Messaggio della Consigliera per le Missioni - Sr. Alaide Deretti. Roma, 14 ottobre 2017_POR
1. PrimeiraExpediçãoMissionária
Roma, 14 de outubro de 2017.
Queridas Irmãs,
Como é bom poder encontrar-nos uma vez mais, durante este caminho de preparação à celebração
do 140º aniversário da primeira Expedição Missionária.
Escrevo-lhes daqui do Brasil, onde me encontro desde o dia 27 de setembro para a Visita canônica à
Inspetoria Santa Teresinha (Manaus).
Desta Inspetoria missionária, no coração do mês missionário, apresento-lhes com grande alegria
uma outra Teresinha, a última das seis primeiras missionárias ad gentes que ao longo deste ano
tivemos oportunidade de conhecer melhor e aprofundar a sua história.
Irmã Teresa Mazzarello – Teresina como era chamada – era mornesina, sobrinha de Irmã
Petronilla Mazzarello e irmã de outra FMA, Irmã Rosina Mazzarello, dez anos mais velha do que
ela. Nascida em 12 de abril de 1860, entrou no Instituto após ser convidada diretamente por D.
Cagliero. A Teresina foi suficiente um ano e um dia para chegar à tão desejada meta da primeira
profissão: 29 de agosto de 1876.
Quando partiu para o Uruguai, tinha apenas 17 anos. Era a mais jovem de todas as missionárias!
E foi justamente a ela que D. Cagliero entregou o quadro de Nossa Senhora – uma reprodução da
imagem de Valdocco – que ele retirou furtivamente da capela das Irmãs. Confiou o quadro aos
cuidados de Irmã Teresina para que o mantivesse consigo até o final da viagem, «com a ordem de
não entregá-lo a ninguém».
Esta missionária da primeira hora, amante do silêncio, do trabalho e da fidelidade às Constituições,
durante metade da sua vida missionária foi diretora, mestra das postulantes e também das
noviças.
Ela morreu em Montevidéu onde, como em outros lugares da América Latina, estavam sendo
preparadas as celebrações para o 60º aniversário da partida das primeiras Missionárias Filhas de
Maria Auxiliadora da Itália. Era dia 13 de novembro de 1937, ano centenário do nascimento de
Madre Mazzarello, e faltava apenas um dia para completar o 60º ano de vida missionária.
Foi durante um período diretora – ao mesmo tempo – das duas casas do Uruguai: Villa Colón e Las
Piedras. Quando assumiu a sua primeira responsabilidade não tinha nem sequer feito a profissão
perpétua! Entregará a sua vida para sempre ao Senhor em Buenos Aires – Almagro, casa central da
Inspetoria Americana de então, no dia 28 de janeiro de 1883, quando não tinha ainda completado
vinte três anos!
O seu perfil biográfico nos contas que, em 1907, Irmã Teresina teve a alegria e, ao mesmo tempo, a
responsabilidade de participar do VI Capítulo geral do Instituto. Infelizmente não temos maiores
informações deste seu retorno à Itália, mas certamente reencontrou muitas Irmãs que havia
conhecido em Mornese, antes da partida para o Uruguai.
Tinha uma grande devoção a Dom Bosco. Quando alguém não estava bem de saúde, Irmã Teresina
invocava o Fundador e oferecia o seu “maravilhoso remédio”: a relíquia de Dom Bosco.
Quando já idosa e doente se encontrava na enfermaria de Montevidéu, na sua simplicidade contou
um episódio da sua infância: estava em Mornese na igreja paroquial e rezava diante do altar de
Nossa Senhora. Num determinado momento, teve a impressão de ouvir do fundo do seu coração
2. PrimeiraExpediçãoMissionária
estas palavras: «Teresina, tu deverás fazer um grande sacrifício... Irás para longe, para muito
longe...». Continuou rezando com os olhos fixos em Nossa Senhora, enquanto aquela voz repetia:
«longe... muito longe...». Irmã Teresina dizia admirada que jamais havia imaginado que aquela voz
naquele momento pudesse ser o chamado à vocação missionária ad gentes!
Em uma carta escrita à Superiora geral, Madre Luisa Vaschetti, no dia 12 de março de 1929, além
de exprimir a sua alegria pela proximidade da Beatificação de Dom Bosco, Irmã Teresina dá
notícias sobre a sua saúde e termina exclamando: «Oh, que grande coisa ser religiosa salesiana! No
hay nada mas lindo (Não existe nada mais lindo!)».
Queridas Irmãs,
neste 14 de outubro, além de rezar pelas missionárias e pelos missionários presentes nos cinco
continentes, convido-as a viverem uma jornada de AÇÃO DE GRAÇAS por todas as FMA que
completaram os seus dias em terra de missão. Portanto, sugiro deixar sobre o altar da capela os dois
volumes do Necrológio FMA. Seria muito bom poder celebrar a Eucaristia em memória das
missionárias ad gentes que disseram o seu último e definitivo SIM a Deus na Inspetoria de vocês.
Para concluir, deixo para a reflexão e oração pessoal de todas, algumas palavras de uma carta de
Madre Mazzarello a Irmã Teresina Mazzarello:
«Minha querida Irmã Teresina, estás alegre? Estás sempre contente por ter ido para a
América? Tens ainda febre? Manda embora a febre, porque tu não podes ficar doente, é
preciso trabalhar muito, não é mesmo? Fizeste os Exercícios Espirituais? Certamente
estás toda fervorosa, serás um exemplo de obediência, de caridade e de exatidão em tudo,
né? Fique bem atenta e não deixe que se apague o fogo que nestes dias santos o Senhor
acendeu no teu coração; lembra-te de que não basta fazer bons propósitos, mas é
necessário colocá-los em prática, se queremos que o Senhor nos prepare uma bonita
coroa no Paraíso. Coragem, portanto, minha querida Irmã Teresina: procura ser sempre
humilde e sincera; reza muito, mas de coração; sê respeitosa para com os teus Superiores
e com todos; faz as tuas obras sempre como se fossem as últimas da tua vida e assim
estarás sempre contente». (C 41)
O nosso próximo encontro será a celebração do 140º, no dia 14
de novembro, quando todas nós estaremos prontas para
embarcar na GRANDE EXPEDIÇÃO MISSIONÁRIA à qual
nos preparamos durante este ano, com tanto amor e
entusiasmo missionário. Assim seja!
Em Dom Bosco e Madre Mazzarello, felizes por pertencer a um
Instituto marcado desde o início por «um forte impulso
missionário», deixo o meu abraço e rezo por todas.
Com carinho,
Conselheira para as Missões
alaide@cgfma.org