Este documento descreve a lâmpada mais antiga do mundo, que está acesa há 119 anos em um quartel de bombeiros nos Estados Unidos. O segredo de sua longevidade é o filamento de carbono em vácuo protegido por uma esfera de vidro. A lâmpada foi criada em 1901 e só precisou ser desligada duas vezes desde então.
O Livro dos Mortos do Antigo Egito_240402_210013.pdf
Lâmpada 119 anos
1. Alâmpada mais
antiga do mun-
do está acesa, de
forma quase ininter-
rupta, há 119 anos
(faz 120 anos no dia
18 de Junho), num
quartel dos bombei-
ros.
Quando, em 1901, foi
colocada no quartel
dos bombeiros da ci-
dade norte-americana
de Livermore, no Es-
tado da Califórnia, nin-
guém imaginaria que
resistisse a duas guer-
ras mundiais. Hoje, dá
luz e… dá que fa-
lar. Ao longo destes
119 anos teve de ser
desligada somente
duas vezes: aquando
de uma falha eléctrica
na cidade e na mu-
dança de instalações
daquela corporação
dos bombeiros.
O segredo da longevi-
dade pode ser expli-
cado com as suas ca-
racterísticas: um fila-
mento de carbono em
vácuo, graças à esfe-
ra de vidro. Os méto-
dos tradicionais pare-
cem resistir melhor às
novas tecnologias.
Esta lâmpada foi cria-
da por Adolphe Chail-
let que assim provou
que se podem cons-
(Continua na página 2)
Editorial
Do Pastor...
Bastou um ano
para que tudo ou
quase tudo mudasse
radicalmente no nos-
so dia a dia, na nossa
vivência social, profis-
sional e na própria
igreja.
Todos os nossos pla-
nos tiveram de ser
profundamente alte-
rados, e são poucos
aqueles que ainda
ousam planear seja o
que for.
A incerteza e a inse-
gurança tomaram
conta da vida da mai-
or parte de nós. O iso-
lamento forçado de
muitos suscitou nal-
guns traumas psicoló-
gicos de alcance im-
previsível e de difícil
diagnóstico.
Pensamos, porém,
que esta situação em
que nos encontramos
é ideal para avaliar-
mos a realidade e o
grau da nossa fé em
Jesus Cristo. Nós so-
mos discípulos de
Cristo, Ele é o Senhor
da nossa vida, o que
significa que seja qual
for a situação que vi-
vemos ela tem de ter
como alvo servir e
glorificar a Cristo.
O que é que Deus
quer de mim nesta
situação concreta em
(Continua na página 2)
Editorial / Do Pastor... 1
A Borboleta e o casulo 3
Motivos de Oração 3
Escola Dominical 4
Agostinho - Uma vida de graça e de palavras 5
A morte de uma Igreja 7
Providência Divina - o que é? 8
Nesta edição:
Ano XXIII, Número 93
Data do boletim
7 Março 2021
Publicação
Trimestral
propriedade da
Sociedade de
Senhoras da
I Igreja Baptista
de Lisboa.
Aniversários 10
Cristo ressuscitou! Aleluia 12
Tulipa 12
Crianças - concurso bíblico 13
O que prova a ressurreição de Cristo 14
Testemunho 16
Conhecer Lisboa 16
Cristianismo de entretenimento 9
Em Caixa 10
2. truir equipamentos sustentá-
veis. Hoje seria impensável
que alguém se preocupasse
em construir algo durável. A
sociedade dos nossos dias
tornou-se (ou tornaram-na)
consumista. Tudo é descartá-
vel, desde as fraldas ao casa-
mento: usa-se e deita-se fora
quando já não tem utilidade,
não presta ou há um “modelo”
mais atraente.
A sociedade dos nossos dias
está cheia de exemplos des-
tas atitudes. Uma mulher grá-
vida que não quer o bebé,
aborta ou deixa-o nascer para
o deitar num qualquer conten-
tor; filhos que sentem que os
pais são um peso, deixam-nos
abandonados nos hospitais;
os noivos já partem para o ca-
samento com a percepção de
que é para sempre...até durar!
Nada é estável, nada é durá-
vel, parte-se de uma para ou-
tra experiência, de um para
outro sentimento, de uma para
outra novidade com o estalar
dos dedos. E o maior drama é
que esta realidade atinge tam-
bém o mundo religioso.
Muitos há que se denominam
cristãos mas não se revêem
no Corpo de Cristo sendo an-
tes meros consumidores do
mercado da fé. E é claro, os
movimentos religiosos que
sustentam este mercado pre-
gam aquilo que os
“consumidores” desejam ouvir.
E o que é que eles querem
ouvir? Que vão deixar de ter
problemas na vida, saúde e
dinheiro não lhes vai faltar e
vão ser felizes para sempre!
Milagres sobre milagres, expe-
(Continuação da página 1)
Página 2 JUBILAI
que me encontro? O que devo
fazer para melhor O servir e
glorificar?
Se este for o alvo da nossa vi-
da, por certo acharemos em
todas as circunstâncias por que
passamos uma razão e um
sentido para viver com optimis-
mo e esperança.
Podemos e devemos continuar
a fazer planos, mas sabendo
que para além deles e acima
deles está a vontade e o propó-
sito de um Deus soberano, que
é o Senhor da História humana
e faz tudo o que Lhe apraz no
cumprimento dos Seus eternos
desígnios
Para além dos nossos planos e
acima deles está, repito, o pla-
no eterno de Deus, um plano
infinitamente sábio e que mani-
festa também o amor eterno de
Deus para com aqueles que
são Seus.
Submetamo-nos pois a Ele
com alegria e fé, evitando as-
sim a angústia e os traumas
que afligem actualmente a hu-
manidade.
Pr Celestino Torres de Oliveira
(Continuação da página 1)
Do Pastor...
Editorial riências sobre experiências
cada vez mais emocionantes,
cada vez mais frenéticas.
E alguns cristãos nominais
também se deixaram encantar
com este falso evangelho.
Já o apóstolo Paulo se queixa-
va da leviandade de crentes
do seu tempo nomeadamente
quando escreve aos Gálatas
estas palavras: “Maravilho-me
de que tão depressa passás-
seis daquele que vos chamou
à graça de Cristo para outro
evangelho; o qual não é outro,
mas há alguns que vos inquie-
tam e querem transtornar o
evangelho de Cristo.” Gálatas
1:6,7.
Mais adiante Paulo (no capítu-
lo 3 versículo 1) desabafa: “Ó
insensatos gálatas! Quem vos
fascinou... ?”
Há um fascínio no erro, na
mentira (Adão e Eva que o di-
gam)!
Mas o Evangelho genuíno não
vive de “experiências”, nem o
homem é o Seu centro. Ele
exalta a Cristo e Este crucifi-
cado, Aquele que é desde a
eternidade o Filho de Deus,
Jeová Salvador, Um com o
Pai na unidade do Espírito
Santo.
O cristão é comparado a um
atleta (I Coríntios 9) que de
tudo se abstém para chegar à
meta e alcançar o prémio.
Mas, nós não corremos por
algo efémero, um galardão
humano, por isso “...deixemos
todo o embaraço, e o pecado
que tão de perto nos rodeia, e
corramos, com paciência a
carreira que nos está propos-
ta, olhando para Jesus, autor
e consumador da fé…”
(Hebreus 12:1,2).
AVO
Não há lugar para a
sabedoria onde não
há paciência.
Santo Agostinho
3. ANO XXIII, NÚMERO 93 Página 3
Por todos os que estão na
linha da frente no combate
à epidemia.
Pelos doentes atingidos
pelo vírus sars-cov-2 e su-
as famílias
Pela situação difícil em ter-
mos económicos e sociais
do nosso país
Pelos cristãos que sofrem
perseguição por causa do
seu testemunho e fé
Irmãos doentes e fragiliza-
dos.
Crescimento espiritual dos
membros da igreja.
Pelo país e seus gover-
nantes.
Pelos irmãos nos diversos
lares da “terceira idade”.
Pela Beneficência da nos-
sa Igreja
Pelo Pastor Tiago Oliveira
e família nos Estados Uni-
dos.
Pela área financeira da
Igreja
Um homem, passeava por
um parque quando encon-
trou um casulo de uma borbole-
ta. Como tinha curiosidade de
ver como é que a borboleta se
desenvolveria, levou o casulo
para casa.
Certo dia, o homem notou que
tinha aparecido um certo buraco
no casulo. Sentou-se e ficou a
observar a pequena borboleta,
que com muita força, tentava
sair pelo pequeno buraquinho.
Depois de algum tempo, a pe-
quena borboleta cessou a sua
luta para sair, demonstrando
que aquele ponto era o máximo
onde ela conseguiria ir.
Vendo a dificuldade da pobre
criatura, ele resolveu ajudá-la.
Pegou numa tesoura e cortou
parte do casulo que faltava para
que todo o corpo da borboleta
saísse, e a libertou.
A borboleta, recebendo esta
ajuda extra, saiu com facilidade
do casulo. O homem notou que
o corpo da borboleta estava in-
chado e muito pequeno e as su-
as asas trémulas. Continuou a
observar a borboleta, pois espe-
rava que a qualquer momento
as asas ficassem grandes, se
expandissem para suportar o
peso do corpo e com tempo o
mesmo desincharia. O que ele
esperava não aconteceu. Em
vez disso, a borboleta ficou mu-
tilada para o resto da sua exis-
tência e nunca voou.
O que aquele homem, na sua
inocência e cuidado não enten-
deu, foi que o processo da ago-
nia de sair do casulo era neces-
sário à borboleta.
Passar por aquele buraquinho
foi a maneira que Deus fez para
que através dos movimentos, a
borboleta exercitasse a passa-
gem de fluidos pelo seu corpo
ainda imaturo, ficando prepa-
rada para voar e alcançar a
liberdade fora do casulo.
Algumas vezes este mesmo
processo de agonia é o que
exactamente nós precisamos
nas nossas vidas. Se Deus
permitisse que nós passásse-
mos pela vida sem obstácu-
los, ficaríamos aleijados como
a borboleta. Nós não sería-
mos suficientemente fortes e
nunca poderíamos voar!
Nos momentos de lutas e afli-
ções, glorifique a Deus, pois
Ele está a preparar a sua vida
para subir mais alto, poder
voar e vencer o mundo, assim
como Jesus venceu.
“Bem-aventurado o homem
que suporta, com perseveran-
ça, a provação; porque, de-
pois de ter sido aprovado, re-
ceberá a coroa da vida, a qual
o Senhor prometeu aos que o
amam”. Tiago 1:12
Texto de reflexão
Por isso, vos digo que
tudo o que pedirdes,
orando, crede que o re-
cebereis, e tê-lo-eis.
Marcos 11:24
Aiden Wilson
Tozer foi um
pastor, escri-
tor, e confe-
rencista bí-
blico ameri-
cano.
Recordo-me de um homem
de Deus a quem foi pergunta-
do: “o que é mais importan-
te? Ler a Palavra de Deus ou
orar?”
Ele respondeu: “o que é mais
importante para um pássaro?
A asa direita ou a asa es-
querda?
4. Página 4 JUBILAI
cada uma, 30 alunos em mé-
dia. A 3 de Novembro de
1783, Robert Raikes, triunfal-
mente, publicou no seu jornal
a transformação ocorrida na
vida das crianças.
O historiador John Richard
Green afirmou: "As Escolas
Dominicais fundadas pelo Sr.
Raikes, no final do século
XVIII, originaram o estabeleci-
mento da educação pública
popular".
O efeito da Escola Dominical
foi tão poderoso, que 12 anos
após sua fundação, não havia
um só criminoso na sala dos
réus para julgamento nos tri-
bunais de Gloucester, quando
antes a média era de 50 a
100 em cada julgamento.
Grandes homens da igreja,
tais como João Wesley, o fun-
dador do metodismo, logo in-
gressaram entusiasticamente
na obra de Raikes, julgando-a
ser um dos trabalhos mais efi-
cientes para o ensino da Bí-
blia.
Em muito pouco tempo, o mo-
vimento espalhou-se e várias
igrejas ao redor do Mundo or-
ganizaram as suas Escolas
Dominicais.
Fonte: Net
Compilado por Sílvia Mourão
Robert
Raikes
Oinício da Escola Domini-
cal, como a conhecemos
hoje, deu-se em 20 de Julho de
1780 na cidade de Gloucester.
Era uma cidade importante da
Inglaterra no período pós-
Revolução Industrial, notável
pela sua indústria de tecela-
gem. Atraía muita gente que,
deixando a vida no campo, se-
guia para as cidades buscando
melhores condições de vida.
Entretanto, na cidade de Glou-
cester, a imensa riqueza de
uma minoria contrastava com a
grande pobreza e o analfabetis-
mo da maioria da população. O
facto de existirem muitas igre-
jas não impedia o avanço da
criminalidade. Robert Raikes,
fundador da Escola Dominical,
dedicou-se à carreira de jorna-
lista e editor, trabalhando na
Imprensa Raikes, propriedade
da família, a qual ele passou a
dirigir após a morte do seu pai.
Raikes preocupava-se muito
em melhorar as condições das
prisões, visando a regeneração
dos criminosos que para ali
eram conduzidos. Descobriu
que o abandono em que viviam
as crianças pobres da localida-
de e as suas actividades, tam-
bém aos domingos, eram um
estímulo à prática do crime.
Quão perversos eram os meni-
nos de Gloucester! Lutavam
uns com os outros, eram menti-
rosos e ladrões, indescritivel-
mente sujos e despenteados.
Destruíam propriedades e de-
vastavam as ruas, tornando-as
perigosas.
Robert Raikes, um homem de
profundas convicções bíblicas,
fundou então uma escola que
funcionava aos domingos por-
que as crianças e os jovens tra-
balhavam 6 dias por semana,
durante 12 horas. Usava a Bí-
blia como livro de estudo, can-
tava com os alunos e ministra-
va-lhes, também, noções de
boas maneiras, de moral e de
civismo.
O plano de Raikes exigia um
profundo sentimento de carida-
de cristã. Conseguiu que algu-
mas senhoras crentes o aju-
dassem, fazendo visitas aos
bairros pobres da cidade, a fim
de convencerem os pais a envi-
arem os seus filhos à escola.
De 1780 a 1783, sete Escolas
já tinham sido fundadas so-
mente em Gloucester, tendo,
5. ANO XXIII, NÚMERO 93
Agostinho é um pensador
influente na história da
igreja e na civilização ociden-
tal. Excepto os autores da Es-
critura, nenhum outro perso-
nagem teve, na Idade Média,
maior impacto no pensamen-
to cristão do que Agostinho.
E, no que concerne à Refor-
ma, estes dois personagens
importantes, Martinho Lutero
(1483-1546) e João Calvino
(1509-1564), citaram Agosti-
nho “mais frequentemente do
que qualquer outro teólogo e
viram-se a si mesmos como
resgatadores da ênfase e do
espírito de Agostinho para a
condição da igreja no seu
tempo”. Como Benjamin B.
Warfield comentou acertada-
mente: “Quando aconteceu o
grande avivamento do cristia-
nismo que chamamos Refor-
ma… foi, em seu lado teológi-
co, um avivamento do agosti-
nianismo”. Como Gerald
Bonner escreveu, Agostinho
“continua a atrair grande nú-
mero de alunos, que são fas-
cinados por sua personalida-
de e suas ideias… e muitos
deles, embora reconheçam
as falhas nos ensinos de
Agostinho, admitem que têm
recebido muito discernimento
e inspiração procedentes de
seu pensamento”.
Primeiros anos, conversão
Página 5
e chamada ao ministério
Os factos dos primeiros anos
da vida de Agostinho são
bem conhecidos porque ele
os registou nas suas famo-
sas Confissões. Nascido a 13
de Novembro de 354, no que
era naquela época a provín-
cia romana da Numídia, ele
era filho de um pobre oficial
inferior, Patrício (morreu por
volta de 371), e de sua espo-
sa cristã, Mónica (331-
387). Dentre os seus pais, foi
Mónica quem teve muito mai-
or influência na sua vida. Lo-
go depois da sua conversão,
Agostinho comentou que as
orações da sua mãe foram
instrumentos para trazê-lo à
fé viva em Cristo.
A conversão à fé cristã acon-
teceu no final do Verão de
386, num jardim, em Milão,
onde Agostinho trabalhava
como “retórico imperial”, ou
seja, um professor de orató-
ria. O momento crítico veio
por meio da leitura de um tex-
to paulino, Romanos 13:13-
14, a respeito do que Agosti-
nho escreveu posteriormente:
“A luz da confiança inundou o
meu coração e todas as tre-
vas de dúvida foram dissipa-
das”. Nas suas Confissões,
Livro 9, Agostinho descreveu
mais plenamente como ele
entendeu, mais tarde, a obra
salvadora de Deus na sua vi-
da:
Durante todos aqueles anos
[de rebelião], onde estava o
meu livre-arbítrio? De que lu-
gar secreto e oculto ele foi
convocado num momento,
para que eu pudesse curvar
meu pescoço ao Teu jugo su-
ave e receber o Teu fardo le-
ve sobre os meus ombros,
Cristo Jesus, meu Ajudador e
Redentor? Quão doce foi para
mim livrar-me daquelas alegri-
as infrutíferas que antes eu
temia perder, mas agora me
alegrei em rejeitar! Tu as ti-
raste de mim, Tu que és a
verdadeira, a soberana ale-
gria. Tu as tiraste de mim e
tomaste o seu lugar, Tu que
és mais agradável do que to-
dos os prazeres, embora não
para a carne e o sangue, Tu
que excedes em brilho toda
luz, mas estás escondido
mais profundamente do que
qualquer segredo no nosso
coração, Tu que excedes toda
a honra, embora não aos
olhos dos homens, que vêem
toda honra em si mesmos.
Na Primavera de 387, num
culto de vigília da Páscoa, no
sábado à noite, Agostinho foi
baptizado por Ambrósio (c.
340-397), bispo de Milão. No
ano seguinte, ele voltou para
a sua cidade natal no Norte
da África. Por volta de 391,
ele decidiu mudar-se para a
cidade de Hipona, a uns 240
km de Tagaste, para fundar
uma comunidade em que ele
e outros poderiam dedicar-se
à leitura das Escrituras. Mas
as coisas não saíram como
ele tencionava, como ele
mesmo lembrou num sermão
que pregou em meados dos
anos 420:
Um escravo não pode contra-
dizer o seu Senhor. Vim para
esta cidade para ver um ami-
6. Página 6 JUBILAI
dagem. A tarefa primária de
Agostinho, no decorrer das dé-
cadas do seu ministério, foi o
cuidado das almas que lhe fo-
ram confiadas. E uma expres-
são central desse cuidado
eram os sermões que ele pre-
gava. Ele pregava nos sábados
e nos domingos, bem como to-
dos os dias durante a quares-
ma e na semana após
a Páscoa. Notarii, ou seja, ta-
quígrafos, anotavam o sermão
em taquigrafia e, depois, trans-
creveriam-nos em escrita cursi-
va. Dos estimados 8.000 ser-
mões que Agostinho pregou,
559 ainda existem. Esta inte-
racção constante com as Escri-
turas alimentava o seu pensa-
mento como nenhuma outra
mensagem podia fazê-lo. E,
quando Agostinho morreu em
Hipona, em 28 de Agosto de
430, ele o fez lendo quatro dos
salmos penitenciais de David,
os quais ele havia copiado e
colado nas paredes do seu
quarto.
In
Fé para Hoje
………………..
(*)
conceito teológico que negava o
pecado original, a corrupção da
natureza humana, o servo arbítrio
(arbítrio escravizado, cativo) e a
necessidade da graça divina para
a salvação. O termo é derivado do
nome de Pelágio da Bretanha.
sucedera a Ambrósio como
bispo da congregação naquela
cidade, fez-lhe um pedido de
esclarecimento sobre o texto
paulino de Romanos 9:10-29,
que trata do amor electivo de
Deus para com Jacob e da re-
jeição do seu irmão,
Esaú. Agostinho dedicou-se ao
estudo de Romanos e de ou-
tras epístolas de Paulo e foi
levado a perceber que qual-
quer tentativa de elevar “a li-
berdade de escolha da vonta-
de humana” estava, com base
num ponto de vista bíblico, fun-
damentalmente mal orientada.
Enquanto estudava o corpus
paulino, “a graça de Deus teve
a supremacia”, como ele disse.
Mais especificamente, foi a sua
meditação sobre 1 Coríntios
4:7 (“E que tens tu que não te-
nhas recebido?) que o levou à
compreensão de que a graça
de Deus sozinha é totalmente
capaz de mover os pecadores
em direcção a Cristo. Tudo que
o crente tem, inclusive a pró-
pria fé, deve ser entendida co-
mo um puro dom. Esta revolu-
ção do seu pensamento produ-
ziu fruto na sua explicação
clássica da soberania da graça
de Deus na sua própria vida,
as Confissões (escrita entre
397 e 401), e também o prepa-
rou espiritualmente para a sua
luta posterior com os erros teo-
lógicos do pelagianismo (*)
Esta submissão à Escritura
aponta para outro elemento-
chave da vida de Agostinho, ou
seja, a sua vocação como pre-
gador do evangelho. Inúmeros
relatos da vida de Agostinho
traçam a sua carreira em rela-
ção às controvérsias nas quais
ele participou. Mas há algo
muito inadequado nesta abor-
go, que eu pensava ganharia
para Deus, a fim de que vi-
vesse connosco num mostei-
ro. Sentia-me seguro, porque
o lugar já tinha um bispo. Fui
apanhado. Fui constituído
um presbítero… e, a partir
daí tornei-me vosso bispo.
Esse tipo de procedimento
não era incomum na igreja
da antiguidade no Norte da
África. Alguns que foram
“ordenados” desta maneira
aproveitaram, sem dúvida, a
primeira oportunidade que ti-
veram para escapar das res-
ponsabilidades que lhes foram
impostas. Mas Agostinho não
agiu assim, porque ele viu
nessa experiência não busca-
da uma chamada inesperada
da parte de Deus para uma
vocação como pregador do
evangelho. Como ele mesmo
disse, “um escravo não pode
contradizer o seu Senhor”.
Submetendo-se à Escritura
Dois anos depois de se haver
tornado bispo de Hipona, o
que aconteceu em 395, Agos-
tinho teve uma experiência
que Gerald Bonner julga ser a
mais decisiva na sua vida de-
pois da sua conversão e bap-
tismo em 386/387. Simpliciano
(falecido por volta de 400), um
velho amigo de Milão, o qual
(Continuação da página 5)
7. ANO XXIII, NÚMERO 93 Página 7
As sete igrejas da Ásia Me-
nor, conhecidas como as
igrejas do Apocalipse, estão
mortas. Restam apenas ruínas
de um passado glorioso que se
foi. As glórias daquele tempo
distante estão cobertas de po-
eira e sepultadas debaixo de
pesadas pedras. Hoje, nessa
mesma região há menos de 1%
de cristãos. Diante disto, uma
pergunta lateja a nossa mente:
o que faz uma igreja morrer?
Quais são os sintomas da mor-
te que ameaçam as igrejas ain-
da hoje?
Em primeiro lugar, a morte de
uma igreja acontece quando
ela se aparta da verdade. Algu-
mas igrejas da Ásia Menor fo-
ram ameaçadas pelos falsos
mestres e suas heresias. Foi o
caso da igreja de Pérgamo e
Tiatira que deram guarida à
perniciosa doutrina de Balaão e
se corromperam tanto na teolo-
gia como na ética. Uma igreja
não tem antídoto para resistir à
apostasia quando abandona a
sua fidelidade às Escrituras
nem a inevitabilidade da morte
quando se aparta dos preceitos
de Deus. Temos visto esses
sinais de morte em muitas igre-
jas na Europa, América do Nor-
te e também no Brasil. Algu-
mas denominações históricas
abraçaram tanto o liberalismo
como o misticismo e abandona-
ram a sã doutrina. O resultado
inevitável foi o esvaziamento
dessas igrejas por um lado ou
entre os cristãos é tão alto co-
mo daqueles que não profes-
sam a fé cristã. O número de
jovens cristãos que vão para o
casamento com uma vida se-
xual activa é quase o mesmo
daqueles que não frequentam
uma igreja evangélica. Uma
teologia fraca produz uma vida
frouxa. Precisamos voltar aos
princípios da Reforma e cla-
mar por um reavivamento!
Em terceiro lugar, a morte de
uma igreja acontece quando
ela não discerne a sua deca-
dência espiritual. A igreja de
Sardes olhava-se no espelho
e dava nota máxima para si
mesma, dizendo ser uma igre-
ja viva, enquanto aos olhos de
Cristo já estava morta. A igreja
de Laodicéia considerava-se
rica e abastada, quando na
verdade era pobre e miserá-
vel. O pior doente é aquele
que não tem consciência da
sua enfermidade. Uma igreja
nunca está tão à beira da mor-
te como quando se vangloria
diante de Deus pelas suas
pretensas virtudes. O cristão
não deve ser um fariseu. O
fariseu aplaudia-se a si mes-
mo por causa das suas virtu-
des, mas olhava para os publi-
canos e enchia-os de acusa-
ções falhas de caridade. O
cristão verdadeiro não é aque-
le que faz um solo do hino
“Quão grande és tu” diante do
espelho, mas aquele que cho-
ra diante de Deus por causa
de seus pecados.
Em quarto lugar, a morte de
uma igreja acontece quando
ela não associa a doutrina
com a vida. A igreja de Éfeso
(Continua na página 8)
o seu crescimento numérico
por outro, mas um crescimen-
to sem compromisso com a
verdade e com a santidade.
Não podemos confundir
“numerolatria” com crescimen-
to saudável. Nem sempre uma
multidão sinaliza o crescimen-
to saudável da igreja. Uma
igreja pode ser grande e mes-
mo assim estar gravemente
enferma. Sempre que uma
igreja troca o evangelho da
graça por outro evangelho,
entra por um caminho desas-
troso.
Em segundo lugar, a morte de
uma igreja acontece quando
ela se mistura com o mundo.
A igreja de Pérgamo estava
dividida entre a sua fidelidade
a Cristo e o seu apego ao
mundo. A igreja de Tiatira tole-
rava a imoralidade sexual en-
tre os seus membros. Na igre-
ja de Sardes não havia here-
sia nem perseguição, mas a
maioria dos crentes estava
com as suas vestiduras conta-
minadas pelo pecado. Uma
igreja que “namora” com o
mundo para amá-lo e confor-
mar-se com ele não permane-
ce. Seu candeeiro é apagado
e removido. Alguém disse:
“Fui procurar a igreja e encon-
trei-a no mundo; fui procurar o
mundo e encontrei-o na igre-
ja”. A Palavra de Deus é clara:
ser amigo do mundo é consti-
tuir-se inimigo de Deus. Quem
ama o mundo, o amor do Pai
não está nele. Há pouca ou
quase nenhuma diferença ho-
je entre o estilo de vida daque-
les que estão na igreja e da-
queles que estão comprometi-
dos com os esquemas do
mundo. O índice de divórcio
8. Página 8 JUBILAI
planos de Deus se cumpram.
A isto chama-se Providência
de Deus.
Quando no v.10 desta passa-
gem se lê que Deus anuncia o
fim logo desde o princípio e
que declara as coisas que ain-
da não sucederam como já ti-
vessem acontecido, algumas
mentes distorcidas argumen-
tam que estes atributos se de-
vem à presciência de Deus,
como se tratasse de algo exte-
rior ao Senhor Jeová.
Porém, o que acontece é que
há em Deus um conhecimento
perfeito que inclui as coisas
possíveis e os seus efeitos.
Este conhecimento proporcio-
na a matéria para o decreto.
De todos os acontecimentos
possíveis Deus determina um,
o que traz consigo uma série
de consequências. Esse co-
nhecimento que Deus tem da-
quilo que vai acontecer é a
Sua presciência. Esta, deriva,
pois, do conhecimento que o
Senhor tem de um determina-
do acontecimento e das suas
consequências como resultado
de uma escolha de Deus de
entre todos os possíveis acon-
tecimentos.
Por isso o Senhor pode anun-
ciar desde logo porque deter-
minou o que haveria e como
haveria de acontecer. Isto é a
Providência de Deus. Sendo
que Deus é Soberano na Sua
providência em geral porque o
é também no particular. Os
grandes acontecimentos são o
somatório ou conjunto de pe-
quenos acontecimentos. Logo
Deus só pode ser Soberano na
Sua Providência em geral (em
todos os eventos) se o for em
qualquer um deles por mais
ínfimos que possam parecer
aos nossos olhos.
AVO
foi elogiada por Jesus pelo seu
zelo doutrinário, mas foi repre-
endida por ter abandonado o
seu primeiro amor. Tinha dou-
trina, mas não vida; ortodoxia,
mas não ortopraxia; uma boa
teologia, mas não uma vida
piedosa. Jesus ordenou à igre-
ja a lembrar-se de onde tinha
caído, a arrepender-se e a vol-
tar à prática das primeiras
obras. Se a doutrina é a base
da vida, a vida precisa ser a
expressão da doutrina. As du-
as coisas não podem viver se-
paradas. Doutrina sem vida
produz orgulho e aridez espiri-
tual; vida sem doutrina desem-
boca em misticismo pagão.
Uma igreja viva tem doutrina e
vida, ortodoxia e piedade, cre-
do e conduta!
Em quinto lugar, a morte de
uma igreja acontece quando
lhe falta perseverança no ca-
minho da santidade. As igrejas
de Esmirna e Filadélfia foram
elogiadas pelo Senhor e não
receberam nenhuma censura.
Mas, num dado momento, nas
dobras do futuro, essas igrejas
também se afastaram da ver-
dade e perderam a sua rele-
vância. Não basta começar
bem, é preciso terminar bem.
Falhamos, muitas vezes, em
passar o bastão da verdade
para a próxima geração. Um
recente estudo revela que a
terceira geração de uma igreja
já não tem mais o mesmo fer-
vor da primeira geração. É pre-
ciso não apenas começar a
carreira, mas terminar a carrei-
(Continuação da página 7)
ra e guardar a fé! É tempo de
pensarmos: como será nossa
igreja nas próximas gerações?
Que tipo de igreja deixaremos
para nossos filhos e netos?
Uma igreja viva ou igreja mor-
ta?
In Fé para Hoje
Herlandes Dias Lopes
Isaías 46:9-11
9 Lembrai-vos das coisas
passadas desde a antigui-
dade; que eu sou Deus, e não
há outro Deus, não há outro
semelhante a mim.
10
Que anuncio o fim desde o
princípio, e desde a antiguida-
de as coisas que ainda não
sucederam; que digo: O meu
conselho será firme, e farei
toda a minha vontade.
11
Que chamo a ave de rapina
desde o oriente, e de uma ter-
ra remota o homem do meu
conselho; porque assim o dis-
se, e assim o farei vir; eu o
formei, e também o farei.
Deus evidenciou a Sua sobe-
rania aquando da Criação,
mas o Senhor continua activo
após esses momentos criado-
res. E essa actividade de Deus
leva a que as criaturas sejam
preservadas e conduzidas na
sua vida de modo a que os
9. ANO XXIII, NÚMERO 93 Página 9
Aigreja pode enfrentar a
apatia e o materialismo
satisfazendo o apetite das
pessoas por entretenimento?
Evidentemente, muitas pes-
soas das igrejas pensam as-
sim, enquanto uma igreja
após outra salta para o vagão
dos cultos de entretenimento.
Uma tendência inquietante
está a levar muitas igrejas or-
todoxas a afastarem-se das
prioridades bíblicas.
O que eles querem
Os templos das igrejas estão
a ser construídos no estilo de
teatros. A ênfase concentra-
se num palco em vez do púl-
pito. Alguns templos possuem
grandes plataformas, que gi-
ram ou sobem e descem,
com luzes coloridas e podero-
sas mesas de som.
Os pastores espirituais estão
sendo substituídos por espe-
cialistas em comunicação,
consultores de programação,
directores de palco, peritos
em efeitos especiais e coreó-
grafos.
O objectivo é dar ao auditório
aquilo que eles desejam. Mol-
dar o culto da igreja aos de-
sejos dos frequentadores
atrai muitas pessoas.
Como resultado, os pastores
tornam-se mais parecidos
com políticos do que com ver-
dadeiros pastores, mais preo-
cupados em atrair as pessoas
do que em guiar e edificar o
rebanho que Deus lhes confi-
ou.
A congregação recebe um en-
tretenimento profissional, em
que a dramatização, os ritmos
populares e, talvez, um ser-
mão de sugestões subtis e de
aceitação imediata constituem
o culto de adoração. Mas a ên-
fase concentra-se no entreteni-
mento e não na adoração.
A ideia fundamental
O que fundamenta esta ten-
dência é a ideia de que a igreja
tem de “vender” o evangelho
aos incrédulos — a igreja quer
conquistar consumidores, ao
mesmo nível dos grandes pro-
dutos.
Mais e mais igrejas começam
a depender de técnicas de
vendas para se oferecerem ao
mundo.
Esta filosofia resulta de péssi-
ma teologia. Presume que, se
você colocar o evangelho na
embalagem correcta, as pes-
soas serão salvas. Essa ma-
neira de lidar com o evangelho
fundamenta-se na teologia ar-
miniana. Vê a conversão como
nada mais do que um acto da
vontade humana. O seu objec-
tivo é uma decisão instantâ-
nea, em vez de uma mudança
radical do coração.
Além disso, toda esta corrup-
ção do evangelho, nos moldes
de espectáculos lúdicos, pre-
sume que os cultos da igreja
têm o objectivo primário de re-
crutar os incrédulos. Algumas
igrejas abandonaram a adora-
ção no sentido bíblico.
Outras substituíram a prega-
ção convencional por cultos
de grupos pequenos numa
noite da semana. Mas isso se
afasta do principal ensino de
Hebreus 10:24-25: Considere-
mo-nos também uns aos ou-
tros, para nos estimularmos
ao amor e às boas obras. Não
deixemos de congregar-nos”.
O verdadeiro padrão
Actos 2:42 mostra-nos o pa-
drão que a igreja primitiva se-
guia, quando os crentes se
reuniam: “E perseveravam na
doutrina dos apóstolos e na
comunhão, no partir do pão e
nas orações”.
Devemos observar que as pri-
oridades da igreja eram adorar
a Deus e edificar os irmãos. A
igreja reunia-se para adoração
e edificação — e se espalha-
va para evangelizar o mundo.
Nosso Senhor comissionou os
Seus discípulos a evangelizar,
utilizando as seguintes pala-
vras: “Ide, portanto, fazei dis-
cípulos de todas as na-
ções” (Mateus 28.19). Ele dei-
xou claro que a Sua igreja não
tem de ficar à espera (ou con-
vidar) que o mundo venha às
suas reuniões, mas sim que
vá ao mundo.
Essa é uma responsabilidade
de todo crente. Receio que
uma abordagem cuja ênfase
se concentre numa apresenta-
ção agradável do evangelho,
no templo da igreja, absolve
muitos crentes da sua obriga-
ção pessoal de ser luz no
mundo (Mateus 5:16).
(Continua na página 11)
10. Março
4 - Ir. Maria Luzia
Merino
4 - Ir. Marieta Reinaldo
21 - Ir. Dora Duarte
Abril
29 - Ir. Ana Isabel Mateus
Maio
2 - Ir. Maria Teresa
Chaínho
23 - Ir. M. Conceição
Afonso
Página 10 JUBILAI
Em caixa...
Resumo de Dezembro 2020 a Fevereiro 2021
Sócias da Sociedade de Senhoras
RECEITAS DESPESAS
Saldo de Novembro 2020 8 210,47
Contribuições 731,00
731,00 Jubilai 30,00
Compra selos 14,31
Prendas de aniversário 89,95
Despesas Bancárias 23,40 157,66
Saldo p/ Março
8 783,81
8 941,47 8 941,47
Resumo:
D.Prazo 3 600,00
D.Ordem 4 935,22
Caixa 248,59 8 783,81
11. ANO XXIII, NÚMERO 93 Página 11
Estilo de vida
A sociedade está repleta de pes-
soas que querem o
que querem quando o querem.
Elas vivem o seu próprio estilo
de vida, recreação e entreteni-
mento. Quando as igrejas ape-
lam a esses desejos egoístas,
elas simplesmente põem lenha
nesse fogo e ocultam a verda-
deira piedade.
Algumas dessas igrejas estão a
crescer duma forma exponenci-
al, enquanto outras que não utili-
zam o entretenimento estão lu-
tando pela sua manutenção.
Muitos líderes de igrejas dese-
jam o crescimento numérico nas
suas congregações, por isso,
estão a abraçar a filosofia do
“entretenimento em primeiro lu-
gar”.
Considere o que esta filosofia
causa à própria mensagem do
evangelho. Alguns afirmam que,
se os princípios bíblicos são
apresentados, não nos devemos
preocupar com os meios pelos
quais eles são apresentados.
Isto é ilógico.
Por que não realizarmos um ver-
dadeiro show de entretenimen-
to? Imaginemos que um atirador
de facas tatuado fazendo mala-
barismo com serras de aço se
apresentasse enquanto alguém
gritaria versículos bíblicos. Isso
atrairia uma multidão, você não
acha?
(Continuação da página 9)
É um cenário bizarro, mas é
um cenário que ilustra como os
meios podem rebaixar e cor-
romper a mensagem.
Tornando vulgar
Infelizmente, este cenário não
é muito diferente do que algu-
mas igrejas estão fazendo. Ro-
queiros punk, ventríloquos, pa-
lhaços e artistas famosos têm
ocupado o lugar do pregador
— e estão a degradar o evan-
gelho.
Creio que podemos ser inova-
dores e criativos na maneira
como apresentamos o evange-
lho, mas temos de ser cuida-
dosos em harmonizar os nos-
sos métodos com a profunda
verdade espiritual que procura-
mos transmitir. É muito fácil
vulgarizarmos a mensagem
sagrada.
Não se apresse em abraçar as
tendências das super-igrejas
de alta tecnologia. E não zom-
be da adoração e
da pregação convencionais.
Não precisamos de aborda-
gens astuciosas para que te-
nhamos pessoas salvas (1 Co-
ríntios 1:21).
Precisamos tão-somente retor-
nar à pregação da verdade e
plantar a semente. Se formos
fiéis nisso, o solo que Deus
preparou frutificará.
In
Fé para Hoje
John MacArthur
Queridos irmãos
Mais um ano que vamos cele-
brar a Páscoa, sem nos po-
dermos congregar como está-
vamos habituados.
Sinto muito que nos seja ne-
gado novamente a possibili-
dade de estarmos juntos. Va-
mos aproveitar esta provação
para reflectirmos nas mensa-
gens que a Bíblia nos dá, va-
mos ter fé, vamos preservar-
nos como nos convém, cada
um em nossas casas, vamos
orar pelo país e o mundo, pe-
la nossa casa de oração, pe-
los nossos familiares que não
conhecem a Cristo, por nós
irmãos, para que a nossa fé
não pereça.
Mas sobretudo, aproveitemos
este período para louvar,
adorar e engrandecer o nos-
so Deus, por uma tão grande
salvação, por um tão grande
Salvador.
Uma Santa e feliz Páscoa.
Fernanda Lopes
12. da doutrina das Igrejas da Ho-
landa (Confissão Belga e Cate-
cismo de Heidelberg) fossem
mudados para se conformar
com os pontos de vista doutri-
nários contidos no Protesto. As
doutrinas às quais os arminia-
nos fizeram objecção eram as
relacionadas com a soberania
divina, a inabilidade humana, a
eleição incondicional ou pre-
destinação, a redenção particu-
lar (ou expiação limitada), a
graça irresistível (chamada efi-
caz) e a perseverança dos san-
tos. Essas são doutrinas ensi-
nadas nesses símbolos da Igre-
ja Holandesa, que os arminia-
nos queriam que fossem revis-
tas.
Esses Cinco Pontos são:
Página 12 JUBILAI
da, o ser humano é escravo do
pecado, por natureza hostil e
rebelde para com Deus, espiri-
tualmente cego para a verda-
de, incapaz de salvar–se a si
mesmo ou até mesmo de se
preparar para a salvação. Só a
intervenção directa de Deus
pode mudar esta situação.
Eleição Incondicional
Eleição significa "escolha". É a
escolha feita por Deus desde
toda a eternidade, daqueles a
quem Ele concedeu a graça da
salvação. Esta escolha não se
baseia em nenhum mérito mo-
ral ou individual, ou mesmo na
fé das pessoas que Ele esco-
lhe; mas sim na Sua decisão
Os Cinco Pontos do Calvi-
nismo, (conhecidos pe-
lo acróstico TULIP, referente às
iniciais dos pontos em inglês)
são uma síntese dos cânones
teológicos definidos no Sínodo
de Dordrecht, no âmbito da dis-
puta entre calvinistas e arminia-
nos acerca das doutrinas da
Graça e da Predestinação. Eles
reflectem a soteriologia típica
do movimento calvinista, inter-
pretando a natureza da graça
de Deus na salvação da criatu-
ra humana. O seu eixo é a afir-
mação de que Deus é perfeita-
mente capaz de salvar cada
pessoa que Ele tenha a inten-
ção de tornar objecto de sua
graça salvadora e que o Seu
trabalho não pode ser frustrado
por algo ou alguém que fique
no caminho, na tentativa de im-
pedir sua conclusão.
Os cinco pontos do Calvinismo
ao contrário do que se deduz
pelo senso comum não foram
feitos por Calvino mas sim a
partir de uma contra-
argumentação ao protesto que
os seguidores de Jacobus Ar-
minius (um professor de semi-
nário holandês) apresentaram
ao “Estado da Holanda” em Ju-
lho de 1610, um ano após a
morte de seu líder. O protesto
consistia em “cinco artigos de
fé”, baseados nos ensinos de
Armínio, que ficou conhecido
na história como a
“Remonstrance”, ou seja, “O
Protesto”. O partido arminiano
insistia que os símbolos oficiais
Em Inglês Tradução Livre
T - Total Depravity Depravação Total
U - Unconditional Election Eleição Incondicional
L - Limited Atonement Expiação Limitada
I - Irresistible Grace Graça Irresistível
P - Perseverance of the Saints Perseverança dos Santos
Depravação Total
Também chamada "depravação
radical", "corrupção total" e
"incapacidade total". Indica que
toda criatura humana desde a
queda de Adão, é caracterizada
pelo pecado, que a corrompe e
contamina, incluindo a mente.
Por isso, afirma-se que nin-
guém é capaz de realizar o que
é verdadeiramente bom aos
olhos de Deus. Em contraparti-
soberana, incondicional, irrevo-
gável e insondável. Isso não
significa que a mesma salva-
ção final é incondicional, mas
que a condição em que assen-
ta (fé) é concedida também
pela graça de Deus, como pre-
sente Seu para aqueles a
quem Ele escolheu incondicio-
nalmente.
13. ANO XXIII, NÚMERO 93 Página 13
Expiação Limitada
Também chamada "expiação
particular", "redenção particu-
lar" ou "redenção definida",
significa a doutrina segundo a
qual a obra redentora de Cris-
to foi apenas visar a salvação
daqueles que têm sido alvo da
graça da salvação. Assim, a
eficácia salvífica de Cristo re-
dentor, não é "universal" ou
"potencialmente eficaz" para
quem iria recebê-lo, mas es-
pecificamente designada para
consolidar a salvação daque-
les a quem Deus Pai escolheu
desde antes da fundação do
mundo. Os calvinistas não
acreditam que a expiação seja
limitada no seu valor ou poder
(se Deus o Pai quisesse, teria
salvo todos os seres humanos
sem excepção), mas sim que
a expiação é limitada na medi-
da em que foi destinada para
alguns e não para todos.
Graça Irresistível
Também conhecida como
"graça eficaz" e "vocação efi-
caz", esta doutrina ensina que
a influência salvífica do Espíri-
to Santo de Deus é irresistível,
superando toda e qualquer
resistência. Quando Deus, so-
beranamente visa salvar al-
guém, o indivíduo não tem co-
mo resistir a essa graça da
vida eterna com o próprio
Deus.
(Continuação da página 12)
Perseverança dos Santos
Também conhecida como
"preservação dos santos" ou
"segurança eterna", este quinto
ponto sugere que aqueles a
quem Deus chamou para a sal-
vação, e depois, à comunhão
eterna com Ele ("santos", se-
gundo a Bíblia) não podem cair
em desgraça e perder a sua
salvação. Mesmo que, nas suas
vidas, o pecado os leve a re-
nunciar à sua profissão de fé,
eles (como autênticos eleitos),
mais cedo ou mais tarde, retor-
narão à comunhão com Deus.
Essa doutrina é baseada
no facto de que a salvação é
obra de Deus do começo ao
fim, que Deus é fiel às Suas
promessas, e que nada nem
ninguém pode impedir os Seus
propósitos soberanos. Este
conceito é bem diferente do
conceito usado em algumas
igrejas evangélicas, de "uma
vez salvos - salvos para sem-
pre", apesar da apostasia, a fal-
ta de arrependimento ou a per-
manência no pecado, desde
que eles tenham realmente
aceite Cristo no passado. No
ensino tradicional calvinista, se
uma pessoa cai em apostasia
ou não mostra mais sinais de
arrependimento genuíno, isso é
uma prova cabal de que essa
pessoa nunca foi realmente sal-
va, e, em decorrência disso,
que não faz parte do número
dos eleitos.
O acrónimo TULIP em inglês
coincide com a palavra tulipa,
por este motivo, frequentemen-
te a flor referida é utilizada co-
mo símbolo do Calvinismo.
Fonte: Net
Que animal engoliu o profeta
Jonas?
………………………………….
O que Deus mandou Noé fa-
zer?
………………………………….
Quantas são as pragas do
Apocalipse?
………………………………….
Qual foi o homem mais rico e
sábio que já existiu?
………………………………….
Quantas pedras tomou David
do riacho para enfrentar o Gi-
gante Golias?
……….…………………………..
Qual o nome do rapaz que foi
vendido pelos seus irmãos?
……………………………………
.
Sansão era famoso por ser um
homem muito… ?
……………………………………
.
14. Página 14 JUBILAI
Ora, se Ele ressuscitou, que
prova a Sua ressurreição?
Prova tudo quanto é mais ne-
cessário provar, tudo o que é
essencial ao cristianismo.
Em primeiro lugar, a ressurrei-
ção de Cristo prova que há um
Deus, e que o Deus da Bíblia é
o verdadeiro Deus. Todo o efei-
to precisa de ter uma causa
adequada e a única que pode
explicar a ressurreição de Je-
sus Cristo é Deus, o Deus da
Bíblia. Quando Jesus esteve
aqui na terra proclamou o Deus
da Bíblia, “o Deus de Abraão
de Isaque e de Jacob” o Deus
do Velho Testamento assim
como o do Novo. Afirmou que,
depois dos homens O mata-
rem, o Deus de Abraão, de Isa-
que e de Jacob O havia de res-
suscitar ao terceiro dia. Era
uma afirmação estupenda, e
aparentemente absurda, pois
que durante séculos tinham os
homens morrido e vivido, e até
onde pôde chegar a observa-
ção humana, era esse o fim de-
les. No entanto, Jesus afirmou
que Deus, Deus da Bíblia, ha-
via de O ressuscitar de entre os
mortos. Pois bem, Jesus mor-
reu; foi crucificado, morto e se-
pultado; e ao tempo indicado
Deus ressuscitou-O. Portanto,
a assombrosa afirmação de Je-
sus ficou de pé, e ficou decidi-
damente evidenciado que havia
um Deus, e que o Deus da Bí-
blia é o verdadeiro Deus.
Em segundo lugar, a ressur-
reição de Cristo de entre os ho-
mens prova que Jesus é o en-
sinador mandado por Deus que
recebeu a mensagem de Deus,
que absolutamente não podia
errar e que falou as próprias
afirmação. Mas depois de mor-
to o próprio Deus havia de a
justificar ressuscitando-O dos
mortos.
Em quarto lugar, a ressurrei-
ção de Cristo prova que há um
dia de julgamento futuro. Em
Atenas Paulo declarou:
“Porquanto tem determinado
um dia que, com justiça, há-de
julgar o mundo, por meio do
varão que destinou; e disso
deu certeza a todos, ressusci-
tando-o dos mortos”. (Actos
17:31). Mas como é que a res-
surreição de Cristo dá a certe-
za do julgamento futuro? Jesus
quando andava na terra, decla-
rou que o Pai Lhe tinha confia-
do todo o julgamento; que ha-
via de vir a hora em que todos
os que estivessem nas suas
sepulturas haviam de ouvir a
Sua voz e sair delas, os que
tinham praticado o bem para a
ressurreição da vida e os que
tinham feito mal para a ressur-
reição do julgamento (João 5;
22, 28, 29).
Em quinto lugar, a ressurrei-
ção de Jesus Cristo prova que
todo o crente em Cristo é justifi-
cado de todas as coisas. Le-
mos em Romanos 4:25, que
Jesus “por nossos pecados foi
entregue, e ressuscitou para
nossa justificação”. A ressurrei-
ção de Jesus Cristo prova, de-
cididamente que quem crê Nele
é justificado. Quando Jesus
morreu, morreu como nosso
representante, e nós, os que
cremos, morremos Nele; quan-
do ressuscitou, ressuscitou co-
mo nosso representante, e nós
ressuscitamos com Ele. Olha-
mos para a cruz de Cristo e sa-
bemos que a expiação foi feita
pelos nossos pecados; olha-
mos para o sepulcro aberto e
para o Senhor ressuscitado e
subido aos céus, e sabemos
que a expiação foi aceite.
(Continua na página 15)
palavras de Deus. Isto é o que
Jesus afirmou de Si mesmo.
Em João 7:16, Ele diz: “A mi-
nha doutrina não é minha, mas
Daquele que me enviou”. Em
João 12:49, diz: “Eu não tenho
falado de Mim mesmo; porém,
o Pai que Me enviou, Ele Me
deu mandamento sobre o que
hei-de dizer e sobre o que hei-
de falar”. Em João 14:10, 11,
diz: “Não crês tu que Eu estou
no Pai e que o Pai está em
Mim? As palavras que Eu vos
digo não as digo de Mim mes-
mo, mas o Pai que está em
Mim, é Quem faz as obras”. O
que Ele afirmava era que as
Suas Palavras eram as pró-
prias palavras de Deus. Outros
têm feito iguais afirmações,
mas a diferença entre as des-
tes e as de Jesus é que Jesus
prova a Sua afirmação e os ou-
tros não podiam fazer o mes-
mo. O próprio Deus pôs, sem
dúvida, o Seu selo sobre esta
espantosa afirmação de Jesus
Cristo, ressuscitando-O de en-
tre os mortos.
Em terceiro lugar, a ressurrei-
ção de Jesus Cristo de entre os
mortos prova que Ele é o Filho
de Deus. O apóstolo Paulo diz
em Romanos 1:4, que Ele “é
declarado Filho de Deus em
poder, segundo o Espírito de
santificação pela ressurreição
dos mortos”. Quando Jesus es-
teve no mundo ensinou que,
enquanto até mesmo os maio-
res profetas de Deus eram ape-
nas servos, Ele, Jesus, era Fi-
lho, o Filho único (Marcos12:6;
veja-se o contexto); que Ele e o
Pai eram um só (João 10:30) e
que todos os homens deviam
honrá-Lo do mesmo modo que
honravam o Pai (João 5:23);
que Ele era uma encarnação
de Deus tão perfeita e absoluta
que quem O tivesse visto tinha
visto o Pai (João 14:9). Ele dis-
se aos homens que eles O ha-
viam de matar por fazer esta
15. ANO XXIII, NÚMERO 93 Página 15
perante a Sua glória” (Hebreus
7:25; Judas 24). A questão da
vitória sobre o pecado não é
uma questão da nossa fraque-
za, mas a força Dele, do poder
da Sua ressurreição. Conta-se
que um dia quatro homens tre-
pavam a íngreme subida de
Matherhorn, um guia e um tu-
rista, um segundo guia e outro
turista, todos amarrados uns
aos outros. O turista que vinha
atrás escorregou e ficou sus-
penso sobre o abismo. Este
puxão repentino da corda le-
vou o guia de baixo com ele, e
igualmente o outro turista. Três
homens estavam neste mo-
mento suspensos sobre o abis-
mo. Mas o guia que ia à frente,
tendo percebido o primeiro re-
pelão da corda, enterrou o seu
pau no gelo, fincou os seus
pés e segurou-se bem; três
homens estavam suspensos
sobre o medonho abismo, mas
estavam todos eles salvos,
porque estavam amarrados ao
homem que estava bem segu-
ro. Cada um deles retomou o
seu lugar e ei-los de novo no
caminho e segurança. Assim,
quando a raça humana subiu
as geladas montanhas da vida,
o primeiro Adão escorregou, e
ficou suspenso sobre o abis-
mo, levando consigo outro ho-
mem e outro, até que toda a
raça humana ficou suspensa
sobre o abismo, MAS O SE-
GUNDO Adão, Jesus Cristo,
firmou-Se bem, e todos os que
estão unidos a Ele por uma fé
viva, embora estejam suspen-
sos sobre o medonho abismo,
estão salvos, porque estão li-
gados ao Salvador.
R.A Torrey
In “A Ressurreição de Cristo”
Compilado por Emília Marques
Analisava uma figura de
Cristo crucificado, exposta
numa montra de uma loja de
arte, quando percebi que al-
guém se aproximava. Olhei
para o lado e vi um rapazinho
contemplando atentamente a
gravura. Senti compaixão por
este pequeno arauto da rua e,
apontando para a figura, per-
guntei-lhe:
- Sabes que é Aquele?
- Sim, sei – respondeu ele de-
pressa – é o nosso Salvador.
No olhar do rapaz havia um
misto de tristeza e de admira-
ção, supondo que eu nada sa-
bia o que a gravura represen-
tava. Depois, com o desejo
notório de me elucidar, prosse-
guiu:
- Aqueles são os soldados, os
soldados romanos e aquela
mulher ali a chorar é a mãe de
Jesus.
Depois metendo as mãos nos
bolsos, e com voz reverente e
dócil, acrescentou:
-Eles mataram-No, meu Se-
nhor. Sim, meu senhor, eles
mataram-No…
Olhei para o rapazinho, sujo e
roto e perguntei-lhe:
- Onde é que aprendeste estas
coisas?
- Na Escola Dominical da Mis-
são Evangélica – respondeu
ele.
Com a minha mente cheia de
belas recordações sobre o va-
lor da Escola Dominical fui-me
embora enquanto o rapaz lá
ficou a olhar para a gravura.
Não tinha andado uma cente-
na de metros quando ouvi uma
voz infantil gritar:
- Meu senhor! Meu senhor!
Parei. O pequeno então apon-
tou para os céus e com voz
triunfante disse:
- Esqueci-me de lhe dizer: Ele
ressuscitou!
Entregou a sua mensagem,
sorriu, acenou com a mão, e
seguiu o seu caminho, sentin-
do que, se ele fora iluminado,
era agora seu dever iluminar
os outros.
R.A Torrey
Compilado por Emília Marques
Em sexto lugar, a ressurrei-
ção de Jesus Cristo prova
que todos os que estão uni-
dos a Cristo por uma fé viva,
hão-de ressuscitar. Paulo
diz: “Se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou assim
também os que em Jesus
dormem Deus os tornará a
trazer com Ele (I Tessaloni-
censes 4:14). Um pregador
muito popular disse uma
vez: “Há muita gente que
não está completamente
certa de que haja vida para
além do túmulo Também eu.
Mas nada mais podemos
fazer do que inferi-la da
constituição do universo”.
Graças a Deus este prega-
dor não tinha razão. Antes
da ressurreição de Jesus
Cristo, talvez não pudésse-
mos fazer mais do que inferi
-la da constituição moral do
universo, mas perante a res-
surreição não existem dúvi-
das.
Em sétimo lugar, a ressur-
reição de Jesus Cristo de
entre os mortos prova que a
vitória sobre o pecado, diari-
amente, hora a hora, enfim,
vitória constante, é o privilé-
gio de todo o crente. Esta-
mos unidos não só ao Se-
nhor que morreu e assim
expiou o nosso pecado, e
nos livrou da culpa do peca-
do, mas também ao Senhor
que ressuscitou e vive
“sempre para interceder por
nós; que tem poder para sal-
var perfeitamente, que é po-
deroso para nos guardar de
tropeçar e apresentar-nos
irrepreensíveis, com alegria,
(Continuação da página 14)
16. Página 16 JUBILAI
que a pata do seu lado direi-
to está ligeiramente dobra-
da. Um jogo de palavras que
rouba sempre algumas gar-
galhadas.
A Primeira Circular
Mesmo quem não mora
em Lisboa já ouviu falar na
Segunda Circular, certo?
Quanto mais não seja, por
questões relacionadas com
o trânsito. Mas, então, onde
fica a Primeira Circular?
Ela existiu no século XIX e
tinha início no Largo de Al-
cântara, passando pela Rua
D. Carlos, Marquês da Fron-
teira, Duque de Ávila, Praça
do Chile e Morais Soares,
descendo depois até Santa
Apolónia.
Alfacinhas
Todos sabemos que é esta
a designação atribuída aos
nascidos em Lisboa. Mas
porquê? Algumas histórias
apontam que em Lisboa, du-
rante a ocupação árabe, se
plantariam muitas destas
verduras.
Outra explicação remonta ao
cerco de Lisboa, altura em
que os habitantes desta ci-
dade terão sido forçados,
por falta de alimento, a fazer
uma dieta vegetariana, onde
a alface dominava os pratos.
Olisippo Felicitas Júlia
Os “Almeidas”
Na capital, é comum chama-
rem-se “Almeidas” aos ho-
mens que fazem a recolha do
lixo. A explicação é simples:
os primeiros homens a fazer
esse trabalho vinham de Al-
meida, na Guarda.
O arco na Praça de Espanha
Existe um arco no centro da
Praça de Espanha. Ele perten-
cia ao Aqueduto das Águas
Livres e chegou a estar na
Rua de São Bento.
Em 1938, o arco foi desmonta-
do em várias peças que fica-
ram dispersas pela rotunda da
Praça de Espanha. Em 1998,
foi novamente montado e lá se
encontra, na sua forma primiti-
va.
Rua da Betesga
Falamos da rua da Betesga
(«meter o Rossio na Rua da
Betesga») sempre que nos
queremos referir a um espaço
estreito e apertado. Mas por-
quê?
Pois bem, a rua da Betesga
em Lisboa tem cerca de 10
metros de comprimento e é,
de facto, uma das ruas mais
pequenas de Lisboa.
Santa Engrácia
Também é comum falarmos
nas obras de Santa Engrácia
sempre que mencionamos um
empreendimento demorado e
cuja conclusão parece não
chegar.
Efectivamente, as obras da
igreja de Santa Engrácia de-
moraram cerca de 283 anos
(1683 a 1966). O resultado fi-
nal foi bom, mas o tempo de
espera, convenhamos, foi bas-
tante longo.
Faroleiro no Bugio
Este farol fica no Forte de São
Vicente do Bugio, o qual dei-
xou de ser uma fortificação em
1945 e cujo farol se tornou au-
tomático em 1981. Desde aí, o
farol e a zona envolvente es-
tão completamente desocupa-
dos.
Estátua de D. José I
Certamente que se lhe falar-
mos na estátua de D. José I,
se recorda do monumento pre-
sente na Praça do Comércio.
Mas, e se lhe perguntarmos
qual é a pata direita do cavalo
de D. José? Confuso?! Nós
explicamos.
Trata-se na verdade de um
trocadilho. A pata direita – ou
que está “a direito” – é a pata
esquerda do cavalo. Isto, por-