O documento divide a raça humana em duas classes: 1) o homem natural, que não compreende as coisas espirituais de Deus e está sob o domínio de Satanás, e 2) o homem espiritual, que recebeu o Espírito Santo e conhece os pensamentos de Deus. Também discute os perigos para os cristãos "carnais", que não resistem completamente aos desejos da carne, e os alerta a se separarem do mundo e se purificarem.
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Três classes de pessoas
1. 1Co 2.14,15 “Ora, o homem natural não
compreende as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. Mas o que é espiritual
discerne bem tudo, e ele de ninguém é
discernido”.
2. As Escrituras dividem todos os seres humanos em
geral, em duas classes.
(1) O homem/mulher natural (gr. psuchikos, 2.14),
denotando a pessoa irregenerada, i.e., governada
por seus próprios instintos naturais (2Pe 2.12). Tal
pessoa não tem o Espírito Santo (Rm 8.9), está sob
o domínio de Satanás (At 26.18) e é escravo da
carne com suas paixões (Ef 2.3). Pertence ao
mundo, está em harmonia com ele (Tg 4.4) e
rejeita as coisas do Espírito (2.14). A pessoa
natural não consegue compreender a Deus, nem
os seus caminhos; pelo contrário, depende do
raciocínio ou emoções humanas.
3. DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA.
(2) O homem/mulher espiritual (gr. pneumatikos,
2.15; 3.1) denota a pessoa regenerada, i.e., que
tem o Espírito Santo. Essa pessoa tem mentalidade
espiritual, conhece os pensamentos de Deus (2.11-
13) e vive pelo Espírito de Deus (Rm 8.4-17; Gl
5.16-26). Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se
para seguir a orientação do Espírito que nela
habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio
do pecado (Rm 8.13,14).
4. DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA.
Como tornar-se um crente espiritual? Aceitando
pela fé a salvação em Cristo, a pessoa é
regenerada; o Espírito Santo lhe confere uma nova
natureza mediante a concessão da vida divina (2Pe
1.4; ver o estudo A REGENERAÇÃO ). Essa pessoa
nasce de novo (Jo 3.3,5,7), é renovada (Rm 12.2),
torna-se nova criatura (2Co 5.17) e obtém a justiça
de Deus mediante a fé em Cristo (Fp 3.9).
5. Embora o crente nascido de novo receba a nova
vida do Espírito, ele tem residente em si a
natureza pecaminosa, com suas perversas
inclinações (Gl 5.16-21). A natureza pecaminosa
que no crente existe, não pode ser mudada em
boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder
e graça do Espírito Santo (Rm 8.13). O crente
obtém tal vitória negando-se a si mesmo
diariamente (Mt 16.24; Rm 8.13; Tt 2.11,12),
deixando todo impedimento ou pecado (Hb 12.1),
e resistindo a todas as inclinações pecaminosas
(Rm 13.14; Gl 5.16; 1Pe 2.11).
6. Pelo poder do Espírito Santo, o próprio crente
guerreia contra a natureza pecaminosa e
diariamente a crucifica (Gl 5.16-18,24; Rm
8.13,14) e a mortifica (Cl 3.5). Pela abnegação e
submissão à obra santificadora do Espírito Santo
em sua vida, o crente em Cristo experimenta a
libertação do poder da sua natureza pecaminosa
e vive como um crente espiritual (Rm 6.13; Gl
5.16).
7. Nem todo crente se esforça como devia para
vencer plenamente sua natureza pecaminosa. Ao
escrever aos coríntios, Paulo mostra (3.1,3) que
alguns deles viviam como carnais (gr. sarkikos),
i.e., ao invés de resistirem com firmeza às
inclinações da sua natureza pecaminosa,
entregavam-se a algumas delas. Embora não
vivessem em contínua desobediência, estavam em
parceria com o mundo, a carne e o diabo em
certas áreas das suas vidas, e mesmo assim
querendo permanecer como povo de Deus (10.21;
2Co 6.14-18; 11.3; 13.5).
8. 1. A figura do crente carnal:
Embora os crentes de Corinto não vivessem em
total carnalidade e rebeldia, nem praticassem
grave imoralidade e iniqüidade, que os separaria
do reino de Deus (ver 6.9-11; cf. Gl 5.21; Ef 5.5),
estavam vivendo de tal maneira que já não
cresciam na graça, e agiam como recém-convertidos,
sem divisar o pleno alcance da
salvação em Cristo (13.1,2).
9. A carnalidade deles era vista na “inveja e
contendas” (3.3). Não se afligiam com a
imoralidade dentro da igreja (5.1-13; 6.13-20).
Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem os
ministros do Senhor (4.18,19). Moviam ação
judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais
(6.6-8). Observe-se que aos crentes coríntios que
estavam vivendo em imoralidade sexual ou
pecados semelhantes, Paulo os têm como
excluídos da salvação em Cristo (5.1,9-11;
6.9,10).
10. 2. Perigos para os cristãos carnais.
Os cristãos carnais de Corinto corriam o perigo de
se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo
(2Co 11.3) e de se conformarem cada vez mais
com o mundo (cf. 2Co 6.14-18). Caso isso
continuasse, seriam castigados e julgados pelo
Senhor, e se continuassem a viver segundo o
mundo, acabariam sendo excluídos do reino de
Deus (6.9,10; 11.31,32). Realmente, alguns deles
já estavam mortos espiritualmente, por viverem
em pecados que levam a isso (ver 1Jo 3.15 nota;
5.17 nota; cf. Rm 8.13; 1Co 5.5; 2Co 12.21;
13.5).
11. 3.Advertências aos cristãos carnais:
a) Se um crente carnal não tomar a resolução de
se purificar de tudo quanto desagrada a Deus (Rm
6.14-16; 1Co 6.9,10; 2Co 11.3; Gl 6.7-9; Tg
1.12-16), ele corre o risco de abandonar a fé.
b) Devem tomar como exemplo o fato trágico dos
filhos de Israel, que foram destruídos por Deus
por causa de seus pecados (10.5-12).
12. c) Devem entender que é impossível participar das
coisas do Senhor e das coisas de Satanás ao
mesmo tempo (Mt 6.24; 1Co 10.21).
d) Devem separar-se completamente do mundo
(2Co 6.14-18) e se purificar de tudo quanto
contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a
sua santificação no temor do Senhor (2Co 7.1).
Disponível em:< http://www.midiagospel.com.br/doutrinarios/tres-classes-
de-pessoas>