendo tudo para a glória de Deus não ofenderemos o irmão, não poremos tropeço aos crentes e à igreja, e agradaremos sobremaneira ao Senhor.
  • 14. Disponível em: http://www.ebdweb.com.br/2009/05/21/coisas-sacrificadas- aos-idolos-pr-jurandir/ Artigos Relacionados Coisas Sacrificadas aos Ídolos - Pr. Osiel Varela Coisas Sacrificadas aos Ídolos - Ev. Isaías de Jesus Coisas Sacrificadas aos Ídolos - Ev. Luiz Henrique Coisas Sacrificadas aos Ídolos - Pr. Adilson Guilhermel Coisas Sacrificadas aos Ídolos - Rede Brasil de Comunicação